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Biologia 11º Ano.

Domínio: Evolução Biológica.


Subdomínio: Fixismo vs Evolucionismo.

A grande diversidade de formas de vida é algo que não passa despercebido. Ao longo da
história, várias foram as tentativas de explicação desta grande diversidade, influenciadas por
princípios religiosos, filosóficos e culturais.
Até ao século XVIII os cientistas e os biólogos pensavam nesta diversidade de formas de vida
com base no fixismo. Segundo o fixismo, as espécies são perfeitas e imutáveis (fixas) e criadas
independentemente umas das outras.
Ma As espécies
mantiveram-se com as
mesmas características
ao longo dos anos.

Estas têm uma origem


independente.

A partir do século XVIII, defende-se o transformismo ou evolucionismo. Segundo esta


perspetiva as espécies atuais são resultado de lentas e sucessivas transformações sofridas pelas
espécies do passado, ao longo do tempo.

Ma 1 2 3 4 5
6 As espécies
alteraram as suas
características ao
longo do tempo.

Estas têm uma


7 origem comum.

Neste esquema, temos representada uma árvore filogenética, isto é, uma árvore que nos
mostra o grau de parentesco entre grupos de seres.
 O ser 1 e o ser 2 são semelhantes porque compartilham um ancestral comum;
 O ser 5 é o ser mais distante do 1, porque foi o ser que evoluiu (acumulou diferenças);
 O ser 7 é o ancestral mais antigo;
 O ser mais próximo ao 1 a seguir ao ser 2 é o ser 3 ou o ser 4.
 Os seres mais semelhantes entre si são o ser 3 e o ser 4, porque o ser 1 e o ser 2 se
encontram a divergir à mais tempo a partir do ancestral comum.
Fixismo
As primeiras tentativas de explicação da biodiversidade são fixistas. Os filósofos gregos
propunham teorias mais ou menos fantasistas, sem qualquer apoio científico. No entanto,
levantava-se uma questão: se as espécies têm origens independentes como é que elas se
originaram?
Eis algumas teorias para dar resposta a esta pergunta:
 Teoria Criacionista: defende que Deus criou, num único ato, todas as espécies de seres
vivos, que permaneceram imutáveis, e qualquer erro seria devido ao ambiente.

 Teoria da geração espontânea/abiogénese: defende que os seres vivos se formariam


constantemente a partir de matéria não viva, por intermédio do “princípio ativo”. Após
a sua formação os organismos não poderiam alterar as suas características.
Van Helmont, um conceituado médico, químico e fisiologista belga, defensor das ideias
de Aristóteles, chega mesmo a escrever um “livro de receitas” que ensinava como obter
seres vivos a partir do “princípio ativo” de que falava o filósofo.

 Teoria Catastrofista: (elaborada por Cuvier) defendia que as catástrofes locais


destruiriam as formas de vida existentes nessa região, provocando extinções.
Posteriormente, essas regiões seriam repovoadas com novas espécies provenientes de
outros locais. Deste modo, Cuvier tentou explicar o porquê de numa sequência de
estratos haver fósseis com características tão diferentes. Alguns seguidores de Cuvier
postulavam que as catástrofes poderiam ser globais, e nestes casos o repovoamento seria
feito por atos de criação divina.
Evolucionismo
Com o estudo sistemático do registo fóssil e também graças aos trabalhos de Lineu, as ideias
fixistas começam a ser seriamente colocadas em causa.
 Teoria de Maupertuis: defendia que os organismos derivavam de um progenitor
comum, e que devido ao acaso e erros na reprodução acumulavam alterações ao longo
das gerações. Assim, a partir de uma única espécie ter-se-iam formado várias espécies
de seres vivos.

 Teoria de Buffon: defendia que no início o povoamento teria sido feito por um número
reduzido de espécies, as quais, de acordo com a localização geográfica e a alimentação
disponível, teriam sofrido uma sucessão de variações geográficas adaptativas.
Ma A espécie modificou-se ao longo
dos tempos.

 As espécies sofreram
alterações
(evolucionismo);
 As espécies originaram-se
independentemente
(fixismo).

Vários foram os cientistas que contribuíram com dados para explicar a diversidade da vida de
uma perspetiva evolucionista. A teoria de Buffon foi sendo cada vez mais aceite, e, mais
tarde, com a evolução da tecnologia e da ciência, alterou-se o princípio de fixismo com que
esta ainda contava. O fixismo deixou, então, de ser válido e passou-se a explicar a diversidade
de formas de vida com base no evolucionismo.
Argumento a favor do evolucionismo que veio contrariar o fixismo:
 Paleontologia (estudo dos fósseis): os fósseis de organismos que não habitam
atualmente o nosso planeta encontrados em rochas sedimentares é um argumento a favor
da evolução das espécies. A análise do conteúdo fóssil nos estratos mostra que as formas
de vida não são sempre as mesmas.

1. Se o fixismo fosse apoiado estes fósseis de animais ancestrais teriam de ser iguais
aos animais atuais e isso não se verificava;
2. Por isso, os fixistas tentaram pôr de acordo a teoria deles com estes dados e, foi
aí, que se desenvolveu a teoria catastrofista.
Ma

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