You are on page 1of 5

INTRODUÇÃO

O campo elétrico é uma grandeza física difícil de ser medida diretamente. Porém, é
possível calcular o seu valor através da medição de grandezas a ela relacionadas, as quais
de forma prática são mais fáceis de serem obtidas. O experimento da cuba eletrolítica torna
isso visível através da medição do potencial elétrico em um recipiente com uma solução
eletrolítica.

OBJETIVOS
O experimento tem como objetivo observar na prática o formato das superfícies
equipotenciais que se formam na solução, bem como entender a sua relação com as linhas
de campo elétrico. Além de proporcionar algum conhecimento em softwares que tornam
possíveis​ ​a​ ​visualização​ ​das​ ​teorias​ ​envolvidas.

METODOLOGIA
Preparou-se uma solução de cloreto de sódio, que foi colocada em um recipiente
com duas hastes metálicas (cada uma em uma extremidade do recipiente). Foi então
acoplada uma fonte de tensão de 20V às hastes para que passasse corrente na solução
preparada.
Como o potencial elétrico não pode ser diretamente medido, foram usados os
valores da diferença de potencial entre o ponto desejado e a haste conectada ao terminal
negativo da fonte. Assim, se o potencial de um ponto P é Vp e o potencial negativo da fonte
é​ ​Vn,​ ​temos:

Onde​ ​∆V​ ​é​ ​o​ ​valor​ ​medido​ ​pelo​ ​multímetro.


Como o valor de Vn é constante, pode-se traçar uma linha de superfície
equipotencial​ ​onde​ ​∆V​ ​é​ ​o​ ​mesmo.
Foram medidos 72 pontos (8 linhas e 9 colunas) em todo o recipiente e os
respectivos​ ​valores​ ​de​ ​diferença​ ​de​ ​potencial​ ​foram​ ​anotados​ ​para​ ​análise.
RESULTADOS

Relação​ ​entre​ ​campo​ ​elétrico​ ​e​ ​Potencial​ ​Elétrico

Imagine um campo elétrico gerado por uma carga Q, ao ser colocada uma carga de
prova q em seu espaço de atuação podemos perceber que, conforme a combinação de
sinais entre as duas cargas, esta carga q, será atraída ou repelida, adquirindo movimento, e
conseqüentemente​ ​Energia​ ​Cinética.
Sabemos que para que um corpo adquira energia cinética é necessário que haja
uma energia potencial armazenada de alguma forma. Quando esta energia está ligada à
atuação de um campo elétrico, é chamada Energia Potencial Elétrica ou Eletrostática,

simbolizada​ ​por​ ​ .

​ ​é​ ​medido​ ​em​ ​(J)​ ​joules.

Diz-se que a carga geradora produz um campo elétrico que pode ser descrito por
uma​ ​grandeza​ ​chamada​ ​Potencial​ ​Elétrico​ ​(ou​ ​eletrostático).
De forma análoga ao Campo Elétrico, o potencial pode ser descrito como o
quociente​ ​entre​ ​a​ ​energia​ ​potencial​ ​elétrica​ ​e​ ​a​ ​carga​ ​de​ ​prova​ ​q.​ ​Ou​ ​seja:

Logo:
A unidade adotada, no SI para o potencial elétrico é o volt (V), em homenagem ao
físico​ ​italiano​ ​Alessandro​ ​Volta,​ ​e​ ​a​ ​unidade​ ​designa​ ​Joule​ ​por​ ​coulomb​ ​(J/C).
Quando existe mais de uma partícula eletrizada gerando campos elétricos, em um
ponto P que está sujeito a todas estes campos, o potencial elétrico é igual à soma de todos
os​ ​potenciais​ ​criados​ ​por​ ​cada​ ​carga,​ ​ou​ ​seja:

Uma maneira muito utilizada para se representar potenciais é através de


equipotenciais, que são linhas ou superfícies perpendiculares às linhas de força, ou seja,
linhas​ ​que​ ​representam​ ​um​ ​mesmo​ ​potencial.
Para o caso particular onde o campo é gerado por apenas uma carga, estas linhas
equipotenciais serão circunferências, já que o valor do potencial diminui uniformemente em
função do aumento da distância (levando-se em conta uma representação em duas
dimensões, pois caso a representação fosse tridimensional, os equipotenciais seriam
representados por esferas ocas, o que constitui o chamado efeito casca de cebola, onde
quanto​ ​mais​ ​interna​ ​for​ ​a​ ​casca,​ ​maior​ ​seu​ ​potencial).

Sabendo do enunciado sobre a relação campo potencial elétrico, após medirmos a


diferença de potencial no pontos utilizamos o Matlab para facilitar a interpretação dos
resultados,​ ​assim​ ​os​ ​valores​ ​medidos​ ​foram​ ​usados​ ​para​ ​gerar​ ​uma​ ​matriz​ ​de​ ​pontos.
Figura​ ​1​ ​-​ ​Superfície​ ​plotada​ ​a​ ​partir​ ​das​ ​diferenças​ ​de​ ​potencial​ ​medidas.

Com a matriz de pontos como uma superfície, utilizamos os recursos do software


para organizar no plano Z = 0 curvas de nível que representam as linhas equipotenciais do
campo elétrico gerado pela fonte através das placas metálicas metálicas em contato com o
líquido eletrolítico preparado na cuba. Depois disso, ao utilizarmos vetores perpendiculares
às linhas equipotenciais com origem singular em cada ponto medido, tivemos o vislumbre
do​ ​campo​ ​elétrico​ ​presente​ ​na​ ​cuba.
Figura​ ​2​ ​-​ ​ ​Linhas​ ​equipotenciais​ ​e​ ​vetores​ ​campo​ ​elétricos​ ​aproximados​ ​a​ ​partir​ ​dos​ ​pontos
coletados.

Observando as linhas aproximadas que correspondem às superfícies equipotenciais,


pode-se concluir que as hastes metálicas se comportam na solução de forma semelhante a
um​ ​dipolo​ ​de​ ​cargas​ ​pontuais.

CONCLUSÃO
Vemos, com esse experimento, a relação explícita do Campo elétrico produzido por

uma corrente elétrica e a diferença de potencial elétrico, e em consequência disso, o


potencial​ ​elétrico​ ​e​ ​algumas​ ​das​ ​linhas​ ​equipotenciais​ ​do​ ​campo.
Vimos também que nesta experiência as hastes de metal na cuba eletrolítica
funcionam de forma similar a cargas pontuais, podendo assim ser observadas como um
dipolo​ ​elétrico.
Aprendemos a manusear ferramentas gráficas que nos auxiliaram na visualização
de​ ​abstrações​ ​teóricas.

You might also like