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VIÇOSA
MINAS GERAIS – BRASIL
2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
Centro de Ciências Agrárias
Departamento de Engenharia Florestal
Laboratório de Celulose e Papel
Aprovada:
iii
AGRADECIMENTOS
iv
CONTEÚDO
Página
2. INTRODUÇÃO..............................2 4.3.1 – CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS E MORFOLÓGICAS DAS
2.1. OBJETIVO..................................5
FIBRAS........................................19
3. Revisão bibliográfica..................6
4.4 - ALONGAMENTO....................23
v
LISTA DE QUADROS
Página
vi
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1 - Microfotografia para a pasta refinada a 1500 rev (a) sem tratamento
enzimático, (b) com 4 UI de celulases – (GIL, 2010)....................................7
Figura 2 - Fibra de celulose com corte em camadas – Carlos(2005)............11
Figura 3 - Efeitos da refinação na fibra de celulose – (D’ALMEIDA, 1988)11
Figura 4 - Evolução da resistência à tração – (GIL, 2010)...........................12
Figura 5 – Efeito do ângulo de raspa na amplitude do crepe – (Huss Harmon,
1977).............................................................................................................19
vii
RESUMO
viii
1. ABSTRACT
Dos dados conhecidos sobre a ação do refino nas propriedades das fibras é
corrente que as fibras longas favorecem a resistência à tração e que as fibras
consideradas curtas melhoram a maciez e favorecem essa resistência, desde que
tais não sejam submetidas ao excesso de refinação, ocasião em que diminuem
essa contribuição e aumentam a presença de finos, sendo esta característica
pouco desejável na fabricação de papéis sanitários, além de tornar-se contra
producente.
ALMEIDA (2006) et. al., diz que é no processo de refino onde as mudanças
físicas e estruturais acontecem, sobretudo nas fibras de eucalipto. Sob o ponto de
vista de produção de papéis sanitários, a refinação é um dos itens mais complexos
no processo de produção do papel e também a etapa que mais influenciará nas
características finais do produto.
a) Efeitos primários;
b) Efeitos secundários.
Conforme D’ALMEIDA (1988) et. al., pode-se dizer que praticamente todos
os grupos hidroxilas da celulose e das hemiceluloses estão ligados por pontes de
hidrogênio. Quando a pasta é refinada, as pontes de hidrogênio existentes são
rompidas e os grupos hidroxilas libertados se unem de novo, só que agora com as
moléculas de água, que entram na fibra devido a fibrilação externa.
Primários
Secundários Fibrilação Fibrilação Produção de Corte das
Interna Externa Finos Fibras
Volume Específico M P - -
Flexibilidade M P - P
Superfície Específica P M M -
Comprimento da Fibra - - P M
Absorção de Água - P P P
Porosidade P P M -
Tensões durante
P P P -
secagem
Superfícies unidas por
M P P -
pontes de hidrogênio
Densidade M - P -
Energia de Rupture P P P P
Lisura P P - -
Índice de rasgo P M P P
Alongamento P P P P
Dobras Duplas P P M P
Figura 2 - Fibra de celulose com corte em camadas – Carlos(2005)
CARLOS (2005) cita que “CLARK et. al (1978), e MANFREDI, Vilela & Silva
Jr. (1986), definem o refino como o tratamento mecânico dado às fibras em
suspensão com intuito de modificar a estrutura das fibras, melhorando, assim, as
características da polpa para a produção de papel. Sendo que estas modificações
são irreversíveis e produzidas a partir de impactos nas fibras. O objetivo principal
da refinação é melhorar a capacidade de união das fibras tanto para que elas
formem uma folha de papel forte e lisa como apresente boas propriedades de
impressão. Algumas vezes o propósito é diminuir as fibras longas para uma boa
formação da folha ou para desenvolver outras propriedades semelhantes como
absorbância, porosidade, ou propriedades ópticas específicas para dar um papel
de boa qualidade”.
O grau de refino pode ser medido de várias formas, sendo as medidas mais
comumente usadas, apesar de serem indiretas, ou seja, indicam o grau de refino
através de uma medida da drenabilidade da polpa, são o Canadian Standard
Freness (CSF) e o Schopper-Riegler (oSR). Os ensaios laboratoriais para
determinação do grau de drenabilidade da polpa são denominados com o próprio
nome das medidas citadas, ou seja, Shopper-Riegler ou CSF. Os estudos
destinados ao conhecimento mais profundo do processo de refinação sofreram e
têm sofrido um grande crescimento devido ao reconhecimento da importância
desta etapa dentro do processo de fabricação do papel e da sua grande influência
sobre as características finais do papel. Por isso a atual ausência de modelos bem
desenvolvidos, que representem satisfatoriamente a refinação, impulsionam o
desenvolvimento e a utilização de modelos híbridos, que necessitem de pequena
quantidade de informações.
Tabela 2 – ºSR em função do tempo de uso dos discos dos refinadores e corrente
consumida – (OLIVEIRA, 2005)
Propriedades da Propriedades da
Propriedades do Papel
Madeira Fibra
“Coraseness” N° de
Dispersão de Luz, Opacidade
Fibras/Grama
Teor de
Estabilidade Dimensional
Hemiceluloses -
4.3 - MACIEZ
a) maciez de superfície;
b) maciez de flexibilidade;
A maciez superficial pode ser definida como a sensação tátil percebida com
o toque dos dedos na superfície dos papéis. Essa propriedade está relacionada
principalmente com a superfície das fibras (aspereza ou lisura).
A maciez estrutural pode ser definida como a sensação tátil quando a folha
é comprimida entre os dedos com a mão. Esse tipo de maciez está diretamente
relacionado com a estrutura das fibras (rigidez/“bulk”). Conforme abordada
anteriormente, maciez pode ser considerada como uma das mais importantes
propriedades do papel tissue.
90º
Largura
Menor colapsabilidade
4.4 - ALONGAMENTO
• Coating;
• Flexibilidade da lâmina;
• Altura da lâmina.
O item custo, ainda que não tenha sido diretamente abordado no presente
trabalho, influenciará a tendência operacional na etapa de refinação, e conforme
observado, já há no mercado alguns produtos químicos à base de enzimas que
são capazes de melhorar significativamente os resultados de propriedades tais
como resistência a tração longitudinal e transversal, atuando como uma etapa de
pré-refinação, o que torna a idéia interessante nos tempos atuais devido ao alto
envolvimento das empresas nas questões ambientais, pois, a economia de
energia elétrica e a redução do impacto ambiental podem justificar com ampla
vantagem o investimento na tecnologia do pré-refino químico da polpa de celulose.
01
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20
06.
p.
80-
87
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