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A Terra é um planeta que se caracteriza pelo seu intenso dinamismo, reflexo da acção
de agentes de geodinâmica interna e externa.
A ocupação antrópica, ou seja, a ocupação feita pelo Homem, das zonas fluviais,
costeiras e de vertente, depara-se com problemas de ordem geológica, entre os quais se
destaca a erosão.
As consequências dos riscos podem ser reduzidas se existir pleno conhecimento dos
processos geológicos e dos materiais rochosos que constituem as áreas de intervenção
humana.
Bacias hidrográficas
A Terra é um planeta ativo que manifesta a sua atividade através de diferentes processos
que alteram a morfologia da sua superfície. O dinamismo da Terra provém das interações
entre os agentes de geodinâmica interna e os agentes de geodinâmica externa.
Embora muito lentamente, o movimento das águas modifica as irregularidades existentes
à superfície da Terra, sendo, provavelmente, o principal agente modelador do relevo
terrestre. A maioria dos aspetos e formas que se observam nas rochas deve-se,
essencialmente, à ação exercida pela água.
Quando ocorre precipitação de chuva, granizo ou neve, a terra recebe água proveniente
da atmosfera que se pode infiltrar no solo ou pode começar a percorrer a superfície
terrestre. Assim, a água líquida do nosso planeta pode encontrar-se em rios, lagos, mares
e oceanos e, também, em lençóis subterrâneos.
Rios:
Rio
São cursos de água, superficiais e regulares, que podem desaguar num outro
rio, num lago ou no mar.
– o leito é o espaço de terreno que pode ser coberto pelas águas. Compreende:
– os mochões – ilhas cultiváveis formadas nos rios;
Num percurso de um rio podem considerar-se três zonas: o curso superior, o curso
médio e o curso inferior.
A rede hidrográfica é formada por um rio e por todos os cursos de água de uma
determinada região que nele debitam as suas águas.
Rede hidrográfica
A bacia hidrográfica é a área em que as suas águas se dirigem para uma rede
hidrográfica, ou seja, onde os cursos de água têm o mesmo sentido de drenagem para
uma única saída.
Bacia hidrográfica
Erosão:
– Provoca a modificação dos vales e sulcos onde o rio circula, que, ao longo dos anos,
vão ficando mais largos e mais profundos.
Transporte
– Os detritos rochosos erodidos são levados pela corrente de água para outros locais.
Sedimentação:
– Consiste na deposição dos materiais ao longo do leito e nas margens dos cursos de
água - nos terraços fluviais, nos deltas e nos aluviões.
Para se fixar, o Homem desde sempre procurou zonas próximas dos rios, uma vez que
proporcionam:
a existência de solos muito férteis e, como tal, muito ricos para as práticas
agrícolas;
acesso a outros locais, uma vez que os rios podem funcionar como vias de
comunicação.
Apesar das boas condições oferecidas, as zonas ribeirinhas são também zonas de risco
que podem trazer consigo consequências bem negativas.
Cheias:
Barragens:
– o abastecimento de populações;
– a irrigação de terrenos;
– o aproveitamento hidroelétrico;
– o aproveitamento turístico.
– como têm um determinado tempo de vida útil, quando este finda, traz consigo
problemas de segurança;
Extração de inertes:
O Homem usa e abusa dos territórios que circundam os rios, sendo os danos materiais e
financeiros causados pelas cheias cada vez mais avultados e graves.
A intervenção humana junto aos cursos de água pode agravar as situações de risco, que
são características destas zonas.