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Dinâmica de interação dos seres vivos

Relações bióticas – interações entre os seres vivos que fazem parte de um ecossistema

As interações bióticas dividem-se em

- Relações Intraespecíficas – interações que ocorrem entre seres vivos da mesma


espécie

-Relações Interespecíficas – interações que ocorrem entre seres vivos de espécies


diferentes

- Relações Intraespecíficas

Cooperação - Relações de benefício

Competição - Relações de prejuízo

-Relações de benefício para os indivíduos dessa relação

Na cooperação intraespecífica - o individuo contribui para o benefício comum

Ex: quando seres da mesma população se organizam em sociedades ou colónia

Sociedade – são grupos de indivíduos organizados hierarquicamente e com


divisão de tarefas

Ex Abelhas – Rainha, Zangão, Obreiras

- Relações de prejuízo para alguns indivíduos

Colónias – associação de indivíduos da mesma espécie que são dependentes entre


si mas sem funções diferenciadas ( não há hierarquia)

Ex: Suricatas – organizam-se na vigilância e recolha de alimento

Pinguins – organizam-se para se proteger do frio

-Relações de prejuízo para os indivíduos dessa relação

A competição intraespecífica – surge quando há concorrência entre indivíduos da mesma espécie


numa dada área geográfica.

A competição pode ter os seguintes motivos:

- Recursos (água, alimentação, luz e território)

- Fêmeas

Ex: Hipopótamos, leões-marinhos, leões etc.. lutam para atenção


das fêmeas

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Canibalismo – expressão máxima da competição intraespecífica

- Um individuo mata outro da mesma espécie alimentando-se deste.

- Motivos

Posição hierárquica, regulação do Nº de indivíduos da população, eliminação de


órfãos, etc..

Ex: – aranha viúva negra

Competição intraespecífica em plantas –

plantas herbáceas competem pelos nutrientes e água desenvolvendo raízes maiores que outras
plantas

Alelopatia – forma de competição em que a planta produz inibidores em que, outras espécies de
plantas, não se desenvolvem junto a ela.

Resumo

Interações entre seres vivos da mesma espécie

Tipo de População Resultado da Exemplo


relação interação
Individuo A Individuo B
Benéfico para Formigas integram uma
Cooperação + + ambos sociedade
Prejudicial para Lobos lutam pelas fêmeas
Competição - - ambos ou posição hierárquica

Relações bióticas

Relações interespecíficas

Nas comunidades as populações de organismos de espécies diferentes estabelecem relações


entre si por forma a satisfazer as suas necessidades.

Competição interespecífica – prejuízo para os indivíduos envolvidos (-/-)

Quando dois organismos competem por um dado recurso ambos saem


prejudicados (tem de dividir o recurso)

Ex: leões competem com outras espécies por território, água, alimento

Pinheiro – competem, com outras espécies, pela luz

Cobras gaviões corujas – alimentam-se de pequenos roedores

Lapas e cracas- competem por território

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Predação – Benefício para o predador e prejuízo para a presa (+/-)

Predação - é o ato de um ser vivo consumir outro organismo para se alimentar,


provocando-lhe a morte.

Predador – ser vivo que captura a presa

Presa – ser vivo que morre e serve de alimento ao predador.

Predador sai beneficiado e a presa sai prejudicada desta interação

Ex: Chita caça o javali

Leão caça a gazela, cabra etc…

Pássaro caça insetos

Cobra caça ratos etc…

Caraterísticas dos seres vivos que lhes facilitam a caça ou a sobrevivência

Predadores caracterizam-se por garras desenvolvidas, mandíbulas fortes, destes aguçados, Ex:
leão, tigre etc…

Bicos fortes e curvados, garras desenvolvidas Ex: águia, falcão etc…

Camuflagem

Predadores e presas adquirem aspetos semelhantes à natureza que os envolve, para


passarem despercebidos

Ex: sapo - Folhas , bicho-pau – Ramos, mocho – árvore

Mimetismo

Seres vivos que tentam semelhar-se a outros seres vivos

Ex: Cobra coral micrurus – falsa cobra coral erithrolampus –

Comensalismo – O comensal é a espécie beneficiada da interação com a outra espécie, a qual não
é beneficiada nem prejudicada.

Uma das espécies beneficia da interação o comensal a outra não é beneficiada nem prejudicada

Ex: Rémora e Tubarão – a Rémora é a espécie comensal – come os restos deixados pelo
tubarão e fica protegida de outros predadores

Epífitas – Plantas que nascem nos ramos das árvores – Orquídeas - são comensais porque
beneficiam da luz solar ao nascer nos ramos das árvores.

Etamoeba coli – é um protista que vive no intestino humano, alimentando-se dos restos
da digestão, sem prejuízo do hospedeiro

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Mutualismo – define-se como uma relação biótica, individual ou populacional, mutuamente
benéfica – permite aumentar o crescimento e sobrevivência dos indivíduos.

O Mutualismo pode ser Mutualismo obrigatório ou mutualismo facultativo

Mutualismo obrigatório - Associação entre os intervenientes na relação permanente e


obrigatória.

Ex: Líquenes -Associação entre algas e fungos

As algas são protegidas pelos fungos e os fungos aproveitam a capacidade fotossintética


das algas para obterem compostos orgânicos e absorverem água e sais minerais
necessários para fornecerem às algas para estas realizarem a fotossíntese.

Mutualismo facultativo - Interações entre as espécies do tipo facultativas e oportunistas

Ex: casos relacionados com a polinização e dispersão de sementes

Roedores – dispersam sementes (Esquilo - mirtilo)

Bodião limpador / Moreia – Têm uma relação mutualista – o bodião limpa a moreia e
alimenta-se dos restos deixados pela moreia

Parasitismo – É uma relação entre dois organismos, que vivem juntos, em que o Parasita se
alimenta à custa do Hospedeiro

Tipos de parasitas quanto ao modo de vida:

Ectoparasitas

Endoparasitas

Ectoparasitas – são parasitas que vivem no exterior do corpo do hospedeiro

Ex: Pulgas – são ectoparasitas

Endoparasitas – São parasitas que vivem no interior do corpo do hospedeiro

Ex: Ténias – São Endoparasitas

Tipos de parasitas quanto ao tamanho

Microparasitas

Macroparasitas

Microparasitas – são parasitas pequenos e com tempos de geração muito curtos e multiplicam-se
várias vezes no mesmo hospedeiro

Ex: Vírus e bactérias

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Macroparasitas – São maiores que os microparasitas e com períodos de geração mais longos e
têm que encontrar outros hospedeiros para se reproduzirem

Ex: pulgas, carraças, ténias, Lombrigas - encontram-se nos animais

Nas plantas – encontram-se os parasitas Bugalhos

Bugalhos – são excrescências que se formas nos ramos das árvores devido à colocação de
ovos de vespa.

Amensalismo – A espécie amensal é impedida de se desenvolver ou reproduzir por ação da


espécie inibidora

Ex: Fungo penicillium sp – produz substâncias que inibem o crescimento de bactérias

Tipos de interações de seres vivos de espécies diferentes

 Competição
 Predação
 Comensalismo
 Mutualismo facultativo
 Mutualismo obrigatório
 Parasitismo
 Amensalismo

Espécies reunidas Resutado da Exemplo


interação
Espécie A Especie B
Competição Ambos são Abutre e hiena
- - prejudicados

Predação Beneficia só Urso predador do


+ - predador salmão

Comensalismo Beneficia o Rémora beneficia


+ 0 comensal transporte,
proteção e
alimentação
Mutualismo Benéfico para Aves dispersam
+ + ambos sementes
facultativo
Mutualismo Benéfico para As micorrizas são
+ + ambos associações
obrigatório
obrigatórias de
fungos e raízes de
plantas
Parasitismo Benéfico para A cuscuta é planta
+ - parasita sem clorofila que se
fixa noutras plantas
para lhe sugar a
seiva
Amensalismo Indiferente para o Os dinoflagelados
- 0 inibidor e prejudica libertam
o amensal substâncias tóxicas
e matam espécies
animais marinhos

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Relações biótica / influenciam ecossistemas

Competição e predação – são relações importantes para equilíbrio dos ecossistemas

Os predadores ao eliminar os mais fracos tornam a outra espécie mais forte

Os predadores ao eliminar os doentes evitam que a doença se alastre pela outra espécie.

Espécie endémica – Espécie que se encontra confinada a uma área geográfica

As manutenções do equilíbrio dos ecossistemas dependem dos limites das relações bióticas.

 se diminuem as presas diminuem os predadores

É importante haver equilíbrio dinâmico dos seres vivos nas suas relações bióticas.

A introdução de espécies típicas de outras regiões num dado ecossistema onde não encontram
predadores pode levar à evolução dessa espécie nesse ecossistema em prejuízo de outras
espécies desse ecossistema.

Resumo da matéria

Definições

Amensalismo – forma de interação em que existe prejuízo para o amensal e indiferença para a
espécie inibidora

Biodiversidade – Número de diferentes espécies que existem numa dada área geográfica

Bioma – Ecossistema ou conjunto de ecossistemas, em equilíbrio dinâmico, espalhado por uma


grande área geográfica e caracterizado por um tipo dominante de vegetação e de macroclima

Biótopo – Meio físico onde vivem os seres vivos de um ecossistema ( plantas, animais, micro-
organismos).

É o local ocupado por uma comunidade biológica e é definido por parâmetros como clima e as
caraterísticas do substrato

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Canibalismo – Competição intraespecífica em que um ser mata outro da mesma espécie para se
alimentar dele

Colónias – Associações de indivíduos da mesma espécie e que existe um grande grau de


dependência entre si e sem funções diferenciadas ( grupos não hierarquizados)

Comensalismo – Relação benéfica para uma espécie e indiferente para a outra.

Nesta relação a espécie Comensal é beneficiada e a outra não é beneficiada nem


prejudicada

Competição interespecífica – Relação prejudicial para ambos os seres envolvidos

A competição ocorre entre organismos pertencentes a espécies diferentes que competem pelos
mesmos recursos ou território.

Competição intraerespecífica – Relação prejudicial para os seres vivos envolvidos.

Relação concorrente entre indivíduos da mesma espécie numa dada área geográfica

Comunidade – Conjunto de populações que existem ao mesmo tempo , num mesmo biótipo, e
que se relacionam entre si.

Cooperação intraerespecífica – relação de benefício para todos os seres vivos envolvidos

Quando seres da mesma população se organizam em sociedades ou colónias.

Ecologia – Estudo das relações entre os organismos e entre estes e o meio ambiente que os
rodeia

Ecossistema – É o conjunto formados pelo biótipo e pela comunidade biótica nele existente

Espécie – Conjunto de organismos semelhantes, que quando cruzados entre si, originam
descendência fértil

Estivação – è a redução das atividades vitais do organismo a valores mínimos, quando exposto a
um clima quente e seco, ficando este em estado latente

Fatores abióticos – fatores físico-químicos – luz, temperatura, água, solo, vento

Fatores Bióticos – Conjunto de interação entre seres vivos

Fotoperíodo – Numero de horas de exposição à luz, durante um dia, dum determinado local

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Fototropismo – Capacidade de alguns seres vivos caminharem em direção à luz

Habitat – local onde o ser vivo desenvolve a sua atividadae

Heliófilas – Plantas que se desenvolvem melhor sob a ação da luz direta e intensa

Hibernação – Redução das atividades vitais do organismo quando exposto a um clima frio, ficando
em estado latente

Hidrófilos – Organismos que vivem permanentemente na água

Higrófilos – Organismos que vivem em locais húmidos

Homeotérmicos – animais que mantêm temperatura corporal constante

Interações interespecíficas – Interações entre seres vivos de espécies diferentes

Interações intraerespecíficas - Interações entre seres vivos da mesma espécies

Lucífilos – Animais que se sentem atraídos pela luz

Lucífugos – Animais que não suportam a luz

Mutualismo facultativo – Associação facultativa e oportunista entre os intervenientes na relação

Relação benéfica para ambos os seres envolvidos

Mutualismo obrigatório – Associação obrigatória e permanente entre os intervenientes

É uma relação benéfica para ambos os seres envolvidos

Parasitismo – Relação em que o parasita tira beneficio do hospedeiro que sai prejudicado

Poiquilotérmicos – animais em que a temperatura corporal varia com a temperatura do meio

População - conjunto de indivíduos da mesma espécie, que habitam num determinado local e
interagem entre si, e com os fatores do meio.

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Predação – Relação benéfica para o predador em prejuízo da presa.

Predação é o ato de um ser vivo alimentar-se de outro ser vivo, provocando a sua morte.

Sociedades – grupos de indivíduos organizados hierarquicamente, com divisão de tarefas

Umbrófilas – plantas que se desenvolvem melhor na sombra

Xerófilos – organismos que habitam locais secos

Estrutura hierárquica do mundo vivo –

Célula

Organismo

Espécie

População

Comunidade

Ecossistema

Animais de ambientes quentes

Caraterísticas morfológicas – orelhas grande, pelo curto

Caraterísticas comportamentais - arfar

Animais de ambientes frios

Caraterísticas morfológicas – orelhas pequenas, pelo comprido

Caraterísticas comportamentais – hibernar

Caraterísticas fisiológicas – ereção dos pelos

Plantas de ambientes frios

Perda de folhagem ( plantas de folha caduca)

Quando apresentam folhas persistentes as copas das árvores apresentam a forma cónica

Adaptação à escassez de água

Dos animais – apresentam:

o Reservas de tecido adiposo


o Exoesqueleto quitinoso
o Transpiração reduzida
o Produção de pouca urina
o Maior atividade noturna

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Das plantas – possuem:

o Caules carnudos
o Folhas reduzidas a espinhos
o Raízes extensas

Relações dos seres vivos

Intraespecíficas – Cooperação

Competição

Canibalismo

Interespecíficas – Competição

Predação

Comensalismo

Amensalismo

Mutualismo

Parasitismo

Os fatores abióticos condicionam a evolução dos seres vivos

As alterações bruscas de alteração do meio têm favorecido:

- o aparecimento e dispersão de espécies e à

-extinção de outras espécies

Os relações bióticas entre as espécies contribuem para o equilíbrio dinâmico das comunidades.

Probióticos – são micro-organismos vivos que beneficiam a saúde do hospedeiro.

Os probióticos encontram-se nos alimentos

Queijo

Iogurte

Os alimentos probióticos atuam ao nível do intestino facilitando a absorção

Relação biótica entre o ser humano e organismos probióticos – mutualismo facultativo

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Fluxos de energia e ciclos de matéria nos ecossistemas

Conceitos básicos

Seres autotróficos Seres vivos que produzem o seu próprio alimento


Ex: Plantas e algas
Heterotróficos Seres vivos que obtém alimento através de outros
organismos
Ex: Animais, protozoários, fungos
Matéria orgânica Aquela que faz parte dos seres vivos e é transformada em
matéria inorgânica pelos decompositores
Substância simples que existe na natureza e que pode ou
Matéria inorgânica não, ser resultado da decomposição da matéria orgânica
Ex: Água, sais minerais

Os seres vivos necessitam de

 Matéria -para a formação e crescimento do seu corpo, e obtenção de energia para as suas
atividades

Como ocorre a transferência de energia nos ecossistemas

Os seres autotróficos (plantas e algas) produzem o seu próprio alimento através da fotossíntese.

Os seres autotróficos servem de alimento a muitos dos seres vivos ( Heterotróficos )

Ex: coelho, cavalo, vaca, cabra…

Nos ecossistemas existem os seres heterotróficos chamados decompositores – Decompõem a


matéria orgânica em matéria mineral.

Ex: Bactérias e Fungos (maior fungo -Armillaria ostoyea)

Cadeia alimentar – denomina-se à sequencia de organismos em que um ser vivo serve de


alimento a outro.

Nível trófico – lugar em que se encontra cada ser vivo na cadeia alimentar

1º nível trófico – seres autotróficos ou produtores –

2º nível trófico – seres heterotróficos - herbívoros - consumidores de 1ª ordem

3º nível trófico - seres heterotróficos - carnívoros - consumidores de 2ª ordem

Restantes níveis tróficos – seres heterotróficos ou Consumidores

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Meio terrestre

Rede ou teia alimentar – numa comunidade existe um conjunto de cadeia alimentares que se
cruzam porque muitos animais têm uma alimentação variada. A base alimentar dos seres
terrestres são as- Plantas a Algas

Sol / erva – Gafanhoto – Cobra – Águia


1º nível trófico - 2º nível trófico - 3º nível trófico - 4º nível trófico

Meio aquático

Rede ou teia alimentar – As redes alimentares são muito complexas e têm como base alimentar
PLÂNCTON

Plâncton – É constituído por uma enorme diversidade de seres vivos microscópicos que são fonte
de alimento de muitos consumidores.

O plâncton é constituído por:

Fitoplâncton

Zooplâncton

Fitoplâncton – são seres fotossintéticos (produtores) que servem de alimento a consumidores de


1ª ordem o zooplâncton

Zooplâncton / krill – são seres vivos microscópicos, não fotossintéticos designado por KRILL

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RESUMO

Produtores - São seres vivos que usam a energia do sol para transformar substância minerais
(matéria inorgânica) em substâncias orgânicas (matéria orgânica) – Seres autotróficos

Consumidores – São seres vivos que transformam a matéria orgânica de que se alimenta, em
matéria orgânica que o constitui – Seres heterotróficos

Decompositores – São seres vivos que decompõem a matéria orgânica , de que se alimentam em
matéria inorgânica – Seres heterotróficos

Transferência de energia nos diferentes níveis tróficos

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Existem vários tipos de representação de transferência de energia nos diferentes níveis tróficos

As cadeias alimentares dependem da entrada contínua de energia solar nos ecossistemas.

Esta energia é armazenada sob compostos orgânicos pelos produtores como resultado da
fotossíntese.

A energia contida nos compostos orgânicos, é utilizada na construção de novos tecidos e na


respiração celular

A energia contida nestes compostos orgânicos é transferida para os consumidores de 1ª ordem, e


destes para os consumidores de 2ª ordem e assim sucessivamente.

Quando a energia passa de um nível trófico para o nível trófico seguinte, parte dessa energia não
é absorvida porque se perde na urina, fezes e calor. Perde-se 90% de energia de um nível para o
outro.

Da energia aproveitada, esta destina-se a:

 Respiração
 Reprodução
 Produção de novos tecidos
 E às atividades dos seres vivos

Devido à perda de energia na passagem de um nível trófico para o seguinte (cerca de 90%) não
existem muitos níveis tróficos sob pena de não haver energia para o nível seguinte.

As relações energéticas entre os seres vivos e o ambiente é unidirecional, ou seja, todos os seres
vivos perdem energia que não chega ao ecossistema.

Pirâmides ecológicas

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Tipos de pirâmides que podem definir um sistema natural

Existem três tipos de pirâmides ecológicas

 Pirâmides de número
 Pirâmides de biomassa
 Pirâmides de energia

Pirâmide de número – representa a quantidade de seres vivos por cada nível trófico e por unidade
de área ou volume num determinado momento.

A base representa o nº de produtores, o 2º patamar o nº consumidores de 1ª ordem, o 3º


Patamar o nº de consumidores de 2ª ordem e assim sucessivamente.

Pirâmide de biomassa – representa a massa total seca de organismos por unidade de área ou
(volume) em determinado momento.

O volume de ada patamar representa a massa de organismos por cada nível trófico.

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Pirâmide de Energia – representa a energia armazenada nos seres vivos por unidade de área em
determinado momento.

O Volume de cada patamar representa a energia armazenada dos organismos em cada nível
trófico

Alteração dinâmica das teias alimentares por ação do homem

Principais impactes da ação humana na dinâmica das teias/redes alimentares

 Pesca e agricultura intensiva


 Exploração mineira
 Desflorestação e incêndios florestais
 Poluição do ar, solos e cursos de água
 Construção de barragens e outras infraestruturas

Estas ações levam à destruição de habitats com a consequente perda de biodiversidade, bem
como a alteração da dinâmica dos ecossistemas.

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Como minimizar o impacte da ação humana na alteração dinâmica dos ecossistemas

Medidas criadas

 Criação de áreas protegidas – defesa da biodiversidade


 Bancos de DNA – conservação das espécies
 Silos de sementes – salvar a biodiversidade de espácies de cultivo
 Etc..

Ações individuais e coletivas

Associações que pretendem proteger a biodiversidade

Ex: campanhas de reflorestação

Amigos da serra da estrela

Reprodução do lince ibérico

Ciclos de matéria nos ecossistemas

Como é que circula a matéria nos ecossistemas?

1. Energia diária do Sol para:

Manutenção e equilíbrio dinâmico dos ecossistemas

As plantas por terem clorofila transformam a energia luminosa em energia química e armazena-a
nos compostos orgânicos que produz. – FOTOSSÍNTESE

Fotossíntese – As plantas em presença da luz solar, transformam a água e sais minerais, que
retiram do solo, e o dióxido de carbono, que retira do ar, em oxigénio e compostos orgânicos

Água (c/sais minerais) + Dióxido de carbono (CO2) Luz + Clorofila Oxigénio (O2)+ Matéria
Orgânica

Os consumidores alimentam-se dos produtores, e transferem para si matéria orgânica.

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A matéria orgânica em presença do Oxigénio (O2) vai ser transformada em energia nas células dos
seres vivos através da respiração celular

Os excrementos dos seres vivos e posteriormente os seus cadáveres, são devolvidos ao meio
ambiente onde os decompositores transformam esta matéria orgânica em matéria mineral

Os decompositores têm como função a reciclagem da matéria na dinâmica dos ecossistemas

A matéria é cíclica - A matéria nos ecossistemas é transferida dos produtores – matéria mineral -
para os consumidores – matéria orgânica - e retorna ao solo, pela ação dos decompositores sob
forma de matéria mineral para ser utilizada pelos produtores-

RESUMO

Produtores – Transformam a matéria mineral em matéria orgânica

Consumidores – alimentam-se da matéria orgânica e as células dos seres vivos ganham energia

Decompositores – Transformam os excrementos e cadáveres dos consumidores, matéria orgânica


em matéria mineral – função de reciclagem na dinâmica dos ecossistemas

A matéria circula nos ecossistemas de forma cíclica e contínua-

A energia circula nos ecossistemas de forma unidirecional (só numa direção) – (ver pirâmide da
energia)

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A matéria é transferida entre o meio abiótico e biótico num processo cíclico

Ciclos da matéria

 Ciclo da água (H2O)


 Ciclo do carbono (C)
 Ciclo do nitrogénio ou azoto (N)

Ciclo da água

A água desloca-se entre o meio vivo e o meio não vivo – ciclo da água

Os seres vivos libertam para a atmosfera vapor de água. A água dos oceanos, lagos evapora-se
acumulando-se na atmosfera em forma de nuvens.

As nuvens precipitam água no estado líquido (chuva ou orvalho) ou no estado sólido ( neve
granizo ou geada).

A chuva que cai na terra pode escorrer à superfície, infiltrar-se ou acumular-se nos lençóis de
água subterrâneos (aquíferos) ou juntar-se à massa de água líquida (lagos e oceanos) ou sólida
(glaciares.

Os seres vivos necessitam de água para sobreviver

Ciclo do carbono

O carbono circula entre a componente biótica a abiótica nos ecossistemas.

Processos que libertam dióxido de carbono para a atmosfera –

 respiração,
 resíduos,
 combustíveis fósseis

Carbono na natureza – Carvão

Processo de retirar carbono da atmosfera – ?

Processo para repor carbono na atmosfera – ?

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Devolução o dióxido de carbono à atmosfera ?

Circulação do dióxido de carbono ao longo das cadeias alimentares?

Absorção do dióxido de carbono pelas plantas?

-------------------------------------

Ciclo do carbono

O carbono existe na natureza sob várias formas.

Qual a base da síntese da matéria orgânica nos seres vivos?

 O dióxido de carbono, no estado gasoso, existente na atmosfera ou dissolvido na água

O dióxido de carbono (CO2) é libertado para a atmosfera por:

 processos naturais – respiração


 Processos antrópicos – combustão combustíveis fosseis ( carvão, petróleo e gás natural)

O dióxido de carbono (CO2) é fixado pelas plantas pela – fotossíntese -passando a moléculas
orgânicas – integram os seres vivos

Na cadeia alimentar os átomos de carbono vão sendo transferidos através dos diferentes seres
vivos

Quando ocorre uma morte os cadáveres por ação dos decompositores, são transformados em
matéria mineral.

Os cadáveres e detritos podem ficar retidos e são posteriormente transformados, podendo o


dióxido de carbono ficar armazenado sob diversas formas (humos, carvão, petróleo).

Na água ocorre o sequestro do dióxido de carbono, quando este é acumulado sob a forma de
carbonato de cálcio (calcário, conchas, corais, etc..) de origem biogénica ou química.

Ciclo do oxigénio

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O ciclo do oxigénio - está ligado ao ciclo do carbono

Na natureza a fotossíntese e respiração definem como o ciclo do oxigénio faz-se no sentido


inverso ao ciclo do carbono

Fotossíntese – liberta oxigénio para a atmosfera e oceanos

Respiração celular – consome oxigénio que provem da atmosfera e hidrosfera

O oxigénio no meio ambiente entra nas reações de oxidação ( reação do oxigénio com uma
substancia) de minério de ferro e na síntese da matéria orgânica (carvão e petróleo).

A circulação do oxigénio está relacionada com o ciclo da água porque - A fotossíntese liberta o
oxigénio da molécula da água.

Produtores de oxigénio – as algas dos oceanos

Ciclo do nitrogénio

Substâncias que constituem os seres vivos – água e proteínas

Proteínas são constituídas por – Oxigénio, hidrogénio, carbono e nitrogénio

O nitrogénio existe na atmosfera em forma gasosa e constitui 78% do ar atmosférico

Os seres vivos não utilizam o nitrogénio diretamente

O nitrogénio é introduzido nas plantas sob forma de nitratos

Nitratos – são produzidos por ação de bactérias nitrificantes que captam nitrogénio do ar
atmosférico

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Plantas – utilizam nitratos na síntese de proteínas

Os consumidores- obtêm nitrogénio a partir das proteínas das plantas

Os cadáveres são decompostos por bactérias em humos que por sua vez é transformado em
nitratos por outro tipo de bactérias

As descargas elétricas e outras radiações solares transformam o nitrogénio em nitratos. Estes


nitratos são depois arrastados para a terra por ação da água da chuva

Pág. 124

Equilíbrio dinâmico dos ecossistemas

Equilíbrio dinâmico dos ecossistemas – são as mudanças que podem ocorrer nas espécies que
habitam ou aparecimento de novas espécies e desaparecimento de outras ao longo do tempo.

Evolução de uma comunidade ao longo do tempo

As evoluções das comunidades - devem-se à modificação de fatores bióticos e abióticos

Alteração de habitat e das comunidades devido a:

Causas naturais – erupções vulcânicas, secas, inundações

Causas humanas – Desflorestação, incêndios

Sucessão ecológica – É a sequência de comunidades que se vão substituindo umas às outras, ao


longo do tempo e numa determinada área.

Sucessão ecológica primária – Quando ocorre uma ocupação lenta dos seres vivos dum local
anteriormente desprovida de organismos.

Ex: Ilhas recém formadas, camada de areia, rocha nua

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Espécies pioneira – são as primeiras espécies a desenvolver-se numa sucessão ecológica.

Ex: – líquenes - resistem à falta de água, à aridez, escassez de matéria orgânica, exige poucos
nutrientes

Posteriormente aparecem musgos, gramínea, insetos

Comunidade pioneira – são constituídas por líquenes, musgos, gramínea, insetos

Comunidade intermédia – é a evolução dos ecossistemas da comunidade pioneira onde se


desenvolve a vegetação arbustiva e com um número maior de espécies.

Comunidade Climax – esta é a fase final da sucessão ecológica em que a comunidade procura o
equilíbrio com o ambiente – carateriza-se por:

 Elevado número de espécies animais


 Elevado número de espécies vegetais
 Possui uma grande biomassa

Sucessão ecológica primária

Centenas de anos

Variabilidade condições ambientais

dd

Complexidade estrutural funcional


ecossistema

Sucessão ecológica secundária – Ocorrem em habitat´s já existentes e que já estiveram habitados


por seres vivos.

Causas das sucessões ecológicas secundárias

Causas naturais – erupções vulcânicas, secas, inundações, ciclones

Causas humanas – Desflorestação, incêndios, desvio do leito dos rios, abandono da


agricultura, etc..

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O desenvolvimento da sucessão ecológica secundária é muito mais rápido do que sucessão
ecológica primária, por que o solo já se encontra formado – tem elementos de seres vivos
adaptados ao local - ( possui rizomas, sementes, esporos, ovos de diferentes espécies)

Exercício pág. 128

Sucessões secudárias em áreas urbanas

Causas – abandono de terrenos, linhas de caminho de ferro desativadas, etc..

A sucessão secundária neste caso pode iniciar-se nas fendas dos prédios, em muros velhos ou
telhados, nas fendas das ruas etc..

Sucessões Secundárias – É previsivel que as populações sejam substituidas por outras até atingir
o climax e dependente do tipo de solo e clima.

Primeira fase – instalam-se os seres vivos mais simples – plantas de pequeno porte, minhocas,
roedores – que modificam o solo – aumenta a sua espessura e quantidade de matéria organica –
onde aparecem depois espécies mais exigentes.

Com o passar dos anos este processo conduz à - Comunidade climax

Consequência a biomassa aumenta ( plantas mais altas) estas plantas influenciam o microclima e
assim aumenta a biodiversidade

O equilibrio natural dos ecossistemas – É um equilíbrio dinâmico.

Modifica-se constantemente e adapta-se a novas situações tais como:

 Seres vivos que morrem ou nascem


 Das quantidades de matéria disponível
 Das condições climáticas

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Exercício pág.129

Pág. 130

Resumo

Conceitos

Cadeia alimentar – Sequência de organismos em que um serve de alimento ao outro

Comunidade climax – É a fase final da sucessão da sucessão ecológica e encontra-se em equilíbrio


com o meio ambiente

Decompositores – Seres vivos que transformam matéria orgânica (dos cadáveres, excrementos, e
restos vegetais) em matéria inorgânica ou mineral

Espécies pioneiras – primeiras espécies a desenvolverem-se numa sucessão ecológica

Nível trófico - Local que ocupa um ser vivo numa cadeia alimentar

Pirâmides ecológicas – Diagramas onde se representam as trans ferencias de energia e matéria.

Pirâmide de número – Pirâmide de biomassa – Pirâmide de energia

Rede / cadeia alimentar – Conjunto de cadeias alimentar que se cruzam entre si grtja

Seres autotróficos / produtores – Transformam a matéria inorganica / mineral em matéria


organica

Seres heterotrofitos / consumidores – Seres vivos que se alimentam da matéria orgânica a partir
da qual produzem a própria matéria orgânica que os constitui.

Sucessão ecológica – processo que determina a sequência de comunidades, que se substituem


uma às outras ao longo do tempo numa determinada área

Sucessão ecológica primária -Ocupação lenta dos seres vivos simples , resistente e pouco
exigentes, num local anteriormente sem vida

Sucessão ecológica secundária – existe em locais onde os solos já estão formados e colonizados
por seres vivos.

Cadeia alimentar – é constituida por produtores e consumidores da seguinte forma

 1º nível trófico -Produtores (plantas)


 2º nivel trófico – consumidores de 1ª ordem (herbívoros )
 3º nível trófico - consumidores de 2ª ordem (carnívoros)
 Etc…

Teias alimentares – São cadeia alimentares que se cruzam em que um dado ser vivo, pode ocupar
níveis tróficos diferentes

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Todos os seres vivos duma teia alimentar regressam ao meio abiótico, em que os decompositores
transformam a matéria orgânica em inorgânica. Esta matéria inorgânica é reintroduzida na cadeia
alimentar pelos produtores.

O SOL – É a fonte de energia primária dos ecossistemas.

A energia entra nos ecossistemas e atravessa os diferentes níveis tróficos num fluxo
unidirecional. Esta energia vai-se dissipando ao passar de um nível trófico para outro.

A matéria circula nos ecossistemas de forma cíclica e contínua

As pirâmides ecológicas permitem a compreensão da transferência da energia e matéria

Sucessão ecológica – chama-se à sequência de comunidades que se vão substituindo uma às


outras, ao longo do tempo, numa determinada região

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