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LONGEVIDADE EM IMPLANTES

CURTOS UNITÁRIOS
Mauricio Santos deOliveira, Rafael Maluza Florez, Renato Zanini, Maria Aparecida Salinas Ortega, Mauricio Santos de Oliveira
Especialista em Implantodontia
Rogerio Adib Kairalla, Sergio Allegrini Jr Mestre em Bioodontologia
Equipe de Especialização em Implantodontia da Faculdade de Odontologia – Universidade Santa Cecília – Santos/SP ITI member – since 2013

Introdução Relato de caso


Implantes curtos são considerados quando apresentam comprimentos <11mm, 10mm, Paciente com 74 anos apresentando ausência do elemento número 14 (fig.1), onde
8mm e 6mm, enquanto os “ultracurtos considerados com alturas ≤ 5mm. Com a a imagem radiográfica demonstrou presença de tecido ósseo limitado quanto a
evolução dos tratamentos de superfície e design, os implantes curtos vem sendo mais altura, devido à presença de raiz dilacerada do elemento número 15, reduzindo
espaço para instalação de implante osseointegrado convencional. No local foi
empregados pela comunidade de implantodontistas. Estes implantes são mais
inserido implante TL Straumann 4 X 4 mm (fig.2), aguardando período de
utilizados para evitar procedimentos com aumento ​vertical ósseo ou quando limitado
cicatrização com 6 semanas. O elemento foi reabilitado de forma provisória e
por estruturas anatômicas como o seio maxilar ou canal mandibular. A associação
deixando sob função temporária por período de 3 meses (fig. 3). Comprovada a
entre esses implantes promove uma melhor distribuição de forças quando se remodelação óssea local, a paciente foi reabilitada com elemento dental em
restabelece uma reabilitação protética final. Contudo implantes com 5 ou 6mm de cerâmica (fig. 4) e acompanhado por período total de 2 anos em função definitiva.
comprimento suportando coroas individuais ainda permanecem como um tratamento Radiografias digitais com medidas, foram realizadas após 9 meses (fig. 5), 13
desafiador. Quando ocorrem situações de reabilitações individuais utilizando meses (fig. 6) e 24 meses (fig. 7) demonstrando estabilidade nas dimensões ósseas
implantes ultracurtos com comprimentos de 4mm, o receio de um fracasso quanto a locais. Um radiografia panorâmica também foi requisitada demonstrando articulação
longevidade destes elementos ainda se torna um fator preocupante. O objetivo deste e distribuição dental da paciente (fig. 8). Imagens intraorais demonstram
estudo foi relatar um caso de implante unitário ultracurto sob carga oclusal e sua configuração do elemento dental associado ao tecido mole (figs 9 e 10).
longevidade por período com 24 meses.

Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3 Fig. 4

Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7

Fig.. 8 Fig. 9 Fig. 10

Figuras 1 a 4: Sequência de radiografias periapicais iniciando do pré-operatório, instalação, fase de provisório ate a instalação de prótese cerâmica;
Figuras 5, 6 e 7: Implante sob função mastigatória com 9, 13 e 24 meses. Notem estabilidade dos tecidos remanescentes sem alterações em suas dimensões;
Figura 8: Radiografia panorâmica com implante instalado e 13 meses pós prótese instalada;
Figuras 9 e 10: Imagens intra-orais do caso com 24 meses pós prótese instalada.

Discussão e conclusões

Estudos baseados em trabalhos com implantes curtos ou ultracurtos apontam reabilitações individuais, contudo evidenciam implantes lado a lado em regiões posteriores
de maxilares. Em um estudo de Lai et al, utilizando implantes Straumann curtos, os autores evidenciaram que os implantes de 6 e 8 mm de comprimento mostraram,
respectivamente, um sobrevivência de 97 e 98,5%, sem diferenças em relação à região maxilar implantada. Resultado semelhante foi observado por Mangano e tal.,
com taxas com 98,5% para implantes com 8 mm. Lombardo et al., 2017 demonstrou taxas de sucesso acumulado para implantes curtos (6 e 8 mm) e ultracurtos (5
mm) de 97,9% e 95,1% respectivamente evidenciando que coroas unitárias sobre implantes ultra curtos resultam tratamentos bem sucedidos na maxila posterior
atrófica.

O design do implante associado ao sistema de conexão implante-munhão onde há limite de micro movimentação, e possível liberação de elementos bacterianos em
espaço biológico, podem estabelecer um papel determinante para permitir um melhor desempenho clínico. A resposta conseguida durante processo de remodelação
óssea no caso apresentado neste Painel, suportam a ideia que mesmo implantes ultracurtos podem ser reabilitados de forma unitária, desde que sejam obedecidas
regras de oclusão e adaptação dos modelos de prótese/pilar, resultando em uma melhor fixação biomecânica.

Referencias:
Lee KJ; Kim YG, Park, JW, Lee JM, Suh JY. Influence of crown-to-implant ratio on periimplant marginal bone loss in the posterior region: a five-year retrospective study, Journal of Periodontal and Implant Science, 2012(42), 231–236.
Yamanishi Y, Yamaguchi S, Imazato S, Nakano T, Yatani H. Influences of implant neck design and implant abutment joint type on peri-implant bone stress and abutment micromovement: three-dimensional finite element analysis, Dental Materials,
2012 (28), 1126–1133.
Lai HC, Si MS, Zhuang LF, Shen H, Liu YL, Wismeijer D. Long-term outcomes of short dental implants supporting single crowns in posterior region: a clinical retrospective study of 5–10 years, Clinical Oral Implants Research, 2013(24),230–237.
Mangano FG, Shibli JA, Sammons RL, Iaculli F, Piattelli A, Mangano C. Short (8-mm) locking-taper implants supporting single crowns in posterior region: a prospective clinical study with 1-to 10-years of follow-up, Clinical Oral Implants Research,
2014(25), 933–940.
Lombardo G, Pighi J, Marincola M, Corrocher J, Simancas-Pallares M, Nocini PF. Cumulative Success Rate of Short and Ultrashort Implants Supporting Single Crowns in the Posterior Maxilla: A 3-Year Retrospective Study. Int J Dent. 2017 (1), 1-10.

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