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ÁGUA
A água está presente em grande quantidade dentro da célula, sua estrutura e
principalmente a diferença de eletronegatividade entre o O e o H a tornam polar, sendo
ideal para dissolver solutos polares, a presença do H também ajuda nas pontes de
hidrogênio, e essas em grande quantidade, ajudam a garantir estabilidade das
moléculas, essa estabilidade aumenta na medida em que as ligações de hidrogênio são
maximizadas dentro da molécula, entre a molécula e o solvente e na medida em que as
partes hidrofóbicas se agregam dentro das moléculas, longe do sistema aquoso.
Na presença de um soluto polar, a agua o dissolve e a reação toda é energeticamente
favorável porque as ligações água-água são substituídas pelas ligações água-soluto, na
presença de solutos apolares a água é organizada (diminuindo sua entropia) e na
presença de solutos anfipáticos há a formação de micelas.
A agua também ajuda na formação do complexo enzima-substrato, pela liberação de
água ordenada que estão em seu redor tornando ela desordenada, aumentando assim a
entropia e favorecendo a reação.
SISTEMAS TAMPÃO
Um sistema tampão é formado por um ácido fraco e sua base conjugada, eles são
necessários porque várias proteínas só funcionam em faixas restritas de PH.
Como qualquer ácido fraco ou base eles são caracterizados pela sua constante ácida
PKA.
Aminoácidos
Existem 20 aminoácidos, esses são compostos por um carbono (alfa) ligado a um
grupo carboxila (COOOH), um grupo amino (NH2) (que podem estar protonados,
desprotonados ou neutros), um átomo de hidrogênio e uma cadeia lateral R, eles
são caracterizados por essa cadeia lateral.
De acordo com essa cadeia eles se dividem em hidrofóbicos (cadeia orgânica) e
hidrofílicos (cadeias polares ou capazes de se ligar), os hidrofílicos se dividem em com
carga e sem carga, e os com carga se dividem em ácido e básicos.
Obs de estudo: Os ácidos possuem carga negativa porque a análise é feita com PH 7 e
como seus PKAs são inferiores estes encontram-se desprotonados, porque em PH
superior ao seu PKA predomina sua face básica e, portanto, desprotonada, as bases
seguem o mesmo raciocínio porém na ordem inversa, ou seja, encontram-se carregadas
positivamente na tabela.
Através de uma titulação pode-se obter uma curva que contém no mínimo duas curvas
tamponantes, uma em PH baixo referente à carboxila (nesse ponto a molécula se
comportará como um ácido) e outra e PH alto referente ao amino (nesse ponto a
molécula se comportará como uma base), existe um ponto na exata metade entre
esses dois PKAs chamado de ponto isoelétrico, nesse ponto a molécula se comportará
como neutra, não se movendo na presença de um campo elétrico.
Qualquer valor acima do PI a molécula terá carga parcial negativa, e em valores
abaixo do PI terá carga parcial positiva.
Peptídeos e Proteínas
Dois aminoácidos (mais precisamente resíduos deles porque uma molécula de água é
eliminada) podem se ligar através de uma ligação peptídica, nesta uma molécula de
água é eliminada (os aminoácidos estarão na forma COO- e NH3+, a carboxila perderá
um oxigênio, o amino perderá dois hidrogênios, e haverá uma ligação entre o carbono
e o nitrogênio liberando água), quando essa ligação ocorre é chamado de dipeptídio,
se forem 3 tripeptídeo etc.. , se forem menos de 30 oligopeptídios ou peptídios, mais de
30 polipeptídios, sempre no final da cadeia haverá um grupo amino livre (amino
terminal) e na outra extremidade um grupo carboxila livre (carboxila terminal) as
proteínas são formadas por uma ou mais dessas cadeias.
Alfa-Hélice
Uma hélice enrolada ao longo de um eixo imaginário formada por pontes de hidrogênio
que ligam uma unidade peptídica e a quarta unidade subsequente, os grupos R estão
para fora da hélice, cada volta é formada por 3,6 resíduos e ela tem um passo de 5,4
Angstrons, é a estrutura predominante alfa-queratinas, a alanina possui a maior
tendência a formar essa estrutura.
Essa estrutura é mais estável porque praticamente todas as ligações peptídicas (exceto as
extremidades) participam das pontes de hidrogênio.
Fatores que influenciam a estrutura:
(1) a tendência intrínseca de um resíduo de aminoácido de formar uma hélice;
(2) as interações entre os grupos R, especialmente aqueles espaçados por três (ou
quatro) aminoácidos (se tiver aminoácidos de mesma carga próximos a repulsão impede
a formação)
(3) os volumes de grupos R adjacentes (se forem muito grandes a formação não
acontece)
(4) a ocorrência de resíduos Pro e Gly (estes não possuem grande tendência para a
formação)