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Período 1533-1564
Governador da Índia
Período 1542-1545
Dados pessoais
Nascimento c. 1490
Vila Viçosa
Índice
[esconder]
1Linhagem
2Vida e carreira
3A viagem e o governo
4Cartas recebidas
o 4.1De Volta ao Reino
o 4.2Na Índia
o 4.3Retorno definitivo ao Reino
o 4.4Casamento e descendência
5Brasão de Armas
6Referências
7Notas
8Ligações externas
9Ver também
Vivera quatro anos na Espanha, onde se casou com Ana Pimentel, ex donzela de D. Isabel
de Portugal (então rainha de Espanha, depois Imperatriz, mulher do ) filha de D. Pedro
Pimentel, senhor de Tavara, o qual morreu em 6 de fevereiro de 1504, e irmã de D.
Bernardino Pimentel, 1º Marquês de Tavara. Dado que o pai já havia falecido, a noiva foi
dotada pelo irmão, com a assistência do tio, D. Rodrigo Afonso Pimentel, 3º conde de
[carece de fontes]
Benavente, sendo o contrato de casamento firmado em Tordesilhas em1523.
A historiografia tradicional brasileira encara sua expedição como a primeira
expedição colonizadora. Levava Regimento para expulsar os franceses da costa brasileira,
colocar padrões de posse desde o Rio Maranhão até ao Rio da Prata, o qual não alcançou
em função de ter naufragado antes, e dividir a costa brasilera em capitanias medidas em
léguas de costa que seguidamente El-Rei concederia a donatários.
Estava autorizado a escolhe para si mesmo cem léguas de costa da melhor terra e outras
oitenta para seu irmão mais novo Pero Lopes de Sousa.
Fundou em 22 de Janeiro de 1532 a primeira vila do Brasil, batizando-a de São Vicente,
uma homenagem a São Vicente Mártir, por ser o dia consagrado a este santo,
confirmando o nome dado por Gaspar de Lemos trinta anos antes, quando chegou àquela
ilha, coincidentemente, em 22 de janeiro de 1502.
Graças às medidas tomadas por Martim Afonso de Sousa, São Vicente tornou-se a
primeira vila e município do Brasil, visto que, no dia 22 de agosto de 1532, se elegeu a
primeira câmara de vereadores.
Partiu de Lisboa ao dia três de dezembro de 1530 com quatro navios, tendo como imediato
o irmão mais novo Pero Lopes de Sousa e transportando cerca de quatrocentas pessoas,
como escreve Pedro Taques:
"De Lisboa saiu o governador Martim Afonso de Sousa com armada de navios, gente,
armas, apetrechos de guerra e nobres povoadores, tudo à sua custa: com ele veio também
seu irmão Pedro Lopes de Sousa, a quem o mesmo rei tinha concedido oitenta léguas de
costa para fundar sua capitania, e faleceu afogado no mar. Trouxe o dito Martim Afonso de
Sousa além da muita nobreza, alguns fidalgos da casa real, como foram Luís de Góis e
sua mulher D. Catarina de Andrade e Aguilar, seus irmãos Pedro de Góis, que depois
foi capitão-mor de armada pelos anos de 1558, e Gabriel de Góis; Domingos Leitão,
casado com D. Cecília de Góis, filha do dito Luís de Góis; Jorge Pires, cavaleiro fidalgo;
Rui Pinto, cavaleiro fidalgo casado com D. Ana Pires Micel, Francisco Pinto, cavaleiro
fidalgo, e todos eram irmãos de D. Isabel Pinto, mulher de Nicolau de Azevedo, cavaleiro
fidalgo e senhor da quinta do Rameçal em Penaguião, e filhos de Francisco Pinto,
cavaleiro fidalgo, e de sua mulher Marta Teixeira, que ambos floresciam pelos anos de
1550, quando em 18 de junho do dito ano venderam por escritura pública em Lisboa aos
alemães Erasmo Esquert e Julião Visnat as terras que de seu filho Rui Pinto haviam
herdado na vila de S. Vicente: tudo o referido se vê no liv. 1º dos registros das sesmarias,
tít. 1555, já referido, págs. 42 e seguintes. Outros muitos homens trouxe desta qualidade
com o mesmo foro e também com o foro de moços da Câmara, e todos ficaram povoando
a vila de S. Vicente, como se vê melhor no mesmo livro 1º do registro das sesmarias per
totum[5].
Depois de percorrer todo o litoral até a foz do rio da Prata, onde sobreviveu a um
naufrágio, como desdobramento de sua missão, retornou à região de São Vicente em vinte
e um de janeiro de 1532 e, com ajuda de João Ramalho e Antônio Rodrigues, moradores
da região que haviam feito amizade com os caciques Tibiriçá e Caiubi, fundou a primeira
vila nos moldes portugueses no Brasil: a vila de São Vicente. Em São Vicente, iniciou a
cultura da cana-de-açúcar e ordenou a instalação do engenho dos Erasmos.
Na região do planalto, na aldeia de Piratininga governada pelo Cacique Tibiriçá fundaram
os jesuítas, por ordem do Padre Manuel José da Nóbrega, o Colégio de S.Paulo,
destinado à conversão dos índios, o qual esteve na origem da atual cidade de São Paulo.
Combateu corsários franceses no litoral e foi agraciado pela coroa portuguesa, sob o
reinado de D. João III, como capitão-donatário de dois lotes de terras no Brasil: os dois
lotes da capitania de São Vicente. Desde outubro de 1532, recebera comunicação do rei
de que o imenso território seria dividido em extensas faixas de terras: as capitanias
hereditárias. Na ocasião, foram-lhe doadas cem léguas na costa e recebeu autorização de
retornar a Lisboa.
Sua expedição trouxe para o Brasil, como ferreiro contratado por dois anos, para prover as
necessidades de ferro da expedição e da colônia, o mestre Bartolomeu Fernandes,
também conhecido como Bartolomeu Gonçalves e Bartolomeu Carrasco. Terminado o
contrato, mestre Bartolomeu fixou-se em solo paulista, tornando-se proprietário do sítio
dos Jeribás e instalando, nas margens do Jurubatuba, afluente do rio Pinheiros, na
actual vila de Santo Amaro, a primeira forja no Brasil para produção de aço - fato
mencionado pelo padre José de Anchieta, em 1554. Com quatro operários conseguiu-se
produzir e forjar cem quilogramas de ferro em seis ou sete horas, consumindo
quatrocentos e cinquenta quilogramas de carvão vegetal.
Referências
1. Ir para cima↑ Telas de Benedito Calixto
2. ↑ Ir para:a b Pero Lopes de Sousa (1839). Diario da navegação da armada que foi á terra do
Brasil em 1530 sob a Capitania-Mor de Martin Affonso de Sousa. Lisboa: [s.n.]
3. Ir para cima↑ «Martim Afonso de Sousa». Infopédia
4. ↑ Ir para:a b Alexandra Maria Pinheiro Pelúcia (2007 (Lisboa)). «Martim Afonso de Sousa e a
sua Linhagem» (PDF). Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de
Lisboa. Cópia arquivada (PDF) em 14 de abril de 2015 Verifique data em: |ano= (ajuda)
5. Ir para cima↑ Taques, Pedro. História da Capitania de São Vicente. Brasília: Edições do
Senado Federal, 2004. Disponível
em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/sf000043.pdf, acessado em 24 de
outubro de 2011.
6. Ir para cima↑ Antonio Barreto do Amaral, DICIONÁRIO DE HISTÓRIA DE SÃO PAULO
7. Ir para cima↑ Pedro Taques/Luis Gonzaga da Silva Leme, GENEALOGIA PAULISTANA, Tit.
Godoys, cap.4°, Vol. VI, pag. 112.
Notas
1. Ir para cima↑ Na linhagem, desde o varão da primeira geração, Martim Afonso Chichorro,
houve três pessoas chamadas "Martim Afonso de Sousa"