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Missão da escola

Educar e emancipar. Acredito que para cumprir, de fato, a missão da


escola, precisamos entender melhor a significação atual destes dois verbos.
Devemos parar de pensar que educar é transmitir conhecimento apenas.
Nossa Missão como educadores está na forma a qual vimos e acreditamos a
educação. Saber que educar é mais que ensinar a ler e escrever, e as quatro
formas básicas da matemática, como antiga (e infelizmente) e atualmente
ainda é vista e mostrada.
Educar é entender que o aluno chega até a sua sala de aula com uma
bagagem. Que não é vazio. E que esse cheio que ele tem afeta as formas de
aprendizados diversificados que lhe são oferecidos na escola. É mostrar que
entendemos que a escola é um lugar de criar, fortalecer, manter e aumentar
diversos tipos de preconceitos e discriminações que ele pode sofrer ou ser
agente na vida fora de nossos muros. É entender que esses assuntos, temas
transversais, como é bonito de dizer, ferem e podem fortalecer a quem sobre
pelo silenciamento que mantemos, fazendo de conta que isso não nos afeta.
Educar, portanto, é entender a diversidade de sexualidades, etnias, culturas e
pensamentos que se mesclam naquelas cabeças enfileiradas à nossa frente.
Emancipar percebo como abrir espaço para que o aluno se sinta autor
de suas críticas, que se sinta à vontade para desenvolver e mostrar o seu
potencial crítico e de conhecimento de mundo porque sabe que será escutado,
que haverá interesse no que ele tem para fortalecer a construção de educação
de todos nós. Emancipar é mostrar que as habilidades estudantis podem e
devem ser valorizadas em sala de aula como meio de identidade e
fortalecimento de seu pertencimento neste meio, a escola. Emancipar é
pararmos de pensar que o professor é a peça principal deste teatro, nada
engraçado, que a escola forja, e entender que podemos sim, ver a escola como
uma peça teatral, mas que os antagonistas são nossos valores enquanto
organizadores deste espetáculo. Se soubermos respeitarmos as falas e
performances livres de nossos protagonistas, teremos grandes maravilhas
registradas na história que com certeza não se enquadrarão (mais) como
tragédias.

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