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ANÁLISE DE

DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
Material Adicional Distribuído
(Borinelli e Pimentel, 2010)

Prof. Renê Coppe Pimentel


Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 1
PROGRAMA
1. Apresentação
- Objetivo Corporativo – Geração de Valor
- Tópicos em Contabilidade
Demonstrações Financeiras
Reclassificação das Demonstrações
2. Avaliação Tradicional
- AV-AH e Índices
- Situação Financeira x Situação Econômica
3. Análise da Liquidez
- Análise do capital de giro
- Gestão do giro e de caixa
4. Análise do Endividamento
- Efeito da alavancagem e gestão de passivos
5. Análise da Rentabilidade
- Desdobramento das taxas de retorno
- Análise para valuation
EBITDA, EBIT, NOPLAT
Gestão do valor
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INTRODUÇÃO:
OBJETIVO DA ANÁLISE E
TENDÊNCIAS

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OBJETIVO DA ANÁLISE DAS DC

Decisões de investimento
Avaliação de Valor (valuation)
Gestão do negócio
Monitorar concorrência, fornecedores, clientes
etc
Tomar decisões de expansão ou contração
Avaliar relação risco e retorno, etc
Classificação de Risco (rating) e Crédito

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OBJETIVO DA ANÁLISE DAS DC

Extrair informações das


demonstrações contábeis para a
tomada de decisões

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Processo de Análise

Evento econômico

Processo
contábil

Demonstrações
Contábeis

Técnicas de Análise
de DC

Informações financeiras
para tomada de decisões

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Metodologia de Análise

Escolha de Indicadores

Comparação com Padrões Análise

Diagnóstico / Conclusões

Decisões

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Objetos de Decisão

SITUAÇÃO
ECONÔMICA

Qualidade dos
Ativos e
Passivos
SITUAÇÃO ESTRUTURA DE
FINANCEIRA CAPITAL

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Pressupostos Básicos para Análise

 Conhecimento do Setor

 Leitura do Parecer dos Auditores


Independentes

 Padronização das DC

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Técnicas de Análise de DC

 Abordagens Tradicionais:
Análise Vertical e Horizontal
Análise através de Índices
 Análise do Capital de Giro (Liquidez)
 Análise da Rentabilidade
 Análise da Alavancagem

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AS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

 Balanço Patrimonial (BP)

 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

 Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido


(DMPL)

 Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)

 Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

 Notas explicativas (parte integrante das Demonstrações


Financeiras)

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Motivos de Reclassificações
• Simplificação
• Comparabilidade
• Adequação aos objetivos da análise
Demonstrações Padronizadas
• Na CVM:
• DFP – Demonstrações Financeiras Padronizadas
• ITR – Informações Trimestrais
• Na Economática
Modelo de Padronização Proposto
• Cia BIG

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

 Modelo de Padronização - plano de contas


• Ativos Circulantes:
• Financeiros – disponibilidades + aplic. financeiras
• Operacionais (ou Cíclicos) – demais contas operacionais

• Passivos Circulantes:
• Financeiros – dívidas onerosas (empréstimos, financiamento,
debêntures, dupl. descontadas etc)
• Operacionais (ou Cíclicos) – fornecedores, contas a pagar etc

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

 Modelo de Padronização - plano de contas


• Ativos Não Circulantes:
• Realizável a longo prazo
• Investimentos,
• Imobilizado,
• Intangível

• Passivos Não Circulantes:


• Financeiros – dívidas onerosas (empréstimos, financiamento,
debêntures, dupl. descontadas etc)
• Operacionais – demais contas etc
• Patrimônio Líquido Administrado – capital, reservas e
participação de acionistas não controladores

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ANÁLISE TRADICIONAL
Análise Vertical e Horizontal
Análise por Índices

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ANÁLISE VERTICAL

 Análises do peso de cada conta nas


demonstrações

 O percentual de cada conta mostra sua real


importância no conjunto

 Balanço Patrimonial:
Calcula-se o percentual de cada conta em relação
ao total do Ativo
 DRE:
Calcula-se o percentual de cada conta em relação
às vendas líquidas

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ANÁLISE VERTICAL

DRE - Margens (%)

MARGEM = (LUCRO / RECEITA LÍQUIDA) x 100

Margem Bruta (MB) = (Lucro Bruto/RL) x 100


Margem Operacional (MO) = (Lucro Op./RL) x 100
Margem Líquida (ML) = (Lucro Líquido/RL) x 100

Interpretação: quanto maior, melhor

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ANÁLISE VERTICAL - MARGENS

CIA BIG 31/12/X1 AV%

MARGEM RECEITA LÍQUIDA 4.793.123 100,0%


BRUTA Custo dos Produtos Vendidos 3.621.530 75,6%
LUCRO BRUTO 1.171.593 24,4%
(-) Despesas Operacionais 495.993 10,3%
Despesas com Vendas 0,0%
Despesas Administrativas 0,0%
(-) Outras Rec. Desp. Oper. 8.394 0,2%
LUCRO OPER. (sem Res. Fin.) 683.994 14,3%
MARGEM (+) Receitas Financeiras 10.860 0,2%
(-) Despesas Financeiras 284.308 5,9%
OPERACIONAL
LUCRO OPERACIONAL 410.546 8,6%
(+/-) Resultado Não Operacional 1.058 0,0%
MARGEM LUCRO ANTES DO I.R. 411.604 8,6%
(-) Prov. I.R. 187.863 3,9%
LÍQUIDA
LUCRO LÍQUIDO 223.741 4,7%

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 19


ANÁLISE HORIZONTAL

 Análises das Variações das Contas de um


período para outro

 A evolução de cada conta mostra o


comportamento histórico e as possíveis
tendências

 Evoluções anuais, semestrais ou trimestrais

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 20


Relação entre Análise Vertical e Análise Horizontal

 Esses dois tipos de análises devem ser utilizadas


conjuntamente

 Exemplo:
X1 AV AH X2 AV AH
Investimentos 600 0,2% 100% 14.400 0,7% 2300%

 A variação horizontal de 2.300% entre X1 e X2 poderia


chamar a atenção, mas a análise vertical indica que esse
item do ativo não representava quase nada no balanço
inicial e continua a não significar quase nada no balanço
final Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 21
Objetivos Específicos da AV / AH

 Balanço Patrimonial:
Indicar a estrutura de ativos e passivos, bem
como suas modificações

 DRE:
Analisar em detalhes o desempenho da
empresa

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ANÁLISE POR ÍNDICES
Análise Através de Índices

 Índices: relações calculadas com os números obtidos


das demonstrações contábeis
 Objetivo: evidenciar determinado aspecto da situação
econômica ou financeira de uma empresa

 Exemplos:
Índices de Liquidez Situação Financeira
Índices de Endividamento
Índices de Rentabilidade Situação Econômica

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ANÁLISE POR ÍNDICES
Análise Através de Índices

 Devem ser contextualizados no tempo (análise da


evolução temporal) ou no setor de atividade (análise
comparativa por segmento)
 Problema do Significado Intrínseco: Subjetividade
 Qual base utilizaremos?
Valores no início do período
Valores no final do período
Valores médio

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DIAGRAMA PATRIMONIAL

31/12/X1 31/12/X2

PC PC
AC
AC
ELP
ELP
RLP
Recursos
RLP
PL não
Correntes
AP PL
AP

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ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Índices de Liquidez

ÍNDICE FÓRMULA INDICA

At. Circ. + Realiz. L.P. Proporção entre os bens e direitos de curto e


1. Liquidez Geral Pas. Circ. + Ex. L.P. longo prazos e as obrigações totais com terc.
Ativo Circulante Proporção entre os bens e direitos apenas de
2. Liquidez Corrente Passivo Circulante curto prazo e as obrigações de CP com terc.
At. Circ. - Estoques Semelhante à liquidez corrente, porém do
3. Liquidez Seca Passivo Circulante ativo circulante, são excluídos os estoques

Interpretação: quanto maior, melhor

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ÍNDICES DE LIQUIDEZ
LIQUIDEZ LIQUIDEZ LIQUIDEZ
GERAL CORRENTE SECA

PC PC PC
AC AC AC

ELP Estoques

RLP ELP ELP


+ +
ANC PL ANC PL
PL
AP

Folga financeira no Folga financeira no Folga financeira no curto


longo prazo curto prazo prazo sem estoques

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ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL
Índices de Estrutura de Capital

ÍNDICE FÓRMULA INDICA

4. Participação de Capitais de Terceiros Quanto a cia. obteve de capital de terceiros


Capitais de Terceiros Patrimônio Líquido em relação ao capital próprio
5. Composição do Passivo Circulante Quanto a cia. possui de dívidas de curto prazo
Endividamento Capitais de Terceiros em relação ao total de dívidas
6. Endividamento Capitais de Terceiros A dependência do capital de terceiros
Geral Total do Ativo no financiamento da sociedade
7. Imobilização do Ativo Permanente Quanto a empresa aplicou no ativo permanente
Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido para cada $100 de Patrimônio Líquido
8. Imobilização dos Ativo Permanente Qual o percentual de recursos não correntes
Recursos não Correntes Patr. Líq. + Exig. LP destinados ao Ativo Permanente

Interpretação: quanto menor, melhor

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ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL
PARTICIPAÇÃO ENDIVIDAMENTO COMPOSIÇÃO DO
DE CAPITAL DE GERAL ENDIVIDAMENTO
TERCEIROS

PC PC PC
AC AC AC

ELP ELP ELP


RLP RLP RLP

PL PL PL
AP AP AP

Relação entre Relação entre capital Relação entre recursos de


capital de terceiros de terceiros e total curto e total do
e PL (155%) do ativo (61%) financiamento (81%)
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ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL
IMOBILIZAÇÃO IMOBILIZAÇÃO DE
DO PL RECURSOS NÃO
CORRENTES

PC PC
AC AC

ELP
ELP
RLP RLP

PL PL
AP AP

Relação entre Relação entre


Ativo Permanente Ativo Permanente
e PL (72%) e PL+ELP (55%)
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ÍNDICES DE RENTABILIDADE

Índices de Rentabilidade

ÍNDICE FÓRMULA INDICA

Receita Líquida Quanto a cia. vendeu em relação


9. Giro do Ativo Ativo Total Médio ao seu investimento total
Lucro Líquido O percentual de lucro que a sociedade
10. Margem Líquida Receita Líquida obteve em relação às suas vendas
11. Rentabilidade Lucro Líquido Quanto a cia. lucrou em relação
do Ativo (ROA) Ativo Total Médio ao seu investimento total
12. Rentabilidade do Lucro Líquido Representa o rendimento do
Patrimônio Líquido (ROE) Patr.Líq.Médio capital próprio

Interpretação: quanto maior, melhor

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ÍNDICES DE RENTABILIDADE
GIRO ROA E
MARGEM ROE

V V V
PC
E E E
AC N AC N N
D D D
A A A
ELP
S S S
RLP RLP

PL
AP AP
LL LL

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Formas de Avaliação dos Índices

 Pelo significado intrínseco

 Pela comparação ao longo de vários anos

 Pela comparação com índices de outras


empresas do mesmo setor

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ANÁLISE DA LIQUIDEZ E
CAPITAL DE GIRO
Prazos Médios e Ciclos
Análise Avançada do Capital de Giro

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 34


DIAGRAMA PATRIMONIAL
CIA BIG

31/12/X1

PC
Capital AC
de Giro
ELP
CCL
CGP

PL
ANC

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 35


DIAGRAMA PATRIMONIAL
CIA BIG

31/12/X2

PC
Capital AC
de Giro
CCL
ELP

CGP - Negativo

ANC
PL

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 36


LIQUIDEZ x PRAZOS MÉDIOS
VENDA DE
PRODUTOS E
ESTOQUES SERVIÇOS

RECEBIMENTO
CLIENTES

LÍQUIDEZ : REFERE-SE CAIXA


A CAPACIDADE DE
PAGAMENTO
PAGAMENTO

PRAZO MÉDIO: REFERE-SE AO


TEMPO QUE UM DETERMINADO
RECURSO DEVE SER CONTAS A
FINANCIADO PAGAR
Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 37
ÍNDICES DE GESTÃO
Índices de Gestão (Prazos Médios)

ÍNDICE FÓRMULA INDICA INTERPRETAÇÃO

13. Prazo Médio de Estoques x 360 Quantos dias, em média, a empresa levou
Renovação dos Estoques Custo das Vendas para vender os seus estoques Quanto menor, melhor.
14. Prazo Médio de Clientes x 360 Quantos dias, em média, a empresa esperou
Recebimento de Vendas Vendas Realizadas para receber dos seus clientes Quanto menor, melhor.
15. Prazo Médio de Fornecedores x 360 Quantos dias, em média, a empresa levou
Pagamento das Compras Compras para pagar seus fornecedores Quanto maior, melhor.
Quantos dias, em média, a empresa levou para
16. Ciclo Operacional (13+14) vender seu estoque e receber de seus clientes Quanto menor, melhor.
Quantos dias, em média, a empresa precisou para
17. Ciclo de Caixa (13 + 14) - 15 arrumar financiamento para suas operações Quanto menor, melhor.

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 38


PRAZOS MÉDIOS

Quando a empresa precisa de recursos elevados para financiar seu ciclo operacional:

ESTOCAGEM RECEBIMENTO VENDAS

CICLO OPERACIONAL

FORNECEDORES NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO

Quando os fornecedores financiam o ciclo operacional da empresa

ESTOCAGEM RECEBIMENTO VENDAS

CICLO OPERACIONAL
NECESSIDADE DE
FORNECEDORES FINANCIAMENTO

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 39


NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO

PASSIVO

CIRCULANTE
ATIVO
OPERACIONAL
CIRCULANTE
(ou CÍCLICO)
OPERACIONAL
NECESSIDADE
(ou CÍCLICO) DE CAPITAL DE
GIRO
(ou Investimento
Operacional em Giro)

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 40


DECOMPOSIÇÃO DO CAPITAL DE GIRO

ANÁLISE DINÂMICA DO CAPITAL DE GIRO

ACO - PCO = NCG

+ + +
PCF SALDO DE
ACF - (oneroso) = TESOURARIA (t)

= = =
AC - PC = CCL

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 41


FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO

• Fontes de Financiamento:
– Passivos Operacionais
– Passivo Circ. Financeiro – Ativo Circ. Financeiro
(Saldo de Tesouraria)
– Exigível a Longo Prazo
– Patrimônio Líquido

• Estratégias de Financiamento
– Estratégia conservadora
– Estratégia agressiva
– Estratégia ponderada

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 42


ANÁLISE DO
ENDIVIDAMENTO
Alavancagem Financeira
Captação de Recursos

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 43


ALAVANCAGEM

• Alavancagem Financeira:
– Efeito de tomar recursos de terceiros a
determinado custo, aplicando-os nos ativos
com uma outra taxa de retorno
– O efeito da alavancagem financeira pode ser
positivo ou negativo:
• Se ROI > Kd  Alavancagem Positiva
• Se ROI < Kd  Alavancagem Negativa

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 44


ALAVANCAGEM

• Resultado Operacional Genuíno:


– Lucro gerado unicamente pelos ativos
– Representa o resultado com a operação
efetiva da empresa
– Logo, não deve levar em conta decisões de
financiamento (não leva em conta as
despesas financeiras)
– Os ativos devem gerar recursos para
remunerar o Capital Próprio (acionistas) e o
Capital de Terceiros (credores)
– ROI

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 45


ALAVANCAGEM

• Alavancagem Financeira:
– O efeito da alavancagem financeira pode ser
positivo ou negativo:
• Se ROI > Kd  Alavancagem Positiva
• Se ROI < Kd  Alavancagem Negativa

Custo da Dívida

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 46


ALAVANCAGEM
Cia. Vale do Paraíba – demonstração projetada do resultado (em $ mil)
A Empresa possui 50 milhões em ativos e a taxa de Juros no mercado é de 12%

Receitas de Vendas $ 100.000)


(-) Custo dos Produtos Vendidos ($ 60.000)
(=) Lucro Bruto: $ 40.000)
(-) Despesas com Vendas ($ 12.000)
(-) Despesas Administrativas ($ 20.000)
(=) Lucro (antes antes do IR): $ 8.000)

Calcule o Retorno do Ativo (ROI) e do PL (ROE)


1) se tudo for financiado com capital próprio
2) se 50% for financiado com capital próprio e 50% com capital de terceiros
OBS: Ignore Impostos
Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 47
ALAVANCAGEM
Retorno do investimento se 30% for financiado com capital próprio e
70% com capital de terceiros
(em $ mil)

Receitas de Vendas $ 100.000)


(-) Custo dos Produtos Vendidos ($ 60.000)
(=) Lucro Bruto: $ 40.000)
(-) Despesas com Vendas ($ 12.000)
(-) Despesas Administrativas ($ 20.000)
(=) Lucro Operacional antes dos Encargos Financeiros $ 8.000)
(-) Despesas Financeiras: 12% x $ 35 milhões ($ 4.200)
(=) Lucro Operacional após os Encargos Financeiros: ($ 3.800)

alavancagem positiva
$ 8.000.000,00 $ 3.800.000,00
ROI   16% ROE   25,3%
$ 50.000.000,00 $ 15.000.000,00

$ 4.200.000,00
Kd   12%
$ 35.000.000,00

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ALAVANCAGEM
Grau de Alavancagem Financeira (GAF):

ROE
GAF 
ROI

25,3%
GAF   1,58
16%

Esse relacionamento mostra que os acionistas estão com uma


taxa de retorno que é 58% superior à taxa geradora de ativos
da empresa

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 49


ALAVANCAGEM

Fórmula analítica de análise do GAF

ROI  ROI - K d  P/PL


GAF 
ROI

16%  16% - 12%


$ 35 milhões
16%  4%  2,3
$ 15 milhões GAF 
GAF  16%
16%

os 16% primeiros equivalem à taxa que o próprio patrimônio líquido, com seus
recursos, está obtendo no ativo
os 4% são a diferença entre as taxas, de captação e aplicação, ou seja, a sobra
que os recursos de terceiros estão deixando para o patrimônio líquido
o terceiro item do numerador, igual a 2,3, significa que os capitais de terceiros
são 2,3 vezes os capitais próprios Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 50
CÁLCULO ROI

 Para analisar a alavancagem financeira, os passivos de


funcionamento (operacionais) são considerados como
redutores dos ativos circulantes

Lucro Operacional
ROI 
Ativo Total - Passivo de Funcionamento

Ou:

Lucro Operacional
ROI 
PL  Passivo Oneroso  REF

O ROI indica a rentabilidade do investimento efetuado pela empresa


mediante investimentos em capital próprios ou de terceiros

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ALAVANCAGEM COM IR

• Efeito do IR na alavancagem financeira


– Suponha que a CIA Vale do Paraíba tenha
alíquota de IR e CSLL de 34%:
– Apure o Lucro Líquido do IR e CSLL para:
• 100% de Capital Próprio
• 50% de Capital Próprio e 50% de Capital de
Terceiros
• 30% de Capital Próprio e 70% de Capital de
Terceiros
– Analise os resultados!

Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 52


CÁLCULO ROI

 ROI – Pode ser entendido como o retorno da empresa caso


ela não tivesse dívidas (passivos) onerosas. Mostra o ganho
efetivo da operação, líquido de impostos.

NOPAT
ROI 
INVESTIMENTO

Onde:

NOPAT  LL  [DF(1-IR)]

INVESTIMENTOS  PASSIVOONEROSO  PL
Prof. Renê Coppe Pimentel | Pg. 53
ANÁLISE DA
RENTABILIDADE
Fórmula DuPont
Decomposição da Rentabilidade
(ROI, ROA e ROE)
Análise para Valuation (outras medidas)

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ANÁLISE MARGEM E GIRO

• Margem x Giro
– Modelo DuPont

• Margem x Giro com Alavancagem


– Modelo DuPont Modificado

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OUTRAS MEDIDAS

• EVA – Economic Value Added (valor


econômico adicionado)

EVA  LL  Ke(PL)
Ou:

EVA  NOPAT  WACC( INVESTIMENTO)

Refere-se ao valor que excede a expectativa mínima de


retorno dos detentores de capital
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OUTRAS MEDIDAS

• EBIT
• EBITDA
• INDICADORES ACINÁRIOS
– Lucro por Ação
– Pay Out
– Cash Yield
– Market Captalization

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