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MATERIAL DE APOIO

XX EXAME DE ORDEM

Curso:Online| Disciplina: Direito Administrativo

ANOTAÇÃO DE AULA

EMENTA DA AULA

1- PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


2- BENS PÚBLICOS

GUIA DE ESTUDO

1- PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1- Modalidades

a) Expressos
Estão previstos no art. 37 caput da CF, eles atingem todas as pessoas localizadas na Adm. Pública (
ministérios, fundações, autarquias, empresa pública, etc).

I.Principio da legalidade: Só faz o que a lei expressamente determina.

II. Principio da Impessoalidade: A adm. é obrigada a tratar todos os administrados de uma forma neutra,
estando proibida de promover discriminações de forma gratuita, apenas aquelas que tenham por objetivo a
preservação do interesse público.
Impessoalidade na propaganda nos atos de governo: A constituição no art. 37, p.1° ela diz que o governo é
obrigado a fazer propaganda dos seus atos, até porque como o governo nos representa temos o direito de saber
o que ele anda fazendo em nosso nome. Nessa propaganda não pode constar nomes, imagens e símbolos que
representem promoção pessoal do administrador.

III. Principio da Moralidade: Atos imorais se apresentam como sinônimos de atos inconstitucionais, eles
podem ser levados ao conhecimento do judiciário.
Cargos em comissão: são de livre nomeação, não dependem de aprovação em concurso.

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De acordo com a súmula vinculante n.°13 – proibi o administrador de nomear parentes seus até o terceiro
grau para cargos em comissão (súmula do nepotismo).
Existe em nosso ordenamento jurídico há uma espécie qualificada de imoralidade, a que se da o nome de
improbidade (desonestidade) administrativa.
O elemento comum a todas as hipóteses de improbidade é o dolo, a intenção do agente de praticar o ao
desonesto.

IV. Principio da Publicidade: A administração esta obrigada a manter a transparência em relação a todos os
seus atos e a todas as informações armazenadas em seus bancos de dados.
Art. 5°, XXXIII da CF: todos têm o direito de obter dos órgãos públicos informações de interesse particular,
coletivo ou geral, no prazo da lei e sob pena de responsabilidade.
Lei 12527/2011: foi editada para regulamentar o inciso acima, para estipular o prazo. Ficou conhecida como
lei de acesso a informações publica. Em seu art. 10 diz que qualquer interessado pode obter essas informações e
no art. 11 estabeleceu a questão do prazo, que é de imediato. Sendo uma informação de difícil acesso o prazo se
altera para 20 dias, não sendo cumprido o administrador será responsabilizado.
A natureza da informação sendo de caráter personalizado ( a meu respeito) e for indevidamente negada,
utiliza o “habeas data”. Quando a informação não é de natureza personalizada, a ação cabível é o “mandado de
segurança”

V. Principio da eficiência: A adm. Esta obrigada a manter ou ampliar a qualidade dos serviços que presta e das
obras que executa sob pena de responsabilidade.

b) Implícitos

I.Principio da supremacia do Interesse público sobre o particular: é o princípio que a Adm. Utiliza sempre que
precisa sacrificar direitos de terceiros que não cometeram nenhuma irregularidade.

II. Principio da Razoabilidade: A adm. Está proibida de fazer qualquer exigência ou aplicar qualquer sanção em
medida superior a aquela necessária para alcançar o interesse público.

III. Principio da Autotutela: Possibilidade da administração rever os seus próprios atos, anulando quando
forem ilegais ou revogando por razões de conveniência e oportunidade.

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2- BENS PÚBLICOS

I. Definição (art. 98 CC)


São todos aqueles que integram o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público interno, considerando-
se particulares todos os demais.

II. Classificação

a) Bens de uso comum


São aqueles destinados ao uso de toda a população, e o uso pode ser gratuito (ruas da cidade) ou oneroso
(estrada).

b) Bens de uso especial


Apresentam uma destinação especifica, o uso pode ser gratuito (repartições pública, fóruns, bibliotecas,
escolas públicas, aeroportos, rodoviárias) ou oneroso (quando se paga um valor simbólico)

c) Bens dominicais
Nenhuma destinação reincidindo sobre eles. Terras vazias ou terras devolutas.

 Obs.: Afetar um bem é atribuir a ele uma destinação / classificação.

III. Regime Jurídico

1- Inalienabilidade: como regra geral bens públicos não podem ser alienados.
Salvo:
a) Caracterização de uma situação de interesse público
b) Deve ser feita uma pesquisa prévia de preços
c) A adm deve abrir uma licitação para escolher a melhor proposta
d) Se o bem for imóvel, deve obter autorização legislativa

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e) Deve promover quando necessário uma desafetação / destinação (quando for anterior bem de uso
comum ou de uso especial)

2- Imprescritibilidade
Bens públicos não podem ser adquiridos através de usucapião
Art. 183. P 3° CF

3- Impenhorabilidade
Bens públicos não podem ser objetos de penhora.

4- Instrumentos para a transferência do uso para particulares


a) Autorização de uso
É um ato adm. Unilateral e precário, através do qual se transfere o uso de bens públicos para particulares, no
interesse predominante do particular. Já que é precário não vem com prazo determinado podendo ser desfeito a
qualquer momento sem pagamento de indenização.

b) Permissão de uso
É um ato adm. Unilateral e precário, através do qual se transfere o uso de bens públicos para particulares, no
interesse predominante da coletividade. Ex.: fechamento de uma avenida para lazer da coletividade

c) Concessão de uso
É um contrato adm. Através do qual se transfere o uso de bens públicos para particulares. Sendo contrato
deve ter prazo determinado e não pode ser desfeito a qualquer momento, sem pagamento de indenização.

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