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Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP)

Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo (FEAU)

BANCO DE CAPACITORES PARA


CORREÇÃO DE FATOR DE POTÊNCIA EM
INDUSTRIA.

Engenharia Elétrica / Eletrônica

Júlio César Silva dos Reis

George Tsuruji Kikuchi

Orientador: Luiz Roberto Nogueira

São José dos Campos

2015
DEDICATÓRIA, JÚLIO CÉSAR SILVA DOS REIS.

A Eduardo, meu primo, por mostrar o caminho em uma simples queda de documento no
chão da cozinha, pelas broncas, exemplos, ajuda e por abrir as portas para uma profissão.

A Maria e Delma, minha mãe e irmã, pela compreensão e entendimento pelos meus
longos momentos de ausência.

A Mauricio, meu pai, exemplo de humildade e dignidade, que mesmo em suas últimas
horas em vida, insistiu em dizer que nunca desistisse deste objetivo.

A Daniele, minha querida esposa, com muito amor e gratidão, pelo seu carinho, atenção
e paciência incondicionais, por seu amor, por me dar força e coragem nos momentos de dúvida.

A Deus, por me acompanhar nas longas e inúmeras noites em claro, por não me deixar
esmorecer nos longos dias de incerteza e dúvida.

A todos os amigos pelos conselhos, broncas e exemplos, por entender minha ausência e
nunca me abandonarem.

DEDICATÓRIA, GEORGE TSURUJI KIKUCHI.

Primeiramente a Deus por me fortalecer e me direcionar nos momentos que pensei em


desistir.

A minha mãe, Romilda Dias e meu avô Fukuji Kikuchi, por me incentivarem,
encorajarem e apoiarem em todos os momentos.

Aos meus tios Claudio e Yukie, pelo apoio financeiro nos momentos que precisei.

Aos meus colegas Livia Locatelli e João por revisarem o abstract.


AGRADECIMENTOS

A UNIVAP – Universidade do vale do paraíba, pela oportunidade de realização deste


trabalho de conclusão de curso.

A Polis engenharia e ao Eng. Leandro, pelo fornecimento do material necessário,


programas, e informações para desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso.

Aos colegas da equipe de PPCP da WOW Nutrition, por apoiarem durante todo o curso e
desenvolvimento deste trabalho.

Ao orientador Prof. Luiz Roberto Nogueira, pela ajuda, paciência e ensinamentos durante
o curso, e no desenvolvimento e execução do trabalho de conclusão de curso.

Aos colegas de classe, por participarem diariamente das dificuldades e obstáculos que
temos que superar para alcançarmos este objetivo.

A todos os professores que de forma colaborativa, nos apoiaram e entenderam os


momentos de dificuldade.
RESUMO

Considerando o atual cenário econômico de nosso país, as indústrias são obrigadas a adequarem
suas produções reduzindo e aumentando a variedade e a quantidade de produtos oriundos de
uma mesma linha ou processo. Dessa forma suas cargas (motores, reatores de lâmpadas entre
outros) são conectadas e desconectadas a todo momento. Isso faz com que os níveis de reativos
absorvidos ou empregados ao sistema variem muito ao longo do ciclo de produção. Essa
variação afeta consideravelmente os níveis do fator de potência da instalação, o que pode gerar
perturbações na rede elétrica e eventuais multas para a indústria, já que em 20 de março de 1992
com a criação do decreto federal de nº479, que tornou obrigatório manter o fator de potência o
mais próximo de 1 e estabelecendo como limite inferior 0,92. A solução empregada para manter
o fator de potência dentro dos limites estabelecidos pela lei foi a instalação de bancos de
capacitores para corrigir o fator de potência. Como a variação das cargas ocorrem a todo
momento, ou seja, ficam entrando e saindo do sistema há a necessidade de um sistema de banco
automático de capacitores, atuando de forma efetiva a cada variação de carga, corrigindo o fator
de potência com melhor eficiência.

Palavras chave: Banco de capacitor, Fator de potência, Reativa.


ABSTRACT

Considering the current economic scenario of our country, all industries are required to manage
their production according to the variety and quantity of products from the same line or
processes (product factory). Therefore, their loads (motors, reactor lamps etc.) are connected
and disconnected all the time, what makes the absolved reactive levels or imposition to the
system change abruptly throughout the productive cycle. This change affects the power factor
balance of the entire installation, which can lead to disturbances in the power grid and possible
fines for the company, according to the federal law nº 479(march 20th, 1992). The solution to
keep the power factor within the limits stablished by law was the installation of capacitors banks
to correct power factor. As the load variations occurs constantly, there is a need of
implementing an automated capacitor bank system to act effectively on each varying load, and
therefore correcting its power factor simultaneously.

Key words: Capacitor bank; Power factor; Reactive.


SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS.................................................................................................................................... 8

LISTA DE TABELAS.................................................................................................................................... 9

1 – INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 10

2 – CONCEITOS SOBRE POTÊNCIA ATIVA E REATIVA, FATOR DE POTÊNCIA E BANCO DE CAPACITORES.


............................................................................................................................................................... 11

2.1 – POTÊNCIA ATIVA E REATIVA. .................................................................................................... 11


2.2 – FATOR DE POTÊNCIA. ............................................................................................................... 12
2.2.1 – BAIXO FATOR DE POTÊNCIA, PRINCIPAIS CAUSAS. ........................................................... 13
2.2.2 – FATOR DE POTÊNCIA CAPACITIVO..................................................................................... 13
2.2.3 – PERÍODO DE MEDIÇÃO DE ENERGIA REATIVA INDUTIVA E CAPACITIVA. ......................... 14
2.2.4 – CALCULO DE FATOR DE POTÊNCIA, EXCEDENTE REATIVO. ............................................... 14
2.2.4.1 – EXCEDENTE REATIVO E EFEITOS NAS INSTALAÇOES. ................................................. 15

2.2.4.2 – PERDAS NA REDE. ....................................................................................................... 15

2.2.4.3 – QUEDAS DE TENSÃO................................................................................................... 16

2.2.4.4 – SUBUTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA. .......................................................... 16

2.2.5 – CORREÇÃO DE FATOR DE POTÊNCIA. ................................................................................ 17


2.2.5.1 – CORREÇÃO DE FATOR DE POTÊNCIA COM CAPACITORES, FORMAS DE
COMPENSAÇOES. ...................................................................................................................... 18

2.3 – BANCOS DE CAPACITORES........................................................................................................ 20


2.3.1 – BANCO DE CAPACITORES AUTOMÁTICOS. ........................................................................ 20
3 – LEGISLAÇOES. .................................................................................................................................. 21

3.1 – RESOLUÇÃO 456 DA ANEEL. ..................................................................................................... 21


3.2 – RESOLUÇÃO 505 DA ANEEL. ..................................................................................................... 25
4 – ESTUDO DE CASO EM INDÚSTRIA. .................................................................................................. 27

4.1 – BENEFÍCIOS CORREÇÃO FATOR DE POTÊNCIA. ........................................................................ 27


4.2 – ANÁLISE DE CONTAS DE ENERGIA. ........................................................................................... 27
5 – MEDIÇOES, ESPECIFICAÇÃO DO BANCO DE CAPACITOR, PRECAUÇOES E INSTALAÇÃO. ................ 32

5.1 – MEDIÇOES................................................................................................................................. 32
5.2 – ESPECIFICAÇÃO DO BANCO DE CAPACITOR. ............................................................................ 34
5.3 – PRECAUÇOES. ........................................................................................................................... 36
5.4 – LOCAL INSTALAÇÃO. ................................................................................................................. 36
6 – RESULTADOS E ANÁLISE ECONÔMICA. ........................................................................................... 38

6.1 – RESULTADOS............................................................................................................................. 38
6.2 – ANÁLISE ECONÔMICA............................................................................................................... 38
7 - CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA. .............................................................................................................. 41

ANEXO A ................................................................................................................................................ 43
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Energia ativa x reativa. ........................................................................................... 11


Figura 2 - Triângulo de potências. ........................................................................................... 12
Figura 3 - Triangulo de potência, fator de potência 0,7 x 0,92" .............................................. 12
Figura 4 - Equilíbrio "Fator de potência” ................................................................................ 13
Figura 5 - Medição de reativos indutivos e capacitivos. ......................................................... 14
Figura 6 - Gráfico fator de potência x perdas %. .................................................................... 15
Figura 7 - Sem compensação x com compensação. ................................................................ 18
Figura 8 - Compensação individual......................................................................................... 19
Figura 9 - Compensação com regulação automática. .............................................................. 19
Figura 10 - Resumo energia reativa excedente........................................................................ 31
Figura 11 - Faturamento energia reativa excedente. ............................................................... 31
Figura 12 - Analisador de energia. .......................................................................................... 32
Figura 13 - Representação do circuito de leitura para instalações de média tenção .............. 32
Figura 14 - Medição fator de potência. .................................................................................. 33
Figura 15 - Medição fator de potência. .................................................................................. 33
Figura 16 - Planta baixa da subestação ................................................................................... 37
Figura 17 – Esquema de ligação do banco de capacitor.......................................................... 37
Figura 18 – Avaliação antes x depois da instalação do banco de capacitores. ........................ 38
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Comparativo perdas x fator de potência. ................................................................ 16


Tabela 2 - Efeito do fator de potência. .................................................................................... 17
Tabela 3 – Fator de potência x bitola do condutor .................................................................. 17
Tabela 4 - Pontos de entrega ou conexão “Tensão nominal igual ou superior a 230KV"....... 26
Tabela 5 - Pontos de entrega ou conexão “Tensão nominal igual ou superior a 69KV e
inferior a 230KV". .................................................................................................................... 26
Tabela 6 - Pontos de entrega ou conexão “Tensão nominal superior a 1KV e inferior a
96KV". ...................................................................................................................................... 26
Tabela 7 - Contas de energia Janeiro de 2015. ........................................................................ 28
Tabela 8 - Contas de energia Fevereiro de 2015 ..................................................................... 28
Tabela 9 - Conta de energia Março de 2015. ........................................................................... 29
Tabela 10 - Conta de energia Abril de 2015. ........................................................................... 29
Tabela 11 - Conta de energia Maio de 2015. ........................................................................... 30
Tabela 12 - Conta de energia Junho de 2015. .......................................................................... 30
Tabela 13 - Especificação Banco de capacitor ........................................................................ 36
Tabela 14 – Demonstrativo de investimento para aquisição de banco de capacitor. .............. 39
Tabela 15 –Média multas consumo excedente reativo. ........................................................... 39
Tabela 16 – Tempo estimado de retorno do investimento....................................................... 40
1 – INTRODUÇÃO

Para o correto funcionamento das maquinas elétricas como motores transformadores entre
outros são necessárias energias ativas e reativas agindo combinadamente. A energia ativa é
quem de fato executa a tarefa fazendo os motores girarem por exemplo. As duas energias devem
existir em conjunto, porém, a energia reativa deve ser do menor nível possível, pois, para a
utilização de autos níveis de reativos são necessários condutores com de maior área seção
transversal e transformadores de maior capacidade, além disso, o excesso de reativos, na rede
secundaria pode provocar perdas por aquecimento e quedas de tensão na linha [1].

Além das perdas operacionais dos equipamentos, o excesso de reativos gera mais perdas,
destacando as financeiras como multas referentes ao baixo fator de potência da instalação. Por
legislação tanto a concessionaria quanto o consumidor final, devem manter o fator de potência
o mais próximo possível de um valor unitário, não permitindo que esse valor caia para valores
inferiores a 0,92, o excesso de reativos afeta diretamente o fator de potência. Como nas
indústrias a maior parte dessas energias reativas são indutivas, causadas pela imposição das
cargas (motores, lâmpadas, fornos indutivos, entre outros), a tendência natural é jogar o fator
de potência para baixo com o aumento de reativos no circuito. [1,2 3 e 4]

Com o propósito de minimizar a ocorrência dessas energias reativas de natureza indutiva


e corrigir o fator de potência para um valor aceitável (entre 0,92 e 1), são instalados bancos de
capacitores em pontos específicos do sistema, esses bancos podem se fixos, semiautomático ou
automáticos. O foco deste trabalho é o projeto de um banco automático de capacitores para
correção do fator de potência, salientando as vantagens econômicas em sua aplicação na
indústria. Esses bancos automáticos por sua vez tem o propósito de agir a cada variação dos
níveis de reativos, corrigindo o excesso desses reativos por consequência o fator de potência da
instalação. Verificaremos ao longo deste trabalho os aspectos construtivos, legais e
operacionais desse tipo de banco, abordando o ganho econômico que ele pode gerar para uma
indústria. No capítulo 2 apresentaremos os conceitos e parâmetros para construção e instalação
dos bancos de capacitores bem como suas normas e procedimentos. No capítulo 3 serão
apresentados os estudos de caso, partindo da análise do histórico das contas de energia elétrica
de uma indústria, analise estrutural.

O capítulo 4, faz menção as legislações vigentes. Já o capitulo 5 descreve os parâmetros


de medição, especificação do banco de capacitores, precauções e instalação.

10
2 – CONCEITOS SOBRE POTÊNCIA ATIVA E REATIVA, FATOR DE POTÊNCIA
E BANCO DE CAPACITORES.

2.1 – POTÊNCIA ATIVA E REATIVA.

A maioria das cargas das unidades consumidoras consome energia reativa indutiva, como
motores, transformadores, lâmpadas de descarga, fornos de indução, entre outros.

As cargas indutivas necessitam de campo eletromagnético para seu funcionamento, por


isso sua operação requer dois tipos de potência, ativa e reativa, conforme figura 1.

Figura 1 - Energia ativa x reativa.

Fonte: CODI (Comitê de Distribuição de Energia Elétrica), [11].

Assim, enquanto a potência ativa é sempre consumida na execução de trabalho, a potência


reativa, além de não produzir trabalho, circula entre a carga e a fonte de alimentação, ocupando
um “espaço” no sistema elétrico que poderia ser utilizado para fornecer mais energia ativa.

A potência ativa e a potência reativa, juntas, constituem a potência aparente, medida em


kVA (quilovolt ampère), que é a potência total gerada e transmitida a carga.

O “triângulo de potências”, conforme identificado na figura 2, é utilizado para mostrar,


graficamente, a relação entre as três grandezas.

11
Figura 2 - Triângulo de potências.

Fonte: CODI (Comitê de Distribuição de Energia Elétrica), [11].

2.2 – FATOR DE POTÊNCIA.

A razão entre a potência ativa e a potência aparente de qualquer instalação se constitui o


“fator de potência”.

= = = cos

O nível máximo de energia reativa permitida sem cobrança, está associado ao fator de
potência de referência de 0,92. Valores de fator de potência menores que 0,92, capacitivo ou
indutivo, indicam excedente de reativo e esse excedente é passível de faturamento.
O fator de potência indica qual porcentagem da potência total fornecida (kVA) é
efetivamente utilizada como potência ativa (kW). Assim, o fator de potência mostra o grau de
eficiência do uso dos sistemas elétricos. Quando seu valor é alto (próximo a 1,0) indicam uso
eficiente da energia elétrica, enquanto valores baixos evidenciam seu mau aproveitamento,
além de representar uma sobrecarga para todo o sistema elétrico.
Por exemplo, para alimentar uma carga de 100kW com fator de potência igual a 0,70,
são necessários 143 kVA. Para a mesma carga de 100kW, mas com fator de potência igual a
0,92, são necessários apenas 109 kVA, o que representa uma diferença de 24% no
fornecimento em kVA, ver figura 3.
Figura 3 - Triangulo de potência, fator de potência 0,7 x 0,92"

Fonte: CODI (Comitê de Distribuição de Energia Elétrica), [11].


12
2.2.1 – BAIXO FATOR DE POTÊNCIA, PRINCIPAIS CAUSAS.

As causas mais comuns da ocorrência de baixo fator de potência são:


• Motores e transformadores operando em “vazio” ou com pequenas cargas;
• Motores e transformadores superdimensionados;
• Grande quantidade de motores de pequena potência;
• Máquinas de solda;
• Lâmpadas de descarga: fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódio – sem
reatores de alto fator de potência;
• Excesso de energia reativa capacitiva.

2.2.2 – FATOR DE POTÊNCIA CAPACITIVO.

Todo excesso de energia reativa é prejudicial ao sistema elétrico, seja o reativo indutivo,
consumido pela unidade consumidora, ou o reativo capacitivo, fornecido à rede pelos
capacitores dessa unidade.
Disso resulta que o controle da energia reativa deve ser tal, que o fator de potência da
unidade consumidora permaneça sempre dentro da faixa que se estende do fator de potência
0,92 indutivo até 0,92 capacitivo. Nas instalações com correção do fator de potência através
de capacitores, os mesmos devem ser desligados, conforme se desativam as cargas indutivas,
de forma a manter uma compensação equilibrada entre reativo indutivo e capacitivo, figura 4.

Figura 4 - Equilíbrio "Fator de potência”

Fonte: CODI (Comitê de Distribuição de Energia Elétrica), [11].


A concessionária aplicará ao excedente de reativo capacitivo os mesmos critérios de
faturamento aplicados ao excedente indutivo.

13
2.2.3 – PERÍODO DE MEDIÇÃO DE ENERGIA REATIVA INDUTIVA E
CAPACITIVA.

A energia reativa capacitiva será medida de 0 h às 6 h. A medição da energia reativa


indutiva será feita no intervalo entre 6 h e 24 h, como ilustrado na figura 5.
Figura 5 - Medição de reativos indutivos e capacitivos.

Fonte: CODI (Comitê de Distribuição de Energia Elétrica), [11].

Se a energia reativa capacitiva não for medida, a medição da energia reativa indutiva
será efetuada durante as 24 horas do dia.

2.2.4 – CALCULO DE FATOR DE POTÊNCIA, EXCEDENTE REATIVO.

O cálculo do fator de potência será efetuado com base nos valores de energia ativa
“kWh” e energia reativa “ kVArh”, medidas durante o período de faturamento por posto
tarifário.

= cos

A ocorrência de excedente de reativo será verificada pela concessionária através do


fator de potência mensal ou do fator de potência horário. O fator de potência mensal é
calculado com base nos valores mensais de energia ativa (“ kWh”) e energia reativa (“
kVArh”). O fator de potência horário é calculado com base nos valores de energia ativa (“
kWh”) e de energia reativa (“kVArh”) medidos de hora em hora.

14
2.2.4.1 – EXCEDENTE REATIVO E EFEITOS NAS INSTALAÇOES.

O fator de potência das instalações elétricas deve ser mantido sempre o mais próximo
possível de 1,00 (um), conforme determinação do Decreto nº 479, de 20 de março de 1992.
A Resolução ANEEL nº 456, de 29 de dezembro de 2000, estabelece um nível máximo
para utilização de reativo indutivo ou capacitivo, em função da energia ativa consumida
(“kWh”).
Por essa resolução, para cada “ kWh” de energia ativa consumida, a concessionária
permite a utilização de “ 0,425 kVArh” de energia reativa, indutiva ou capacitiva, sem
acréscimo no custo.
Baixos valores de fator de potência são decorrentes de quantidades elevadas de energia
reativa, essa condição resulta em aumento na corrente total que circula nas redes de
distribuição de energia elétrica da concessionária e das unidades consumidores, podendo
sobrecarregar as subestações, as linhas de transmissão e distribuição, prejudicando a
estabilidade e as condições de aproveitamento dos sistemas elétricos, trazendo inconvenientes
diversos, tais como iremos descrever nos tópicos a seguir.

2.2.4.2 – PERDAS NA REDE.

As perdas de energia elétrica ocorrem em forma de calor e são proporcionais ao


quadrado da corrente total. Como essa corrente cresce com o excesso de energia reativa,
estabelece-se uma relação direta entre o incremento das perdas e o baixo fator de potência,
provocando o aumento do aquecimento de condutores e equipamentos, figura 6.

Figura 6 - Gráfico fator de potência x perdas %.

Fonte: CODI (Comitê de Distribuição de Energia Elétrica), [11].

15
É possível notar a diminuição das perdas anuais em energia elétrica de uma instalação
com consumo anual da ordem de 100 MWh, quando se eleva o fator de potência de 0,78 para
0,92, ver tabela 1.
Tabela 1 - Comparativo perdas x fator de potência.

Fonte: CODI (Comitê de Distribuição de Energia Elétrica), [11].

2.2.4.3 – QUEDAS DE TENSÃO.

O aumento da corrente devido ao excesso de reativo leva a quedas de tensão acentuadas,


podendo ocasionar a interrupção do fornecimento de energia elétrica e a sobrecarga em certos
elementos da rede. Esse risco é sobretudo acentuado durante os períodos nos quais a rede é
fortemente solicitada. As quedas de tensão podem provocar, ainda, diminuição da intensidade
luminosa nas lâmpadas e aumento da corrente nos motores.

2.2.4.4 – SUBUTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA.

A energia reativa, ao sobrecarregar uma instalação elétrica, inviabiliza sua plena


utilização, condicionando a instalação de novas cargas a investimentos que seriam evitáveis se
o fator de potência apresentasse valores mais latos. O “ espaço” ocupado pela energia reativa
poderia ser, então, utilizado para o atendimento a novas cargas. Podemos citar um exemplo da
consequência do aumento do fator de potência, de 0,85 para 0,92, no fornecimento de
potência ativa para cada 1.000 kVA instalado. A redução da potência reativa, de 527 kVAr
para 392 kVAr, permite ao sistema elétrico aumentar de 850 kW para 920 kW a sua
capacidade de fornecer potência ativa, para cada 1.000 kVA instalado.
Os investimentos em ampliação das instalações estão relacionados, principalmente, aos
transformadores e condutores necessários. O transformador a ser instalado deve atender à
potência ativa total dos equipamentos utilizados, mas, devido à presença de potência reativa, a
sua capacidade deve ser calculada com base na potência aparente das instalações. A tabela 2
mostra a potência total que deve ter o transformador, para atender uma carga útil de 800 kW
para fatores de potência crescentes.

16
Tabela 2 - Efeito do fator de potência.

Fonte: CODI (Comitê de Distribuição de Energia Elétrica), [11].


Também o custo dos sistemas de comando, proteção e controle dos equipamentos
crescem com o aumento da energia reativa. Da mesma forma, para transportar a mesma
potência ativa sem aumento de perdas, a seção dos condutores deve aumentar à media em que
o fator de potência diminui. A tabela 3 ilustra a variação da seção necessária de um condutor
em função do fator de potência. Nota-se que a seção necessária, supondo-se um fator de
potência 0,70, é o dobro da seção para o fator de potência 1,00.
Tabela 3 – Fator de potência x bitola do condutor

Fonte: CODI (Comitê de Distribuição de Energia Elétrica), [11].

2.2.5 – CORREÇÃO DE FATOR DE POTÊNCIA.

A primeira providência para corrigir o baixo fator de potência é a análise das causas que
levam à utilização excessiva de energia reativa. A eliminação dessas causas passa pela
racionalização do uso de equipamentos – desligar motores em vazio, redimensionar
equipamentos superdimensionados, redistribuir cargas pelos diversos circuitos, etc. – e pode,
eventualmente, ajudar a solucionar o problema de excesso de reativo nas instalações.

A partir destas providências, uma forma de reduzir a circulação de energia reativa pelo
sistema elétrico, consistem em “ produzi-la” o mais próximo possível da carga, utilizando um
equipamento chamado capacitor. Instalando-se capacitores junto às cargas indutivas, a
circulação de energia reativa fica limitada a estes equipamentos. Na prática, a energia reativa

17
passa ser fornecida pelos capacitores, liberando parte da capacidade do sistema elétrico e das
instalações da unidade consumidora. Isso é comumente chamado de “compensação de energia
reativa”, como demonstra a figura 7.

Figura 7 - Sem compensação x com compensação.

Fonte: CODI (Comitê de Distribuição de Energia Elétrica), [11].


Quando está havendo consumo de energia reativa, caracterizando uma situação de
compensação insuficiente, o fator de potência é chamado de indutivo. Quando está havendo
um fornecimento de energia reativa à rede, caracterizando uma situação de compensação
excessiva, o fator de potência é chamado capacitivo.

2.2.5.1 – CORREÇÃO DE FATOR DE POTÊNCIA COM CAPACITORES, FORMAS


DE COMPENSAÇOES.

Existem várias alternativas para a instalação de capacitores em uma instalação, cada


uma delas apresentando vantagens e desvantagens. Nesse sentido, a escolha da melhor
alternativa dependerá de análises técnicas de cada instalação com orientação de profissionais
especializados.
Na compensação individual, é efetuada instalando os capacitores junto ao equipamento
cujo fator de potência se pretende melhorar. Representa, do ponto de vista técnico, a melhor
solução, apresentando as seguintes vantagens:
• Reduz as perdas energéticas em toda a instalação;
• Diminui a carga nos circuitos de alimentação dos equipamentos compensados;
• Melhora os níveis de tensão de toda a instalação;
• Pode-se utilizar um sistema único de acionamento para a carga e o capacitor,
economizando-se em equipamentos de manobra
18
• Gera reativos somente onde é necessário.
Existem, contudo, algumas desvantagens dessa forma de compensação com relação às
demais:
• Muitos capacitores de pequena potência têm custo maior que capacitores
concentrados de potência maior;
• Pouca utilização dos capacitores, no caso de o equipamento compensado não ser
de uso constante;
• Para motores, deve-se compensar no máximo 90% da energia reativa necessária;

Figura 8 - Compensação individual.

Fonte: CODI (Comitê de Distribuição de Energia Elétrica), [11].


Na compensação por grupos de cargas, o banco de capacitores é instalado de forma a
compensar um setor ou um conjunto de máquinas. É colocado j unto ao quadro de distribuição
que alimenta esses equipamentos. A potência necessária será menor que no caso da
compensação individual, o que torna a instalação mais econômica. Tem como desvantagem o
fato de não haver diminuição de corrente nos alimentadores de cada equipamento
compensado.
Figura 9 - Compensação com regulação automática.

Fonte: CODI (Comitê de Distribuição de Energia Elétrica), [11].


Na compensação com regulação automática, nas formas de compensação geral e por
grupos de equipamentos, é usual utilizar-se uma solução em que os capacitores são agrupados
19
por bancos controláveis individualmente. Um relé varimétrico, sensível às variações de
energia reativa, comanda automaticamente a operação dos capacitores necessários à obtenção
do fator de potência desejado

2.3 – BANCOS DE CAPACITORES.

Bancos de capacitores são dispositivos dedicados à correção do fator de potência em


instalações elétricas industriais, eles são construídos a partir da associação de um conjunto de
unidades capacitivas. Os bancos são dimensionados de acordo com as caraterísticas e
necessidades das cargas conectadas a eles, para uma boa correção do fator de potência temos
que conhecer bem essas cargas. Existem três tipos mais comuns de bancos de capacitores são
eles:

• Banco de capacitores fixos: esses bancos tem o valor da sua capacitância fixo,
normalmente são dedicados a um circuito ou a um único equipamento pois são
dimensionados para correção do fator de potência em uma condição singular.
• Banco de capacitores programáveis: os bancos programáveis recebem a instrução
via software para atuar em determinado período pré-estabelecido.

Bancos de capacitores automáticos: nesse tipo de banco os valores da capacitância


podem variar acompanhando a oscilação dos reativos do sistema corrigindo o valor do fator
de potência simultaneamente, esse controle é feito por um controlador como será detalhado no
item 2.3.1

2.3.1 – BANCO DE CAPACITORES AUTOMÁTICOS.

Um banco de capacitor automático é um dispositivo projetado para corrigir/controlar o


fator de potência da instalação de forma automática a cada variação de reativos empregados ao
sistema. Ele é baseado de um conjunto células capacitivas e um controlador responsáveis pela
atuação do banco, o controlador possui microprocessador faz a leitura dos níveis de tensão entre
as fases do sistema. A todo momento o microprocessador faz a essa leitura, por meio dos valores
lidos de tensão e corrente provenientes da rede elétrica o microprocessador calcula as potencias
ativa, aparente e reativa, determinando o fator de potência da instalação e corrigindo-o para o
valor pré-estabelecido.

São inúmeras as vantagens em instalar um banco de capacitores automático em relação a de


bancos fixos, pois com os bancos fixos necessitam ficar ligados as cargas de forma continua e
corrigem o fator de potência até um limite pré-estabelecido muitas vezes sendo necessário um
20
banco dedicado para cada equipamento e ou grupo de equipamentos do circuito, o que o torna
caro e ineficiente pois esses equipamentos podem ser desligados permanentemente mas a ação
dos capacitores sobre a rede ainda continuam.

3 – LEGISLAÇOES.

3.1 – RESOLUÇÃO 456 DA ANEEL.

Considerando o fato de que a potência reativa não produz trabalho útil, porém deve ser
transportada desde a geração até a unidade consumidora, sem que as empresas
concessionarias transformem esta energia em receita, a resolução N° 456 da ANEEL, de 29 de
novembro de 2000 (ANEEL, 2000), estabeleceu em 0,92 o valor mínimo para o fator de
potência de referência, indutivo ou capacitivo, das instalações elétricas das unidades
consumidoras.

Fator de potência: razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos
quadrados das energias elétricas ativa e reativa, consumidas num mesmo período
especificado.

Consideraremos o grupo de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV, onde a proposta do


trabalho enquadra-se.

O fator de potência das instalações da unidade consumidora, para efeito de faturamento,


deverá ser verificado pela concessionária por meio de medição apropriada

Faturamento de Energia e Demanda Reativas: O fator de potência de referência “fr”,


indutivo ou capacitivo, terá como limite mínimo permitido, para as instalações elétricas das
unidades consumidoras, o valor de fr = 0,92

Para unidade consumidora faturada na estrutura tarifária horo-sazonal ou na estrutura


tarifária convencional com medição apropriada, o faturamento correspondente ao consumo de
energia elétrica e à demanda de potência reativas excedentes, será calculado de acordo com as
seguintes fórmula:
&
"
= ∗ −1 %∗*
"
'()

&
"
+ =, + ∗ −+ - ∗ *
"
'()
21
Onde:

FER(p) = valor do faturamento, por posto horário “p”, correspondente ao consumo de


energia reativa excedente à quantidade permitida pelo fator de potência de referência “fr”, no
período de faturamento;

CAt = consumo de energia ativa medida em cada intervalo de 1 (uma) hora “t”, durante
o período de faturamento; fr = fator de potência de referência igual a 0,92;

ft = fator de potência da unidade consumidora, calculado em cada intervalo “t” de 1


(uma) hora, durante o período de faturamento, observadas as definições dispostas nas alíneas
“a” e “b”, § 1º, deste artigo;

TCA(p) = tarifa de energia ativa, aplicável ao fornecimento em cada posto horário “p”;

FDR(p) = valor do faturamento, por posto horário “p”, correspondente à demanda de


potência reativa excedente à quantidade permitida pelo fator de potência de referência “fr” no
período de faturamento;

DAt = demanda medida no intervalo de integralização de 1 (uma) hora “t”, durante o


período de faturamento;

DF(p) = demanda faturável em cada posto horário “p” no período de faturamento;

TDA(p) = tarifa de demanda de potência ativa aplicável ao fornecimento em cada posto


horário “p”;

MAX = função que identifica o valor máximo da fórmula, dentro dos parênteses
correspondentes, em cada posto horário “p”;

t = indica intervalo de 1 (uma) hora, no período de faturamento;

p = indica posto horário, ponta ou fora de ponta, para as tarifas horo-sazonais ou


período de faturamento para a tarifa convencional; e

n = número de intervalos de integralização “t”, por posto horário “p”, no período de


faturamento.

Nas fórmulas FER(p) e FDR(p) serão considerados:

22
a) durante o período de 6 horas consecutivas, compreendido, a critério da
concessionária, entre 23h e 30min e 06h e 30min, apenas os fatores de potência “ft” inferiores
a 0,92 capacitivo, verificados em cada intervalo de 1 (uma) hora “t”; e

b) durante o período diário complementar ao definido na alínea anterior, apenas os


fatores de potência “ft” inferiores a 0,92 indutivo, verificados em cada intervalo de 1 (uma)
hora “t”.

O período de 6 (seis) horas definido na alínea “a” do parágrafo anterior deverá ser
informado pela concessionária aos respectivos consumidores com antecedência mínima de 1
(um) ciclo completo de faturamento.

Havendo montantes de energia elétrica estabelecidos em contrato, o faturamento


correspondente ao consumo de energia reativa, verificada por medição apropriada, que
exceder às quantidades permitidas pelo fator de potência de referência “fr”, será calculado de
acordo com a seguinte fórmula:
&
∗"
= ,/ 0− -∗*
"
'()

onde:

FER(p) = valor do faturamento, por posto horário “p”, correspondente ao consumo de


energia reativa excedente à quantidade permitida pelo fator de potência de referência “fr”, no
período de faturamento;

CAt = consumo de energia ativa medida em cada intervalo de 1 (uma) hora “t”, durante
o período de faturamento;

fr = fator de potência de referência igual a 0,92;

ft = fator de potência da unidade consumidora, calculado em cada intervalo “t” de 1


(uma) hora, durante o período de faturamento, observadas as definições dispostas nas alíneas
“a” e “b”, § 1º, deste artigo;

CF(p) = consumo de energia elétrica ativa faturável em cada posto horário “p” no
período de faturamento; e

TCA(p) = tarifa de energia ativa, aplicável ao fornecimento em cada posto horário “p”

23
Art. 66. Para unidade consumidora faturada na estrutura tarifária convencional,
enquanto não forem instalados equipamentos de medição que permitam a aplicação das
fórmulas fixadas no art. 65, a concessionária poderá realizar o faturamento de energia e
demanda de potência reativas excedentes utilizando as seguintes fórmulas:

"
= ∗ −1 ∗*
"1

"
+ = +2 ∗ −+ ∗ *+
"1

Onde:

FER = valor do faturamento total correspondente ao consumo de energia reativa


excedente à quantidade permitida pelo fator de potência de referência, no período de
faturamento;

CA = consumo de energia ativa medida durante o período de faturamento;

fr = fator de potência de referência igual a 0,92;

fm = fator de potência indutivo médio das instalações elétricas da unidade consumidora,


calculado para o período de faturamento;

TCA = tarifa de energia ativa, aplicável ao fornecimento;

FDR = valor do faturamento total correspondente à demanda de potência reativa


excedente à quantidade permitida pelo fator de potência de referência, no período de
faturamento;

DM = demanda medida durante o período de faturamento;

DF = demanda faturável no período de faturamento; e

TDA = tarifa de demanda de potência ativa aplicável ao fornecimento. Parágrafo único.


Havendo montantes de energia elétrica estabelecidos em contrato, o faturamento
correspondente ao consumo de energia reativa, verificada por medição apropriada, que
exceder às quantidades permitidas pelo fator de potência de referência “fr”, será calculado de
acordo com a seguinte fórmula:

"
= ∗ − ∗*
"1
24
Onde:

FER = valor do faturamento total correspondente ao consumo de energia reativa


excedente à quantidade permitida pelo fator de potência de referência, no período de
faturamento;

CA = consumo de energia ativa medida durante o período de faturamento;

fr = fator de potência de referência igual a 0,92;

fm = fator de potência indutivo médio das instalações elétricas da unidade consumidora,


calculado para o período de faturamento;

CF = consumo de energia elétrica ativa faturável no período de faturamento; e

TCA = tarifa de energia ativa, aplicável ao fornecimento.

3.2 – RESOLUÇÃO 505 DA ANEEL.

A resolução Nº 505 da ANELL de 26 de novembro de 2001 é um dispositivo legal que


consiste na regulamentação dos parâmetros de fornecimento de tensão em regime permanente.

Estre outras finalidades, este documento consiste em definir os níveis críticos dos
valores de tensão fornecidos aos usuários finais [4,5], normalizar os dispositivos e métodos de
medição dessas tensões seja por parte do consumidor o das concessionárias de energia
elétrica, são definidos também uma série de parâmetros, os mais usuais são:

Afundamento momentâneo da tensão; evento em que o valor eficaz da tensão do


sistema é reduzido momentaneamente para valores inferiores a 90% da tensão nominal de
operação, durante um intervalo inferior a 3 segundos.

Elevação momentânea de tensão; evento em que o valor da eficaz da tensão do sistema


se eleva momentaneamente, para valores superiores a 110% da tensão nominal de operação,
durante um intervalo inferior a 3 segundos.

Regime permanente; intervalo de tempo da leitura da tensão, em que não ocorrem


distúrbios elétricos capazes de invalidar a leitura, definido como sendo de 10 (dez) minutos.

Tensão de atendimento; valor eficaz de tensão no ponto de entrega ou de conexão,


obtido por meio de medição podendo ser classificado como adequado, precário ou critico de
acordo com a leitura efetuada, valor expresso em Volts ou Quilovolts.

25
As tensões de atendimento devem ser contratadas pelas concessionárias ou usuários
finais junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), ou a tensão contratada entre
concessionárias deverá ser a tensão nominal de operação no ponto de conexão, seus valores
limitantes dependem da classe ou nível de tensão contratada.

Para unidades consumidoras atendidas em tensão superior a 1KV, a tensão contratada


com a concessionária ou com a ONS deve permanecer entre 95% e 105% da tensão nominal
de operação do sistema no ponto de entrega ou conexão e ainda coincidir com a tensão
nominal de um dos terminais de derivação previamente exigidos ou recomendados para o
transformador da unidade consumidora.

Essas tensões devem ser classificadas de acordo com as faixas de variação das leituras
de acordo com as tabelas 4, 5 e 6.

Tabela 4 - Pontos de entrega ou conexão “Tensão nominal igual ou superior a 230KV".

Fonte: ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), [7].

Tabela 5 - Pontos de entrega ou conexão “Tensão nominal igual ou superior a 69KV e inferior a
230KV".

Fonte: ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), [7].

Tabela 6 - Pontos de entrega ou conexão “Tensão nominal superior a 1KV e inferior a 96KV".

Fonte: ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), [7].


26
4 – ESTUDO DE CASO EM INDÚSTRIA.

4.1 – BENEFÍCIOS CORREÇÃO FATOR DE POTÊNCIA.

• Inibir a ocorrência de multas por excesso de reativos (indutivos) impostos a rede


elétrica.
• Correção automática do fator de potência.
• Redução dos custos de manutenção e aumento da vida útil dos equipamentos.
• Redução dos investimentos para instalação de novos equipamentos.

Com a instalação do banco automático de capacitores inibe incidência de multas por baixo
fator de potência atuando a cada variação de reativos do sistema. A grande vantagem desse tipo
e banco em função dos demais é proporcionar um sistema bem mais eficiente e equilibrado, já
que, após a correção o controlador chaveia as células capacitivas desconectando-as do sistema
já que não são mais necessárias ao contrário de um banco fixo.

Outra grande vantagem para esse tipo de banco é a manutenção, pois, em caso de defeito
é necessário analisar apenas um locam e não, correr toda a planta equipamento por equipamento
para saber qual banco está apresentando defeito reduzindo consideravelmente o custo de
manutenção.

O correto controle do fator de potência também aumenta a eficiência e o tempo de vida


dos equipamentos conectados ao circuito, pois, controlando a energia reativa e retirando seus
excessos do sistema é possível reduzir significativamente a corrente que flui no sistema. Uma
menor corrente demanda um condutor de menor área de sessão transversal (bitola menor)
otimizando a instalação e diminuindo os custos de instalação de novos equipamentos no
sistema.

4.2 – ANÁLISE DE CONTAS DE ENERGIA.

Nessa etapa do projeto, foram estudadas as contas de energia elétrica fornecidas pelo
cliente, analisando os últimos seis meses, período em que houve mudanças na configuração
das cargas (equipamentos novos). Conhecendo o valor das energias reativas excedentes, suas
respectivas multas e possíveis danos a redes e equipamentos, o período analisado foi de
janeiro de dois mil e quinze a junho de dois mil e quinze, conforme tabelas 7,8,9,10,11 e 12.

27
Tabela 7 - Contas de energia Janeiro de 2015.

Fonte: O autor.

Tabela 8 - Contas de energia Fevereiro de 2015

Fonte: O autor

28
Tabela 9 - Conta de energia Março de 2015.

Fonte: O autor

Tabela 10 - Conta de energia Abril de 2015.

Fonte: O autor

29
Tabela 11 - Conta de energia Maio de 2015.

Fonte: O autor

Tabela 12 - Conta de energia Junho de 2015.

Fonte: O autor

30
As figuras 10 e 11, demonstram de forma resumida o consumo reativo excedente e
multas existentes, avaliando mês a mês é possível observar que ela aparece em todos os
meses, sendo assim necessária a instalação de BC no local.

Figura 10 - Resumo energia reativa excedente.

Fonte: O autor

Figura 11 - Faturamento energia reativa excedente.

Fonte: O autor

O medidor de faturamento instalado na unidade consumidora apura a energia reativa


excedente através da medição de seu fator de potência. Este valor é armazenado em uma
memória interna ao medidor. A cada intervalo de uma hora, se este fator de potência medido
estiver abaixo de 0,92, indutivo ou capacitivo o valor da energia reativa excedente será
armazenado.

31
5 – MEDIÇOES, ESPECIFICAÇÃO DO BANCO DE CAPACITOR, PRECAUÇOES E
INSTALAÇÃO.

5.1 – MEDIÇOES.

Para o correto dimensionamento do banco de capacitores utilizamos o analisador de


energia Smart Meter-T da IMS, responsável pelas medições feitas em cada fase. Este
equipamento possui interface amigável com computadores, onde é possível analisar todas as
grandezas medidas de forma rápida e eficiente. O equipamento foi conectado entre o secundário
do transformador e as cargas, como não houve a incidência de tensões harmônicas não foi
necessário a instalação de filtros, motivo pelo qual o tema não foi abordado neste trabalho. A
figura 12 ilustra o analisador utilizado, sendo que suas especificações técnicas encontram-se no
anexo A.

Figura 12 - Analisador de energia.

Fonte: IMS, 2000[10].

Para medições, o equipamento foi instalado conforme circuito ilustrado pela figura 13.

Figura 13 - Representação do circuito de leitura para instalações de média tenção

AT

BT

a b c

Fonte: O autor
32
Com essa configuração foram realizadas durante 168 horas (7 dias) uma série extensa de
leituras das potências do sistema. Os dados coletados e armazenados pelo equipamento foram
tratados posteriormente com o intuito de encontrar o valor dos reativos excedentes, para que
assim o banco fosse dimensionado de forma correta e eficiente.

Como a quantidade de dados gerados foi muito grande, houve a necessidade de fazer uma
triagem desses dados, separando assim uma janela de tempo menor. A janela escolhida foi
aquela que apresentou os menores valores do fator de potência durante o maior tempo, esse
período foi o mais crítico, as leituras das fases apresentavam fatores de potência entre 0,658 e
0,85 valores bem inferiores aos 0,92 estabelecido como mínimo pelo decreto nº 479 da ANEEL.

Figura 14 - Medição fator de potência.

Fonte: o autor

Conhecendo o comportamento do fator de potência de cada fase, tirando a média


aritmética das três fases podemos visualizar o fator de potência do sistema na condição atual,
figuras 14 e 15.

Figura 15 - Medição fator de potência.

Fonte: o autor
33
5.2 – ESPECIFICAÇÃO DO BANCO DE CAPACITOR.

Para especificação do banco de capacitores, e confirmando as medições e sugestões do


analisador, confirmamos os valores através dos cálculos abaixo:

Fp = 0,696;

P = 30,108 [KW]

A potência aparente S pode ser encontrada

S = 39,233 [KVA]

=3 4 − 4

Q =25,154 [KVAR]

Fp = 0,98;

P = 30,108 [KW]

Calculo do reativo para correção do fator de potência.

S = 54,051 [KVA]

Q = 44.888[KVAR]

Correção de KVAr = Q inicial – Q novo assim temos:

KVAr= 44,888-25,154 =19,734 ≈ 20KVAr

Onde:

Fp = Fator de potência;

P = Potência ativa;

S = Potência aparente;

Q = Potência reativa;

Conhecendo os valores de: tensão, corrente e as potencias ativas e reativas da instalação


fornecidos pelo equipamento. Esses dados foram exportados para a plataforma Excel, dando

34
início ao tratamento matemático, sendo possível gerar os gráficos do fator de potência,
apresentados anteriormente demonstrando a situação atual do sistema.

Determinação da capacitância.

106 ∗
=
28" 4

C = 367 mF

Onde:

C = Capacitância;

Q = Potência reativa;

f = Frequência;

V = Tensão;

= √3 ∗ ∗ ; ∗ <=>

Q
Icap =
√3 ∗ V

Icap = 30ª

Ichave ≥ 1,65 * Icap

Ifusivel = (1,65 a 1,8) * Icap

Icontator = (1,35 a 1,4) * Icap

Ifusivel =54A

Ichave = 50A

Icontator =42ª

Onde:

Q = Potência reativa;

I = Corrente;

V = Tensão;

35
A tabela 13 demonstra resumo da especificação do banco de capacitor, indicando a potência
reativa total, quantidade de estágios, potência reativa de cada estágio, tensão e frequência.

Tabela 13 - Especificação Banco de capacitor

Fonte: O Autor

5.3 – PRECAUÇOES.

À instalação de capacitores deve ser feita em local onde haja boa ventilação e com
espaçamento adequado entre as unidades;

Após desligar, esperar algum tempo para religar ou fazer o aterramento de capacitor.
Isso por que o capacitor retém a sua carga por alguns minutos, mesmo desligado;

Proceder o aterramento dos capacitores antes de tocar sua estrutura ou seus terminais;

Evitar a energização simultânea de dois ou mais bancos de capacitores, a fim de se


evitar possíveis sobretensões.

5.4 – LOCAL INSTALAÇÃO.

Foi realizada a projeção para instalação com base no projeto da planta na subestação
existente, conforme solicitação do cliente, uma empresa localizada em Barra Mansa estado do
Rio de Janeiro. Avaliando a planta baixa da figura 17, e a disposição dos equipamentos que a
compõe (transformador, isoladores, chave seccionadora de comando, fusível de sobrecarga,
etc.), foi determinado um local adequado para a instalação do banco de capacitores, conforme
figura 16.

36
Figura 16 - Planta baixa da subestação

Fonte: O autor

Uma subestação é uma instalação elétrica de alta potência, contendo equipamentos para
transmissão e distribuição de energia elétrica, além de equipamentos de proteção e controle.
Funciona como ponto de controle e transferência em um sistema de transmissão de energia
elétrica, direcionando e controlando o fluxo energético, transformando os níveis de tensão e
funcionando como ponto de entrega para as áreas da indústria. O ponto de instalação do banco
foi definido de modo que não implicasse em alterações na estrutura civil da subestação
existente. Foi definido que o banco de capacitores será instalado ao lado do cubículo do
transformador, assim, a saída do secundário, o banco é conectado em paralelo com o
transformador e as cargas.

Figura 17 – Esquema de ligação do banco de capacitor

Fonte: O autor
37
Podemos citar dentre os componentes necessários para montagem de um banco de
capacitores, a utilização de células capacitivas, controlador, contatores, disjuntores, chave
seccionadora, cooler, sinaleiros para identificação, cabos e painel, barramento, importante
identificar que não executamos a montagem física do equipamento, os componentes são
citados acima apenas para caráter informativo.

6 – RESULTADOS E ANÁLISE ECONÔMICA.

6.1 – RESULTADOS.

Após a instalação do banco foram realizadas novas medições, e como era esperado o nível
de reativos do sistema caiu consideravelmente. Os valores lidos anteriormente eram próximos
a 21KVAr já os atuais mantiveram-se inferiores a 7KVAr, ver figura 18.

Figura 18 – Avaliação antes x depois da instalação do banco de capacitores.

Fonte: O autor

Com a inserção do banco de capacitores, o valor do fator de potência subiu em relação a


leitura realizada durante o período de estudos preliminares.

6.2 – ANÁLISE ECONÔMICA.

A tabela 14, ilustra o investimentos necessários para aquisição do banco de capacitores,


podemos observar os gastos de aluguel de analisador, custo de mão de obra do engenheiro e
transporte, para estudo preliminar, indicamos os gastos de análise do engenheiro e gastos
gerais(alimentação, impressão de projetos, copias, entre outros), para o projeto final, são
indicados os gastos com materiais, horas de serviço do engenheiro e eletricista para instalação

38
do banco de capacitores, todos estes custos são estimados, também é inserido o percentual de
60% sobre o total de custo, como margem de lucro para execução de todo o projeto, todos
esses dados são demonstrados para oferta de preço do equipamento.

Tabela 14 – Demonstrativo de investimento para aquisição de banco de capacitor.

Fonte: O autor

A tabela 15 aponta o valor médio da multa paga por mês à concessionária de energia por
conta do baixo fator de potência, este valor é uma média do valor de multa pago nas seis
faturas de energia analisadas.

Tabela 15 –Média multas consumo excedente reativo.

Fonte: O autor

Por fim, a tabela 16 utiliza os dados das duas tabelas anteriores para constatar o tempo
de retorno do investimento (“payback”) em 9,4 meses e, a partir de sua análise, verifica-se
que o custo benefício, no decorrer do tempo estimado, é satisfatório.

39
Tabela 16 – Tempo estimado de retorno do investimento.

Fonte: O autor

7 - CONCLUSÃO

Diante da busca incessante pela economia e melhoria continua, é fundamental para que
se obtenha esses resultados, manter o fator de potência elétrico dentro do valor indicado pela
legislação. Dentro dessa necessidade, o banco de capacitor torna-se um equipamento
fundamental para correção do fator de potência, manter o fator de potência próximo ao valor
unitário, gera uma série de benefícios como demonstrado ao longo deste projeto. Os descontos
na tarifa atrelados a aquisição do banco de capacitor, justificam este investimento e além disso,
o aumento da eficiência de toda a rede e equipamentos nela conectados, aumentando a vida útil
e reduzindo custos de manutenção.
É importante lembrar, que a correção do fator de potência atua diretamente em benefícios
ambientais, temos uma redução significativa no desperdício de energia, as geradoras de energia
também diminuem a emissão de gases denominados efeito estufa, que produzem o aumento da
temperatura global, além de outros problemas ambientais como a chuva ácida, sem dúvida,
além de todo a economia demonstrada, ajudamos a fazer um mundo melhor.

40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA.

[1]-Vieira, A. C.G.;Correção de fator de potência 2ª edição. Rio de Janeiro: editora


Manuais CNI, 1989, 155p.

[2]- MAMEDE, J. – Sistemas Elétricos Industriais – 5a edição, Rio de Janeiro, LTC –


Livros Técnicos e Científicos Ltda, 1997;

[3]- MAMEDE, J. – Sistemas Elétricos Industriais – 8a edição, Rio de Janeiro, LTC –


Livros Técnicos e Científicos Ltda, 2010;

1a
[4]- Renato Senra – Engenharia Elétrica – Medição Qualidade e Eficiência – - São
Paulo- Baraúna editora, 2014.

[5]- AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL)- Decreto Nº479, de


17 de Maio de 1992; Acesso em: http://www.aneel.gov.br

[6]- AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL)- Resolução Nº456,


de 29 de Novembro de 2000; Acesso em: http://www.aneel.gov.br

[7]- AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL)- Resolução Nº505,


de 26 de Novembro de 2001; Acesso em: http://www.aneel.gov.br

[8] WEG. Capacitores: correção do fator de potência. Jaraguá do Sul: Weg, 2013.
Disponível em: <http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-capacitores-para-correcao-do-
fator-de potencia-50009818-catalogo-portugues-br.pdf>. Acesso em: 25 Out. 2015.

[9] FRAGOAS, Alexandre Graciolli. Estudo de Caso do uso de Banco de Capacitores em


uma rede de distribuição primária - Indicativos da sua viabilidade econômica. 2008. 1 v. TCC
(Graduação) - Curso de Engenharia Elétrica, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2008.
Disponível em: <http://www.tcc.sc.usp.br/tce/disponiveis/18/180500/tce-26032010-145421/>.
Acesso em: 27 Set. 2015.

[10] IMS, Indústria de Micro Sistemas Eletrônicos. Smart Meter T – Medidor Registrador
de Grandezas Elétricas Portátil com Memória. Porto Alegre: IMS, 2000. Disponível em: <
http://www.vimelec.com.ar/fichas_tecnicas/SmartMeter-t.pdf>. Acesso em: 05 Set. 2015.

[11] CODI, Comitê de distribuição de energia elétrica,


http://www.edp.com.br/distribuicao/edp-bandeirante/informacoes/grandes-clientes/normas-e-

41
manuais/Documents/Manual%20de%20Orienta%C3%A7%C3%A3o%20-
%20Energia%20Reativa%20Excedente.pdf

42
ANEXO A

Informações técnicas do analisador de energia


O Smart Meter T é um medidor e registrador portátil que em conjunto com o seu
software Analisador permite gerar gráficos e relatórios de acordo com a resolução 505 da
ANEEL. Totalmente programável via teclado ou remotamente via porta serial. Tecnologia
nacional IMS com suporte técnico no Brasil e Mercosul. Suas características permitem que
ele seja utilizado, entre outras, para as seguintes aplicações:
• Medição e Análise do comportamento da tensão, corrente, potência ativa, potência
reativa, potência aparente, energia ativa e reativa direta e reversa (medição de
energia em quatro quadrantes), fator de potência, frequência, demanda, THD e
harmônicos pares e ímpares até a 41° ordem e corrente de neutro em
consumidores residenciais, comerciais e industriais, transformadores e redes de
distribuição.
• Fiscalização.
• Levantamento de curva de carga.
• Balanceamento de redes.
• Cálculo do custo da energia por item fabricado.
• Perdas em transformadores e alimentadores.
• Verificação de distúrbios de tensão e corrente.
• Dimensionamento de bancos de capacitores e filtros de harmônicas.
• Medição setorial e rateio de custos.
• Diagnóstico de Sistemas de Potência.
• Consumo de cada equipamento em plantas industriais.
Características Técnicas:
• Precisão 0,5% para tensão e 0,5% mais a precisão do sensor para a corrente.-
Medidor e registrador de múltiplas grandezas elétricas polifásico com 2 ou
3elementos de medição, três ou quatro fios (ligação delta ou estrela).
• Medição de corrente: 0,05 a 5A através de adaptador para TC´s, ou através de
sensores (alicates) rígidos ou flexíveis de 10, 200, 1000, 2000 ou 3000A.
• Acessórios: adaptador para TC´s 5A/2V, alicate rígido 200A, maleta para
transporte.
43
• Entrada de medição de tensão: 50 a 500Vca, alta impedância
• Grandezas elétricas: frequência da fase 1, tensão, corrente, potência ativa, aparente
e reativa, fator de potência, THD e harmônicos pares e ímpares até 41° ordem para
tensão e corrente, energia ativa e reativa (indutiva e capacitiva) direta e reversa
(medição de energia).
• Velocidade de comunicação serial programável em 9600, 19200 ou 38400 bits por
segundo.
• Uma porta de comunicação serial RS232.- Protocolo de comunicação Modbus
RTU.
• Caixa de dimensões (AxLxP): 185x157x113mm. Grau de proteção IP65.
• Peso aproximado 1,1 kg (sem os sensores de corrente).
• Temperatura de operação: 0 a 55°C.
• Display de cristal líquido de 4 linhas por 20 colunas (80 caracteres) com back light.
• Entrada de tensão de Alimentação: 70 a 300Vca (para alimentação DC consultar).
• Frequência elétrica de alimentação e medição: 45 a 70 Hz.
• Consumo: 10VA.

44

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