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Arqueologia do Afeto

MÁRCIA BELLOTTI + LUIZA PORTO


ÍNDICE

CAPÍTULO 1 | ANÚNCIOS PÚBLICOS ���������������������������������������������������� 5

CAPÍTULO 2 | O PROJETO����������������������������������������������������������������������11

CAPÍTULO 3 | METODOLOGIA����������������������������������������������������������������19

CAPÍTULO 4 | F.A.Q.����������������������������������������������������������������������������������27
CAPÍTULO 1 | ANÚNCIOS PÚBLICOS

Arqueologia do Afeto 5
I. PROJETO DE ARTE CONTEMPORÂNEA “ARQUEOLOGIA DO AFETO”

Projeto de arte contemporânea procura


voluntários anónimos em Lisboa
que desejem romper com o silêncio conservador.

Troque connosco um objeto impregnado por sua intimidade,


que seja condutor das diferenças quotidianas,
que ajude a compor um mapa da diversidade afetiva de Lisboa.

De uma boca costurada, limitada.


Como dizer tudo, sem usar palavras.

Em um objeto pode-se encontrar vestígios da fala,


da vida escondida, cerceada.

Exponha-se, seja poético.


Troque, ouse, provoque o desconhecido.

II. PROCURA-SE AFETOS

Procura-se por voluntários, habitantes desta cidade, que desejem


participar do projeto de arte contemporânea intitulado “Arqueologia do
Afeto”.

Por pessoas capazes de compartilhar algo de suas vidas com outras e com
a própria cidade através de um projeto de arte. Por pessoas que gostariam
de compartilhar suas próprias vozes, pequenos fragmentos de histórias
comuns.

6 CAPÍTULO 1 | ANÚNCIOS PÚBLICOS


Procura-se por pessoas que desejem ir além dos compartilhamentos
virtuais; procura-se por compartilhamentos reais.

Procura-se pelos afetos desaparecidos, esquecidos no fundo das gavetas.


Lembranças mágicas, ou apenas recordações corriqueiras. Objetos
significativos ou indícios de suas reminiscências.

Este é um projeto de arte contemporânea que busca pela formação de


um caleidoscópio afetivo da cidade de Lisboa. Um projeto que propõe a
formação de novas conexões de afeto entre desconhecidos, uma
experimentação sociopolítica que busca romper as barreiras dos limites
formais das relações sociais.

Buscamos por todo objeto impregnado por qualquer tipo de apego afetivo.
Uma fotografia, um recorte de jornal ou de um caderno, uma música, um
cd, uma fita k7, um desenho, um rabisco, uma breve anotação, uma carta,
um slide, um papel de bala, um fio de cabelo, um recibo, uma meia, um
batom, etc. De qualquer dimensão, peso, cor e idade.

Qualquer tipo de material é bem-vindo. O único requisito é que esteja


depositado sobre o objeto algum tipo real de afeto. Um pedaço de algodão
utilizado para remover a maquiagem de uma noite vivida intensamente
é significativo. Um recibo de um restaurante também o pode ser. Tudo
depende da vivência de cada pessoa e da disposição em compartilhar,
desapegar e colaborar para a construção de um mapeamento da
intimidade de Lisboa. Se pudéssemos recortar de nossa realidade uma
coisa, um único objeto que ajudasse a mostrar aquilo que somos. Diante
da certeza do anonimato, o que gostaríamos de dizer? O que poderíamos
mostrar? O que é possível de se alcançar através dos vestígios dos outros?

Arqueologia do Afeto 7
O que é aquilo que nos limita, que força o segredo? Todos os habitantes
de Lisboa são bem-vindos a participar do projeto, independente de idade
cor, credo, gênero, sexualidade, nacionalidade. Buscamos, encorajamos e
abraçamos a diversidade. Para conhecer mais e/ou participar do projeto
acesse ao site: www.portobellotti.com/afeto

III. PROCURA-SE AFETOS

Projeto de arte contemporânea convida os habitantes de Lisboa a


colaborarem com o mapeamento afetivo da cidade. www.portobellotti.
com/afeto

IV. PROCURA-SE AFETOS

Procura-se por voluntários em Lisboa para participar de um projeto de


arte contemporânea sobre afetos, trocas e comunicação não-verbal.
Interessados, por favor, acessem o site abaixo para mais informações:
www.portobellotti.com/afeto

V. TROCA-SE AFETOS

Procura-se por voluntários, habitantes de Lisboa, interessados em


participar do projeto de arte contemporânea “Arqueologia do Afeto”.
Para mais informações, visite o site: ­www.portobellotti.com/afeto

8 CAPÍTULO 1 | ANÚNCIOS PÚBLICOS


VI. PROCURA-SE AFETOS

Procura-se por voluntários, habitantes desta cidade, que desejem


participar do projeto de arte contemporânea “Arqueologia do Afeto”. Por
pessoas capazes de compartilhar algo de suas vidas com outras e com a
própria cidade através de um projeto de arte. Buscamos por todo objeto
impregnado por qualquer tipo de apego afetivo. Qualquer tipo de material
é bem-vindo. O único requisito é que esteja depositado sobre o objeto
algum tipo real de afeto. Se pudéssemos recortar de nossa realidade uma
coisa, um único objeto que ajudasse a mostrar aquilo que somos. Diante
da certeza do anonimato, o que gostaríamos de dizer? O que poderíamos
mostrar? O que é possível de se alcançar através dos vestígios dos outros?
O que é aquilo que nos limita, que força o segredo?

VII. PROJETO DE ARTE CONTEMPORÂNEA PROCURA POR AFETOS

Queremos trocar qualquer tipo de objeto impregnado por qualquer


tipo de afeto. Todo tipo de material é bem-vindo. Após recebermos seu
objeto de afeto, enviaremos um nosso em troca. Ao fim, usaremos os
objetos recebidos para construir um mapa afetivo da cidade de Lisboa e
desenvolvimento do projeto de arte contemporânea Arqueologia do Afeto.
Para mais informações >> www.portobellotti.com/afeto

VIII. PROCURA-SE AFETOS

Projeto de arte contemporânea convida pessoas a trocarem afetos. Os

Arqueologia do Afeto 9
objetos de afetos trocados entre desconhecidos e as artistas serão usados
para a construção de um mapa afetivo de Lisboa. Mais informações sobre
o projeto em: www.portobellotti.com/afeto

IX. PROCURA-SE AFETOS

Projeto de arte contemporânea procura voluntários anónimos que


desejem romper com o silêncio conservador e colaborar com a construção
de um mapa da diversidade de Lisboa. www.portobellotti.com/afeto

10 CAPÍTULO 1 | ANÚNCIOS PÚBLICOS


CAPÍTULO 2 | O PROJETO

Arqueologia do Afeto 11
ARQUEOLOGIA DO AFETO

Arqueologia: disciplina científica que estuda as culturas e os modos de


vida do passado a partir de uma análise de vestígios materiais.

Afeto: um dos três tipos de função mental, juntamente com a volição


(força de vontade) e com a cognição. Designa um estado da alma, um
sentimento. Segundo Spinoza é uma mudança ou modificação que
ocorre simultaneamente no corpo e na mente.

Palavras-chave: arte, afeto, afecto, comunicação, troca, poesia não-verbal,


intimidade, liberdade individual, voluntário, matéria, sentir, diversidade,
sexualidade, arqueologia, cidade.

MOTIVAÇÕES

O objetivo principal do projeto é alcançar camadas sutis da intimidade


dos moradores da cidade, colaborando na construção de um mapa
afetivo da diversidade de Lisboa, o retrato de uma sociedade através
da documentação da intimidade voluntária de anônimos. Estabelecer
relações com o desconhecido e ir além dos círculos de relações diretas.
Construir conexões que possuem não somente graus de separação
distantes, mas também promover a aleatoriedade na formação de
contatos entre anônimos e transeuntes, e a arte. Utilizar o mapeamento
afetivo da cidade como peça fundamental do processo criativo.

OBJETIVOS

12 CAPÍTULO 2 | O PROJETO
I. Utilizar o material recebido como forma de acessar a intimidade;

II. Usar os objetos de afeto como fonte fundamental para a criação


artística;

III. Proporcionar uma troca entre desconhecidos, tecer relações di­­ante do


improvável, fomentar uma comunicação não verbal entre os habitantes
da cidade de Lisboa;

IV. Criar um mapa afetivo da diversidade da cidade.

COMO

Anúncios públicos serão divulgados pelos muros da cidade, em jornais


impressos e compartilhados em comunidades locais nas redes sociais
da internet. Através de um texto provocativo pediremos a pessoas
desconhecidas que enviem para nosso apartado (caixa postal) objetos de
sua intimidade que sejam representativos de suas próprias vidas, questões
ou vontades. Posteriormente, enviaremos um objeto de afeto de nossa
intimidade para cada voluntário. Inspiradas pelos objetos de afeto
recebidos e seu processo de troca, criaremos novas matérias artísticas
(fotografias, videoartes, performances, colagens, entre outras formas de
manifestação artística). Neste anúncio público haverá um link para o site
do projeto “Arqueologia do Afeto”, por onde os interessados poderão obter
as informações completas sobre a proposta, portfólio das artistas, além
de Termo e Condições, Declaração de Autorização de Uso de Imagem e
Declaração de Exoneração de Responsabilidade.

Após a divulgação dos anúncios, o projeto será considerado aberto e terá


a duração exata de 30 dias para recebimento das correspondências no

Arqueologia do Afeto 13
apartado (caixa postal). Passado esse período o projeto estará encerrado
para recebimento de correspondências. A título de controle serão
consideradas as datas de postagem.

Na segunda parte do projeto, as artistas escolherão entre seus próprios


registros de afetos aqueles que considerem dialogar poeticamente com
os recebidos dos voluntários. Tais objetos serão então enviados para os
endereços informados como remetentes. No caso de participação de
anônimos (sem endereço completo no remetente), o objeto das artistas
será depositado em algum logradouro público à espera de que seja
percebido e recolhido por algum transeunte, de forma com que a troca
entre habitantes e artistas se complete de modo análogo.

Só serão aceitos afetos enviados fisicamente para o apartado (caixa


postal). Não será aceito, em nenhuma hipótese, recebimento de material
por via digital (por e-mail) ou pessoalmente. No caso de informações
incompletas no endereço do remetente a correspondência em questão
será considerada anônima, e seguirá o procedimento específico para este
caso. Os objetos enviados pelas artistas como forma estabelecer a troca
de afetos serão escolhidos pelas próprias. Da mesma maneira que as
artistas estão abertas a receber quaisquer afetos dos voluntários, espera-
se que estes também assim estejam. Pede-se, então, que não haja, por
parte dos participantes, solicitação de afetos específicos. Os afetos não
precisam e não devem ser justificados.

AFETOS

Uma fotografia, um recorte de jornal ou de um caderno, uma música, um


cd, uma fita k7, um desenho, um rabisco, uma breve anotação, uma carta,

14 CAPÍTULO 2 | O PROJETO
um slide, um papel de bala, um fio de cabelo, um recibo, uma meia, um
batom, etc. De quaisquer dimensões, peso, cor, idade. Será considerado
válido todo objeto impregnado por qualquer tipo de apego afetivo. A única
obrigatoriedade é que esteja depositado sobre o objeto algum indício
real de afeto, que carregue a voz de cada um. Um pedaço de algodão
utilizado para remover a maquiagem de uma noite vivida intensamente, é
significativo. Uma pequena carta também o pode ser. Tudo depende das
vivências de cada pessoa e da disposição em não somente compartilhar
parte de si, mas abrir mão da propriedade física para a construção de um
mapeamento da intimidade de Lisboa.

ÉTICA

I. Não divulgaremos os dados pessoais dos voluntários. Não divul­garemos


nome, sobrenome, ou endereço dos participantes. Todos os dados dos
remetentes permanecerão em sigilo, salvo quanto houver qualquer tipo
de identificação no próprio objeto enviado.

II. Somente o objeto de afeto recebido será veiculado. A divulgação


do objeto poderá ocorrer tanto através de seu uso direto, reprodução
fotográfica, ou mesmo como inspiração em outros processos artísticos
(como em vídeos, esculturas, performances, etc.).

III. A participação dos voluntários através da doação de material não


concede, de forma alguma, coautoria no projeto.

IV. Os objetos enviados pelos participantes voluntários não serão


devolvidos e passarão a fazer parte do acervo permanente do projeto
Arqueologia do Afeto.

Arqueologia do Afeto 15
V. A única forma de contato permitida entre as artistas e os participantes
será a troca de afetos por meio correspondência. Esta troca ocorrerá uma
única vez, e será constituída pelo recebimento de um objeto de afeto
enviado pelos voluntários para o endereço do apartado (caixa postal)
e o envio de um objeto de afeto pessoal das artistas para o endereço
especificado no remetente.

VI. As artistas não se responsabilizam por possíveis endereços incompletos


ou errôneos informados no campo de remetente das correspondências
que impossibilitem a entrega de seus afetos aos voluntários.

VII. As artistas se comprometem a enviar suas respostas com seus objetos


de afeto até a data final de desenvolvimento do projeto, 07/11/2015. Para
fins de controle da data limite de envio, serão consideradas as datas de
postagem no correio. As artistas também não se responsabilizam por
possíveis atrasos ou greves por parte da empresa de correio.

VIII. A participação de qualquer pessoa neste projeto de arte é voluntária


e gratuita. Não há nenhum tipo de pagamento, gratificação ou restituição
para os participantes, que assim o devem fazer de bom grado.

IX. É aberta a participação no projeto Arqueologia do Afeto a qualquer


pessoa maior de idade, desde que residente em Lisboa, independente de
sua nacionalidade, credo, classe social, cor, gênero, sexualidade. Todos
os moradores de Lisboa maiores de idade são bem-vindos.

X. A participação neste projeto indica conhecimento integral de seu


texto e conteúdo, assim como na concordância com os termos de
responsabilidade.

16 CAPÍTULO 2 | O PROJETO
A participação no projeto de arte Arqueologia do Afeto implica no conhecimento e
aceitação imediata dos Termos e Condições, do anexo Declaração de Autorização
do Uso de Imagem e da proposta completa do projeto, disponíveis no endereço
de internet www.portobellotti.com/afeto Todo conteúdo pertencente ao
projeto de arte Arqueologia do Afeto está protegido por copyright e direitos de
propriedade intelectual. Todas as informações contidas no site estão protegidas
e são da propriedade das artistas Luiza Porto e Márcia Bellotti, autoras do projeto
de arte Arqueologia do Afeto. Arqueologia do Afeto ©2015. Luiza PORTO + Márcia
BELLOTTI. Todos os direitos reservados.

Arqueologia do Afeto 17
18 CAPÍTULO 2 | O PROJETO
CAPÍTULO 3 | METODOLOGIA

por Márcia Bellotti

Arqueologia do Afeto 19
Desde o ano de 2005 desenvolvo projetos artísticos com voluntários,
pessoas desconhecidas, residentes em grandes centros urbanos.
Partindo de anúncios públicos divulgados pelas ruas ou internet, busco
por encontrar pessoas dispostas a expor parte de si e de suas realidades,
colaborando na criação de projetos de arte e de um mapeamento sensível
daquele tempo.

Meu objetivo é extrair das chamadas “pessoas comuns”, cidadãos


ordinários e transeuntes, pontos de convergência com questões críticas
para nossa sociedade ocidental contemporânea.

Em 2014, em colaboração com a artista Luiza Porto, realizei o projeto


Quarto Escuro no Rio de Janeiro. Através de anúncios públicos procurei por
pessoas dispostas a participar de um projeto sobre sexualidade e gênero
como forma de acesso a questões sobre liberdade individual. Partindo da
documentação de uma conversa privada com cada um dos voluntários,
e posteriormente utilizando os mesmos como ponto fundamental para
a criação de matéria artística, desenvolvi uma série de objetos sonoros,
videoartes e imagens.

Agora, em 2015, desenvolvemos o projeto Arqueologia do Afeto, em


Lisboa. Através de anúncios públicos procuramos encontrar pessoas
dispostas a participar de um projeto sobre a intimidade e a construção
de relações afetivas.

Inicialmente a proposta era realizar em Lisboa o projeto “Quarto Escuro”,


de forma bastante similar ao desenvolvido no Rio de Janeiro no último
ano. Entretanto, as diferenças culturais mostraram-se grandes, impondo
uma mudança nas bases do projeto.

20 CAPÍTULO 3 | METODOLOGIA
A cultura portuguesa, bastante diferente da brasileira, é introspectiva,
com uma postura tímida e reservada diante das questões de foro íntimo.
Mesmo perante indivíduos além dos padrões heteronormativos, encontrar
pessoas dispostas a falar voluntariamente sobre a própria sexualidade e
se disponibilizar integralmente como instrumento para a arte mostrou-
se trabalho extremamente árduo. O uso de anúncios públicos não seria
vantajoso e, para alcançar tal proposta, seria necessário desenvolver laços de
confiança com cada um, o que demandaria um tempo muito maior de
pesquisa, além de certamente nos oferecer um número de restrições.

É preciso mencionar que, após dois meses de pesquisa, notamos que a


pró­pria palavra “intimidade” causava certo desconforto entre os su­jeitos
abordados. O entendimento de intimidade segue em direção às definições
de segredo e secreto, e demonstra um aspecto social conservador. Enquanto
no Rio de Janeiro pudemos encontrar pessoas que voluntariamente
desejaram mostrar sua intimidade em um processo de afirmação de
espaços e conquistas sociais, em Lisboa encontramos a disposição pela
fala política, mas não pela intimidade como espelho sensível sociopolítico.

Assim, como forma de contornar esta situação, modificamos algumas


linhas do projeto inicial. Para atingirmos o objetivo principal - usar a
intimidade como bandeira da liberdade individual e retrato social -, ao
invés de recebermos desconhecidos em nossa casa para documentar
suas vidas e histórias privadas, pediremos, através de anúncios públicos,
que enviem para nossa caixa postal (apartado) objetos materiais que se
relacionem com o íntimo de cada um.

No projeto Arqueologia do Afeto, colocaremos anúncios pela cidade de


Lisboa, além de usar os classificados de jornais impressos e as redes

Arqueologia do Afeto 21
sociais locais. Nosso foco é atingir aquilo que é sensível através de
vestígios do que lhes é íntimo.

Parte fundamental deste trabalho é o processo em si. Como forma de


manter a essência primária do fazer artístico, abaixo estão enumeradas as
confluências e adaptações encontradas nos projetos:

QUARTO ESCURO ARQUEOLOGIA DO AFETO


Primeira parte: chamada por Primeira parte: chamada por
anúncios públicos impressos e em anúncios públicos impressos, re­
redes sociais. des sociais e classificados de jor­
nais em versão impressa e online.
Objetivo: busca usar a intimidade Objetivo: busca usar as relações
como bandeira de questões socio­­ de afeto como bandeira para
políticas, gênero, sexualidade e questões sociopolíticas, liberdade
liberdade individual. individual, sexualidade e comuni-
cação.
Palavras-chave: intimidade, se­ Palavras-chave: afeto, intimidade,
xua­li­dade e liber­dade individ­­u­ comunicação e liberdade individ-
al. ual.
Meio: convidar desconhecidos a Meio: convidar desconhecidos a
visitar minha casa, doar seu tempo doar resquícios materiais de suas
e histórias. próprias histórias.

22 CAPÍTULO 3 | METODOLOGIA
Contraparte: convido desconhe- Contraparte: doarei para descon-
cidos a passar tempo comigo, em hecidos objetos de minha própria
minha própria casa, em minha intimidade.
própria intimidade e, durante a
conversa, troco informações de
foro íntimo.
Segunda parte: criação de maté­ Segunda parte: criação de maté­ria
ria artística utilizando os próprios artística utilizando os frag­mentos
voluntários, suas imagens ou materiais dos voluntários, man-
depoimentos mantendo o anoni- tendo o anonimato do partici-
mato do participante. pante.

No projeto Arqueologia do Afeto, ao invés de usar os próprios voluntários,


utilizaremos os vestígios de suas intimidades, sempre de forma anônima.
Esses vestígios, conforme as bases da própria arqueologia, oferecerão
os primeiros traços para a criação de histórias representativas da
sexualidade, gênero e liberdade individual da cidade.

Qualquer tipo de material é apto a participar no projeto. A única


obrigatoriedade é que esteja depositado sobre o objeto algum indício
real de afeto e que seja representativo de sua intimidade. Um pedaço
de algodão utilizado para remover a maquiagem de uma noite vivida
intensamente, é significativo. Uma carta também o pode ser. Tudo
depende das vivências de cada pessoa e da disposição em não somente

Arqueologia do Afeto 23
compartilhar aquele momento, mas abrir mão da propriedade física e
passar pelo processo de desapego para a construção de um mapeamento
da intimidade de Lisboa.

Após o recebimento de tais objetos de afeto na caixa postal (ao fim


dos trinta dias disponibilizados para envio), iremos procurar, em nossa
própria intimidade, objetos também significativos que julguemos dialogar
poeticamente com os objetos doados pelos voluntários. Então,
enviaremos um item para cada voluntário como forma de concluir uma
troca afetiva à distância, e assim finalizar a primeira parte do projeto.

Neste momento, os objetos recebidos e os enviados (previamente


documentados por fotografia), serão catalogados, classificados, e
utilizados como inspiração para novas materializações artísticas.

O número de criações dependerá da quantidade de afetos recebidos que


poderão ser utilizados de forma independente, conjunta ou somente
a título de inspiração. Contudo, não há obrigação, por parte das artistas,
no uso direto de todos os itens recebidos. Caso algum objeto comprometa
a segurança das artistas, por exemplo, este poderá ser excluído do projeto.

Entre os resultados do projeto espera-se o desenvolvimento de peças


sonoras, colagens, videoartes, fotografias, performances ou intervenções
urbanas. Diante da experimentação na troca afetiva, o interesse aqui
também reside na transformação de afetos em afectos.

Como os habitantes de Lisboa se relacionarão com os anúncios?


Qual tipo de resposta pública haverá ao projeto?
Quais serão os objetos enviados?

24 CAPÍTULO 3 | METODOLOGIA
Os resultados do projeto mostrarão como (e se) a cidade está disponível
para ser acessada, atravessada, e se seus habitantes estão abertos a
novas conexões intelecto-emocionais.

Todo o processo da Arqueologia do Afeto será detalhadamente


documentado, tornando-se também potência para o fazer artístico.

Arqueologia do Afeto 25
26 CAPÍTULO 3 | METODOLOGIA
CAPÍTULO 4 | F.A.Q.

Arqueologia do Afeto 27
O QUE É ARQUEOLOGIA DO AFETO? ​

É um projeto de arte contemporânea que convida os habitantes de Lisboa


a colaborarem com um mapeamento afetivo da diversidade da cidade,
nos enviando um objeto íntimo e pessoal.

QUAL O OBJETIVO DO PROJETO?

O objetivo principal do projeto é alcançar camadas sutis da intimidade dos


moradores da cidade, colaborando na construção de um mapa afetivo da
diversidade de Lisboa. Através do envio de objetos pessoais de anônimos
seremos capazes de realizar um retrato da intimidade e diversidade local.
Queremos usar os vestígios da intimidade dos habitantes como bandeira
da liberdade individual e formação de um retrato social. Através do
projeto, almejamos extrair das chamadas “pessoas comuns”, cidadãos
ordinários e transeuntes, pontos de convergência com questões críticas
para nossa sociedade - ocidental, contemporânea.

O QUE VOCÊS QUEREM?

I. Utilizar o materiais recebidos como forma de acessar a intimidade da


comunidade em questão;

II. Usar os objetos de afeto como fonte fundamental para a cria­­ção


artística;

III. Proporcionar uma troca entre desconhecidos, tecer relações diante do


improvável, fomentar uma comunicação não verbal entre os habitantes
da cidade de Lisboa;

IV. Criar um mapa afetivo da diversidade da cidade.

28 CAPÍTULO 4 | F.A.Q.
COMO FUNCIONA O PROJETO?

O projeto é baseado em três partes:

I. Encontrar pessoas que queiram voluntariamente e anonimamente


colaborar com a arte contemporânea e com a formação de um retrato da
intimidade e diversidade da cidade de Lisboa;

II. Trocar objetos de afeto com esses voluntários;

III. Desenvolver peças de arte contemporânea baseadas nessa troca


entre desconhecidos. Distribuiremos anúncios públicos pela cidade,
em jornais impressos e compartilharemos em comunidades locais nas
redes sociais da internet. Pediremos a pessoas desconhecidas que
enviem para nosso apartado (caixa postal) objetos de sua intimidade
que sejam representativos de suas próprias vidas, questões ou vontades.
Posteriormente, enviaremos um objeto de afeto de nossa intimidade
para cada voluntário. Inspiradas pelos objetos de afeto recebidos e seu
processo de troca, criaremos novas matérias artísticas (fotografias,
videoartes, performances, colagens, entre outras formas de manifestação
artística).

POR QUE PARTICIPAR?

Para fazer parte de um projeto de arte contemporânea; Para ajudar a


construir um mapa afetivo da cidade de Lisboa; Para poder colaborar na
afirmação de uma sociedade que abriga a diversidade.

Arqueologia do Afeto 29
COMO POSSO COLABORAR?

Envie para o projeto qualquer objeto representativo de sua vida privada.


Procure em sua casa, quarto, trabalho; em sua bolsa, carro, fundo de uma
gaveta. Não é necessário procurar algo profundo sobre sua personalidade,
ou que o defina, mas algum objeto com o qual tenha algum tipo de afeto,
ou que represente um aspecto de sua vida. Utilize o objeto como porta-
voz de sua presença física na cidade. Este é um trabalho de arte baseado
em uma comunicação não-verbal. Aproveite a oportunidade para se
relacionar com a cidade afirmando seu espaço e sua identidade. Envie
para o projeto algum objeto pessoal que ajude a demarcar seu lugar no
mapa afetivo da cidade.

COMO ENVIAR MEU AFETO?

Envie seu objeto por correio entre 01/09/2015 e 30/09/2015 para nosso
apartado: APARTADO 012142 EC PICOAS / LISBOA 1061-001 / LISBOA

POSSO ENVIAR UMA FOTO DO MEU OBJETO DE AFETO AO INVÉS DO


PRÓPRIO OBJETO DE AFETO?

Participe da forma que for melhor para você. Se enviar um objeto for
complicado, tanto por seu tamanho, quanto por apego, envie a foto do
objeto. Essa ação pode ser ou não justificada por meio de uma nota ou
carta anexa, a forma com que você irá se comunicar conosco fica a seu
próprio critério.

QUEM PODE PARTICIPAR?

Todos os habitantes de Lisboa maiores de idade são bem-vindos! É aberta

30 CAPÍTULO 4 | F.A.Q.
a participação a qualquer pessoa maior de idade, desde que residente em
Lisboa, independente de sua nacionalidade, idade, credo, classe social,
cor, gênero, sexualidade.

APENAS MORADORES DE LISBOA PODEM PARTICIPAR?

O convite para participar do projeto é aberto a todos aqueles que tenham


algum endereço físico na cidade de Lisboa.

QUEM SÃO OS RESPONSÁVEIS PELO PROJETO

O projeto Arqueologia do Afeto é produzido pelas artistas visuais brasileiras


Luiza PORTO e Márcia BELLOTTI. O duo, PORTO+BELLOTTI, desenvolve
projetos artísticos desde 2009 e está agora em Lisboa desenvolvendo
o projeto Arqueologia do Afeto com apoio do Programa de Residências
Artísticas oferecido pelo Arte Institute (www.arteinsitute.com).

COMO POSSO CONHECER MAIS SOBRE AS ARTISTAS?

Visite os portfólios online das artistas.


Luiza PORTO: www.luizaporto.com
Márcia BELLOTTI: www.marciabellotti.com

MEU NOME VAI APARECER NO PROJETO?

Não divulgaremos os dados pessoais dos voluntários. Não divulgaremos


nome, sobrenome, ou endereço dos participantes. Todos os dados dos
remetentes permanecerão em sigilo, salvo quando houver qualquer tipo
de identificação no próprio objeto enviado. Somente o objeto enviado
será veiculado.

Arqueologia do Afeto 31
VOU ENVIAR UM ARQUIVO DE VIDEO EM UM DVD. MEU ROSTO VAI
APARECER NO PROJETO? COMO PERMANECEREI ANÓNIMO?

O anonimato dos voluntários é parte muito importante de nosso trabalho.


Usaremos suas informações como fonte de inspiração para novas criações
artísticas. Nos esforçaremos ao máximo para impedir que seu rosto e/ou
voz possam ser reconhecidos.

MEU ENDEREÇO SERÁ DIVULGADO?

Os endereços dos participantes serão utilizados apenas para o envio dos


objetos de afeto das artistas e para fins estatísticos no projeto. Todos os
dados dos remetentes permanecerão em sigilo, salvo quando houver
qualquer tipo de identificação no próprio objeto enviado.

SE MEU ENDEREÇO VAI PERMANECER EM SIGILO, COMO SERÁ


CONS­TRUÍDO UM MAPA?

Os nomes e endereços completos de todos participantes serão mantidos


em sigilo, usados apenas para fins estatísticos no desenvolvimento na
pesquisa.

POSSO PARTICIPAR COMO ANÓNIMO (SEM ME IDENTIFICAR NO


REMETENTE)?

Sim. Basta não informar os dados do remetente quando enviar sua


participação. No caso de participação de anónimos (sem identificação
ou endereço completo no remetente), o objeto de afeto a ser doado pelas
artistas será depositado em algum logradouro público, a espera de que
seja percebido e recolhido por algum transeunte, de forma com que a
troca entre habitantes e artistas se complete de modo análogo.

32 CAPÍTULO 4 | F.A.Q.
O QUE POSSO ENVIAR?

Uma fotografia, um video, um recorte de jornal ou de um caderno,


uma música, um cd, uma fita k7, um desenho, um rabisco, uma breve
anotação, uma carta, um slide, um papel de bala, um fio de cabelo, um
recibo, uma meia, um batom, etc. De quaisquer dimensões, peso, cor,
idade. Será considerado válido todo objeto representativo da intimidade
do participante. A única obrigatoriedade é que esteja depositado sobre o
objeto algum indício real de afeto. Um pedaço de algodão utilizado para
remover a maquiagem de uma noite vivida intensamente é significativo.
Uma pequena carta também o pode ser. Tudo depende das vivências
de cada pessoa e da disposição em não somente compartilhar parte
de si, mas abrir mão da propriedade física para a construção de um
mapeamento da intimidade de Lisboa.

O QUE NÃO POSSO ENVIAR?

Não é permitido o envio de qualquer objeto que possa oferecer risco à


saúde das artistas.

POSSO ENVIAR IMAGENS DE OUTRAS PESSOAS?

Pode. Mas antes de fazê-lo, por favor, releia atentamente os Termos de


Responsabilidade do projeto e esteja certo de que a pessoa em questão
não se ofenderá com a vossa ação.

POSSO ENVIAR MEU PRÓPRIO TRABALHO DE ARTE PARA PARTICIPAR?

Caso o faça, tenha em mente que o mesmo será tratado como um


objeto comum, merecedor do mesmo valor de todos os outros objetos
participantes do projeto e de que este não será devolvido.

Arqueologia do Afeto 33
QUAL O TAMANHO DOS OBJETOS QUE POSSO ENVIAR?

Pode-se enviar qualquer objeto de qualquer tamanho. Entretanto, tanto


por logística quanto por economia no envio, recomendamos que sejam
objetos pequenos.

POSSO ENVIAR UMA EXPLICAÇÃO DA ESCOLHA DO MEU OBJETO?


Sim. Embora não seja necessário, envie seu objeto de afeto da forma que
melhor lhe apetecer.

POSSO MANDAR UMA CARTA, UMA ANOTAÇÃO OU INSTRUÇÕES SOBRE


MEU OBJETO?

Pode enviar tudo o que quiser. Entretanto, por favor, tenha em mente
que tudo o que for enviado será considerado como um “objeto único”
e fará parte da Arqueologia do Afeto. Se enviar somente uma carta,
somente a carta será considerada seu objeto de afeto. Se enviar uma
foto, por exemplo, acompanhado de uma carta, a foto com a carta serão
considerados como um único objeto de afeto.

É POSSÍVEL MANDAR MAIS DE UM AFETO?

Sim. Mas consideraremos todos os afetos recebidos em uma mesma


correspondência como um objeto “único”, e enviaremos em troca um
único afeto para o remetente.

QUAL O PRAZO PARA ENVIO DO MEU OBJETO DE AFETO?

Os objetos poderão ser enviados entre 01/09/2015 e 30/09/2015. Para fins


de controle serão consideradas as datas de postagem no correio.

34 CAPÍTULO 4 | F.A.Q.
POSSO ENVIAR MEU OBJETO DE AFETO POR E-MAIL?

Não, só serão aceitos afetos recebidos fisicamente em nosso apartado:


APARTADO 012142 EC PICOAS / LISBOA 1061-001 / LISBOA

POSSO ENVIAR UM ARQUIVO DIGITAL (FOTO OU VIDEO) EM UM PENDRIVE,


CD OU DVD?

Sim, desde que estejam dentro de um pendrive, cd ou dvd, e seja enviado


fisicamente para nosso apartado (caixa-postal). Lembre-se de que tudo o
que for enviado permanecerá em nosso acervo permanente de afetos e
não será devolvido.

POSSO TROCAR OS AFETOS PESSOALMENTE COM AS ARTISTAS?

Não. O único ponto de contato entre os desconhecidos será a troca entre


objetos de afeto. Não será aceito, em nenhuma hipótese, recebimento de
material pessoalmente.

QUEM PAGA O ENVIO DOS OBJETOS?

Cada voluntário é responsável pelo custo de envio de seu objeto, e deve


mandá-lo pelo meio que melhor lhe convir.

O QUE EU GANHO PARTICIPANDO DO PROJETO?

A participação de qualquer pessoa neste projeto de arte é voluntária e


gratuita. Não há nenhum tipo de pagamento ou ressarcimento para os
participantes. Não queremos o envolvimento de dinheiro, mas sim
proporcionar uma TROCA entre objetos de afetos de desconhecidos. Assim,

Arqueologia do Afeto 35
após recebermos o afeto de um voluntário, enviaremos gratuitamente um
objeto de afeto nosso para ele(a).

NÃO QUERO RECEBER NADA EM TROCA. POSSO PARTICIPAR?

Sim. Neste caso, pedimos que nos comunique por escrito, juntamente com
o objeto enviado para nosso endereço. Como nosso objetivo é efetuarmos
trocas anónimas com os habitantes da cidade, caso algum participante
não queira receber nosso objeto de afeto, iremos depositá-lo em algum
logradouro público, afim de que qualquer habitante da cidade o receba,
concluindo o processo de troca.

SÃO DUAS ARTISTAS. VOU RECEBER DOIS AFETOS?

Cada participante irá receber apenas 1 (um) objeto de afeto, retirado do


universo afetivo de ambas artistas.

VOU RECEBER MEU AFETO DE VOLTA?

Os objetos enviados pelos participantes voluntários não serão devolvidos


e passarão a fazer parte do acervo permanente do projeto Arqueologia
do Afeto.

POSSO ESCOLHER O OBJETO QUE VOU RECEBER DAS ARTISTAS?

Da mesma maneira que as artistas estão abertas a receber quaisquer afetos


dos voluntários, espera-se que estes também assim estejam. Pede-se,
então, que não haja, por parte dos participantes, solicitação de afetos
específicos. Os afetos não precisam ser justificados.

36 CAPÍTULO 4 | F.A.Q.
QUAL O PRAZO PARA RECEBER O OBJETO QUE AS ARTISTAS VÃO ME
ENVIAR?

As artistas se comprometem a enviar suas respostas com seus objetos de


afeto até a data final de desenvolvimento do projeto, 07/11/2015. Para fins
de controle da data limite de envio, deverão ser consideradas as datas
de postagem no correio. As artistas também não se responsabilizam por
possíveis atrasos ou greves por parte da empresa de correio. As artistas
não se responsabilizam por endereços informados erroneamente, ou
incompletos.

QUEM PAGA O ENVIO DO OBJETO QUE VOU RECEBER DAS ARTISTAS?

As artistas serão responsáveis pelos custos de envio de seus objetos de


afeto para os endereços dos voluntários.

NÃO GOSTEI DO OBJETO DE AFETO QUE RECEBI DAS ARTISTAS. POSSO


TROCÁ-LO?

Da mesma maneira que as artistas estão abertas a receber qualquer tipo


de afeto dos voluntários, espera-se que estes também assim estejam.
Desta forma, não serão aceitos pedidos de trocas ou devoluções.

POSSO CONHECER PESSOALMENTE AS ARTISTAS?

Não em decorrência direta do projeto (para a troca de objetos). Mas Lisboa


é uma cidade pequena, talvez algum dia nos encontremos por aí.

Arqueologia do Afeto 37
MEU NOME ESTARÁ ASSOCIADO AO PROJETO?

A participação dos voluntários é anónima e a doação de material


não concede, de forma alguma, coautoria no projeto. Por favor, leia
atentamente os Termos e Condições de participação.

SE EU PARTICIPAR DO PROJETO, SEREI CONVIDADO PARA A VERNISSAGE


E EXPOSIÇÕES?

O projeto conta com a participação anónima dos voluntários, e


a única comunicação direta entre artistas e voluntários ocorrerá
na troca de afetos por correio. Para ficarem a par das novidades
do projeto, incluindo sobre futuras exposições, pedimos que
os participantes sigam o projeto através dos seguinte meios:
Visite o blog do projeto; Se inscreva no Newsletter do projeto; Curta a
página da artista Márcia Bellotti no Facebook: /marciabellottiart

QUANDO O PROJETO SERÁ FINALIZADO?

A data limite para o desenvolvimento do projeto é dia 07/11/2015.

COMO POSSO VER O PROJETO FINALIZADO?

O projeto Arqueologia do Afeto será exposto em Lisboa, em local e data


ainda indefinidos. Para saber quando e onde o projeto será exposto,
por favor, acompanhe nossas atualizações através dos seguintes meios:
Visite o blog do projeto:  Arqueologia do Afeto/Blog Se inscreva no
Newsletter do projeto; Curta a página da artista Márcia Bellotti no
Facebook: /marciabellottiart

38 CAPÍTULO 4 | F.A.Q.
O PROJETO FOI FINALIZADO E AINDA NÃO RECEBI MEU OBJETO. O QUE
ACONTECEU?

Talvez valha a pena esperar um pouco, seu objeto pode ter sido entregue
aos correios no último dia de projeto. Talvez seu objeto não tenha sido
entregue por termos recebido informações incompletas ou um endereço
errado. Neste caso, por favor, entre em contato connosco através do e-mail
contato@portobellotti.com. Embora não tenhamos responsabilidade
sobre informações errôneas ou incompletas, vamos nos esforçar ao
máximo para descobrir onde foi parar o objeto, e fazê-lo chegar até você.

NÃO VI MEU OBJETO REPRESENTADO NO PROJETO FINAL. O QUE


HOUVE? POSSO RECEBE-LO DE VOLTA?

Catalogamos todos objetos recebidos. Entretanto, para o


desenvolvimento poético da última parte do projeto, os objetos
não são necessariamente utilizados de forma literal. Muitas vezes
podem ser utilizados como fonte de inspiração, ou radicalmente
transformados, assumindo formas e contextos diversos, ou até mesmo
se unindo a outros objetos de afeto enviados por outros participantes.

DEPOIS DO PROJETO SER FINALIZADO, O QUE VAI ACONTECER COM OS


OBJETOS DE AFETO ENVIADOS?

Todos os objetos de afeto recebidos passarão a fazer parte do acervo


permanente do projeto Arqueologia do Afeto.

Arqueologia do Afeto 39
APÓS O PROJETO ARQUEOLOGIA DO AFETO ESTAR COMPLETO, O QUE
VAI ACONTECER?

Acreditamos em uma arte que circule e se comunique com o maior


número possível de pessoas. Iremos procurar expô-lo em galerias, centros
culturais e outros meios disponíveis para a arte contemporânea, incluindo
a internet.

QUAL É O ENDEREÇO DE ENVIO PARA PARTICIPAR NO PROJETO?

APARTADO 012142 EC PICOAS / LISBOA 1061-001 / LISBOA

40 CAPÍTULO 4 | F.A.Q.
Lisboa, 2015

© Márcia Bellotti e Luiza Porto

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