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Capítulo 7
Bueiros ou travessias
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Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 07-Bueiro ou travessia
Engenheiro Plínio Tomaz 17 de janeiro de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
7.1 Introdução
Soliman, 2013 chama de estruturas de travessias: pontes, bueiros, sifões,
calhas e aquedutos. As pontes e bueiros são destinados a passagem de água, mas
existe ainda os sifões invertidos ou sifões normais bem como a travessia de
córregos com tubulações ou canais.
Conforme Mello Porto,2003 os tubos muito curtos são aqueles que estão
no intervalo 5 < L/D ≤ 100, sendo L=comprimento e D= altura ou diâmetro do tubo.
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Figura 7.1 Os quatro casos básicos de bueiros sugeridos por FHWA, 2012
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Figura 7.2 Quatro tipo de entrada de bueiros, p. 651, Water Resources Engineering,
Mays
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Figura 7.4-Bueiro com curva na vertical. Deve ser evitado. Fonte: FHWA, 2005
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Figura 7.5-Bueiro com curva na vertical. Deve ser evitado. Fonte: FHWA, 2005
Figura 7.6-Bueiro com curvas na horizontal. Deve ser evitado. Fonte: FHWA, 2005
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Figura 7.8-Bueiro com junção. Deve ser evitado. Fonte: FHWA, 2005
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Figura 7.10- Bueiro com overtopping. Deve ser evitado. Fonte: Texas, 2004
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Q7,10 ou Q95
Para vazões baixas em dimensionamento de bueiros a Ciria, 2010 adota a
vazão mínima achada por Weibull que nada mais é que o Q 7,10 ou Q 95.
Quando prevemos em um bueiro a passagem de peixes, não fica complicado
o uso do Q7,10, mas em outras ocasiões teremos o problema da sedimentação.
De modo geral quando dimensionamentos um bueiro somente levamos em
consideração a vazão de projeto para Tr= 100 anos.
Sendo:
tc= tempo de concentração (min)
L= comprimento do talvegue (km)
Ieq= declividade equivalente (m/km)
Exemplo 7.1
Calcular o tempo de concentração para um talvegue de 3,6378km e
declividade equivalente Ie= 8,33m/km
A declividade média e o tempo de concentração é calculada através da
planilha da Tabela (7.1).
Tabela 7.1-Tempo de concentração até a avenida 3
Cota inf Cota Decl (m/km) Diferença de Compr (km) J= L/j^0,5 Ie (m/km) tc(min)
sup nivel ∆ H (m) ∆ H/L
574,00 593,00 11,25 19,00 1,6894 11,25 0,5038
568,00 574,00 6,08 6,00 0,9865 6,08 0,4000
561,00 568,00 7,28 7,00 0,9619 7,28 0,3566
32,00 3,6378 1,2603 8,33 68,12
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Exemplo 7.2
Calcular tc com L=3637,8 m e H=32,0 m
tc= 57 x L1,155 x H-0,385 =57 x 3,63781,155 / 320,03285 = 68,12min
A velocidade será V= L/ tempo = 3637,8m/ (68,12min x 60s) =0,89m/s
Exemplo 7.3
Supondo tc=68,06 min calcular o valor de I para Tr=100 anos
I= 54,5294 ( t+30) -0,9637 + 11,0319 (t+20) -0,9116 . [ -0,04740-0,8839 LN LN
(T/(T-1))]
I= 54,5294 ( 68,06+30) -0,9637 + 11,0319 (68,06+20) -0,9116 . [ -0,04740-0,8839
LN LN (100/(100-1))] =14,46 mm/min
Multiplicando por 60 teremos mm/h
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Hietograma
Escoamento
Superficial
(m3/s)
Q
Hidrograma
Tempo
tc tc
Figura 7.12- Representação esquemática do hidrograma do método Racional e não é o hidrograma real.
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C= 0,05+ 0,009 x AI
Deve-se ter o cuidado em adotar a área impermeável AI (%). Quando em
uma área no pré-desenvolvimento temos somente terra temos que pensar que há o
pisoteio de animais, uma estrada de terra, uma pequena casa, enfim pode se adotar
cerca de 5% a 10% de área impermeável.
Exemplo 7.4
Dada área da bacia A= 5ha, com área impermeável de 60% no pós-
desenvolvimento e intensidade da chuva I= 200mm/h. Calcular a vazão de pico Q
no pré-desenvolvimento e pós-desenvolvimento.
Para o pré-desenvolvimento
Adotamos AI= 10%
C= 0,05+ 0,009 x AI
C= 0,05+ 0,009 x 10= 0,14
Para o
pós-desenvolvimento
AI=60%
C= 0,05+ 0,009 x AI
C= 0,05+ 0,009 x 60= 0,59
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C1 . A1+C2 . A2 + C3 . A3 +...+ Ci . Ai
C= --------------------------------------------------------
A1+A2+ A3 +...+ Ai
Sendo:
C1 ,C2 ,C3 ,...Ci = coeficientes de escoamento superficial para as áreas A 1+A2+ A3
+...+ Ai, respectivamente;
A1,A2, A3,...Ai = áreas que possuem coeficientes C1 ,C2 ,C3 ,....Ci.
C=coeficiente de escoamento superficial obtido pela média ponderada efetuada.
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Q= (0,278.C. I . A0,9) . K
Qpico= Qb + Q
Sendo:
Q= vazão de pico (m3/s)
Qb= vazão base (m3/s). Se não tiver informação adotar 0,1xQ.
I= intensidade de chuva (mm/h)
C= coeficiente de escoamento superficial (adimensional)
A= área da bacia (km2) ≤ 200km2
K= coeficiente de distribuição espacial da chuva (adimensional)
Para achar o coeficiente K precisamos de um ábaco especial feito pelo DAEE no
Estado de São Paulo.
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Coeficiente de forma C1
Conforme Kather, 2006 em bacias alongadas, o tempo de concentração é superior ao
tempo de pico, pois a chuva que cai no ponto mais distante da bacia chegará tarde o suficiente
para não contribuir para a vazão máxima Assim em bacias alongadas, deve-se esperar um
valor de C1 <1 de acordo com a equação:
C1= tp/ tc = 4 / (2 + F)
tp= tempo de pico de ascensão (h)
tc= tempo de concentração (h)
C=2.C2/ (1+F.C1)
Fator de forma da bacia
F= L / [2 (A/π) 0,5]
Sendo:
L= comprimento do talvegue (km)
A= área da bacia (km2)
F= fator de forma da bacia
Conforme Morano, 2006 quando:
F=1 a bacia tem formato circular perfeito
F<1 a bacia tem forma circular para a elíptica e o seu dreno principal está na transversal da
área.
F>1 a bacia foge da forma circular para elíptica e o seu dreno principal está na longitudinal da
área.
Coeficiente C2
O coeficiente volumétrico de escoamento ocorre em função do grau de
impermeabilidade da superfície conforme DAEE, São Paulo, 1994.
Podemos adotar C2=0,30 para grau baixo de impermeabilização; C2=0,50 para grau
médio e C2=0,80 para grau alto conforme Tabela (66.1).
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f= 2.V1/VT
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Exemplo 66.1
Dimensionar a vazão do rio Baquirivu Guaçu junto a ponte da Via Dutra. A área tem
149,80km2, declividade média S=0,002825m/m, L= 22,3km (talvegue), tc= 6,95h.
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V1= f x VT/2
V1= 0,794 x 13.066.964/2= 5.188.625 m3
,
tp x Qmax /2=V1
tp= 2V1/Qmax= 2 x 5188625 / 353,4 = 17365s=4,82h
tp=0,6 x tc= 0,6 x 6,95h= 4,17h
Adotamos tp=4,17h
A base do hidrograma tb obtèm-se:
V= Qmax x tb/2
tb= V x 2/ Qmax= 13.066.964 x2/ 249,7= 73939,63s= 20,54h
C= f . C2/C1
0,81= f . 0,80/0,60
f= 0,61
V1= V. f /2= 13.066.964m3 x 0,61/2=3.982.160m3
t1 x Qp /2= V1
t1= V1 x 2/Qp= 3.982.160 x 2/ 249,70= 249,70s=11,5h
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Terra 1,5
Gabião 2,5
Concreto 4,0
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Tailwater
O tailwater é a altura Tw do canal a jusante do bueiro contado a partir da
parte mais baixa do bueiro conforme Figura (7.20). Por exemplo, a altura normal
pode ser de 0,80m e como o bueiro está 0,40m acima então o tailwater será
Tw=0,40m.
Algumas vezes o tailwater é maior que a altura do bueiro e portanto, o bueiro
terá uma saída submersa.
A entrada de um bueiro é considerada submersa quando a altura é maior que
1,2 D, sendo D o diâmetro do bueiro ou a altura.
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Definition Sketch
Exemplo 7. 6
Calcular a altura normal yn de um canal de seção trapezoidal em gabião
sendo dados: n=0,028 S=0,005m/m talude 1:2 e vazão de pico Q=43 m3/s para
Tr=100anos.
O calculo é feito por tentativa usando planilha Excel conforme Tabela (7.5)..
Achamos altura normal yn=0,71m com velocidade V=1,94m/s < 2,5 m/s OK.
A altura yn=0,71m será o tailwater TW=0,71m
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Exemplo 7.7
Dada a vazão de 0,300m3/s, n=0,015 (concreto), S=0,005m/m. Calcular o diâmetro
da tubulação para d/D=0,80.
Co4nforme da Tabela (7.6) de Metcalf & Eddy para d/D=0,80 achamos K´=0,305;
Q= (K´ /n) D 8/3 . S ½
D= [(Q.n) / (K´. S ½ ) ] 3/8
D= [( 0,30 x 0,015) / (0,305x 0,005 ½ ) ] 0,375
D=0,56m. Adoto D=0,60m OK
Equação da continuidade Q= A x V
V= Q/A=0,30/0,2432=1,23 m/s > 0,60m/s OK e menor que 5m/s OK
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7.12 Erosão
Chin, 2001 recomenda velocidade máxima de 3 m/s para tubos de metais
corrugados e mínima de 0,6 m/s a 0,9 m/s informando que velocidades de 4 m/s a 5
m/s são raramente usadas devidos aos problemas de erosão e que não há uma
velocidade máxima para bueiros em concreto.
As velocidades na saída de um bueiro podem ocasionar problemas não
desejados.
As técnicas para evitar os danos são basicamente três: elementos estruturais,
protetores de velocidade e dispositivos para controle de velocidade.
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7.13 Abrasão
A abrasão é definida como a erosão do material do bueiro devido ao
transporte de sólido por arrastamento no curso d’água conforme Figura (7.22).
A abrasão é causada pela presença de areia e sedimentos na agua em
suspensão e tem o fator importante que é a velocidade. Quando a velocidade no
bueiro for menor que 1,50 m/s não há problema de abrasão. Os problemas
começam a acontecer quando a velocidade é acima de 4,5m/s e é devido a isto que
em bueiros de concreto o DAEE/SP recomenda velocidade máxima de , 4ms.
7.14 Corrosão
Todos os materiais dos bueiros são sujeitos a corrosão conforme Figura
(7.23).
Os bueiros de ferro galvanizado são sujeitos a deterioração quando:
- pH do solo sai fora da faixa de pH=5 a pH=10 e
-quando a resistividade do solo R cai fora da faixa 2000 olhm-cm ≤R ≤ 8000
Deveremos ter cuidados em locais de solos com dureza < 300 mg/L devido ao
baixo nível de sais dissolvidos.
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7.15 Detritos
Os detritos podem ser galhos, troncos e árvores. Os detritos também podem
ser de sedimentos, como silte, areia e pedregulho.
Não existe nenhuma maneira segura de se evitar os detritos que pode ser
recomendado para todos os casos. Uma solução usual é superdimensionar o bueiro
usando Hw/D ≤ 0,8.
As Diretrizes básicas para projetos de drenagem urbana no Município de São
Paulo recomendam um acréscimo na seção útil de 20% a 30% quando houver
quando houver muitos detritos flutuantes. Isto, porém, não exclui os serviços de
manutenção e limpeza. Já vimos muito bueiros entupidos com bananeiras e
pequenas árvores em zonas rurais.
As maneiras práticas se evitar os detritos são:
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7.15.2Trash Rack
O controle de detritos, ou seja, os trash racks, que entra e passa por um
bueiro é bastante importante segundo Chin 2001 conforme Figura (7.25) e (7.26).
Existem localidades nos Estados Unidos que devido aos detritos, a seção do
bueiro é aumentada de 25% (vinte e cinco por cento).
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Figura 7.25- Entrada de bueiros com grades. Bueiro com muro de testa e muros de alas
p. 646 do livro do Linsley, Franzini et al- Water Resources Engineering
Figura 7.26-Peças de concreto para evitar a entrada de detritos no bueiro p. 647 do livro do Franzini
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Discussão:
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Caso haja muita sedimentação temos que fazer uma bacia de sedimentação
conforme Figura (7.28) usando os conhecimentos adequados e a experiência vizinha.
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7.15.5 Vertedor
Quando um bueiro entupir devido a detritos, sem dúvida a água
passará por cima de uma estrada funcionando como um vertedor e
devemos ter o cuidado para que não destrua toda a travessia como é
usual conforme Figura (7.29).
O ideal seria em que o local em que irá passar a água, não seja
sujeito a erosão.
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Cut-Off
Conforme Figura (7.31) na parte inferior podemos ver a parede de cut-off que
tem aproximadamente 0,45m ou 0,50m e que fica na parte mais baixa do bueiro com
objetivo de impedir a passagem de infiltrações horizontais.
Sempre que tivermos muro de testa e muros de abas devemos fazer o cut-off.
Se houver rochas abaixo, levar o cut-off até 1,30m de profundidade e se a
rocha estiver muito proxima levar o cut-off até o topo da rocha.
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WEEP WHOLES
São pequenos buracos abertos na estrutura para a passagem da água e não
devem ser feitos em bueiros conforme Figura (7.32).
Transição
A transição é um processo de mudança da forma da seção onde está
escoando a água conforme Figura (7.33). Esta transição geralmente tem que ser
feita na saida do bueiro, pois, o canal a jusante é sempre mais largo, mas também
podemos ter problema na entrada do bueiro.
Deve-se procurar manter um número de Froude no canal abaixo de 0,9 ou
acima de 1,1. Em caso de regime supercritico devemos ter cuidados especiais.
Existe um capitulo especial elaborado por nós sobre transição.
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Carga Hw
Conforme FHWA, 2005 a carga é a energia requerida para forçar o fluxo da
água através do bueiro.
A carga na entrada do bueiro Hw em alguns estados americanos é limitada ao
diâmetro do bueiro D ou altura D e é representando da seguinte forma:
Hw/D ≤ 1
Isto tira algumas vantagens do bueiro conforme salienta FHWA, 2005.
Alguns estados americanos adotam:
Hw/D ≤ 1,5 quando a área do bueiro A ≤ 3m2
Hw/D ≤ 1,2 quando a área do bueiro A > 3m2
Dica: não existe uma recomendação geral aceita por todos os especialistas.
O DER SP usa como limite Hw/ D ≤ 1,20 e diâmetro mínimo de 1,00m em
pistas principais e 0,80m em vias marginais ou secundárias.
A relação Hw/D pode chegar a 3 ou 4.
Softwares
Um software free recomendado é HY8 do FHWA.
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Dica: o FHWA recomenda somente uma seção, mas deve ser feito no
máximo 2 seções de bueiros paralelos.
Entretanto foi verificado que quando há bueiro duplo ou triplo vai acontecer
que um dos bueiros passa a funcionar corretamente enquanto que o outro ou outros
vai haver deposição de sedimentos e de lixo, a não ser que se deixe um bueiro em
cota inferior e os outros dois em cota superior.
A boa prática é evitar se fazer bueiros múltiplos. No caso de ser necessário
fazer bueiro múltiplo deve-se limitar ao máximo de dois bueiros paralelos (FHWA,
Hydraulic Design of Highways Culverts, 2001).
FHWA, 2005 cita uma maneira usada por alguns projetistas de se fazer um
dos bueiros multiplos em conta inferior aos outros dois, por exemplo, e calcular.
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Culvert or Bridge?
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Tabela 7.8- Design of road curlverts for fish passage, 2003. State of
Washington
Comprimento do bueiro Máxima Mínima altura de Máximo degrau
velocidade agua
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Exemplo 7.8
Temos um bueiro de concreto armado com seção retangular com largura de
2,0m e altura de 1,5m para conduzir a Tr=100anos a vazão de 11,33m 3/s na
declividade 0,015m/m e n=0,012. Calcular a velocidade mínima.
Considerando o criterio de 50% de Qprojeto
Q= 0,50 x 11,33= 5,67m3/s
Area molhada
A= y x 2,0
P= 2y+2
R= 2y/(2y+2)
V= (1/n) R 2/3 x S 0,5
V= (1/0,012) x R 2/3 x 0,015 0,5
Q= A x V
Por tentativas:
y= 0,60m
A=2 x y= 2 x 0,60= 1,2
P= 2+2x0,60=3,20
R= 1,2/3,2=0,33m
V= (1/0,012) x 0,33 2/3 x 0,015 0,5 =4,87 m/s >0,90 m/s OK
Q= A x V = 1,2 x 4,87= 5,84m3/s
Velocidades
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A espessura das aduelas são em média de 0,15m, 0,18m, 0,20m 0,25m 0,30
dependendo da altura do aterro sobre as mesmas e da carga rolante. O usual é
espessura de 0,20m.
O peso do concreto armado é de 2.400kg/ m3.
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Exemplo 7.9
Portanto, para se estimar o custo de uma aduela de 1,50 x 1,50 x 1,00 com
espessura de 0,15m achamos o volume de concreto.
Volume de concreto = (1,50 + 0,15+0,15) x 1,00 x 0,15 x 2 + 1,50 x 1,00 x 0,15x2 =
0,99m3
Custo da peça = 0,99m3 x US$ 188/m3 = US$ 186/ peça
Exemplo 7.10
Estimar custo de uma aduela de 2,50 x 2,50 x 1,00 com espessura de 0,18m
Volume de concreto = (2,50 + 0,18+0,18) x 1,00 x 0,18 x 2 + 2,50 x 1,00 x 0,18 x 2 =
1,92m3
Custo da peça = 1,92m3 x US$188/m3 = US$ 361/ peça
Tunnel Liner
Diâmetros comerciais:
1,2m;1,60m; 1,8m; 2,0m; 2,2m; 2,4m; 2,6m; 2,8m; 3,0m; 3,2m; 3,4m; 3,6m;
3,8m; 4,0m; 4,2m; 4,4m; 4,6m; 4,8m; 5,0m;
Coeficiente de Manning
n= 0,025 para tubos de aço galvanizado corrugado da Armco
n= 0,018 quando o tubo for revestido com concreto projetado
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de 5cm teremos 8cm na parte mais funda e 3cm na parte mais rasa. O revestimento
aumenta a rugosidade, protege a chapa contra esgotos sanitários e outros produtos
químicos.
Em 10m de comprimento vai aproximadamente 2m 3 de concreto a um custo
de R$ 700,00 (US$ 292).
US$ 41.960
Preço médio US$ 420/m
Nota: 1US$ = R$ 2,43 (20/3/2002)
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Os tubos Tigre Rib Loc comum são fabricados nos diâmetros de 300mm a
3000mm e são executados no canteiro de obras conforme Figura (7.39) e conforme
Tabela (7.11)
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Figura 7.41 – Mostra a construção de tubo Tigre Rib Loc Steel com o reforço
de41aço. Fonte: Tigre
Processo de Fabricação
Os perfis de PVC são produzidos por um processo de extrusão e possuem
em suas bordas encaixes macho-fêmea que propiciam o seu intertravamento
durante o processo de enrolamento helicoidal. Além do intertravamento mecânico,
os perfis são também soldados quimicamente, através da aplicação de um adesivo
naquele encaixe, o que garante a estanqueidade da junta helicoidal assim formada
(Fonte:Tigre).
O enrolamento dos perfis de PVC é efetuado por intermédio de um
equipamento de pequeno porte, capaz de fabricar tubos de diferentes diâmetros e
comprimentos. Essa simplicidade e versatilidade do equipamento permitem que a
fabricação dos tubos seja efetuada na própria obra, sendo também possível o
fornecimento dos tubos já confeccionados(Fonte:Tigre).
O coeficiente de Manning para os tubos de PVC Rib Loc pode ser usado
n=0,009.
Na Tabela (7.13) estão os preços por metro linear de tubos circulares de PVC
Tigre Rib Loc feitos no Brasil. Existem quatro tipos de perfis, que são o 112BR,
140BR1, 140BR2 e 168BR.
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Comparação de custos
Para efeito de comparação de custos de uma aduela de concreto de 2,00m x
2,00m com 0,15m de espessura e 1,00m de comprimento por peça com um tubo de
PVC Tigre Ribloc com 2,00m de diâmetro.
O comprimento da tubulação foi admitido ser de 100m.
Para as aduelas de concreto foi previsto que a deve ter 0,50m de rachão,
0,15m de pedra britada número 3 e 0,10m de lastro de concreto. Para o tubo de
PVC foi previsto que o tubo foi asssente sobre manta geotextil e sobre a mesma
tem camada de pedra britada némero 2 ou 3. Os tubos são assentes sobre a
camada de pedra britada.
Na Tabela (7.14) estão o preço do tubo de PVC Rib loc que para 100m
custará US$ 66.242,78 enquanto que na Tabela (7.14) estão as aduelas de
concreto com 2,00m x 2,00m que custaria US$ 72.646,53. Havendo, portanto uma
vantagem para os tubos de PVC Ribloc.
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Exemplo 7.12
Dado vazão de pico Q=41,70m3/s e com canal a jusante feito em gabiões.
Estimar a área da seção transversal.
Adotamos vmax= 2,5m/s
A= Q/ Vmax
A= 41,70/ 2,5 = 16,68m2
• Exemplo de vertedor:
• Q= 10m3/s D=1,5m
• Q= (2/3)C.B .H [(2/3)*g.H] 0,5
• H= 1,8m
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• H/D= 1,2 OK
• 10= (2/3)0,9 .B .1,2 [(2/3)*9,81.1,8] 0,5
• B= 2,70m
• V= 2,47 m/s seção plena (estimativa)
Seção retangular
yc = ( / b2) 0,33 (Equação 7.5)
Sendo b=largura do canal (m).
Exemplo 7.13
Calcular a altura crítica de um canal retangular com largura de 3,00m, vazão de
15m3/s.
Primeiramente calculamos
= Q / g = 15 2 / 9,81 = 22,94
2
Seção circular
yc = (1,01 / D 0,26) . 0,25 (Equação 7.6)
sendo D o diâmetro da tubulação.
Fórmula de Braine
yc= 0,483 x (Q/D) (2/3) + 0,083D 0,3< yc/D <0,9
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Exemplo 7.14
Calcular a altura crítica de um tubo de concreto de diâmetro de 1,5m para conduzir
uma vazão de 3m3/s.
Primeiramente calculamos
= Q2 / g = 32 / 9,81 = 0,92
yc = (1,01 / D 0,26) . 0,25 = (1,01 / 1,50,26) . 0,92 0,25 = 0,97m
Portanto, a altura critica no tubo é de 0,97m
Seção trapezoidal
Para a seção trapezoidal de um canal com base b e inclinação das paredes 1
na vertical e z na horizontal, a altura critica é:
yc = 0,81 . ( / z 0,75 . b 1,25 ) 0,27 - b/ 30z ( Equação 7.7)
Exemplo 7.12
Achar a altura crítica de um canal trapezoidal com base de 3,00m, vazão de 15m 3/s
e declividade da parede de 1 na vertical e 3 na horizontal ( z=3).
= Q2 / g = 152 / 9,81 = 22,94
yc = 0,81 . ( / z 0,75 . b 1,25 ) 0,27 - b/ 30z = 0,81x ( 22,94 / 3 0,75 x 3 1,25 ) 0,27 - 3/ 30 x 3 =
yc = 1,04- 0,03 = 1,01m
Portanto, a altura crítica é de 1,01m
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Bueiro submerso
A equação do orifício (submerso) adaptado para as unidades do Sistema
Internacional (SI) é a seguinte:
(HWi /D) = c . ( 1,811 . Q/ A . D 0,5 ) 2 + Y + Z para (Q/ A D 0,5) 2,21
(Equação 7.8)
Sendo:
HWi = carga na entrada acima da geratriz inferior na entrada do bueiro(m)
D= altura do bueiro (m)
c= coeficiente fornecido pela Tabela (7.1)
Y= valor fornecido pela Tabela (7.1)
S= declividade do bueiro (m/m)
Z= termo para a declividade do bueiro sendo Z= 0,7 . S, para entrada
acompanhando a saia do aterro e Z= -0,5. S em outros casos
Q= vazão de pico da bacia hidrológica (m3/s)
A= área da seção transversal do bueiro (m2)
.
Bueiro não submerso
Quando o bueiro não está submerso, funciona como um vertedor e neste
podem ser aplicadas uma das duas equações:
Equação denominada no original de (Form1):
(HWi /D) = (Hc/ D) + K . ( 1,811 . Q/ A . D 0,5 ) M + Z para (Q/ A D 0,5) 1,93
(Eq. 7.9)
Sendo Hc a carga crítica fornecido por Hc= dc + Vc2 / 2g, onde dc é a profundidade
crítica em metros e Vc é a velocidade crítica (m/s) e K e M são constantes da Tabela
(7.15).
A Tabela (7.16) é a tradução da última publicação do FHWA publicada em
setembro de 2001 conforme já foi mencionado. Existem 124 nomogramas que
facilitam o entendimento das equações apresentadas.
Uma equação simplificada e fácil de ser aplicada e que pode ser
usada em alguns casos é aquação denominado no original do FHWA de
(Form 2):
(HWi /D) = K . ( 1,811. Q/ A . D 0,5 ) M para (Q/ A D 0,5) 1,93 (Equação 7.10)
É importante observar que os nomogramas do FHWA de setembro
de 2001 usam somente a Form 2, não havendo nomograma para a
Form 1.
A equação denominado de Form 2 é simplificada e mais fácil de
calcular, sendo por isto, muitas vezes usada.
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43 Elipse Entrada em ranhura com muros de ala e de testa 0,0018 2,500 0,0292 0,740
44 Concreto Entrada projetante com ranhuras ou encaixe 0,0045 2,000 0,0317 0,690
45
46 Vertical Entrada em ângulo reto com muros de ala de testa 0,0100 2,000 0,0398 0,670
47 Elipse Entrada em ranhura com muros de ala e de testa 0,0018 2,500 0,0292 0,740
48 Concreto Entrada projetante com ranhuras ou encaixe 0,0095 2,000 0,0317 0,690
49
50 Tubo em arco Entrada com muro de testa de 90º 0,0083 2,000 0,0379 0,690
51 Raio do teto com 457,2mm Entrada alinhada com a declividade da entrada 0,0300 1,000 0,0463 0,750
52 Capa galvanizada Entrada projetante 0,0340 1,500 0,0496 0,570
53
54 Tubo em arco Entrada projetante 0,0300 1,500 0,0496 0,570
55 Raio do teto com 457,2mm Sem alargamento 0,0088 2,000 0,0368 0,680
56 Chapa galvanizada Com chanfro de 33,º 0,0030 2,000 0,0269 0,770
57
58 Tubo em arco Entrada projetante 0,0300 1,500 0,0496 0,570
59 Raio do teto com 787,40mm Sem alargamento 0,0088 2,000 0,0368 0,680
60 Chapa galvanizada Com chanfro de 33,7º 0,0030 2,000 0,0269 0,770
61
62 Metal corrugado Entrada com muro de testa de 90º 0,0083 2,000 0,0379 0,690
63 Entrada alinhada com a declividade da entrada 0,0300 1,000 0,0463 0,750
64 Entrada projetante com parede fina 0,0340 1,500 0,0496 0,570
65
66
67 Circular Diminuiçao lisa na entrada 0,5340 0,555 0,0196 0,900
68 Dimuiçao rustica na entrada 0,5190 0,640 0,0210 0,900
69
70 Eliptico Diminuiçao na entrada com bordas chanfradas 0,5360 0,622 0,0368 0,830
71 Face de entada Dimuiçao na entrada com bordas em ângulo 0,5035 0,719 0,0478 0,800
72 Diminuiçao na entrada com borda projetante 0,5470 0,800 0,0598 0,750
73
74 Retangular Diminuiçao na entrada 0,4750 0,667 0,0179 0,970
75
76 Retangular Diminuiçao na entrada com borda menos favorave 0,5600 0,667 0,0446 0,850
77 Concreto Diminuiçao na entrada com borda mais favoravel 0,5600 0,667 0,0378 0,870
78
79 Retangular Diminuiçao da declividade na entrada menos favoravel 0,5000 0,667 0,0446 0,650
80 Concreto Diminuiçao da declividade na entrada mais favoravel 0,5000 0,667 0,0378 0,710
Fonte: FHWA- Hydraulic Design of Highway Culverts, setembro de 2001, Publication FHWQA-NHI-01-020 p. 192 e 193. Pesquisas
conduzidas pelo National Bureau of Standards (NBS). Autores: Jerome M. Norman, Robert J. Houghtalen e William J. Johnston.
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Fonte: Grizzard et al. in Urban Stormawater Management, cap. 26.13, Federal Highway Administration (FHWA, 1985)
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Exemplo 7.15
A vazão a escoar por um bueiro é de 4,59m3/s, a declividade do bueiro é de
0,005m/m e trata-se de um bueiro de concreto de seção retangular com muro de
testa, muros de alas a 45, sendo a seção de 1,22m x 1,22m. O comprimento do
bueiro é de 36,6m. Calcular a carga na entrada HWi.
Primeiramente calculamos a relação (Q/ A D 0,5) nas unidades SI.
A área da seção transversal do bueiro =A= 1,22 . 1,22 = 1,488m2
Altura do bueiro= D= 1,22m
Vazão máxima da bacia=Q=4,59m3/s
Fazendo-se as substituições:
(Q/ A D 0,5)= (4,59/ 1,488 .1,22 0,5) = 2,79 2,21
Trata-se de orifício (submerso) e podemos usar a Equação (7.1)
(HWi /D) = c . (1,811. Q/ A . D 0,5 ) 2 + Y + Z
Verificando a Tabela (7.16) para seção retangular com muros de testa e
muros de ala de 45º achamos os coeficientes c, Y e para o valor de Z adotamos Z =
-0,5 . S
c=0,0314
Y=0,82
Z= - 0,5 . S = -0,5 . 0,005 = -0,0025
(Hwi /D) = c . ( 1,811. Q/ A . D 0,5 ) 2 + Y + Z
Fazendo-se as substituições achamos:
(Hwi /1,22) = 0,0314 . (1,811. 2,79 ) 2 + 0,82 - 0,0025
(Hwi /1,22) = 0,80 + 0,82 - 0,0025 = 1,62
Hwi = 1,62 x 1,22 = 1,98m
Portanto, a carga na seção de controle HWi a partir da geratriz inferior do
bueiro é de 1,98m.
Nota: observar que praticamente não houve influência da declividade do
bueiro na determinação da carga na seção de controle e nem do comprimento do
bueiro, quando a seção de controle está na entrada.
A grande influência no dimensionamento quando a seção de controle é na
entrada, são dos coeficientes experimentais de perdas de cargas na entrada
determinados em 1985 por Normann et al. Daí a importância da Tabela (7.15) para a
escolha adequada dos coeficientes.
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Exemplo 7.16
Calcular o valor da perda de carga total de um bueiro, sendo Ke=0,5;
n=0,012; L=36,6m; g=9,81m/s2 e vazão do canal é de 4,59m3/s para período de
retorno de 50 anos e altura é 1,22m e largura de 1,22m.
Considera-se que o canal esteja a seção plena e, portanto o perímetro
molhado P será:
P = 1,22 + 1,22 + 1,22 + 1,22 = 4,88m
A área molhada A=1,22 x 1,22 = 1,488m2
O raio hidráulico R= A/P = 1,488/4,88 =0,3049m
Como Q= A . V então V= Q/A = 4,59/1,488 = 3,08m/s
Substituindo na Equação (7.12)
H = [ 1 + Ke + (20 n2 L ) / R 1,33 ] . V2/2g
H = [ 1 +0,5 + (20 x 0,0122 x 36,6 ) / 0,3049 1,33 ] x [3,082/(2x 9,81)] = 0,81m
Portanto, a perda de carga total no bueiro é de 0,81m.
Os coeficientes de Manning normalmente adotadas estão na Tabela (7.18).
Tabela 7.18-Coeficientes “n” de Manning para bueiros
Tipo de conduto Descrição das paredes Coeficiente n de
Manning
Tubo de concreto Paredes lisas 0,010 a 0,013
Caixas retangulares de concreto Paredes lisas 0,012 a 0,015
Tubo de metal corrugado ou aduelas, nas formas Ondulações de 2 2/3” x ½” 0,022 a 0,027
anular, helicoidal (Manning n varia com o Ondulações de 6” x 1” 0,022 a 0,025
tamanho do bueiro) Ondulações de 5” x 1” 0,025 a 0,026
Ondulações de 3”x 1” 0,027 a 0,028
Öndulações de 6”x2” 0,033 a 0,035
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Exemplo 7.17
Achar o valor de ho, sendo dado Tw=0,90m D= 1,22m e dc= 1,11m.
A média de D e dc será: ( 1,22+1,11)/2 = 1,17m
Portanto, ho deverá ser o maior entre Tw=0,90m e a média achada de 1,17m.
Então ho= 1,17m
Exemplo 7.18
Achar a altura crítica de um bueiro de seção retangular sendo a vazão da
bacia hidrográfica de 4,59m3/s, a largura B do bueiro igual a 1,22m.
dc = [ (Q/ B)2 / g ] (1/3)
dc = [ ( 4,59/ 1,22)2 / 9,81 ] (1/3) = 1,13m
Portanto, a altura crítica do bueiro é de 1,13m.
Para bueiros de seção circular a melhor maneira para se obter a altura crítica
é usar nomogramas já existentes e de amplo conhecimento, como o citado no livro
de Drenagem Urbana, editada pela CETESB e DAEE de São Paulo em 1980.
Exemplo 7.19
Calcular a carga na entrada de um bueiro, considerando a seção de controle
na saída sendo fornecida a perda de carga total H= 0,81m, o comprimento L=36,6m
a declividade S=0,005m/m e a altura ho já calculada de ho= 1,17m.
A Figura (7.42) mostra a linha de energia considerando V2/2g (EGL) e não
considerando (HGL).
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Hw = H + ho - L. S
Hw = 0,81+ 1,17 - (36,6x 0,005) =0,81 + 1,17 - 0,18 = 1,80m
Figura 7.42- Linha de energia para escoamento a seção plena. FHWA, 2012.
A Figura (7.40) mostram a linha de energia e gradiente hidráulico para vários casos.
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Figura 7.43- Linha de energia e gradiente hidraulico de Bueiross conforme FHWA, 2012
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c= 0,0314
Y=0,82
Z= -0,5. S = - 0,0025
Substituindo os valores:
(HWi /D) = c . ( 1,811. Q/ A . D 0,5 ) 2 + Y + Z
(HWi /1,70) = 0,0314 . ( 1,811. 11,33/ 2,89 . 1,7 0,5 ) 2 + 0,82 – 0,0025 = 2,08
HWi= 1,70 . 2,08 =3,45m
Portanto HWi= 3,45m
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Observação
Com o aumento do comprimento e diminuição da declividade o bueiro vai
trabalhar praticamente como uma canalização qualquer. A carga na entrada é de
3,66m acima do fundo do bueiro que tem altura de 1,70m. O bueiro está afogado e
está funcionando com altura de escoamento igual a altura crítica que é 1,65m. O
bueiro está quase trabalhando a seção plena.
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ho=2,18m
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Figura 7.46- Velocidade no bueiro na entrada (a) e na saida (b) conforme Normann et al. (1985) p. 663 do
May
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Exemplo 7.28
Dimensionar um riprap para tubo D=1,0m a seção plena com velocidade de 3m/s.
Número de Froude.
dp= 1,00
F= V / ( g x dp) 0,5
F= 3,0 / ( 9,81 x 1,0) 0,5 =0,96 < 2,5 OK
Diâmetro do riprap
ds= 0,25 x D x F
ds= 0,25 x 1,00 x 0,96=0,24m
Altura do trapézio
La= D [ 8 + 17 x log (F)]
La= 1,00 [ 8 + 17 x log (0,96)]=7,70m
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A= yo x Wo
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Area=A= Pi xDe2/4
Exemplo 7.29
Dimensionar um riprap em bacia usando modelo do FHWA para vazão
de 9,02m3/s, bueiro em aduela com 2,00m de altura por 4,00m de
comprimento, altura de água dentro do bueiro ye=1,64m e velocidade na
saída do bueiro de 2,75m/s conforme Tabela (7.19). Supomos que existe um
tailwater TW=0,40m e que o talude do riprap em bacia é Z=2,0 e que após o
bueiro temos um canal com gabiões cuja velocidade máxima admitida pelo
DAEE/SP é de 2,50m/s. Queremos fazer um riprap em bacia de maneira que
a velocidade de saída do riprap em bacia seja menor que 2,50m/s.
Número de Froude
Cálculo de TW/ye
Escolha do valor de Co
Cálculo de hs/ye
D50 =0,18m
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Comprimento Ls
Comprimento LB
Largura da bacia WB
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De= 2,89m
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Critério do FHWA
O critério usado pelo FHWA é o dimensionamento das pedras com a mesma
equação usada em pilares de pontes elaborado por Searcy, 1967 que é usado
somente após um DISSIPADOR DE ENERGIA.
Exemplo 7.30
Sendo: V= 2,47m/s. Achar D50 ?
D50= 0,021 x 2,472
D50= 0,13m
Espessura= 2 x D50= 2x0,13= 0,26m
Não há uma regra fixa, mas conforme FHWA, 2006 o comprimento do riprap
deve ser proporcional a velocidade de saída do dissipador que é a velocidade
admitida máxima no terrreno. Se a velocidade que sai do dissipador é menor que a
velocidade admitida no solo, não precisa de riprap.
O critério que vamos estabelecer é que o comprimento calculado La deve ser
multiplicado pelo fator X.
Fator X= (Velocidade de entrada – velocidade máxima no terreno)/ Velocidade
de entrada sendo no máximo X=1.
Conforme Aukland temos:
F= V/ (g . y1) 0,5 F≤ 2,5
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Exemplo 7.31
Na saida do basin Tipo I do USBR temos:
V= 2,47m/s F =1,4
A velocidade admitida maxima no solo de terra conforme DAEE na Tabela
(7.21) é V= 1,50m/s e então conforme FHWA o comprimento do riprap é
proporcional a diferença.
K=(2,47 – 1,50)/ 2,47= 0,39 (39%)
A altura do trapézio (avental) é denominada La sendo calculado da seguinte
maneira:
La= D [ 8 + 17 x log (F)]
Sendo:
La=altura do trapézio (m)
D= diâmetro do tubo (m) sendo D≤ 2,5m
F= número de Froude (adimensional). F≤ 2,5
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NA2 Nappe flow com ressaldo hidráulico dc/h > 0,0916. (h/b) -1,276 dc=altura crítica
parcial e
dc/h < 0,89-0,4. (h/b)
NA3 Nappe flow sem ressalto hidráulico dc/h < 0,89-0,4. (h/b)
TRA Escoamento de transição 0,89-0,4. h/b < dc/h < 1,2-0,325. h/b Φ=ângulo da
escada
SK1 Skimming flow dc/h >1,2-0,325. (h/b)
e Φ <15 a 25
h/b< 0,3 a 0,5
39
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D50= 0,021 V2
V= 1,63m/s
D50= 0,021 x 1,632
D50= 0,06m
Espessura= 2 x D50= 2x0,06= 0,12m
Na saida do basin Tipo I do USBR temos:
V= 1,63 m/s
A velocidade admitida máxima no solo (terra) é V= 1,50m/s DAEE e então
conforme FHWA o comprimento do riprap é proporcional a diferença.
(1,63 – 1,50)/ 1,63= 0,08 (8%)
A altura do trapézio (avental) é denominada La sendo calculado da seguinte
maneira:
La= D [ 8 + 17 x log (F)]
Sendo:
La=altura do trapézio (m)
D= diâmetro do tubo (m) sendo D≤ 2,5m
F= número de Froude (adimensional). F≤ 2,5
La= D [ 8 + 17 x log (F)]
D=1,50m F= 1,33 < 2,5 OK
La= 1,50 [ 8 + 17 x log (1,85)]=18,8m
Portanto, adotamos como comprimento= 0,08 x 18,8= 1,50m
Décimo passo –Transição
Vamos calcular o comprimento da transição que vai da saida do
descarregador de fundo até a escada hidráulica.
Vamos achar o comprimento da transição L (m)
L= 3.Fo x (B-D)/2
B= 3,5m
D= 1,5m
Do calculo do bueiro (descarregador de fundo) temos:
Q=4,56m3/s
y= 1,6m
V= 2,51m/s
Fo= 0,63
L= 3.Fo x (B-D)/2
L= 3x0,63 x (3,50-1,50)/2 = 1,89m
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Escada hidráulica
(canal de transição, escada, bacia de dissipação, rip-rap)
Canal de
transição
295
Transição
saída da tubulação e entrada na escada hidráulica
tan α = 1/3Fr
Fr= número de Froude = V/ (g.y) 0,5
α= ângulo da parede lateral com respeito ao eixo do canal
L
321
Figura 7.51
Décimo primeiro passo
Transiçao= 1,89m
Verificação: 15 degraus com 0,20m de altura
Como temos patamar de 1,5m então 1,5 x 15= 22,5m é a projeção da escada
hidráulica
Comprimento da faixa do dissipador Tipo I do USBR =2,97m
Faixa do riprap =1,50m
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7.38.1 Routing
Temos que ter a curva cota-volume-área e fazer o routing conforme Figura
(7.49). Para isto precisamos do hidrograma de entrada obtido por um Método de
cálculo de vazão máxima, como o SCS, Método Santa Barbara, etc.
As dimensões do bueiro são feitas por tentativas, devendo-se atingir um
máximo predeterminado e um nível de água de maneira que não haja um
overtopping.
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,,,,
Figura 7.53- Curva cota volume
Fonte: FHWA, 2001
Sendo:
I= vazão de entrada
Q= vazão de saída
S= volume armazenado
t= tempo
Aproximadamente temos:
dS S
------ ≈ ------------
dt t
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I . t - Q . t = S
(I1 + I2) Q1 1
--------- t + S1 - ------------- t = S2 + -------- Q2 t
2 2 2
( I1 + I2 ) + ( 2 S1 / t - Q1 ) = ( 2 S2 / t + Q2 )
Sendo:
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Flutuação do bueiro
FHWA, 2012 mostra o perigo de flutuação de um bueiro em chapas de aço ou
PVC devendo o mesmo ser ancorado lateralmente para que o bueiro não suba e isto
acontece principalmente na saida do bueiro.
7.38.5 Velocidades
Deverá ser calculada a velocidade máxima no bueiro e se ultrapassar
determinado valor, deverá ser feito dissipador de energia na saida do bueiro.
Existem dissipadores dentro do bueiro, porém não vamos utilizá-los.
Um dissipador muito usado é um degrau uma escada hidráulica, tomando-se
cuidado com a erosão.
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Exemplo 7.32
Seja uma bacia hidrográfica com 4,5085 km2 ; tc= 68,06min e vazão de pico de
43m3/s obtida conforme método de I-PAI-WU. É fornecido o hidrograma sintético do
efluente que tem vazão máxima de 43m3/s. Na região passa uma avenida e existe
um problema a ser resolvido de que a vazão máxima que pode passar pelo bueiro
seja de 30 m3/s devido às condições a jusante.
É fornecida a curva cota- área-volume conforme Tabela (7.23) e (7.24)
Tabela 7.24- Cotas de metro em metro com áreas e volumes obtidas com as
curvas de níveis.
Cota Area Volume
(m) (m2) acum (m3)
0 559 500 0
1 560 7109 3805
2 561 11517 13118
3 562 16084 26918
4 563 24123 47022
5 564 36293 77230
6 565 53095 121924
7 566 66662 181802
8 567 82939 256603
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563,4 59105
563,5 62126
563,6 65147
563,7 68168
563,8 71188
563,9 74209
564,0 77230
564,1 81699
564,2 86169
564,3 90638
564,4 95108
564,5 99577
564,6 104046
564,7 108516
564,8 112985
564,9 117455
565,0 121924
565,1 127912
565,2 133900
565,3 139887
565,4 145875
565,5 151863
565,6 157851
565,7 163839
565,8 169826
565,9 175814
566,0 181802
566,1 189282
566,2 196762
566,3 204242
566,4 211722
566,5 219203
566,6 226683
566,7 234163
566,8 241643
566,9 249123
567,0 256603
Método de I-PAI-WU
Como a área da bacia é maior que 2km2 usamos o método de I-PAI-WU que é
aceito pelo DAEE-SP obtemos a vazão de pico 43m3/s e o hidrograma sintético
conforme Figura (7.53).
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Com o hidrograma sintético a vazão de pico está a 1,05h e tb= 2,6h conforme
Tabela (7.26) fazemos por interpolação linear a Tabela (7.5) com o tempo variando
de 5min em 5min obtemos o hidrograma .da Tabela (7.27)
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Tabela 7.28- Hidrograma com intervalo de 5min sendo as vazões obtidas pelo
método de I-PAI-WU
t1 I1
min m3/s
0 0,0
5,00 3,4
10,00 6,8
15,00 10,2
20,00 13,7
25,00 17,1
30,00 20,5
35,00 23,9
40,00 27,3
45,00 30,7
50,00 34,1
55,00 37,5
60,00 41,0
65,00 42,1
70,00 39,8
75,00 37,5
80,00 35,1
85,00 32,8
90,00 30,5
95,00 28,2
100,00 25,9
105,00 23,6
110,00 21,3
115,00 19,0
120,00 16,6
125,00 14,3
130,00 12,0
135,00 9,7
140,00 7,4
145,00 5,1
150,00 2,8
155,00 0,5
160,00 0,0
165,00 0,0
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Bueiro
Primeiramente vamos calcular o bueiro para ver a altura máxima que chegará.
Usaremos o modelo usado pelo FHWA que se utiliza de verificação da seção
de controle se está na entrada ou na saida conforme Tabela (7.28).
7-115
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A cota máxima da carga será= cota do fundo bueiro+ carga Hwi= m 563,65 Calculado
Verificação: comparar com cota máxima tolerada Tudo bem Comparaçao usando "SE
Cota do nivel de água= cota do fundo bueiro na entrada + carga HW (m)= 563,03 Calculado
Verificação: comparar com cota máxima tolerada Tudo bem Comparaçao com "SE"
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Routing do reservatório
Até a altura de 2,5m a aduela funcionará como um vertedor usando a
equação
Q= 1,55 x L x H 3/2
Sendo:
Q= vazão (m3/s)
L= largura do bueiro= 2,5m
H= altura de água no bueiro (m)
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Figura 7.55- Esquema do descarregador de fundo mostrando uma torre de captação com
acesso. Fonte: DAEE,2006
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Na Figura (81.3) notamos que o vertedor de emergência fica num dos lados da barragem e no
caso está no lado direito e o descarregador de fundo e a torre de captação de água fica mais ou
menos no meio da barragem.
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Figura 7.61 – Torre de captação de água em estrutura de concreto com seção retangular na barragem
para as varias entradas
Fonte: Geórgia; New York
Figura 7.58 - Exemplo de torre de captação de água em concreto com seção circular observando-se os
dispositivos para evitar o entupimento.
Fonte: Hall, 2001
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Q= (Hw/D – Hc/D +0,7x S) (1/M) x ( A. D 0,5)/ (1,811 x K (1/M) ) (Q/ A D 0,5) 1,93
(Equação 7.20)
Sendo:
Q= vazão (m3/s)
Hw= carga na entrada (m)
Hc=yc+ V2/2g
V=Q/(yc x B)
yc= altura crítica (m)
S= declividade da tubulação (m/m)
A= área da seção transversal da tubulação ou da seção retangular (m2)
D= altura da seção retangular ou diâmetro da tubulação (m)
K, M= coeficientes obtidos consultando a Tabela (7.31)
7-127
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Seção retangular
Com muros de ala alargado de 30 a 75 0,0260 1,000 0,0347 0,810
Com muros de ala alargado de 90 e 15 0,0610 0,750 0,0400 0,800
Com muros de alas de 0 0,0610 0,750 0,0423 0,820
Fonte: Grizzard et al. in Urban Stormawater Management, cap. 26.13, Federal Highway Administration (FHWA,
1985)
Nota: para o valor (Q/ A D 0,5) existe uma faixa intermediaria não definida entre
1,93 e 2,21 e dentro desta faixa o bueiro poderá estar submerso ou não
submerso e será resolvido por tentativa, supondo um caso e outro. Akan,2006
sugere uma interpolação.
Altura crítica
A altura crítica da água no canal que chega a água para a escada hidráulica é
dada pela equação:
dc= [Q 2/ (g B2)](1/3)
dc= [q 2/ (g)](1/3)
Sendo:
dc= altura crítica do canal no início da escada hidráulica (m)
Q= vazão total (m3/s)
B= largura da escada hidráulica (m)
g= aceleração da gravidade = 9,81m/s2
Exercício 7.33
Calcular a altura crítica de um tubo de concreto de diâmetro de 1,5m para conduzir
uma vazão de 7,1m3/s.
Primeiramente calculamos
= Q2 / g = 7,12 / 9,81 = 5,14
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Sendo:
Q= capacidade da tubulação (m3/s);
A= área da seção transversal da tubulação (m2);
D= diâmetro da tubulação (m);
g= aceleração da gravidade (9,81m/s2);
h= diferença de nível da lâmina de água e do centro da tubulação de descarga
ou da altura de água a jusante, ou seja, o tailwater (m). Usualmente usa-se D/2.
L= comprimento da tubulação (m);
Km= coeficiente de perda de carga localizada, usualmente Km= 1.
n= coeficiente de rugosidade de Manning. Usualmente n= 0,015
Kp= perda localizada da tubulação= 125 x n2 / D (4/3)
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Hw= cota do nível de água – cota do fundo da torre= 703,75m –700,25= 3,50m
Hw/D = 3,50 / 1,50 = 2,33
Y=0,67 da Tabela (81.2)
c=0,0398
Q= 0,43 x D 2,5 x [( Hw/D – Y +0,7S )/c] 0,5
Q= 0,43 x 1,5 2,5 x [( 2,33 – 0,67 +0,7x0,005 )/0,0398] 0,5
Q= 7,67m3/s
Portanto, a vazão no controle da entrada para bueiro submerso é 7,67m3/s
Controle na saída
Q= A [(2.g .h) / (1+ Km +Kp. L)]0,5
Sendo:
Q= capacidade da tubulação (m3/s);
A= área da seção transversal da tubulação (m2);
D= diâmetro da tubulação (m);
g= aceleração da gravidade (9,81m/s2);
h= diferença de nível da lâmina de água e do centro da tubulação de descarga
ou da altura de água a jusante, ou seja o tailwater (m). Usa-se D/2.
L= comprimento da tubulação (m);
Km= coeficiente de perda de carga localizada, usualmente Km= 1.
n= coeficiente de rugosidade de Manning. Usualmente n= 0,013
Kp= perda localizada da tubulação= 125 x n2 / D (4/3)
D= 1,50m L=50m
A= D /4= 1,767m2
2
Q= A [(2.g .h) / (1+ Km +Kp. L)]0,5 =1,767 [(2 x 9,81 x 3,00) / (1+ 1 + 0,0123 x 50) ]0,5
Q= 8,38m3/s
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Tabela 7.33- Usando dados do Exemplo (7.32), mas usando diametro D=0,80m
Tubo de concreto
Entrada de dados
Vazão (m3/s)= 7,10
Diametro (m)= 0,80
Declividadade S (m/m)= 0,005
Rugosidade de Manning n= 0,013
Comprimento da tubulação de descarga (m)= 50,00
Cota do nivel de água (m)= 703,75
Cota do fundo da torre (m)= 700,25
Cota da geratriz inferior da saida da tubulação de descarga (m)= 700,00
Controle na entrada
Bueiro submerso
Area A (m2)= 0,502656
Q/A.D^0,5= 15,79
Verificação se o bueiro está submerso= Bueiro Submerso
Hw= 3,50
Hw/D= 4,38
c= 0,03980
Y= 0,67
Vazão calculada para bueiro submerso (m3/s)= 2,38
Controle na saida
Km= 1
Kp=125n^2/D^(4/3)= 0,0284
h (m)= 3,350
Vazao de controle na saida (m3/s)= 2,20
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Hw= cota do nível de água – cota do fundo da torre= 703,50m –700,25= 3,25m
Hw/D = 3,25 / 1,50 = 2,17
Altura crítica yc
= Q2 / g =3,74 2/9,81= 1,43
sendo Q a vazão (m3/s) e g=9,81 m/s2.
.
Seção circular
yc = (1,01 / D 0,26) . 0,25
sendo D o diâmetro da tubulação.
yc = (1,01 / 1,5 0,26) . 1,430,25
yc=0,99m
Hw= 703,50- 700,25= 3,25m
S= 0,005m/m
K=0,0098
M=2
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Q= (2,17 – 0,99/1,5 +0,7x 0,005) (1/2) x ( 1,767 x 1,50,5)/ (1,811 x 0,0098 (1/2) )
Q= 13,10m3/s
Portanto, a vazão no controle da entrada para bueiro submerso é 13,10m 3/s
Controle na saída
Q= A [(2.g .h) / (1+ Km +Kp. L)]0,5
Sendo:
Q= capacidade da tubulação (m3/s);
A= área da seção transversal da tubulação (m2);
D= diâmetro da tubulação (m);
g= aceleração da gravidade (9,81m/s2);
h= diferença de nível da lâmina de água e do centro da tubulação de descarga
ou da altura de água a jusante, ou seja o tailwater (m). Usa-se D/2.
L= comprimento da tubulação (m);
Km= coeficiente de perda de carga localizada, usualmente Km= 1.
n= coeficiente de rugosidade de Manning. Usualmente n= 0,013
Kp= perda localizada da tubulação= 125 x n2 / D (4/3)
D= 1,50m L=50m
A= D /4= 1,767m2
2
Q= A [(2.g .h) / (1+ Km +Kp. L)]0,5 =1,767 [(2 x 9,81 x 2,75) / (1+ 1 + 0,0123 x 50) ]0,5
Q= 8,03m3/s
Conclusão:
Como o controle na entrada é 13,10m 3/s é maior que a vazão de controle na
saída de 8,03m3/s da seção, será o de menor vazão, isto é, o controle será na
saida.
Portanto, como 8,03m3/s >3,74m3/s o controle é na saida e a tubulação com
diâmetro de 1,50m está bem dimensionada.
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Controle na entrada
Bueiro submerso
Area A (m2)= 1,76715
Q/A.D 0,5= 3,28
Verificação se o bueiro está submerso= Bueiro Submerso
Hw= 3,98
Hw/D= 2,65
0,03980
c=
Y= 0,67
Vazão calculada para bueiro submerso (m3/s)= 8,37
Controle na entrada
Bueiro não submerso
Verificação se o bueiro é não submerso=
K= 0,0098
M= 2
Altura crítica de seção circular
Phi= 5,14
yc= (m)= 1,37
(completo) m3/s= 13,70
Controle na saida
Km= 1
2 (4/3)
Kp=125n /D = 0,0123
h (m)= 3,480
Vazao de controle na saida (m3/s)= 9,03
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Exemplo 7.35
Dado um barramento com os dados da Tabela (7.35) dimensionar o bueiro.
Controle na entrada
Bueiro submerso
Largura da aduela (m)=B= 2,00
Area A (m2)= 4,00
Q/A.D^0,5= 2,07
Verificação se o bueiro está submerso= Se Q/A.D^0,5 >2,21 bueiro submerso
Hw= 4,30
Hw/D= 2,15
C 0,03170
Y= 0,69
Vazão calculada para bueiro submerso (m3/s)= 16,53
Controle na entrada
Bueiro não submerso
Verificação se o bueiro é não submerso= Se Q/A.D^0,5 <1,93 bueiro não submerso
K= 0,0045
M= 2
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Controle na saida 1
Km= 2,26
Dequeivalente (m)= 0,0137
Kp=125n^2/D^(4/3)= 3,450
h (m)= 21,20
Vazao de controle na saida (m3/s)=
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Exemplo 7.36
Estimar o comprimento da tubulação de descarga sob a represa com altura de
4,23m
Altura H= 4,23m
Largura do topo da barragem c= 4,23/5 + 3,00= 0,85+3=3,84m Adoto c=4,00m
Projeção b1 a montante
b1= H x 3= 4,23 x 3= 12,69m
Projeção b2 a jusante
b2= Hx 2= 4,23 x 2= 8,46m
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Exemplo 7.37
Dados: Largura= W= 20m, Comprimento= L=60m, Profundidade= D=3m e Z=3.
Achar o volume.
Conforme a Equação (7.24):
V= L.W. D + (L+W) Z.D2 + 4/3 . Z2 . D3
V= 20 x 60 x 3 + (20+60) x 3 x 32 + 4/3 x 32 x 33
V= 6.084m3
Exemplo 7.37
D=4,00m L= 123m W=36m
L1= L + 2.Z.D = 123 + 2 x 3 x4= 147m
W1= W + 2.Z.D = 36 + 2 x 3 x 4= 60m
Area= L1 x W1= 147 x 60= 8820m2
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Caixas de ligação
São caixas que recebem os tubos de ligação onde estão as bocas de lobo.
São caixas mortas onde o poço de visita não é visitável conforme Figura (5.20).
Possuem uma tampa de concreto que pode ser retirada após o rompimento da
pavimentação e escavação.
O objetivo de se fazer as caixas de ligação é a economia no poço de visita,
mas a tendência da mesma é de não ser mais executada e sim um poço de visita .
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Solução:
hL = h1 – h2 + S . L = 1,00 –1,00 + 0,02x 6 = 0,12m
mas hL é:
hL = (0,12 . Q2 ) / D4 + Q2 . L . 0,00182 /D16/3
hL = (0,12 . 0,122 ) / D4 + 0,122 . 6 . 0,00182 /D16/3
0,12 = (0,001728 ) / D4 + 0,0001572 /D16/3
Multiplicando por 1000
120 = 1,728 / D4 + 0,1572 /D16/3
Multiplicando por D5,33 temos:
120 D5,33 =1,728 D 1,33 + 0,1572
Resolvendo-se o problema por tentativas, achamos D=0,38m e adotamos
D=0,40m.
Tubo de ligação
O tubo de ligação pode ser calculado da maneira mostrada acima ou através
de torre de tomada de água com descarregador de fundo e o resultado é
praticamente o mesmo.
No exemplo acima a seção de controle será na entrada e a velocidade
V=1,69m/s < 5m/s OK para vazão Q=0,120m3/s e F=1,21.
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τc = 2,72.d 0,40
Sendo:
τc = tensão crítica (N/m2)
d= diâmetro da particula (m)
Exemplo 7.39
Consideremos um bueiro retangular onde achamos d50=0,9mm
d50= 0,9mm= 0,9/ 1000= 0,0009m
τc= 3,40.d 0,40
τc= 3,40x.0,0009 0,40 = 0,21 N/m2 =0,21 Pa
ou
Vc= 1,143 .d 0,24
Vc= 1,143 x0,00090,24 = 0,21 m/s
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Re*
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U*= [g.Y.So)0,5
Sendo:
U*= V*= velocidade critica de Shields (m/s)
g= 9,81 m /s2= aceleração da gravidade
So= declividade do córrego (m/m)
Y= altura do nível de água no córrego (m). É o tailwater Tw
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O comprimento da erosão:
Ls= 15.D.F 2/3
Sendo:
D= altura do bueiro (m)
F= número de Froude
Ls= comprimento da erosão (m)
Bs= largur a da erosão (m)
Pedra britada:
ds= diâmetro da pedra britada (m)
ds= 0,25. D. Fr para Tw < D/2
ds= 0,15. D para Tw>D/2
Exemplo 7.1
Estimar a erosão em um bueiro com vazão de 30m3/s, altura de 2,00m
e 2,5m de largura, que será lançado em um córrego com declividade de
0,005 m/m feito em gabiões. O número de Froude no rio é F= 0,72 < 2,7
OK. O tailwater é 0,73m e velocidade de saída no bueiro é Uo= 3,89 m/s
e a velocidade no córrego a jusante é V= 1,89 m/s.
A velocidade critica de Shields pode ser calculada conforme
Chanson,2010 da seguinte maneira:
U*= [g.Y.So)0,5
U*= [9,81.0,73.0,005)0,5
U*= 0,19 m /s
Ys= 3,56m
Portanto, senão
houvesse gabiões a erosão a
jusante do bueiro poderia chegar
até 3,56m.
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ds= 0,25.D.Fr
ds= 0,25 x 2,00 x 0,72= 0,38mm
Tensao trativa
7.46 Fundação
Sempre que possível deverá ser consultado em engenheiro
geotécnico para a fundação do bueiro.
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7.48 Transição
Existe a transição no inicio do bueiro e no fim.
77No fim do bueiro a transição depende do regime se é subcrítico
ou critico.
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