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Entrega: 10/12/2017

Instituto de Arte e Comunicação Social | Departamento de Cinema e


Vídeo
Animação | GCV00136 | C1
Profº.: Antônio Moreno – monitor: Gabriel Alves
Curso: Cinema e Audiovisual – Bacharel | 2º período
Aluna: Ana Carolina Salmont Rodrigues | Matrícula: 117057013

Resenha de animação – A experiência brasileira


A definição de animação surge na França, em 1961, pela Associação Internacional de Filme
de Animação. Os meios de registrar a imagem sem ser pelo registro automático, ou seja, sem
a utilização da tomada direta, e é isso que define o que é uma animação. Além desse teor
técnico que a animação traz, também contém uma dimensão de irrealidade e descontinuidade
não perceptíveis, com uma mise-en-scène que não é real mas tem uma verossimilhança e
conexão com o público diferente que um filme com pessoas.
Existem diversas modalidades para gravar um filme de animação, que ditam a facilidade da
manufatura dos personagens, o formato e lugar de transmissão. A animação de bonecos ou
marionetes apresentam uma falta de suavidade nos bonecos que era o que o tornava
interessante; a animação de pessoas seguia o ideal de cada pose um quadro, onde o seu
movimento era estudado para a criação de imagens em sequência; a animação de objetos
trazia uma ambientação de papelaria, com barbantes, papel, lego e coisas se movendo; a
animação com carvão e massa de modelar se assemelha a animação de objetos por também
trabalhar com fotografia quadro-a-quadro, mas a diferença é pelos materiais usados para criar
a animação. A animação com a repetição dos movimentos em montagem é feita com pessoas
reais e um trabalho grande com a iluminação e as questões técnicas da fotografia, para criar
um efeito diferente. A animação de recortes usa também esse ar de papelaria, a tela de
alfinetes com desenhos recortados se mexendo, a animação encravada direta na película, o
desenho animado que era feito com filme ao vivo e, não menos importante, o desenho
animado.
No desenho animado, aqueles feitos para a TV, como os primeiros Tom e Jerry e Pica-Pau.
Eles eram desenhados no papel manteiga, primeiro as partes que não se mexem tanto, os
membros e, por último, os cenários. Esses desenhos eram pintados com uma tinta específica
para não manchar a folha ou a mesa de filmagem e depois da tinta seca, o desenho era limpo
para não ter gordura ou outras manchas.
Outra questão importante de ser mencionada são os fotogramas ou quadros. Porque para criar
uma animação bem fluída, são necessários 24 fotogramas por segundo. Isso por causa da ideia
do movimento e a persistência retínica que existe nos nossos olhos, já que é a medida exata
para que as imagens permaneçam no fundo dos nossos olhos, a chamada inércia do
movimento. Essa é a principal ilusão ótica da qual o cinema se nutre, trazendo uma
mobilidade aparente das coisas que, na verdade, são imóveis.
O som também é um debate possível, porque ele pode ser gravado tanto inicialmente quanto
ao final do processo, apesar do mais prático e conveniente é gravar os diálogos e ruídos
antecipadamente, ou ter uma decupagem de som bem-feita e detalhada, além de
cronometrada, já que desta forma é melhor para saber o movimento de fala e geral do
personagem, proporcionando uma sincronia para o filme que o torna mais agradável de se ver,
ou pelo menos melhor que a tradução simultânea do Oscar. Isso é chamado de pré e pós-
sincronização, e é feita a leitura do som, a gravação antes da execução do filme, com os
ruídos, narração e música, além de fazer um mapa de “batida da música”, para saber com a
ocupação de sílabas, para encaixá-lo no fotograma e desenhos de fala. Para fazer isso, você
pode usar uma bachita, que é um formato de deixar mais fácil essa leitura de som.
Para fazer uma animação, é necessário também de alguns instrumentos para realizar a
filmagem, principalmente as mesas. Era útil ter uma mesa apenas para desenhar, a chamada
“mesa de animação”, que tem uns pinos e uma matriz que permite o desenho ficar fixo e bem
dividido para você saber exatamente onde fazer quais pedaços do desenho. O mapa de
filmagem é o formato que você usa para saber quantos desenhos fazer, quais os
posicionamentos necessários, como você vai fazer cada desenho e outros detalhes de um
fotograma. Para a efetiva filmagem ou a hora de tirar as várias fotos seguidas, você vai usar
uma truca ou mesa de filmagem. Ela tem uma câmera posicionada em cima dela e deve estar
num lugar que não permita a luz natural, por causa das nuances que proporciona. A truca tem
vários suportes que te permitem a movimentação dos desenhos de uma forma mais fácil.
Com a computação gráfica, é mais prático realizar um filme de animação. Além de suprimir
as necessidades de produção inicial, como os desenhos, os instrumentos e as mesas e
acessórios podem ser resumidos no computador, ele também mudou um pouco a conceituação
do que é cinema de animação. A Associação Internacional de Animação da França alega que
toda criação cinematográfica realizada imagem-por-imagem é uma animação. Essa nova
definição tem um teor muito mais mecânico, e, para citar a ASIFA em 1985, “a arte da
animação é a criação de imagens em movimento através da manipulação de todas as
variedades de técnicas excluindo os métodos do filme de tomada direta, ou seja, de ação ao
vivo (live action)”. Essa técnica de simulação que esteve sempre ligada às artes plásticas com
diretores de arte, cenaristas e animadores estão a cada dia mais tecnológicas, e existem cada
dia mais, diferentes formas de praticar.
Vale mencionar também Norman McLaren, um dos pioneiros no cinema de animação, que
criou diversos filmes com diferentes materiais, como Neighbours, feito em pixalização, ou
Pas de Deux, Line: Horizontal e Opening Speech.

Bibliografia
http://www.imdb.com/name/nm0572235/bio?ref_=nm_ov_bio_sm, outubro, 2017
Moreno, Antônio. A experiência brasileira no cinema de animação. p.08-26, Rio de Janeiro,
1978 + texto de 2010

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