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- A Moral no Ministério
Bacharelado- em
TEOLOGIA
PASTORAL
Ética Pastoral - 2
SUMÁRIO
1- A ÉTICA NA FORMAÇÃO PASTORAL .................................................................... 3
1.1. CÓDIGO DE ÉTICA PASTORAL .....................................................................................4
2- CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ....................................................... 6
3- CAPÍTULO II - PRINCÍPIOS GERAIS ..................................................................... 7
4- CAPÍTULO III - DIREITOS FUNDAMENTAIS DO PASTOR....................................... 7
5- CAPÍTULO IV - DOS DEVERES FUNDAMENTAIS DO PASTOR ................................ 8
6- CAPÍTULO V - DEVERES DO PASTOR PARA COM A SUA VIDA PESSOAL............. 10
7- CAPÍTULO VI - DEVERES DO PASTOR PARA COM A FAMÍLIA ............................ 11
8- CAPÍTULO VII - DEVERES DO PASTOR PARA COM A IGREJA............................. 11
9- CAPÍTULO VIII - DEVERES DO PASTOR PARA COM O TRABALHO...................... 13
10 - CAPÍTULO IX - DEVERES DO PASTOR PARA COM A DENOMINAÇÃO .............. 14
11 - CAPÍTULO X - DEVERES DO PASTOR QUANDO EXERCE ATIVIDADES
DENOMINACIONAIS.................................................................................................. 14
12 - CAPÍTULO XI - DOS DEVERES DO PASTOR PARA COM OS SEUS COLEGAS DE
MINISTÉRIO............................................................................................................. 15
13 - CAPÍTULO XII - DEVERES DO PASTOR JUNTO AO MINISTÉRIO LOCAL .......... 17
14 - CAPÍTULO XIII - DEVERES DO PASTOR PARA COM A SOCIEDADE E A POLÍTICA
19
15 - CAPÍTULO XIV - SIGILO NO EXERCÍCIO DO MINISTÉRIO PASTORAL ............. 19
16 - CAPÍTULO XV - OBSERVÂNCIA, APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO DESTE CÓDIGO
DE ÉTICA................................................................................................................. 20
17 - CAPÍTULO XVI - SANÇÕES E AGRAVANTES APLICÁVEIS ................................ 21
18 - CAPÍTULO XVII - DAS ATENUANTES APLICÁVEIS........................................... 21
19 - CAPÍTULO XVIII - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................ 22
1- A ÉTICA NA FORMAÇÃO
PASTORAL
A batalha pelo ser humano, nesta era pós cristã, dar-se-á no campo da ética.
Não só porque o que está em pauta é a questão das finalidades, mas, também,
porque é único campo onde as forças pró ser humano podem travá-la. A
globalização já decidiu o rumo da vida humana nos campos econômicos e sociais, a
sociedade já está estruturada de modo irreversível, independente das forças que
assumam o poder nas nações, pois, o que está em curso é supra-nacional. Resta,
portanto, o campo da ética.
Julio Santa Ana, in Tempo e Presença, n# 295 em seu artigo "Ética, cinco anos
depois...",nos dá um quadro sobre a questão ética nos relacionamentos
internacionais: 1- o crescimento da economia mundial e o desenvolvimento
tecnológico já permitiria a diminuição da carga horária para os trabalhadores,
permitindo mehor desfrute do progresso, os empresários, entretanto, optaram pela
despensa de funcionários e, mais que isso, pela exclusão do mercado de toda uma
massa de trabalhadores ; 2- no plano geopolítico, os Estados Unidos da América,
dada sua inquestionável superioridade bélica, tornaram-se o xerife do mundo: estão
em condições de intervir em qualquer conflito mundial, garantindo, assim, um
clima de paz, porém, só o fazem de acordo com os seus interesses particulares; 3- a
cultura que está sendo disseminada é a mass media, a cultura da classe dominante
mundial - sobreviverá o movimento cultural que se adaptar, que se inserir.
Regis de Morais, in Tempo e Presença, n# 295 no escrito "Retomar a ética à luz
de nosso tempo", reitera que a batalha a ser travada é ética: "a proscrita de grande
parte do século XX - a ética - voltou agindo discretamente. Discreta, mas
eficientemente." diz ele. Insiste que esse é o caminho da esperança: "Nenhuma hora
é hora de desistir. Sempre repito que nós podemos ter tentado muitas alternativas,
mas, com certeza não tentamos todas." Descreve, em relação ao Brasil, um quadro
positivo, que passa pela deposição de um presidente da república, pelo
fortalecimento sindical, pela indignação frente ao desmando político, pela reação
frente a absurdos como as chacinas e atos estúpidos como o assassinato de
Galdino: o índio patachó. Declara que essa batalha tem uma nova e decisiva frente:
a questão das drogas. Por quê declara que tudo isso é questão ética? Porque ética -
ethos, em grego - designa a morada do homem, não é algo pronto, porém, é a busca
de construir um abrigo permanente onde o homem se realize plenamente -
ambiente que faça jus ao termo humano. Esta batalha encerra a busca de soluções
estruturais e de conversões pessoais.
Luiz Alberto Gómez de Souza, in Tempo e Presença, n# 295 em "O legado de
Betinho: a ética na política" chama-nos a atenção para o grande soldado pela ética
surgido em solo pátrio, Betinho, mostrando como a opção deste pela sociedade,
num projeto suprapartidário despertou a nação para a consciência da possibilidade
de construir uma sociedade iqualitária, participativa, livre, diversa e solidária a
partir da adoção de uma ética que estabelece o sentido do público como a busca do
bem de todos e subordina o direito de alguns aos direitos da maioria. Deixou claro
que esse é um caminho longo, que tem de ser percorrido com liberdade,
principalmente, em relação às amarras que impõe formas restritas de
encaminhamento da coisa pública, como os partidos políticos, numa consciência de
que política é um exercício de vida que se baseia na crença de que a sociedade não
está presa às garras de nenhum tipo de fatalismo, o que torna possível sonhar com
transformações sociais profundas.
Instituto de Teologia Logos – “Preparando cristãos para a defesa da fé!”
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Ética Pastoral - 4
Manfredo Araújo de Oliveira, in Tempo e Presença n# 295 no texto "Os dilemas
éticos de uma economia de mercado" - afirma que "desemprego estrutural, crise
ecológica e nova problemática da relação norte-sul são problemas extremamente
sérios que revelam com toda a clareza, a dramaticidade dos dilemas éticos de uma
economia de mercado capitalista. Se não formos capazes de entrentar esses
dilemas, talvez a sobrevivência do ser humano em nosso planeta se torne
impossível." Isto porque desde Hobbes, a economia de mercado passou a ser
considerada um sistema neutro de produção de riqueza onde a justa distribuição
desta não está em pauta. Essa lógica cruel gerou um nível de desigualdade social
insuportável, fragilizou as economias emergentes, como, estarrecidos, estamos
assistindo, comprometeu o ecosistema. Estamos frente a um dilema básico: "a
relação entre eficiência e justiça: uma batalha ética.
Todas essas contribuições nos remetem para a necessidade da ética na
formação pastoral, pois, como agente propagador e construtor do Reino de Deus, o
pastor é, eminentemente, um propalador da ética, ou, talvez, devessemos dizer de
éticas. O Reino de Deus se propõe a ser a casa do homem onde o humano se
concretiza. José Adriano Filho, em seu texto: "Denúncia dos causadores da ruína do
povo" (Tempo e Presença n# 295) chama atenção para o fato de que o movimento
profético dos séculos VIII e VII A.C. caracterizou-se, marcadamente, por essa
pregação ética levada a efeito por meio da denúncia que, evocando o pacto, fazia
lembrar a nação que o Deus da Bíblia é o Deus dos e pró pequeninos. Além da
denúncia, o pastor deve compreender que o pastorado, mais do que o cuidado
pastoral da ovelha, enquanto indivíduo, tem de se caracterizar pela construção de
modelos comunitários que exemplifiquem o que deve ser a casa do homem, isto é,
que sejam paradigmas éticos. "Não se pode esconder uma cidade edificada sobre o
monte" (mt 5.14), disse Jesus. O mesmo que, reiteradas vezes, pronunciou: "eu,
porém, vos digo" numa campanha pela compreensão da ética proposta por Deus.
O pastor precisa aprender que atuação da igreja passa pela proposição de
caminho que oriente o ser humano em seu devir pessoal e social. Que soberania
divina, eleição, predestinação não têm nada a ver com fatalismo ou determinismo.
O ser humano é co-agente da história, por isso será julgado. O homem é
responsável. É preciso compreender o papel da graça comum, que torna a vida e o
progresso possíveis enquanto se desenrola a história da salvação. Ainda que a
perfeição não seja passível de ser alcançada, a melhoria, o aprimoramento social o
é. A salvação tem de ser apreendida em seu papel social, pois salvação é sempre
para e não apenas por.
A ética tem de ocupar papel preponderante na formação pastoral, além do
exposto, por ser categoria teleológica, ou seja, por fazer parte do capítulo que trata
das finalidades. Por quê e para o que somos. E esta é a matéria prima da teologia,
esta só existe na forma que a conhecemos porque o ser humano perdeu a
capacidade de responder essa questão. É claro, portanto, que o ministério pastoral
é pró-ética, uma vez que não faria sentido falar de conversão se não houvesse para
onde ir, ou melhor para onde voltar. É claro, também, que isso afeta o todo
humano: o indivíduo, a sociedade, a política, a economia, a cidade, o campo - todos
os componentes do ethos, da casa humana.
2- CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES
PRELIMINARES
Considerando que o Ministério Pastoral é instituído pelo Senhor da Igreja;
Considerando que o pastor, que é chamado para exercer o Ministério, deve ser
modelo e exemplo dos fiéis (1 Tm 4.12);
Considerando que a Escritura estabelece critérios sobre a conduta e o
comportamento do pastor;
Considerando que o pastor deve estar consciente de que o seu ministério é
uma vocação divina, e que o alcançou não por seus próprios méritos, mas através
da convicção de sua chamada por Deus (Ef. 3:7; Hb. 5:4; 2 Co. 3:5, 6; Gl. 1:15, 16;
Mt. 4:21; 1 Tm. 1:12);
Considerando que o pastor, apesar da posição elevada que exerce, deve
sempre se lembrar de que está na condição de servo do Senhor Jesus Cristo (Tt.
1:1; Fp. 1:2, 7: Ap. 22:3; At. 9:15, 16).
Considerando que o pastor é único que pode manchar o seu próprio caráter, e
que deve garantir, por sua conduta, a melhor reputação possível do ministério
pastoral (Jo 1:47; 2 Pe. 3:14; 1 Tm. 3:2, 7; Cl. 1:22; Fp 2:15).
Considerando ainda ser a atividade pastoral estritamente de cunho espiritual,
que a sua mensuração deve qualitativa e serviçal, e nunca voltada para o lucro
financeiro (Jo. 4:34; 6:27; At. 3:4; 8:20).
Esta “Convenção” resolve criar o “CÓDIGO DE ÉTICA DO PASTOR com a
seguinte redação:·”
Art. 1º – O presente Código de Ética regulamenta os direitos e deveres dos
pastores, na forma de capítulos, artigos, incisos e tópicos, conforme se segue.
§ 1° – Compete à Convenção zelar pela observância deste Código e seus
princípios; firmar jurisprudência e atuar nos casos omissos.
§ 2° – Compete à Convenção zelar pela observância dos princípios, diretrizes e
aplicação deste Código,
3- CAPÍTULO II - PRINCÍPIOS
GERAIS
Art. 3º – O Pastor é o ministro religioso, que atua na pregação e comunicação
do Evangelho, no ministério eclesiástico e denominacional, reabilitando e
aperfeiçoando vidas, sem discriminação de qualquer natureza.
Art. 4º – O Pastor compromete-se com o bem-estar das pessoas sob seus
cuidados, utilizando todos os recursos lícitos e éticos disponíveis, para proporcionar
o melhor atendimento possível, agindo com o máximo de zelo e o melhor de sua
capacidade, assumindo a responsabilidade por qualquer ato ministerial ou pessoal
do qual participou.
Art. 5º – O Pastor tem o dever de exercer seu ministério religioso com honra,
dignidade e a exata compreensão de sua responsabilidade, devendo, para tanto, ter
boas condições de trabalho, fazendo jus à remuneração justa.
Art. 6º – O Pastor deve aprimorar sempre seus conhecimentos e usar, no
exercício de seu ministério, o melhor do progresso técnico-científico nas pesquisas
bíblicas e teológicas.
Art. 7º – O Pastor deve honrar sua responsabilidade para com os outros
colegas de ministério, mantendo elevado nível de dignidade e harmonioso
relacionamento com todas as pessoas.
Art. 8º - O Pastor, como líder deve ter as seguintes qualidades indispensáveis:
I - Desejo de realização, oriunda do inconformismo de uma pessoa em relação
a uma situação ou estado de coisas.
II - Determinação: sabendo o que quer e para onde vai e tendo consciência que
lhe cabe tomar as rédeas quando necessário.
III - Persistência: não deixando os projetos no meio do caminho, não
desistindo diante das dificuldades, mas buscando a conquista dos objetivos.
IV - Visão: sendo capaz de olhar o horizonte e enxergar caminhos que a
maioria não vê.
V - Capacidade de delegar tarefas: com discernimento, capacidade de avaliar
pessoas, confiança e sabedoria para cobrar resultados.
6- CAPÍTULO V - DEVERES DO
PASTOR PARA COM A SUA
VIDA PESSOAL
Art. 11º – Em relação à sua vida pessoal o Pastor deve:
I – desenvolver uma vida devocional, aplicando-se contínua e regularmente à
oração e ao estudo da Palavra de Deus (I Timóteo 4.7; Atos 6.4);
II – ser estudioso, mantendo-se atualizado com o pensamento teológico, a
literatura Bíblica e a cultura geral (II Timóteo 3.16, 17; I Timóteo 3.2), participando,
na medida de suas condições, em encontros e conferências, que contribuam para o
crescimento de seu ministério;
III – cultivar continuamente a renovação de sua mente de modo a prepará-la
para enfrentar os diversos desafios de sua vida como ministro de Deus,
perseverando na manutenção da pureza de seus pensamentos (Romanos 12.2);
IV – desenvolver dependência contínua da ação de Deus, deixando de lado
sentimentos que contrariem essa dependência, como o ódio, a vingança, o rancor, a
mágoa, a agressividade, o espírito crítico negativista;
V – como líder moral e espiritual do povo de Deus, desenvolver a sua vida
interior e o seu caráter de modo a ser um modelo de conduta em todos os sentidos e
um exemplo de pureza em suas conversações e atitudes (I Pedro 5.3; I Timóteo
4.12);
VI – manter a sua saúde física e emocional com bons hábitos de alimentação e
o devido cuidado de seu corpo, porque o corpo é o templo do Espírito Santo e para
que possa cumprir a gloriosa missão que lhe foi confiada por Deus nesta vida (1 Co.
3:16, 17; 6:19; 2 Tm. 4:7, 16; Rm. 12:1).
VII – administrar bem o seu tempo de modo a equilibrar obrigações pessoais,
deveres eclesiásticos e responsabilidades familiares;
VIII – ser honesto e responsável em sua vida financeira, pagando em dia todos
seus compromissos, não procurando benesses ou privilégios por ser pastor,
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Ética Pastoral - 11
ofertando generosamente para boas causas e adotando um estilo cristão de vida,
pautado pela simplicidade e amor;
IX – ser verdadeiro em sua palavra, pregando ou ensinando, jamais plagiando
trabalhos de outrem, exagerando os fatos, fazendo mau uso de experiências
pessoais ou divulgando maledicência;
X – ser como Cristo em atitudes e ações em relação a todas as pessoas,
independentemente de raça, condição social, sexo, religião ou posição de influência
dentro da Igreja ou da comunidade.
XI – ter o dever fundamental de certificar-se de que suas relações familiares
são justas e que se constituem exemplo de viver piedoso para toda comunidade (I
Tm. 3:4-7; Lc. 1:6; Ef. 5:28).
XII - ter cuidado com o seu temperamento, exercendo perfeito controle sobre o
seu comportamento, permitindo que o Espírito Santo o domine. Sendo exemplo
digno de ser imitado.
XIII – ser sincero quando tiver de avaliar suas atitudes e ações, não se
envergonhar de confessar em que falhou e de corrigir o que errou.
7- CAPÍTULO VI - DEVERES DO
PASTOR PARA COM A FAMÍLIA
Art. 12º – Em relação à sua família o Pastor deve:
I – tratar com justiça todos os membros de sua família, dando-lhes o tempo, o
amor e a consideração que precisam;
II – ter como esposa uma mulher em condições de ajudá-lo no ministério (I
Timóteo 3.2,11), uma vez que, como Pastor, ele aspira à excelente obra do
episcopado;
III – compreender o papel singular de seu cônjuge, reconhecendo sua
responsabilidade e companheirismo no casamento e o cuidado dos filhos;
IV – tratar o cônjuge e filhos como estabelece a Palavra de Deus, constituindo-
se exemplo para o rebanho (Efésios 5.24-33; 6.4; I Timóteo 3.4,5);
V – proceder corretamente em relação à sua família, esforçando-se para dar-
lhe o sustento adequado, o vestuário, a educação, a assistência médica, bem como
o tempo que merece (I Pedro 3.7; I Timóteo 3.4,5; Tito 1.6; Lucas 11.11,13);
VI – evitar comentar, em presença dos filhos, os problemas, aflições ou
frustrações da obra pastoral (I Coríntios 4.1-4), demonstrando, contudo, para eles
os desafios contínuos que estão presentes no ministério;
VII – reconhecer a ação de seu cônjuge, junto à família, como algo essencial,
não o envolvendo em tarefas eclesiásticas que venham comprometer seu
desempenho familiar ou contrárias aos seus dons e talentos (I Pedro 3.7).
10 - CAPÍTULO IX - DEVERES DO
PASTOR PARA COM A
DENOMINAÇÃO
Art. 15º – Em relação à Denominação o Pastor deve:
I – manter-se leal aos ideais da Denominação ou cortar suas relações com ela,
se, em boa consciência, nela não puder permanecer;
II – prestar sua cooperação leal à Convenção e às entidades de sua
Denominação;
III – trabalhar para melhorar a Denominação em seus esforços por expandir e
estender o Reino de Deus;
IV – dosar a sua cooperação denominacional de modo a não comprometer a
eficiência de seu trabalho pastoral na Igreja, sua vida pessoal, familiar, matrimonial
e doméstica;
V – não utilizar sua influência de posição, cargo ou título, para aliciamento
e/ou encaminhamento de pessoas para serem empregadas em instituições e
entidades denominacionais;
VI – não desrespeitar entidades ou instituições denominacionais, injuriar ou
difamar os seus dirigentes;
VII – não procurar atingir qualquer posição denominacional, agindo
deslealmente ou contrário aos princípios éticos Bíblicos;
VIII – não se prevalecer de sua posição denominacional ou ministerial para
impor sua vontade, ou de grupos que represente.
VIV – jamais deve criticar publicamente a sua denominação, e, se assim
desejar fazer, procurar as autoridades constituídas pela Convenção, ou utilizar os
meios normatizados por órgão competente.
11 - CAPÍTULO X - DEVERES DO
PASTOR QUANDO EXERCE
ATIVIDADES
DENOMINACIONAIS
Art. 16º – Em relação ao exercício de atividades denominacionais em que
serve, com cargo eletivo, como indicado ou como empregado, o Pastor não deve:
SEUS COLEGAS DE
MINISTÉRIO
Art. 19º – O relacionamento entre os pastores deve se basear no amor fraterno,
no respeito mútuo, na liberdade e independência ministerial de cada um. Assim, de
modo geral, em relação aos seus colegas de ministério, o Pastor deve:
I – procurar relacionar-se bem com todos os pastores, especialmente aqueles
com quem trabalha na própria Igreja ou Denominação, como participantes na obra
de Deus, respeitando-lhes o ministério e com eles cooperando;
II – procurar servir aos colegas de ministério e suas famílias, mediante
conselho, apoio e assistência pessoal;
III – recusar-se a tratar outros pastores como competidores, a fim de conseguir
uma Igreja, receber uma honraria ou alcançar sucesso estatístico;
IV – considerar todos os seus colegas como cooperadores na causa comum, e
não menosprezar, nem discriminar nenhum deles sob qualquer forma (Mateus
23.8, 7.12; Filipenses 2.3; I Coríntios 3.5,7, 9);
V – ser fiel em suas recomendações de outros pastores para posições na Igreja
e para o exercício de outras funções;
VI – cultivar, com os colegas, o hábito da franqueza, cortesia, hospitalidade,
diplomacia, boa vontade, lealdade e cooperação, dispondo-se a ajudá-los em suas
necessidades (João 15.17; Romanos 12.9,10, 17,18; Provérbios 9.8,9);
VII – não se intrometer, tomar partido ou opinar sobre problemas que
surgirem nas Igrejas pastoreadas por colegas (Mateus 7.12; João 15.17; I Pedro
4.15-17),
VIII – não passar adiante qualquer notícia desabonadora de seu colega, nem
divulgá-la em público ou reservadamente a terceiros;
IX – ao tomar conhecimento de má conduta de um pastor, fazer contato com o
colega em primeiro lugar e, se não for atendido ou se for impossível contatá-lo,
dirigir-se ao órgão competente e dar-lhe ciência do ocorrido;
X – ainda que leal e solidário com os colegas, o Pastor não está obrigado a
silenciar quando algum deles estiver desonrando o ministério; havendo provas
concludentes, deve tomar as medidas e atitudes aconselháveis conforme o ensino
de Jesus em Mateus 18.15-17. Se não for ouvido em conversa particular, levar um
ou dois colegas como testemunhas e, se mesmo assim não for ouvido, em boa
consciência comunique a quem de direito, a ocorrência para que as providências
cabíveis sejam tomadas no sentido de recuperar e, em último caso, disciplinar o
colega faltoso (I Timóteo 5.19-24; Mateus 18.15-17; Gálatas 6.12);
XI – ter consideração e respeito para com todos os pastores jubilados e,
quando se jubilar, dar apoio e demonstrar amor ao seu pastor;
XII – revelar espírito cristão quanto aos predecessores aposentados que
permaneçam na mesma Igreja;
XIII – não aceitar convites para visitas de aconselhamento em residências,
pregar, ou dirigir qualquer tipo de cerimônia na Igreja pastoreada por outro colega,
ou na residência de membros da Igreja, sem aprovação do colega, a não ser em
casos de emergência, em que possa colaborar para o bom nome do colega;
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Ética Pastoral - 17
XIV – retornar à Igreja a que serviu, para qualquer cerimônia, só quando for
convidado pelo pastor atual;
XV – não tomar em consideração sondagens para outro pastorado, se o pastor
da Igreja interessada ainda estiver no cargo, ou ainda não tenha anunciado sua
saída (João 15.17; Mateus 7.12; I Coríntios 10.23);
XVI – evitar permanecer na Igreja, quando deixar o pastorado, a fim de não
constranger o colega que o substituir, não interferindo no trabalho do seu
substituto, mantendo-se, contudo, à sua disposição para cooperar conforme suas
possibilidades (Mateus 7.12; I Coríntios 10.31);
XVII – valorizar e honrar o trabalho do seu antecessor, ao assumir um novo
pastorado, não fazendo nem permitindo comentários desairosos a seu respeito por
parte de membros do rebanho (Mateus 7.12; Provérbios 12.14; Hebreus 13.7);
XVIII – tratar com respeito e cortesia qualquer predecessor que voltar ao
campo ou estiver visitando sua Igreja;
XIX – enaltecer o ministério de seu sucessor, recusando-se a interferir, mesmo
nas mínimas coisas, na Igreja a que antes serviu;
XX – negar-se a falar desairosamente sobre a pessoa ou o ministério de outro
pastor, especialmente seu predecessor ou sucessor;
XXI – nunca aceitar convite para falar onde sabe que sua presença causará
constrangimento ou atrito;
XXII – não criticar, publicamente, e a terceiros, reservadamente, erro
doutrinário ou ministerial de colega ausente, salvo seguindo os princípios Bíblicos
expressos em Mateus 18.15-17, considerando como última instância a Convenção;
XXIII – não divulgar ou permitir que sejam divulgadas, publicamente,
observações desabonadoras sobre a vida e atuação de outro Pastor;
XXIV – não criticar métodos e técnicas utilizadas por outros pastores como
sendo inadequadas ou ultrapassadas;
XXV - não solicitar carta de transferência de membro de outra Igreja, sem
antes se certificar o motivo que induz a transferência do solicitante;
XXVI - em caso de transferência de membro com problema, a solicitação só
deverá ser feita após a respectiva solução na Igreja de origem;
XXVII - quanto a grupos dissidentes, não aceitar orientá-los ou pastoreá-los
sem prévio contato com a Igreja de origem e seu pastor e devido conhecimento dos
fatos.
16 - CAPÍTULO XV - OBSERVÂNCIA,
APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO
DESTE CÓDIGO DE ÉTICA
Art. 30º – O julgamento das questões relacionadas à transgressão dos
preceitos deste Código será realizado através da Convenção a qual pertence o
Pastor, cabendo às Comissões de Ética das respectivas Convenções darem os
primeiros encaminhamentos com vistas a recuperar o Pastor faltoso ou promover a
conciliação, quando mais pessoas estiveram envolvidas.
Art. 31º – O encaminhamento dos processos à Comissão de Ética das
Convenções será feito nos termos regimentais destas.
Art. 32º – Os depoimentos e acusações deverão vir, em documento,
preferencialmente, redigido de próprio punho, e sempre assinado, caso seja digitado
ou datilografado, todas as vias deverão ser assinadas pelo depoente.
Parágrafo Único – Abaixos assinados, quando possuírem mais de uma via,
deverão ser rubricados em todas as vias, pôr, pelo menos, 5 (cinco) pessoas da lista
de assinaturas presentes na última folha.
Art. 33º – A Comissão de Ética das Convenções, ou qualquer membro da
filiado, não pode usar do julgamento como instrumento de pressão contra a Igreja
ou organismo denominacional para que se apliquem sanções ao Pastor ou exija-se a
sua retirada do cargo ou função que exerce.
Art. 34º – Recebida uma reclamação ou denúncia contra Pastor, membro da
Convenção, a Comissão de Ética desta deverá dar-lhe ciência da existência do
processo e do seu andamento na Comissão, convocando-o para prestar os
esclarecimentos necessários, sempre com antecedência mínima de 15 (quinze) dias.
Parágrafo único – Constituirá falta grave a recusa de comparecimento perante
a Comissão de Ética.
Art. 35º – Quando se tratar de denúncia, a Comissão de Ética da Convenção
deverá comunicar ao denunciante a instauração do processo.
Art. 36º – Tanto a parte denunciante quanto a denunciada poderão requerer a
qualquer momento ciência do andamento do processo, bem como o acesso a
documentos nele contidos.