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Epilepsia

Farmacologia

Prof. Dr. Alan Grisólia


Epilepsia
A Epilepsia é um distúrbio cerebral causado por
descargas elétricas anormais dos neurônios cerebrais que
podem ocorrer em qualquer idade. Não se sabe ao certo a
causa que inicia exatamente a crise convulsiva, e o que leva o
seu encerramento. É caracterizada pela recorrência de crises
epiléticas, causada por descargas paroxísticas de neurônios
cerebrais, identificadas e classificadas de acordo com a sua
descrição clínica.
Epilepsia

 A epilepsia afeta aproximadamente 3 % da população

 Cerca de 10 % da população tem pelo menos uma convulsão


durante sua vida.

 Epilepsia é o terceiro distúrbio neurológico mais comum, logo


atrás da doença cérebro-vascular e da doença de Alzheime
Classificação

Idiopática

Sintomática
Epilepsia idiopática

Quando não há evidência de causa anatômica específica para as crises,

como traumatismo ou neoplasia, o diagnóstico pode ser de epilepsia idiopática ou

criptogênica (primária). Essas crises podem resultar de uma anormalidade herdada

no SNC. Os pacientes são tratados cronicamente com fármacos anticonvulsivantes ou

estimulantes vagais. A maioria dos casos de epilepsia são idiopáticas.


Epilepsia sintomática

Inúmeras causas, como o uso de fármacos ilícitos, tumores, traumatismo


encefálico, hipoglicemia, infecção meníngea e a retirada rápida de álcool em um indivíduo
alcoólatra, podem desencadear as crises. Quando ocorrem duas ou mais convulsões, o
paciente pode ser diagnosticado com epilepsia sintomática (secundária). Em alguns casos,
quando a causa de uma convulsão simples pode ser determinada e corrigida, o tratamento
não é necessário. Por exemplo, a convulsão causada por hipotensão temporária ou por
reação a fármaco não é epilepsia e não requer tratamento crônico. Em outras situações,
fármacos anticonvulsivantes podem ser administrados até que a causa primária das crises
seja corrigida.
CLASSIFICAÇAO DAS CRISES

Parciais

Generalizadas
Mecanismo de ação dos fármacos
antiepiléticos
 bloqueio dos canais voltagem-dependentes (Na+ ou Ca2+)

 potenciação dos impulsos inibitórios GABAérgicos

 interferência na transmissão excitatória do glutamato.

 Os anticonvulsivantes suprimem as crises, mas não "curam" ou "previnem" a

epilepsia.
Fenobarbital

Diazepam

Carbamazepina
Barbitúricos

•Os locais do SNC afetados pelos barbitúricos são disseminados e incluem a


medula espinal, o tronco encefálico (núcleo cuneiforme, substância negra,
sistema de ativação reticular) e o cérebro (córtex, tálamo, cerebelo).

•Intensificada pelos barbitúricos no tronco encefálico suprime o sistema de


ativação reticular, causando sedação, amnésia e perda da consciência.

•Neurônios motores da medula espinal relaxa os músculos e suprime os


Reflexos

•Os barbitúricos anticonvulsivantes, como o fenobarbital

 Aumentar o tempo de abertura dos canais de GABAa


Mecanismo de ação:
Efeitos Adversos

•Índice terapêutico relativamente baixo desses fármacos

A multiplicidade dos locais de ação dos barbitúricos, somada a sua baixa seletividade e
alta eficácia para potencializar a ativação dos receptores GABAa

• Barbitúricos em altas doses podem causar depressão fatal do SNC.


•administração concomitante de barbitúricos e de outros depressores do SNC,
freqüentemente o etanol, resulta em depressão do SNC mais grave do que aquela
causada por barbitúricos isoladamente.
• Sedação efeito adverso mais frequente
Tolerância e Dependência

•Se manifesta na forma de uma redução na eficácia dos barbitúricos.

 A administração prolongada de barbitúricos aumenta a atividade das enzimas


e do citocromo P450 e acelera o metabolismo dos barbitúricos.

 Abstinência farmacológica, caracterizada por tremores, ansiedade, insônia e


excitabilidade do SNC. Se não forem tratados, esses sinais de abstenção podem
evoluir para convulsões e parada cardíaca.
Benzodiazepínicos
•Os benzodiazepínicos não ativam diretamente os receptores GABAA
nativos na ausência de GABA.
•Agonistas alostéricos fracos
•Os benzodiazepínicos aumentam a frequência de abertura dos canais na
presença de baixas concentrações de GABA

•O uso crônico de benzodiazepínicos induz o desenvolvimento


de tolerância.

•A súbita interrupção dos benzodiazepínicos após a sua administração


crônica pode resultar em uma síndrome de abstinência, caracterizada por
confusão, ansiedade, agitação e insônia.
Agonista alostéricos fracos
Tolerância e Dependência

•Se manifesta na forma de uma redução na eficácia dos benzodiazepínicos

•Modelos de animais sugerem que a tolerância aos benzodiazepínicos resulta da


expressão diminuída dos receptores de benzodiazepínicos (GABAa) nas sinapses.

•A súbita interrupção dos benzodiazepínicos após a sua administração crônica pode


resultar em uma síndrome de abstinência, caracterizada por confusão, ansiedade,
agitação e insônia.

• A administração prolongada de barbitúricos aumenta a atividade das enzimas


e do citocromo P450 e acelera o metabolismo dos barbitúricos.
 Importante no tratamento de crises convulsivas parciais e
tonicoclônicas
Reações adversas:

Sonolência, vertigem, ataxia, diplopia e borramento visual

Toxicidade hematologica (anemia aplásica, agranulocitopenia)


Cap 15

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