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06/08/2012
SUCESSÃO TRÃBÃLHISTÃ
1 – Conceito: sucessão trabalhista pensa-se numa alteração na estrutura da empresa,
pensando em uma relação de emprega: de um lado o empregador, e do outro o
empregado. Cada uma tem suas obrigações. A do empregado é prestar os serviços, e a
do empregador tem a obrigação de dar (obrigação principal) uma remuneração ao
empregado. A sucessão trabalhista é a alteração na estrutura jurídica da empresa. A
alteração pode ser na estrutura formal da empresa ou na transferência de titularidade
(vender a empresa). Quando ocorre essa alteração tem-se o fenômeno da sucessão
trabalhista.
Art. 10 Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus
empregados.
Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de
trabalhos dos respectivos empregados.
Quando ocorre as alterações acima, ocorre interferência nos direitos adquiridos dos
seus empregados?
3 – Modalidades:
Cabe fazer menção, ainda, à hipótese em que certa empresa (1) adquire outra (2), sendo
que esta ultima integrava um grupo econômico (G), juntamente com empresa diversa
(3). É certo que, em razão desse grupo econômico (G), as empresas que o compõem (2 e
3) respondem solidariamente quanto aos débitos trabalhistas das empresas integrantes
desse grupo (art. 2°, §2° da CLT). Entretanto, na situação mencionada, não sendo caso
de fraude ou má-fé, como a empresa adquirente (1) apenas adquiriu uma das empresas
(2), e não o grupo como um todo, aquela empresa adquirente (1), embora seja sucessora
(somente) da empresa adquirida (2), não responde solidariamente pelos débitos da outra
empresa (3) que, à época, era devedora direta e solvente ou idônea economicamente,
pois esta (3), como mencionado, não foi adquirida pela empresa sucessora (1).
§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo embora, cada uma delas, personalidade jurídica, própria
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra constituindo grupo industrial, comercial ou de
qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente
responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.
Como de regra, no art. 141, inc. II, afasta a existência de sucessão, inclusive para efeitos
trabalhistas, quanto ao arrematante da empresa ou filiais, na realização do ativo, no
processo de falência.
Isso significa que o art. 141, por ser regra especial, afasta a aplicação dos arts. 10 e 448
da CLT, quando se tratar da hipótese especial ali prevista, ou seja, da arrematação da
empresa ou filial, no âmbito do processo de falência, na alienação do ativo.
Art. 141. Na alienação conjunta ou separada de ativos, inclusive da empresa ou de suas filiais, promovida
sob qualquer das modalidades de que trata este artigo:
I – todos os credores, observada a ordem de preferência definida no art. 83 desta Lei, sub-rogam-se
no produto da realização do ativo;
II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas
obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as
decorrentes de acidentes de trabalho.
§ 1o O disposto no inciso II do caput deste artigo não se aplica quando o arrematante for:
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do falido ou de
sócio da sociedade falida; ou
20/08/2012
JORNÃDÃ DE TRÃBÃLHO
1 – Conceitos: Abrange o lapso temporal de labor ou disponibilidade do empregado perante
seu empregador em virtude do contrato ,considerados distintos parâmetros de mensuração:
dia (duração diária ou jornada), semana (duração semanal), mês (duração mensal), e até
mesmo o ano (duração anual).
Para Maurício Godinho “jornada de trabalho é a expressão com sentido mais restrito do que o
anterior, compreendendo o tempo diário em que o empregado tem de se colocarem
disponibilidade perante seu empregador, em decorrência do contrato”.
Abrange o tempo efetivamente trabalhado, o tempo a disposição, bem como os intervalos
remunerados.
2 – Composição da Jornada:
a) Teoria do tempo efetivamente trabalhado: Tal critério considera como componente
da jornada apenas o tempo efetivamente trabalhado pelo empregado, desprezando
qualquer outro período. O art. 4º da CLT afasta tal critério como regra geral,
entretanto, importa salientar que o empregado cujo salário seja fixado por peça ou
tarefa muito se aproxima do critério em estudo.
Ex: 8 (oito) horas diárias.
b) Teoria do tempo à disposição: Este critério despreza a efetiva prestação dos serviços,
admitindo como jornada o
tempo a disposição do empregador no centro de trabalho (como leciona Maurício
Godinho Delgado: “a expressão centro de trabalho não traduz, necessariamente, a
idéia de local de trabalho. Embora normalmente coincidam, na prática, os dois
conceitos como lugar em que se presta o serviço, pode haver, entretanto, significativa
diferença entre eles. É o que se passa em uma mina de subsolo, em que o centro de
trabalho se situa na sede da mina, onde se apresentam os trabalhadores diariamente,
ao passo que o local de trabalho localiza-se, às vezes, a larga distância, no fundo da
própria mina”). Este é o critério escolhido pelo art. 4º da CLT.
Está na lei. Prontidão (244 clt) só para categoria dos ferroviários e sobreaviso.
Diferença entre sobreaviso e prontidão. Essa é a teoria adotada pela CLT.
Bip ou Telefone celular usados por empregados é considerado: Depois o horário de
trabalho.
c) Teoria do tempo de deslocamento (Horas “in itineri”): Este é o critério mais amplo
dos três, admitindo como parte integrante da jornada dos
empregados o tempo despendido no deslocamento residência-trabalho e trabalho-
residência. Importa destacar que este critério foi utilizado no tocante ao acidente de
trabalho, na forma do art. 21, IV, “d” da Lei 8.213/91. Entretanto, não constitui regra
geral para o Direito Material do trabalho, excepcionado o art. 58, parágrafo 2º da CLT.
O Brasil adota com alguns critérios (não tem lei). Acha no direito previdenciário (lei de
benefícios 8.213/91), mas não é regulamentado no direito do trabalho. Súmula 90 do
TST.
1 – Condução fornecida pelo empregador;
2 – Local de difícil acesso/ não servido por transporte público regular;
3 – Incompatibilidade do horário de término do trabalho com transporte público;
4 – O transporte não é regular. É insuficiente do horário de término do trabalho com
transporte público.
“As normas jurídicas estatais que regem a estrutura e dinâmica da jornada e duração do
trabalho são, de maneira geral, no Direito brasileiro, normas imperativas”.
4 – Controle da jornada:
a) Jornadas controladas:
São aquelas em que a prestação do serviço está submetida a efetivo controle do
empregador, motivo pelo qual o labor além do limite pactuado dá ensejo ao
pagamento de horas extraordinárias.
b) Jornadas não-controladas:
São aquelas em que o serviço prestado pelo obreiro não é submetido a fiscalização e
controle do empregador, que, portanto, não pode aferir a efetiva duração do trabalho.
Os empregados cuja jornada não é controlada, como regra geral, não fazem jus ao
pagamento das horas extraordinárias, na forma do art. 62 da CLT.
03/09/2012
JORNÃDÃ EXTRÃORDINÃRIÃ
1 – Nomenclatura: Esse tema pode vir com outros nomes como: jornada suplementar,
horas extras, jornada prorrogada, etc.
2 – Conceito: Quer dizer as horas que ultrapassam o limite estabelecido em lei, ou seja,
aquela prorrogação verdadeiramente excepcional, como ocorre nas hipóteses de força maior,
serviços inadiáveis e para reposição de paralisações. É o excesso de horas trabalhadas além da
jornada padrão.
a) Acordo de Prorrogação – art. 59, CLT; art. 7º, XIII, CF; 5.85, TST.
Não pode o empregador obrigar o empregado a prestar horas-extras sem motivo, quando não
existe o acordo.
b) Acordo de Compensação (banco de horas) – art. 59, §2º, CLT; art. 7º, XIII, CF; 585 TST.
Não há o pagamento das horas extras, mas dá-se uma compensação pelas horas trabalhadas.
Não há o pagamento em dinheiro, mas é uma formação de banco de horas. Ao invés de
dinheiro, compensa-se a horas com dias de descanso.
As horas extras não podem ser habituais, pois essa prorrogação geral é ilegal, e pressupõe que
o acordo ocorra excepcionalmente.
- O que se discute na doutrina, é que o acordo pode ser bilateral ou negociação coletiva?
O banco de horas na empresa tem a duração de um ano de acordo com a lei. Tem que ser
usado dentro do mês, segundo entendimento de juristas, senão é desconsiderada a
compensação dentro do período.
O acordo de jornada pode ser individual ou coletivo. O correto não é individual e sim bilateral,
como está escrito na sumula 85 do TST.
A sumula 85 do TST, quando for compensação tem que ser por acordo coletivo de trabalho;
inverso do que diz na doutrina, que admite o acordo coletivo de trabalho e o acordo bilateral
nos acordos coletivos de trabalho.
Na rescisão, o empregado recebe as horas não compensadas como extras, com cálculo da data
do término do contrato;
c) Prorrogação por motivo de força maior (necessidade imperiosa) – art. 61, caput e §2º CLT.
Tem que comunicar a autoridade trabalhista em 10 dias, a prorrogação por motivo de força
maior.
d) Prorrogação para conclusão de serviços inadiáveis (necessidade imperiosa) – art. 61, caput
e §2º da CLT.
São aquelas que acontecem e necessitam de reposição de horas. Ex: quebrou o cano da
empresa, e necessita de conserto.
PERIODOS DE DESCANSO
a) Intrajornada: é dentro da jornada diária de 8 horas. Se for de 4 a 6 horas, tem que ter o
intervalo de 15 minutos; se acima de 6 horas, mínimo de 1 horas e máximo de 2 horas. Esses
intervalos não são adicionados na jornada de trabalho. Os 10 minutos do digitador, a cada 90
minutos de trabalho, contam como jornada. Os períodos podem ser reduzidos mediante
negociação coletiva, ou a empresa tem que comprovar critérios como, refeitório no local, etc.
Para aumentar o tempo, somente com negociação coletiva.
b) Interjornada: É devido o intervalo de no mínimo onze horas entre duas jornadas diárias de
trabalho (art.66/CLT), inclusive para os empregados rurais. É o descanso mínimo entre um dia
e outro, que é no mínimo de 11 horas. Se tiver a DSR (24 horas), conta-se o período com esse,
totalizando 35 horas.
Ressalte-se que este descanso de 24 horas consecutivas não afasta a incidência do anterior, de
onze horas consecutivas entre duas jornadas diárias. Assim, o empregado deverá gozar na
verdade 35 horas de descanso, somados os dois intervalos.
17/09/2012
REMUNERÃÇÃO DO EMPREGÃDO
1 – Distinção entre Remuneração e Salário.
- Remuneração com formula. ACIMA. Pode ser entendida como a contraprestação recebida
pelo empregado, decorrente do contrato de trabalho. A remuneração é o termo mais amplo,
ou seja, o gênero que engloba como espécies o salário e a gorjeta, pois “compreendem-se na
remuneração além do salário a gorjeta.
O salário é a quantia paga “diretamente pelo empregador” (art. 457 da CLT), decorrendo do
contrato de trabalho.
Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário
devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
§ 1º Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens,
gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.
§ 2º Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não
excedem de cinqüenta por centro do salário percebido pelo empregado.
Salario é a remuneração paga + gorjeta, que é recebida por terceiros. Sempre tem que existir
remuneração, pois sem remuneração é trabalho voluntário. O salário sempre pago pelo
empregador, e a gorjeta é paga por terceiros que não é empregador. Pode receber salário e
não receber gorjeta.
Salário é a parte fixa, pode ter porcentagem ou comissão, adicionais (Noturno, Horas Extras,
Insalubridade, Periculosidade, etc), Abono (adiantamento de salário), salário utilidade,
gratificações (natalina), diárias e ajuda de custo (somente são salário se forem menor que 50%
do salário; e a natureza jurídica de ambas são indenizatórias, quando menor que 50%, se for
maior será salário).
R=S+G
S = F+C%+AD+AB+SU+GR+D+A<50%
O salário é pago e devido não só como contraprestação do efetivo serviço prestado, mas
também dos períodos em que o empregado esteve à disposição do empregador, aguardando
ou executando ordens, bem como de certos períodos de descanso remunerado.
As verbas indenizatórias não refletem nos adicional noturno, adicional de horas extras, aviso
prévio e descanso semanal remunerado.
A gorjeta tanto as pagas pelos clientes, gueltas ou cobradas na nota fiscal, são remuneração. A
sumula vem a dizer que as gorjetas não são base de calculo para:
a) Adicional Noturno;
b) Adicional de Horas Extras;
c) Aviso Prévio;
d) Descanso Semanal Remunerado.
A gorjeta foi excluída para não onerar o empregador, pois a empresa não deu causa a gorjeta.
a) Salário mínimo legal. É aquele que é tomado como parâmetro de salário no país. Tem que
se observar as regiões, pois existe Estados com salário regional maior que o mínimo. É sempre
observado no salário fixo, a não ser que exista salario profissional e salário normativo.
b) Salário profissional – piso salarial. É aquele que sempre vai ser resultado de uma
negociação coletiva. O produto de uma negociação coletiva é o acordo coletivo de trabalho ou
a convenções coletivas de trabalho. Geralmente o salário profissional é sempre maior que o
mínimo e deve ser observado pela categoria profissional a que integra. Se o mínimo
ultrapassar esse salário, prevalece o salário mínimo.
c) Salário normativo – 611 – CLT. Quando o salário não é fixado em acordo ou convenção
coletiva de trabalho, o salário é pleiteado no judiciário. O Tribunal do trabalho é quem vai
determinar o aumento no salário do trabalhador. É feito por meio do dissidio coletivo no
tribunal (TRT ou TST). Com isso o juiz irá lançar uma sentença normativa. Tem a vigência de 4
anos, que terá de se fazer outra posteriormente.
d) Salário isonômico – 461, CLT – Equiparação salarial. Isonômico vem de isonomia, igualdade.
Para a equiparação tem que ter:
i. mesma localidade;
ii. identidade de função;
iii. Trabalho de igual valor;
iv. mesmo empregador.
A equiparação salaria não poderá ser feita quando houver planos de cargos e salário;
f) Salário substituição – 450, CLT – Súmula 159, TST. Salário que o substituto recebe quando o
titular não está presente. No art. 450 da CLT não há nada estipulado, por isso se faz necessário
a sumula 159 – TST. Se a substituição for definitiva é substituição, e não poder eventual.
i) Salário complessivo – Ilegal. Complessivo é o salário pago pela empresa sem especificação
das parcelas do salário.
24/09/2012
I. Legais:
II. Convencionais:
4 – Caracteres do Salário:
5 – Aferição Salarial:
a) Unidade de Tempo: Salário por tempo é aquele pago em função do tempo no qual o
trabalho foi prestado ou o empregado permaneceu à disposição do empregador, ou
seja, a hora, o dia, a semana, a quinzena e o mês, ou, excepcionalmente um tempo
maior (permitido apenas no caso comissões ou percentagens).
b) Unidade de Obra ou Produção: Salário por produção é aquele calculado com base no
número de unidades produzidas pelo empregado multiplicado pelo valor de cada
unidade, atribuído pelo empregador antecipadamente.
c) Salário – Tarefa = Tempo + Produção: Salário por tarefa é aquele pago com base na
produção do empregado e no tempo despendido para a realização da tarefa, havendo
um acréscimo no preço da tarefa realizada mais rapidamente ou a dispensado do
restante da jornada.
6 – Meios de Pagamento:
- Requisitos: