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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto.

Física – UFES

RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996.

FÍSICA 1

CAPÍTULO 5 – FORÇAS E LEIS DE NEWTON

10. Um corpo com massa m sofre a ação de duas forças F1 e F2, como mostra a Fig. 27. Se m = 5,2
kg, F1= 3,7 N e F2= 4,3 N, ache o vetor aceleração do corpo.

x
(Pág. 90)
Solução.
Em termos vetoriais, as forças F1 e F2 valem:
F1 3, 7 N j
F2 4,3 N i
De acordo com a segunda lei de Newton:
F F1 F2 ma

F1 F2 3,7 N j 4,3 N i
a
m (5, 2 kg)
a 0,8269 m/s2 i 0,71153 m/s2 j

a 0,83 m/s2 i 0,71 m/s2 j

12. Uma certa força dá ao objeto m1 a aceleração 12,0 m/s2. A mesma força dá ao objeto m2 a
aceleração 3,30 m/s2. Que aceleração daria a um objeto cuja massa fosse (a) a diferença entre m1
e m2 e (b) a soma de m1 e m2.
(Pág. 90)
Solução.
(a) De acordo com a segunda lei de Newton (na coordenada x):
F m1a1 (1)
F m2 a2 (2)
Igualando-se (1) e (2):

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a
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m1a1
m2 (3)
a2
Mas:
F m2 m1 a3 (4)
F
a3 (5)
m2 m1
Substituindo-se (1) e (3) em (5):
F
a3
m2 m1
m1a1 a1a2
a3 4,5517 m/s 2
a1 a1 a2
m1 m1
a2
a3 4,55 m/s 2
(b) Procedendo de maneira semelhante ao item (a), porém usando-se (m1 + m2) em (4) ao invés de
(m2 m1), obtém-se:
a1a2
a4 2,5882 m/s 2
a1 a2
a4 2,59 m/s 2

33. Um bloco de 5,1 kg é puxado ao longo de uma superfície sem atrito por uma corda que exerce
uma força P = 12 N e faz o ângulo = 25o acima da horizontal, como mostra a Fig. 30. (a) Qual
é a aceleração do bloco? (b) A força P é lentamente aumentada. Qual é o valor de P logo antes
de o bloco ser levantado da superfície? (c) Qual é a aceleração do bloco no exato momento em
que ele é levantado e perde contato com a superfície?

x
(Pág. 92)
Solução.
Sempre que houver uma força inclinada para acima que atua sobre um corpo no solo devemos
considerar a possibilidade de o corpo ser levantado do chão. Isso ocorrerá caso a componente
vertical dessa força seja igual (iminência de levantar) ou maior do que o peso. Na situação inicial, a
componente y da força (Py) vale P sen 25o 5 N, enquanto que o peso vale 5,1 kg 9,81 m/s2 50
N. Logo, a força inicial não é capaz de levantar o corpo do chão.
(a) Cálculo da aceleração em x:
Fx max
Px ma

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P cos
a 2,1324 m/s 2
m
a 2,1 m/s2
(b) No instante em que o bloco perde o contato com o solo, temos em y:
Fy 0
P' sen mg 0
mg
P' 118,3834 N
sen
P' 0,12 kN
(b) No instante em que o bloco perde o contato com o solo, temos em x:
Fx max
Px' ma '
P ' cos
a' 21, 0376 m/s 2
m
a' 21 m/s2

34. Como um objeto de 450 N poderia ser baixado de um teto utilizando-se uma corda que suporta
somente 390 N sem se romper?
(Pág. 92)
Solução.
O objeto de peso P deve ser abaixado com uma aceleração a tal que a tensão na corda não
ultrapasse seu valor limite (TMAX). Considere o seguinte esquema da situação:

Tmax y
a
x
P

Aplicando-se a segunda lei de Newton à coordenada y do sistema:


Fy ma y
P
TMAX P a
g
TMAX
a g 1 1,308 m/s2
P
a 1,31 m/s2
Esta é a aceleração mínima com que o corpo deve ser abaixado (sinal negativo) para que a corda
não se rompa.

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43. Um caixote de 110 kg é empurrado com velocidade constante para cima de uma rampa sem
atrito, inclinada de 34o, como na Fig. 34. (a) Qual a força horizontal F requerida? (b) Qual a
força exercida pela rampa sobre o caixote?

(Pág. 93)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
y

N
F
m x

P
Forças em x:
Fy 0
N cos θ mg 0
mg
N (1)
cos θ
Forças em y:
Fx 0
F N sen θ 0
F N sen θ (2)
Substituindo-se (1) em (2):
F mg tan θ
F 727,8621 N
2
F 7,3 10 N
(b) De (1):
mg
N
cos θ
N 1.301,6297  N
N 1,3 10 3 N

44. Um novo jato da Marinha, de 22 toneladas métricas, requer para decolar uma velocidade em
relação ao ar de 90 m/s. Seu próprio motor desenvolve um empuxo de 110.000 N. O jato tem de
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alçar vôo de um porta-aviões com pista de 100 m. Que força deve ser exercida pela catapulta do
porta-aviões? Suponha que tanto a catapulta como o motor do avião exerçam uma força
constante ao longo de toda a pista de decolagem.

(Pág. 93)
Solução.
Neste problema, será desprezado o atrito do avião com o ar e com a pista. Considere o seguinte
esquema do movimento do avião:
a

x0 = 0 x=d x
Cálculo da aceleração do avião (movimento no eixo x):
v x2 v x20 2a ( x x0 )
v2 0 2ad
v2
a (1)
2d
A força exercida pela catapulta será calculada por meio da segunda lei de Newton. Considere o
seguinte esquema de forças, onde P é o peso do avião, N é a força normal, FM é a força exercida
pelo motor do avião e FC é a força exercida pela catapulta:
N
FM FC y

o x

P
Fx ma x
FC FM ma (2)
Substituindo-se (1) em (2):
mv 2
FC FM
2d

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a
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A massa do avião foi dada em toneladas métricas, que pertence ao sistema inglês de unidades. O
fator de conversão é 1 ton = 907,2 kg. Logo, m = 19.958,4 kg, com apenas dois algarismos
significativos. Logo:
2
19.958, 4 kg 90 m/s
F 110.000 N 698.315, 2 N
2 100 m
F 7,0 105 N

46. Antigamente, cavalos puxavam barcaças por canais, como mostra a Fig. 37. Suponha que o
cavalo exerça uma força de 7.900 N num ângulo de 18o com a direção de movimento da
barcaça, que se desloca ao longo do eixo do canal. A massa da barcaça é 9.500 kg e sua
aceleração é 0,12 m/s2. Calcule a força exercida pela água sobre a barcaça.

(Pág. 93)
Solução.
Este problema pode ser facilmente resolvido através de cálculo vetorial. Considere o seguinte
esquema da situação.
y
F
m
P E
a x
A força exercida pelo cavalo (F) e a aceleração da barcaça (a) são definidos por:
F F cos i F sen j (1)
a ai (2)
Aplicação da Segunda Lei de Newton:
F ma
F Fa P E ma
onde P é o peso do barco, E é o empuxo da água, sendo que P + E = 0 e Fa é a força exercida pela
água na barcaça.
Fa ma F (3)
Substituindo-se (1) e (2) em (3):
Fa m(a i) ( F cos i F sen j)
Fa (ma F cos ) i F sen j (4)
Substituindo-se os valores numéricos em (4):
Fa [(9.500 kg )(0,12 m/s 2 ) (7.900 N) cos(18 o )] i (7.900 N) sen(18 o ) j
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a
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Fa ( 6.373,3464  N) i (2.441,2342  N) j
O módulo da força exercida pela água vale:
Fa 6824 ,8934  N
Fa 6,8 10 3 N

49. Um balão de pesquisas de massa total M desce verticalmente com aceleração a para baixo (veja
Fig. 39). Quanto de lastro deve ser atirado para fora da gôndola para dar ao balão a mesma
aceleração a para cima, supondo que não varie a força de flutuação para cima exercida pelo ar
sobre o balão?

(Pág. 93)
Solução.
Balão acelerado para baixo:
E
y M

x a
P1
Fy ma y
E P1 Ma
E M ( g a) (1)
Balão acelerado para cima:
E
y M- m

x a
P2
Fy ma y
E P2 (M m)a
E (M m) g (M m)a
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a
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E M ( g a) m( g a)
m( g a) M ( g a) E (2)
Substituindo-se (1) em (2):
m( g a) M ( g a) M ( g a)
2 Ma
m
g a

51. Um bloco de massa m desliza para baixo em um plano inclinado sem atrito que forma um
ângulo com o piso de um elevador. Ache a aceleração do bloco relativa ao plano nos seguintes
casos. (a) O elevador desce com velocidade constante v. (b) O elevador sobe com velocidade
constante v. (c) O elevador desce com aceleração a. (d) O elevador desce com desaceleração a.
(e) O cabo do elevador se rompe. (f) No item (c) acima, qual é a força exercida sobre o bloco
pelo plano inclinado?
(Pág. 93)
Solução.
(a) Estando o elevador com velocidade constante, o comportamento do bloco em relação à rampa é
idêntico ao que seria caso o elevador estivesse em repouso.
y

m m

x
P
v
Segunda lei de Newton em x, onde aB é a aceleração do bloco:
Fx max
mg sen maB
aB g sen
(b) Semelhante ao item (a):
aB g sen
(c) Como o elevador acelera para baixo, existe a componente ax que se soma a gx para acelerar o
bloco rampa abaixo.
y

m m a

x
P
a
Fx max
mg sen ma sen maB

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a
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aB g a sen
Embora tenham sido somadas duas acelerações em x para o bloco (ax e gx), a aceleração do bloco
em relação à rampa é menor. No caso limite do elevador descer com aceleração igual a g (queda
livre), o bloco também cairia em queda livre. Isso faria com que a aceleração do bloco em relação à
rampa seja zero (veja o item (e) abaixo).
(d) Semelhante ao item (c), diferindo apenas pelo sinal de a:
aB g a sen
(e) Semelhante ao item (c), sendo a = g:
aB 0
(f)
Fy ma y
N mg cos ma cos
N m g a cos

54. Um macaco de 11 kg está subindo por uma corda sem massa, amarrada a um tronco de 15 kg
que passa por um galho (sem atrito) da árvore. (a) Qual a aceleração mínima com que o macaco
deve subir pela corda de modo a levantar do chão o tronco de 15 kg? Se, depois de o troco ter
sido levantado do chão, o macaco parar de subir e somente se segurar à corda, quais serão agora
(b) a aceleração do macaco e (c) a tração na corda?
(Pág. 94)
Solução.

(a) Considere o seguinte esquema:

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a
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Tronco Macaco
y

T T

mT
mM a

PT PM

A condição mínima para que o tronco seja levantado do solo é que sua força normal e sua
aceleração sejam nulas. As forças que agem no tronco nessas condições são a tensão na corda (T) e
o peso do tronco (PT):
Fy T PT 0
T mT g (1)
Forças no macaco:
Fy ma y
T PM mM a
T mM g
a (2)
mM
Substituindo-se (1) em (2):
mT g mM g mT
a 1 g 3,5672 m/s 2
mM mM
a 3, 6 m/s 2
(b) Agora a situação é a seguinte:
Tronco Macaco
y

T’
T’
-a’ a’
mT
mM
PM
PT

Forças no tronco:
T' PT mT ( a ' )
T' mT g mT a ' (3)
Forças no macaco:
T' PM mM a '
T' mM g mM a ' (4)
Substituindo-se (3) em (4):
mT g mT a ' mM g mM a '

________________________________________________________________________________________________________ 10
a
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mT mM
a' g 1,5092 m/s2
mT mM
a ' 1,5 m/s 2
(c) De (3):
T ' 124,511 N
T' 0,12 kN

55. Três blocos são ligados como mostra a Fig. 40, sobre uma mesa horizontal sem atrito e puxados
para a direita com uma força T3 = 6,5 N. Se m1 = 1,2 kg, m2 = 2,4 kg e m3 = 3,1 kg, calcule (a) a
aceleração do sistema e (b) as trações T1 e T2. Faça uma analogia com corpos que são puxados
em fila, tais como uma locomotiva ao puxar um trem de vagões engatados.

(Pág. 94)
Solução.
Diagrama de forças dos blocos:
N2 N3
N1 m2 m3
m1
y
T1 -T1 T2 -T2 T3
x
a
P1
P2 P3
(a) Forças de todo o sistema em x:
Fx Max
T1 T1 T2 T2 T3 m1 m2 m3 a
T3
a 0,970149 m/s2
m1 m2 m3
a 0,97 m/s2
(b) Forças no corpo 3:
T3 T2 m3a
T2 T3 m3a 3, 4925 N
T2 3,5 N
Forças no corpo 1:
T1 m1a 1,1641 N
T1 1, 2 N

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a
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57. A Fig. 42 mostra três caixotes com massa m1 = 45,2 kg, m2 = 22,8 kg e m3 = 34,3 kg apoiados
sobre uma superfície horizontal sem atrito. (a) Qual a força horizontal F necessária para
empurrar os caixotes para a direita, como se fossem um só, com a aceleração de 1,32 m/s 2 ? (b)
Ache a força exercida, por m2 em m3; (c) por m1 em m2.

(Pág. 94)
Solução.
(a) Neste caso, pode-se imaginar o sistema como sendo constituído por uma massa compacta m1 +
m2 + m3:
N
m1+m2+m3 y
F
x
a
P
Fx ma x
F (m1 m2 m3 )a
F 135,036 N
F 135 N
(b) Forças sobre m3:
m3
N3

F23 y

x
a
P3
Fx ma x
F23 m3 a
F23 45,276 N
F 45,3 N
(c) Forças sobre m2:
N 2
m 2 y
F32 F12

x
a
P2

Fx ma x

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a
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F12 F32 m2 a
F12 m2 a F32
F23 75,372 N
F 75,4 N

59. Um bloco de massa m1 = 3,70 kg está sobre um plano inclinado sem atrito de ângulo = 28o e é
ligado por uma corda que passa em uma polia pequena e sem atrito a um segundo bloco de
massa m2 = 1,86 kg, que pende verticalmente (veja a Fig. 44). (a) Qual é a aceleração de cada
bloco? (b) Ache a tração na corda.

(Pág. 94)
Solução.
y

a1
N1 T1

m1 x

P1
F1 m1a1
N1 T1 P1 m1a1
N1 sen θ i N1 cos θ j T cos θ i T sen θ j m1 g j m1 (a cos θ i a sen θ j)
(T cos θ N1 sen θ) i ( N1 cos θ T sen θ m1 g ) j m1a cos θ i m1a sen θ j (1)
A equação (1) somente é verdadeira se e somente se:
T cos θ N1 sen θ m1a cos θ (2)
e
N1 cos θ T sen θ m1 g m1a sen θ (3)
De (2):
T cos θ N1 sen θ 1
a (T N1 tan θ) (4)
m1 cos θ m1
De (3):
m1a sen θ T sen θ m1 g m1 g
N1 (m1 a T ) tan θ (5)
cos θ cos θ
Substituindo-se (5) em (4) e simplificando:

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a
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T
a g sen θ (6)
m1
Bloco 2:
y

T2

m2 x

P2 a2
F2 m2 a 2
T2 P2 m2 a 2
Como as forças que agem no bloco 2 e seu movimento ocorrem apenas na coordenada y:
T m2 g m2 a
T m2 ( g a) (7)
Substituindo-se (7) em (6) e simplificando:
g (m2 m1 sen θ)
a
m1 m2
a 0,216940  m/s 2
a 0,22 m/s 2
(b) De (6):
T m1 (a g sen θ)
T 17,8430  N
T 18 N

60. Uma pessoa de 77 kg salta de pára-quedas e adquire aceleração para baixo de 2,5 m/s2 logo
depois da abertura do pára-quedas. A massa do pára-quedas é 5,2 kg. (a) Ache a força para cima
exercida pelo ar sobre o pára-quedas. (b) Calcule a força para baixo exercida pela pessoa no
pára-quedas.
(Pág. 94)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

(a) Considere o seguinte esquema da situação:

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a
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FAr

PPQ
y
a x

PH

Seja m a massa do pára-quedas e M a massa do homem. Para descobrir a força que o ar exerce sobre
o pára-quedas (FAr) vamos considerar o homem e o pára-quedas como um só conjunto de massa (m
+ M):
Fy ma y
FAr m M g m M a
FAr m M g a 600,882 N
FAr 0, 60 kN
(b) Para descobrir a força que o pára-quedas exerce sobre o homem, vamos aplicar a segunda lei de
Newton apenas ao homem, de acordo com o seguinte esquema de forças:

FPQ y
a
x
PH

Fy ma y
FPQ Mg Ma
FPQ M g a 562,87 N
FPQ 0,56 kN

61. Um elevador consiste em uma cabine (A), um contrapeso (B), um motor (C) e o cabo e polias
mostrados na Fig. 45. A massa da cabine é 1.000 kg e a massa do contrapeso é 1.400 kg.
Despreze o atrito, as massas do cabo e das polias. O elevador acelera para cima a 2,30 m/s 2 e o
contrapeso acelera para baixo à mesma taxa. Quais são os valores das trações (a) T1 e (b) T2?
Qual a força exercida no cabo pelo motor?

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(Pág. 94)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

Motor
T2’ T1’

T2 T1

y
aCP aE
x
PCP PE

(a) Aplicando-se a segunda lei de Newton ao elevador:


Fy ma y
T1 PE mE aE
T1 mE g mE a
T1 mE a g 12.110 N
T1 12,1 kN
(b) Aplicando-se a segunda lei de Newton ao contrapeso:
Fy ma y
T2 PCP mCP aCP
T2 mCP g mCP a
T2 mCP g a 10.514 N

________________________________________________________________________________________________________ 16
a
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T2 10,5 kN
(c) A força resultante que o cabo exerce sobre o motor (FMC) sobre o motor vale:
FMC Fx T1' T2' 1.596 N
O sinal positivo mostra que o cabo força o motor para a direita. Como o problema pede a força no
cabo pelo motor, basta aplicar a terceira lei de Newton, uma vez que essas forças formam um par
ação-reação. Logo, a força que o motor exerce sobre o cabo (FCM) vale:
FCM FMC 1,60 kN
O sinal negativo mostra que o motor força o cabo para a esquerda de acordo com o referencial
adotado. Isso faz com que o elevador suba.

62. Um helicóptero de 15.000 kg está levantando um carro de 4.500 kg com aceleração para cima
de 1,4 m/s2. Calcule (a) a força vertical que o ar exerce nas pás das hélices do helicóptero e (b) a
tração na parte superior do cabo de sustentação; veja a Fig. 46.

(Pág. 95)
Solução.
(a) Forças nas pás das hélices:
F ar
a y

Hélices

P
Fy ma y
FAr ( PH PC ) (mH mC )a y
FAr (mH mC ) g (mH mC )a (mH mC )(a g ) 218.595 N

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a
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FAr 2, 2 105 N
(b) Forças no ponto de junção dos cabos:
T
a y

Junção
dos cabos

PC
Fy ma y
T PC mC a
T mC a mC g mC (a g ) 50.445 N
T 5, 0 104 N

64. Duas partículas, cada uma de massa m, estão conectadas por uma corda leve de comprimento
2L, como mostra a Fig. 48. Uma força F constante é aplicada no ponto médio da corda (x = 0) e
faz um ângulo reto com a posição inicial desta. Mostre que a aceleração de cada massa na
direção perpendicular a F é dada por

F x
ax 1/ 2
2m L x 2
2

na qual x é a distância perpendicular de uma das partículas à linha de ação de F. Discuta a


situação quando x = L.

(Pág. 95)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

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a
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2L
m O m
x

y
x
ax

a2 ay
a1

O
L

a0
F
Seja a o módulo da aceleração de cada massa (a1 e a2, no esquema).
x
ax a cos a (1)
L
Aceleração do ponto O em y, que está sujeito apenas à força F:
F 2ma0 (2)
O esquema mostra que:
1/ 2
2 1/ 2 x2
a0 ay a sen a 1 cos a 1 2
L
1/ 2
L2 x2
a0 a (3)
L2
Substituindo-se (3) em (2):
1/ 2
L2 x2
F 2ma
L2
F L
a 1/ 2
(4)
2m L2 x 2

Substituindo-se (4) em (1):


F x
ax
2m L2 x 2 1/ 2

65. Um bloco de massa M é puxado ao longo de uma superfície horizontal sem atrito por uma corda
de massa m, como mostra a Fig. 49. Uma força horizontal P é aplicada a uma das extremidades
da corda. (a) Mostre que a corda tem de se curvar, mesmo que seja de uma quantidade
imperceptível. Então, supondo que o encurvamento seja desprezível, ache (b) a aceleração da
corda e do bloco, (c) a força que a corda exerce no bloco, e (d) a tração no ponto médio da
corda.

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a
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(Pág. 95)
Solução.
(a) Considere um elemento da corda cuja massa é m e, da mesma forma que o conjunto M +m,
possui aceleração a.
y a
Te T d

m
g
Como o elemento de massa m tem aceleração apenas no eixo x:
Fy 0
Td sen Te sen mg 0
mg
sen (1)
Td Te
Para a corda ficar esticada, é preciso que = 0, ou seja que sen = 0. De acordo (1), isso implica
em m = 0 ou Td + Te = . Como nenhumas dessas alternativas é fisicamente possível, conclui-se
que 0.
(b) Supondo que = 0 e analisando o conjunto M + m:
Fx ma x
P (M m)a
P
a (2)
M m
(c)
N y
F
M cb
x
a
P
Fx ma x
Fcb Ma (3)
Substituindo-se (2) em (3):
M
Fcb P
M m
(d)

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m
/
2 T
m
M
a

Fx ma x
m
Tm M a (4)
2
Substituindo-se (2) em (4):
m P
Tm M
2 M m
(m 2M ) P
Tm
2( M m )

67. O homem na Fig. 51 pesa 800 N; a plataforma e a polia sem atrito têm peso total de 190 N.
Ignore o peso da corda. Com que força o homem tem de puxar a corda de forma a se levantar
junto com a plataforma a 0,37 m/s2?

(Pág. 95)
Solução.
Forças no homem:
y
a
PH
T’

N
Fy ma y
PH
N T' PH a
g
T’ = T:
a
N T PH 1 (1)
g
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Forças na plataforma:
y
T T a

PP N’

Fy ma y
PP
2T N' PP a
g
N’ = N:
a
2T N PP 1 (2)
g
Substituindo-se (1) em (2):
a a
2T T PH 1 PP 1
g g
a
T PH PP 1 1.027,3394 N
g
T 1,0 kN

68. Uma cunha em forma de um triângulo retângulo de massa M e ângulo suporta um pequeno
bloco de massa m e está em repouso numa mesa horizontal, como mostra a Fig. 52. (a) Que
aceleração horizontal a deve ter M em relação à mesa, de forma a manter m estacionário em
relação à cunha supondo-se os contatos sem atrito? (b) Que força horizontal F deve ser aplicada
ao sistema para atingir este resultado, supondo-se o topo da mesa sem atrito? (c) Suponha que
nenhuma força seja fornecida a M e ambas as superfícies sejam sem atrito. Descreva o
movimento resultante.

(Pág. 95)
Solução.
(a) A aceleração a de M deve ser tal que a aceleração de m também seja a (horizontal). Diagrama de
forças em m:
y
Nm

a
m x

Pm

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Forças em y:
Fy Nm cos mg 0
mg
Nm (1)
cos
Forças em x:
Fx max
Nm sen ma (2)
Substituindo-se (1) em (2):
mg
sen ma
cos
a g tan (3)
(b) Forças em x no sistema cunha-bloco:
Fx max
F m M a (4)
Substituindo-se (3) em (4):
F m M g tan
As componentes horizontais das forças normais da cunha sobre o bloco (Nm) e do bloco sobre a
cunha não precisam ser computados pois formam um par ação-reação e cancelam-se mutuamente.
(c) A cunha irá se mover para a esquerda com aceleração constante. O bloco irá descer pela
superfície inclinada da cunha com aceleração g sen em relação à cunha, porém com aceleração
menor e constante em relação à mesa. As forças que aceleram o bloco em relação à mesa são o seu
peso e a normal da cunha. O peso do bloco não varia nessas circunstâncias. Porém, quando a cunha
acelera para a esquerda, a normal que esta gera no bloco fica menor, o que diminui a aceleração do
bloco em relação à mesa quando comparada à situação em que a cunha permanece imóvel.

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