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BOLETIMDA

DA
ANO III Nº 116 2 DE MARÇO DE 2018

ANA BEATRIZ MAGNO, ANDRÉ HIPPERTT E FERNANDA DA ESCÓSSIA

I
nverter a intervenção. Trocar os blindados e fuzis pela força faixa de 24 metros quadrados assinada por Adufrj, Sintufrj,
da educação, do conhecimento, da arte e da ciência. Rejeitar DCE, APG (Associação de Pós-Graduandos) e Andes propõe,
soluções frágeis e temporárias e investir em políticas públi- com criatividade, a inversão dos modelos de ação das forças de
cas com resultados sólidos e duradouros. Sem ingenuidade segurança. A ideia é ser uma obra aberta às diversas interpre-
ou oportunismo. Essa é a resposta que emerge da Universidade tações que a complexidade do tema exige. Com a parceria da
Federal do Rio de Janeiro para a intervenção militar que há reitoria, a campanha ocupará outros espaços da universidade
duas semanas mobiliza tropas e espalha incerteza na cidade. e da cidade. A Universidade é múltipla e seus pesquisadores
A direção da Adufrj aponta os limites do modelo de segurança atuam historicamente em áreas conflagradas pela ausência do
pública criado pelo governo Temer e quer mais do que apenas Estado. Hoje existem 98 projetos de extensão mantidos pela
dizer não. Conclama a comunidade acadêmica a intervir na UFRJ em comunidades. “Precisamos mais. O Rio de Janeiro
intervenção usando as armas - e os verbos - que ela pesquisa e precisa mobilizar todos os saberes para construir a paz e
nos quais acredita: educar e conhecer. garantir a democracia”, resume o vice-presidente da Adufrj,
Inspirada por essa convicção, a Adufrj começa uma grande professor Eduardo Raupp. A seguir, um boletim especial com
campanha. A primeira iniciativa já ocupa os muros do Canecão oito páginas, seis delas dedicadas a imagens e reflexões que
e conquistou o apoio de todas as entidades representativas de mostram a urgência de inverter a intervenção e intervir de
estudantes, professores e técnicos. Desde quinta-feira, uma modo ativo na construção da paz.
BOLETIMDAADUFRJ BOLETIMDAADUFRJ

UMAINTERVENÇÃONOCAMINHODAESCOLA



FOTOS FERNANDO SOUZA

As violações de
direitos humanos
são constantes
na favela. Toda
nossa rotina gira n Nunca morei numa casa

em torno do medo que não tivesse marca de bala


no portão. Nasci e moro em
e da angústia. Senador Camará, perto da
Isso altera nosso comunidade da Coreia. Para ir
cotidiano e afeta ao mercado, pegar trem, ir para
a faculdade ou voltar, tenho que
nossa saúde passar por áreas onde há tráfico
mental. e conflito com a polícia. Quando
tem guerra do tráfico dá muito
Hoje teve tiroteio. medo. Já dormi no chão com
Minha mãe foi medo de entrar uma bala aqui
revistada na na minha casa. Ou então a gente
vai para um cômodo da casa
rua. São cenas sem janela por causa dos tiros.
cotidianas.

A
s imagens capturadas pelo fotojornalista Fernando Souza gritam Tenho muito medo quando
MATHEUS ROCHA o que as autoridades não escutam: que há escolas, estudantes,
22, aluno de Jornalismo e estou chegando em casa e a
professores no meio do caminho da intervenção. Ou, com a polícia está chegando na comu-
morador da Cidade de Deus


licença de Drummond, que a intervenção é a pedra no caminho nidade também, e tem tiroteio.
do colégio. Por quatro horas, no dia 27, o repórter fotográfico percorreu a A gente não sabe se volta– e
comunidade da Coreia, em Senador Camará, na Zona Oeste. Flagrou blin- podem pensar que você fez algo
dados e fuzis convivendo numa assustadora normalidade com estudantes errado e está fugindo– ou se
Está assustador, uniformizados. É uma violência banalizada que já assusta estudantes da continua indo, com risco de cair
UFRJ moradores de áreas conflagradas. Bárbara Melo, aluna de Gestão Pú-
vejo as blica, não se conforma com o que vê da janela em Senador Camará. “Nunca
no meio do confronto. O pior é
quando tem guerra do tráfico,
pessoas sendo morei numa casa que não tivesse uma marca de bala no portão”, lamenta. dá muito medo.
abordadas na Perto de sua casa, por coincidência - ou por nenhuma coincidência - o grafite
que inspira a campanha da Adufrj contra a intervenção se repete na cena Entrei na UFRJ como cotista
rua. Olham para de um menino de uniforme e mochila passando ao lado de soldados do e curso Gestão Pública. Não
todo mundo, Exército, em frente a um muro, emoldurado pelo abraço do Cristo Redentor. tenho bolsa, mas passei agora
a gente tem numa prova para ser monitora
de uma disciplina, aí vou ga-
uma sensação nhar bolsa. É curioso olhar a
de medo. Eu intervenção como moradora
me pergunto de comunidade e aluna desse
curso. Política de segurança
como vai ser deve estar junto com outras
quando as aulas políticas, como saúde, emprego
e educação.”
da faculdade
começarem. ,BÁRBARA B. DE HOLANDA MELO
23, aluna de Gestão Pública na UFRJ
ANDREW MOURA DE AGUIAR
23, aluno de Licenciatura em Dança e
morador do Complexo do Alemão

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UMAUNIVERSIDADENOMEIODAINTERVENÇÃO

“ “
FOTOS FERNANDO SOUZA
ELISA MONTEIRO
elisamonteiro@adufrj.org.br
MÚSICA NA MARÉ:

D
professor e alunos da
e música a agricultura urbana, UFRJ participam de
de alfabetização a direitos huma- projetos de extensão
nos. Entre 2015 e 2017, a Univer-
sidade Federal do Rio de Janeiro
desenvolveu 98 ações de extensão em
favelas do Rio. Foram projetos, cursos
e eventos. Segundo a PR-5, pró-reitoria
responsável pelo setor, o total está su-
bestimado, pois não inclui trabalhos
realizados nos campi da universidade.
Para Maria Malta, a pró-reitora de Ex-
tensão, a intervenção pelo conhecimento
VLADIMIR CALISTO inverte a lógica das intervenções belico- SAMUEL ARAÚJO
46, técnico da POLI/COPPE sas: “Os trabalhos de extensão subvertem VLADIMIR CALISTO Orgulho de ser UFRJ professor da Escola de Música
a lógica hierarquizada e elitista. Nada
n A UFRJ mudou minha vida. mais revolucionário que sair dos nossos lia Rute Osório, estudante de Engenha- n A Maré é o local mais mu-
Estou aqui desde 1989. Eu morava locais de conforto e nos abrirmos para ria Ambiental e moradora da Maré. “Na sical que eu conheço. Desde
no Complexo da Maré, e minha aprender com a realidade”, argumenta Copa de 2014, foi uma quantidade cho- o funk às orquestras, sem
única perspectiva era trabalhar a pró-reitora. cante de soldados na primeira semana, falar das escolas de música
numa fábrica de velas. Foi quando O Complexo da Maré, vizinho à Cida- que foi diminuindo aos poucos. Agora, evangélicas onde se aprende
a UFRJ criou um curso de acelera- de Universitária, abriga 25 dos projetos nem isso vemos”. A estudante participa do trompete ao violino, são
ção da escolaridade e ao mesmo de extensão da UFRJ. Entre eles, o de de outro projeto, o Muda Maré, que tra- muitas as expressões musi-
tempo profissionalizante. Ali, Musicultura, coordenado pelo professor balha educação ambiental e agricultura cais. Sempre recomendo aos
aprendi a profissão de torneiro Samuel Araújo, da Escola de Música, que urbana com crianças entre sete e doze amigos músicos de fora que
mecânico. Os professores nos investiga a musicalidade do cotidiano da anos, na Lona da Maré. venham conhecer o cenário
mostravam que a única forma de comunidade. Na avaliação do professor da Escola musical local. Na Maré, os
mudar nosso contexto era a edu- “A Música é só o ponto de partida”, ex- de Música Samuel Araújo, coordenador eventos musicais são diários,
cação. Quem terminou o curso plica o aluno do Instituto de Matemática do projeto da Musicultura, a experi- às vezes paralelos, reunindo
teve oportunidade de continuar Diogo Nascimento, veterano do projeto ência na comunidade desmente este- massas de mil a duas mil pes-
na UFRJ. Muitas vezes para quem e morador da Maré. “O que me prendeu cara. “Gastaram milhões, enquanto daqui”, opina a mestranda de Antropolo- reótipos: “Muitos dizem que a favela soas. E há uma concentração
está na Maré a universidade é foram as várias discussões sobre territó- o cotidiano e a economia local foram gia Bárbara Assis, integrante do projeto não está nem aí para política. Mas em única de pessoas que vivem
algo inatingível. Quando eu vim rio que não teria a possibilidade de fazer sufocados. Os eventos musicais foram e moradora da Maré. Para ela, a inter- festas e eventos culturais vemos grupos da música. Estou na Maré
para cá, vi que era possível. Fiz em nenhum outro lugar”. interrompidos ”. venção é sinônimo de “mais opressão”. se manifestando sobre temas como a desde 2003 e é um trabalho
uma graduação, uma especializa- Para ele, a ocupação do Exército na “A proporção de 55 soldados por “A intervenção parece mais uma coisa intervenção militar ou a legalização muito gratificante. Mas não
ção e agora penso no mestrado. Maré em fevereiro de 2014 foi longa e morador não existe em nenhum serviço de fora da favela do que de dentro”, ava- das drogas”. estou otimista em relação à
Hoje meu relacionamento com intervenção. Já vi ao menos
a Maré é também religioso. Sou três ações de controle do
servidor público e voluntariamen- O PROCESSO DE CRIAÇÃO DA CAMPANHA território e o que percebemos
te atuo como pastor. Minha gra- é a criação de uma expectati-
duação em Pedagogia me ajuda a n É da rua que vem a inspiração para a campanha da va de paz que não se cumpre.
incentivar os jovens para realizar Adufrj contra a intervenção no Rio de Janeiro. Mais A sensação é de que não são
o Enem e o ensino superior. Sou exatamente, dos grafites do artista britânico Bansky. ações feitas para solucionar
um interventor na realidade. Um Num deles, uma menina revista um soldado, mudando a violência que aflige mora-
interventor pela palavra e pela a perspectiva de quem é alvo e autor da revista. Diante dores (das comunidades) e a
educação. Essa é uma interven- das cenas frequentes de revistas de moradores, inclusive cidade como todo, mas medi-
ção mais eficiente e duradora crianças, em comunidades, o designer André Hippertt das eleitoreiras. Não acredito
do que a das Forças Armadas. A juntou ao soldado de Bansky uma aluna de escola pública em intervenção sem investi-
intervenção da Educação não é no Rio. No aniversário de 453 anos da cidade, a proposta mento e geração de renda. É
passageira. O conhecimento é de inverter a intervenção através do conhecimento é a isso que todos esperam”.
algo que a pessoa vai adquirir, vai perspectiva da campanha da Adufrj. A faixa da Campanha
desenvolver e vai passar para a já está nos muros do Canecão.
sociedade.

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BOLETIMDAADUFRJ BOLETIMDAADUFRJ
ISABELLA DE OLIVEIRA

ELISA MONTEIRO
Debate
livre uso de cada curso) para reformar.
Muretas de proteção, chamadas de
guarda-corpo, estão bambas. “Estamos

cobra
fazendo remendos por causa da falta
de recursos”, desabafou.
A Faculdade de Letras praticamente

garantia
dobrou seu público de 4,5 mil gradu-
andos com a recepção de mais 3 mil
alunos de Arquitetura e Urbanismo,

de direitos
da Escola de Belas Artes e do IPPUR,
depois do incêndio de 2016.

MAIS MULHERES NA COPPE


> Evento organizado pelo Aos 55 anos de história, a Coppe UFRJ
Sintufrj discute intervenção. celebra um aumento expressivo de
mulheres nos programas de mestrado
Especialistas alertam sobre e doutorado. De acordo com a diretora
abusos em comunidades de Assuntos Acadêmicos, professora
Claudia Werner, elas são 33% nas tur-
ISABELLA DE OLIVEIRA mas de 2018. “Vemos com muito bons
isabella@adufrj.org.br olhos essa mudança de perfil, que já
havia na graduação e agora chega à

P
DEBATE DO SINTUFRJ Presidente da Adufrj e ex-ministro Celso Amorim refletem sobre segurança
rofessores, estudantes, servido- TEMPORAL NA LETRAS Queda de árvore e goteiras ameaçam início do semestre de 4,5 mil alunos pós. Mais diversidade tem tudo a ver

Na volta às aulas,
res e intelectuais das áreas do mas sim uma guerra de classes na qual Canecão, em Botafogo. com nossa proposta de incentivar
direito e da segurança pública as populações mais pobres são tratadas Neuza Luzia, coordenadora geral projetos inovadores”, comemorou a
participaram de um debate como inimigas”, finalizou. do Sintufrj, afirmou que os sindicatos diretora.
sobre a intervenção federal organizado Para Nilo Batista, professor de Direi- devem colaborar para a luta em defe- Claudia Werner destacou o cres-
pelo Sindicato dos Técnicos da UFRJ na to Penal, a intervenção resulta da crise sa da democracia, para além da luta

reparos e projetos
cimento da internacionalização. Em
última quarta-feira, no auditório do CT. de legitimidade do governo e do uso corporativa. “A universidade precisa se fevereiro, a Incubadora da Coppe foi
Celso Amorim, ex-ministro das Relações político da mídia. “Não gosto da palavra envolver criticamente com o que ocorre classificada entre as 20 melhores do
Exteriores nos governos Lula e Dilma segurança pública porque em nome dela no país”, disse. mundo, segundo o ranking da UBI
e cotado para disputar o governo do cria-se é a barbaridade. O que tem de ser Global. A excelência dos cursos é a
Rio pelo PT, questionou: “Intervenções garantido são direitos”. MANIFESTO CONTRA INTERVENÇÃO chave do sucesso. “Nove de nossos tre-
ocorrem a pretexto da situação huma- A presidente da Adufrj, Maria Lúcia A diretoria da Adufrj participou na ELISA MONTEIRO no telhado provocam vazamentos em ze programas foram avaliados como
Werneck, destacou a relevância de dis- noite de quinta-feira, 1 de março, dia elisamonteiro@adufrj.org.br salas e auditórios. Duas árvores de
nitária. No Rio, houve uma narrativa muito bons ou excelentes”, informou.
sobre um suposto aumento da violência, cutir a intervenção. “Somos contra em do aniversário de 453 anos do Rio de grande porte podem cair a qualquer Para ela, a Coppe vive um momento

R
mas que não é real e não justifica esse princípio, porque a segurança pública Janeiro, de reunião para criação de ecém-eleita diretora da Faculda- momento sobre a lateral do bloco H e especial de renovação. Na última aloca-
instrumento”. não vai se resolver pela via militar”, afir- um manifesto e atividades contra a de de Letras, a professora Sonia um dos principais jardins. São pátios ção de vagas (COTAV), a instituição foi
Segundo Amorim, a medida atinge mou. Maria Lúcia lembrou ações que a intervenção militar no Rio. Diversas Cristina Reis recomeçará as usados por alunos para tudo: estudar, contemplada com 18 concursos docen-
a Constituição. “Será um ataque direto diretoria da Adufrj irá realizar nesta entidades, entre elas o Andes, prepa- aulas sem verba para as obras conversar e comer. tes com mais de 200 inscritos. “Esses
às comunidades, às favelas, e cria para semana sobre a mesma temática, como ram o documento e a programação. O de emergência para estragos causados A dirigente diz que tem apenas R$ doutorandos trarão uma injeção de
a política internacional não uma luta, a colocação de uma faixa em frente ao encontro ocorreu no Sindjustiça-RJ. pelos últimos temporais. Problemas 17 mil do orçamento participativo (de gás importante”, observou a professora.

ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL TERÁ NOVA PRÓ-REITORIA


Ciência dá apoio a Carlini
cia), com a Academia Brasileira de
Ciências (ABC), a manifestação de
n O reitor Roberto Leher anunciou, Julia Brandes, do DCE Mário Prata, a área que mais sofre com a crise, apoio a Carlini está sendo divulgada
na última reunião do Conselho diz que a PR7 pode melhorar o aten- com a falta de verbas”, diz. pelo país e começou juntando as
Universitário, 22 de fevereiro, o dimento a demandas dos alunos, Já o professor Fernando Ribeiro, n Mais de 50 sociedades científicas respeito do uso medicinal da Cannabis entidades de pesquisa. Professores e
projeto de criar a Pró-Reitoria de como alojamento e bolsas. “Para decano do Centro de Tecnologia, brasileiras e 15 mil pessoas assinaram sativa, princípio ativo da maconha. O alunos também mostraram interesse
Assuntos Estudantis, a PR7. Essa além disso, é o peso político de ter CT, é crítico ao processo e informou a manifestação pública de apoio ao pesquisador organizou no ano passa- em assinar, e por isso a iniciativa está
era uma das principais propostas uma pró-reitoria que discuta assis- que vai se abster na votação do cientista Elisaldo Carlini, professor do um simpósio sobre o uso terapêu- agora aberta para participações indi-
de campanha da atual reitoria. A tência de forma mais ampla, no pata- Consuni. Em sua avaliação, não é emérito da Unifesp (Universidade tico da substância. Na programação viduais. Para assinar a manifestação
instalação da PR-7 depende de mar de outras pró-reitorias”, afirmou. o momento para a criação de mais Federal de São Paulo). Aos 88 anos, havia uma mesa intitulada “Maconha basta acessar a página da SBPC
aprovação do Consuni e estará na De acordo com Julia, a assistência uma estrutura administrativa na Carlini foi chamado pela polícia a pres- e Filosofia”, com participação de uma “Este ato atinge não apenas o
pauta do próximo encontro. aos estudantes é desproporcional à universidade. “Vivemos uma crise, tar esclarecimentos num inquérito que pessoa que cumpre pena por plantar grande pesquisador Elisaldo Carlini,
Hoje quem cuida da assistência demanda. “O número de vagas para serão mais despesas com pessoal e apura apologia ao crime. maconha. O preso pôde comparecer mas todos os cientistas brasileiros e
estudantil é a Superest (Superin- alojamento não chega nem perto do estrutura. O problema é falta de ver- A petição on line “Somos todos porque, no dia do evento, usava o in- ameaça a liberdade de pesquisa e de
tendência Geral de Políticas Estu- total de alunos, a oferta de bolsas só ba. Uma pró-reitoria demanda mais Carlini” repudia com veemência a dulto do Dia das Mães. expressão no país”, afirma a SBPC no
dantis), ligada à Reitoria. atinge cerca de 17% dos estudantes. É custos que a Superest”, finaliza. investigação contra Carlini,mundial- Organizada pela SBPC (Sociedade texto da petição. O documento será
mente conhecido por seus estudos a Brasileira para o Progresso da Ciên- encaminhado às autoridades.

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BOLETIMDAADUFRJ

Opção de lazer
O CEPE-Fundão fica na Cidade Uni-
versitária e tem 26 mil metros quadrados
de área, incluindo duas piscinas, duas
quadras (uma polivalente e uma de

para docentes
tênis), campo de futebol soçaite, saunas
seca e a vapor, além de um restaurante
aberto diariamente. Há aulas de ativida-
des variadas, como vôlei e basquete.
Também são oferecidos serviços de
salão e academia, com mensalidade paga
> Adufrj prepara convênio secretaria. O pagamento é feito ao clube, em separado pelo associado, mas sempre
com o Clube dos Empregados não à Adufrj. Segundo o professor Fer- com preços mais baixos que o mercado.
nando Pereira Duda, diretor da Adufrj,o O professor sindicalizado que decidir se
da Petrobras, no Fundão, convênio amplia a oferta de lazer aos associar ao clube também poderá usar
em Macaé e no Recreio associados. tais serviços, informou o presidente do
CEPE-Fundão, Carlos Roberto Cordeiro.

U
m convênio entre a Adufrj A parceria entre a Adufrj e o CEPE
e o Clube dos Empregados permite ainda que o professor sindica-
da Petrobras (CEPE) permi- lizado se beneficie dos convênios que
tirá que, a partir deste mês o clube mantém com outros estabele-
de março, associados da entidade sindi- cimentos, como farmácias, cartórios
cal utilizem as instalações do clube no e lojas de produtos naturais, entre
Fundão, no Recreio dos Bandeirantes e outros. O CEPE costuma realizar shows
em Macaé. O professor sindicalizado na e eventos com desconto para sócios, e
Adufrj pagará R$ 62 mensais ao clube e todos esses benefícios serão estendidos
terá livre acesso a todas as instalações. ao associado da Adufrj.
Este valor já inclui todos os depen-
dentes do professor. O associado da SERVIÇO
Site: cepefundao.com.br/index.asp
Adufrj que quiser aderir pode fazer o
R. Lobo Carneiro, S/N - Cidade Universitária -
cadastro pelo site do CEPE e preencher Ilha do Fundão - RJ - CEP: 21941-972
a proposta. Outra opção é se dirigir à Tels.: (21) 2162-6066 / 2162-6096 / 2162-
sede do clube, no Fundão, e procurar a 6640 / 2162-6707

NOTAS

PLANTÃO JURÍDICO
DIA INTERNACIONAL EM NOVO HORÁRIO
DA MULHER n A partir deste mês, o plantão
semanal do Jurídico na sede da
FEMININA

n A Adufrj preparou uma campanha


ALUTAPELAPAZÉ

Adufrj será às terças-feiras, das


especial para o Dia Internacional da 10h às 13h. O plantão quinzenal
Mulher. Com identidade visual pró- das sextas-feiras se mantém
pria, mas respeitando as propostas nas datas já avisadas. Durante
do movimento mundial 8M, a cam- o plantão, um advogado fica na
panha ocupará os campi e a Marcha sede da Adufrj atendendo asso-
do dia 8, na Candelária, no Centro da ciados para esclarecer dúvidas e
Cidade. Iremos colocar uma enorme dar orientações sobre processos.
faixa no prédio da reitoria, espalhare- É preciso agendar o atendimento.
mos banners e faremos uma edição A consultoria é gratuita para o
especial do boletim com entrevistas associado da Adufrj.
com professoras e pesquisadores O plantão do Jurídico estará
feministas. O lema da campanha A também no campus da UFRJ em
Luta pela Paz é Feminina remete aos Macaé. Haverá atendimento no
impactos da intervenção militar no dia 13 de março, das 11h às 13h,
Rio de Janeiro e pretende denunciar no Bloco B do Polo Universitário;
que as mulheres e crianças são as e no dia 15/03, das 13h às 16h,
mais castigadas pela brutalidade nas SERVIÇO
Marcha Nenhuma a Menos - Greve na sala de reuniões do Nupem
comunidades atingidas pela inter- (Núcleo em Ecologia e Desenvol-
Internacional dos Mulheres Concentração -
venção. Participe ! vimento Sócio-Ambiental).
Candelária, 16h Saída - 18h

REDAÇÃO COORDENAÇÃO ANA BEATRIZ MAGNO /// EDIÇÃO FERNANDA DA ESCÓSSIA E KELVIN MELO /// REPORTAGEM ELISA MONTEIRO E
SILVANA SÁ (licenciada) /// ESTAGIÁRIAS ISABELLA DE OLIVEIRA, MARIANNE MENEZES /// DESIGN ANDRÉ HIPPERTT /// TI RENATO MARVÃO

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