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Medicina Legal para o cargo de Delegado de Polícia

Civil Goiás - 2017


Aula 0 – Aula Demonstrativa
Profs. Julio Ponte e Lorena Nascimento

Aula 0

Medicina Legal para o cargo de Delegado de Polícia Civil do Estado de


Goiás - 2017
Conceitos importâncias e divisões da Medicina Legal. Corpo de Delito, perícia e
peritos em Medicina Legal. Documentos Médico‐Legais. Conceitos de identidade,
de identificação e de reconhecimento. Principais métodos de identificação

Professores Julio Ponte e Lorena Nascimento

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Aula Conteúdo Programático Data

1. Conceitos importâncias e divisões da Medicina


Legal. 2 Corpo de Delito, perícia e peritos em
00 Medicina Legal. 3 Documentos Médico‐Legais. 3.1 16/11
Conceitos de identidade, de identificação e de
reconhecimento. 4 Principais métodos de
identificação.
5 Lesões e mortes por ação contundente, por
armas brancas e por projéteis de arma de fogo
comuns e de alta energia. 7.2 Lesões e morte por
01 ação térmica, por ação elétrica, por baropatias e 23/11
por ação química. 9 Asfixias por constrição
cervical, por sufocação, por restrição aos
movimentos do tórax e por modificações do meio
ambiente.
6 Conceito e diagnóstico da morte. 6.1 Fenômenos
02 cadavéricos. 6.2 Cronotanatognose, comoriência e 30/11
promoriência. 6.3 Exumação. 6.4 Causa jurídica da
morte. 6.5 Morte súbita e morte suspeita.
03 7 Exame de locais de crime. 7.1 Aspectos médico‐ 14/12
legais das toxicomanias e da embriaguez.
8 Aspectos médico‐legais dos crimes contra a
04 21/12
liberdade sexual. 10 Aspectos médico‐legais do
aborto, infanticídio e abandono de recém‐nascido.
11 Modificadores e avaliação pericial da
05 imputabilidade penal e da capacidade civil. 11.1 28/12
Doença mental, desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, perturbação mental.
06 12 Aspectos médico legais do testemunho, da 04/01/17
confissão e da acareação.
07 13 Aspectos médico‐legais das lesões corporais e 11/01/17
dos maus‐ tratos a menores e idosos.

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Tópicos da Aula
1. Apresentação ............................................................................... 03
2. Conceito e Divisão da Medicina Legal ........................................... 05
3. Corpo de Delito ............................................................................ 08
4. Perícias e Peritos em Medicina Legal ........................................... 09
5. Documentos Médico-Legais .......................................................... 13
6. Identidade, Identificação e Reconhecimento: Conceitos;
Identificação Humana e Perícias Biométricas ................................... 17
7. Lista das Questões Apresentadas ................................................. 51
8. Gabarito ....................................................................................... 59

1. Apresentação

Olá, amigos do Ponto dos Concursos! Como estão?

Vamos iniciar o curso de Direito Penal para o cargo de Delegado da


Polícia Civil do Estado de Goiás. Antes de mais nada, permitam-nos fazer uma
breve apresentação.

Meu nome é Julio Ponte, sou Policial do Senado Federal, aprovado no


concurso de 2008, em 3º lugar. Fui Oficial da Marinha do Brasil, formado pela
Escola Naval. Após 12 anos na Marinha, fui aprovado em 3º lugar para o cargo
de Analista de Gestão e Trânsito do DETRAN/RJ, onde trabalhei por pouco
menos de um ano. Em seguida, fui o 1º colocado nas provas objetivas do
concurso regional PA/MT da PRF em 2008.

Meu nome é Lorena Lima Nascimento, sou Delegada de Polícia Federal,


desde o ano de 2003. Antes de assumir o concurso da PF, fui advogada e
Técnica Judiciária do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, onde lá
trabalhei junto à Vara da Infância e da Juventude.

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O concurso de Delegado de Polícia do Estado de Goiás será realizado pela


Cebraspe, antiga CESPE. As inscrições terão início a partir das 10 horas do dia
22 de novembro de 2016 encerrando-se às 18 horas do dia 12 de dezembro de
2016 (horário oficial de Brasília/DF) e as provas objetivas já estão marcadas
para o dia 05 de fevereiro de 2017.

A remuneração inicial do seu futuro cargo é de R$ 15.250,02, estando


previstas 36 vagas, sendo 34 para ampla concorrência e 2 vagas reservadas
para candidatos com deficiência.

O cargo de Delegado de Policia Civil de Goiás é interessante por vários


aspectos. Além de não ser exigida prática jurídica - o que permite aos recém
formados a possibilidade de já exercerem um cargo privativo de bacharel em
Direito - é um cargo extremamente dinâmico, dando oportunidade ao Delegado
trabalhar conhecendo o interior do Estado e dependendo das investigações em
curso, outras Unidades da Federação.

O Delegado de Polícia Civil precisa ter uma boa noção dos conceitos de
Medicina Legal para fins de requerer, analisar e confrontar, com seu próprio
juízo de valor, os laudos periciais dos crimes investigados.

Somos “suspeitos” para falar da área policial, pois nos identificamos


muito com nossas profissões! O papel do Delegado de Polícia para a sociedade é
essencial, visto que ser ele o primeiro juiz da causa e a força especializada para
combater os mais diversos crimes afetos às searas de suas atribuições.

A sorte está lançada, pessoal, e quanto mais se estuda, mais sorte vocês
terão!

Vamos aos estudos!

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2. Conceito e Divisão da Medicina Legal

Existem três modalidades de exercício da Medicina: medicina curativa,


medicina preventiva e medicina legal.

A medicina curativa estuda as doenças e estabelece as condutas


terapêuticas adequadas. É onde se enquadram as especialidades médicas:
cirurgia, cardiologia, gastroenterologia, reumatologia, pediatria, etc.

A medicina preventiva, também denominada de higiene pública visa


à proteção à saúde dos indivíduos, em agrupamentos, em nível de comunidade.

A Medicina Legal é uma modalidade do exercício da medicina que, a


partir de conhecimentos médicos, através de meios próprios de ação, fornece
esclarecimentos sobre assuntos de ordem médica aos legisladores, à policia
judiciária, ao ministério público e aos magistrados, orientando-os na elaboração
e aplicação das leis civis e penais no meio coletivo. Preocupa-se com o indivíduo
desde a sua forma de ovo até após sua morte, adquirindo o aspecto de ciência
social.

Divide-se em Medicina Legal Geral e Medicina Legal Especial.

Na Medicina Legal Geral estudam-se as obrigações, os deveres


(Deontologia) e os direitos dos médicos (Diceologia), particularizando-se nos
capítulos sobre Exercício Legal e Ilegal da Medicina, Segredo Médico,
Responsabilidade Médica e Ética Médica.

A Medicina Legal Especial ocupa-se do estudo dos seguintes capítulos:

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Ø Antropologia médico-legal – estuda a identidade e a identificação
médicolegal e judiciária.

Ø Asfixiologia médico-legal - detalha os aspectos das asfixias de


origem violenta, como esganadura, enforcamento, afogamento,
estrangulamento, soterramento, sufocação e asfixias produzidas.

Ø Criminologia - preocupa-se com os mais diversos aspectos da


criminogênese, da criminodinâmica, do criminoso e da vítima.

Ø Inforfunística - estuda os acidentes do trabalho e as doenças do


trabalho, não apenas no que se refere à perícia, mas também à higiene e à
insalubridade laborativas.

Ø Jurisprudência médico-legal - estuda as decisões de juízes e


tribunais no que diz respeito aos assuntos médico-legais.

Ø Policiologia - visualiza os processos científicos de interesse médico-


pericial e de aplicação à técnica policial científica.

Ø Psicologia médico-legal - analisa o psiquismo normal e as causas


que podem deformar a capacidade de entendimento da testemunha, da
confissão, do delinqüente e da própria vítima. Estuda o depoimento dos
menores, dos velhos, dos psicopatas, aprecia a inquirição, o depoimento oral e
escrito, a confissão a acareação, a perícia da credibilidade, etc.

Ø Psiquiatria médico-legal - estuda as diversas doenças mentais, os


problemas da capacidade civil e da responsabilidade penal sob o ponto de vista
médico-forense.

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Ø Sexologia médico-legal - vê a sexualidade sob o ponto de vista
normal, anormal e criminoso. Estuda os problemas médico-legais relacionados
com o sexo.

Ø Tanatologia médico-legal - cuida da morte e do morto. Analisa os


mais diferentes conceitos de morte, os direitos sobre o cadáver, o destino dos
mortos, o diagnóstico de morte, a data da morte, a morte súbita, a morte
agônica e a sobrevivência. Trata da necropsia médico-legal, da exumação e do
embalsamamento. Entre outros assuntos, ainda analisa a causa jurídica da
morte (homicídio, suicídio e acidental) e as lesões post-mortem. Estuda ainda
mais a eutanásia.

Ø Toxicologia médico-legal – estuda os cáusticos e os venenos e os


procedimentos periciais nos casos de envenenamento.

Ø Traumatologia médico-legal - trata das lesões corporais sob o ponto


de vista jurídico e das energias causadoras do dano.

Ø Vitimologia - trata da vítima como elemento inseparável na eclosão e


justificação dos delitos.

Trata-se de disciplina com importante relevância para o juiz, a fim de


apreciar melhor a verdade de acordo com critérios exatos. Por sua vez, para o
delegado de polícia, para o promotor de justiça e para os defensores publicos e
advogados a Medicina Legal os auxilia na procura de soluções dos fatos de
interesse judicial. Por fim, para os próprios médicos tal disciplina possui bastante
relevo, pois necessitam de conhecimento sobre o Direito Médico, sobre a
jurisprudência médica, além auxiliar de maneira contundente na elucidação dos
fatos envolvendo a vida, a integridade física e a saúde do ser humano.

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3. Corpo de Delito

Entende-se por corpo de delito o conjunto de provas ou vestígios


deixados pela infração penal. Trata-se da materialidade do crime. Pode ser de
caráter permanente (delicta factis permanentis) ou passageiro (delicta factis
transeuntis).

Não se confunde com o corpo da vítima, pois este ultimo é apenas


um dos elementos sobre o qual o exame pericial buscará os demais dados do
crime.

Também não se confunde com o exame de corpo de delito, vez que


este se trata da perícia realizada para apontar a materialidade delitiva. Logo,
corpo de delito e exame de corpo de delito não são expressões sinônimas.

O exame de corpo de delito divide-se em direto e indireto. Será


direito quando realizado pelos peritos; trata-se da forma científica mais
próxima de se atestar a existência ou a inexistência de algo (ex:drogas). Será
indireto quando formulada a prova por meio de prova testemunhal (art. 167, do
CPP). O corpo de delito indireto não é a forma correta e ideal de constituição de
prova, mas se trata de um mecanismo de busca da verdade dos fatos, e
somente será realizado na impossibilidade de realização do exame de corpo de
delito direto.

Registre-se que os peritos, para efetuarem seus respectivos laudos de


corpo de delito, devem imperiosamente examinar o paciente e o local do crime
para fins de constatação da materialidade delitiva. NÃO deverão se valer de uso
exclusivo de cópias de prontuários médicos, registros hospitalares ou demais
provas indiretas para a elaboração de laudo. Tais documentos poderão auxiliar
as convicções da autoridade solicitadora do Auto de Exame de Corpo de Delito –
AECD.

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4. Perícias e Peritos em Medicina Legal

Por perícia medico-legal entende-se o exame realizado por médico,


de maneira detalhada, buscando dados preciosos para esclarecer um
fato de interesse judicial. Tem a finalidade de colaborar com a investigação
policial, com os processos administrativos e com a justiça (criminal, civil e
trabalhista).

O perito é um indivíduo qualificado e experiente em determinado


assunto, capaz de esclarecer um fato de interesse da justiça, quando for
solicitado. Nas perícias médico-legais o perito é um médico, pela própria
natureza do exame a ser realizado. Pode ser de qualquer especialidade,
denominado médico-legista ou perito oficial, quando vinculados à Secretaria de
Segurança do Estado. No entanto, qualquer médico pode ser nomeado pela
autoridade do local para realizar determinada perícia, sem ser propriamente
legista.

De acordo com o § 1º do artigo 156 do novo CPC (Lei no 13.105, de


16/03/2015), "os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente
habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em
cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado".

Portanto, o juiz poderá nomear para perito não apenas o profissional,


pessoa física, mas também órgãos técnicos ou científicos, como instituições
universitárias e institutos de pesquisas.

Em qualquer situação, será condição, e eis aqui mais uma grande


inovação trazida pelo novo CPC, a inscrição em cadastro mantido pelo
tribunal. Em nome dos princípios da publicidade e da impessoalidade, a
elaboração de tal cadastro deverá ser precedida de consulta pública, por meio de

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divulgação na internet ou em jornais de grande circulação, além de consulta
direta a universidades e conselhos de classe, nos termos do § 2º do citado art.
156. Esse cadastro de peritos estará, ainda, sujeito a avaliações e reavaliações
periódicas.

O novo CPC foi além, ao prever que, na localidade onde não houver
perito inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a nomeação,
em tal hipótese, será feita livremente pelo juiz, mas ainda assim "deverá
recair sobre profissional ou órgão técnico ou científico
comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização da
perícia" (art. 156, § 5º).

Nos termos do § 2º do artigo 157 do novo CPC, "será organizada lista de


peritos na vara ou na secretaria, com disponibilização dos documentos exigidos
para habilitação à consulta dos interessados, para que a nomeação seja
distribuída de modo equitativo, observadas a capacidade técnica e a área do
conhecimento".

Ademais, “o perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas


responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em
outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das
demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo
órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis” (art. 158).

Embora tenha que merecer a confiança do juízo, o perito não pode ser
nomeado em razão de laços de amizade ou de simpatia com o magistrado, com
a vara ou com a secretaria, mas sim por critérios objetivos e transparentes, já
que o perito, como importante auxiliar da Justiça (art. 149 do novo CPC),
desempenha papel de extrema relevância para se alcançar a verdade no âmbito
do processo judicial.

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O novo CPC suprimiu a exigência de nível universitário para o
perito (§ 1º do art. 145 do CPC de 1973), privilegiando o conhecimento
técnico efetivo, que pode derivar apenas da experiência profissional,
como no caso já lembrado por Pontes de Miranda acerca da extração de
borracha na Amazônia, em que o especialista pode ser até mesmo um
analfabeto. Registre-se, porém, a aparente desarmonia do novo CPC com a
hipótese de produção de prova técnica simplificada (§ 3º do artigo 464), na qual
o juiz pode inquirir, em substituição à confecção do laudo pericial, um
especialista, embora neste caso o § 4º do artigo 464 estabeleça que tal
especialista terá que ter "formação acadêmica específica" na área objeto de seu
conhecimento. Essa atecnia certamente sera pacificada com a produção dos
casos concretos.

Registre-se, porem, que a perícia na esfera penal deverá ser realizada


por médicos, e a princípio médicos legistas, não seguindo necessariamente o
rito de escolha previsto no Novo CPC.

O perito deve ser imparcial e neutro em relação aos interesses das


partes, condição que o diferencia dos assistentes técnicos, pois estes também
devem possuir conhecimento especializado, mas atuam em favor da parte que
os elegeu.

Em qualquer situação, inscrito no cadastro ou, por exceção, fora dele, o


perito há de ter conhecimento específico para o tema controvertido a ser
elucidado, o que impedirá, por exemplo, em matéria de previdência
complementar, que um contador venha a ser nomeado para atuar como perito
em questão técnica específica na qual se exige um profissional habilitado em
ciência atuarial. Neste ponto, será de fundamental importância que os atuários,
e até mesmo as empresas de consultoria atuarial que trabalham nesse
segmento, bem como nas áreas de seguros em geral e de saúde suplementar,

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façam sua inscrição naquele cadastro, a fim de que possam contribuir para o
aprimoramento técnico das decisões judiciais.

Em resumo, o novo CPC prestigia o perito, exige maior


transparência para a sua indicação e reforça a necessidade do
conhecimento técnico especializado, tudo em consonância com os princípios
da moralidade, publicidade, impessoalidade e eficiência, lembrando que o
processo judicial, e não mais o juiz, passa a ser o verdadeiro destinatário das
provas.

O perito deve ter três qualidades essenciais: ciência, consciência e


técnica para que esteja apto a servir à Justiça com imparcialidade e ética
profissional.

A perícia médico-legal pode ser feita sobre pessoa natural, cadáver,


animal e objetos.

A perícia sobre pessoa natural, também chamada de perícia no vivo,


é realizada nos casos de determinação da identidade, reconhecimento do sexo,
verificação da existência ou não de simulação, diagnóstico de doença mental,
diagnóstico de doença venérea, diagnósticos de lesões corporais, crimes sexuais,
exclusão de paternidade, doenças profissionais, acidentes de trabalho,
embriaguez, toxicomania, etc.

A perícia sobre cadáver, também denominada perícia no morto, é


realizada com a finalidade de identificar o corpo, estabelecer a realidade e a
época da morte, determinar a causa médica (“causa mortis”) bem como a causa
jurídica (natural ou violenta) da morte, distinguir lesões “intra-vitam” e “post-
mortem”.

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A perícia sobre animais é realizada nos casos de produção de lesões
no homem por animais (unhadas, dentadas, coices), lesão do animal pela arma
utilizada por um criminoso no momento do crime, ato libidinoso para esclarecer
algum tipo de anomalia sexual como o bestialismo, etc.

A perícia sobre objetos visa identificar ou avaliar a eficiência de armas,


identificar o instrumento empregado na prática de aborto, determinar a
amperagem e voltagem da corrente elétrica, verificar os aspectos e os vestígios
das vestes (pólvora, manchas sanguíneas, manchas de esperma) verificar
impressões digitais deixadas, etc.

Existem quatro grupos de perícias: exame médico-legal,


exumação, necroscopia e exame de laboratório. O exame médico-legal é
aquele praticado no vivo com a finalidade de esclarecer os objetivos das perícias
sobre pessoas. A necroscopia compreende os exames realizados no cadáver. A
exumação é realizada em cadáver que já foi enterrado, portanto impondo sua
retirada da sepultura. Os exames de laboratório constam de pesquisas
técnicas diversas e toxicológicas; ensaios microquímicos, espectroscópicos,
microscópicos; caracterização de manchas de leite, de fezes, de sangue, etc;
reconhecimentos de pêlos e cabelos e sua coloração; verificações microscópicas
de citodiagnóstico; etc.

5. Documentos Médico-Legais

São instrumentos escritos ou orais, tecnicamente elaborados, mediante


solicitações prévias, com a finalidade de esclarecer os fatos de interesse jurídico.
Seu estilo deve ser caracterizado pela clareza, fidelidade, totalidade e ilustração.
Os documentos médico-legais são: notificação, atestado, relatório,
consulta, parecer e depoimento oral.

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A notificação é uma comunicação obrigatória, por força legal, de um
fato médico, acidente de trabalho, moléstia infecto-contagiosa, à autoridade
competente para que sejam tomadas as providências sanitárias, judiciárias ou
sociais cabíveis.

O atestado é a afirmação de um fato médico e suas conseqüências.


Deve constar de quatro partes: nome e sobrenome do médico, seus títulos e
qualidades; qualificação do paciente; o estado mórbido e demais fatos
verificados; e uma conclusão, sintetizando as conseqüências do que foi apurado.
O diagnóstico deve ser evitado nos atestados. Quanto à necessidade de colocar
o Código Internacional das Doenças (CID), face à Portaria 3.291, de 20 de
fevereiro de 1984, do Ministério da Previdência Social, decidiu o Conselho
Federal de Medicina, nos Processos-Consulta 1.133/87 e 1.134/90, que o médico
só pode firmar atestados revelando o diagnóstico, na forma codificada ou não,
nos casos de justa causa, dever legal ou autorização expressa do paciente,
conforme preceitua o Art. 102 do Código de Ética Médica.

O atestado deve ser sempre a expressão exata da verdade. O Art. 302


do Código Penal Brasileiro dispõe ser crime “dar o médico, no exercício de sua
profissão, atestado falso”, com pena de detenção cominada entre 1 (um) mês a
1 (um) ano, e se o crime for cometido com o fim de lucro, aplica-se também a
pena multa. Portanto o atestado de fatos inverídicos imputará o profissional no
delito de Falsidade de Atestado Médico, sendo o documento chamado "atestado
gracioso".

Quanto à sua procedência e à sua finalidade, o atestado médico


pode ser administrativo, oficioso e judiciário.

O atestado administrativo é aquele exigido pelas autoridades


administrativas. Deve ser apresentado quando funcionários públicos solicitam
licença ou requerem aposentadoria. São fornecidos por juntas médicas de

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inspeção de saúde. Inclui também os atestados de vacinação antivariólica,
atestado de sanidade física e mental, para ingresso em escola e em repartições
públicas, etc.

O atestado oficioso é aquele solicitado por qualquer pessoa, visando


interesse privado. Tem a finalidade de justificar a falta de comparecimento ao
trabalho, aos exames escolares, etc.

O atestado judiciário é aquele requisitado pelo juiz através do qual os


jurados justificam suas faltas ao tribunal no júri, por força maior.

O relatório é o relato de forma minuciosa de uma perícia médica


efetuada, obedecendo às formalidades determinadas, a fim de responder à
solicitação da autoridade policial ou judiciária frente ao inquérito. É
denominado laudo quando redigido pelo perito após suas investigações,
revisão de casos e pesquisa bibliográfica. Quando ditado ao escrivão, logo após
o exame, corresponde a um auto. Consta das seguintes partes: preâmbulo,
histórico ou comemorativo, descrição, discussão e respostas aos
quesitos.

O preâmbulo é a introdução do relatório. Contém os seguintes dados:


nome, títulos e residência do perito; a indicação da autoridade que determinou o
exame; local, dia e hora exata do exame; qualificação do examinando; natureza
e fim da operação e os quesitos a serem respondidos.

O histórico é o registro de todas as informações colhidas pelo perito com


a finalidade de esclarecer o fato ocorrido e auxiliar as ações periciais.

A descrição é a parte básica do relatório. Consiste na exposição por


escrito do que foi observado e apurado durante o exame, como descreve Alves
de Menezes: "A descrição deve ser executada como quem faz uma fotografia

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colorida, onde as tintas superpostas ao branco e ao preto servem mais para
aproximarem as imagens da verdade material do que para enfeitar as figurações
fotografadas". Deve ser uma reprodução fiel de todos os exames
praticados e verificações feitas, de forma minuciosa, completa e metódica,
omitindo informações, discussões, hipóteses, diagnóstico e conclusões. Deve
conter o registro dos elementos que permitam a identificação do examinando, as
observações apuradas do exame local, os resultados de exames
complementares realizados e a documentação necessária para esclarecer
maiores detalhes (fotografias, desenhos, filmes, etc.).

A discussão é a parte do relatório na qual o perito poderá analisar os


fatos mediante fundamentos científicos e lógicos. Serão feitos os diagnósticos
que julgar necessário, podendo ser usadas impressões pessoais para comentar
os dados obtidos pelo exame, citando referências bibliográficas utilizadas. Deve
ser orientada no sentido de permitir o esclarecimento da conclusão atingida.

A conclusão contém uma síntese do que foi deduzido do exame e da


discussão. Deve ser redigida com clareza e precisão.

As respostas aos quesitos devem ser, sempre que possível, afirmativas


ou negativas e todos os quesitos devem ser respondidos.

A consulta é a pergunta feita por autoridade jurídica a ser respondida


por algum conhecedor do assunto ou por uma corporação científica, sobre
dúvidas acerca de um relatório. Trata-se de um grande quesito apresentado aos
profissionais de maior renome na especialidade.

O parecer é a resposta a uma consulta. Consta de quatro partes:


preâmbulo, exposição, discussão e conclusão. Deve ser redigido com clareza,
documentação e rigor científico.

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E, finalmente, o depoimento oral contém as informações prestadas pelo
perito perante o júri, por convocação do juiz, com a finalidade de esclarecer
oralmente pontos duvidosos acerca de um relatório, em audiência de instrução
ou no julgamento.

6. Identidade, Identificação e Reconhecimento:


Conceitos; Identificação Humana e Perícias

Identidade é o conjunto de caracteres que individualizam uma pessoa


ou uma coisa, tornando-a distinta das demais. É a "qualidade de ser a mesma
coisa e não diversa" (Morais, 1977).

Identificação é o processo utilizado para determinar a identidade. Pode


ser realizada no indivíduo vivo ou no morto. A identificação pode ser dividida em
médico-legal ou pericial e judiciária ou policial.

Reconhecimento “é uma comparação e uma relação de identidade entre


um estado atual ou sensação e um estado que foi atual no passado ou
representação” (Ranzoli)

Não obstante reconhecimento e identificação pareçam semelhantes em


razão de terem em comum o confronto entre elementos colhidos na atualizada
com os elementos obtidos, colhidos ou existentes no passado, há entre eles
diferenças fundamentais.

A identificação é realizada por profissional que para tanto se vale de


métodos científicos e de elementos concretos para atuação desse mister, nao
deixando dúvidas quanto à identificação ou quanto à negativa da identidade
estudada. O reconhecimento, por sua vez, é realizado por leigos por meio de

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um processo empírico, interferindo sobre o seu resultado fatores biológicos e
psicológicos.

Influenciam no ato de reconhecimento, seja de pessoas ou de coisas


(animais, joias, documentos, etc), a acuidade dos sentidos, principalmente a
visão, as condições de percepção (tempo de contato, luminosidade, nível de
ruído, etc), bem como o estado catatímico de quem reconhece (domínio das
emoções sobre a razão). No caso de reconhecimento de cadáveres há
dificuldades peculiares do ato, vez que no morto não há expressões faciais e a
sua palidez modifica a sua fisionomia. Ademais, o cadaver é visto em posição
horizontal, o que nao usual no vivo. Ademais, a aversão à morte traz certa
repulsa ao ato de reconhecimento, que o realiza geralmente o faz sem olhar
meticulocamente para o morto e ainda de forma rápida, com vistas a minimizar
o sofrimento de quem o faz. Daí ser mais frequente o reconhecimento errôneo
de cavaveres.

6.1. Identificação médico-legal

A Identificação medico-legal pode ser física, funcional e psíquica.

6.1.1. Identificação Médico-Legal Física

A identificação médico-legal física é efetuada quanto aos seguintes


aspectos: espécie, raça, sexo, idade, estatura, más-formações, cicatrizes,
tatuagens, sinais profissionais, sinais individuais, biótipo, identificação pelos
dentes, palatoscopia e superposição de fotografias.

Ø Espécie

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Quando se tem fragmentos ou partes de um corpo, faz-se necessário
distingui-los de restos humanos. Este estudo utiliza elementos como ossos,
dentes, pêlos, unhas, sangue, etc.

O estudo de um osso para a determinação da espécie animal deve ser


feito macroscópica, microscópica e biologicamente. O estudo macroscópico
baseia-se na forma, nas dimensões e em caracteres peculiares do osso humano.
O estudo microscópico é feito pela análise dos canais de Havers, do sistema
lamelar e dos osteoblastos. No homem, os canais de Havers são irregulares ou
elípticos, mais largos e menos numerosos. Nos animais, eles são circulares,
menores e mais numerosos, correndo em direção horizontal e quase
paralelamente entre si. O sistema lamelar, ao redor dos canais, é mais
desenvolvido e em maior número de camadas concêntricas, no homem. Os
osteoblastos variam quanto à forma e dimensões nas diversas espécies animais;
no homem, são retilíneos, regulares, anastomosados, freqüentes, longos e finos.
O estudo biológico é realizado através de provas biológicas como anafilaxia,
fixação do complemento e soro-precipitação.

Os dentes são elementos importantes para a determinação da espécie


animal, devido aos caracteres particulares adquiridos pelos tipos diversos de
alimentação.

Os pêlos humanos são comumente cilíndricos, flexíveis e de colorido


homogêneo; os pêlos de animais são em geral curtos, fusiformes, de diversas
espessuras e de colorido acentuado, uniforme ou variado. Tratando-se de pêlos
humanos, faz-se necessário identificar a raça do indivíduo, o sexo, a idade, a
região do corpo, se foram arrancados, caídos espontaneamente, se foram
cortados, queimados, etc.

As unhas devem ser examinadas quanto ao comprimento, à curvatura,


aos desgastes (onicofagia), à consistência, à coloração, à presença ou não de

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substâncias estranhas em sua margem e debaixo da borda livre. Podem ser
estudadas, indiretamente, através de impressões que elas deixam no corpo de
uma vítima e em substâncias plásticas.

Quando o elemento utilizado para identificação da espécie é o sangue, a


primeira providência é saber se o material mandado para o exame é realmente
sangue, através de uma técnica que consiste na procura dos cristais de
Teichmann. A seguir, passa-se à identificação específica, que se baseia na forma
e dimensão das hemácias, na presença ou não de núcleos. Nos mamíferos, as
hemácias são anucleadas e circulares (medindo em torno de 7 micra de
diâmetro no homem). Nos demais vertebrados, as hemácias são nucleadas e
elípticas.

Ø Raça

Ottolenghi considera cinco tipos étnicos fundamentais: caucásico,


mongólico, negróide, indiano e australióide.

O tipo caucásico caracteriza-se por apresentar cor branca ou trigueira;


cabelos lisos ou crespos, louros ou castanhos; íris azul ou castanha; contorno
crânio-facial anterior ovóide ou ovóide poligonal; perfil facial ortognata e
ligeiramente prognata.

O tipo mongólico apresenta pele amarela, cabelos lisos, face achatada


de diante para trás, fronte larga e baixa, espaço inter-orbitário largo, maxilares
pequenos e mento saliente.

O tipo negróide tem pele negra, cabelos crespos em tufos, crânio


pequeno, perfil facial prognata, fronte alta e saliente, íris castanha, nariz
pequeno, largo e achatado, perfil côncavo e curto, narinas espessas e afastadas
visíveis de frente e circulares.

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O tipo indiano não consiste em um tipo racial definido: estatura alta,


pele amarelo-trigueira, tendendo ao avermelhado, cabelos pretos, lisos,
espessos e luzidios, íris castanha, crânio mesocéfalo, supercílios espessos,
orelhas pequenas, nariz saliente, estreito e longo, barba escassa, fronte vertical
e zigomas salientes e largos.

O tipo australióide é de estatura alta, pele trigueira, nariz curto e largo,


arcadas zigomáticas largas e volumosas, prognatismo maxilar e alveolar,
espáduas largas, bacias estreitas, dentes fortes, mento retraído, arcadas
superciliares salientes e crânio dolicocéfalo.

Para a caracterização das raças, estuda-se a forma do crânio, índice


cefálico, forma da face, estatura, envergadura, índice dentário, índices ósseos,
fenda palpebral, cor da íris, forma do nariz, espessura dos lábios, tipo de cabelo
e pigmentação cutânea.

A forma do crânio é obtida pelo exame dos vários contornos do crânio


(vertical, anterior, posterior e laterais). Existem vária formas relacionadas a
figuras geométricas.

O índice cefálico (IC) é obtido pela relação entre a largura e o


comprimento do crânio, utilizando-se a fórmula de Retzius.

Fórmula de Retzius = largura X 100


comprimento máximo

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Daí, surgem os seguintes tipos de crânio: dolicocéfalo (IC ≤ 75), sub-
dolicocéfalo (75 ≤ IC ≤ 77,77), mesaticéfalo (77,78 ≤ IC ≤80), sub-braquicéfalo
(80,01 ≤ IC ≤82,33) e braquicéfalo (IC ≥ 82,34).

A forma da face pode ser variável, de acordo com as dimensões obtidas.


Dividindo-se a face em três níveis, observase que uns apresentam o andar
superior bastante baixo (australióide), outros o andar inferior muito
desenvolvido (negros), outros o andar médio desenvolvido (sul-orientais) e,
ainda outros, um equilíbrio entre os andares (mongólicos).

O ângulo facial (AF) é um elemento importante para determinação do


prognatismo. Existem vários critérios para medi-lo. O método de Camper
compreende um plano aurículo-orbitário que passa pelos bordos inferiores das
órbitas e pelas bordas superiores dos orifícios do conduto auditivo e por uma
reta que, partindo do ponto de inserção dos incisivos, passa pelo começo do
nariz. Ele permite classificar a face em: ortognata (AF > 850), mesognata (800 <
AF < 850) e prognata (AF < 800).

A estatura é a medida céfalo-podálica máxima que sofre variações


dependendo da higidez na vida intra e extra-uterina, como também do estado
nutricional durante o crescimento.

Envergadura é a distância entre as extremidades dos terceiros


quirodáctilos com os braços distendidos lateralmente.

O índice dentário (ID) é determinado dividindo-se pela distância


nasobasal (sutura nasofrontal ao bordo anterior do buraco occipital) o produto
da multiplicação do comprimento de um incisivo médio superior por 100. Por
este índice, classificamos o indivíduo em: macrodonte (ID > 44), mesodonte (42
< ID < 44) e microdonte (ID < 42).

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Dos índices ósseos, destacam-se os índices tíbio-ferrioral (I.T.F.) e o
rádioumeral (I.R.U.).

A fenda palpebral de abertura ampla, com ângulo interno mais


elevado que o externo é característica das raças caucásica, negra, australióide e
indiana. De abertura estreita, com o ângulo externo mais elevado que o interno
(olho oblíquo) e prega nasopalpebral pendente da pálpebra superior, ocultando
parcialmente as pestanas, com a carúncula lacrimal oculta é característica da
raça mongólica.

A cor da íris pode variar do azul (grupos caucásicos) ao negro-brilhante


(mongólica), passando pelo castanho (australióide).

A forma do nariz é classificada de acordo com o índice nasal, que se


obtém multiplicando a largura do nariz por 100 e dividindo este produto pela
altura.

Quanto à espessura dos lábios, classificam-se os lábios em delgado


(caucásicos), medianos (mongólicos) e grossos (negros).

Quanto ao tipo de cabelo, classificam-se os cabelos em lissótricos


(mongólicos), cimótricos (caucásicos) e ulótricos (negros).

De acordo com a pigmentação cutânea, têm-se pele branca


(caucásica), preta (negra), trigueira (australióide, indiana), amarela
(mongólica), vermelha (esquimós), parda (mulato, mameluco e cafuzo).

Ø Sexo

No indivíduo vivo e no cadáver íntegro, não há dificuldades para a


determinação do sexo, salvo nos casos de pseudo-hermafroditismo. No morto

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putrefeito, carbonizado ou reduzido a esqueleto, o exame deve ser mais
detalhado. O esqueleto da mulher é menor e mais delicado. O tórax masculino
assemelha-se a um cone invertido, enquanto a mulher, tem a forma ovóide,
sendo mais achatado de diante para trás, portanto com a capacidade torácica
menor. O crânio do homem tem espessura mais pronunciada. A bacia do sexo
masculino apresenta dimensões verticais maiores que as horizontais, é mais
resistente, com saliências para inserções musculares mais rugosas. A bacia
feminina apresenta dimensões transversais maiores que as correspondentes da
bacia masculina. No cadáver mutilado ou em fase de putrefação avançada, com
destruição da genitália externa, a técnica mais comum é a abertura da cavidade
abdominal para pesquisar a presença de útero e ovários ou próstata.

Ø Idade

A vida humana, para fins médico-legais, pode ser dividida nas seguintes
faixas etárias: intra-uterina (ovular, embrionária e fetal), infante ou recém-
nascido, primeira infância, segunda infância, adolescência, mocidade, adulto,
velhice e decrepitude.

Na vida intra-uterina, a determinação da idade é feita pelo aspecto


morfológico do embrião ou feto e pela estatura.

No vivo, consideram-se elementos como: a presença ou ausência de


rugas, a distribuição e coloração dos pêlos, presença do arco senil (faixa
periférica e acinzentada da íris, composta de colesterol, triglicerídeos e
fosfolipídios) encontrado em 20% dos indivíduos acima de 40 anos e 100% dos
indivíduos acima de 80 anos de idade, dentes, capacidade acústica, órgãos
genitais e mamas, estudo radiológico dos pontos de ossificação e da soldadura
das epífises às diáfises.

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No cadáver, além de algumas destas verificações pode-se obter outras,
como os depósitos arterioscleróticos calcificados na aorta. Quando o morto é
reduzido a fragmentos ou a esqueleto, as informações sobre sua idade são
obtidas a partir dos sinais de ossificação, pelo desenvolvimento e soldadura dos
ossos, pela ossificação das cartilagens, pelo achatamento e rarefação dos ossos,
através de estudo radiológico e de exame direto .

Ø Estatura

No indivíduo vivo é obtida em posição ortostática, perfeitamente vertical.


No cadáver, é tomada medindo-se o mesmo em posição deitada num plano
horizontal, entre dois planos verticais. Tratando-se de fragmentos, peças, partes
ou ossos, a estatura é calculada com certa aproximação, através dos cânones de
Vitrúvio, das fórmulas de Pearson, da tábua de Etienne Rollet, da tábua de
Manouvier, da tabela e da tábua de Orfila.

Ø Más-formações

Observamos aspectos, como: lábio leporino, espinha bífida, desvio da


coluna, pés tortos, genuvarum, genuvalgo, más-formações genitais, doenças
cutâneas, discromias, varizes, vícios ósseos, polidactilia, sindactilia e outros.

Ø Cicatrizes

Podem ser traumáticas, por queimaduras ou por ação de cáusticos e


patológicas como as de vacina, as cirúrgicas, as relacionadas a estados mórbidos
anteriores (varíola, herpes zoster, tuberculose, sífilis, etc.). Devem ser
estudadas quanto à forma, a região, às dimensões, à cor, à resistência, à
profundidade e à mobilidade.

Ø Tatuagens

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São desenhos feitos na pele através de depósito de substância corante


na derme, por meio de perfurações com agulhas, incisões, escoriações ou
queimaduras. Têm o aspecto de caracterização individual e consiste em um sinal
de identidade.

Ø Sinais profissionais

São estigmas deixados pelo hábito de um tipo de trabalho executado


pelo indivíduo,
como a calosidade dos sapateiros e alfaiates, as alterações das unhas dos
fotógrafos e tipógrafos e o calo dos lábios dos sopradores de vidro.

Ø Sinais individuais

Os nevus, as manchas cutâneas as verrugas ou qualquer sinal individual


são de utilidade no processo de identificação.

Ø Biótipo

Não apresenta muita importância nos dias atuais. Para sua determinação
usamse os dados antropométricos.

Ø Identificação pelos dentes

É de grande relevância em casos de cadáveres carbonizados. Além disso,


o estudo dos dentes permite determinar a idade, diferenciar espécies animais,
identificar certas profissões e caracterizar raças humanas. Pode ser efetuada
diretamente ou através das impressões deixadas pelos mesmos em objetos ou
em alguns alimentos. O estudo direto é realizado por meio de descrição,
fotografia, desenho, radiografia e exame microscópico. Faz-se ainda, o estudo

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das arcadas e da abóbada palatina. A ficha odontológica é um elemento
primordial no processo de identificação pelos dentes, pois contém os serviços
feitos e os por fazer, a zona cariada, as anomalias encontradas e todo e
qualquer sinal característico.

Ø Palatoscopia

É a identificação humana através da reprodução que a impressão deixa


das saliências existentes no palato, que são facetas imutáveis.

Ø Superposição de fotografias

Este processo consiste na identificação individual por demonstração


fotográfica, utilizando-se a superposição de fotos do indivíduo tiradas em vida
sobre a foto do esqueleto do crânio.

6.1.2. Identificação Médico-Legal Funcional

A identificação médico-legal funcional é realizada no indivíduo vivo, a


partir do estudo de seus movimentos em geral, normais ou anormais e das
diferentes funções de seus vários órgãos. Devem ser registrados: atitude,
mímica, gestos, andar, funções sensoriais (tato olfato, audição e visão), voz e
escrita.

6.1.3. Identificação Médico-Legal Psíquica

A identificação médico-legal psíquica consiste no estudo da identidade


psíquica, devendo-se interrogar, observar e examinar o paciente, utilizando
todos os recursos que a semiologia permite.

6.2. Identificação Judiciária

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Na identificação judiciária o bom método de utilização é aquele que


apresenta os seguintes quesitos: unicidade (conjunto de caracteres que torna o
indivíduo diferente de todos os outros), imutabilidade (os elementos registrados
devem permanecer sem sofrer a ação de qualquer fator endógeno ou exógeno),
praticabilidade (deve ser de fácil obtenção e registro) e classificabilidade (deve
ter classificação adequada e facilidade de encontrar as respectivas fichas).

Processos antigos de identificação judiciária consistiam no ferrete (marcar


as pessoas com ferro em brasa), na mutilação, nas tatuagens e na injeção de
parafina para formação de tumor.

O assinalamento sucinto consiste na anotação, em documentos, da


estatura, da raça, da compleição física, da idade, da cor dos olhos e dos cabelos
e de algumas alterações mais chamativas.

A fotografia é um método de identificação de grande valor, sendo até


hoje usada nas cédulas de identidade, existindo a fotografia ordinária e a
fotografia sinalética. A fotografia ordinária guarda traços característicos do
indivíduo, permitindo ulterior comparação. Existem alguns inconvenientes como
ocorre com os sósias e com as modificações posteriores que o indivíduo possa
apresentar. A fotografia sinalética consiste em se fotografar de frente e de perfil
direito o examinando, na redução fixa de 1/7.

O retrato falado consiste no relato de uma série de detalhes


fisionômicos de um indivíduo, através do qual se reproduz a imagem em forma
de desenho.

O sistema antropométrico de Bertillon ou "bertillonage" é


reconhecido como o primeiro método científico de identificação. Compreende o
assinalamento antropométrico, o descritivo e o de particularidades. O

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assinalamento antropométrico baseia-se em onze medidas: diâmetro ântero-
posterior da cabeça, diâmetro transversal da cabeça, comprimento da orelha
direita, diâmetro bi-zigomático, comprimento do pé esquerdo, comprimento do
dedo médio esquerdo, comprimento do dedo mínimo esquerdo, comprimento do
antebraço, estatura, envergadura e altura do busto.

O assinalamento consiste de caracteres morfológicos (altura e largura


da fronte, dimensões e forma da boca, dimensões e forma do nariz), caracteres
cromáticos (cor dos cabelos, da pele e dos olhos) e os caracteres
complementares (particulares de cada pessoa).

O assinalamento das particularidades registra os caracteres individuais


como cicatrizes, deformações, tatuagens, nevus, verrugas, amputações, etc.

Além destes elementos, Bertillon, posteriormente, incluiu na sua ficha


outros, como a fotografia, a colorimetria da íris esquerda e até as impressões
digitais.

Vários outros sistemas de identificação foram estudados e utilizados,


sendo o Sistema Dactiloscópico de Vucetich o de maior eficácia no processo de
identificação. Este processo foi lançado em 1891 na Argentina e instituído
oficialmente no Brasil em 1903.

Dactiloscopia, segundo Juan Vucetich, é "a ciência que propõe


identificar as pessoas fisicamente consideradas, por meio de impressões ou
reproduções físicas dos desenhos formados pelas cristas papilares das
extremidades digitais". Os maiores princípios da dactiloscopia são a
imutabilidade e a individualidade.

Desenho digital consiste no conjunto de cristas e sulcos existentes nas


extremidades dos dedos. Aparece no 6º mês de vida intra-uterina, conservando-

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se por toda a vida do indivíduo e até depois da morte, só desaparecendo pela
putrefação.

A impressão digital é o reverso do desenho, em determinado suporte,


formando um ajuntamento de linhas brancas e pretas. Assim é fácil de ser
estudada em qualquer fase da vida humana e no cadáver.

As linhas papilares de uma impressão digital podem ser agrupadas em


três sistemas: sistema basal, dado pelas linhas mais ou menos horizontais,
situadas nas proximidades do sulco articular, na base da última falange; sistema
marginal, constituído pelo adjunto de linhas que se dispõem circularmente
segundo as bordas e extremidades da falange e um sistema central ou nuclear
mais ou menos individualizado e incluído nos dois outros.

Unindo-se esses sistemas, formam-se os chamados deltas, pela


semelhança que esse entrecruzamento apresenta com a letra grega (Fig. 1).

Fig. 01

A impressão digital pode ser de quatro tipos fundamentais: o verticilo,


cuja figura possui dois deltas e um núcleo central; a presilha, possui um só delta
e um núcleo, podendo ser externa ou interna, respectivamente, conforme o

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delta estiver à esquerda ou à direita do observador, e o arco, figura em que não
há delta, constituindo-se apenas dos sistemas basilar e marginal (Figs. 2).

Fig. 2 Dactilogramas básicos

Fig.2 Dactilogramas básicos

A anotação desses tipos se faz da seguinte forma: no polegar, quer da


mão direita, quer da mão esquerda, os tipos são designados por letras
maiúsculas (V=verticilo; E=presilha externa; l=presilha interna; A=arco), que
formam a palavra VEIA.

Exemplo:

Verticilo: V-4
Presilha Externa: E–3
Presilha Interna: I–2
Arco: A-1


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Através da fórmula dactiloscópica, obtém-se a individual dactiloscópica.


Para isso, a fundamental é representada pelo polegar direito e a divisão pelos
demais dedos da mão direita. Todos os dedos da mão direita constituem a série.
A subclassificação é dada pelo polegar esquerdo e a subdivisão pelos demais
dedos da mão esquerda. Todos os dedos da mão esquerda constituem a secção.
Em caso de cicatriz, a anotação será X; no de amputação, será 0 (zero).

Os tipos essenciais são simbolicamente representados por letras


maiúsculas para os polegares e por algarismos para o restante dos dedos.

Exemplo:

Série: V – 4313
Secção: V - 4122

De acordo com o Sistema de Vucetich o Verticilo é o datilograma com


um delta à direita e outro à esquerda do observador, tendo pelo menos uma
linha livre e curva à frente de cada delta. É representado pela letra V para os
polegares e o número 4 para os demais dedos. Subtipos do Verticilo: Circular
=1, Espiral =2, Ovoidal =3, Sinuoso =4 e Duvidoso =5.

A classificação não é suficiente para a identificação. Faz-se necessária a


pesquisa dos chamados pontos característicos, nas linhas das impressões
digitais, tais como: ilhota (um ponto ou um traço), cortada (um traço maior),
bifurcação (se as linhas se separam em ângulo curvilíneo), forquilha (se a
separação for em ângulo retilíneo), encerro (se duas linhas paralelas se unem
nas duas extremidades) (Fig. 3).

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A Poroscopia é o estudo dos poros existentes nos desenhos digitais,


traduzidos por espaços claros no exame de uma impressão digital, palmar ou
plantar, com forte aumento, em cada linha papilar. Variam em numero, posição,
dimensões e forma, sendo diferentes em cada papila, mas imutáveis em cada
indivíduo.

O Albodactilograma é o estudo das linhas brancas contidas entre uma


linha papilar e outra, numa impressão digital. Geralmente são devidas à
cicatrizes ou ferimentos, mas podem ser devido à presença de cristas
congenitamente muito rasas. Têm influência a idade, o sexo, a raça, a atividade
profissional.

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Vamos agora testar os conhecimentos adquiridos na Aula 00.

1) (FUNCAB – PC/RJ – Delegado de Polícia – 2012) Os


documentos médico-legais são mecanismos de comunicação com as
autoridades e, portanto, devem ser elaborados com metodologia, de
forma a obedecer uma configuração preestabelecida. Constituem parte
comum ao relatório ou laudo e ao parecer, EXCETO:
a) descrição.
b) discussão.
c) conclusão.
d) preâmbulo.
e) quesitos.

Gabarito. A. O parecer médico-legal é um documento gerado quando


uma consulta prévia não esclarece os questionamentos relativos à interpretação
dos dados contidos em uma perícia. Consta de: preâmbulo, exposição, discussão
e conclusão. A única parte que não compõe o parecer médico-legal é a
DESCRIÇÃO, uma vez que a análise é realizada em documentos anteriormente
elaborados. Os quesitos estão presentes no âmbito da exposição. Referências: 1.
FÁVERO, F. Medicina Legal. 12ª Ed., Belo Horizonte: Villa Rica, 1991. Primeira
Parte, Cap. 3, ps. 60-61. 2. FRANÇA, G. V. Medicina Legal. 6ª Ed., Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. Cap. 2, p. 16. 3. HERCULES, H.C. Medicina
Legal – Texto e Atlas. 1ª Ed., São Paulo: Atheneu, 2005. Cap. 3, ps. 18-19.
(respodta da banca, em resposta aos recursos apresentados para a questão).

2) (FUNCAB – PC/RO – Delegado de Polícia – 2009) Identidade


médico-legal é o conjunto de características apresentadas por um

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indivíduo que o torna único. Assinale a opção INCORRETA acerca da
identificação médico-legal.
a) O sistema de identificação dactiloscópica de Vucetich é um
processo de grande valia e de extraordinário efeito, porque apresenta os
requisitos essenciais para um bom método: unicidade, praticabilidade,
imutabilidade e classificabilidade; só não apresenta o requisito de
perenidade.
b) Identificação médico-legal pode ser realizada em um indivíduo
vivo ou em cadáver, inteiro, espostejado ou reduzido a ossos.
c) Na identificação médico-legal, são considerados os seguintes
parâmetros: idade, sexo, raça, estatura e peso, pois, partindo-se do
geral, chega-se ao particular, ao indivíduo.
d) Características ocasionais, tais como a presença de tatuagens,
calos de fraturas ósseas e próteses dentárias, ósseas ou de outros tipos,
não possuem valor para a antropologia forense.
e) Medidas de dimensões de ossos longos e comparações com
tabelas podem dar ideia da estatura de indivíduos quando vivos.

Gabarito. D. A assertiva se encontra incorreta por afirmar que calos de


fraturas ósseas e próteses dentárias não possuem valor para antropologia
forense.

3) (CESPE – PC/PE – Delegado de Polícia – 2016) Determinada


delegacia de polícia, comunicada da existência de um cadáver em
estado de putrefação jogado em um canavial de sua circunscrição, deve
tomar providências para levantar informações — como, por exemplo, a
certificação de tratar-se de pessoa, e não de animal, e o
estabelecimento da causa da morte —, além de realizar diligências
diversas.
Assinale a opção correta acerca das atividades médico-legais
nesse caso.

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a) O método de identificação do cadáver de primeira escolha, para
o caso, é a identificação por material genético, o DNA, que pode ser
extraído mesmo de material putrefeito.
b) Mesmo estando o cadáver em adiantado estado de putrefação,
é possível, conforme a especificidade, estabelecer, pelo exame médico-
legal, a causa jurídica da morte — suicídio, homicídio, acidente ou morte
natural.
c) A análise do aspecto macroscópico do fígado do cadáver em
questão é suficiente para que o médico-legista determine se ocorreu
morte súbita ou se morte com suspeita de ocorrência criminal.
d) Deve-se proceder à exumação do cadáver, que deve ser
realizada por equipe da delegacia de polícia acompanhada de médico-
legista.
e) Caso o cadáver encontrado seja de material humano, a
identificação deverá ser feita por reconhecimento.

Gabarito. B. Mesmo estando o cadáver em adiantado estado de


putrefação é possível o estabelecimento da natureza jurídica da morte por meio
de xame medico-legal. Por exemplo, um cadaver esquartejado fala a favor da
ocorrência de homicídio.
Análise dos demais itens.
Item ”A” – ERRADO. O exame de DNA NÃO é necessariamente o de
primeira escolha, sendo inicialmente feita a identificação por reconhecimento e
se possível por digitais
Item “C” ERRADO. O diagnostico de morte súbita X morte agônica
pode ser feito com a análise bioquímica (e não a observação macroscópica) do
fígado para pesquisa do glicogênio hepático .
Item “D” ERRADO. O cadaver não estava inumado (enterrado) e
portanto não cabe aqui a exumação.

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Item “E” ERRADO. Poderá, conforme as condições do corpo, ser feita
por reconhecimento, mas não é correta a afirmação "deverá", pois dependendo
destas condições "deverá" ser realizada por outro meio.
OBSERVAÇÃO! A análise da questão pede muito mais bom senso do que
conhecimento medico-legal.

4) (CESPE – PC/PE – Delegado de Polícia – 2016) Com relação


aos conhecimentos sobre corpo de delito, perito e perícia em medicina
legal e aos documentos médico-legais, assinale a opção correta.
a) Perícia é o exame determinado por autoridade policial ou
judiciária com a finalidade de elucidar fato, estado ou situação no
interesse da investigação e da justiça.
b) O atestado médico equipara-se ao laudo pericial, para
serventia nos autos de inquéritos e processos judiciais, devendo ambos
ser emitidos por perito oficial.
c) Perito oficial é todo indivíduo com expertise técnica na área de
sua competência incumbido de realizar o exame.
d) É inválido o laudo pericial que não foi assinado por dois peritos
oficiais.
e) Define-se corpo de delito como o conjunto de vestígios
comprobatórios da prática de um crime evidenciado no corpo de uma
pessoa.

Gabarito. A. As perícias podem ser determinadas pela autoridade


policial (artigo 6°, VII do CPP) ou judiciária (ex: sanidade mental só o juiz
determina - art. 149, par. 1°) com a finalidade de elucidar fato, estado ou
situação no interesse da investigação e da justiça.
Item “B” ERRADO. Atestados médicos não se equiparam ao laudo
pericial para serventia nos autos de inquéritos e processos judiciais, exceto na
Lei Maria da Penha (art. 12, par. 3°), e NÃO devem ser emitidos por perito
oficial, senão seriam oficialmente laudos.

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Item “C” ERRADO. Peritos oficiais são funcionários públicos investidos
no cargo após concurso público.
Item “D” ERRADO. O laudo pericial é assinado por UM perito oficial, em
casos simples; se de natureza complexa pode-se designar mais de um (oficial),
podendo também a parte indicar mais de um assistente técnico (art. 159, §7°).
Item “E” ERRADO. Define-se corpo de delito como o conjunto de
vestígios comprobatórios da prática de um crime evidenciado NÃO SÓ no corpo
de uma pessoa. Esses vestígios são os elementos materiais que podem ser
percebidos pelos sentidos humanos e que necessitam de comprovação para
permitir avaliação judicial: determinação da materialidade e indícios de
autoria. Quando têm caráter permanente são chamados de delicta factis
permanentis; quando passageiros, são delicta factis transeuntis. O exame
pode ser ainda se DIRETO quando são examinados diretamente os vestígios
produzidos ou que tenham concorrido para a tipificação; ou INDIRETO quando,
não existindo vestígios, o exame é feito com base em prova testemunhal,
boletim de atendimento médico ou prontuário de internação hospitalar. A perícia
se diferencia da prova testemunhal porque o perito não se limita à descrição
minuciosa dos fatos, emitindo também um juízo de valor.

5) (ACAFE – PC/SC – Delegado de Polícia – 2014) Segundo a


melhor doutrina, pode-se considerar que “Documento é toda anotação
escrita que tem a finalidade de reproduzir e representar uma
manifestação de pensamento”.
Dentre os documentos médicos legais temos as seguintes
descrições:
- É declaração simples, por escrito, de um fato médico e de suas
possíveis consequências, feitas por qualquer médico que esteja no
exercício regular de sua profissão e que tem o propósito de sugerir um
estado de doença, para fim de licença, dispensa ou justificativa de falta
de serviço.

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- Comunicações compulsórias feitas às autoridades competentes,
pelo médico, de um fato profissional, por necessidade sanitária e social
sobre moléstia infectocontagiosa, doença de trabalho e a morte
encefálica.
- Intercessão no decurso de um processo, por estudioso médico
legal, nomeado para intervir na qualidade de perito, para emitir suas
impressões e responder aos quesitos formulados pelas partes.
- Descrição minuciosa de uma perícia médica, feita por peritos
oficiais, requisitada por autoridade policial ou judiciária frente a um
inquérito policial. É constituído de preâmbulo, quesitos, histórico ou
comemorativo, descrição, discussão conclusão e resposta dos quesitos.
As definições acima se referem, respectivamente, a:
a) atestado, notificação, parecer médico-legal e relatoria médico-
legal.
b) parecer médico-legal, notificação, atestado e relatoria médico-
legal.
c) atestado, parecer médico-legal, relatoria médico-legal e
notificação.
d) relatoria médico-legal, notificação, relatoria médico-legal e
atestado.
e) atestado, relatoria médico-legal, parecer médico-legal e
notificação.

Gabarito. A. O enunciado da questão demanda a resposta “dentre os


documentos médicos legais” .
Ao discorrermos sobre atestados faz-se necessário que tenhamos em
mente o seguinte: atestados "são certificados médicos que atestam um
fato", e dividem-sem em: Atestado Judiciário, Atestado Oficioso (aqueles
atestados de saúde para faltar ao trabalho, por isso a nomenclatura "oficioso") e
Atestado Administrativo (para licença do serviço público).

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Das três espécies, somente o Atestado Judiciário se caracteriza como
documento médico-legal, os demais não. Por ser a "menos errada"
considerou-se a alternativa "A" como correta.

6) (FUNCAB – PC/RO – Delegado de Polícia – 2014) O uso das


impressões digitais como recurso empregado para vincular um suspeito
à cena do crime, através dos vestígios coletados e analisados, é de
aplicação inquestionável na investigação policial. A ficha datiloscópica,
base na qual funcionam todos os sistemas de identificação humana por
impressões digitais, é decadatilar. Tendo em vista que em um local de
crime, dificilmente serão encontradas as impressões dos dez dedos do
criminoso, marque a alternativa correta em relação à técnica referida.
a) O arquivo monodatilar utiliza os tipos fundamentais e os
pontos característicos.
b) Circular, espiral, ovoidal, sinuoso e duvidoso são subtipos dos
verticilos.
c) Na confecção da ficha datiloscópica são utilizados algarismos
para representar os polegares e letras para os demais dedos.
d) Os quatro tipos fundamentais da classificação são arco,
gancho, presilha e verticilo.
e) São considerados pontos característicos as forquilhas, as
invadidas e os encerros.

Gabarito. B. Sistema de Vucetich: Verticilo é o datilograma com um


delta à direita e outro à esquerda do observador, tendo pelo menos uma linha
livre e curva à frente de cada delta. É representado pela letra V para os
polegares e o número 4 para os demais dedos. Subtipos do Verticilo: Circular
=1, Espiral =2, Ovoidal =3, Sinuoso =4 e Duvidoso =5.

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7) (UEG – PC/GO – Delegado de Polícia – 2013) A prova pericial
é muito valorada na fase do inquérito policial e na fase processual. Com
relação às perícias tem- se que
a) o exame de corpo de delito deve ser solicitado pela autoridade
competente diretamente ao perito.
b) na exumação, o administrador do cemitério deve mostrar o
local da inumação do corpo.
c) o exame médico pericial complementar deve ser realizado 30
dias após o primeiro exame.
d) nos casos de perícias complexas o exame pericial deve ser
realizado por dois peritos.

Gabarito. B. A presente questão encontra seu fundamento no art. 163


do CPP. Vejamos.
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade
providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize
a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.
Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular
indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso
de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o
cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às
pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.

8) (UEG – PC/GO – Delegado de Polícia – 2013) Na cena do local


do crime os peritos arrecadaram a seguinte fórmula datiloscópica:

O suspeito deverá apresentar qual desenho digital no dedo médio


da mão esquerda?

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a) verticilo
b) presilha externa
c) arco
d) presilha interna

Gabarito. D. Letra D - dedo médio da mão esquerda (o terceiro dígito do


denominador), que é o número 2 e corresponde à presilha interna.

9) (UEG – PC/GO – Delegado de Polícia – 2013) Em Antropologia


Forense, os ângulos faciais (Jacquart, Cloquet e Curvier) são
determinantes para:
a) altura
b) idade
c) sexo
d) raça

Gabarito. D. Os ângulos de Jacquart, Cloquet e Cuvier são os mais


usados para a estimativa da cor da pele (fenótipo da cor da pele). Variam entre
brancos e negros.
Ângulos Leucodermas Melanodermas
Jacquart 76,5% 70,3%
Cloquet 62% 58%
Cuvier 54% 48%
Segundo Jacquart, o ângulo é dado por uma linha que passa pelo
pontomais saliente da fronte e pela linha nasal anterior, e por outra linha que
vai da espinha nasal anterior ao meio da linha médio-auricular,conseguindo,
aproximadamente, um ângulo de 76,5 graus para os brancos, de 72 para os
amarelos e de 70,3 para os negros.
São importantes também os ângulos de Curvier (uma linhaque passa pela
parte mais saliente da fronte até o ângulo dentário superior, e por outra linha
que vai do ângulo dentáriosuperior até o conduto auditivo externo) e de Cloquet

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(uma linha que vai da parte mais saliente da fronte até o ponto alveolar,e outra
linha que vai do ponto alveolar até o conduto auditivo externo).

10) (UEG – PC/GO – Delegado de Polícia – 2013) A respeito dos


documentos médico-legais, tem-se o seguinte:
a) relatório médico somente poderá ser elaborado por médico
legista.
b) laudo e auto são documentos idênticos.
c) o atestado de óbito poderá ser assinado por profissional não
médico.
d) notificação é uma comunicação feita pelo médico ao delegado
de polícia sobre um fato relevante na investigação.

Gabarito. C. "Declaração de Óbito (DO) é um documento de


responsabilidade médica, deve ser preenchida para todos os óbitos inclusive os
fetais, os ocorridos em estabelecimento de saúde, domiciliares ou outros locais.
O médico é o responsável pelo preenchimento de todas as informações contidas
na DO, nunca deve assinar em branco, ou deixar declarações previamente
assinadas, deve se certificar que todas as informações estão corretas antes de
assinar.
Quando o óbito ocorrer no hospital caberá ao médico assistente assinar a
DO, na sua ausência deverá ser assinado pelo médico do plantão.
Nos casos de mortes suspeitas ou violentas, ou não naturais é obrigatório
que a DO seja fornecida pelos serviços de medicina-legal, neste caso é vedado
ao médico assistente assinar a DO.
Nos casos de morte fetal é obrigatório que a DO seja fornecida pelos
médicos que prestaram assistência a mãe ,quando a gestação tiver duração
igual ou superior a vinte semanas,feto com peso igual ou superior a quinhentos
gramas e estatura maior ou igual a vinte e cinco centímetros.
Nos casos de morte natural sem assistência médica a DO deverá ser
assinada pelos médicos do Serviço de Verificação de Óbito ou SVO, mas nas

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localidades que não existir este serviço a DO deverá ser fornecido pelos médicos
do serviço público de saúde mais próximo do local do evento ocorrido, na sua
ausência por qualquer médico da localidade.
A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime
ambulatorial deverá ser fornecida por médico designado pela instituição que
prestava assistência, ou pelo SVO e se o paciente estiver em tratamento
domiciliar sob o regime Programa Saúde da Família, deverá ser fornecida pelo
médico pertencente ao programa ao qual o paciente estava cadastrado.
Na hipótese de não existir médico na localidade onde ocorreu o
óbito, a autoridade designará duas pessoas que tiverem presenciado ou
verificado o óbito para lavrar a DO, conforme disposto no Código
Sanitário do Estado.
Quanto ao preenchimento da causa de óbito nas situações em que não é
possível esclarecer a causa da morte pelo exame e não existindo a possibilidade
de morte violenta, o médico investido na função oficial de perito atestará;
“morte natural sem assistência médica.”
Analisemos abaixo os demais itens da questão:
Item “A” ERRADO. O relatório é o documento que relata a perícia. Em
regra, a perícia médico-legal é elaborada por um perito oficial, que é médico
legista. Contudo, na falta deste, a perícia poderá ser realizada por 2 peritos não-
oficiais, o que significa dizer que o relatório pode ser elaborado por quem não é
médico legista. Art. 159, § 1º, CPP Na falta de perito oficial, o exame será
realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior
preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica
relacionada com a natureza do exame. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de
2008)
Item “B” ERRADO. Os relatórios se dividem em autos e laudos. Delton
Croce aduz que: “Se o relatório é ditado diretamente ao escrivão, na presença
de testemunhas, chamar-se-á auto, e, se redigido posteriormente pelos peritos,
ou seja, após suas investigações e consultas ou não a tratados especializados,
recebe o nome de laudo”.

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Item “D” ERRADO. Notificação é uma comunicação de um fato por
necessidade social ou sanitária. Ex: doenças infecto-contagiosas.

11) (UEG – PC/GO – Delegado de Polícia – 2013) No local do


crime, os peritos arrecadaram um desenho digital que apresentava um
delta à esquerda. Pelo sistema de Vucetich, este desenho é classificado
como
a) presilha interna
b) verticilo
c) presilha externa
d) arco

Gabarito. C. Conforme o sistema de Vucetich, delta significa de uma


letra grega que tem um formato de um triângulo isósceles e que pode aparecer
nas linhas papilares dos dedos. O sistema é baseado na presença ou ausência de
delta de modo que: a) Arco - não tem delta - representado pela letra A para os
polegares e 1 para demais dedos; b) presilha interna - o delta situa-se à direita
do observador - representado pela letra I para os polegares e 2 para os demais
dedos; c) presilha externa - o delta situa-se à esquerda do observador -
representado pela letra E para os polegares e 3 para os demais dedos;
d) verticilo - tem dois deltas - representado pela letra V para os polegares e 4
para os demais dedos.

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12) (FGV – PC/MA – Delegado de Polícia – 2012) O sistema


dactiloscópico de Vucetich é um dos principais métodos utilizados na
identificação policial e judiciária. Numa individual dactiloscópica

expressa pela fórmula , verifica-se que a pessoa identificada


apresenta
a) amputação do dedo polegar esquerdo.
b) amputação do dedo indicador direito.
c) amputação do dedo indicador esquerdo.
d) amputação do dedo polegar direito.
e) amputação do dedo mínimo esquerdo.

Gabarito. B. Na parte de cima da formula representa cada dedo da


mão direita e embaixo da esquerda, sempre partindo do polegar para o
mindinho.
- Nos polegares, usam-se letras (V, E, I, A)
- Nos demais, números (4, 3, 2, 1):
4 = V (verticilo - duas presilhas/"nózinhos" na impressão digital)
3 = E (presilha externa - na esquerda)

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2 = I (presilha interna - na direita)
1 = A (arco - ausência de presilhas)
Façam sempre dessa forma, escrevam VEIA e, respectivamente, o 4321
ao lado de cada letra, conforme feito acima.
0 = amputação do dedo
X = Cicatriz
Fórmula apresentada na questão: E0313/AX442 (pode vir dessa
forma também, mas o racíocinio é o mesmo: mão direita primeiro, sempre do
polegar para o mindinho)
- Mão direita:
E = presilha esquerda no polegar
0 = indicador amputado
3 = presilha esquerda no dedo médio
1 = Presilha interna no anelar
3 = presilha esquerda no mindinho
- Mão esquerda:
A = arco no polegar
X = Cicatriz no indicador
4 = Verticilo no dedo médio
4 = Verticilo no anelar
2 = presilha direita no mindinho.

13) (CESPE – PC/AL – Delegado de Polícia – 2012) Em relação à


perícia médico-legal, julgue os itens que se seguem.
O exame dos vestígios não desvanecentes, visando à inserção
probatória nos inquéritos e processos penais, deve ser feito após a
autoridade policial tomar conhecimento da prática da infração penal.
Nessa ocasião, a autoridade se vale do Código de Processo Penal, e, se
for o caso, deve determinar o exame de corpo de delito ou quaisquer
outras perícias. Portanto, as provas periciais são inseridas nos autos
através dos laudos.

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Gabarito. CERTO. Exame de vestígios não desvanecentes é sinônimo de


exame de vestígios que não desaparecem. A questão deseja conhecimento do
art. 6o, CPP, em especial o inc. VII, combinado com o art. 158 do CPP. Isto é, o
procedimentoda autoridade policial num crime que deixa vestígio.
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a
autoridade policial deverá: VII - determinar, se for caso, que se proceda
a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias.
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o
exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a
confissão do acusado.

14) (FUNCAB – PC/RJ – Delegado de Polícia – 2012) A


identificação de uma pessoa se define como um conjunto de
características que individualiza a pessoa, tornando-a diferente das
demais. Sob esta óptica, o exame de DNA, embora moderno e com alto
grau de confiabilidade, não é suficiente para a determinação da
identidade, pois via de regra, essas análises são realizadas utilizando-se
como material de comparação amostras de familiares, sendo assim um
método capaz de gerar o grau de parentesco e, não a identidade
propriamente dita, ou seja, pode determinar se um indivíduo é filho de
alguém, mas não qual dos filhos. Outras técnicas, científicas, ao
contrário do exame de DNA, podem, isoladamente, conferir a identidade
a um cadáver, considerando a preexistência de parâmetros de
comparação. Entre essas técnicas, estão:
a) reconhecimento facial, arcada dentária e sobreposição de
imagens.
b) reconhecimento facial, sinais particulares e sobreposição de
imagens.
c) impressão dactiloscópica, sinais particulares e sobreposição de
imagens.

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d) impressão dactiloscópica, arcada dentária e sobreposição de
imagens.
e) impressão dactiloscópica, arcada dentária e sinais particulares.

Gabarito. D. As outras alternativas trouxeram outros métodos de


identificação, porém, não científica, como:
Item “A” ERRADO. Reconhecimento facial - não é científico;
Item “” ERRADO. Reconhecimento facial e sinais particulares - não são
científicos;
Itens “C” e “E”. Sinais particulares - não são científicos
Obviamente não existe uma única técnica científica de identificação que
possa “atender a todo e qualquer caso em que morte é verificada. As técnicas
que são usualmente utilizadas, como a impressão dactiloscópica e o exame de
arcada dentária, são válidas para a imensa maioria dos casos como meio de
produção de prova de identificação. Os sinais particulares, tais como tatuagens,
cicatrizes, amputações e estigmas profissionais não seguem aos princípios
básicos de identificação que são: a unicidade, imutabilidade e praticidade. Não é
possível, do ponto de vista científico, conferir identidade a um indivíduo
unicamente por ele possuir determinada marca ou tatuagem. Os sinais
particulares, embora incapazes de, por si só, identificar o indivíduo, geralmente
tem relevância como critério de exclusão no processo de investigação médico-
legal. Segundo Greco, o reconhecimento “Consiste em fazer-se a identificação
por meio de comparação empírica, sem utilizar nenhuma técnica de base
científica.” Desta forma, configura uma técnica subjetiva que não apresenta
possibilidade de comprovação analítica por diferentes pessoas em diferentes
lugares. A sobreposição de imagens fotográficas e radiológicas associada aos
fundamentos de prosopometria é uma técnica científica aceita
internacionalmente há muitos anos, tendo servido inclusive para a identificação
de nazistas foragidos. Esta técnica está sendo cada vez mais utilizada devido ao
acesso aos avanços no campo da computação gráfica. Como citado no enunciado
da questão, a existência de registros radiológicos prévios da pessoa, permite a

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sua identificação através da sobreposição de radiografias. As mais utilizadas
nesta situação são as radiografias do crânio, dos ossos longos, dos dentes e da
face, em particular dos seios paranasais. Referências: 1. BLANCO, R. S. Apostila
de Medicina Legal. Rio de Janeiro, 2000; ps. 368-369. 2. FRANÇA, G. V.
Medicina Legal. 6ª Ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. Cap. 3, ps.
49-53. 3. GRECO, R. Medicina Legal a Luz do Direito Penal e do Direito
Processual Penal. 10 Ed. Rio de Janeiro, 2011; Cap. 2, p. 40. 4. HERCULES, H.C.
Medicina Legal – Texto e Atlas. 1ª Ed., São Paulo: Atheneu, 2005. Cap. 4, ps.
31- 35. (resposta da BANCA qto aos recursos dos candidatos)

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7. Lista das Questões Apresentadas

1) (FUNCAB – PC/RJ – Delegado de Polícia – 2012) Os


documentos médico-legais são mecanismos de comunicação com as
autoridades e, portanto, devem ser elaborados com metodologia, de
forma a obedecer uma configuração preestabelecida. Constituem parte
comum ao relatório ou laudo e ao parecer, EXCETO:
a) descrição.
b) discussão.
c) conclusão.
d) preâmbulo.
e) quesitos.

2) (FUNCAB – PC/RO – Delegado de Polícia – 2009) Identidade


médico-legal é o conjunto de características apresentadas por um
indivíduo que o torna único. Assinale a opção INCORRETA acerca da
identificação médico-legal.
a) O sistema de identificação dactiloscópica de Vucetich é um
processo de grande valia e de extraordinário efeito, porque apresenta os
requisitos essenciais para um bom método: unicidade, praticabilidade,
imutabilidade e classificabilidade; só não apresenta o requisito de
perenidade.
b) Identificação médico-legal pode ser realizada em um indivíduo
vivo ou em cadáver, inteiro, espostejado ou reduzido a ossos.
c) Na identificação médico-legal, são considerados os seguintes
parâmetros: idade, sexo, raça, estatura e peso, pois, partindo-se do
geral, chega-se ao particular, ao indivíduo.
d) Características ocasionais, tais como a presença de tatuagens,
calos de fraturas ósseas e próteses dentárias, ósseas ou de outros tipos,
não possuem valor para a antropologia forense.

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e) Medidas de dimensões de ossos longos e comparações com
tabelas podem dar ideia da estatura de indivíduos quando vivos.

3) (CESPE – PC/PE – Delegado de Polícia – 2016) Determinada


delegacia de polícia, comunicada da existência de um cadáver em
estado de putrefação jogado em um canavial de sua circunscrição, deve
tomar providências para levantar informações — como, por exemplo, a
certificação de tratar-se de pessoa, e não de animal, e o
estabelecimento da causa da morte —, além de realizar diligências
diversas.
Assinale a opção correta acerca das atividades médico-legais
nesse caso.
a) O método de identificação do cadáver de primeira escolha, para
o caso, é a identificação por material genético, o DNA, que pode ser
extraído mesmo de material putrefeito.
b) Mesmo estando o cadáver em adiantado estado de putrefação,
é possível, conforme a especificidade, estabelecer, pelo exame médico-
legal, a causa jurídica da morte — suicídio, homicídio, acidente ou morte
natural.
c) A análise do aspecto macroscópico do fígado do cadáver em
questão é suficiente para que o médico-legista determine se ocorreu
morte súbita ou se morte com suspeita de ocorrência criminal.
d) Deve-se proceder à exumação do cadáver, que deve ser
realizada por equipe da delegacia de polícia acompanhada de médico-
legista.
e) Caso o cadáver encontrado seja de material humano, a
identificação deverá ser feita por reconhecimento.

4) (CESPE – PC/PE – Delegado de Polícia – 2016) Com relação


aos conhecimentos sobre corpo de delito, perito e perícia em medicina
legal e aos documentos médico-legais, assinale a opção correta.

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escrita que tem a finalidade de reproduzir e representar uma
manifestação de pensamento”.
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descrições:
- É declaração simples, por escrito, de um fato médico e de suas
possíveis consequências, feitas por qualquer médico que esteja no
exercício regular de sua profissão e que tem o propósito de sugerir um
estado de doença, para fim de licença, dispensa ou justificativa de falta
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encefálica.

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- Intercessão no decurso de um processo, por estudioso médico
legal, nomeado para intervir na qualidade de perito, para emitir suas
impressões e responder aos quesitos formulados pelas partes.
- Descrição minuciosa de uma perícia médica, feita por peritos
oficiais, requisitada por autoridade policial ou judiciária frente a um
inquérito policial. É constituído de preâmbulo, quesitos, histórico ou
comemorativo, descrição, discussão conclusão e resposta dos quesitos.
As definições acima se referem, respectivamente, a:
a) atestado, notificação, parecer médico-legal e relatoria médico-
legal.
b) parecer médico-legal, notificação, atestado e relatoria médico-
legal.
c) atestado, parecer médico-legal, relatoria médico-legal e
notificação.
d) relatoria médico-legal, notificação, relatoria médico-legal e
atestado.
e) atestado, relatoria médico-legal, parecer médico-legal e
notificação.

6) (FUNCAB – PC/RO – Delegado de Polícia – 2014) O uso das


impressões digitais como recurso empregado para vincular um suspeito
à cena do crime, através dos vestígios coletados e analisados, é de
aplicação inquestionável na investigação policial. A ficha datiloscópica,
base na qual funcionam todos os sistemas de identificação humana por
impressões digitais, é decadatilar. Tendo em vista que em um local de
crime, dificilmente serão encontradas as impressões dos dez dedos do
criminoso, marque a alternativa correta em relação à técnica referida.
a) O arquivo monodatilar utiliza os tipos fundamentais e os
pontos característicos.
b) Circular, espiral, ovoidal, sinuoso e duvidoso são subtipos dos
verticilos.

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c) Na confecção da ficha datiloscópica são utilizados algarismos
para representar os polegares e letras para os demais dedos.
d) Os quatro tipos fundamentais da classificação são arco,
gancho, presilha e verticilo.
e) São considerados pontos característicos as forquilhas, as
invadidas e os encerros.

7) (UEG – PC/GO – Delegado de Polícia – 2013) A prova pericial


é muito valorada na fase do inquérito policial e na fase processual. Com
relação às perícias tem- se que
a) o exame de corpo de delito deve ser solicitado pela autoridade
competente diretamente ao perito.
b) na exumação, o administrador do cemitério deve mostrar o
local da inumação do corpo.
c) o exame médico pericial complementar deve ser realizado 30
dias após o primeiro exame.
d) nos casos de perícias complexas o exame pericial deve ser
realizado por dois peritos.

8) (UEG – PC/GO – Delegado de Polícia – 2013) Na cena do


local do crime os peritos arrecadaram a seguinte fórmula datiloscópica:

O suspeito deverá apresentar qual desenho digital no dedo médio


da mão esquerda?
a) verticilo
b) presilha externa
c) arco
d) presilha interna

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9) (UEG – PC/GO – Delegado de Polícia – 2013) Em


Antropologia Forense, os ângulos faciais (Jacquart, Cloquet e Curvier)
são determinantes para:
a) altura
b) idade
c) sexo
d) raça

10) (UEG – PC/GO – Delegado de Polícia – 2013) A respeito dos


documentos médico-legais, tem-se o seguinte:
a) relatório médico somente poderá ser elaborado por médico
legista.
b) laudo e auto são documentos idênticos.
c) o atestado de óbito poderá ser assinado por profissional não
médico.
d) notificação é uma comunicação feita pelo médico ao delegado
de polícia sobre um fato relevante na investigação.

11) (UEG – PC/GO – Delegado de Polícia – 2013) No local do


crime, os peritos arrecadaram um desenho digital que apresentava um
delta à esquerda. Pelo sistema de Vucetich, este desenho é classificado
como
a) presilha interna
b) verticilo
c) presilha externa
d) arco

12) (FGV – PC/MA – Delegado de Polícia – 2012) O sistema


dactiloscópico de Vucetich é um dos principais métodos utilizados na
identificação policial e judiciária. Numa individual dactiloscópica

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expressa pela fórmula , verifica-se que a pessoa identificada


apresenta
a) amputação do dedo polegar esquerdo.
b) amputação do dedo indicador direito.
c) amputação do dedo indicador esquerdo.
d) amputação do dedo polegar direito.
e) amputação do dedo mínimo esquerdo.

13) (CESPE – PC/AL – Delegado de Polícia – 2012) Em relação à


perícia médico-legal, julgue os itens que se seguem.
O exame dos vestígios não desvanecentes, visando à inserção
probatória nos inquéritos e processos penais, deve ser feito após a
autoridade policial tomar conhecimento da prática da infração penal.
Nessa ocasião, a autoridade se vale do Código de Processo Penal, e, se
for o caso, deve determinar o exame de corpo de delito ou quaisquer
outras perícias. Portanto, as provas periciais são inseridas nos autos
através dos laudos.

14) (FUNCAB – PC/RJ – Delegado de Polícia – 2012) A


identificação de uma pessoa se define como um conjunto de
características que individualiza a pessoa, tornando-a diferente das
demais. Sob esta óptica, o exame de DNA, embora moderno e com alto
grau de confiabilidade, não é suficiente para a determinação da
identidade, pois via de regra, essas análises são realizadas utilizando-se
como material de comparação amostras de familiares, sendo assim um
método capaz de gerar o grau de parentesco e, não a identidade
propriamente dita, ou seja, pode determinar se um indivíduo é filho de
alguém, mas não qual dos filhos. Outras técnicas, científicas, ao
contrário do exame de DNA, podem, isoladamente, conferir a identidade

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a um cadáver, considerando a preexistência de parâmetros de
comparação. Entre essas técnicas, estão:
a) reconhecimento facial, arcada dentária e sobreposição de
imagens.
b) reconhecimento facial, sinais particulares e sobreposição de
imagens.
c) impressão dactiloscópica, sinais particulares e sobreposição de
imagens.
d) impressão dactiloscópica, arcada dentária e sobreposição de
imagens.
e) impressão dactiloscópica, arcada dentária e sinais particulares.

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8. Gabarito

01 – A 08 – D
02 – D 09 – D
03 – B 10 – C
04 – A 11 – C
05 – A 12 – B
06 – B 13 – CERTO
07 – B 14 – D

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