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DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
FEIRA DE SANTANA - BA
2010
MARCIMILIA SANTANA DOS SANTOS
FEIRA DE SANTANA – BA
2010
ii
MARCIMILIA SANTANA DOS SANTOS
Monografia submetida à
banca examinadora como parte dos
requisitos necessários para a obtenção
do grau de bacharel em engenharia
civil.
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________
Prof. Sergio Tranzillo França – Especialista – UFBA – Orientador
_____________________________________________________
Prof. Eduardo Antônio Lima Costa – Mestre - UFRGS – Banca
_____________________________________________________
Profª. Drª. Sarah Patrícia de Oliveira Rios – Doutora – UFSCAR - Banca
Especialista em Segurança do Trabalho pela Universidade
iii
Vivo de esboços não
acabados e vacilantes. Mas
equilibro-me como posso, entre
mim e eu, entre mim e os
homens, entre mim e o Deus.
Clarice Lispector
iv
AGRADECIMENTOS
A minha irmã, quase gêmea, por partilhar comigo dos melhores e piores
momentos de minha vida, tornando a minha existência e a escrita da minha
história, cada dia mais gratificante. Eu só sei que te amo e não existiriam aqui,
palavras que definissem o quão grande é o meu amor por ti.
Ao meu Deus, por nunca me desamparar, por me iluminar, por dar-me a vida e
ser luz intensa nos momentos mais difíceis da minha existência.
Enfim, aos meus amigos de perto e de longe, aos meus familiares mais chegados
e até os mais distantes, o meu, muito obrigada. Vocês são responsáveis por esse
troféu!
v
SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................................. X
ABSTRACT ....................................................................................................................... XI
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
5. CONCLUSÕES .............................................................................................................. 54
6. RECOMENDAÇÕES .................................................................................................... 56
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 57
ANEXOS ............................................................................................................................. 60
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LISTA DE FIGURAS
viii
LISTA DE SIGLAS
CA - CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
TRABALHO
NR - NORMA REGULAMENTADORA
RH - RECURSOS HUMANOS
MEDICINA DO TRABALHO
ix
RESUMO
x
ABSTRACT
xi
1. INTRODUÇÃO
1
1.1. JUSTIFICATIVA
2
1.2. OBJETIVOS
segurança do trabalhador.
3
com os usuários-chave da obra (engenheiro da obra e engenheiro de segurança).
Foram escolhidas duas obras verticais, para serem visitadas. Escolhemos obras
de construtoras diferentes, a fim de avaliar o método de segurança empregado,
por cada uma delas.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
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A Lei das Fábricas (1833), também na Inglaterra, considerada a
primeira norma realmente eficiente no campo da proteção ao
trabalhador, e que fixava em 9 anos a idade mínima para o
trabalho, proibia o trabalho noturno para menores de 18 anos e
exigia exames médicos de todas as crianças trabalhadoras.
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Em 1978, a Portaria 3.214, de 8 de junho, aprova as Normas
Regulamentadoras – NR (28 ao todo) do capítulo V do título II da CLT, relativas à
segurança e medicina do trabalho.
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definição legal de acidente do trabalho, definido pela lei 8.213, de 24 de julho de
1991, Lei Básica da Previdência Social, determina, em seu capítulo II, Seção I,
artigo 19, que:
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2.2.1.1. Condições Inseguras
Contudo, é preciso que haja uma redução nos atos, pois uma sucessão
de atos inseguros pode levar ao acidente.
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Ainda segundo Zocchio (2002), conforme quadro abaixo, dependendo
da área de trabalho, podemos ter exemplos de alguns atos inseguros. (Quadro 1).
Sinal de desajustamento
Usar máquina sem habilitação ou autorização
Sinal de desajustamento
Imprimir excesso de velocidade ou sobrecarga
Lubrificar, ajustar e limpar máquinas em Desconhecimento dos riscos da função
movimento e/ou da forma de evitá-los
Improvisação ou mau emprego de ferramentas
Sinal de desajustamento
manuais
Inadequação entre homem e função
Uso de dispositivo de segurança inutilizados
Não usar proteção individual Sinal de desajustamento
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Na verdade, Campos (2001), relata que todo acidente tem causas
imediatas, causas básicas (ou raiz) e, principalmente, causas gerenciais. As
imediatas são o ato inseguro e as condições inseguras. As básicas têm, em geral,
origem administrativa e, quando corrigidas, previnem por um longo período um
acidente similar. Exemplos de causas básicas: falta de conhecimento ou de
treinamento; posto de trabalho inadequado; falta de reforço em práticas seguras;
falhas de engenharia (projeto e construção); uso de equipamento de proteção
individual inadequado; verificações e programas de manutenção inadequados;
compra de equipamentos de qualidade duvidosa; sistema de recompensa
inadequado; métodos ou procedimentos inadequados.
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2.3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
Vale ressaltar que o seu uso só deverá ser feito quando não for possível
tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se
desenvolve a atividade, ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não
forem viáveis, eficientes e suficientes para a atenuação dos riscos e não
oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de
doenças profissionais e do trabalho.
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Quanto ao sistema de distribuição e fiscalização dos EPI’s, as empresas
utilizam fichas, não para atender às necessidades de controles administrativas,
mas, principalmente, os aspectos legais. Nestas fichas constam além do termo de
responsabilidade do empregado e da empresa, os tipos de EPI’s requisitados,
seus C.A (Certificado de Aprovação) e as datas de entrega e substituição. Todos
os EPI’s utilizados pelo empregado deverão ser anotados nessa ficha. As fichas
de Controle de EPI’s ficarão arquivadas no setor de Segurança do Trabalho
enquanto o empregado estiver trabalhando na empresa, após o desligamento do
empregado, sua ficha deverá ser enviada ao setor de RH para arquivamento junto
ao prontuário do empregado desligado.
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a experiência tem demonstrado que se o trabalhador for levado a
compreender que o EPI é um objeto bom para si, destinado a
protegê-lo, mudará de atitude, passando a considerá-lo como algo de
sua estima e, nesse caso, as perdas ou danos por uso inadequado
tendem a desaparecer;
empregador e/ou o supervisor deverão ser tolerantes na fase
inicial de adaptação, usando a compreensão e dando as necessárias
explicações ao trabalhador, substituindo a coerção pela atenção e
esclarecimento, de forma que, aos poucos, vá conscientizando o
trabalhador da utilidade do uso do EPI. As ameaças e atitudes
coercitivas provocarão traumas e revoltas do empregado.
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2.3.1. Tipos de EPI’s
Capacete de Proteção
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Figura 3: Capacete tipo aba frontal com viseira
Óculos de segurança
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Protetor auditivo
Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que
apresentem ruídos excessivos para evitar algumas doenças causadas pelo ruído
como: perda auditiva, cansaço físico, mental, stress, fadigas, pressão arterial
irregular, impotência sexual nos homens e descontrole hormonal nas mulheres e
excesso de nervosismo. É recomendada a utilização desta proteção durante todo
o período de trabalho, assim causando um maior conforto para o trabalho. Na
indústria da construção civil existem alguns setores onde a utilização desta
proteção torna muito necessária como no caso do operador da betoneira,
utilização de ferramentas elétricas como serra circular, serra mármore. Quando
não utilizada essa proteção pode gerar doenças ao longo do tempo. (Figuras 8 e
9).
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Respirador purificador de ar
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Figura 12: Respirador purificador de ar com filtro (descartável)
Luvas de proteção
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Figura 14: Luva de proteção de algodão
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Figura 17: Luva de proteção de PVC cano longo
Cinto de segurança
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funcionário na queda possa chegar ao chão, assim travando o funcionário e
fazendo com que ele fique preso no local. (Figuras 19 e 20).
Calçados de segurança
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Figura 21: Botina em couro com elástico
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Figura 23: Bota de borracha (cano longo)
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3. CARACTERIZAÇÃO DAS OBRAS ANALISADAS
No trabalho feito, optou-se por analisar obras verticais devido aos diferentes tipos
de EPI’s utilizados, bem como os riscos que os operários estão expostos
diariamente na sua rotina de trabalho.
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Figura 24: Fachada da Obra A
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Figura 26: Operário se preparando para trabalho em altura - Obra A
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Figura 28: Trabalho em Altura - Obra B
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Figura 30: Almoxarifado – Obra A
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Figura 32: Sinalização de segurança - Obra A
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Figura 34: Sinalização de segurança - Obra A
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4. ANÁLISE DOS RESULTADOS DAS ENTREVISTAS
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Figura 35: Níveis de escolaridade
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Figura 36: Conceito de acidente do trabalho
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Figura 37: EPI's fornecidos pela Empresa
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Figura 38: Existência de treinamentos
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salientar que é preciso que haja uma reeducação por parte dos superiores, já que
o princípio básico, treinamento, aqui é negligenciado.
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Figura 41: Minimização dos riscos através dos EPI’s
49
Figura 42: Preocupação da administração com a utilização do EPI
50
bateram recorde nas respostas, juntamente com os capacetes. Dos entrevistados
62% afirmaram não haver desconforto nos equipamentos usados e 38%
questionaram a qualidade dos EPI’s fabricados. (Figura 43).
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pessoal técnico de segurança, bem como da efetiva participação da alta
administração da empresa, aqui considerado empregador.
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5. CONCLUSÕES
Pudemos observar, que apesar dos esforços empregados por parte das
empresas e até mesmo dos funcionários, ainda encontramos a segurança do
trabalho como um assunto tratado em segundo plano e mesmo que todos estejam
cientes da importância da utilização do EPI, não obteremos nunca um resultado
efetivamente positivo, enquanto houver a ausência de uma prática de
antecipação, (que sugere que a prevenção seja realizada na fase de
planejamento, na concepção do projeto da edificação, do processo de produção
ou do método de trabalho), onde o mesmo é um dos fatores que encabeçam a
lista das causas de acidentes. É preciso que haja um investimento nas questões
de segurança já na fase de planejamento, para que o mesmo mais a frente não
seja visto como um gasto, ou um acréscimo nos custos da obra.
Quanto à administração, que fique claro que bons EPI’s são essenciais
como complementos de medidas organizacionais, de engenharia e de proteção
coletiva, e não uma alternativa para substituir estas medidas. A construção civil é
uma atividade que costuma dar pouca importância a acidentes e exposições
menos graves, dando enfoque à prevenção de quedas de altura, soterramento e
eletrocussão.
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6. RECOMENDAÇÕES
Recomendam-se:
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REFERÊNCIAS
57
MAIA, N. F. Apontamentos sobre o meio ambiente do trabalho. 2000.
Endereço eletrônico: <http://www.prt21.gov.br/dout001.htm> Acesso em: 16 de
março de 2009.
58
do acidente. RH em Síntese. Ano V, p. 28-32. Jul/Ago 1999. Disponível em:
<http://www.gestaoerh.com.br/site/visitante/artigos/legi_001.php>. Acesso em: 30
de novembro de 2009.
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ANEXOS
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ANEXO – QUESTIONÁRIO
Operários
Administração
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