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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI

CENTRO DE TECNOLOGIA E URBANISMO – CTU

CURSO: ENGENHARIA ELÉTRICA BLOCO: IX

DISCIPLINA: GERAÇÃO DE ENERGIA

PROFRSSOR(A): FABRICIANO LOUCHARD DA CUNHA

TRABALHO

ALUNO: RAMON DE SOUSA COIMBRA

TERESINA – PI
Questão 1)

Existem 44 usinas solares em operação no Brasil, as quais somam 23.761 kW (quilowatts) de


potência fiscalizada, segundo o Banco de Informações de Geração da agência (BIG). Esse valor
ainda é irrisório no total da matriz elétrica do país, contabilizando por apenas 0,02%. Dentre os
estados com maior número de projetos em operação, Amazonas está em primeiro, com 14
usinas,seguido de São Paulo com seis e Minas Gerais em terceiro, com apenas quatro.
Esse cenário relativamente escasso de usinas de energia solar no Brasil, no entanto, está com os
dias contados. De acordo com o mesmo banco de dados da ANEEL, existem mais 37 usinas
solares já em construção no país, e adicionais 74 projetos já contratados, porém que ainda não
saíram do papel.
Novos projetos de Usinas Solares
Uma dessas usinas de energia solar no Brasil previstas para entrar em operação este ano é a que
está sendo construída no município de Pirapora, interior de Minas Gerais. O empreendimento, que
será um dos maiores do tipo no país, está sendo construído em uma extensa área plana de 400
hectares próxima ao rio São Francisco, e seu investimento previsto é de R$1 bilhão.
Os módulos fotovoltaicos que estão sendo utilizados no projeto foram todos fabricados no país,
através de uma parceria da Canadian Solar (sócia no empreendimento) e a multinacional Flex.
“Apesar de painéis brasileiros serem mais caros que os importados, temos como estratégia apostar
em conteúdo local porque isso permite financiamentos com o BNDES, facilita outros
financiamentos locais e também mitiga riscos cambiais”, afirmou Paulo Abranches, CEO no
Brasil da EDF.
Segundo informações da ABSOLAR, com os projetos de usinas de energia solar no Brasil prontos
para entrarem em operação ainda este ano, o país irá alcançar o primeiro Gigawatt de potência
gerado por parques solares. Embora a notícia seja positiva, ela mostra o atraso que os projetos
contratados estão tendo para entrar em operação, uma vez que, se todos aqueles que foram
contratados nos leilões desde 2014 já estivessem em operação, eles poderiam estar gerando 2GW
de energia ao país em 2017.
Dentre as usinas de energia solar no Brasil já em operação, aquelas com maior capacidade
instalada encontram-se em regiões diversas do país, localizadas nos estados de Pernambuco, Santa
Catarina e Minas Gerais. A maior usina solar do Brasil fica na cidade de Tacaratu-PE. Trata-se, na
verdade, de duas usinas operando em conjunto, as Fontes Solar I e II, como são chamadas,
totalizam 11MW de potência gerada.
O projeto é da empresa Enel Green Power, que mantém na mesma cidade um parque eólico,
chamado de Fonte dos Ventos, e que opera em conjunto com as usinas solares, transformando-se
em um parque gerador híbrido.A segunda delas é a usina solar da empresa Engie, antiga Trectebel,
que está situada na cidade de Tubarão-SC e que gera 3 MWp de energia.
Usina Cidade Azul
Inaugurada em 09 de agosto de 2014, a usina Cidade Azul, da cidade de Tubarão-SC, manteve o
recorde de maior usina solar do Brasil por um tempo e, hoje, ocupa o segundo lugar.
Seu nome foi escolhido através do voto da população local e que, segundo a prefeitura da cidade,
foi o nome dado à cidade pelo poeta catarinense Virgílio Várzea. Contando com 19.424 painéis
fotovoltaicos de diferentes tecnologias japonesa e alemã, silício Monocristalino e Policristalino, a
usina da empresa Engie gera energia suficiente para abastecer 2,5 mil casas em um ano e ocupa
uma área de 10 hectares. O projeto teve um custo de produção total de R$30 milhões e faz parte
do programa de Pesquisa e Desenvolvimento da ANEEL, junto com outras empresas parceiras.
Usina Solar Fotovoltaica de Tauá no Ceará
Em agosto de 2011 foi inaugurada aquela que foi a primeira usina solar do Brasil. Instalada na
cidade de Tauá, localizada no Sertão dos Inhamuns do Ceará, o projeto foi realizado pelo grupo
MPX. Contando com 4.680 painéis fotovoltaicos, instalados em uma área de 12 mil m², a usina
gera 1 MW de potência (suficiente para abastecer 1.500 casas). Foram cerca de R$ 10 milhões
investidos na construção do projeto, que contou com o apoio da prefeitura da cidade e gerou, na
época, 250 empregos indiretos, além de trazer um desenvolvimento enorme para Tauá.
Questão 2)

O mercado mundial fotovoltaico vem crescendo exponencialmente nos últimos anos, atingindo,
em 2015, conforme IEA (2016), a capacidade total instalada de 227 GWp. Observa-se que a
capacidade de geração de energia solar fotovoltaica vem crescendo significativamente desde 2003.
Apenas em 2015, foram implementados no mundo cerca de 50 GWp de capacidade instalada de
geração, um aumento de 25% em relação a 2014.

A taxa de crescimento anual composta da capacidade instalada de geração de energia solar


fotovoltaica entre 2000 e 2015 foi de aproximadamente 41%.
Em 2015, a China passou a liderar a capacidade total instalada de energia solar fotovoltaica (FV),
com 43,5 GWp, seguida pela Alemanha com 39,7 GWp, Japão com 34,4 GWp, EUA com 25,6
GWp e Itália com 18,9 GWp, como apresentado na Tabela 1 a seguir:

1 China 43,5 GW
2 Alemanha 39,7 GW
3 Japão 34,4 GW
4 Estados Unidos 25,6 GW
5 Itália 18,9 GW
6 Reino Unido 8,8 GW
7 França 6,6 GW
8 Espanha 5,4 GW
9 Austrália 5,1 GW
10 Índia 5 GW
A Tabela 2 apresenta os países com maior ampliação de capacidade de geração de energia FV no
ano de 2015:

1 China 15,2 GW
2 Japão 11 GW
3 Estados Unidos 7,3 GW
4 Reino Unido 3,5 GW
5 Índia 2 GW
6 Alemanha 1,5 GW
7 Coreia 1 GW
8 Austrália 0,9 GW
9 França 0,9 GW
10 Canadá 0,6 GW

O Brasil, conforme MME (2017) possuía ao final de 2016, 81 MW de energia solar fotovoltaica
instalados, sendo 24 MW de geração centralizada e 57 MW de geração distribuída. A capacidade
brasileira não coloca o Brasil entre os vinte maiores líderes mundiais em produção, todos com
capacidade instalada superior a 1 GWp.
Com base nas duas tabelas, é possível observar uma nova tendência de expansão do
aproveitamento de energia solar no mundo, com diminuição da importância dos países europeus e
destaque para os países asiáticos, como a China e o Japão, que lideraram a instalação de painéis
fotovoltaicos no mundo em 2015.
O mercado chinês passou de um acréscimo de capacidade instalada de 10,95 GWp e 10,6 GWp
em 2013 e 2014, respectivamente, para 15,2 GWp em 2015, uma significativa evolução. Um dos
fatores responsáveis pelo grande crescimento do mercado chinês é a quantidade de fabricantes
chineses de painéis fotovoltaicos, que propiciam baixos custos de implantação dos geradores.
Apesar de o mercado europeu de energia solar apresentar uma estagnação nos últimos anos, o
mercado voltou a crescer significativamente em 2015 principalmente no Reino Unido, que
acrescentou 3,5 GWp a sua matriz energética. A Alemanha, que até 2014 era a líder mundial em
capacidade instalada apresentou nova diminuição de crescimento, saindo de 3,3 GWp em 2013
para 1,9 GWp em 2014 e 1,5 GWp em 2015. Quedas ainda maiores na instalação de painéis
fotovoltaicos em países europeus tradicionalmente grandes produtores de energia solar ocorreram
na Itália e Espanha, com a instalação de apenas 300 MWp e 56 MWp, respectivamente.
Na América do Norte, os Estados Unidos continuam sendo os líderes em capacidade instalada,
com expressivo acréscimo de 7,3 GWp em 2015 contra 6,2 GWp em 2014 e 4,7 GWp em 2013.
Na América do Sul, o Chile vem se destacando com um acréscimo em sua capacidade instalada de
aproximadamente 450 MWp em 2015, mesmo valor de 2014.

Questão 3

a) O método NAD, apesar de não necessitar de tantas informações, não é o mais econômico,
porém é bastante confiável
b) O método NAD baseia-se na determinação inicial do número de dias em que o sistema fica
autônomo com relação a fonte,o número de dias consecutivos m que ela não deverá suprir
nenhuma potência á carga ou seja as baterias deverão garantir o suprimento

Questão 5
Por apresentar custo mais baixo do que os sistemas monofásicos e trifásicos convencionais, a linha
do tipo MRT (Monofilar com Retorno por Terra) vem se tornando bastante comum no Brasil,
tendo sido, inclusive, explicitamente recomendada no Programa Luz no. Para se evitar o emprego
indiscriminado de sistemas com redes monofilares, constituem-se parâmetros essenciais o
planejamento das áreas, a avaliação prévia das características das cargas a serem atendidas, a
resistividade do solo na região e o seu posicionamento em relação aos alimentadores existentes
(SERAPHIM et al., 1999).

Identificar os prós e os contras do uso de sistemas fotovoltaicos para eletrificação rural requer a
análise de uma série de fatores técnicos, culturais, sociais, ambientais e econômicos, entre outros,
interligados através de uma teia complexa. Não basta uma comparação estrita do número de
consumidores beneficiados, investimento necessário ou custo da energia gerada. Estamos
comparando coisas muito diferentes (serviços diferenciados, relação diferenciada com o meio
ambiente e com o consumidor etc.). Uma das grandes vantagens da energia fotovoltaica é: a
disponibilidade localizada, geográfica e/ou temporalmente, do recurso energético. Enquanto a
radiação solar está presente em qualquer lugar, em diferentes níveis e padrões, é claro,
aproveitamento de potenciais de biomassa, quedas d´água e vento são mais pontuais, e nem
sempre sua localização coincide com os centros de carga. Os projetos também requerem um
menor rigor técnico, e apenas com um atlas solar de baixa resolução podemos estimar bem o
recurso solar em um dado local. A facilidade de instalação dos sistemas fotovoltaicos também
representa outra vantagem comparativa. A principal limitação dos sistemas fotovoltaicos é que seu
custo inviabiliza sua aplicação para muitas aplicações produtivas rurais.

Abaixo alguns dos principais pontos positivos:

 Independência entre a localização dos extremos de rede e a implementação de programas


sociais116;
 Benefícios ambientais em função da menor emissão de gases de efeito-estufa;
 Tecnologia madura e indústria em plena expansão em todo o mundo, tanto para aplicações
no meio rural quanto urbano;
 É a melhor alternativa para pequenas aplicações dispersas (baixo consumo).

Questão 6

A utilização da energia proveniente do sol provoca um impacto positivo no campo socioambiental,


já que para a sua implantação não há a necessidade de desalojar comunidades e retirar a flora e a
fauna de seu habitat. Os coletores e os módulos fotovoltaicos são comumente instalados nos
telhados das residências e indústrias, utilizando um espaço até então pouco aproveitado. Ademais,
com a utilização da energia solar na produção de eletricidade, acaba que por reduzir a demanda de
carga disponibilizada pela concessionária em horários de pico e reduz também a emissão de gases
de efeito estufa. A diminuição no lançamento desses gases para a atmosfera vem contribuindo para
uma melhor qualidade de vida na sociedade, minimiza os efeitos dos gases nocivos a saúde, além
de proporcionar uma melhor qualidade do ar.

Projetos sociais
A iniciativa de projetos sociais voltados para a utilização desta fonte de geração, é muito
importante para promover a energia limpa, além de conscientizar a comunidade sobre a
sustentabilidade. Veja abaixo alguns projetos sociais que deram certo:

 Insolar: é uma empresa de cunho social dedicada à democratização do acesso à energia do


sol. Em 2016, instalou painéis solares na creche comunitária Mundo Infantil, localizada em
uma favela no Rio de Janeiro;
 Projeto SolSocial: esse projeto é responsável por instalar painéis fotovoltaicos em
instituições filantrópicas da região metropolitana de Belo Horizonte. Os fundos são
levantados a partir de campanhas de financiamento coletivo (crowdfunding) e por
patrocínios diretos. O projeto piloto foi a instalação de uma usina solar de 5 kW no Lar de
Marcos, localizado no município de Contagem, MG;
 Programa de Integração Social (PIS): por meio desse programa, foi viabilizada a
implantação de módulos fotovoltaicos no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia,
localizado em Belém, PA. A principal vantagem é a redução dos custos de eletricidade.

QUESTÃO 7

A disponibilidade de energia elétrica no meio rural é um importante vetor de desenvolvimento e


no Brasil, justamente esse setor a pouco tempo ainda apresentava restrições no tocante ao
fornecimento de eletricidade.

Após a reforma do setor elétrico, esforços foram direcionados na busca do aumento do


atendimento do serviço de energia elétrica no Brasil, com os projetos denominados Programa de
Desenvolvimento Energético nos Estados e Municípios. A partir do lançamento do Programa Luz
para Todos (LpT), O maior programa de eletrificação rural a nível mundial, segundo o Ministério
de Minas e Energia, em relatório parcial publicado em 2009, em novembro de 2003, cujo objetivo
é levar o acesso à energia elétrica gratuita à população rural, o Governo Federal e as
concessionárias de energia devem instalar sistemas que atendam à demanda energética das
populações rurais, o que viabilizou muitos empreendimentos, tanto via rede de distribuição
elétrica, quanto por meio de sistemas de geração de energia individuais.

Nesse sentido, os sistemas fotovoltaicos individuais, eólicos, ou os que se utilizem de biomassa


continuam sendo alternativas por sua característica modular, podendo atender até mesmo uma
única residência isolada, como é o caso de muitos domicílios no Norte do país, e nesse ponto
reside a relevância do adequado dimensionamento do consumo energético familiar para a
sustentabilidade dos projetos, inclusive para que atendam alguns critérios de elegibilidade.Nas
últimas décadas, a privatização de parte do setor elétrico brasileiro acentuou a exclusão energética,
pois a eletrificação para o meio rural, em geral, esbarra em aspectos financeiros, como a baixa
densidade da carga, ocasionada pela dispersão das instalações, colaborando para o afastamento do
investidor privado.

O sucesso dos programas de eletrificação rural pode estar associado a três tipos de questões, a
técnica especialmente com relação à previsão do consumo de energia familiar, a social requerendo
a participação das comunidades e a preocupação com seu desenvolvimento desde o planejamento
dos programas e a econômica que aponta para a otimização dos recursos públicos ao se,
efetivamente, considerar os dois aspectos citados anteriormente.

Questão 8)

Sistemas conectados a rede são basicamente de um único tipo e são aqueles em que o arranjo
fotovoltaico representa uma fonte complementar ao sistema elétrico de grande porte ao qual esta
conectada.

Esse é o sistema que mais apresenta vantagens para o consumidor comum, pois o fornecimento de
energia fica sempre disponível. Isso significa que quando a geração energética do sistema
fotovoltaico da propriedade não for suficiente para suprir as necessidades dos usuários, o
abastecimento pela rede do distribuidor padrão poderá ser usado.

O equipamento que mede o consumo é um relógio bidirecional que registra, nos momentos de
produção maior que consumo — em geral, nos horários de mais sol —, o que é injetado na rede.
Quando o consumo é maior que a produção (à noite, por exemplo), o consumo é registrado.
Lembrando que a produção de energia excedente se transforma em créditos (em forma de kWh)
para uso posterior.

Aplicações profissionais, responsáveis por uma significativa parcela do mercado células


fotovoltaicas. Podem-se destacar como principais os sistemas de telecomunicação (radio,
telefones, estações repetidoras) e cercas eletrificadas, entre outras.

Não há razão para acreditar que o uso de sistemas fotovoltaicos em larga escala implicara grandes
danos ao meio ambiente se todos os cuidados forem tomados antecipadamente. Os maiores
problemas se encontram na produção das células; impactos significativos na aplicação não são
esperados.
Questão 10)

Os impactos ambientais decorrentes da construção e operação da usina solar fotovoltaica sobre o


meio biótico estão relacionados a fauna: como a alteração do sucesso reprodutor; perda de habitat
de reprodução e alimentação e alteração dos padrões de movimentação; sobre o meio físico os
impactos estão ligados a degradação da área afetada como a terraplenagem e retirada e
soterramento da cobertura vegetal, além da possível alteração do nível do lençol freático.

Entretanto a geração de eletricidade a partir da energia solar fotovoltaica tem-se mostrado


convidativa, seja por constituir o aproveitamento de uma fonte renovável, seja por não apresentar
a magnitude dos impactos ambientais geralmente associados às demais formas de aproveitamento
energético, entretanto, esses impactos não podem ser negligenciados.

Os Estados Unidos, juntamente com a China, são atualmente os líderes na geração de energia solar
no mundo. Devido à “corrida solar” existente entre eles, os investimentos feitos por esses países
em 2016 foram os grandes responsáveis pelo aumento de 50% na capacidade mundial instalada da
tecnologia.

O mesmo aconteceu na Alemanha, em comparação ao ano anterior, o salto foi gigantesco, quando
o mix dessas renováveis já representavam 33% de toda energia gerada

Questão 11

No início da década de 2000, uma grande seca no Brasil diminuiu o nível de água nas barragens
hidrelétricas do país, causando uma grave escassez de energia. A crise, que devastou a economia
do país e levou ao racionamento de energia elétrica, ressaltou a necessidade urgente do país em
diversificar suas fontes de energia.
O Brasil dispõe da hidroeletricidade para mais de ¾ de sua matriz energética, mas as autoridades
estão incentivando as energias de biomassa e eólica como alternativas primárias. Segundo dados
preliminares do Balanço Energético Nacional de 2012, realizado pela Empresa de Pesquisa
Energética(EPE), em 2011 a participação de renováveis na Matriz Elétrica Brasileira ampliou-se
para 88,8% devido às condições hidrológicas favoráveis e ao aumento da geração eólica.
A primeira turbina de energia eólica do Brasil foi instalada em Fernando de Noronha em 1992.
Dez anos depois, o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia
Elétrica(Proinfa) para incentivar a utilização de outras fontes renováveis, como eólica, biomassa e
Pequenas Centrais Hidrelétricas(PCHs). O Brasil realizou o seu primeiro leilão de energia eólica
em 2009, em um movimento para diversificar a sua matriz de energia.
Desde a criação do Proinfa, a produção de energia eólica no Brasil aumentou de 22 MW em 2003
para 602 MW em 2009, e cerca de 1000 MW em 2011(quantidade suficiente para abastecer uma
cidade de cerca de 400 mil residências). Considerando o potencial eólico instalado e os projetos
em construção para entrega até 2013, o país atingirá no final de 2013 a marca dos 4400 MW.
Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro de Pesquisas de Energia
Elétrica da Eletrobrás, o território brasileiro tem capacidade para gerar até 140 GW.

O potencial de energia eólica no Brasil é mais intenso de junho a dezembro, coincidindo com os
meses de menor intensidade de chuvas, ou seja, nos meses em que falta chuva é exatamente
quando venta mais! Isso coloca o vento como uma grande fonte suplementar à energia gerada por
hidrelétricas, a maior fonte de energia elétrica do país. Durante este período pode-se preservar as
bacias hidrográficas fechando ou minimizando o uso das hidrelétricas. O melhor exemplo disto é
na região do Rio São Francisco. Por essa razão, esse tipo de energia é excelente contra a baixa
pluviosidade e a distribuição geográfica dos recursos hídricos existentes no país.

A maior parte dos parques eólicos se concentra nas regiões nordeste e sul do Brasil. No entanto,
quase todo o território nacional tem potencial para geração desse tipo de energia.

Os 36 parques eólicos e fazendas eólicas do país, segundo dados de 2009, estão localizados no
Nordeste(5 estados), Sul(3estados) e Sudeste(1 estado). Abaixo estão listados os 6 maiores centros
de geração de energia eólica do país:

No Brasil, dados da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica – mostram que em maio de
2012 o país atingiu pela primeira vez 1 gigawatt-hora (GWh) de energia eólica e sua capacidade
instalada só vem crescendo nos últimos anos. Atualmente, os ventos estão produzindo 1,073
GWh, potencial que pode abastecer uma cidade de 1,5 milhão de habitantes, e a energia eólica já
corresponde a 1% da matriz energética brasileira.
O desenvolvimento da energia eólica no Brasil está ajudando o país a alcançar seus objetivos
estratégicos de aumentar a segurança energética, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e
criando empregos.

Questão 12)

Até 2005 a Alemanha liderava o ranking dos países em produção de energia através de fonte
eólica, mas em 2008 foi ultrapassada pelos EUA. Desde 2010, a China é o maior produtor de
energia eólica. Em 2011 o total instalado nesse país ultrapassava os 62.000 MW (62 GW).
Comparado com os 44.000 GW instalados até 2010, foi um aumento de 41%.Em alguns países, a
energia elétrica gerada a partir do vento representa significativa parcela da demanda. Na
Dinamarca, ela representa 23% da produção, 6% na Alemanha e cerca de 8% em Portugal e na
Espanha (dados de setembro de 2007).

Cenário atual da geração de energia eólica no mundo:


o crescimento do setor de energia eólica na China está sufocado por um acesso insuficiente aos
grids de conexão, enquanto um cenário de desacelaração parece ter retornado aos EUA como
resultado de incertezas sobre a expiração de programas de incentivo. Na Alemanha e na Itália,
cortes de tarifa e desafios relacionados aos grids de conexão de energia têm reduzido a
atratividade no curto prazo, enquanto o fim de um importante benefício fiscal na Índia deve
prejudicar o crescimento do setor eólico Um sistema eólico pode ser classificado como:

 Sistemas independentes ou isolados: são sistemas que normalmente utilizam alguma


forma de armazenamento podendo ser baterias para utilização de aparelhos elétricos ou
armazenamento de água para posterior utilização, são mais caros devidos os sistemas de
armazenamento.

 Sistemas de apoio (híbridos): são aqueles em que uma turbina eólica opera em paralelo
com uma fonte de energia firme (na maioria grupos-geradores diesel), com objetivo
principal de economizar combustível. Normalmente são empregados em sistemas de
pequeno e médio porte.

 Sistemas interligados a rede elétrica: sistemas de grande porte interligados à rede de


distribuição de duas formas diretamente, através de inversores acoplados à geradores de
corrente contínua.

Questão 13)

a)

No método LOPS requer informações mais detalhadas do sistema que na maioria das vezes
não é disponível, e simulações de operações do sistema.

b)

No método LOPS leva em consideração o grau de confiabilidade que se deseja para a


instalação, visando a configuração de custo mínimo, logo seu dimensionamento é mais
econômico,é aplicável a sistemas eólicos solares e hidrelétricos.

Questão 14)

Esse método é aplicado tanto ao sistema solar fotovoltaico como ao eólico ou até hidroelétrico,
logo seria possível estende-lo para dimensionar sistemas híbridos aplicando seu critérios para cada
sistema de energia renovável ou não renovável. O índice de perda de suprimento leva em
consideração o grau de confiabilidade que se deseja para a instalação.Para o dimensionamento
usando esse método ,são necessários: perfil de demanda(carga),dados de radiação solar( sistema
fotovoltaico) ou velocidade do vento(sistema eólico) e o custo unitário dos elementos:
A determinação dos LOPS é efetuada por meio da simulação da operação do sistema no período
desejado. A simulação deve ser efetuada apartir da equação de carga,calibrando-se o Δt de acordo
com os dados disponíveis. A determinação do LOPS e do custo de instalação é feita analisando-se
as combinações dos possíveis valores de potencia instalada (Pr) e capacidade de armazenamento
(Wb).Quando temos um aumento da potência instalada deve-se adicionar mais painéis solares,ou
aero geradores no caso de eólica. E se Wb aumentar deve-se acrescentar baterias.

Questão 16

A dificuldade de interligação e extensão dos sistemas elétricos convencionais devido as grandes


distâncias entre elas. A inexistência de energia elétrica impossibilita o acesso da população a
diversos serviços sociais básicos, tais como água, saneamento, educação e comunicação. Partindo
dessa perspectiva, percebe-se, portanto, que há uma íntima relação entre os indicadores de
eletrificação e o grau de modernização do espaço rural, redundando na qualidade de vida da
população rural. As comunidades apresentam suas construções comunitárias das escolas e dos
centros comunitários com dimensões muito próximas entre si, além do mesmo estilo de
construção.

Comunidades em aspectos socioeconômicas a estrutura das famílias extensas, onde há grande


autoridade paterna, considerável assimetria na relação entre os cônjuges, obediência e dependência
dos filhos. O grupo familiar inclui a família nuclear, ascendentes, descendentes e colaterais. À
família estruturada através do parentesco juntam-se os agregados; e ampliam-se as relações
familiares através dos laços religiosos numa forma de parentesco espiritual. Em termos
econômicos a comunidades isoladas vivem do campo, na lida na lavoura de subsistência e
pequenas criações de animais apenas para consumo próprio.

Apesar de não possuírem renda fixa, existem dois programas do banco do nordeste por exemplo
que usam suas terras como forma de financiamento. São eles programa “Agroamigo Sol” e Pronaf
Sol, taxa de juros em torno de 6% ao ano com um decréscimo por assiduidade ficando com juros
em 4,5% ao ano. Programas estes com extensão para pagamento em até 10 anos que é também o
tempo de garantia de geração de placas solares por exemplo.

Questão 18)

Geração Centralizada.

Os impactos visuais são decorrentes do agrupamento de torres e aerogeradores, principalmente no


caso de centrais eólicas com um número considerável de turbinas, também conhecidas como
fazendas eólicas. Os impactos variam muito de acordo com o local das instalações, o arranjo das
torres e as especificações das turbinas. Apesar de efeitos negativos, como alterações na paisagem
natural, esses impactos tendem a atrair turistas, gerando renda, emprego, arrecadações e
promovendo o desenvolvimento regional. Outro impacto negativo das centrais eólicas é a
possibilidade de interferências eletromagnéticas, que podem causar perturbações nos sistemas de
comunicação e transmissão de dados (rádio, televisão etc.) 1996). De acordo com este autor, essas
interferências variam muito, segundo o local de instalação da usina e suas especificações técnicas,
particularmente o material utilizado na fabricação das pás. Também a possível interferência nas
rotas de aves deve ser devidamente considerada nos estudos e relatórios de impactos ambientais.
Geração Descentralizada (GD)
Ainda segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (2005) as pequenas centrais podem suprir
pequenas localidades distantes da rede, contribuindo para o processo de universalização do
atendimento
A qualidade do fornecimento de energia elétrica da GD, por dispensar o transporte por longas
distâncias, é superior à geração convencional. A geração próxima às cargas torna o sistema mais
estável e confiável,e tambem é capaz de aliviar a sobrecarga e o congestionamento do sistema de
transmissão rede manter a tensão em níveis adequados.

As principais vantagens da energia eólica


É inesgotável,não emite gases poluentes nem gera resíduos,diminui a emissão de gases de efeito
de estufa (GEE).
Os parque eólicos são compatíveis com outros usos e utilizações do terreno como a agricultura e a
criação de gado

Questão 19
Os maiores investimentos em geração de energia eólica foram realizados em países
emergentes e subdesenvolvidos , em 2010 pela primeira vez. A tecnologia envolvida na produção
desta energia, até então, era considerada muito avançada e com preço elevado, viável apenas em
países desenvolvidos. Porém, um grupo cada vez maior de países tem assumido nova postura no
mercado e aumentado drasticamente seu conhecimento sobre a geração de energia eólica. Essa
mudança de atitude reforça: a atratividade da energia eólica; o esforço em diversificar a matriz
energética do país; a necessidade de melhorar a segurança de abastecimento e suprir a crescente
demanda; o interesse em reduzir os custos nacionais com importações dos combustíveis fósseis a
preços voláteis. Fatores ambientais também desempenham papel importante em muitos desses
novos mercados.
O crescimento da energia eólica tem sido impulsionado principalmente pelo desenvolvimento
contínuo da China, que se tornou o país com maior capacidade eólica instalada no mundo. Em
2009, a sua capacidade eólica instalada mais do que dobrou em comparação com 2008, e em 2010,
os chineses adicionaram uma capacidade recorde de 18,9 GW, totalizando 42,3 GW. Como na
China, o desenvolvimento de energia eólica na Índia tem estimulado a fabricação nacional, e a
empresa indiana Suzlon é agora líder global. Na Índia, 17 empresas já fabricam equipamentos para
conversão em energia eólica, com uma capacidade de produção de 7,5 GW por ano. A queda no
número de novas instalações nos EUA cedeu a posição número um à China. Juntos, EUA e China
representam 43,2% da capacidade eólica total. A Alemanha, em terceiro lugar mundial, mantém a
liderança na Europa e Dinamarca lidera com a maior capacidade instalada nas três categorias.
No final de 2010, todas as turbinas eólicas instaladas no mundo podiam gerar o equivalente a
2,5% do consumo global de eletricidade. A Ásia apresentou maior parcela de novas instalações
(54,6%), seguida pela Europa (27,0%) e América do Norte (16,7%). Na América Latina (1,2%) e
África (0,4%), apesar do modesto início na atividade, o desenvolvimento da energia eólica está
cercado de elevada expectativa e com sinais concretos do grande potencial de capacidade dessas
regiões. A América Latina possui abundância em recursos eólicos e é considerada como território
principal para a implantação da energia eólica. No Brasil Em 2001, o primeiro atlas eólico
brasileiro foi publicado com estimativas do potencial de geração de energia eólica em torno de 143
GW a 50 metros de altura. Em 2008 e 2009, novas medições realizadas em vários estados a 80-
100 metros de 44 altura, indicaram que o verdadeiro potencial é consideravelmente maior, em
mais de 350 GW. O Brasil ocupa uma posição privilegiada na lista dos países com maior potencial
de produção de energia eólica, devido à sua excelente fonte de recursos naturais, às grandes áreas
despovoadas e uma costa com 9.650 km. As maiores fontes de recursos eólicos estão na região
Norte/Nordeste do Brasil, e em particular nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará,
Pernambuco e Bahia. O Sul/Sudeste também possui bons recursos eólicos, especialmente nos
estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Por ser um país alimentado, principalmente, por
energia hidrelétrica, sofre cada vez mais com as flutuações sazonais e os períodos de escassez de
água.
Quanto aos impactos ambientais da energia eólica, eles são pequenos e diferentes dos causados
por hidrelétricas. Existem os ruídos, interferência eletromagnética, colisão de pássaros, entre
outros. Os ruídos causados pelos geradores eólicos são impossíveis de eliminar, mas podem ser
diminuídos com o avanço da tecnologia em turbinas modernas. A interferência eletromagnética
ocorre quando a usina é instalada entre transmissores e receptores de ondas de rádio, televisão ou
micro ondas, o que causa uma reflexão da radiação eletromagnética causando interferência no
sinal. Quanto à colisão de pássaros, estudos analisaram que morrem mais pássaros colidindo com
fios de alta tensão do que com turbinas eólicas e que um estudo sobre a rota migratória dos
pássaros pode ser feito para evitar as colisões

Questão 20

A maioria das formas de geração de eletricidade requer altíssimos investimentos de capital e


baixos custos de manutenção. Isto é particularmente verdade para o caso da energia eólica, onde
os custos com a construção de cada aero gerador de alta potência podem alcançar milhões de reais,
os custos com manutenção são baixos e o custo com combustível é zero. Na composição do
cálculo de investimento e custo nesta forma de energia levam-se em conta diversos fatores, como
a produção anual estimada, as taxas de juros, os custos de construção, de manutenção, de
localização e os riscos de queda dos geradores. Sendo assim, os cálculos sobre o real custo de
produção da energia eólica diferem muito, de acordo com a localização de cada usina. Embora seu
custo de instalação esteja situado por volta dos US$ 1.500.000 por cada MW de capacidade
instalada, as variações nos regimes e fluxos dos ventos apresentam graus de incerteza maiores do
que as variações da vazão d’água. Isso se reflete em Fatores de Capacidade de cerca de 35%
contra 65% das hidroelétricas.

Aqui no Brasil, no leilão da Aneel realizado em 27 de agosto de 2010, o preço da energia de


origem eólica ficou em R$ 130,8/MWh, tendo sido inferior ao preço da energia de biomassa e de
Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). No leilão de agosto de 2011, o preço da energia eólica
atingiu um novo patamar, ainda mais baixo, de R$ 99,58/MWh, ficando até mais barato que a
energia de termoelétricas a gás natural. Neste leilão foi vendido mais de 1.900 MW, valor maior
que o total de energia eólica instalado no país até o momento. Com uma taxa de crescimento
acima de 20% desde 2001 e novas tecnologias sendo estudadas, tanto a potência quanto a altura
das torres tem aumentado. Hoje a maioria dos fabricantes já comercializam turbinas de 2 MW,
com 80 m de raioA instalação de uma usina eólica demanda cerca de 18 meses, o que torna esta
modalidade de geração de energia altamente competitiva em relação a outros projetos de produção
de energia elétrica, tanto alternativos quanto convencionais, que levam em média 24 meses para
instalação.

A figura mostra uma comparação de custo entre diversos


tipos de energia.

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