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A grande diversidade de formas de vida é algo que não passa despercebido. Ao longo da
história, várias foram as tentativas de explicação desta grande diversidade, influenciadas por
princípios religiosos, filosóficos e culturais.
Até ao século XVIII os cientistas e os biólogos pensavam nesta diversidade de formas de vida
com base no fixismo. Segundo o fixismo, as espécies são perfeitas e imutáveis (fixas) e criadas
independentemente umas das outras.
Ma As espécies
mantiveram-se com as
mesmas características
ao longo dos anos.
Ma 1 2 3 4 5
6 As espécies
alteraram as suas
características ao
longo do tempo.
Neste esquema, temos representada uma árvore filogenética, isto é, uma árvore que nos
mostra o grau de parentesco entre grupos de seres.
O ser 1 e o ser 2 são semelhantes porque compartilham um ancestral comum;
O ser 5 é o ser mais distante do 1, porque foi o ser que evoluiu (acumulou diferenças);
O ser 7 é o ancestral mais antigo;
O ser mais próximo ao 1 a seguir ao ser 2 é o ser 3 ou o ser 4.
Os seres mais semelhantes entre si são o ser 3 e o ser 4, porque o ser 1 e o ser 2 se
encontram a divergir à mais tempo a partir do ancestral comum.
Fixismo
As primeiras tentativas de explicação da biodiversidade são fixistas. Os filósofos gregos
propunham teorias mais ou menos fantasistas, sem qualquer apoio científico. No entanto,
levantava-se uma questão: se as espécies têm origens independentes como é que elas se
originaram?
Eis algumas teorias para dar resposta a esta pergunta:
Teoria Criacionista: defende que Deus criou, num único ato, todas as espécies de seres
vivos, que permaneceram imutáveis, e qualquer erro seria devido ao ambiente.
Teoria de Buffon: defendia que no início o povoamento teria sido feito por um número
reduzido de espécies, as quais, de acordo com a localização geográfica e a alimentação
disponível, teriam sofrido uma sucessão de variações geográficas adaptativas.
Ma A espécie modificou-se ao longo
dos tempos.
As espécies sofreram
alterações
(evolucionismo);
As espécies originaram-se
independentemente
(fixismo).
Vários foram os cientistas que contribuíram com dados para explicar a diversidade da vida de
uma perspetiva evolucionista. A teoria de Buffon foi sendo cada vez mais aceite, e, mais
tarde, com a evolução da tecnologia e da ciência, alterou-se o princípio de fixismo com que
esta ainda contava. O fixismo deixou, então, de ser válido e passou-se a explicar a diversidade
de formas de vida com base no evolucionismo.
Argumento a favor do evolucionismo que veio contrariar o fixismo:
Paleontologia (estudo dos fósseis): os fósseis de organismos que não habitam
atualmente o nosso planeta encontrados em rochas sedimentares é um argumento a favor
da evolução das espécies. A análise do conteúdo fóssil nos estratos mostra que as formas
de vida não são sempre as mesmas.
1. Se o fixismo fosse apoiado estes fósseis de animais ancestrais teriam de ser iguais
aos animais atuais e isso não se verificava;
2. Por isso, os fixistas tentaram pôr de acordo a teoria deles com estes dados e, foi
aí, que se desenvolveu a teoria catastrofista.
Ma