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Passes em animais

Apliquei um passe na Lana, cachorrinha de minha esposa, raça schnauzer.


Pouco depois ela expirou.
– Também, pudera! – criticou um amigo. – Passe em cachorro é veneno. Não leu a observação de Erasto, em O Livro dos
Médiuns? Um homem magnetizou um cão e o pobre animal morreu!
Informação equivocada.
Não, caro leitor, não estou exercitando a petulância de contestar um dos mentores da Codificação, valoroso discípulo de São
Paulo.
Equivocado estava meu amigo, porquanto Erasto refere-se a alguém que magnetizou um cão com o propósito de servir-se dele
para comunicações com os Espíritos, intoxicando magneticamente o pobre animal.
Observemos sua explicação:
… Com efeito, saturando-o de um fluido haurido numa essência superior à essência especial da sua natureza de cão, ele o
esmagou, agindo sobre o animal à semelhança do raio, ainda que mais lentamente. Assim, pois, como não há assimilação
possível entre o nosso perispírito e o envoltório fluídico dos a n i m a i s , p r o p r i a m e n t e d i t o s , instantaneamente os
aniquilaríamos, se os mediunizássemos.
Em se tratando de nossa prezada Lana, o passe apenas a ajudou a desencarnar, porquanto era, digamos, um paciente terminal,
vivendo seus últimos momentos na carne.
Isso tem acontecido comigo quando atendo doentes graves. Os confrades até brincam, dizendo que aplico o passe da meia-noite,
e que jamais eu seja convocado para esse tipo de ajuda quando estiverem mal de saúde.
Não há nada de assustador, caro leitor. Esse fenômeno é vivenciado por todos os passistas. Ocorre apenas com pacientes
terminais que se beneficiam com o passe, sempre acompanhado da oração, no trânsito da morte.
Quanto aos animais, não vejo problema nenhum em aplicar-lhes passes.
Minha experiência tem sido satisfatória nesse particular.
O professor Herculano Pires, que, segundo Chico Xavier, foi quem melhor interpretou Kardec, fala, no livro Mediunidade, Vida e
Comunicação, de uma mediunidade zoológica, de médiuns que cuidam de animais enfermos, com tratamentos que incluem o
passe magnético.
Destaca o professor:
A assistência mediúnica aos animais é possível e grandemente proveitosa. O animal doente pode ser socorrido por passes e
preces e até mesmo com os recursos da água fluidificada.
No livro Conduta Espírita, psicografia de Waldo Vieira, há uma importante observação de André Luiz a respeito do assunto:
No socorro aos animais doentes, usar os recursos terapêuticos possíveis, sem desprezar mesmo aqueles de natureza
mediúnica que aplique a seu próprio favor. Obviamente podemos incluir o passe magnético dentre esses recursos terapêuticos.
Você já ouvir falar, caro leitor, de pessoas com mão boa para tratar de plantas?
Haverá em suas mãos algum recurso mágico, capaz de fazer vicejar os vegetais? Nada disso, nada que as diferencie quanto à
estrutura e funcionamento.
A diferença está na vibração. São pessoas que gostam das plantas, cuidam bem, conversam com elas…
Assim como os animais, as plantas possuem um princípio espiritual em evolução, sensível às vibrações do ambiente e de seus
cuidadores, atendendo a uma regra básica: quanto mais carinho demonstrarmos por elas, mais viçosas e saudáveis ficarão.
Diz Jesus (Mateus, 25:40):
Em verdade vos digo que quando fizeste a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizeste. Creio que esse adjetivo é bem
mais abrangente do que imaginamos. Atendendo não apenas os pobres, mas também a todas as expressões da natureza, plantas
e animais, abaixo do reino hominal, estaremos servindo a Jesus.
Certamente Francisco de Assis assinaria embaixo.
Por: Richard Simonetti
FONTE: Jornal MOMENTO ESPÍRITA, edição de abril de 2016, do Centro Espírita "Amor e Caridade" (CEAC), de Bauru/SP.

ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL A ANIMAIS

Introdução – este texto refere-se a estudo efetuado pelos integrantes do NUVET – Núcleo de
Medicina Veterinária e Espiritualidade da AME – SP (Associação Médico-Espírita de São Paulo),
sobre questões relativas à assistência espiritual a animais – que contempla a prece, a água
fluidificada e o passe, assunto ainda não bem conhecido e bem divulgado dentro da comunidade
espírita.
A prece e a água fluidificada – a utilização desses recursos em favor de animais, não tem sido objeto
de expressivas opiniões discordantes entre os espíritas, pelo contrário, particularmente aqueles que
se acham ligados afetivamente aos seus animais de companhia, por vezes até recorrem
espontaneamente a eles.
A aplicação de passes – a utilização deste recurso na assistência a animais é que tem sido motivo de
divergências. Para o melhor entendimento desse assunto, buscamos na literatura espírita, subsídios
que pudessem nos esclarecer.
No site da FEB - Federação Espírita Brasileira encontramos material sobre o passe, intitulado Estudo
sobre o Passe: o passe nas reuniões mediúnicas, de autoria de Marta Antunes Moura (Brasília, 20 de
março de 2004), do qual destacamos algumas informações:
Passe é uma transmissão conjunta de fluidos magnéticos – provenientes do encarnado – e de fluidos
espirituais – oriundos dos benfeitores espirituais, não devendo ser considerada uma simples
transmissão de energia animal (magnetização).
Esta é exatamente a conceituação referida por Emmanuel em sua obra Segue-me, onde se lê:
O passe é a transmissão de energias fisiopsíquicas, operação de boa vontade.
A mesma conceituação sobre o que seja “passe”, vemos registrada na obra “O Passe como Cura
Magnética”, da Dra. Marlene Nobre, em que lemos no cap. 2:
A ação magnética pode se produzir de três maneiras diferentes... pelo próprio fluido do magnetizador
(magnetismo propriamente dito), pelo fluido dos Espíritos (magnetismo espiritual) e pelos fluidos
que os Espíritos despejam sobre o magnetizador e ao qual este serve de condutor... O fluido
espiritual, combinado com o fluido humano (magnetismo misto) dá a este as qualidades que lhe faltam
(com referência à A Gênese, de Kardec (GE), cap. XIV como fonte da informação)... Conclui-se,
portanto, que os passistas das Casas Espíritas utilizam o magnetismo misto...(destaques nossos)
Em O Livro dos Espíritos, de Kardec, (LE). Introdução, temos resumidamente as informações de
que:
O princípio vital... é comum a todos os seres vivos, desde as plantas até o homem. Segundo a idéia
mais comum, o princípio vital se encontra num fluido especial, universalmente espalhado, do qual
cada ser absorve e assimila uma parte durante a vida, como vemos os corpos inertes absorverem a
luz. Este seria então o fluido vital, que segundo certas opiniões, não seria outra coisa que o fluido
elétrico animalizado, também designado de fluido magnético, fluido nervoso, etc.
Em A Gênese (GE), de Kardec, cap. XIV – Os Fluidos, item 31, está o seguinte esclarecimento:
A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder
curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada; mas depende também da
energia da vontade, a qual provoca uma emissão fluídica mais abundante e dá ao fluido uma força
maior de penetração; depende enfim, das intenções que animam aquele que quer curar, quer seja ele
homem, ou Espírito. Os fluidos que emanam de uma fonte impura são como substâncias médicas
alteradas (destaques nossos).
Conclusão sobre o que se pode entender como passe a ser aplicado em animais, em casas
espíritas: é um procedimento efetuado por um encarnado, que doará ao paciente fluidos magnéticos
de boa qualidade, resultantes da vontade firme e da intenção benevolente de auxiliar, sendo que a
esses fluidos magnéticos serão acoplados fluidos espirituais emanados dos Espíritos benfeitores que
assessoram essa atividade.

Algumas Questões :
1. “O Sr. T. magnetizou o seu cão e com isso o matou”
Em O Livro dos Médiuns, cap. XXII – Da Mediunidade nos Animais, item 236, o Espírito Erasto
relata:
...não mediunizamos diretamente nem os animais nem a matéria inerte. Precisamos do concurso
consciente ou inconsciente de um médium humano, porque necessitamos da união dos fluidos
similares, que não encontramos nos animais nem na matéria bruta. O Sr. T., dizem, magnetizou o seu
cão. A que resultado chegou? Matou-o. Porque esse infeliz animal morreu depois de haver caído
numa espécie de atonia, de langor, consequência de sua magnetização. Com efeito, infiltrando-lhe um
fluido haurido numa essência superior à essência especial de sua natureza, ele o esmagou, agindo
sobre ele, embora mais lentamente, à semelhança de um raio. Assim, não havendo nenhuma
possibilidade de assimilação entre o nosso perispírito e o envoltório fluídico dos animais propriamente
ditos, nós os esmagaríamos imediatamente ao mediunizá-los (destaques nossos).
Nosso comentário sobre esse texto de Erasto – as pessoas com opinião contrária à aplicação de
passes nos animais, valem-se,com frequência da citação deste texto de Erasto.
Entretanto, é necessário observar-se que Erasto aí não se referia propriamente à aplicação de
passes nos animais, que em condições adequadas necessariamente contempla, conforme já
referimos, não apenas a atuação do passista, com transmissão de fluido magnético ao paciente, mas
também a ação dos bons Espíritos, que somam aos fluidos magnéticos emitidos pelo passista, fluidos
espirituais de boa qualidade, direcionando-os com vontade firme e intenção benevolente de auxiliar,
de acalmar as dores, de diminuir o sofrimento da criatura que está sendo atendida. No episódio em
que o Sr. T. teria matado o seu cão, ele simplesmente o magnetizou, não lhe aplicou um passe. São
duas coisas completamente diferentes, não há como confundi-las.
Quanto à citação de Erasto de que o Sr. T. teria matado o seu cão, infiltrando-lhe um fluido haurido
numa essência superior à essência especial de sua natureza, é bastante oportuno o que se lê na GE.
XIV:
Como os odores, eles (os fluidos) ... trazem o cunho dos sentimentos de ódio, de inveja, de ciúme,
de orgulho, de egoísmo, de violência, de hipocrisia, de bondade, de benevolência, de amor, de
caridade, de doçura, etc. Sob o aspecto físico, são excitantes, calmantes, penetrantes, adstringentes,
irritantes, dulcificantes, soporíferos, narcóticos, tóxicos, reparadores, expulsivos; tornam-se força de
transmissão, de propulsão, etc.
Portanto, não é admissível que um fluido de essência “superior” tenha sido por si só a causa da
morte do pobre cão. Salta aos olhos o fato que o Sr. T. não aplicou em seu cão, um passe com boa
vontade, com o coração magnânimo, pretendendo beneficiar a sua saúde ou curá-lo de alguma
doença, conferindo portanto aos seus fluidos, características que pudessem qualificá-los de
calmantes, dulcificantes ou reparadores . Ele apenas o magnetizou, ou seja, transmitiu ao cão, o seu
fluido magnético, sabe-se lá com que intenção! Portanto, se a magnetização o matou, é porque agiu
de má-fé e seus fluidos eram de má qualidade. É o que podemos concluir, após os esclarecimentos
citados em A Gênese (GE), cap. XIV – Os Fluidos, item 31, Kardec (Os fluidos que emanam de uma
fonte impura são como substâncias médicas alteradas).
Outra possibilidade, é que o Sr. T. não tenha propriamente magnetizado o seu cão, mas tenha
vampirizado o seu fluido vital, à semelhança do que fazem certas pessoas que “matam” passarinhos e
plantas, segundo o que se ouvia com frequência tempos atrás, na cultura interiorana de transmissão
oral, quando era mais comum a criação de pássaros em gaiolas. Então era corrente a recomendação
de que quando um visitante desejasse muito adquirir um de seus canários, pintassilgos ou outro
pássaro qualquer, o melhor seria ceder-lhe prontamente o animal, pois caso contrário correria o sério
risco de ver em seguida, o animal morrer em consequência da “inveja” do pretenso comprador.
Hermínio Miranda relata, em seu livro Diversidade dos Carismas, volume I, no capítulo XI – Mau
Olhado, a “Desencarnação do Chuchuzeiro”, detalhando como em poucas horas seu viçoso
chuchuzeiro sucumbiu completamente aos “elogios” de uma vizinha “como se lhe houvessem
extraído, de uma só vez, toda a sua vitalidade”. E é o que deve ter acontecido !
O autor revela ainda que uma dúvida muito grande sobre o que realmente acontecera (ele era então
muito jovem), teria ficado em sua mente por muito tempo, até deparar-se com a questão LE.552, em
que se lê:
Algumas pessoas dispõem de grande força magnética, de que podem fazer mau uso, se maus forem
seus próprios espíritos, caso em que possível se torna serem secundados por outros espíritos maus.
Se o Sr. T. matou o seu cão por magnetização ou vampirização, isso não representa o foco de
nosso interesse neste momento. O que importa é fazer a distinção do que aconteceu neste caso, que
não foi aplicação de um passe, procedimento totalmente diferente.
2. Em outra questão, pergunta-se se um passe transmitido com intensa carga fluídica poderia matar
um animal fragilizado por doença ou velhice.
Vamos ter em mente as características do passe – transmissão de fluidos magnéticos emanados do
passista, aos quais se somam fluidos espirituais emanados dos bons Espíritos, havendo de ambas as
fontes, firme intenção e vontade benevolente de fazer o bem, o que confere boa qualidade à
totalidade dos fluidos endereçados ao paciente. Em outras palavras, o passe é um ato de amor, e um
ato de amor não pode prejudicar ninguém, sejam animais ou seres humanos.
A ASSEAMA - Associação Espírita Amigos dos Animais - o primeiro centro espírita de São Paulo,
totalmente dedicado à assistência espiritual de animais e fundado em 2006, atende em média 300
animais por semana e tem cerca de 10 mil animais catalogados para atendimento espiritual à
distância, inclusive de outros países. Segundo sua presidente, a médica veterinária Dra. Sandra
Calado, jamais se registrou um único caso em que a aplicação de passes tenha causado qualquer
tipo de dano ou efeito colateral indesejável nos atendidos. Insiste a Dra. Sandra em dizer que todos
os trabalhadores da casa são veganos (não comem carne e nem usam qualquer produto de origem
animal) e sentem naturalmente afeto e respeito pelos animais, fazendo de sua tarefa, um ato
espontâneo de amor. O Sr. T. certamente não estaria incluído entre eles...
Já existem outras instituições espíritas em São Paulo e em várias cidades do país, que atendem
espiritualmente animais, e que serão relacionadas no final deste texto.

André Luiz, em Conduta Espírita, cap. 33 –Perante os Animais, presta seu incentivo às instituições
que velam pelos animais:
Apoiar, quanto possível, os movimentos e as organizações de proteção aos animais, através de atos
de generosidade cristã e humana compreensão. Os seres da retaguarda evolutiva alinham-se
conosco em posição de necessidade ante a Lei.
Herculano Pires, em sua obra Mediunidade. Vida e Comunicação, cap. 11 – Mediunidade
Zoológica, assim se expressa a respeito do assunto:
A assistência mediúnica aos animais é possível e grandemente proveitosa. O animal doente pode ser
socorrido por passes e preces e até mesmo com os recursos da água fluidificada.
Como se lê na contracapa da obra “O Passe como Cura Magnética”, da Dra. Marlene Nobre:
Estudar o passe é descobrir que ele é também uma cura magnética – uma terapia simples, sem
contra indicação, que tem beneficiado milhares de criaturas humanas(destaque nosso).
Então, por que não estendermos o recurso dessa terapia simples, sem contra indicação, aos
animais? Haverá algum motivo razoável para que não possamos considerá-los dentro do halo do
“nosso próximo”?
No livro Emmanuel, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, capítulo Sobre os
Animais, encontramos a recomendação:
... Recebei como obrigação sagrada o dever de amparar os animais na escala progressiva de suas
posições variadas no planeta. Estendei até eles a vossa concepção de solidariedade...
O mentor Alexandre, em Missionários da Luz, cap. 4, de André Luiz, também nos alerta:
A missão do superior é a de amparar o inferior e educá-lo... sem amor para com os nossos inferiores,
não podemos aguardar a proteção dos superiores.
Os benfeitores espirituais participantes dos trabalhos de assistência espiritual aos animais,
conhecedores, mais do que nós encarnados, das reais necessidades de cada animal, conferem aos
fluidos as necessárias características para seu particular atendimento. Se estiver previsto o
desencarne do animal, o passe poderá até auxiliar o processo, para que o desligamento se faça de
maneira mais amena. Isso é muito diferente da possibilidade aventada, de o passe “matar” o animal. A
atuação dos Espíritos nos desencarnes (humanos), pode ser esclarecida com a leitura do livro
Obreiros da Vida Eterna, de André Luiz, o que pode servir de base para nossas reflexões sobre o
processo de desencarne dos animais.
3. Pergunta-se: o fluido vital dos seres humanos não seria “diferente” do fluido vital dos animais,
havendo portanto impossibilidade de ação do passe entre espécies diferentes?
Vamos partir de algumas informações contidas em O Livro dos Espíritos (LE), de Allan Kardec:
LE. 65 – O princípio vital reside num dos corpos que conhecemos? R – Ele tem como fonte o fluido
universal; é o chamado fluido magnético ou fluido elétrico animalizado. É o intermediário, o liame
entre o espírito e a matéria.
LE. 66 – O fluido vital é o mesmo para todos os seres orgânicos? R – Sim, modificado segundo
as espécies...(destaques nossos).
Desta última resposta é que nasce a dúvida sobre eventual incompatibilidade de fluidos entre
espécies, o que impediria a ação benéfica do passe em atendimento a animais. Temos de observar
que esta mesma resposta esclarece que “o fluido vital é o mesmo para todos os seres orgânicos,
embora modificado segundo as espécies”. Ora, conforme se lê na GE. XIV:
... os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais... empregando o pensamento e a
vontade... pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual
direção, os aglomeram, combinam ou dispersam... mudam-lhes as propriedades.
Ora, se os Espíritos têm esse poder de modificação dos fluidos espirituais pela ação do seu
pensamento e da sua vontade, certamente poderão realizar o mesmo em relação aos fluidos
magnéticos do passista - por sua solicitação e consequente permissão, dessa forma promovendo a
adequação tanto dos fluidos espirituais que deles emanam, durante a atividade de aplicação dos
passes, quanto dos fluidos vitais dos encarnados.
Como também refere a GE. XIV:
... os fluidos dissemelhantes se repelem; há incompatibilidade entre os bons e os maus fluidos, como
entre o azeite e a água.
Conectados encarnados e desencarnados na realização desse ato de amor, que é o passe no
atendimento de animais, somente poderemos concluir sobre a existência de perfeita compatibilidade
entre os fluidos espirituais de amor dos Espíritos com os fluidos magnéticos de amor dos passistas.
Concluindo, é nosso parecer favorável à assistência espiritual a animais, que contempla a prece, a
água fluidificada e os passes, sendo que estes devem ser aplicados em Casas Espíritas que tenham
se preparado adequadamente para esse tipo de atendimento.
Esta nossa postura tem ressonância com a recomendação que encontramos em Conduta Espírita,
de André Luiz, capítulo 33 - Perante os Animais:
No socorro aos animais doentes, usar os recursos terapêuticos possíveis, sem desprezar mesmo
aqueles de natureza mediúnica que aplique a seu próprio favor. A luz do bem deve fulgir em todos os
planos.

São Paulo, 18 de junho de 2013


________________________________________
Relação de Casas Espíritas já conhecidas, que realizam atendimento espiritual a animais:
- Asseama – Associação Espírita Amigos dos Animais – Rua Manuel de Moura, 63, Parque Vitória,
Tucuruvi, São Paulo, SP, CEP – 02266 – 100
- Associação Espírita Casa do Caminho – Rua Jandáia do Sul, 190, Vila Guilhermina, São Paulo,
SP. Atende aos domingos, as 16:00 hs.
- Grupo Fraterno Francisco de Assis – Estrada Galvão Bueno, 5043, São Bernardo do Campo, SP.
Atende aos sábados, ‘as 14:00 hs.
- Grupo Espírita Auta de Souza – Rua Força Pública, 268, Santana, São Paulo, SP. Atende ‘as
segundas feiras, ‘as 20:00 hs.
Casas Espíritas em preparação:
- SEAP – Sorocaba, SP.
- Sociedade Espírita Nova Era – Blumenau, SC.
- CEIKH – San Fernando, Argentina.

Passes em animais

O Passe é antes de tudo um ato de amor, segundo o Livro “Obsessão e


Desobsessão” de Suely Caldas Schubert o passe “ é uma doação ao paciente
daquilo que o médium tem de melhor, enriquecido com os fluídos que seu guia
espiritual traz [...] formando uma única vontade e expressando o mesmo sentimento
de amor (SCHUBERT). É através do passe que o beneficiado recebe energias para que
seu corpo perispiritual ao receber estas energias, consiga restaurar seu equilíbrio
psíquico e assim, restaurar também seu equilíbrio orgânico, pois que o passe atinge o
corpo físico, o duplo etérico, o perispírito e o Espírito, tal como salienta Luiz Carlos de
Gurgel em seu livro “O passe Espírita”.

A aplicação do passe pode ocorrer diretamente através de um Espírito desencarnado


ou de um médium, sempre dentro de uma Casa Espírita; normalmente o passe ocorre
com a cooperação de ambos , encarnados e desencarnados, por isso é de suma
importância compreender a responsabilidade do médium passista e do assistido, pois
como se trata de uma doação, o passista só poderá doar aquilo que possuir, para
tanto é necessário que ele esteja bem psíquica e organicamente, facilitando assim o
trabalho da espiritualidade.

No livro “Mecanismos da Mediunidade”, André Luiz coloca que “a mediunidade


curativa se reveste da mais alta importância, desde que alicerçado nos sentimentos
mais puros da mais pura fraternidade”. Para compreendermos isso é necessário
compreendermos o mecanismo de atuação do passe, sobretudo nos animais.

Imagem:Chakras no cão

Nos animais o passe ocorre através da irradiação das energias que irão agir no corpo
físico; três Chakras principais são trabalhados para que fiquem sincronizados : O
Chakra Base ou Raiz, o Chakra do Coração e o Chakra da Coroa.O passe irradiado,
que é diferente do passe magnético aplicado nas pessoas, possui uma energia mais
sutil, mas que, como nos seres humanos, também pode vir de um Espírito
desencarnado ou das próprias energias dos médiuns, que serão retrabalhadas pela
espiritualidade para que não afetem o perispírito do animal como no caso narrado no
Livro dos Espíritos, no Capítulo XXII sobre a Mediunidade dos Animais, onde o Sr.
T. teria matado um cão ao magnetizá-lo. A irradiação das energias dirigidas aos
animais agindo no plano material, atuará como um tonificador das energias físicas
dos animais, fortalecendo e auxiliando na melhor receptividade do tratamento
realizado pelo veterinário que o atende, por isso não é nociva para o animal. Essa
troca de energia ocorre com a atuação dos irmãos zoófilos que manipulam a energia
magnética dos médiuns sutilizando-a para que ela possa atuar na matéria dos irmãos
animais, pois que, como não possuem carma, os animais adoecem normalmente a
partir de nossas perturbações, pois ao nos desequilibrarmos atingimos seus centros
de força desequilibrando-os e com isso causando-lhes as mais diversas doenças da
matéria, por isso o cuidado que se deve ter na hora da realização do passe irradiado
nos animais.

Com esse trabalho advém uma grande responsabilidade e um estudo constante sobre
estes nossos irmãos menores, pois tanto para humanos como para não humanos, o
passe é uma das tarefas mais delicadas, assim como André Luiz nos coloca em seu
livro “Missionários da Luz” :

Sim - explicou o mentor amigo -, na execução da tarefa que lhes está subordinada, não basta
a boa vontade, como acontece em outros setores de nossa atuação. Precisam revelar
determina, das qualidades de ordem superior e certos conhecimentos especializados. O
servidor do bem, mesmo desencarnado, não pode satisfazer em semelhante serviço, se ainda
não conseguiu manter um padrão superior de elevação mental continua, condição
indispensável à exteriorização das faculdades radiantes. O missionário do auxilio magnético,
na Crosta ou aqui em nossa esfera, necessita ter grande domínio sobre si mesmo,
espontâneo equilíbrio de sentimentos, acendrado amor aos semelhantes, alta compreensão
da vida, fé vigorosa e profunda confiança no Poder Divino.(André Luiz)

Nenhum passista precisa se tornar um Deus, mas necessita esforçar-se em sua


Reforma Íntima, dentro de um grande aprendizado moral e intelectual.Porém, além
do aprimoramento moral e intelectual André Luiz recomenda, ainda em
“Missionários da Luz”, o cuidado com a alimentação:

O excesso de alimentação produz odores fétidos, através dos poros, bem como das saídas
dos pulmões e do estômago, prejudicando as faculdades radiantes, porquanto provoca
dejeções anormais e desarmonias de vulto no aparelho gastrintestinal, interessando a
intimidade das células. O álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros
nervosos, modificando certas funções psíquicas e anulando os melhores esforços na
transmissão de elementos regeneradores e salutares. (André Luiz)

Quer seja no trabalho com as pessoas, quer seja no trabalho com os animais, o
cuidado na alimentação é importante tanto para o médium quanto para o assistido,
porém, nossa responsabilidade aumenta através do conhecimento que nos traz o
trabalho com os irmãos menores. A recomendação mais comum fornecida pelas
próprias Casas Espíritas é que todos, assistidos e médiuns, se limitem a uma
alimentação sem carne vermelha ao menos no dia do trabalho, porém é necessário
esclarecer dois pontos de suma importância e que normalmente são esquecidos.

O que é a Carne e de onde ela vem.


Imagem:Chakras cães e gatos
Normalmente a proibição da carne é feita porque alguns acreditam que ela contenha
apenas propriedades tóxicas que de certa forma poderiam “envenenar” os fluídos dos
médiuns, porém a carne é muito mais que algo tão simples como se tem colocado.
Tanto a carne que é chamada de carne vermelha quanto carne considerada branca,
provêm de corpos de irmãos animais que são mortos para que sejam transformados
em alimento, o problema é que a diferença entre uma e outra baseia-se no pigmento
conhecido como mioglobina, que existe no sangue e que dá à carne a cor vermelha.
Os músculos dos animais geram energia para favorecer os movimentos através do
uso do oxigênio e do açúcar existentes no sangue e todos os três ficam localizados
nos músculos, por isso quanto mais músculo, mais mioglobina e quanto mais
mioglobina mais vermelha será a cor da carne naquela região.

Os pigmentos da carne estão formados em sua maior parte por proteínas: a hemoglobina que
é o pigmento sanguíneo e a mioglobina, pigmento muscular que constitui 80 a 90% do total.
Pode-se encontrar na carne outros pigmentos como catalase e citocromo-enzimas, mas sua
contribuição na cor é muito menor.[...] A quantidade de mioglobina varia com a espécie,
sexo, idade, localização anatômica do músculo e atividade física, o que explica a grande
variação de cor na carne. Bovinos e ovinos possuem uma quantidade maior de hemoglobina
do que suínos, pescado e aves. As cores típicas da carne de algumas espécies são: bovino
adulto: vermelho cereja brilhante ; eqüino: vermelho escuro ; ovino: vermelho pálido a
vermelho ladrilho ; suíno: rosa acinzentado ;aves: branco cinza a vermelho pálido. (ROÇA)

Independente da espécie a qual pertença e a cor que sua carne terá após o abate ,
cada um desses animais citados acima fazem parte da Criação Divina, Princípios
Inteligentes Universais, seres sencientes psíquica e fisicamente e portanto, nossos
irmãos menores a quem devemos respeito e compaixão. Essa é uma verdade
inexorável, por isso o tratamento espiritual de animais trás a tona um novo
conhecimento e uma nova responsabilidade: parar de comer carne não apenas
porque ela faz mal aos fluídos magnéticos dos médiuns, mas porque ela é parte de
nosso irmão menor ou seja, não devemos nos preocupar apenas com a qualidade dos
fluidos que o médium irá emanar depois de uma alimentação, mas devemos também
passar a nos preocupar com estes irmãos menores que caminham ao nosso lado. A
transformação irá ocorrer quando aceitarmos que não existe privilégios no processo
de Criação Divina, somos todos irmãos destinados ao aprimoramento moral e este
aprimoramento moral depende única e exclusivamente da liberdade de escolha de
cada um.

Somente pelo pensamento de irmandade já deveríamos nos abster da carne, porém


sabemos que tudo obedece ao tempo e quem faz esse tempo é o livre arbítrio
humano, com ele surge à liberdade de escolha entre comer ou não, mas é esta
liberdade que também estabelece nosso desejo de evoluir ou não, dependendo de
nosso orgulho e egoísmo.

Por isso a atenção redobrada dos médiuns diante da alimentação ser tão importante.
Ao aplicar um passe no assistido estando ambos, e principalmente o médium,
impregnado do magnetismo animal que foi obtido através da alimentação a base de
carne, a tarefa da espiritualidade será redobrada. Nestes casos os amigos espirituais
e os irmãos responsáveis pelos animais e que rodeiam os médiuns, terão que anular
as energias pesadas dos médiuns para aplicar diretamente os fluidos ou irradiações
nos assistidos, para que estes não recebam a irradiação impregnada da vibração
negativa dos irmãos animais que foram abatidos.

No caso dos animais o passe irradiado, que será direcionado à matéria, é ainda mais
importante o cuidado alimentar, pois, como doar para um irmão menor tendo no
corpo resquícios de outro irmão menor?

Muitos estudos indicam que os fluídos da carne permanecem por três dias no corpo ,
ou seja, mesmo abstendo-se da alimentação a base desses irmãos no dia dos
trabalhos, o corpo do médium ainda assim estaria impregnado da vibração violenta
que o animal sofrera durante o abate e grande parte do trabalho, tanto para humanos
quanto para os animais, teria que ser realizado pelos amigos espirituais.

Sendo o passe uma transfusão de energias, é preciso que assumamos essa


responsabilidade, não permitindo que os amigos espirituais façam todo o trabalho por
nós, é preciso que tomemos consciência dessa grandiosa tarefa. Façamos então nossa
parte, colocando aqui as necessidades de um bom médium passista e deixemos que
de agora em diante, cada um se responsabilize pela própria escolha de aceitar ou não
aquilo que está lhe sendo oferecido.

Referências

GURGEL, Luiz Carlos de . O passe espírita.

KARDEC, Allan . Livro dos Médiuns

LUIZ, André. Missionários da Luz e Mecanismo da Mediunidade

ROÇA, Prof. Roberto de Oliveira – Propriedades da Carne: Disponível em:


<http://pucrs.campus2.br/~thompson/Roca107.pdf>

SCHUBERT, Suely Caldas. Obsessão e Desobsessão

Simone Nardi
Os animais podem receber o passe?

O Livro dos Espíritos é muito claro quanto à existência de um princípio espiritual nos animais. Assim é
na resposta à questão 593, quando os Espíritos afirmam que os animais "têm inteligência, porém, limitada" e no
comentário de Kardec a respeito, afirmando que "há neles uma espécie de inteligência, mas cujo exercício quase
que se circunscreve à utilização dos meios de satisfazerem às suas necessidades físicas e de proverem à conservação própria".

Mais adiante, na questão 597, ensinam os Espíritos que há nos animais um princípio independente da matéria e
que sobrevive ao corpo. "É também uma alma, se quiserdes, dependendo isto do sentido que se der a esta palavra"
e que "é tirado do elemento inteligente universal, assim como o do homem, sendo que no homem passou por uma
elaboração que o coloca acima da que existe no animal."

Portanto, o princípio inteligente ou espiritual que habita o animal é o mesmo do homem, isto é, tem a mesma origem
e natureza. A diferença que se constata é que, no reino animal, ainda está em fase de elaboração. Na humanidade,
já atingiu a sua condição máxima possível, de espírito. Vemos, assim, que os animais são dotados da mesma inteligência e dos
mesmos sentidos que nós. O que ocorre é que essa inteligência e esses sentidos encontram-se em momentos
evolutivas difrentes.

O passe magnético é uma transfusão de energias, envolvendo energia anímica do próprio médium e energia oriunda
do plano espiritual, extraída do fluido cósmico universal, doada pelos espíritos benfeitores que assistem o trabalho de
passe. A sua aplicação deve ser feita através da imposição de mãos sobre a cabeça do paciente. Os fluidos doados
pelos espíritos circularão, primeiro, na cabeça do médium (centro coronário), para depois escorrer pelas suas mãos,
indo atingir, então, o centro coronário do assistido. Essa energia doada será absorvida pelo paciente através de seu
perispírito, que a transmitirá por todo o organismo físico.

Dessa maneira, sendo o perispírito, tanto do homem como o dos animais, constituído da mesma matéria extraída do
fluído cósmico universal, de onde também saem as energias a serem transfundidas pelos espíritos, os animais podem
ser igualmente beneficiados por estas energias, através do passe magnético.

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Irradiação à distância para animais

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