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APRESENTAÇÃO 3
RECRUTAMENTO DE PESSOAS 4
PLANEJAMENTO DO RECRUTAMENTO 4
TIPOS DE RECRUTAMENTO 5
RECRUTAMENTO INTERNO 6
RECRUTAMENTO EXTERNO 10
RECRUTAMENTO MISTO 16
SELECIONANDO PESSOAS 17
ENTREVISTA 22
TESTES ESCRITOS 26
TESTES PRÁTICOS 28
TÉCNICAS DE SIMULAÇÃO 29
TESTES PSICOLÓGICOS 31
LAUDO TÉCNICO 35
BIBLIOGRAFIA 39
PROFª ANA VANESSA
APRESENTAÇÃO
Atrair e agregar talentos significa pensar nas atividades presentes e operações da empresa, mas
principalmente no seu futuro e destino.
Quando bem conduzido, este processo traz benefícios tanto para o empregador quanto para o
candidato a ser admitido.
Uma área de Recrutamento e Seleção que atua de forma estratégica pode, a partir do entendimento
do plano estratégico da empresa e do acompanhamento dos indicadores de gestão, planejar,
antecipadamente, as demandas em relação ao preenchimento de vagas.
Para Chiavenato (1991), o recrutamento e a seleção de pessoal devem ser tomados como duas
fases de um mesmo processo: a introdução de recursos humanos na organização.
Nesta aula nos dedicaremos ao estudo dos conceitos concernentes ao processo de recrutar
pessoas, tema bastante recorrente nos editais de concursos para grandes empresas e órgãos
federais.
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
RECRUTAMENTO DE PESSOAS
Essa necessidade que se origina por motivos diversos, é expressa ou emitida formalmente, pelo
‘requisitante’ da área – responsável que pretende preencher alguma vaga em seu departamento
ou seção –, através de um documento denominado Requisição de Pessoal (RP).
Spector (2002) considera que um desafio constante para muitas organizações é conseguir
candidatos para as vagas disponíveis. Para poder contratar pessoas qualificadas, uma organização
precisa ter um grande número de possíveis funcionários, a fim de poder escolher entre eles.
PLANEJAMENTO DO RECRUTAMENTO
O recrutamento requer um cuidadoso planejamento, que constitui uma sequência de três fases
(Chiavenato, 2010):
TIPOS DE RECRUTAMENTO
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
RECRUTAMENTO EXTERNO
Preenchimento Preenchimento de
de vagas e vagas e oportunidades
oportunidades pelos efetuado pela admissão
próprios funcionários. de candidatos externos,
que são selecionado
AMBIENTE INTERNO DE RECRUTAMENTO
para ingressar na
Recrutamento
Preferência por
dos candidatos
candidatos externos,
dentro do quadro
recrutados no mercado
de funcionários da
de recursos humanos.
própria organização.
Candidatos
conhecidos pela Candidatos
organização, tendo desconhecidos pela
sido aprovados organização, exigindo
em seleção testes e avaliações
anterior, treinados para preenchimento
e avaliados quanto das oportunidades.
ao desempenho.
RECRUTAMENTO INTERNO
Em muitas organizações, quando surge uma vaga, antes de contratar ou recrutar candidatos
externos, é conduzida uma pesquisa interna na busca do profissional capacitado para
preenchimento da vaga disponível.
Segundo Marras (2000), o processo interno pode ser uma ferramenta de extrema importância,
quando aplicada com transparência, apresentando uma política de aproveitamento adequada e
alinhada aos objetivos da organização. Para tanto, torna-se imperativa a elaboração das diretrizes
que descrevam os propósitos e objetivos do empregador no recrutamento.
Banov (2010) ensina que o recrutamento interno tem como vantagens a (1) economicidade, devido
ao fato de a divulgação ser feita dentro da própria empresa; (2) a adequação dos candidatos à cultura
organizacional, pois já estão adaptados a ela; (3) maior rapidez no processo; (4) estabelecimento
de uma relação positiva entre empregado e organização, pois ao fazer o recrutamento interno,
oportuniza mudança aos seus colaboradores.
Segundo Gil (2001), o processo de recrutamento e seleção interna é uma importante ferramenta
utilizada para motivar os funcionários, oportunizar o desenvolvimento de uma carreira profissional
e agregar qualidade nos produtos e serviços da organização.
ATENÇÃO!
As vantagens e desvantagens de cada tipo de recrutamento é, sem dúvida, o tópico
mais comum em questões de concursos nesta área e certamente garantirá um ponto à
maioria dos candidatos. FIQUE ATENTO!
O processo de recrutamento interno, de certa forma, incentiva uma competição sadia entre os
funcionários. Os mesmos procuram dedicar-se cada vez mais, na expectativa de uma possível
elevação de cargo e salário. Neste contexto, devemos lembrar o ensinamento de
Boudreau e Milkovich (2000), segundo o qual, as carreiras podem ser a mais poderosa ferramenta
para o desenvolvimento de futuros talentos, habilidades e valores – recursos estes altamente
valiosos para as organizações contemporâneas.
Outra vantagem do recrutamento interno, é que ele apresenta um índice de validade e segurança
bem maior do que o recrutamento externo, devido ao fato de o empregado já ser conhecido na
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
organização.
Segundo Braga, Lima e Neves (2011) as desvantagens do recrutamento interno podem ser notadas
Princípio de Peter – o funcionário que é promovido pela sua competência, mas mostra
baixo desempenho/ estacionamento na nova função e a empresa não tem como retorná-lo
à posição anterior;
Além das desvantagens descritas anteriormente, no recrutamento interno ocorre uma maior
exigência quanto às condições dos empregados, no intuito de que estes venham a exercer as
funções de um cargo acima, e os mesmos nem sempre se encontram aptos para isso.
Cabe sinalizar ainda que, a recorrência do recrutamento interno pode vir a bloquear a entrada de
novas ideias, expectativas e experiências, funcionando como um sistema de reciclagem contínua
(Chiavenato, 2008).
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
RECRUTAMENTO EXTERNO
O recrutamento externo caracteriza-se como sendo uma série de atividades que visam atrair
um conjunto de candidatos qualificados, que estão fora da organização, e que se submeterão ao
processo de Seleção de Pessoal, a fim de ingressarem na organização (Chiavenato, 2008).
A apresentação de candidatos pelos funcionários tem sido uma forma de Recrutamento Externo
pelo baixo custo, alto rendimento e rapidez. Incentivos são feitos aos funcionários para que estes
recomendem as vagas às pessoas conhecidas. Destaque-se que não se caracteriza uma indicação,
mas apenas uma forma de divulgação externa, apesar de ser feita por alguém da comunidade
organizacional.
Segundo Chiavenato (2010), quando uma organização adota uma política de recrutamento externo
subentende-se que:
Porém, veremos que nem sempre o recrutamento externo é menos favorável que o recrutamento
interno.
Este arquivo pode ser organizado por cargo ou área de atividade, dependendo da tipologia de
cargos utilizada na organização.
O recrutamento deve ser uma atividade contínua e ininterrupta que visa garantir sempre um
estoque de candidatos para qualquer eventualidade futura, devendo a empresa deve manter-
se sempre de portas abertas para receber candidatos que se apresentam espontaneamente, a
qualquer tempo, mesmo que não haja cargos vagos no momento.
Caracteriza-se por ser um sistema de recrutamento de baixo custo, que demanda um prazo
de tempo reduzido e possui alto rendimento. A organização que estimula seus funcionários a
apresentarem ou recomendarem candidatos está utilizando um veículo dos mais eficientes e de
amplo espectro de cobertura, porque o veículo vai ao candidato através do funcionário.
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
empresa, proximidade das fontes de recrutamento, visualização fácil dos cartazes e anúncios,
estar próximo a lugares em que haja circulação de pessoas, facilidade de acesso.
Esta técnica serve mais como estratégia de apoio ou esquema residual do que como estratégia
principal, pois não apresenta o mesmo rendimento dos sistemas já apresentados.
Algumas organizações desenvolvem este sistema continuamente, mesmo quando não há vagas
no momento, como propaganda institucional para intensificar a apresentação de candidatos.
Muitas organizações desenvolvem programas de recrutamento com alto teor de material de
comunicação com as instituições citadas.
Através desta técnica busca-se promover a organização e criar uma atitude favorável, relatando o
que é a organização, quais são seus objetivos, sua estrutura e as oportunidades de trabalho que
oferece, através de recursos audiovisuais (filmes, slides etc.).
Contatos com outras empresas que atuam no mesmo mercado em termos de cooperação
mútua
Quando o mercado de recursos humanos local foi bastante explorado, algumas organizações
optam pela busca de candidatos em outras cidades ou localidades.
Os candidatos recrutados devem transferir-se para a cidade onde a empresa está situada, através
de uma série de benefícios e garantias, após um período de experiência.
O anúncio de jornal é considerado uma das técnicas de recrutamento mais eficientes. Tem como
característica ser mais quantitativo do que qualitativo, pois se dirige a um público geral abrangido
pelo veículo e sua discriminação depende do grau de seletividade que se pretende aplicar.
Agências de recrutamento
Recrutamento on line
As organizações têm utilizado cada dia mais a Internet para recrutar talentos e reduzir os custos
dos processos de provisão de pessoas, ao mesmo tempo em que aumentam os horizontes do
recrutamento e facilitam a vida dos candidatos.
Programas de trainees
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
Em geral, são utilizadas várias técnicas de recrutamento simultaneamente. Fatores como custo e
tempo são decisivos na escolha da técnica ou do instrumento mais indicado para o recrutamento
externo. Quanto maior a urgência para se recrutar um candidato, tanto maior será o custo da
técnica de recrutamento a ser aplicada.
VANTAGENS
RECRUTAMENTO EXTERNO
VANTAGENS DESVANTAGENS
1) Maior custo;
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
4) Pode trazer atitudes que não estão de acordo com a cultura da organização;
RECRUTAMENTO MISTO
Chiavenato (1995) afirma que uma empresa nunca faz um recrutamento interno sem fazer um
recrutamento externo. Um sempre deve complementar o outro, pois quando um funcionário
muda de posição, automaticamente um cargo ficará vago.
Interno-externo: possui uma ênfase na segurança e por isso é feito uma busca na empresa
para posteriormente ser feito uma busca externa.
A empresa prioriza seus empregados na disputa das oportunidades existentes, não havendo
candidatos internos adequados parte para o recrutamento externo.
O processo de recrutamento é a ocasião em que a empresa deve ter maturidade e boas técnicas
e instrumentos de gerenciamento para identificar desvios e redirecionar ações estratégicas para
atingir os resultados (Braga, Lima e Neves, 2011).
SELECIONANDO PESSOAS
A base para a seleção de pessoas é um sistema de comparação e de escolha (decisão), que deve
apoiar-se em um padrão ou critério para obter validade.
O padrão é geralmente extraído a partir das características do cargo a ser preenchido; conhecimento
este que, conforme vimos, pode ser adquirido através da descrição e análise do cargo.
Assim, as técnicas de seleção de pessoal devem variar conforme o nível ocupado pelo cargo na
hierarquia da estrutura organizacional, nível que normalmente é preestabelecido na descrição e
especificação do cargo (Tachizawa, Ferreira e Fortuna, 2001).
Gil (2001) destaca que existem diversos procedimentos adequados para identificar as características
pessoais de cada candidato, com vistas a possibilitar a seleção dos mais aptos.
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
Deve-se destacar que o órgão de seleção não tem poder para impor ao órgão requisitante a
aceitação dos candidatos aprovados no processo de comparação. Cabe-lhe apenas a prestação
de um serviço especializado, aplicando as técnicas de seleção e recomendando o candidato ao
cargo.
Modelo de seleção – quando existem vários candidatos e apenas uma vaga a preencher.
Cada candidato é comparado com os requisitos exigidos pelo cargo que se pretende
preencher, ocorrendo duas alternativas: aprovação ou rejeição. Se rejeitado, é dispensado
do processo, porque, para o cargo vago, há vários candidatos, e apenas um poderá ocupá-lo.
Ocorrem duas alternativas para o candidato: ser aprovado ou rejeitado para aquele cargo. Se
rejeitado, passa a ser comparado com os requisitos exigidos por outros cargos que se pretende
preencher, até se esgotarem os cargos vacantes, advindo daí a denominação de classificação.
Para cada cargo a ser preenchido ocorrem vários candidatos que o disputam, sendo que apenas
um deles poderá ocupá-lo, se vier a ser aprovado.
Modelos de seleção que permitam o ganho máximo nas decisões sobre candidatos ou
simplesmente padrões quantitativos de resultados.
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
vacantes a serem preenchidos) e à redução dos custos envolvidos (por evitar duplicidade de
despesas com o processo).
Conforme vimos, as informações que o órgão de seleção recebe a respeito dos cargos e de seus
ocupantes são transformadas em uma ficha de especificações do cargo ou ficha profissiográfica,
que deve conter os atributos psicológicos e físicos necessários ao desempenho do ocupante no
cargo considerado. A partir das informações constantes nesta ficha, o órgão de seleção pode
estabelecer as técnicas de seleção adequadas ao caso.
Em geral, escolhe-se mais de uma técnica de seleção para cada caso. Cada técnica auxilia as
demais fornecendo amplo conjunto de informações sobre o candidato. As técnicas escolhidas
deverão representar o melhor preditor para o desempenho futuro do cargo.
TÉCNICAS:
Entrevistas de seleção
|| Gerais:
De cultura geral
De línguas
|| Específicas:
De cultura profissional
De conhecimentos técnicos
Testes Psicométricos
|| De aptidões:
Gerais
Especificas
Testes de Personalidade
|| Expressivos
Exemplo: Palográfico
|| Projetivos
|| Inventários
De motivação
De frustração
De interesses
Técnicas de Simulação
|| Psicodrama
|| Dramatização
Weiss (2001) considera que a leitura do currículo representa mais do que examinar a experiência
profissional do candidato e sua formação. Ela ajudará a tomar decisões e formular perguntas
ao candidato. No entanto, na maioria dos casos, as informações constantes no currículo são
insuficientes para proporcionar uma visão real do candidato (Gil,2001). Por isso, convém combinar
seu uso com o de outras técnicas, como a entrevista, por exemplo.
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
Orientação para os lucros e melhoria de desempenho – não é muito fácil obter sinais dessa
natureza. Todavia, pela maneira com que o candidato descreve as atividades desenvolvidas,
suas responsabilidades e expectativas, pode-se obter alguns indicadores dessa orientação.
Os currículos devem ser analisados criteriosamente. Não convém lê-los todos de uma vez, visto
que depois de certa quantidade fica difícil assimilar bem as informações. Para facilitar a decisão,
convém agrupar os currículos em três pilhas: “prováveis”, “com possibilidade” e “sem possibilidade”.
Quando a pilha dos “com possibilidade” estiver muito maior do que a dos “prováveis”, recomenda-
se rever os critérios e proceder à nova análise dos currículos.
ENTREVISTA
Bueno (1995) afirma que entrevistar é dialogar, trocar informações, entender o ponto de vista do
outro, é se comunicar, ou seja, compreender e ser compreendido, influenciar e ser influenciado.
ATENÇÃO!
A entrevista pode ser considerada como uma amostra do comportamento interpessoal, pois
através das atitudes do candidato diante do entrevistador pode-se perceber a maneira como
comunica-se e relaciona-se com as pessoas (Spector, 2002).
A entrevista é considerada um dos mais úteis instrumentos disponíveis para a seleção de pessoal
(Gil, 2001), pois permite colher dados e informações dos candidatos a emprego que subsidiam a
avaliação do processo seletivo (Marras, 2002), destacando-se por ser a técnica de seleção que
mais influencia a decisão final a respeito do aproveitamento ou não de um candidato a emprego
(Chiavenato, 1991).
Em virtude de sua flexibilidade, a entrevista pode ser considerada o instrumento mais adequado
para a obtenção de dados em profundidade. Ela tanto pode ser utilizada de maneira exclusiva
como para complementação de dados obtidos mediante outros procedimentos.
Estas têm objetivos diferentes que são exigidos em provas de concursos. A abordagem clínica
da entrevista psicológica é uma das características que se pode destacar, sendo diferente da
entrevista de seleção.
Porém, as perguntas da entrevista de seleção não precisam ser apenas baseadas no âmbito laboral,
pois pelo padrão comportamental também se prevê reações dentro dos papéis organizacionais.
É uma entrevista mais superficial, diferente das outras anteriores, geralmente feita pelo órgão de
recrutamento e seleção ou pelo gerente e sua equipe.
Uma entrevista de seleção, quanto a sua metodologia, pode ser estruturada ou não estruturada
(Marras, 2002):
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
Chiavenato (2008) propõe que as entrevistas podem ser classificadas em quatro tipos, quanto ao
formato das questões e das respostas requeridas, a saber:
A vantagem deste tipo de entrevista reside no fato de que o entrevistador não precisa se preocupar
quanto aos assuntos que irá pesquisar junto ao candidato, nem com sua sequência, pois todos
eles já estão preparados de antemão.
Este é o tipo da entrevista planejada e organizada para ultrapassar as limitações dos entrevistadores.
Em muitas organizações, o pedido de emprego (ou solicitação de emprego) que é preenchido
pelo candidato serve de base e sequência para conduzir a entrevista padronizada.
Entrevista diretiva – Não especifica as questões, mas o tipo de resposta desejada. Aplicada
apenas para conhecer certos conceitos espontâneos dos candidatos. O entrevistador precisa
saber formular as questões de acordo com o andamento da entrevista para obter o tipo de
resposta ou informação requerida.
Entrevista não diretiva – Não especifica nem as questões, nem as respostas requeridas.
São denominadas entrevistas não estruturadas, não diretivas, exploratórias, informais etc.
São entrevistas totalmente livres e cuja sequência e orientação ficam a cargo de cada
entrevistador.
São criticadas por sua baixa consistência devido ao fato de não terem um roteiro ou itinerário
preestabelecido para cada entrevista. O entrevistador caminha na linha de menor resistência ou da
extensão de assuntos, sem se preocupar com a sequência, mas com o nível de profundidade que
a entrevista pode permitir. O entrevistador, contudo, pode esquecer ou omitir despercebidamente
alguns assuntos ou informações.
As entrevistas não diretivas geralmente ficam a cargo dos gerentes que, na sequência do processo
seletivo, são os entrevistadores finais.
O problema da subjetividade constitui, sem dúvida, a mais séria limitação da entrevista, pois a sua
eficácia depende da competência técnica do entrevistador.
A avaliação que o entrevistador faz do candidato está sujeita ao seu quadro de referência pessoal,
o que dificulta a obtenção de dados uniformes.
Esta preparação é vital para que o entrevistador possa, com relativa precisão, verificar e comparar
a adequação dos requisitos necessários ao cargo e as características pessoais do candidato.
Processamento da entrevista
Da mesma forma que o entrevistador obtém as informações que deseja, deve também prestar as
informações que o candidato necessita para tomar suas decisões.
O processamento da entrevista deve levar em conta dois aspectos – o material e o formal –, que
são intimamente relacionados:
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
A entrevista deve ser tão objetiva quanto possível para que com certo tempo despendido se possa
obter razoável panorama a respeito de cada candidato. A entrevista deve durar o tempo suficiente
e este varia de candidato para candidato.
Encerramento da entrevista
Avaliação do candidato
A avaliação do candidato deve ser realizada logo que o entrevistado deixar a sala, enquanto os
detalhes estão frescos na memória do entrevistador. Certas decisões devem ser tomadas em
relação ao candidato:
2. Qual sua colocação em relação aos demais candidatos que disputam a mesma vaga;
3. Se uma avaliação definitiva poderá ser feita comparativamente após o término de todas as
entrevistas com os demais candidatos.
TESTES ESCRITOS
Gil (2001) recomenda a utilização de testes escritos para o preenchimento de cargos para os quais
se requer conhecimentos específicos, bem como determinadas habilidades, como, por exemplo,
a de redação. O autor supracitado orienta que a escolha da modalidade de teste, bem como a
definição de seu conteúdo, deve levar em consideração o perfil do cargo.
Deve-se evitar o uso de “pacotes”, e dos testes de caráter acadêmico, porque, embora servindo
para selecionar pessoas competentes, não garantem a escolha dos melhores candidatos para o
cargo em questão.
Segundo Limongi-França e Arellano (2002), os testes escritos podem ser gerais ou específicos.
As provas de conhecimentos ou de capacidade são instrumentos para avaliar objetivamente os
conhecimentos e habilidades adquiridos através do estudo, da prática ou do exercício profissional
(Chiavenato, 2008).
Provas gerais – são as provas que aferem noções de cultura geral ou generalidades de
conhecimento.
Provas tradicionais – são as do tipo dissertativo e expositivo. Podem ser improvisadas, pois
não exigem planejamento. Abrangem um número menor de questões pelo fato de exigirem
respostas longas, explicativas e demoradas.
Provas objetivas – são as provas estruturadas na forma de testes objetivos, cuja aplicação
e correção são rápidas e fáceis. As provas objetivas - também denominadas testes - envolvem
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
|| Provas mistas – são as provas que utilizam tanto perguntas dissertativas como itens
em forma de testes.
Orais – são as provas aplicadas verbalmente por meio de perguntas e respostas orais.
Funcionam como uma entrevista, mas apenas com perguntas verbais específicas objetivando
apenas respostas verbais específicas.
Escritas – são as provas aplicadas por escrito por meio de perguntas e respostas escritas.
São as provas comumente realizadas nas organizações e em nossas escolas para aferir
conhecimentos adquiridos.
TESTES PRÁTICOS
Os testes práticos são utilizados, em geral, para avaliar um determinado conhecimento ou prática
de trabalho (Marras, 2002). São muito importantes para os cargos de natureza operacional ou
relacionados à produção, onde se confere ênfase especial aos aspectos psicomotores.
As técnicas que exigem respostas a situações de forma que os candidatos interajam e participem
ativamente delas. Por se tratar de atividades que envolvem atuação e muitas vezes simulações de
uma circunstância profissional, o controle por parte do candidato fica diminuído e os resultados
podem ser mais visíveis e espontâneos (Limongi-França e Arellano, 2002).
Os testes práticos devem ser preparados e acompanhados pelo requisitante ou por profissional
por ele designado, que possua qualificação suficiente para tal, sendo pouco provável que possam
ser aplicados adequadamente por profissional da área de seleção de pessoal.
TÉCNICAS DE SIMULAÇÃO
As técnicas de simulação buscam analisar o sujeito em uma situação grupal com a finalidade de
aproximá-lo o máximo possível da dimensão real (Braga, Lima e Neves, 2011).
Seu ponto de partida é o drama, que significa reconstituir em cima de um palco – contexto
dramático - no momento presente, no aqui e agora, o acontecimento que se pretende estudar e
analisar o mais proximamente do real (Chiavenato, 2008).
São feitas dramatizações de cenas específicas, em que a pessoa assume um papel (role playing) e
são observados as atitudes e comportamentos dos candidatos. As técnicas de simulação podem
ser classificadas em:
Age no aqui e agora como em seu cotidiano, o que permite analisar e diagnosticar seu próprio
esquema de comportamento. Braga, Lima e Neves (2011) destacam que as técnicas de simulação
devem ser conduzidas pelo psicólogo.
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
Em um mundo cada vez mais competitivo, pessoas e organizações buscam melhores qualificações
e resultados, necessitando, para tanto, desenvolver suas competências. A organização que não
cuidar de suas competências essenciais e específicas poderá fracassar ou desaparecer na mesma
velocidade em que as mudanças ocorrem hoje em dia.
A competência das organizações é a soma das competências de suas pessoas. Por isso, as
organizações tendem a buscar métodos mais humanos de seleção.
Segundo Silva (2005), para que haja uma política de gestão por competências inserida na
organização é necessário que todas as vertentes que envolvem os profissionais sejam geridas
pelas competências relativas à empresa e a cada função ou atividade.
O alinhamento das políticas de provisão com o modelo de gestão pode tornar mais fácil e
concreta a busca por novos profissionais, uma vez que as competências necessárias estão
previamente estabelecidas para cada função, bem como o que é necessário para manter-se e
obter crescimento dentro da organização, devendo o profissional de Recrutamento e Seleção
conhecer a necessidade organizacional para o cargo, identificar as competências dos candidatos
e saber avaliar o quanto ele será aproveitado.
Para isso utilizam-se alguns instrumentos na seleção, como aplicações de testes técnicos e
comportamentais, entrevista de seleção por competências e avaliações psicológicas para que se
possa traçar o perfil do candidato e ter a máxima clareza sobre o mesmo.
A seleção por competências tem como benefícios a objetividade e o foco que outras metodologias
de seleção não oferecem. Destacaremos outras destas suas vantagens:
|| A área de seleção faz um marketing positivo da organização junto aos candidatos, pas-
sando uma imagem de profissionalismo, ética e respeito pelo ser humano.
TESTES PSICOLÓGICOS
Marras (2002) destaca que os testes psicológicos são instrumentos que permitem ao psicólogo
prospectar, mensurar e avaliar características específicas dos indivíduos.
Os resultados dos testes são comparados com padrões de amostras de pesquisas anteriores e
analisados a partir de percentis (Braga, Lima e Neves, 2011).
Os testes devem apresentar duas importantes características, que as entrevistas não conseguem
alcançar, a saber:
Um teste é considerado preciso quando, após ser aplicado várias vezes em uma mesma
pessoa, apresenta o menor desvio-padrão ao redor da média dos vários resultados obtidos.
Um teste apresenta pouca precisão quando os vários resultados obtidos em uma mesma pessoa
são diferentes e dispersos.
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
Os testes psicológicos são instrumentos muito úteis para identificar as aptidões dos candidatos.
Podem ser utilizadas para avaliação do desenvolvimento mental, das aptidões (Inato), habilidades
específicas (capacidade adquirida: raciocínio verbal, raciocínio abstrato, raciocínio mecânico),
potencial intelectual dos candidatos, bem como de seus traços de personalidade (Gil, 2001).
O teste psicológico pode ser definido como uma medida objetiva e padronizada de uma amostra
do comportamento do indivíduo, tendo como função essencial a mensuração das diferenças ou
mesmo as semelhanças entre indivíduos, ou entre as reações do mesmo indivíduo em diferentes
momentos (Resolução CFP Nº 007/2009).
Os testes não são necessariamente de uso obrigatório para a realização de avaliações psicológicas,
mas, quando se precisa de material fidedigno, passível de reaplicação, que permita conclusões
confiáveis em curto tempo, para tomada de decisões, é preciso dispor de outros recursos além da
entrevista, ainda que seja para comprovar alguma característica do examinando.
A fim de alcançar seu objetivo, o teste psicológico deve ser articulado a um construto psicológico
(fundamentação teórica) e este construto precisa estar vinculado a aspectos importantes da vida
psíquica das pessoas (fundamentação empírica) (Tavares, 2003).
Para ser utilizado adequadamente, o teste deve ser normatizado, precisa ter evidências empíricas
de validade e precisão, devendo necessariamente oferecer instruções para aplicação.
O psicólogo deve seguir todas as recomendações contidas nos manuais dos testes, bem como
atualizações divulgadas, para garantir a qualidade técnica do trabalho. A forma de aplicação faz
parte da normatização de um teste. Deste modo, a validade do teste requer, necessariamente,
a adequada aplicação. Cabe ao psicólogo observar se os testes são originais e se estão em
condições de uso.
A avaliação psicológica deve ser fundamentada em instrumentos aprovados pelo CFP e requer
profissionais de Psicologia que sejam competentes para sua aplicação e avaliação.
A fim de assegurar a qualidade destes procedimentos, esses profissionais devem ser qualificados
e treinados em teoria e prática para a realização de avaliações psicológicas.
Pessoas com deficiências devem ser avaliadas de forma compatível com suas limitações.
Projetivos – são os testes que fazem uso da projeção, ou seja, aqueles que permitem que
a pessoa expresse algum aspecto da sua história ou da sua personalidade, mesmo que não
perceba isso. Estas técnicas seguem normas qualitativas. O resultado se expressa através
de uma tipologia. Por terem uma avaliação qualitativa, seus elementos (itens de teste) não
podem ser medidos em separado. O diagnóstico é estabelecido por meio da constância de
certas características avaliadas no teste como um todo.
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
Coletiva – não exige um contato tão direto entre examinador-examinando. São mais simples
e qualquer pessoa, com um pequeno treino, pode administrá-los. Por isso são realizados em
grupo, apresentando como vantagem a economia de tempo.
Conforme temos visto no decorrer do estudo deste tema, todo cargo tem um perfil compatível
com ele e não seria diferente com o selecionador. Este precisa ser discreto, ético, identificar no
processo quais são seus preconceitos para que estes não interfiram no resultado.
Ser o mais profissional possível, utilizando testes válidos, métodos adequados à seleção, dar
feedbacks para os não aptos aos cargos explicando motivos da rejeição.
Deve evitar perguntas do tipo “armadilha” e extrair respostas narrativas do candidato. O papel
do psicólogo tem sido também fundamental para um bom resultado na seleção (Braga, Lima e
Neves, 2011).
LAUDO TÉCNICO
Ao final da seleção é elaborado um laudo técnico do candidato, sintético, onde consta se o mesmo
é apto ou não a desenvolver o trabalho específico na empresa. São ressaltadas características
pessoais que podem influenciar no ambiente laboral.
Sendo assim, questões de ordem pessoal, que não irão interferir no poder de decisão são
desnecessárias para a confecção do laudo (Braga, Lima e Neves, 2011).
O foco da atenção durante o processo de avaliação psicológica deve estar na pessoa examinada
e não exclusivamente em torno do instrumento de avaliação.
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
Para proceder à avaliação referida para fins de seleção de candidatos, o psicólogo deverá
utilizar métodos e técnicas psicológicas que possuam características e normas obtidas
por meio de procedimentos psicológicos reconhecidos pela comunidade científica como
adequados para instrumentos dessa natureza;
Optando pelo uso de testes psicológicos, o psicólogo deverá utilizar testes validados em
nível nacional, aprovados pelo CFP que garantam a precisão dos diagnósticos individuais
obtidos pelos candidatos;
memória, percepção, dentre outras, nas suas mais diversas formas de expressão, segundo
padrões definidos pela construção dos instrumentos.
Para que possam ser reconhecidos como testes psicológicos em condições de uso
deverão atender aos requisitos técnicos e científicos, definidos no anexo da Resolução CFP
n.° 002/2003, e aos seguintes requisitos éticos e de defesa dos direitos humanos:
O psicólogo que utiliza testes psicológicos como instrumento de trabalho deve observar as
informações contidas nos respectivos manuais e buscar informações adicionais para maior
qualificação no aspecto técnico operacional do uso do instrumento, sobre a fundamentação
teórica referente ao construto avaliado, sobre pesquisas recentes realizadas com o teste,
além de conhecimentos de Psicometria e Estatística;
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RECRUTAMENTO & SELEÇÃO
RECOMENDAÇÕES FINAIS
Recrutamento e Seleção tem sido o tema mais exigido em concursos públicos na área de Gestão
de Pessoas. A bibliografia recomendada para este assunto é composta basicamente por livros de
Administração de RH/ Gestão de Pessoas, destacando-se os de Chiavenato.
ATENÇÃO!
LEMBRE: Nas questões de Recursos Humanos/ Gestão de Pessoas, o enfoque não é nas
questões psicológicas e sim em processos organizacionais.
As vantagens e desvantagens de cada tipo de recrutamento é, sem dúvida, o tópico mais comum
em questões de concursos nesta área e certamente garantirá um ponto à maioria dos candidatos.
Quanto aos outros tópicos, recomenda-se que o concursando busque aprofundar um pouco mais
o estudo sobre entrevistas, principalmente buscando diferenciar seus tipos.
BIBLIOGRAFIA
ANACHE, A.A. & CORRÊA, F.B. As políticas do Conselho Federal de Psicologia para a avaliação
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