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125

Seção 5
Instruções
de Manutenção

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Manual do Operador - MF Série 200 Advanced Seção 5 - Instruções de Manutenção
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1 - Quadro de Manutenção Periódica 127

Nesta Seção você encontrará de forma detalhada todos os serviços de manutenção


que devem ser realizados em seu trator, para que este funcione sempre em perfeitas
condições e por muito mais tempo. A execução desses serviços, nos intervalos
previstos, proporciona retorno seguro.
Somente uma boa manutenção poderá assegurar o máximo rendimento e vida útil
ao seu trator MF. Além disso, evita prejuízos e perdas de tempo decorrentes de
quebras ou desgaste prematuro.

☞ NOTAS:
1 - Os intervalos em horas constante do Quadro de Manutenção devem ser
baseados nas horas indicadas pelo horímetro do trator. Adote uma ca-
derneta de controle para facilitar o gerenciamento da manutenção de
seu trator nos períodos corretos.
2 - Este Plano de Manutenção é dividido em 2 partes:
Quadro 1 - relaciona os itens de manutenção a serem seguidos exclusi-
vamente durante as primeiras 100 Horas (Trator Novo).
Porém, neste período também precisam ser executados os itens de ma-
nutenção periódica do Quadro 2.
Após as primeiras 100 Horas, siga somente o Quadro 2.

1.1 - Quadro 1: manutenção exclusiva para "Trator Novo"

Com 10 horas de serviço


- Verifique a tensão e o estado de conservação da(s) correia(s) do ventilador.
Ajuste-a, se necessário.
- Reaperte as porcas de fixação das rodas - ver especificação na página 190.

Com 50 horas de serviço


- Troque o filtro e o óleo do motor.
- Troque o fluido e o filtro da direção hidrostática (somente MF 250X).
- Troque o filtro* e o óleo da transmissão e sistemas hidráulicos. Também lave
o filtro-tela da bomba ISYP..
* OBS: veja NOTA importante sobre esse filtro na página 165.

Com 100 horas de serviço.


- Troque o óleo dos redutores finais dianteiros (tratores 4 x 4).
- Troque o óleo do diferencial dianteiro (tratores 4 x 4).
- Verifique o posicionamento do pedal da embreagem, ajuste-o, se necessário.
- Verifique o curso livre dos pedais dos freios, ajuste-o, se necessário.
Após, faça o teste de aplicação simultânea dos freios..

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128 1 - Quadro de Manutenção Periódica

1.2 - Quadro 2: Manutenção periódica

A) Sempre que necessário


Motor
- Verifique a marcha lenta do motor e regule-a, se necessário.
- Troque o elemento primário do filtro de ar sempre que a luz de aviso acender ou
anualmente, que ocorrer primeiro.
- Troque o elemento secundário do filtro de ar a cada 3 trocas do elemento primário,
a cada 1000 horas ou anualmente, o que ocorrer primeiro.
- Limpe o radiador d'água externamente.
Sistema de transmissão e hidráulicos
- Limpe as aletas do radiador de óleo (se equipado).
Cabina e condicionador de ar
- Limpe o condensador.
- Limpe o filtro de renovação de ar da cabina.

B) Cada 10 Horas ou Diariamente


Motor
- Verifique o nível de óleo do cárter.
- Abasteça o(s) tanque(s) de combustível após cada jornada.
- Drene a água e impurezas do(s) filtro(s) e sedimentador.
- Acione a válvula de descarga do pó acumulado no filtro de ar.
- Verifique o nível da água do radiador e complete, se necessário.
Embreagem:
- Verifique o funcionamento geral da embreagem (trator em movimento).
Transmissão, eixo traseiro e sistemas hidráulicos:
- Limpe o respiro da transmissão e dos redutores finais.
Eixo dianteiro 4x4
- Limpe o respiro do diferencial dianteiro.
Sistema elétrico
- Verifique o funcionamento dos instrumentos e lâmpadas.
Diversos
- Aplique graxa em todas as graxeiras. Utilize Shell RETINAX WB ou RETINAX HD.

C) Cada 50 Horas ou Semanal


Motor:
- Verifique o estado e a tensão da(s) correia(s) do ventilador.
- Verifique o motor quanto a vazamentos.
Embreagem:
- Verifique o posicionamento do pedal e ajuste-o, se necessário.
Cabina e condicionador de ar
- Verifique o funcionamento do limpador e o estado das palhetas.
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1 - Quadro de Manutenção Periódica 129

Cada 50 Horas ou Semanal - continuação


Transmissão, eixo traseiro e sistemas hidráulicos
- Verifique o nível de óleo da transmissão.
Freios
- Verifique o curso livre dos pedais e faça o teste de atuação simultânea.
- Verifique o funcionamento da trava do freio de estacionamento.
Diversos
- Verifique o aperto dos parafusos das rodas ...................... Ver especificação na página 190
- Verifique a pressão de calibragem dos pneus .................................................................... 85

C) Cada 250 Horas


Motor
- Troque o filtro e o óleo lubrificante. Utilize óleo Shell RIMULA X.
- Lave o sedimentador ou troque pré-filtro de combustível, conforme o motor.
- Troque o(s) filtro(s) de combustível.
- Verifique o funcionamento do indicador de restrição do filtro de ar.
Embreagem
- Verifique a atuação do 2° estágio da embreagem (somente embreagem dupla).
Transmissão, eixo traseiro e sistemas hidráulicos
- Verifique o nível do óleo dos redutores finais traseiros (Exceto MF 250X).
Eixos dianteiros (4x2 e 4x4)
- Verifique a convergência das rodas e ajuste-a, se necessário.
- Verifique o nível do óleo dos redutores finais.
- Verifique o nível do óleo do diferencial.
Sistema de direção (MF 250X)
- Verifique o nível de óleo.
Sistema elétrico
- Limpe a(s) bateria(s) e os bornes da(s) mesma(s).
Cabina e condicionador de ar
- Verifique o estado e a tensão da correia do compressor.

D) Cada 500 Horas


Motor
- Limpe o filtro tela da bomba de combustível (Exceto MF 250X, cuja bomba não possui filtro).
- Verifique a marcha lenta e ajuste-a, se necessário.
- Remova o tubo respiro do cárter e limpe-o.
Transmissão, eixo traseiro e sistemas hidráulicos
- Troque o óleo da transmissão. Utilize Shell WBF-100 ou DONAX TD.
- Limpe o filtro tela da bomba do sistema de levante Ferguson (Todos).
- Troque o filtro* de óleo tipo descartável da transmissão e sistemas hidráulicos.
* Veja NOTA importante sobre esse filtro na pág. 165
- Troque o óleo dos redutores finais traseiros (Exceto MF 250X) Utilize Shell SPIRAX A 90.
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130 1 - Quadro de Manutenção Periódica

Cada 500 Horas - Continuação


Eixos dianteiros (4x2 e 4x4)
- Elimine a folga dos braços dos pinos-mestres, se necessário (somente 4x2).
- Troque o óleo dos redutores finais. Utilize Shell SPIRAX A 90.
- Troque o óleo do diferencial dianteiro. Utilize Shell SPIRAX A 90.
Sistema de direção (MF 250X)
- Troque o óleo. Utilize Shell DONAX TM.
- Limpe o filtro (se for do tipo tela) ou troque-o (se for de papel).
Sistema elétrico
- Verifique e ajuste, se necessário, o foco dos faróis dianteiros.

E) Cada 1000 Horas ou Anualmente (itens a serem executados na Concessionária


MF)
Motor
- Esvazie, limpe e reabasteça o sistema de arrefecimento. Utilize Shell FLUIDO PARA
RADIADORES.
- Ajuste a folga das válvulas.
- Faça um reaperto da fixação dos coletores de admissão e escape.
- Verifique o funcionamento geral do motor: desempenho, temperatura, pressão.
- Esvazie, limpe e reabasteça o(s) tanque(s) de combustível.
- Teste os bicos injetores de combustível.

Transmissão, eixo traseiro e sistemas hidráulicos


- Reaperte os parafusos de fechamento do trator, entre motor e câmbio e entre
câmbio e eixo traseiro.
- Verifique a pré-carga dos rolamentos dos redutores finais traseiros.

Eixos dianteiros (4x2 e 4x4)


- Verifique a pré-carga dos rolamentos dos cubos das rodas 4x2.
- Ajuste, se necessário, as folgas de embuchamento, terminais e articulação.
- Verifique o estado das juntas universais do eixo dianteiro.
- Ajuste a pré-carga dos rolamentos dos redutores finais 4x4 (Carraro e ZF).

Sistema elétrico
- Verifique o estado e fixação dos chicotes elétricos.
- Verifique o cabo terra da bateria e respectivas ligações.
- Verifique o funcionamento do alternador e motor de partida.
- Verifique o funcionamento do sistema SpeedShift e acionamentos elétro-hidráulicos
(tratores com 18 marchas).

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2 - Pontos de Lubrificação à Graxa 131

2.1 - Eixo dianteiro 4x4

2 3 1
1 - Articulação central do eixo:
- Eixos ZF central: 1 graxeira no mancal dianteiro.
- Eixos ZF lateral: 1 graxeira para as buchas e pino. 4
- Eixos Carraro: 1 graxeira em ambos os mancais de apoio
(dianteiro e traseiro).

2 - Articulações das extremidades - todos (2 graxeiras em cada


lado).

3 - Extremidades dos semi-eixos, na parte posterior das trom-


betas dos eixos ZF (se montado - 1 graxeira cada lado). 5

4 - Cruzetas dos semi-eixos - todos:


(2 graxeiras em cada semi-eixo).

5 - Luvas da árvore de acionamento da tração dianteira central


- Carraro e ZF.
(1 graxeira em cada luva - dianteira e traseira. No MF 297 e
299, 1 graxeira também no mancal central).

6 - Cardan de acionamento da tração ZF tipo lateral.


São 2 graxeiras: uma em cada cruzeta - dianteira e traseira.
Para acessá-las, solte as 4 braçadeiras de retenção da pro-
teção do cardan.
Aplique a quantidade necessária de graxa e torne a fixar a
proteção com as braçadeiras na posição anterior.

6
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132 2 - Pontos de Lubrificação à Graxa

2.2 - Eixo dianteiro 4x2 1

1 - Articulação central do eixo dianteiro 4 x 2:


- todos (1 graxeira)

2 - Pinos-mestres do eixo dianteiro 4 x 2 - todos:


(1 graxeira em cada lado).

3 - Cubos das rodas do eixo 4 x 2: (1 graxeira em


cada roda).

2.3 - Sistema de levante hidráulico

1 - Braços niveladores ou intermediários (1 ou 2


3
graxeiras).
2 - Caixa niveladora (1 graxeira - se montada).
3 - Estabilizadores laterais: do tipo corrente (2 gra- 2.4 - Eixos trambuladores do
xeiras cada) - do tipo telescópico (1 graxeira câmbio (Somente tratores
cada). cabinados.


4 - Braço do 3° ponto (2 graxeiras, se montadas).
Aplique a graxa com ambas as alavancas
4 do câmbio em ponto morto: isso permitirá
a passagem da graxa através dos furos
dos eixos trambuladores, que somente
assim estarão alinhados.
2

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2 - Pontos de lubrificação à graxa 133

2.5 - Geral
1 - Pedal da embreagem (1 graxeira). 1
2 - Pedais dos freios (1 graxeira cada pedal).
3 - Eixo da embreagem
- lado direito (3A).
- lado esquerdo (3B).
4 - Eixo do freio (Exceto cabinados):
- lado direito (4A).
- lado esquerdo (4B).
- articulação inferior dos freios (4C).
5 - Graxeiras do cilindro de direção (tratores 4 x 2 -
1 ou 2 graxeiras conforme o trator).
2

3b

4b

3a

MF 250X

4c

5 4a
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134 3 - Tabela de Lubrificantes Recomendados


pela AGCO do Brasil

UNIDADE CAPACIDADE EM ESPECIFICAÇÃO


LITROS

MF 250X = 6,0
MF 265 à 290 = 7,0 - SAE 15W 40
Cárter do motor MF 292 = 9,0 API CF-4 - RIMULA X
MF 297 = 15,3 MULTIVISCOSO
MF 299 = 16,0

MF250X à 275E = 40,0


MF250X à 275STD = 42,0
MF265/2 = 42 265/4 = 46
Transmissão (câmbio, eixo MF275/2 = 42 275/4 = 44 M 1135 - Shell WBF-100
traseiro e levante hidráuli- MF283/2 = 40 283/4 = 43 - Shell DONAX TD
co) MF290/2 = 42 290/4 = 45
MF292/2 = 44 292/4 = 47
MF297/2 = 45 297/4 = 47
MF299/2 = 46 299/4 = 47

Redutores finais dianteiros


4 x 4: Veja a página 190
- Cada um:

SAE 90
Diferencial dianteiro 4 x 4: Veja a página 190 API GL 5 - Shell SPIRAX A 90
MIL-L-2105 B

MF 250X = não possui


Redutores finais traseiros - MF 265 à 283 = 2,0
cada um MF 290 à 297 = 3,0
MF 299 = 10,0

MF 250 X = 2,0 à 2,4 AQ-ATF Tipo AMB - Shell DONAX TM


Sistema de direção Demais tratores: usam 6623
óleo da transmissão

Pontos graxeiros Conforme Necessário Graxa de lítio - Shell RETINAX WB


NLGI 2 - Shell RETINAX HD

Combustível MF 250X = 57 Óleo Díesel - com Shell FÓRMULA


Veja OBS. 2 MF 265 à 290 = 82 teor de enxofre DIESEL
MF 292 à 299 = 160 máximo = 0,5%

Sistema de arrefecimento MF 250X = 10,5 Água com aditivo à FLUIDO PARA


MF 265 à 290 = 14,5 base de Etilenoglicol. RADIADORES Shell
MF 292 à 299 = 24,0

☞ NOTAS:
1 - Todas as máquinas da AGCO saem de fábrica com lubrificantes Shell.
2 - Para evitar a formação de parafina no inverno, que provoca obstruções
no sistema de combustível, acrescente em torno de 5 % de querosene
pura em cada abastecimento completo.

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4 - Motor 135

4.1 - Verificação do nível do óleo lubrificante

Com o trator nivelado e motor desligado:


a) através da vareta (1), verifique o nível que deve
estar entre as marcas de MIN e MÁX. 2
b) se estiver abaixo da marca de mínimo (MIN),
complete com óleo Shell RIMUL
RIMULAA X através do
bocal (2).

☞ NOTA:
Nunca deixe o nível de óleo ficar
abaixo da marca de mínimo nem
acima da marca de máximo da va-
reta. 1

4
MF 250X (Lado esquerdo)

1 4
2

Bujão (3): No lado


3 4 3 1 esquerdo

MF 250X (Lado direito) MF 265 à 292 (Lado esquerdo) MF 297 à 299 (Lado direito)

4.2 - Troca do filtro e do óleo lubrificante

☞ NOTA:
Utilize somente óleo 5 a classe,
multiviscoso, SAE 15W-40 classifi-
c) Após o escoamento total do óleo, reinstale o
bujão (3), observando o estado do respectivo
anel de vedação, se necessário, substitua-o.

cação API CF-4 - Shell RIMULA X. d) Aplique uma leve camada de óleo limpo no anel
de vedação do(s) filtro(s) novo(s) e reinstale-o(s).
Não utilize ferramenta para esta operação, pois
Com o trator nivelado, limpo e motor em temperatura
a mesma pode deformar o filtro.
normal de funcionamento:
e) Abasteça o cárter com Shell RIMULA X até a
RIMULA
a) Drene todo o óleo través do bujão (3).
marca "máx" da vareta.
b) Remova o filtro de óleo (4) e descarte-o. O tra-
tor MF 299 possui 2 elementos filtrantes de óleo,
enquanto os demais modelos possuem 1 ele-
mento.
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136 4 - Motor

f) Nos motores Turbo (MF 292 e 299), corte o for-


necimento de combustível ao motor, removen-
do o fio do solenóide da bomba injetora - figura
ao lado. Acione a partida durante 10 segundos
para girar o motor sem que este entre em fun-


cionamento, lubrificando o conjunto do
turbocompressor.
Em seguida, ligue novamente o fio e dê a parti-
da, observando o indicador da pressão do óleo
no painel.
No caso dos motores de aspiração natural, dê
a partida normalmente, sem, no entanto, acele-
rar o motor e observe a luz de aviso da pressão
do óleo - a mesma deve apagar-se logo após a
partida, do contrário, desligue o motor.
g) Com o motor em marcha-lenta, verifique a exis-
tência de vazamentos pelo filtro ou bujão de
dreno do cárter. Desligue o motor e, após al-
guns minutos, verifique novamente o nível, com-
pletando-o, se necessário.

4.3 - Limpeza da mangueira do respiro do cárter


No interior da mangueira formam-se acúmulos de
óleo e poeira, que podem prejudicar a ventilação do
cárter. Por isso, mantenha-o limpo.
a) Remova o tubo-respiro (1) soltando a respecti-
va braçadeira junto à tampa superior do motor.
b) Lave a mangueira internamente, utilizando 1
solvente e jatos de ar comprimido (se disponí-
vel).
c) Reinstale a mangueira na posição original, aper-
tando corretamente a braçadeira.

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4 - Motor 137

4.4 - Verificação e ajuste da marcha lenta do motor


A verificação e o ajuste da marcha lenta deve ser
1
feita com o motor em temperatura normal de
funcionamento.
a) Para alterar a rotação da marcha lenta, gire o
parafuso (1), soltando antes a respectiva con-
traporca.
Para aumentar a rotação, gire o parafuso no sen-
tido horário e vice-versa.
b) Obtida a rotação ideal, reaperte a contraporca.

☞ ADVERTÊNCIA:
A regulagem da rotação máxima
(pelo parafuso 2), só pode ser feita
2

pela Concessionária Massey Fergu-


son ou por um agente Autorizado
CAV. O rompimento do lacre inva-
lida a Garantia do motor!

4.5 - Drenagem do sedimentador e filtro(s) de combustível

☞ NOTA:
Faça a drenagem diariamente, antes de dar a partida, eliminando, assim, a água e as
impurezas que se depositam no fundo do sedimentador e do(s) filtro(s) de combustí-
vel. A entrada de água na bomba e bicos injetores é altamente prejudicial, pois estes
componentes são de alta precisão. Use Shell Fórmula Diesel.

Inicie a drenagem pelo sedimentador, soltando o respectivo bujão (1).


Quando escorrer combustível puro, torne a fechá-lo manualmente.

1 1

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138 4 - Motor

Para a drenagem dos filtros, solte o bujão inferior (2).


Quando fluir combustível isento de água e/ou impurezas, reaperte o bujão.

3a
4

3
2 2

4.6 - Limpeza do sedimentador ou troca pré-filtro de combustível


OBS: Nos tratores com tanque sobre o motor, feche
3a
a torneira de combustível.

A) Sedimentador (3)
a) Remova o parafuso central de fixação (3a). 3b

b) Remova o conjunto do sedimentador e lave os


componentes em Diesel ou querosene limpos.
c) Descarte os anéis de borracha (3b). Na monta-
gem, utilize os anéis que se encontram no filtro
de combustível (4), que será montado com anéis
novos que o acompanham.
OBS: Nunca utilize panos
d) De maneira inversa, faça a montagem, obser-
ou estopas para limpar
vando o correto encaixe dos vedadores (3b) e o
ou secar componentes de
correto aperto do parafuso (3a). Veja posições
filtragem. Os fiapos
de montagem na figura ao lado.
podem entupir o circuito
de combustível
B) Sedimentador com pré-filtro (5)
a) Remova o elemento (5) juntamente com o res-
5a
pectivo anel de vedação.
b) Limpe com óleo diesel o suporte (5a).
c) Troque o elemento (5).
d) Na montagem, aplique óleo lubrificante sobre
o anel de vedação do elemento e reinstale-o. 5

OBS 1: Não utilize ferramentas, pois estas poderão


danificar o elemento.
OBS 2: Abra novamente a torneira do tanque de
combustível, se for o caso.

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4 - Motor 139

4.7 - Troca do(s) elemento(s) do filtro de combustível:


a) Nos tratores MF 250X a 290, feche a torneira
4
do tanque de combustível.
b) Retire o parafuso central de fixação (4a). Em
seguida, remova o(s) elemento(s) filtrante(s) (4)
e demais componentes.
c) Remova os anéis de borracha (4c) e utilize-os
na montagem do sedimentador (3) - veja a pági- 4c
na anterior.
4d
d) Descarte o(s) elemento(s) filtrante(s) (4) e limpe
as peças, como o suporte e a base (4b).
e) De forma inversa, monte elemento(s) novo(s) e 4
genuíno(s), observando a posição de montagem
4a
dos componentes na figura ao lado.
Utilize vedações (4c e 4d) novas, que acompa- 4c
nham o(s) filtro(s).
4
f) Abra novamente a torneira de combustível (caso 4b
do MF 250X à 290) e proceda a sangria do sis-
tema.

☞ NOTAS:
1 - Os tratores MF 297 e 299 possuem 2 elementos (4) em série , cujo proce-
dimento para troca é idêntico ao descrito acima.
2 - Após a manutenção do sedimentador e do(s) filtro(s), faça a sangria, con-
forme descrito na seqüência.

4.8 - Sangria do sistema de combustível

A sangria do sistema se faz necessária nas seguintes situações:


- limpeza do filtro-tela da bomba alimentadora.
- substituição ou limpeza do(s) filtro(s) e sedimentador.
- esgotamento do combustível no tanque durante a operação.
- execução de reparos que permitam a entrada de ar.
- em clima muito frio, quando houver formação de parafina no Diesel.
- após um longo período inativo do trator.

☞ NOTA:
O procedimento de sangria, deve seguir sempre a ordem correta, conforme
descrito a seguir: sedimentador - filtro(s) - bomba injetora - bicos.
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140 4 - Motor

A) Pré-filtro ou sedimentador - todos os


modelos
O pré-filtro ou sedimentador não possui bujão de
sangria.
Basta fazer a reinstalação do mesmo de forma que
não haja possibilidade de entrada de ar pelas
vedações ou pelos bujões inferiores de drenagem.
Em seguida, proceda diretamente a sangria do filtro.
Enquanto a alavanca da bomba manual de sangria 1
(1) é acionada, o pré-filtro será enchido de
combustível, pois este está localizado na linha de
sucção.

Bomba de sangria

B) Sangria do(s) filtro(s) de combustível 4e


(4)
Solte o bujão de sangria ou conexão de retorno (4e)
do filtro em algumas voltas (conforme o filtro).
Acione a bomba manual de sangria (1) até fluir
combustível totalmente isento de ar.
Reaperte o bujão ou conexão (4e). 4

4e

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4 - Motor 141

C) Bomba injetora e bicos injetores: MF 265 a 299 (Bomba de sangria automática):

A bomba injetora CAV destes tratores, por ocasião


6
da troca de filtros e pré-filtro, não necessita de
abertura de bujões para sangria.
Somente em casos de término do combustível
durante a operação ou, então, na execução de
reparos na linha de alta pressão, a sangria do
sistema pode vir a ser necessária.
Neste caso, proceda de acordo com o que foi
descrito na seqüência para tratores com bomba sem
sangria automática.
Nos motores com auto-sangria, após a perfeita
sangria do pré-filtro e filtro, acione mais algumas
vezes a bomba manual de sangria sem abrir nenhum
bujão na bomba injetora. Em seguida, dê a partida
no motor.
O sistema de sangria automática eliminará o ar
através do tubo (6).

☞ NOTA:
Não acione a partida de forma seguida por mais de 10 segundos! Isto pode-
rá causar danos ao motor de partida e descarregar a bateria.
Caso o motor não funcionar neste período, repita o procedimento.
Se necessário, repita o procedimento de sangria do(s) filtro(s).

Procedimento para bomba CAV sem


sangria automática
Após a sangria do filtro e sedimentador (se tiverem
sido removidos), a sangria da bomba injetora deve
ser feita de seguinte maneira: B
a) Solte o bujão (A) e peça a um auxiliar para acio-
C
nar a bomba manual de sangria até fluir somen-
te combustível pela abertura do bujão (A).
A
Reaperte o bujão (A) enquanto a bomba manu-
al continua sendo acionada.
b) Proceda da mesma forma com o bujão (B).
c) Abra o bujão (C) da tubulação de alta pressão
(gire em torno de 6 à 7 voltas no sentido anti-
horário).
d) Posicione o acelerador em máxima rotação.
e) Acione a partida. Assim que o motor entrar em f) Ligue novamente o motor e examine a existên-
funcionamento, baixe a rotação para a marcha cia de eventuais vazamentos.
lenta e reaperte o bujão (C).

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142 4 - Motor

☞ NOTAS:
1 - Nas bombas que não possuem
o bujão (C), solte 2 conexões de
D

alta pressão (D) junto aos bicos


injetores . Acione a partida e, tão
logo o motor o motor começar
a funcionar, reaperte as cone-
xões (D).
2 - Caso o motor não entre em fun-
cionamento após 2 tentativas de
no máximo 10 segundos, repita
o procedimento de sangria e ve-
rifique se não há entrada de ar
na tubulação ou filtros.
3 - Após a sangria, examine o mo-
tor quanto a eventuais vaza-
mentos.

4.9 - Limpeza do filtro-tela da bomba alimentadora de combustível


(Exceto MF 250X, cuja bomba não possui filtro-tela):
a) Limpe a bomba externamente.
b) Remova a tampa (1), a respectiva junta e o filtro-tela (2).
c) Lave os componentes (1 e 2) e seque-os com ar comprimido ou por escorrimento
natural.
d) Limpe cuidadosamente o interior da bomba (3).
e) Monte o filtro (2) e a tampa (1), certificando-se de que o anel de vedação está em
boas condições. Se necessário, o substitua.

2 1

MF 265 à 292 3 MF 297 e 299


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4 - Motor 143

4.10 - Manutenção do sistema de filtragem de ar


Os tratores Massey Ferguson são equipados com
2 elementos filtrantes a seco: o primário (externo) e
o secundário (interno).

Nos tratores MF 250X, o filtro de ar está localizado


sob o compartimento do painel de instrumentos e o
acesso para manutenção se dá pelo lado esquerdo,
junto ao pedal da embreagem - figura ao lado.

Nos demais tratores (MF 265 à 299), o filtro se


localiza em frente ao radiador d'água.
Para o acesso, puxe a grade frontal conforme
mostrado.

A vida do motor depende em grande parte da


filtragem de ar.
A função desse sistema é da maior responsabilidade,
uma vez que através dele passam dezenas de metros
cúbicos de ar a cada hora. Se as impurezas contidas
neste ar penetram no motor, danos sérios e
irreversíveis ocorrerão, podendo destrui-lo em
alguns minutos ou horas, dependendo do tipo e
concentração das impurezas!

Válvula de descarga de pó (3):


O pó acumulado no interior do alojamento do filtro
de ar deve ser eliminado diariamente, comprimindo-
se a válvula de descarga (3), conforme mostrado ao
lado.

MF 250X

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144 4 - Motor

Manutenção do elemento principal (1):

☞ IMPORTANTE:
1 - O elemento primário não deve
sofrer limpezas. Se a luz de avi-
4

so de restrição acender, substi-


tua o elemento.
2 - Não remova o elemento sem ser 5
para a troca do mesmo. Esse
procedimento pode afetar a ve-
dação, bem como permitir a en-
trada de impurezas no motor.
3 - Faça o teste do indicador de res-
trição periodicamente, confor-
me descrito na página 146.

Procedimento para a substituição do elemento 1


primário (1):
5
a) Solte as travas (4) e puxe a tampa (5), removen-
do-a.

b) Remova o elemento principal (1), puxando e gi-


rando-o levemente.
3
c) Limpe o interior do alojamento (6) com um pano
úmido, cuidando para que a poeira não atinja a
linha de sucção de ar limpo. 4
d) Empurre com cuidado a extremidade aberta do
elemento novo até encaixar totalmente na car- 6
caça.

e) Reinstale a tampa (5), observando que a válvula


eliminadora de poeira (3) fique para baixo.

f) Encaixe as travas (4) corretamente.

☞ NOTA: 5

Recomendamos manter em esto-


que pelo menos um elemento
filtrante para cada elemento em uso.
Na armazenagem, os elementos de-
vem ficar protegidos de poeira, umi-
dade e roedores. Deixe-os em suas
embalagens até o uso.

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4 - Motor 145

Manutenção do elemento secundário


(interno - 2):

☞ NOTA:
O elemento secundário também
não admite limpeza: deve ser tro-
2

cado a cada 1000 horas, anualmen-


te ou a cada 3 trocas do elemento
primário - o que vencer primeiro. 5

a) Remova a tampa (5) e o elemento primário (1)


conforme descrito anteriormente.
b) Puxe o elemento (2).
OBS: Não reutilize o elemento (2) uma vez re-
movido.
12
c) De maneira inversa, instale um elemento novo
e genuíno.

Carcaça plástica (6) de alojamento dos


elementos filtrantes.
Inspecione-a periodicamente quanto a danos como
rachaduras.
7
Limpeza do coletor do pré-filtro (Se
equipado) 8
Sempre que o nível de pó acumulado no interior do
coletor se aproximar das marcas (10), remova a porca 9
(7), a tampa (8) e o coletor (9). 10
Esvazie e limpe o coletor e reinstale-o.

Tubulação de ar filtrado.
Inspecione estes componentes atentamente quanto
a furos, ressecamento e aperto das braçadeiras.

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146 4 - Motor

Teste do indicador de restrição.


Periodicamente e/ou quando você tiver dúvidas
quanto ao funcionamento do sistema de aviso da 13
restrição, poderá fazer o teste de modo fácil e rápido.
a) Remova o coletor transparente ou tela de pro-
teção (se montada).
b) Ligue o motor e deixe-o em torno de 1200 rpm.
c) Com uma chapa plana e lisa (12), tape a entra-
da do filtro. Neste momento, a luz (13) deve
acender no painel. Do contrário, o sistema está
com defeito.
d) Verifique a ligação dos fios do sensor de restri-
11
ção (11) junto ao filtro de ar. Para isso, abra a
grade frontal do radiador (no caso do MF 265 a
12
299). Se não houver problema nessas ligações,
consulte a Concessionária.

4.11 - Manutenção do sistema de arrefecimento


A) Limpeza externa do radiador.
1
O radiador é constituído por colméias, que são os
tubos verticais por onde circula a água, e pelas aletas
que aumentam a área de contato do ar para a
dissipação de calor.
Para o correto funcionamento, é necessário que o
ar forçado pelo ventilador circule livremente pela
superfície das colméias e aletas.
Em caso de obstrução, a conseqüência natural é o
superaquecimento do motor, mesmo que o nível de
água do radiador esteja correto.
Sempre que necessário, remova a grade frontal do
radiador e remova toda e qualquer impureza alojada
no radiador d'água (1) e trocador de calor do óleo da
transmissão (2) - quando equipado.
Em seguida, faça uma limpeza rigorosa, utilizando
jato de ar comprimido ou jato d'água.

CUIDADO!
No caso de utilizar água, não o faça 2
com o motor aquecido, para evitar
o choque térmico. Além disso, não
utilize excesso de pressão, que
pode empenar as aletas.

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4 - Motor 147

B) Verificação do nível da água do radiador:

Diariamente, antes de iniciar o trabalho, verifique o


nível da água e complete-o, se necessário. 1°
Se o motor estiver quente, afrouxe a tampa do
radiador até o 1° estágio para eliminar a pressão.
Logo após, complete a remoção da tampa, usando
uma luva ou pano grosso para proteger a mão.
O nível da água deve atingir a parte superior do bocal.
Após colocar a tampa, o excesso será eliminado
através do tubo ladrão. 2° 0
Por esta razão, examine o referido tubo quanto a
entupimentos ou avarias.

ATENÇÃO!
Caso o motor esteja superaqueci-
do (ponteiro do indicador na faixa
vermelha), as precauções devem
ser redobradas.
Remova a tampa com o motor funcionando
em marcha lenta. Introduza a água fria lenta-
mente para evitar choque térmico ao motor, o
que pode danificá-lo.

C) Substituição da água e limpeza do sistema (Cada 1000 Horas ou anualmente - o


que ocorrer primeiro):
Com o motor em temperatura normal de
2
funcionamento e trator situado em local plano.
a) Remova a tampa do radiador.
b) Solte a mangueira inferior (1) e deixe a água
escoar totalmente.
c) Faça circular água limpa em abundância atra-
vés do sistema de arrefecimento, a fim de pro-
porcionar uma limpeza completa.
d) Examine o tubo-ladrão (2), quanto a um eventu- 1
al entupimento. Se necessário, faça a limpeza
do mesmo.
e) Reinstale a mangueira, apertando-a corretamen-
te à braçadeira.
f) Abasteça o radiador com água potável, junta-
mente com FLUIDO PARA RADIADORES Shell - veja A proporção da mistura é de 33 % de aditivo e o
a tabela na pág. 134. restante com água, ou seja, 2/3 do volume.

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148 4 - Motor

☞ IMPORTANTE:
Não faça circular água fria através do bloco do motor ainda quente. Espere
alguns minutos para, então, introduzir a água.
A água em temperatura alta torna-se altamente corrosiva. Por isso, o uso de
água sem aditivo inibidor de corrosão, além de oxidar as galerias internas de
circulação do motor, forma depósitos minerais que funcionam como isolan-
tes térmicos! Isto impede que o calor seja transferido para a água, prejudi-
cando o arrefecimento.
Surgem, com o tempo, problemas internos de difícil diagnóstico e solução.

D) Conservação da válvula termostática e tampa do radiador


Estes itens controlam a temperatura de
funcionamento do motor.
Tanto a temperatura excessiva quanto insuficiente
são prejudiciais, pois geram problemas de
lubrificação e, portanto, o desgaste das partes
críticas, como anéis, pistões, camisas e virabrequim.

Válvula termostática.
Impede que o motor trabalhe frio por muito tempo
após a partida. A válvula termostática bloqueia a
circulação da água através do radiador, fazendo com Motor frio Motor quente
que a água circule somente no interior do bloco do
motor. Assim, o aquecimento ocorre mais
rapidamente.
Logo que o motor atinge a temperatura ideal, a
válvula se abre permitindo a passagem da água para
o radiador.

☞ NOTA:
Os motores de 6 cilindros possuem
2 válvulas termostáticas em parale-
lo.

Tampa do radiador.
A tampa do radiador controla a pressão da água do
sistema de arrefecimento.
Quando o radiador está sem a tampa ou com a
tampa danificada, o motor pode superaquecer, pois
a água ferve em temperatura menor, não realizando
o arrefecimento.
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4 - Motor 149

Além do risco de danos internos ao motor, ocorre a


corrosão das galerias de circulação de água. Quando
aditivo anticorrosivo não é utilizado na água, este
A
problema é ainda mais grave.
A válvula (A) da tampa, figura ao lado, deixa escapar
apenas o excesso de pressão, funcionando como
válvula de alívio.
A válvula menor (B) limita a pressão mínima, ou seja,
a água quente aumenta de volume e, após o motor
ser desligado, a temperatura baixa e a água tem o
seu volume novamente reduzido.
Ocorre a formação de vácuo no interior do sistema
B
e, para que isso seja evitado, abre-se a válvula (B)
para a entrada de pressão atmosférica,
reequilibrando a pressão.

☞ NOTAS:
1 - Faça um exame periódico do estado das mangueiras e braçadeiras do radi-
ador. Não arrisque com o uso de componentes em estado duvidoso.
2 - Jamais utilize componentes não genuínos Massey Ferguson. O uso de com-
ponentes "similares", não garante a manutenção do devido controle da tem-
peratura.

4.12 - Verificação e ajuste da tensão da(s) correia(s) do ventilador


A tensão está correta quando, ao comprimir a correia
1
no trecho mais longo, a deflexão for de 10 a 15 mm.
Tensão insuficiente (deflexão maior que 15 mm) gera
patinagem da correia. Tensão excessiva (deflexão
menor que 10 mm) gera desgaste prematuro dos
mancais da bomba d'água e alternador.
Para ajustar a tensão, solte os parafusos (1 e 2) e
force o alternador até obter a deflexão correta.
Torne a apertar os parafusos e confirme se a deflexão
da correia permaneceu correta. 2
Caso a correia apresente avarias (trincas,
endurecimento, desfiação, lascamento), esta deve
ser substituída.
Para isso, afrouxe completamente o alternador e
remova a correia. Os tratores cabinados e MF 297
e 299 possuem 2 correias, que devem ser trocadas
sempre aos pares.
OBS: Após um dia de trabalho, verifique a tensão e
a ajuste, se necessário, conforme descrito acima.

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150 5 - Sistema Elétrico

5.1 - Regulagem dos faróis de serviço dianteiros


a) Estacione o trator de frente para uma parede a
2 metros de distância, sobre um piso plano e
nivelado.
b) Trace na parede uma linha horizontal (A), exata-
mente na altura do centro dos faróis.
c) Marque também uma linha vertical (B), bem na
direção do centro do trator.
d) Marque outros 2 pontos (C) na linha horizontal
(A), representando a distância centros dos fa-
róis.
e) Acenda os faróis de serviço em luz Alta e verifi-
que se o foco de cada farol coincide com o pon- Esquema gráfico de ajuste
to (C) do respectivo lado.
f) Se necessário, faça o ajuste através dos 3 para-
fusos de cada farol, indicados pelas setas.

☞ NOTAS:
- Faça a verificação separada-
mente: enquanto verifica um
farol, tape o outro.
- Tape também os faróis auxilia-
res dianteiros, para que não di-
ficultem a visibilidade.

5.2 - Manutenção da bateria


A) Verificação do nível de eletrólito. Parafusos de ajuste

A manutenção do nível correto do eletrólito (solução)


é de vital importância. Quando as placas no interior
dos vasos trabalham secas, ocorre a "sulfatação"
que, em muitos casos, inutiliza a bateria.
Em casos extremos, especialmente sob altas
temperaturas, as placas podem entrar em curto,
também inutilizando a bateria.
Para verificar e completar o nível, retire as tampas
dos vasos e introduza um tubo transparente até
encostar nas placas e tape a parte superior do tubo.
Retire o tubo e veja a altura do líquido remanescente
e que corresponde ao nível da solução.

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ÍNDICE BUSCA

5 - Sistema elétrico 151

ATENÇÃO!
O uso de um tubo transparente é recomendado para evitar a aproximação
dos olhos na abertura dos vasos. Os vapores ácidos liberados são letais ao
corpo humano.
Jamais aproxime chama viva (fogo) para iluminação, pois os referidos va-
pores são inflamáveis.
Se a bateria "consome" água em períodos muitos curtos (60 à 80 horas de
trabalho), ou se fica sem carga com muita freqüência, mande testar o siste-
ma de carga (alternador e regulador), além da própria bateria.

B) Limpeza dos terminais da bateria:


Além do nível de solução, a limpeza é responsável
pela duração da bateria. Os acúmulos de depósitos
externos corroem a pintura e as partes metálicas
em contato ou próximas à bateria.
Além disso, descarregam a bateria, pois funcionam
como condutores. Os bornes da bateria perdem o
perfeito contato com os terminais dos cabos,
gerando dificuldade para conduzir a corrente,
resultando em descarga e superaquecimento da
bateria.

Para a limpeza, proceda como segue:


- Desconecte os cabos. Primeiro o negativo e de-
pois o positivo.
- Limpe os bornes e terminais com uso de lixa e
escova de aço (na montagem, proteja-os com
vaselina para prevenir contra corrosão).
- Limpe a caixa da bateria utilizando água quente
e sabão.
- Instale novamente a bateria, tendo o cuidado
para não inverter a polaridade: cabo (+) com
terminal (+) e cabo (-) com terminal ( - ).
- Instale primeiro o cabo (+) e após, o terminal
( - ).

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152 5 - Sistema Elétrico

C) Recarga da bateria.
Quando a bateria estiver descarregada, devido a um
longo período de inatividade, deve ser carregada fora
do trator, em aparelho de carga lenta, ou seja, em
torno de 9,0 Ampères/hora.
A alta corrente induzida pelo alternador (com bateria
descarregada) pode danificá-la.
Jamais teste a bateria através de curto-circuito entre
os bornes.
Além de danificar os bornes, há o risco de explosão
da bateria.
O uso de um densímetro pode revelar grande parte
dos defeitos de uma bateria através da densidade
da solução.
Diferenças acentuadas de densidade entre os
diferentes vasos acusam a existência de algum
problema, como sulfatação ou placas em curto.
Neste caso, será necessário um teste de carga em
aparelho especial.

D) Utilização de bateria auxiliar.


Quando for necessário utilizar uma bateria auxiliar,
Bateria fraca Motor
não fixe os cabos desta sobre os bornes da bateria
fraca.
Isto danificará os bornes, podendo inclusive causar
a explosão da bateria descarregada.

Procedimento correto:
a) Encoste o cabo (+) da bateria auxiliar firmemen-
Motor de partida
te sobre o terminal (+) da bateria fraca (monta-
da no trator).
b) Encoste o cabo ( - ) da bateria auxiliar sobre um Bateria auxiliar
bom ponto de massa, como o bloco do motor.
c) Termine o procedimento, dando a partida nor-
malmente.

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5 - Sistema Elétrico 153

5.3 - Lâmpadas internas do painel e luzes de aviso


Ao girar a chave de partida para a posição "B", as
4 3 2
luzes de aviso (1) devem acender.
As luzes de iluminação interna dos instrumentos (2,
3 e 4) devem acender, ao acionar-se a tecla (5) para
a 1a ou 2a posição. Essa tecla aciona os faróis e
sinaleiras.

Caso algum dos instrumentos não for iluminado


internamente, verifique conexões e cabos elétricos
(6) no interior do mini-capuz.
Verifique também os fusíveis identificados na 5
seqüência.

Se necessário, consulte sua Concessionária Massey


Ferguson. Tanto as luzes de aviso quanto a 1
iluminação interna dos instrumentos não são feitas
com lâmpadas, e sim, por leds não substituíveis.
2 3 4

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154 5 - Sistema Elétrico

5.4 - Troca de relés e fusíveis - tratores sem cabina


O quadro elétrico geral é fixado à própria tampa (4)
do mini-capuz, facilitando o acesso aos fusíveis e 4
relés.
O decal (5) identifica a função dos componentes -
veja também a tabela abaixo.

ATENÇÃO!
- Nunca faça qualquer reparo no
sistema elétrico sem antes des-
ligar o cabo negativo da bate-
ria.
- Nunca improvise utilizando ob-
jetos metálicos ou fusíveis de
outra capacidade.
- Se os fusíveis estiverem queimando com
freqüência, examine a causa do problema
e jamais utilize um fusível de capacidade
superior para tentar impedir a queima!

Identificação do quadro de fusíveis:


5 7 8
F1 5 A = Ignição e painel de instrumentos F1... F12

F2 5 A = Painel de instrumentos
F3 10 A = Luzes do Pisca (Se equipado)
6
F4 10 A = Luzes de freio
F5 10 A = Acionamento da tração dianteira
4x4 (MF 290 - 18 velocidades)
F6 10 A = Alimentação do relê do pisca (Se
equipado)
F7 10 A = Buzina
F8 15 A = Farol traseiro de trabalho Relés:
F9 10 A = Sinaleiras vermelhas K01 (6) Relé de partida
F10 10 A = Faróis dianteiros - luz Baixa K02 (7) Relé de Luz Alta e Baixa dos faróis dian-
teiros
F11 15 A = Faróis dianteiros - luz Alta
K03 (8) Relé do pisca direcional e alerta (Se equi-
F12 15 A = Faróis auxiliares
pado).

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5 - Sistema Elétrico 155

5.5 - Troca de relés e fusíveis - tratores com cabina


A) Acesso ao quadro elétrico

2 2

a) Gire as travas (1) com uma chave-de-fenda.


b) Bascule a tampa/suporte (2), obtendo o total
acesso à todos os fusíveis “F” e relés “K”, con-
centrados neste ponto.

B) Identificação dos fusíveis “F”


OBS: As identificações incluem itens opcionais.
F1 15 A Acendedor de cigarros + parada do F1.
..
limpador de pára-brisa
F2 10 A Rádio + relógio + farolete da cabina F18
F3 10 A Pisca-alerta + buzina
F4 10 A Painel de instrumentos + relé de blo-
queio + interruptor de segurança da
embreagem da transmissão
F5 10 A Solenóide da bomba injetora F12 10 A Limpador do pára-brisa e lavador (es-
F6 10 A Luz de freio guicho d´água) - dianteiros
F7 10 A Interruptor de indicação das faixas F13 10 A Faróis auxiliares dianteiros
Direta e Reduzida (H e L) do câmbio F14 20 A Condicionador de ar
F8 10 A Indicadores de direção F15 10 A Limpador e lavador traseiro
F9 10 A Luz Baixa F16 10 A Reserva
F10 10 A Luz Alta F17 10 A Faróis de serviço traseiros
F11 10 A Farol giratório (baliza) F18 15 A Tomada para reboque

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156 5 - Sistema Elétrico

C) Identificação dos relés “K”


K1 Relé de partida: 70 A / 12 V - 062 221 R1 K6
K5
OBS: Para o acesso aos relés, abra a tam- K3 K4
pa (2).
K2

K2 Bloqueio de partida: 40 A / 12 V - 059 787 T1


K3 Cabina: 40 A / 12 V - 059 787 T1
K4 Faróis: 40 A / 12 V - 059 787 T1
K5 Faróis traseiros de serviço: 40 A / 12 V -
059 787 T1
K6 Relé do pisca: 180 W / 12 V - 054 987 T1
2

D) Especificações gerais do sistema elétrico (tratores cabinados)


- Bateria:
MF 275 a 292 ................................................. 1 x 100 A/h - 750 A CCA (SAE)
MF 297 a 299 ................................................. 2 x 65 A/h - 620 A CCA (SAE)
- Motor de partida ............................................ 12 V / 3 kW
- Alternador ....................................................... 75 A/h - 14 V
- Potência de lâmpadas (Todas, 12 Volts): ....... Veja abaixo:

1 - Faróis dianteiros = 48 / 45 W 2
2 - Faróis dianteiros do teto da cabina = 55 W
3 - Indicadores de direção dianteiros = 21 W
4 - Sinaleiras dianteiras = 5 W
5 - Faróis traseiros de serviço = 110 W 9
6 - Indicadores de direção traseiros = 21 W
7 - Sinaleiras traseiras = 5 W 10

8 - Luzes de freio = 21 W
9 - Baliza (Se equipado) = 55 W 4 3
10 - Farolete interno da cabina = 10 W
5
- Faróis para carreta (máximo) = 2 x 55 W
8
1 7
6

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5 - Sistema Elétrico 157

5.6 - Troca de lâmpadas dos faróis e lanternas


A) Faróis dianteiros de serviço.

1
Potência das lâmpadas: 45 watts (Faróis Baixos) e 48 watts (faróis Altos).
a) Abra a grade frontal (1).
b) Desconecte o plugue (2).
c) Afaste a proteção de borracha (3).
d) Desencaixe a presilha (4) para liberar o soquete com a lâmpada.
e) Puxe o conjunto do soquete e remova a lâmpada, empurrando-a, girando-a si-
multaneamente no sentido anti-horário e depois puxando-a.
d) Monte um a lâmpada nova seguindo o procedimento inverso.

B) Farol traseiro de trabalho e faróis auxiliares dianteiros.

4 3
1
2

Potência das lâmpadas: 55 watts.


a) Remova os 2 parafusos (1), liberando o espelho (2).
b) Solte o grampo (3).
c) Puxe o conjunto da lâmpada (4) e substitua a mesma.

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158 5 - Sistema Elétrico

C) Sinaleiras amarelas - pisca-pisca (se equipado).

5 5 7

6
6

Potência das lâmpadas: 5 watts.


a) Desencaixe o espelho (5), com auxílio de uma chave-de-fenda, introduzida no
encaixe (6).
b) Remova a lâmpada (7) do alojamento.
c) De maneira inversa, instale uma lâmpada nova.
d) Reencaixe o espelho (5), pressionando-o com a palma da mão contra o aloja-
mento.

D) Lanternas vermelhas (luzes de freio e


sinaleiras).
Potência das lâmpadas: 21 watts.
Remova os 2 parafusos (1) e remova o espelho (2). 2
O acesso às lâmpadas estará liberado.

1
E) Farolete interno da cabina (luz de
cortesia) 1

Potência da lâmpada = 10 watts


a) Empurre a trava (1) com uma chave-de-fenda
pequena.
b) Puxe o espelho (2), que é também o suporte da
3
lâmpada (3) e interruptor de 3 posições.
c) Substitua a lâmpada (3) e reencaixe o espelho
(2) no lado direito.
Após, empurre o lado da trava (1) até o comple-
1
to encaixe.
2
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6 - Sistema de Direção 159

6.1 - Eliminação da folga dos pinos-mestres do eixo dianteiro 4x2


A eliminação desta folga é importante, pois evita a
penetração de impurezas (água e pó) para o interior
do tubo dos pinos-mestres do eixo.
a) Com as rodas dianteiras apoiadas no solo, afrou-
xe levemente a porca (A) dos braços.
B
b) Aplique golpes de martelo sobre os braços (B), A
eliminando a folga entre os braços e o tubo.
c) Reaperte a porca (A) firmemente.

6.2 - Verificação e regulagem da convergência das rodas dianteiras


O procedimento para verificação da convergência é Esquema de convergência
o mesmo para as rodas dos eixos 4 x 2 e 4 x 4.
a) Alinhe as rodas em relação ao trator.
b) Meça a distância (D), na parte dianteira, exata-
mente na altura do eixo da roda. Faça a medida
entre as bordas dos aros.
c) Da mesma forma, faça a medida (T) da distân-
cia entre as bordas dos aros na parte posterior
das rodas, também na altura do eixo.
d) Calcule a convergência, fazendo T - D (medida
traseira menos a dianteira).

Procedimento de ajuste - Eixo dianteiro


4x2
a) A convergência, (T - D), deve estar entre 0 e 6,0
mm.
Para ajustar:
b) Remova o parafuso (1) de ambas as braçadei-
ras. 4
c) Gire a haste tubular (2) de forma a obter a con-
vergência recomendada.
d) Reinstale e aperte os parafusos (1). 2
OBS 1: ao final, deixe a haste (2) de modo que
os parafusos (1) das braçadeiras fiquem para
baixo. Cuide para que o parafuso (1) externo
encaixe na ranhura (3) original.
OBS 2: verifique o estado das coifas de borra-
cha (4). Mande substitui-las, se necessário.

3 1
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160 6 - Sistema de Direção

Eixo dianteiro 4 x 4
A convergência deve estar mais próxima de 0 (Zero)
mm, ou seja, a medida traseira (T) deve ser igual à
medida dianteira (D).
a) Solte a contraporca (1).

c) Com uma chave do boca, gire o terminal (2)


conforme necessário para obter a convergên-
cia recomendada.
Eixo ZF

d) Reaperte a porca (1). 1 2


1 2

Eixo Carraro

6.3 - Verificação do nível de fluido (Somente MF 250X)


Com o trator estacionado em solo plano:
a) Limpe o bujão de abastecimento e verificação 1
de nível (1).
b) Ligue o motor e deixe-o em marcha lenta.
Importante! Nos tratores 4 x 2, é indispensável
esterçar as rodas totalmente para a esquerda,
a fim de recolher a haste do cilindro hidráulico.
Para os tratores 4 x 4, deixe as rodas alinhadas
para frente.
c) Remova o bujão (1) : o nível deve atingir a bor-
da do orifício de enchimento. Se necessário,
complete com Fluido Shell DONAX TM, con-
forme Tabela da página 134.

☞ NOTAS:
- O reservatório é vertical e localiza-se
em frente ao radiador d'água.
MF 250 X

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6 - Sistema de Direção 161

6.4 - Troca do filtro e fluido da direção

Com o trator estacionado em solo plano.


MF 250 X 1 2
a) Acione o freio de estacionamento e levante a
frente do trator com um macaco e calce o eixo
com calço seguro.
b) Limpe o conjunto do reservatório e faça mar-
cas de referência entre o mesmo e o respecti-
vo suporte, para montagem na mesma posição.
c) Coloque um vasilhame de 5 litros sob o reser-
vatório hidráulico.
4
d) Remova o bujão (1) e o parafuso de fixação (2) e
remova o reservatório, deixando o óleo escor-
rer completamente.
OBS: Pode-se também drenar o óleo removen-
do o bujão inferior (5).
e) Com as mãos, esterce as rodas várias vezes,
5 3
para ambos os lados, para que o óleo contido
nas mangueiras e cilindro também escoe.
f) Faça uma lavagem completa de todas as peças
em solvente e descarte o filtro (3).
g) Examine o anel de vedação do bujão (1) e subs-
titua-o, se necessário. Da mesma forma, o anel
(4) entre o reservatório e o alojamento.
h) Reinstale o conjunto do reservatório e filtro
(novo) na sua posição original, apertando corre-
tamente o parafuso de fixação (2).

i) Abasteça o reservatório com Fluido Shell


DONAX TM, veja Tabela da página 134.

j) Ligue o motor em marcha lenta e, sem instalar


o bujão (1), esterce a direção para ambos os
lados, várias vezes, para eliminar o ar do siste-
ma. Quando sentir que o volante tem batente
firme em ambos os lados, abaixe o trator ao
solo.
Cuide para que não falte fluido no sistema!

l) Verifique e complete o nível com as rodas


esterçadas totalmente para o lado esquerdo, no
caso dos tratores 4x2.

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162 7 - Sistema de Transmissão

7.1 - Limpeza dos respiros

Os respiros permitem o escape dos gases que se


formam no interior dos compartimentos, devido ao
aumento da temperatura interna dos sistemas
mecânicos e do óleo.
O entupimento dos respiros provoca um excesso
de pressão interna, que pode ocasionar vazamentos
pelos retentores.
Utilize um pincel e solvente para a limpeza dos
respiros.
Em caso de dano a algum respiro, substitua-o
imediatamente para evitar a penetração de água e
impurezas.

2
3

1 = Transmissão e hidráulico 2 = Redutores finais traseiros 3 = Diferencial dianteiro (4x4)

Inspeção das coifas de borracha das alavancas de marcha


(Exceto MF 290 18 Vel.)

É fundamental o bom estado destes protetores, pois


impedem a penetração de impurezas no interior da
transmissão.
a) Remova o manípulo da alavanca cuja coifa es-
teja danificada.
b) Solte a braçadeira (1) e puxe a coifa (2) para fora.
2

c) Limpe a base da alavanca e passe uma camada


de graxa na rótula da mesma.
d) Monte uma coifa nova e aperte a braçadeira com
firmeza. 1

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7 - Sistema de Transmissão 163

7.2 - Verificação do nível de óleo da transmissão e hidráulico


O nível deve ser verificado com o trator perfeitamente nivelado através da vareta.
O nível deve ficar entre as marcas de máximo e mínimo da vareta (1).
Se necessário, complete-o através do bocal (2) localizado sobre o câmbio. Utilize
óleo Shell WBF-100 ou Shell DONAX TD, conforme Tabela da página 134.

Respiro
1

Tratores cabinados
A vareta de nível (1) também localiza-se na parte traseira, no lado direito.

O bocal (2) localiza-se no lado direito do motor.


OBS: O bocal do tanque de combustível localiza-se sobre o capuz do motor (MF 275
a 290) ou no lado esquerdo (MF 292 a 299).

Os bujões de dreno localizam-se conforme mostrado na seqüência, para todos os


tratores.

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164 7 - Sistema de Transmissão

7.3 - Troca do óleo da transmissão e limpeza do filtro-tela da bomba ISYP


(todos os modelos)

4 7 4
7 5 7

3 3 6
3

3 - Bujão de escoamento do câmbio (todos). 6 - Bujão de escoamento da caixa de transferência


4 - Bujão de escoamento do eixo traseiro (tratores da tração dianteira com cardan de acionamen-
4x2 e os 4x4 com acionamento central). to central.

5 - Bujão de escoamento da caixa de transferência 7 - Tampa do filtro-tela da bomba ISYP (todos).


da tração dianteira com cardan de acionamen-
to lateral.

Drenagem do óleo e lavagem do filtro tela da bomba


do hidráulico de levante. 15
Com o trator em temperatura normal de funcionamento e
perfeitamente nivelado: 14
a) Drene o óleo removendo todos os bujões de escoamento
ilustrados anteriormente, conforme o modelo.
b) Após escoar o óleo, remova o filtro-tela da bomba ISYP. 13
c) Remova a tampa (7) - figuras anteriores, soltando os 3 para-
fusos.
d) Remova o conjunto do filtro-tela na seguinte ordem - figura
ao lado: 12
- o grampo (8).
- a porca (9). 11
- a mola (10).
10
- a arruela (11).
- o anel de borracha (12).
9
- o elemento de tela (13).
- o anel de vedação (14).
8
- o anel de borracha (15).
OBS: o anel (15) pode não sair junto com os demais compo-
nentes, exigindo a sua remoção com auxílio manual.

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7 - Sistema de Transmissão 165

e) Lave todos as peças em solvente e examine-as. substitua o que for necessário,


em especial os anéis de vedação, inclusive a junta da tampa (7 - figuras da
página anterior).
f) Em seguida, reinstale as peças na ordem inversa e monte a tampa (7), apertan-
do os respectivos parafusos corretamente.
g) Reinstale os bujões de escoamento, apertando-os firmemente.
h) Nos tratores que possuem filtro substituível, faça a troca do filtro conforme
descrito a seguir.
i) Remova o bujão de abastecimento (2 - figuras anteriores) e reabasteça com óleo
Shell WBF-100 ou Shell DONAX TD, conforme Tabela da página 134.
Deixe o nível na marca de máximo da vareta (1 - figuras anteriores).

7.4 - Troca do filtro do óleo da transmissão e hidráulicos

a) Drene o óleo da transmissão conforme descrito anteriormente.


b) Remova o filtro (16) - veja figuras seguintes.
c) Instale um novo filtro, aplicando uma leve camada de óleo sobre o anel de vedação
para evitar a deformação do mesmo, o que pode causar vazamentos pela base
do filtro!
d) Reinstale os bujões de escoamento.
e) Reabasteça o conjunto com óleo Shell WBF-100, conforme descrito anterior-
mente.

☞ NOTA - Filtro da transmissão (16).


O filtro do óleo da transmissão montado na fábrica é mais curto que o filtro de repo-
sição, que deve ser usado após as primeiras 50 horas.
A troca dos filtros de reposição (mais longos) deve ser feita a cada 500 Horas (junto
com as trocas de óleo).
Somente no caso do filtro de reposição (maior) não estar disponível, pode-se utilizar
um filtro curto (do tipo montado na fábrica). Porém, neste caso, o intervalo para as
trocas desse filtro deve ser necessariamente reduzido para 250 horas.

MF 250X a 290 - 8 e MF 290 - 18 Vel. 16


12 Velocidades

16

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166 7 - Sistema de Transmissão

MF 292 MF 297 e 299

16

16

7.5- Lubrificação dos redutores finais traseiros (Exceto MF 250X).


A) Verificação do nível do óleo dos
redutores finais traseiros
Para verificar o nível do óleo dos redutores, coloque
o trator em terreno plano e remova o bujão de nível
e enchimento (1).
O nível estará correto se atingir a borda do orifício
1
do bujão de enchimento.
Caso contrário, complete com óleo Shell SPIRAX
A90, conforme Tabela da página 134.

B) Troca do óleo dos redutores finais


traseiros
2
O trator deve estar em temperatura normal de
funcionamento.
Faça a drenagem do óleo através do bujão inferior
(2), removendo também o bujão (1).
Reinstale o bujão (2) e abasteça através do bocal
(1), com óleo Shell SPIRAX A90, conforme Tabela
da pág. 134.
Reinstale o bujão (1).
Proceda da mesma forma com o outro redutor.

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8 - Eixos Dianteiros 4 x 4 167

8.1 - Lubrificação dos redutores finais


A) Verificação do nível de óleo.
a) Deixe os redutores com o bujão na posição equi- 1
valente a "9 horas" do relógio - esquema "B".
b) Remova o bujão (1), utilizando uma chave Allen
adequada.
c) O nível estará correto se atingir a borda do ori-
fício de enchimento.
d) Se necessário, complete com óleo Shell
SPIRAX A90, conforme Tabela da pág. 134.
e) Reinstale o bujão apertando-o com firmeza.
f) Proceda da mesma forma com o redutor da
outra roda.

B) Troca do óleo dos redutores.


1
Com o trator em temperatura normal de
funcionamento e com o eixo suspenso proceda da
d) Reabasteça o redutor com óleo Shell SPIRAX
seguinte maneira:
A90 e monte o bujão, apertando-o com firme-
a) Gire a roda de modo que o bujão (1) fique para
za.
baixo - esquema "A" .
e) Proceda da mesma forma com o outro redutor.
b) Remova o bujão (1) e drene todo o óleo.
c) Gire a roda até que o bujão fique na posição de
enchimento - esquema "B".

8.2 - Lubrificação do diferencial dianteiro


A) Verificação do nível de óleo
Bujões de nível e enchimento eixo ZF APL 335 lateral
a) Com o trator nivelado, remova o bujão de nível
e enchimento (1) do diferencial.
b) O nível deve atingir a borda do orifício de enchi-
mento.
c) Se estiver abaixo, complete com óleo Shell
SPIRAX A90, conforme Tabela da pág. 134.
d) Reinstale o bujão com firmeza. 1

2
OBS: Veja as figuras dos demais eixos na próxima
página:

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168 8 - Eixos Dianteiros 4x4

Eixo ZF central Eixo Carraro

1 2

1
3

Eixo Carraro
B) Troca do óleo do diferencial dianteiro.
OBS: Acompanhe também pelas figuras anteri-
ores.
Com o trator nivelado e óleo em temperatura
normal de funcionamento:
a) Remova o bujão de nível e enchimento (1) e o(s)
bujão(es) de dreno (2 e 3 - exceto ZF tração la-
teral).
b) Examine o anel de vedação dos bujões. Após o
completo escoamento do óleo, reinstale o(s)
bujão(es) de dreno (2 e 3) apertando-o(s) corre-
tamente.
3 2
OBS: Os bujões de escoamento possuem uma
parte magnética que retém as partículas metá-
licas contidas no óleo. Limpe os bujões.
c) Reabasteça o diferencial com óleo Shell
SPIRAX A90, conforme Tabela da pág. 134, até
atingir a borda do orifício de enchimento.
d) Reinstale o bujão de enchimento.

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9 - Embreagem 169

9.1 - Ajuste do posicionamento do pedal.


OBS 1: O colar da embreagem é de contato
constante, ou seja, o pedal não possui folga.
Assim, não necessita de ajuste de curso livre.
Porém, com o desgaste dos componentes da
embreagem, a posição do pedal se altera.
A altura "X" do pedal deve ser de:
- MF 250X a 290 = 150 a 160 mm
- MF 292 a 299 = 170 a 190 mm
OBS 2: No caso de embreagem dupla, o pedal não
deve ficar muito baixo, sob pena de não permitir o
4
completo acionamento do 2° estágio (da Tomada
de Potência Dependente) - veja a próxima página.

Havendo necessidade, altere a posição do pedal,


da seguinte forma:
a) Remova o pino (1).
b) Solte a contraporca (2).
c) Posicione o pedal na altura "X" recomendada e,
mantendo-o nesta posição, gire o terminal (3) 2
no sentido de encurtar ou alongar o tirante (4),
de forma a permitir a instalação do pino (1) .
3

d) Reaperte a contraporca (2) e o pino (1).


1
Não esqueça de instalar o contrapino!

Para tratores com 18 marchas.


Solte o parafuso (1) e gire a alavanca (2) em relação
ao braço (3), de modo a obter a posição desejada
do pedal.
Reaperte o parafuso (1).

3 1 2

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170 9 - Embreagem

9.2 - Ajuste da atuação do 2o estágio da embreagem

☞ NOTA:
Este procedimento só é necessário
para tratores com embreagem du-
pla e TDP dependente.
A não-parada do eixo da TDP, quando deseja-
da, representa um sério problema de seguran-
1° estágio 2° estágio
ça. Por isto, deve receber total atenção!
Para permitir o acionamento e o desligamento
da TDP, é necessário que o 2° estágio da em-
breagem seja completamente desligado ao
comprimir-se o pedal até o final do 2° estágio.
Se isto não ocorrer, verifique, pela ordem:

1
A) O batente (1) está posicionado em 2°
estágio?
Veja no esquema ao lado, a posição do batente (1)
para 1° e 2° estágio. 1
Veja a página 90 para maiores informações.

B) A altura do pedal não está muito baixa?


Se o pedal estiver muito baixo, o batente limitador
(1) não permitirá a atuação completa.
Neste caso, aumente a altura "X". - veja o
procedimento na página anterior.

C) Ajuste interno da embreagem


Se as condições dos itens A) e B) forem satisfeitas
e o eixo da TDP não parar ao acionar o pedal até o
final do 2° estágio, consulte sua Concessionária a
fim de efetuar ajustes internos. 2 3

A figura ao lado, mostra uma embreagem dupla em


corte:
2 - Disco da transmissão: 1° estágio
3 - Disco da TDP: 2° estágio.

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10 - Freios 171

10.1 - Ajuste do curso livre dos pedais


a) Com a mão, comprima um dos pedais até este
oferecer resistência. Meça esta folga com uma
régua, tomando como base o outro pedal.
b) A folga deve ser de 4 a 5 cm. Caso seja
diferente, faça a ajuste, girando a porca
autotravante (1) existente junto às trombetas do
eixo traseiro.
Para diminuir a folga do pedal, gire a porca no 1
sentido horário e vice-versa.
c) Proceda da mesma forma com o pedal do ou-
tro lado.

Tratores cabinados 4 a 5 cm

O acionamento neste caso, é feita através de cabos


(3). O procedimento de ajuste da folga dos pedais,
é idêntico ao descrito acima, inclusive a folga (4 a Verificação da folga
5 cm), ajustada através da porca (1), junto às com régua.
trombetas.
OBS: Caso o curso da rosca desta regulagem chegar
ao final, verifique a possibilidade de obter um curso
adicional através das porcas (2), na parte final dos
1
cabos. Quando necessário, troque os cabos (3). Para
isso, consulte sua Concessionária.

2
2 3

3
1

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172 10 - Freios

10.2 - Teste de aplicação simultânea dos freios


Por questões de segurança, é fundamental que os
freios direito e esquerdo atuem de forma
homogênea. Do contrário, o trator pode
desgovernar-se em uma freada mais forte.
a) Acione a trava de união dos pedais.
b) Em um local plano e nivelado, desloque o trator
com uma velocidades em torno de 15 km/h.
c) Acione os pedais de freio completamente.
d) Verifique pelas marcas deixadas no chão se a
atuação foi homogênea.
Se necessário, refaça o ajuste descrito anterior-
mente.

ATENÇÃO!
- Para realizar o teste de aplicação simultânea dos freios, dirija-se à uma
área livre de obstáculos e longe de curiosos. A responsabilidade pela
segurança sempre será do condutor do trator.
- Se encontrar dificuldades, consulte sua Concessionária.

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11 - Manutenção do condicionador de ar 173

11.1 - Limpeza do filtro de ar

a) Remova a tampa (1), puxando-a pela alça (2). 5


b) Remova as porcas-borboleta (3), a chapa de re-
tenção (4) e finalmente os elementos filtrantes
(5).
4 3
Código dos elementos de papel: 066 294 T1
c) Aplique ar comprimido nos elementos filtrantes
(5), observando o seguinte:
✔ Não aplique pressão superior a 70 PSI.
✔ O sentido do jato de ar deve ser no sentido con-
trário ao da passagem de ar, ou seja, de dentro
para fora, considerando a posição em que são
montados. 1
d) Reinstale os elemento (5) procedendo na ordem
inversa e reinstale a tampa (1).


2
NOTAS:
✔ A freqüência das limpe-
zas depende da con-
centração de poeira e
pode variar de 1 vez
por semana à 2 vezes
ao dia.
✔ Não opere o condicionador com o filtro de
ar saturado: além de diminuir a sua eficiên-
cia, danos podem ocorrer no sistema. 5
✔ Os elementos de ar devem estar em perfei-
tas condições: se apresentarem furos,
ressecamento ou qualquer outra anormalida-
de, substitua-os.

11.2 - Limpeza do condensador

O condensador (6) é o componente responsável pela


troca de calor com o meio ambiente e localiza-se:
- Em frente ao radiador d'água: MF 275 a 290
- Sobre a capota da cabina - MF 292 a 299 - veja
a próxima figura.
Para o bom funcionamento, mantenha o
condensador sempre limpo.
Aplique ar comprimido no conjunto, cuidando para
não amassar as aletas.

MF 275 a 290 6
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174 11 - Manutenção do condicionador de ar

Condensador dos tratores MF 292 a 299


Mantenha sempre limpa as grades superior e laterais
(6a) da cobertura (6b).
Havendo necessidade, pode-se remover a cobertura
(6b), para fazer uma limpeza mais rigorosa no
conjunto do condensador (6).
Neste caso, remova os 4 parafusos nos pontos
indicados pelas setas.


6a
NOTA:
Nunca suba nos pára-lamas para
realizar a manutenção do MF 292 a 299
condensador ou por qualquer outra 6b
razão: os pára-lamas não possuem
função estrutural.

6a
6

11.3 - Ajuste da tensão da correia


do compressor

A tensão da correia (7) deve ser de tal maneira que


a deflexão "X" seja de 10 a 15 mm.
Se necessário, faça o ajuste:
a) Afrouxe os parafusos (8) de fixação do compres-
9 "X"
sor ao suporte.
b) Force o compressor para cima na intensidade
necessária para obter a tensão correta.
c) Segurando-o nesta posição, reaperte os para-
fusos (8).
OBS: Mantenha a embreagem eletromagnéti- 7
ca (9) limpa, sem acúmulo de pó. Para a limpe-
za, utilize ar comprimido.

8
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11 - Manutenção do condicionador de ar 175

☞ NOTA:
Para facilitar o acesso ao compres-
sor, retire a tampa (10) do capuz.
11

Para isso, siga o seguinte procedi-


10
mento: 12

a) Remova o escapamento (11).


b) Remova a cobertura (12).
c) Remova os seis parafusos indicados pelas se-
tas, em cada lado do trator.
d) Remova a tampa superior (10).

11.4 - Recarga de refrigerante

A necessidade de recarga do fluido refrigerante,


pode ser constatada quando houver perda de efici-
ência do condicionador.

Além disso, sobre o filtro do fluido, existe um visor


(13): se o visor está branco com o compressor em
funcionamento, significa que a carga está baixa e
deve ser completada. 13

Porém, antes, certifique-se de que todos os demais


itens estão em perfeitas condições: limpeza do fil-
tro de renovação de ar da cabina, limpeza do con-
densador, tensão da correia do compressor, etc.

Se mesmo após a recarga do fluido refrigerante o


problema persistir, pode ser necessária uma revisão
do compressor.
Lembre-se: um dos procedimentos que mantém a
vida útil do compressor por mais tempo, é o
acionamento do sistema de refrigeração
semanalmente. Veja recomendações sobre
operação do sistema na página 62.

☞ NOTA:
A capacidade de fluido refrigerante
do sistema é de 1,7 kg.
Utilize somente R-134A

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176 11 - Manutenção do condicionador de ar

☞ IMPORTANTE:
1 - O processo de substituição do fluido refrigerante, bem como completar
a carga, requer pessoal e recursos especializados.
Para este e outros serviços, consulte a sua Concessionária MF ou um
especialista em condicionadores de ar de sua confiança.
2 - Jamais solte conexões de mangueira condutora de fluido refrigerante.
Este é altamente tóxico e exige técnicas e equipamentos especiais para o
manuseio. A liberação do gás diretamente para a atmosfera é prejudicial
inclusive ao meio ambiente.

11.5 - Inspeção geral periódica

# Mangueiras e conexões: Verifique o estado destes itens, quanto a trincas,


desgaste ou furos. Dê especial atenção às conexões e curvas e passagens
na lataria e outras partes.
# Fios e suas ligações.
# Fixações em geral.
# Correia de acionamento do compressor.
# Aletas e tubos do condensador. Ao limpá-lo, não aplique jato de ar (ou água)
com pressão excessiva, pois isto empenará as aletas, causando obstrução.

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11 - Conservação do trator em períodos inativos 177

A atividade de um trator agrícola, em muitos casos, é bastante sazonal, havendo


épocas em que o mesmo pode trabalhar até mais de 20 horas ao dia e, em outras,
permanecer parado durante várias semanas.
Neste período, a conservação do trator requer alguns cuidados tão importantes quanto
aqueles tomados durante o período ativo.
Basicamente, a conservação neste período visa proteger o trator contra agentes
nocivos como: umidade, calor, frio, impurezas, etc.
As condições ideais para a inatividade de um trator são as seguintes:

Limpeza do trator
Antes de mais nada, faça uma lavagem rigorosa em
todo o trator. Isto já o deixa livre de uma grande
quantidade de resíduos causadores de oxidação das
partes metálicas, bem como degradação de
elementos não-metálicos, como pintura, plásticos,
instalação elétrica, etc.

Armazenagem do trator
É muito importante que o trator fique abrigado das
intempéries, em local seco e arejado. Sem isso, não
há conservação.

Alívio da carga sobre os pneus


Caso a inatividade seja maior que 30 dias, convém
apoiar o peso do trator sobre calços reforçados e
seguros.
Retire a água do interior dos pneus e calibre-os com
pressão inferior que aquela recomendada para o
trabalho.
Caso o peso do trator incida sobre os pneus numa
só posição por muito tempo, ocorre a deformação
da banda de rodagem.

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178 12 - Conservação do trator em períodos inativos

Fechamento da saída do escape do filtro


de ar e mangueira do respiro do motor
É importante impedir a penetração de insetos através
desses pontos.
Muitos insetos podem transportar resíduos,
utilizados para a confecção de ninhos, ao interior
do motor, o que gera conseqüências desastrosas.

Acionamento da embreagem
No caso das embreagens com disco(s) de material
orgânico, é conveniente aplicar o pedal da
embreagem até o final do 1° estágio.
Isto evita que o disco da transmissão cole no platô
e volante.

Abastecimento e lubrificação
Ao desativar o trator, abasteça completamente o(s)
tanque(s) de combustível, a fim de evitar a
condensação da umidade e a conseqüente oxidação
do interior do tanque e danos ao sistema de injeção.
Se possível, abasteça os tanques com combustível
especial para testes de bomba injetora.
Faça o motor funcionar com este combustível por
alguns minutos.
Além disso, lubrifique todas as graxeiras.

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12 - Conservação do trator em períodos inativos 179

Outros procedimentos
A) Remova a bateria do trator, limpe-a perfeitamen-
te e guarde-a em local seco, com o nível de
solução correto.
Mensalmente, submeta-a a uma carga lenta,
evitando a sulfatação das placas, que ocorre
também por falta de carga. Se for deixar a bate-
ria no trator, remova o cabo negativo e execute
também o recomendado acima.
B) Troque o óleo do motor e, se estiver próximo
do período, também dos demais sistemas.
C) Drene a água do radiador, faça uma lavagem
interna do sistema através de circulação de água
corrente. Após, reabasteça o sistema, utilizan-
do inibidor de corrosão.

Retorno ao trabalho
✔ Remova as proteções do escapamento, filtro e
mangueira do respiro, utilizadas para impedir a
entrada de agentes nocivos.
✔ Reinstale a bateria.
✔ Verifique o funcionamento das luzes do painel
e comandos.
✔ Faça uma calibragem dos pneus.
✔ Corte o fluxo de combustível para o motor, sol-
tando o fio (1) junto ao solenóide da bomba in- 1
jetora - figura ao lado, ou puxando o estrangula-
dor, conforme o modelo.
Isto permite girar o motor sem que este entre
em funcionamento. Acione o motor de partida
durante 10 segundos no máximo.
Com isso, todas as partes do motor receberão
lubrificação antes de funcionar, evitando des-
gastes prematuros.
✔ Ligue novamente o fio do solenóide ou empur-
re o estrangulador, conforme o trator, e dê a
partida normalmente, observando se a pressão
indicada pelo indicador no painel está normal.
Caso não esteja, desligue o motor imediatamen-
te e verifique a causa.

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180 13 - Análise de falhas, suas causas


mais comuns
Os quadros a seguir, podem lhe auxiliar nas ocasiões em que você necessita diag-
nosticar algum problema e decidir sobre a melhor forma de agir.

ANORMALIDADE: POSSÍVEIS CAUSAS

1 - Motor trabalha frio: 1a) Motor está sem válvula termostática ou a válvula emperrou aberta.
Isto pode ser causado pelo não-uso do inibidor de corrosão junto à
água do sistema de arrefecimento.
1b) Ponto da bomba injetora desregulado.
2 - Motor falha: 2a) Comando de parada do motor. Verifique o solenóide da bomba inje-
tora e a sua ligação elétrica.
2b) Bomba de alimentação defeituosa.
2c) Filtro de combustível ou de ar saturado.
2d) Ar no sistema de combustível (faça uma sangria).
2e) Respiro do tanque de combustível bloqueado.
2f) Combustível incorreto ou com água.
2g) Folga incorreta das válvulas
2h) Assentamento irregular das válvulas.
2i) Desgaste interno do motor.
2j) Molas das válvulas quebradas.
3 - Paradas constantes do 3a) Solenóide da bomba injetora.
motor: 3b) Bomba de alimentação defeituosa.
3c) Filtro de combustível e/ou ar saturado.
3d) Ar no sistema de combustível.
3e) Respiro do tanque de combustível entupido.
3f) Combustível com presença de água.
3g) Mangueira do respiro do cárter bloqueado.
4 - Consumo excessivo de 4a) Óleo lubrificante incorreto.
combustível: 4b) Filtro de ar ou combustível saturado.
4c) Bomba injetora e/ou bicos defeituosos.
4d) Ponto de injeção incorreto.
4e) Folga incorreta das válvulas.
4f) Temperatura de funcionamento baixa.
4g) Combustível incorreto.
4h) Mangueira do respiro do cárter bloqueado.
4i) Carga excessiva no equipamento.
4j) Baixa pressão no turbo.
5 - Consumo excessivo de 5a) Óleo lubrificante incorreto.
óleo lubrificante: 5b) Filtro de ar saturado.
5c) Camisas, anéis ou guias de válvulas gastos.
5d) Retentores das hastes das válvulas gastos.
5e) Assento irregular dos anéis e camisas espelhadas, provocados por
trabalho em temperaturas, cargas ou rotações inadequados.

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13 - Análise de falhas, suas causas 181


mais comuns
ANORMALIDADE: CAUSAS POSSÍVEIS

6 - Batidas internas: 6a) Injetor defeituoso ou inadequado.


6b) Ponto de injeção incorreto.
6c) Folga incorreta das válvulas.
6d) Nível de óleo incorreto.
6e) Volante do motor solto.
6f) Bomba de óleo lubrificante.
6g) Desgaste em peças internas do motor.
7 - Pressão excessiva do 7a) Mangueira do respiro bloqueado.
cárter: 7b) Camisas e anéis, guias e válvulas gastos.
7c) Retentores das hastes das válvulas gastos.
8 - Superaquecimento: 8a) Obstrução externa das colméias do radiador.
8b) Filtro de ar saturado.
8c) Óleo lubrificante incorreto.
8d) Bomba injetora ou bicos defeituosos.
8e) Ponto de injeção ou pressão dos bicos incorreto.
8f) Baixa pressão do turbo.
8g) Válvula termostática ou bomba d'água defeituosa ou radiador
sujo ou entupido.
8h) Baixo nível de água.
8i) Junta do cabeçote danificada.
8j) Carga excessiva no equipamento.
8l) Correia do ventilador frouxa.
8m) Molas das válvulas quebradas.
9 - Baixa pressão de óleo: 9a) Baixo nível de óleo no cárter.
9b) Válvula de alívio da bomba de óleo ou bomba defeituosa.
9c) Óleo lubrificante incorreto.
9d) Marcador defeituoso.
10 - Fumaça branca: 10a) Combustível incorreto.
10b) Temperatura de funcionamento baixa.
10c) Água no combustível.
11 - Fumaça azul. 11a) Óleo lubrificante incorreto.
11b) Bomba injetora ou injetor(es) defeituoso(s).
11c) Camisas e anéis gastos.
11d) Guia de válvulas gastas.
11e) Mangueira do respiro obstruido.
12 - Fumaça preta falta de po- 12a) Bomba injetora ou injetor(es) defeituoso(s).
tência: 12b) Ponto de injeção incorreto.
12c) Temperatura de funcionamento baixa.
12d) Folga das válvulas incorreta ou válvula presa.
12e) Baixa pressão do turbo (Caso do MF 292 e 299).
12f) Bomba de alimentação defeituoso.
12g) Combustível incorreto.
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182 13 - Análise de falhas, suas causas


mais comuns
ANORMALIDADE POSSÍVEIS CAUSAS

13 - Motor não parte: 13a) Bateria sem carga ou com mau contato dos terminais ou demais
ligações.
13b) Defeito do motor de partida ou relé.
13c) Falta de combustível.
13d) Ar ou água no sistema de alimentação.
13e) Linhas de combustível ou filtros entupidos.
OBS: No inverno, ocorre a formação de parafina no combustível
que causa obstrução.
13f) Bicos injetores extremamente sujos ou desregulados.
13g) Filtros de combustível ou ar entupidos.
13h) Solenóide da bomba injetora ou ligações defeituosas.
14 - Bateria não atinge carga, 14a) Vasos sulfatados ou danificados devido a não-manutenção do
mesmo em trabalho. nível de solução ou devido a longo período inativo sem recarga.
14b) Escovas do alternador gastas ou outro problema interno.
14c) Relé desregulado.
14d) "Curto" com a massa de algum fio.
14e) Bornes e terminais sujos.
15 - Fusíveis e lâmpadas 15a) "Curto" de algum fio com a massa.
queimam com freqüên- 15b) Bateria com excesso de carga (regulador do alternador
cia: desregulado).
15c) Uso de lâmpadas ou acessórios fora de especificação ou con-
centrados em algum fusível.
16 - Excesso de patinagem: 16a) Lastreamento incorreto ou mal distribuído entre eixo dianteiro e
traseiro, especialmente nos 4 x 4.
16b) Implemento inadequado ou desregulado.
16c) Desgaste das garras dos pneus.
17 - Câmbio "arranha": 17a) Utilização de óleo inadequado. O uso de óleo com grau GL (óleo
de engrenagens) inadequado, provoca o "arranhamento" das
marchas até mesmo em câmbios sincronizados. Consulte a
tabela da pág. 134.
17b) Desgaste de peças como rolamentos ou ajuste incorreto de fol-
gas longitudinais de eixos.
17c) Desgaste dos anéis sincronizadores - caso de câmbio sincroni-
zado.
17d) Folga incorreta do pedal da embreagem.
17e) Aplicação incompleta do pedal da embreagem.

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