Professional Documents
Culture Documents
André Guerra
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil.
Pedrinho Guareschi
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil.
Resumo
Este artigo traz as contribuições do literato e filósofo argelino Albert Camus para se
problematizar a ética desde a perspectiva de uma filosofia existencial, mais
especificamente, de uma Filosofia do Absurdo. Pretende-se com esse referencial retirar
o problema ético de sua dimensão puramente intelectual para – a partir daquilo que será
proposto como uma substancialização da ética – apontar as relações concretas dessa
discussão com a vida, isto é, com a materialidade pressuposta nos modos de viver – ou
estilos existenciais –, isto é, no modo como as pessoas relacionam-se consigo mesmas,
com os outros e com o mundo. Depois de apresentadas as noções de “absurdo” e
“revolta” cunhadas por Albert Camus, é feita uma aproximação destes com o conceito
de Amor Mundi discutido por Hannah Arendt. Conclui-se, assim, que a ultrapassagem
do absurdo em direção a novos estilos éticos pode se dar pela assunção do amor como
um movimento de luta, constante e ininterrupto, responsável por valorizar a
singularidade do viver.
Palavras-chave: Ética; Absurdo; Amor; Albert Camus.
Abstract
This article brings the contributions of the Algerian writer and philosopher Albert
Camus to discuss ethics from the perspective of an existential philosophy, more
specifically, a Philosophy of the Absurd. It is intended with this referential to remove
the ethical problem of its purely intellectual dimension to – on the basis of which will
be proposed as a substantiation of ethics – pointing out the concrete relations of this
discussion with life, i.e., with the presupposed materiality of ways of living – or
Resumen
Este artículo presenta aportes del escritor y filósofo argelino Albert Camus para discutir
la ética desde la perspectiva de una filosofía existencial, más específicamente, una
Filosofía del Absurdo. Se pretende con esta referencia retirar el problema ético de una
dimensión puramente intelectual hacia – a partir de lo que se propone como una
substancialización de la ética – apuntar las relaciones concretas de esta discusión con la
vida, es decir, con la materialidad presupuesta en los modos de vivir – o estilos
existenciales –, o sea, en los modos de relación consigo mismo, con los otros y con el
mundo. Después de presentados las nociones de "absurdo" y "revuelta" acuñados por
Albert Camus, se hace uma aproximación com el concepto de Amor Mundi discutido
por Hannah Arendt. Concluye, que la superación de lo absurdo hacia nuevos estilos
éticos se puede dar por la asunción del amor como un movimento de lucha, constante e
ininterrumpido, responsable por valorar la singularidad del vivir.
Palabras Clave: Ética; Absurdo; Amor; Albert Camus.