Professional Documents
Culture Documents
Apresentação .......................................................................................................................................................
3
O presente manual foi elaborado a partir de uma coletânea de atividades práticas, instrumentais
disponibilizados à disciplina de Química, com base em diversas bibliografias, nas propostas curriculares
do Plano de Ação do docente e dentro da realidade do Laboratório Interdisciplinar de Ciências da Escola
Estadual de Educação Profissional Adriano Nobre
3
ESTRUTURA DE UM RELATÓRIO PARA AS ATIVIDADES PRÁTICAS
1- CAPA
4- INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO
5- OBJETIVOS
6- MATERIAIS UTILIZADOS
7- PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
8- RESULTADOS E DISCUSSÃO
9- CONCLUSÃO
11- BIBLIOGRAFIA
ITENS NECESSÁRIOS
1- CAPA
É a identificação do relatório e do(s) autores. Deve conter: Nome da escola; disciplina; série; turma; turno;
nome/equipe; título; local; data. Deve ser padronizado e formal.
Escola
Disciplina
Professor
Turma e Turno
TÍTULO DA PRÁTICA
Nome/Equipe
ITAPAJÉ
09 DE MARÇO-2012
2. INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO
É a síntese do conteúdo pesquisado e da prática realizada, de forma ampla e objetiva. É o convite a leitura do
relatório.
3. OBJETIVO(S)
É o motivo/intuito da realização da prática que pode ser fornecido ou não para os alunos. Pode servir de feed-
back ao professor que deseja saber se os alunos captaram os objetivos da prática.
4
4. MATERIAIS UTILIZADOS
É a listagem de todos os equipamentos, vidrarias, reagentes, materiais etc. utilizados durante a realização da
prática. É muito importante para que o aluno saiba identificar e associar a função dos materiais utilizados.
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Devem ser fornecidos pelo professor para a realização da prática, de forma objetiva e clara, com intuito de
facilitar o entendimento e ação dos alunos durante a realização da prática. No relatório, é cobrado o procedimento
fornecido pelo professor acrescido de um embasamento teórico (pesquisa) para reforçar o experimento realizado, os
métodos e técnicas usadas no trabalho experimental.
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
É uma das partes mais importantes do relatório, pois é onde o aluno expõe os resultados obtidos da prática
realizada, questiona o experimento e relata as facilidades e dificuldades enfrentadas. É onde o professor detecta as
expectativas dos resultados versus resultados adquiridos.
7. CONCLUSÃO
As conclusões são feitas com base nos resultados obtidos; são deduções originadas da discussão destes. São
afirmativas que envolvem a ideia principal do trabalho.
8. ANEXOS
É a parte onde estão anexados: questionário proposto, esquemas, gravuras, tabelas, gráficos, fotocópias, recortes
de jornais, revistas etc. É onde se colocam aditivos que enriquecem o relatório, mas que não são essenciais.
9. BIBLIOGRAFIA
A bibliografia consultada deve ser citada. A citação dos livros ou trabalhos consultados deve conter nome do
autor, título da obra, número da edição, local da publicação, editora, ano da publicação e as páginas: Autor. Título e
subtítulo; Edição (número); local: Editora. Data. Página.
Exemplo:
GONDIM, Maria Eunice R.; GOMES, Rickardo Léo Ramos. Práticas de Biologia; Fortaleza: Edições Demócrito Rocha.
2004.1-122p.
Alinhamento justificado;
5
NOÇÕES BÁSICAS DE LABORATÓRIO: SEGURANÇA, EQUIPAMENTOS E
VIDRARIAS.
INTRODUÇÃO
VIDRARIAS.
Em laboratórios é primordial que os analistas tenham os devidos cuidados para que possam executar suas tarefas
com tranquilidade, eficiência e segurança. Uma pequena negligência e a falta de informações sobre os perigos de certas
atividades experimentais podem resultar em graves acidentes. Além disso, é necessário conhecer o funcionamento dos
equipamentos para que não ocorram acidentes, tais como choques ou descargas elétricas.
OBJETIVOS
Compreender a importância das normas de segurança para a prevenção de acidentes no trabalho em laboratórios;
Conhecer a simbologia de risco (pictogramas) dentro do laboratório que alertam o utilizador acerca do perigo
proveniente dos produtos que o ambiente contém;
Identificar e diferenciar os materiais e equipamentos do laboratório bem como assimilar sua função e método de
utilização;
Capacitar o aluno a estar no ambiente laboratorial.
NORMAS DE SEGURANÇA
Observe a disposição dos instrumentos, aparelhagem, portas, chuveiro de emergência e extintor de incêndio (leia
as instruções e familiarize-se com o seu uso);
Use jaleco de mangas compridas, longo até os joelhos e sapatos fechado;
Não fume e nem converse desnecessariamente;
Comidas e bebidas não devem ser ingeridas no recinto do laboratório;
Evite o contato de sua pele, boca, olhos e ouvidos com substâncias químicas;
Usar óculos de segurança: evite o uso de lentes de contato no laboratório;
Cuidado ao manusear substâncias ácidas ou básicas muito fortes, soluções e frascos aquecidos;
Materiais sólidos não devem ser descartados na pia;
Os experimentos que liberam vapores ou gases tóxicos e irritantes devem ser conduzidos em câmara de exaustão
(capela);
Não deixe próximo ao fogo, substâncias químicas inflamáveis;
Ao diluir um ácido, adicione-o lentamente sobre a água, agitando a solução. NUNCA adicione a água sobre o
ácido concentrado;
Ao aquecer um tubo de ensaio não o oriente em direção a você ou ao colega pode ocorrer projeções e respingos
da solução;
Não pipete soluções com a boca;
Não cheire diretamente um frasco contendo qualquer produto químico. Os vapores desprendidos do frasco devem
ser deslocados com a mão, em direção ao nariz;
Evite derramar reagentes sobre a bancada de trabalho;
Abra os frascos o mais longe possível do rosto e evite aspirar ar naquele exato momento;
Mantenha o rosto sempre afastado do recipiente onde esteja ocorrendo uma reação química;
Sempre após a manipulação de substâncias químicas e antes de deixar o laboratório lavar as mãos;
Nunca volte a colocar no frasco um produto químico retirado em excesso e não usado. Ele pode ter sido
contaminado;
Se tiver cabelos longos, leve-os presos ao realizar qualquer experiência no laboratório;
Não abra qualquer recipiente antes de reconhecer seu conteúdo pelo rótulo. Informe-se sobre os símbolos que
nele aparecem;
Ao término da aula, desligar todos os equipamentos, fechar pontos de água e registro de gás;
Antes de iniciar o trabalho prático, leia as instruções referentes ao experimento.
6
PICTOGRAMAS DE PERIGO
7
Proteção facial/ocular e proteção respiratória
Chuveiro de emergência
Caixa de primeiros socorros
Lavador de olhos
Extintor de incêndio com área sinalizada
Capela para a exaustão de gases e vapores
Porta com abertura para a parte externa (emergência)
ACIDENTE PROCEDIMENTO
Cortes Remover estilhaços,lavar com água corrente, desinfectar e proteger o local.
Devem ser lavadas com grande quantidade de água fria por pelo menos 10 minutos. A
água fria reduz a velocidade da reação e dilui o reagente diminuindo o dano causado à
pele.
Na queimadura por ácido lave com solução de bicarbonato de sódio e a seguir
novamente com água.
Queimaduras químicas No caso de ingestão de ácidos, bochechar vigorosamente com água dando-se a seguir
água para beber e em casos mais severos, leite de magnésia.
Na queimadura por álcalis, após lavagem abundante, tratar com solução de ácido
acético 1% e novamente com água.
No caso de ingestão, além da lavagem inicial, dê água seguida de vinagre para beber
ou ainda grande quantidade de suco de lima. Procure orientação médica.
A lavagem deve ser feita com grandes quantidades de água mantendo os olhos abertos
Respingos químicos nos com os dedos. Se o respingo por ácido, aplicar a seguir solução de bicarbonato de sódio
olhos a 1% e se for básico, solução de ácido bórico a 1%.
Intoxicação por gases Remover a vítima para um ambiente arejado, deixando-a descansar.
8
EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE LABORATÓRIO
VIDRARIAS
TUBO DE ENSAIO
Utilizado principalmente para efetuar
reações químicas em pequena escala, principalmente em testes de reações.
BÉQUER
Utilizado para o preparo de soluções, aquecimento
de líquido, recristalização, pesagem, etc.
ERLENMEYER
Frasco utilizado para aquecer líquidos e para efetuar titulações.
KITASSATO
Frasco de paredes espessas, munido de saída lateral e usado
em conjunto para filtração sob
sucção (a vácuo).
FUNIL DE VIDRO
Utilizado na transferência de líquidos e em filtrações simples.
O funil com colo longo de estrias é chamado de funil analítico.
.
BURETA
Usada para medir volumes precisos de líquidos e em análises volumétricas (titulações).
BALÃO VOLUMÉTRICO
Recipiente destinado a conter um determinado volume de
líquido; utilizado no preparo de soluções de concentração
definidas.
9
PROVETA OU CILINDRO GRADUADO
Destinado a medidas aproximadas de
volumes de líquidos.
PIPETA GRADUADA
Usada para medir volumes variáveis de líquidos.
PIPETA VOLUMÉTRICA
Usada para escoar volumes fixos de líquidos.
BASTÃO DE VIDRO
Utilizado para ajudar na dissolução de
substâncias, na agitação e transferência de líquidos.
DESSECADOR
Utilizado no armazenamento de substâncias quando se necessita de uma
atmosfera com baixo teor de umidade. Também pode ser utilizado para manter as substâncias
sob pressão reduzida.
CONDENSADOR
Equipamento destinado à condensação de vapores, em
destilações ou aquecimentos sob
refluxo.
FUNIL DE SEPARAÇÃO
Equipamento para separar líquidos não miscíveis.
10
BALÃO DE FUNDO REDONDO
Utilizado para aquecimento de soluções em destilações
e aquecimentos sob refluxo.
VIDRO DE RELÓGIO
Usado para cobrir béqueres em evaporações, pesagens e
fins diversos.
MATERIAL EM PORCELANA
FUNIL DE BUCHNER
Utilizado em filtração por sucção, devendo ser acoplado a um kitassato.
CÁPSULA
Usada para evaporar líquidos em soluções.
ALMOFARIZ E PISTILO
Destinados à pulverização de sólidos.
11
EQUIPAMENTOS
BALANÇA
Utilizado para quantificar medidas precisas de substâncias.
.
ESTUFA
Equipamento empregado na secagem de materiais, por aquecimento, em geral até 200ºC.
MANTA ELÉTRICA
Utilizada no aquecimento de líquidos inflamáveis, contidos em
balão de fundo redondo.
AGITADOR MAGNÉTICO
Utilizado para agitar soluções.
CENTRÍFUGA
Instrumento que serve para acelerar a sedimentação de
sólidos em suspensão em líquidos.
12
BICO DE BUNSEN (gás)
Sistema de fornecimento de energia na forma de
calor.
pHMETRO
Utilizado para identificar o nível de acidez e basicidade de uma
substância ou sistema.
MATERIAIS DIVERSOS
ANEL METÁLICO
Usado para apoiar funis durante filtrações.
.
ESPÁTULA
Utilizado para manipulação de sólidos em pequena
quantidade.
.
GARRAS
Usado em conjunto com o suporte universal para
suspender vidrarias ou equipamentos.
.
SUPORTE UNIVERSAL
Utilizado para a suspensão de vidrarias e equipamentos.
.
13
TELA DE AMIANTO
Permite o aquecimento de substâncias em vidrarias
impedindo o contato direto com a chama do bico de
Bunsen. É utilizado em conjunto com o tripé.
TRIPÉ
Suporte utilizado com a grade de amianto e o bico de
Bunsen no aquecimento de sistemas.
.
PÊRA
Utilizado em conjunto com a pipeta para realizar a sucção de
líquidos.
INTRODUÇÃO
Já lhe ocorreu de, ao pegar um objeto, este parecer mais pesado do que devia? Ou mais leve? Você já parou para
pensar por que algumas substâncias são mais pesadas do que outras? Por que um copo de vidro é mais pesado do que um
copo de plástico? Será que é devido ao material do qual ele é feito?
Certos materiais têm algumas propriedades que os tornam mais pesados ou mais leves. Isso acontece porque
substâncias diferentes têm quantidades de matéria diferentes por unidade de volume.
Você pode perceber que existe uma relação constante entre a massa e o volume de um mesmo material. Por ser
uma constante, essa relação é uma propriedade característica da matéria, chamada de densidade.
OBJETIVOS
Reconhecer a relação entre densidade e volume;
Determinar a densidade de diferentes materiais através de medidas da massa e volume de cada um.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Massa e volume são propriedades gerais da matéria, ou seja, são propriedades que qualquer material tem em
função da quantidade. A razão entre a massa e o volume de um objeto depende do material do qual ele é feito, sendo uma
propriedade específica de cada material a qual denomina-se densidade. A densidade dos materiais é uma medida
experimental, feita normalmente a 20ºC e 1 atm, variando com a temperatura.
MATERIAL NECESSÁRIO
PROCEDIMENTO
Determine a massa de cada um dos pedaços dos metais. Anote o resultado.
Com o auxílio de uma pisseta, coloque 20 mL de água na proveta.
Adicione separadamente as amostras dos materiais. Meça a diferença entre o volume inicial e o volume final,
esta medida fornecerá o volume da amostra.
Com os resultados obtidos acima, calcule a densidade da amostra.
Repita a operação para as demais amostras, utilizando o álcool etílico.
PÓS-LABORATÓRIO
14
Alumínio Zinco Cobre Ferro Bola de gude Isopor
Massa
Volume
Densidade
Por que alguns materiais elevam mais o nível da água que os outros?
Descreva o que acontece com a bola de isopor e com a bola de gude. E o que aconteceu quando se utilizou o
etanol?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COELHO, AUGUSTO LEITE; AMORIM, ANTÔNIA FÁDIA VALENTIM DE; BRANCO, FRANCISCO FÁBIO
CASTELO; MORAIS, SELENE MAIA DE; COSTA, SÔNIA OLIVEIRA. Práticas de Química: de Lavoisier ao
biodiesel. Coleção Programa de Formação Continuada em Serviço na Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas
Tecnologias.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Preocupado em utilizar métodos quantitativos, Lavoisier tinha a balança como um de seus principais
instrumentos em atividades experimentais. Uma dessas atividades consistia em pesar as substâncias participantes de uma
reação química, antes e depois que ela ocorresse. Queimando-se magnésio, cientistas anteriores a Lavoisier observavam
um aumento de massa, enquanto que, queimando enxofre, notavam uma perda de massa. Coube a Lavoisier esclarecer
que as diferenças de massas eram devidas à absorção ou liberação de gases durante as reações. Lavoisier verificou que a
massa total do sistema permanecia inalterada quando a reação ocorria num sistema fechado, sendo assim, concluiu que a
soma total das massas dos reagentes é igual a soma total das massas dos produtos, ou seja, num sistema fechado a massa
total permanece constante. Esta observação foi confirmada ao longo dos tempos, não se verificando qualquer exceção.
MATERIAL NECESSÁRIO
15
Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental
Proveta
Pipeta
Bicarbonato de sódio Balança
Água Espátula
Vinagre Garrafa PET pequena
Tubo de ensaio
Béquer
Pinça
PROCEDIMENTO
Adicione uma espátula de bicarbonato de sódio dentro da garrafa PET.
Adicione 40 mL de água dentro da garrafa, dissolvendo todo o bicarbonato.
Coloque 5 mL de ácido acético em um tubo de ensaio.
Coloque o tubo de ensaio dentro da garrafa PET e feche o recipiente.
Pese o recipiente e seu conteúdo, sem permitir que os líquidos se misturem.
Anote a massa obtida.
Incline o frasco estabelecendo o contato entre os reagentes.
Observe se existe a evidência de reação química.
Pese novamente o recipiente e seus conteúdos.
PÓS-LABORATÓRIO
Equacione a reação química envolvida no procedimento, informando a nomenclatura e a função química das
substâncias envolvidas na atividade prática.
O peso antes e depois da reação apresentou diferença? Explique o resultado obtido.
Classifique as substâncias em compostas ou simples, informando os elementos químicos presentes em cada uma.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COELHO, AUGUSTO LEITE; AMORIM, ANTÔNIA FÁDIA VALENTIM DE; BRANCO, FRANCISCO FÁBIO
CASTELO; MORAIS, SELENE MAIA DE; COSTA, SÔNIA OLIVEIRA. Práticas de Química: de Lavoisier ao
biodiesel. Coleção Programa de Formação Continuada em Serviço na Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas
Tecnologias.
FELTRE, RICARDO. Química Geral: componente curricular. 6ª Edição. São Paulo. Editora Moderna – 2004. Volume
1.
16
PRÁTICA 03: PROCESSOS PARA A SEPARAÇÃO DE MISTURAS
INTRODUÇÃO
A separação de misturas é tarefa essencial em laboratórios químicos como em várias atividades humanas
relacionadas com a obtenção de materiais. Em nosso dia a dia é corriqueiro realizarmos separações de misturas, como por
exemplo: ao passarmos o café, observamos que a borra (a parte sólida) é retida no coador, e a parte líquida que nos
interessa, contém a cafeína. No entanto, é necessário o conhecimento sobre o que são misturas, sua classificação e como
podemos separá-las.
OBJETIVOS
Realizar processos de separação de misturas;
Conhecer métodos de separação de misturas;
Identificar os equipamentos mais comuns em um laboratório de Química.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na natureza, raramente encontramos substâncias puras. Geralmente, as substâncias estão presentes na formação
dos vários tipos de mistura, que são associações de duas ou várias substâncias diferentes sem necessariamente serem
definidas proporções e que também suas moléculas ou íons permaneçam inalterados.
De acordo com o tipo de mistura e dependendo da natureza dos seus componentes, utilizamos um conjunto de
processos para o controle de matérias-primas, análise e obtenção das substâncias que deram origem à mistura.
MATERIAL NECESSÁRIO
PROCEDIMENTOS
Experimento 1: Separação da mistura de enxofre e sulfato de cobre
17
Pese 1 g de enxofre e 2 g de sulfato de cobre em cápsulas diferentes. Macere os sólidos.
Coloque em um béquer o sulfato de cobre e adicione 5 mL de água até a total dissolução.
Acrescente a massa de enxofre e misture com o bastão de vidro.
Filtre a mistura contida no béquer, lavando a substância retida no papel de filtro.
Abra o papel de filtro e deixe secar a substância por ele retida.
Experimento 2: Separação do Leite
Coloque 5 mL de leite em um tubo de ensaio e acrescente 20 gotas de ácido acético Agite com o bastão.
Coloque a solução em um tubo de ensaio e centrifugue-a por 3 minutos.
Experimento 3: Corrida de cores
Pegue duas tiras de papel (de forma retangular com 4 cm de largura e 10 cm de altura) e em cada uma delas,
marque três pontos com cores diferentes. Os pontos devem ser desenhados a um dedo da extremidade do papel.
Prenda o papel no palito, e coloque-o dentro de um béquer com água e outra no béquer com álcool, de forma
que o papel fique tocando a fase móvel sem tocar as cores. Tampe com o vidro de relógio.
PÓS-LABORATÓRIO
Classifique a mistura nos procedimentos acima. Qual o método utilizado para fazer a separação dos componentes
dos experimentos 1, 2 e 3?
A água dissolve o enxofre ou o sulfato de cobre? Qual a substância retida no papel de filtro?
Após centrifugar a mistura de leite e ácido acético, quais os componentes obtidos em cada fase?
Pesquise três tipos de mistura: classifique-as, informe o número de fases, componentes e indique o método de
separação adequado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COELHO, AUGUSTO LEITE; AMORIM, ANTÔNIA FÁDIA VALENTIM DE; BRANCO, FRANCISCO FÁBIO
CASTELO; MORAIS, SELENE MAIA DE; COSTA, SÔNIA OLIVEIRA. Práticas de Química: de Lavoisier ao
biodiesel. Coleção Programa de Formação Continuada em Serviço na Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas
Tecnologias.
LOPES, DANIEL RICARDO XIMENES; ROCHA, DANIEL VASCONCELOS; FILHO, FERNANDO BARROS DA
SILVA; TEÓFILO, JOSÉ WELLINGTON LEITE; FELIPE, RICARDO ARAÚJO; FILHO, TARGINO MAGALHÃES
DE CARVALHO. Manual de Práticas Laboratoriais: Química. Comissão de Formação e Pesquisa da SEFOR.
Fortaleza – Ceará, 2010.
MORTIMER, EDUARDO FLEURY; MACHADO, ANDRÉA HORTA. Química para o ensino médio. São Paulo.
Editora Scipione – 2002. Volume único.
18
PRÁTICA 04: SIMULANDO A CHUVA ÁCIDA
INTRODUÇÃO
Entre os vários problemas ambientais consequentes da Revolução Industrial está a chuva ácida. A chuva contém
um pequeno grau natural de acidez, que por sua vez, não agride o meio ambiente. No entanto, esse processo é intensificado
em virtude do grande lançamento de gases poluentes na atmosfera, fenômeno esse, que ocorre principalmente nas cidades
industrializadas, com grande quantidade de veículos automotores e em locais onde estão instaladas usinas termoelétricas.
Entretanto, em função das correntes atmosféricas, as chuvas ácidas podem ser desencadeadas em locais distantes de onde
os poluentes foram emitidos.
OBJETIVOS
Reproduzir em laboratório o fenômeno que acontece na atmosfera quando óxidos diversos reagem com a água
provocando o surgimento de ácidos;
Possibilitar ao aluno reconhecer e compreender de forma integrada e significativa às transformações químicas
que ocorrem no processo natural da atmosfera.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Pode-se dizer que as chuvas "normais" são ligeiramente ácidas, pois apresentam um valor de pH próximo de 5,6.
Essa acidez natural é causada pela dissociação do dióxido de carbono em água, formando um ácido fraco, conhecido
como ácido carbônico.
A chuva propriamente ácida possui um valor de pH inferior a 4,5 e ocorre quando existe na atmosfera um número
muito grande de óxidos (SO2, NO, NO2, N2O5) que, quando combinam-se com o hidrogênio presente na atmosfera em
forma de vapor, formam os ácidos nítrico ou sulfúrico.
Ao caírem na superfície, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares,
destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações.
MATERIAL NECESSÁRIO
PROCEDIMENTO
Coloque 50 mL água no frasco de vidro e adicione 1,0 mL da solução básica.
Acrescente 2 gotas da solução alcoólica de fenolftaleína ou extrato de repolho roxo (solução alcoólica) no frasco
19
até que haja uma mudança de cor.
Fixe o enxofre no fio de cobre e leve ao fogo.
Assim que o enxofre sofrer a queima, transfira-o para o frasco de vidro. Ao observar a formação dos gases, tampe
o frasco rapidamente.
Agite lentamente e o frasco para dissolver os gases na água.
PÓS-LABORATÓRIO
Mostre as equações presentes na reação de formação da chuva ácida.
Informe a nomenclatura e a função química de cada participante da reação.
O que acontece do ponto de vista químico, após a agitação do frasco tampado?
Como deve ser o pH no frasco antes e depois da reação?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RODRIGUES, PEDRO STIPPE. Portal do Professor. Aula prática: Chuva ácida em laboratório. Disponível em
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=909. Acessado 02/02/2012
INTRODUÇÃO
Os átomos raramente podem ser encontrados isolados. Observa-se que a maioria dos elementos estão combinados
com outros elementos e se assim não fosse como seriam formadas as inúmeras substâncias que conhecemos?
Substâncias essenciais à vida como água e gás oxigênio, compostos úteis em nosso cotidiano: aço, cloreto de sódio,
sacarose e etanol. Como você pode perceber, ao nosso redor estão presentes diversas substâncias, cada qual com uma
composição química distinta, sendo formadas por átomos de elementos químicos que se encontram combinados. Portanto,
para a existência dessas substâncias é necessário que os átomos possuam afinidade para unirem-se por meio das forças
existentes, denominadas de ligações químicas.
OBJETIVO
Distinguir substâncias iônicas de substâncias moleculares pelo ponto de fusão e solubilidade.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As ligações químicas são uniões estabelecidas entre átomos para formarem as substâncias ou compostos. Porém,
essa união não ocorre de qualquer forma, deve haver condições apropriadas, tais como: afinidade (relacionada às
configurações eletrônicas), contato, energia etc. Os sistemas tendem a adquirir a maior estabilidade possível, é por isso
que essa união existe, ocorrendo interações entre os átomos instáveis em busca da estabilidade. As ligações químicas
podem ocorrer através da doação e recepção de elétrons entre os átomos: ligação iônica, através do compartilhamento de
elétrons: ligação covalente, existe também a ligação metálica onde os elétrons passam a se movimentar livremente entre
os átomos criando uma força de atração que mantém os átomos metálicos unidos.
MATERIAL NECESSÁRIO
20
PROCEDIMENTO
Cubra uma tela de amianto com folha de papel alumínio.
Pese massas iguais de cada um dos reagentes e coloque-as a uma pequena distância do centro em posições
eqüidistantes uma das outras e do centro, formando um quadrado.
Acenda o bico de Bunsen e verifique se a chama está exatamente no centro do círculo da tela de amianto.
Observe os materiais durante o aquecimento e anote na tabela a ordem em que entram em fusão. Indique com
“n” na tabela a substância que não fundiu.
Coloque 10 mL de água em quatro tubos de ensaio e acrescente amostras dos reagentes.
Coloque 10 mL de álcool etílico nos quatro tubos restantes e acrescente amostras dos reagentes.
Observe e registre a solubilidade dos reagentes nos diferentes solventes.
DADOS
Composto Características Ordem de fusão Solubilidade em H2O Solubilidade em álcool
PÓS-LABORATÓRIO
Relacione as principais diferenças entre compostos iônicos e moleculares.
Com o auxílio da tabela periódica, faça a distribuição eletrônica para os elementos presentes nas substâncias da
uréia, iodo e cloreto de sódio. Em seguida, esquematize as fórmulas de Lewis, estrutural, molecular e informe o
tipo de ligação dessas substâncias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APOSTILA DO CURSO LABORATÓRIO. BC0307 – Transformações Químicas. Universidade Federal do ABC. Santo
André – 2011.
21
PRÁTICA 06: IDENTIFICAÇÃO DE ÁCIDOS E BASES UTILIZANDO INDICADORES
QUÍMICOS
INTRODUÇÃO
Desde os tempos dos alquimistas, observou-se que certas substâncias apresentavam comportamentos peculiares
quando dissolvidos na água. Entre tais propriedades destacavam-se: o sabor azedo, adstringente, a formação de soluções
aquosas condutoras de eletricidade,a efervescência, quando em contato com o calcário e a mudança de cor na presença
de substâncias indicadoras ácido-base.
De um modo geral, são substâncias tóxicas e corrosivas, portanto deve-se evitar contato com a pele, ingerí-los
ou respirá-los.
OBJETIVOS
Identificar as soluções de caráter ácido, neutro e básico;
Observar a viragem de cor dos indicadores de acordo com a escala de pH.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A medida de acidez ou alcalinidade de uma solução pode ser realizada através do uso de indicadores ácido-base
e também através da medida do pH da solução, denominado potencial hidrogeniônico. O pH é uma escala que vai de 0 a
14 e fundamenta-se na quantidade de íons hidrogênio que estão contidos numa solução.
Um indicador ácido-base é uma substância que apresenta uma determinada coloração em meio ácido e outra em
meio básico. Há diversos indicadores que podem nos dizer sobre a acidez ou sobre a alcalinidade de uma solução.
MATERIAL NECESSÁRIO
PROCEDIMENTO
Coloque 5 mL de água, 5 mL de ácido clorídrico, 5 mL de hidróxido de sódio, 5 mL de hidróxido de amônio e
5 mL de ácido acético em diferentes tubos de ensaio.
Repita a etapa anterior.
22
Adicione 1 gota de fenolftaleína em cada sistema (1ª etapa).
Adicione 1 gota de azul de bromotimol em cada sistema (2ª etapa). Anote as cores dos sistemas na tabela.
PÓS-LABORATÓRIO
Através das colorações obtidas, informe se as substâncias analisadas apresentam comportamento ácido, básico
ou neutro.
Informe a fórmula molecular dos reagentes analisados e em quais substâncias do nosso cotidiano podem ser
encontrados.
Com o auxílio das fitas indicadoras de pH, faça a leitura numérica aproximada do potencial hidrogeniônico
dessas amostras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CÉSAR, PAULO. Portal Estudos de Química. Ácidos, Bases e Medidas de Acidez. Disponível em
http://www.profpc.com.br/medidas_acidez.htm Acessado 16/02/2012.
LOPES, DANIEL RICARDO XIMENES; ROCHA, DANIEL VASCONCELOS; FILHO, FERNANDO BARROS DA
SILVA; TEÓFILO, JOSÉ WELLINGTON LEITE; FELIPE, RICARDO ARAÚJO; FILHO, TARGINO MAGALHÃES
DE CARVALHO. Manual de Práticas Laboratoriais: Química. Comissão de Formação e Pesquisa da SEFOR.
Fortaleza – Ceará, 2010.
23
PRÁTICA 07: EXTRATOS DE PIGMENTOS DE VEGETAIS USADOS COMO INDICADORES
ÁCIDOS-BASES
INTRODUÇÃO
Costumeiramente lembrados como substâncias químicas perigosas, corrosivas, capazes de dissolver metais como
se fossem comprimidos efervescentes, os ácidos e as bases atuam em nosso cotidiano continuamente e bem menos
agressivos do que se imagina.
São componentes usuais de refrigerantes, alimentos, remédios, produtos de higiene e cosméticos, matérias-
primas indispensáveis em um vasto universo de aplicações industriais. De um modo geral, e dependendo do seu uso, são
substâncias tóxicas e corrosivas, portanto deve-se ter o cuidado e saber como utilizá-las de maneira adequada.
OBJETIVOS
Preparar extratos de produtos naturais;
Investigar as propriedades ácidas e básicas de produtos do cotidiano, utilizando como indicador ácido-base o
extrato de repolho roxo;
Estabelecer escalas de pH com indicadores naturais.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Muitos indicadores são pigmentos com fórmulas complexas que são sintetizados através de reações que também
são complexas. Alguns indicadores, contudo, são facilmente retirados de plantas comuns, seja de flores ou da casca de
seus frutos ou de hortaliças.
As substâncias responsáveis pela coloração destes tecidos vegetais, são as antocianinas, principais cromóforos
encontrados nas flores vermelhas, azuis e púrpuras.
MATERIAL NECESSÁRIO
24
Shampoo
Ácido muriático
Amoníaco
Solução de sabão
PROCEDIMENTO
PÓS-LABORATÓRIO
O que é um indicador? Através das colorações obtidas, indique na tabela se as substâncias analisadas apresentam
comportamento ácido, básico ou neutro.
Informe o componente químico presente nessas substâncias que lhes conferem caráter ácido e básico.
Com o auxílio das fitas indicadoras de pH, faça a leitura numérica aproximada do potencial hidrogeniônico
dessas amostras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CÉSAR, PAULO. Portal Estudos de Química. Ácidos, Bases e Medidas de Acidez. Disponível em
http://www.profpc.com.br/medidas_acidez.htm Acessado 16/02/2012.
COELHO, AUGUSTO LEITE; AMORIM, ANTÔNIA FÁDIA VALENTIM DE; BRANCO, FRANCISCO FÁBIO
CASTELO; MORAIS, SELENE MAIA DE; COSTA, SÔNIA OLIVEIRA. Práticas de Química: de Lavoisier ao
25
biodiesel. Coleção Programa de Formação Continuada em Serviço na Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas
Tecnologias.
LOPES, DANIEL RICARDO XIMENES; ROCHA, DANIEL VASCONCELOS; FILHO, FERNANDO BARROS DA
SILVA; TEÓFILO, JOSÉ WELLINGTON LEITE; FELIPE, RICARDO ARAÚJO; FILHO, TARGINO MAGALHÃES
DE CARVALHO. Manual de Práticas Laboratoriais: Química. Comissão de Formação e Pesquisa da SEFOR.
Fortaleza – Ceará, 2010.
INTRODUÇÃO
Você já percebeu como as reações químicas estão presentes em nosso dia a dia? Sabemos que para o carro entrar
em movimento devemos colocar gasolina. Esse combustível através de uma reação química com o oxigênio do ar produz
dióxido de carbono, água e a energia que é utilizada para fazer que o carro se mova.
Certamente você também já ouviu falar em “cálculos renais”, popularmente conhecidos como pedras nos rins.
Infelizmente é mais um exemplo de reação química que ocorre no organismo humano pelo excesso, principalmente do
oxalato de cálcio e do fosfato de cálcio, substâncias muito pouco solúveis e, que dependendo de suas concentrações são
acumuladas nos rins ou nos canais urinários ocasionando a formação das pedras.
OBJETIVOS
Reconhecer as evidências para a ocorrência das reações químicas;
Realizar reações químicas e classificá-las;
Representar as reações químicas através das equações químicas.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Uma reação química ocorre quando determinadas substâncias sofrem transformações em relação ao seu estado
inicial, aparecendo novas substâncias. As ligações entre os átomos e moléculas devem ser rompidas e devem ser
restabelecidas de outra maneira.
A ocorrência de reações químicas geralmente são bem visíveis, mas em certas situações os reagentes se
encontram com impurezas e as reações não acontecem com total aproveitamento. Para a representação de uma reação
química, fazemos uso da equação química correspondente. Essa equação descreve as composições de reagentes e produtos
e a relação de igualdade entre as quantidades de seus elementos químicos.
MATERIAL NECESSÁRIO
PROCEDIMENTO
Coloque um pedaço do metal ferro em um tubo de ensaio contendo cerca de 3 mL da solução de sulfato de cobre
II. Aguarde alguns minutos e registre suas observações.
Adicione a um tubo de ensaio uma espátula de dicromato de amônio. Aquecer e registrar o ocorrido.
Com o auxílio de uma pinça, leve algumas fitas de magnésio à chama do bico de Bunsen. Anote as observações.
Recolha a cinza esbranquiçada resultante em um tubo de ensaio;
A este tubo, adicionar 3 mL de água e duas gotas de fenolftaleína. Agitar e observar atentamente o que ocorre.
Adicione 4 mL da solução de sulfato de cobre II a um tubo de ensaio e acrescentar 3 mL de hidróxido de amônio.
Registre o ocorrido.
PÓS-LABORATÓRIO
Como podemos constatar a ocorrência de reações químicas?
Equacione, classifique e efetue o balanceamento das reações químicas observadas em cada um dos itens do
procedimento.
Informe a função química de cada substância envolvida nas reações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COELHO, AUGUSTO LEITE; AMORIM, ANTÔNIA FÁDIA VALENTIM DE; BRANCO, FRANCISCO FÁBIO
CASTELO; MORAIS, SELENE MAIA DE; COSTA, SÔNIA OLIVEIRA. Práticas de Química: de Lavoisier ao
biodiesel. Coleção Programa de Formação Continuada em Serviço na Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas
Tecnologias.
MORA, NORA DÍAZ; SIHVENGER, JOÃO CARLOS; LUCAS, JULIANA FENNER R. Caderno de Práticas de
Laboratório de Química Geral. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Campus de Foz do Iguaçu. Centro de
OBJETIVOS
Realizar as etapas do tratamento primário de água e relacioná-las com os processos de separação de mistura;
Reproduzir um processo realizado nas estações de tratamento de água;
Conscientizar para o uso racional da água.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A água é um composto integrado por moléculas formadas por um átomo de oxigênio e dois de hidrogênio, unidos
por meio de ligações químicas. É o único composto do planeta que, na natureza pode ser encontrada em três estados
físicos: sólido (geleiras), líquido (oceanos e rios), e gasoso (vapor d’água na atmosfera).
Incolor, inodora e insípida, a água é um composto de grande estabilidade, podendo ser obtida também pela
combustão dos alimentos. É uma molécula polar e que apresenta geometria angular (104,45°). Em nosso organismo, as
reações químicas ocorrem em sua presença. Provavelmente, sem esta substância não existiria vida no planeta, a água é o
componente biológico essencial à manutenção da vida animal e vegetal.
MATERIAL NECESSÁRIO
27
Solução de Hidróxido de cálcio Béquer
Solução de Hipoclorito de sódio Bastão de vidro
Água usada Erlenmeyer
Funil de vidro
Papel de filtro
PROCEDIMENTO
Separe em um béquer 50 mL de água suja.
Acrescente com uma espátula duas medidas de sulfato de alumínio. Agite com o bastão, até a total dissolução.
Com uma espátula acrescente uma medida de hidróxido de cálcio. Agite a mistura.
Deixe em repouso por alguns minutos, observe, anote e explique.
Filtre a mistura no erlenmeyer. Em seguida adicione duas gotas de hipoclorito de sódio.
PÓS-LABORATÓRIO
Informe as principais etapas que ocorrem em uma Estação de Tratamento de Água (ETA) e relate o objetivo de
cada uma.
Do ponto de vista químico, o que aconteceu quando foram acrescentados o sulfato de alumínio e o hidróxido de
cálcio?
Quais as doenças causadas por água contaminada?
E você, quais suas ações responsáveis com o uso da água?
Pesquise as fórmulas dos compostos químicos utilizados no tratamento da água e a função de cada uma.
Quais as análises comumente realizadas para um melhor diagnóstico da qualidade da água?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COELHO, AUGUSTO LEITE; AMORIM, ANTÔNIA FÁDIA VALENTIM DE; BRANCO, FRANCISCO FÁBIO
CASTELO; MORAIS, SELENE MAIA DE; COSTA, SÔNIA OLIVEIRA. Práticas de Química: de Lavoisier ao
biodiesel. Coleção Programa de Formação Continuada em Serviço na Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas
Tecnologias.
28
PRÁTICA 10: REAÇÃO DE NEUTRALIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
Quem nunca sentiu aquela incômoda sensação de acidez estomacal, a chamada azia? Ela se explica pela ação do
ácido clorídrico (HCl), componente do suco gástrico, presente no estômago. Após a ingestão de alimentos calóricos, o
nosso organismo se vê obrigado a liberar mais quantidade de HCl para auxiliar na digestão pesada, provocando esse
desconforto estomacal.
E para neutralizar essa desagradável sensação, necessitamos ingerir um antiácido estomacal, o conhecido leite
de magnésia, cujo princípio ativo desse medicamento nada mais é do que a base Mg(OH) 2 – hidróxido de magnésio. Ela
tem a função de neutralizar o meio ácido de seu estômago, daí o alívio imediato.
OBJETIVOS
Identificar e conceituar uma reação de neutralização;
Entender as reações de ácido com base (reação de neutralização) como um caso especial de reação de dupla
troca.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As reações envolvendo ácidos e bases são denominadas reações de neutralização ou salificação. Dependendo
das quantidades de ácido e de base misturados haverá uma neutralização total ou parcial desses reagentes, produzindo
sais que serão classificados em normal, ácidos e básicos.
MATERIAL NECESSÁRIO
29
Fenolftaleína Pipeta
Azul de bromotimol
PROCEDIMENTO
Em um tubo de ensaio adicione 1 mL de hidróxido de sódio e 2 gotas de fenolftaleína.
Reserve em um béquer 1 mL de ácido clorídrico e acrescente-o gota a gota ao tubo de ensaio até observar a
alteração.
Em um segundo tubo de ensaio adicione 1 mL de hidróxido de amônio e 2 gotas do azul de bromotimol.
Reserve em um béquer 1 mL de ácido clorídrico e acrescente-o gota a gota ao tubo de ensaio até observar a
alteração.
No terceiro tubo de ensaio adicione 1 mL de hidróxido de sódio e 2 gotas de fenolftaleína.
Reserve no tubo de ensaio menor 1 mL de ácido acético e acrescente-o gota a gota ao tubo de ensaio até observar
a alteração.
PÓS-LABORATÓRIO
Equacione as reações descritas nos procedimentos. Classifique os sais obtidos.
Pesquise reações de neutralização com a obtenção de sal neutro, hidrogeno-sal e hidróxi-sal, informando a
nomenclatura de reagentes e produtos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FELTRE, RICARDO. Química Geral: componente curricular. 6ª Edição. São Paulo. Editora Moderna – 2004. Volume
1.
SILVA, WESLEY PEREIRA DA. Portal do Professor. Aula prática: Reações de Neutralização. Disponível em
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=2389 Acessado 27/02/2012
INTRODUÇÃO
A luz emitida por um elemento químico, ocorre no retorno do elétron ao seu orbital de origem. Quando átomos
são aquecidos ou submetidos a uma descarga elétrica, esse fenômeno pode ser observado, por exemplo, como um
vermelho intenso nos luminosos de néon que é ocasionado pela excitação dos átomos de neônio pela eletricidade, outro
exemplo é observado nos fogos de artifício.
OBJETIVOS
Identificar, por meio da cor produzida na chama, alguns cátions;
Observar o fenômeno de emissão luminosa por excitação e correlacionar com o Modelo Atômico de Bohr;
Verificar a distribuição eletrônica dos elementos;
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Uma das mais importantes propriedades dos elétrons é que suas energias são "quantizadas", isto é, um elétron
ocupa sempre um nível energético bem definido e não um valor qualquer de energia. Se, no entanto um elétron for
submetido a uma fonte de energia adequada (calor, luz, etc.), pode sofrer uma mudança de um nível mais baixo para outro
de energia mais alto (excitação). O estado excitado é um estado metal-estável (de curtíssima duração) e, portanto, o elétron
retorna imediatamente ao seu estado fundamental. A energia ganha durante a excitação é então emitida na forma de
radiação visível do espectro eletromagnético que o olho humano é capaz de detectar. Como o elemento emite uma radiação
característica, ela pode ser usada como método analítico.
Em geral, os metais, sobretudo os alcalinos e alcalinos terrosos são os elementos cujos elétrons exigem menor
energia para serem excitados. O teste da chama está fundamentado nos princípios do Modelo Atômico de Bohr, ficando
estabelecido que os átomos possuem regiões específicas disponíveis para acomodar seus elétrons – as chamadas camadas
eletrônicas.
MATERIAL NECESSÁRIO
30
Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental
Béquer
Sais (cloreto de cálcio, cloreto de lítio, cloreto de Fios de níquel-cromo ou platina
bário, cloreto de sódio, cloreto de potássio e Vidro de relógio
sulfato de cobre) Espátula
Solução de HCl concentrado Bico de Bunsen
PROCEDIMENTO
Acenda o bico de gás até obter uma chama quente de cor azul clara.
Limpe os fios metálicos, mergulhando- os em solução de HCl concentrado, previamente colocada no vidro de
relógio, e em seguida, aqueça-os na chama do bico de Bunsen.
Mergulhe o fio limpo na amostra em estudo e observe a coloração da chama.
Limpe cuidadosamente os fios metálicos e repita o processo com as outras amostras.
PÓS-LABORATÓRIO
Quais os postulados de Bohr?
Estes testes são conclusivos para identificar um elemento? Pode ser aplicado a todos os metais ?
Quando uma espécie não apresenta coloração ao ser colocada na chama, podemos afirmar que não está ocorrendo
transição eletrônica? Justifique .
Pesquise sobre o efeito colorido dos fogos de artifícios.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COELHO, AUGUSTO LEITE; AMORIM, ANTÔNIA FÁDIA VALENTIM DE; BRANCO, FRANCISCO FÁBIO
CASTELO; MORAIS, SELENE MAIA DE; COSTA, SÔNIA OLIVEIRA. Práticas de Química: de Lavoisier ao
biodiesel. Coleção Programa de Formação Continuada em Serviço na Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas
Tecnologias.
MAIA, D. Práticas de Química para Engenharias. Campinas, SP: Editora Átomo, 2008. SHRIVER, D. F E ATKINS
P. W. Química Inorgânica. 3ª edição. Tradução: Maria Aparecida B. Gomes. São Paulo. Ed. Bookman. 2003.
31
PRÁTICA 12: SIMULADOR DE BAFÔMETRO
INTRODUÇÃO
O consumo exagerado de bebidas alcoólicas tem se tornando um grande problema. A ingestão habitual de grandes
quantidades de álcool, pode causar sérios danos. A fiscalização de trânsito usa de recursos para desvendar se um motorista
está ou não embriagado e um deles é o bafômetro.
O bafômetro, denominação técnica “etilômetro”, é um aparelho que permite determinar a concentração de bebida
alcoólica, analisando o ar exalado dos pulmões de uma pessoa. Todos os tipos de bafômetros são baseados em reações
químicas, precisamente reações redox (oxidação-redução).
OBJETIVOS
Consolidar o conceito de número de oxidação (Nox);
Identificar a variação de Nox em reações de oxi-redução;
Conceituar oxidante e redutor;
Relacionar o funcionamento do bafômetro com a variação do número de oxidação.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As reações de óxido-redução são aquelas em que a formação de produtos está vinculada a uma transferência de
elétrons entre determinados átomos ou íons das substâncias reagentes fazendo com que o número de oxidação (Nox) de
uma substância aumente enquanto o de outra substância diminui. Para se determinar qual espécie de uma reação química
oxidou ou reduziu precisamos determinar a variação do NOX dos átomos na reação sabe-se que oxidação e redução
ocorrem juntas na mesma reação química.
Podemos dizer então que em uma reação a substância que perde elétrons e sofre oxidação é designada agente
redutor enquanto a substância que ganha elétrons e sofre redução é designada agente oxidante.
MATERIAL NECESSÁRIO
32
Dicromato de potássio
Álcool etílico Tubo de ensaio
Água
Ácido sulfúrico
PROCEDIMENTO
Comece preparando a solução ácida: dissolva 5g de dicromato de potássio em 50 mL de água e acrescente 24
mL de ácido sulfúrico (com bastante cuidado).
Adicione 5 mL desta solução em um tubo de ensaio.
Acrescente gota a gota o álcool etílico ao tubo de ensaio contendo a solução de dicromato (até que a cor laranja
torne-se verde).
PÓS-LABORATÓRIO
Equacione a reação que ocorre no bafômetro?
Determine o número de oxidação de cada elemento e identifique o agente redutor e oxidante.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, WESLEY PEREIRA DA. Portal do Professor. O Bafômetro e o Número de Oxidação. Disponível em
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=273 Acessado 01/03/2012.
INTRODUÇÃO
Qual a diferença entre uma bebida destilada e uma fermentada? Tudo se baseia no processo de produção, onde a
bebida poderá ser preparada pelo processo de destilação ou de fermentação. Mas independentemente deste processo, o
composto orgânico que faz com que uma bebida seja classificada como alcoólica é o Etanol.
E para obtermos o teor alcoólico nesta bebida faz-se uso de uma Destilação, operação utilizada quer a nível
laboratorial quer industrial, para purificar as matérias primas ou produtos.
OBJETIVOS
Separar o álcool do vinho;
Conhecer as vidrarias necessárias a uma destilação simples.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A destilação é a separação de uma mistura que se baseia na diferença de temperatura de ebulição dos
componentes dos materiais. Durante o aquecimento, as substâncias entram em ebulição de acordo com a temperatura
atingida e, então evaporam, depois por refrigeração, voltam ao estado inicial e podem ser recolhidas.
O álcool pode extrair-se do vinho por destilação (álcool vínico ou espírito do vinho) ou de qualquer substância
fermentada. Há outros álcoois que se extraem da aguardente do bagaço (álcool propílico) ou da beterraba (álcool butílico).
MATERIAL NECESSÁRIO
33
Vinho Mangueiras de borracha
Garras metálicas
Condensador
Erlenmeyer
Termômetro
Béquer
PROCEDIMENTO
Monte a aparelhagem para a destilação.
Coloque o vinho no balão de destilação.
Abra com cuidado a entrada de água para o condensador, e depois inicie o aquecimento do balão.
Colete o destilado em um béquer.
Anote a temperatura durante a destilação.
PÓS-LABORATÓRIO
Qual a temperatura de ebulição do vinho nesta destilação? Ela é constante durante a ebulição? Justifique.
A temperatura de ebulição da substância álcool será a mesma? Justifique.
Qual a finalidade da passagem da água no condensador?
Qual a propriedade física utilizada, para separar substâncias por meio da destilação?
Diferencie destilação simples de destilação fracionada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COELHO, AUGUSTO LEITE; AMORIM, ANTÔNIA FÁDIA VALENTIM DE; BRANCO, FRANCISCO FÁBIO
CASTELO; MORAIS, SELENE MAIA DE; COSTA, SÔNIA OLIVEIRA. Práticas de Química: de Lavoisier ao
biodiesel. Coleção Programa de Formação Continuada em Serviço na Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas
Tecnologias.
INTRODUÇÃO
Você pode ficar muitas horas sem beber água. Pode também ficar até alguns dias sem comer. Mas não agüentará
ficar por mais de algumas dezenas de segundos sem o precioso ar. O desagradável é que de todas as poluições que vivemos
nos tempos atuais, a pior é e será sempre a do ar.
Somos dependentes do oxigênio contido no ar para respirar, mas este ar está cheio de poluentes que o
contaminam, gerados principalmente pela queima dos combustíveis fósseis (usinas elétricas a carvão e automóveis
movidos à gasolina e a diesel).
OBJETIVOS
Fazer experiências com óxidos para determinar se eles são ácidos, básicos ou anfóteros;
Inferir sobre as características ácidas ou básicas de óxidos pela sua posição na tabela periódica;
Assimilar os conceitos e propriedades dos óxidos.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Óxidos são compostos binários, onde um dos elementos é obrigatoriamente o oxigênio. Os óxidos ácidos são
formados geralmente por ametais (sendo neste caso compostos geralmente gasosos) ou por metais com número de
oxidação elevado, apresentando-se como compostos moleculares e, em geral, solúveis em água. Os óxidos básicos na
maioria são formados por metais e, portanto, são compostos iônicos. Certos óxidos possuem caráter intermediário entre
o iônico e o covalente, possuem comportamento ambíguo, são os óxidos anfóteros e existem os que não reagem com
água formando ácido ou base, os óxidos neutros.
MATERIAL NECESSÁRIO
34
Álcool etílico Erlenmeyer
Azul de bromotimol Proveta
Hidróxido de sódio Béquer
Fenolftaleína Canudo
Água destilada Tubo de ensaio
Óxido de magnésio Estante para tubo de ensaio
Óxido de cálcio Balança
PROCEDIMENTO
Experimento 1
Meça 25 mL de álcool etílico e transfira para o erlenmeyer.
Adicione 4 gotas do azul de bromotimol e 1 gota de solução 1 mol/L de hidróxido de sódio.
Soprar a solução contida no erlenmeyer.
Anote suas observaçãoes.
Experimento 2
Coloque 10 mL de água destilada em dois tubos de ensaio.
No tubo 1, adicione 1g de MgO e agite, posteriormente adicione 2 gotas de fenolftaleína em ambos os tubos e
observe.
Em dois outros tubos, coloque 10 mL de água destilada. No tubo 3, adicione 1g de CaO e agite, posteriormente
adicione 2 gotas de fenolftaleína em ambos os tubos e observe.
Experimento 3
Coloque em um béquer cerca de 20 ml de solução aquosa de hidróxido de cálcio.
Adicione a esta solução 2 ou 3 gotas de fenolftaleína;
Com a ajuda de um canudo sopre para a solução e observe.
PÓS-LABORATÓRIO
Qual a cor observada quando foi adicionado o azul de bromotimol à solução do erlenmeyer?
Qual a cor apresentada quando foi injetado gás carbônico à solução do erlenmeyer?
Equacione as reações dos procedimentos 2 e 3, informando o nome das substâncias envolvidas e suas
propriedades ácidas ou básicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MORA, NORA DÍAZ; SIHVENGER, JOÃO CARLOS; LUCAS, JULIANA FENNER R. Caderno de Práticas de
Laboratório de Química Geral. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Campus de Foz do Iguaçu. Centro de
Engenharias e Ciências Exatas. LAMAT-Laboratório de Materiais. Foz do Iguaçu-2006.
35
PRÁTICA 15: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E MÉTODO CIENTÍFICO
INTRODUÇÃO
O método científico é uma poderosa ferramenta de trabalho que foi paulatinamente sendo desenvolvida pelos
cientistas, tendo em vista simplificar a abordagem do trabalho investigativo, facilitando o trabalho do pesquisador,
procurando racionalizar a utilização de recursos humanos, técnicos e financeiros.
Na verdade, o método científico apresenta aplicação universal ao processo de resolução de um problema
qualquer, mas com certeza é mais amplamente utilizado por investigadores, tecnólogos, engenheiros, técnicos e outros
profissionais mais vinculados à área científica, que o aplicam para a resolução de problemas práticos.
OBJETIVOS
Identificar as etapas que rege o funcionamento da investigação científica.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O método científico é constituído de etapas, colocados numa ordem que acaba por permitir seu uso sem alterações
para quase todas as questões a serem investigadas.
MATERIAL NECESSÁRIO
36
PROCEDIMENTO
Meça o pH inicial do refrigerante por meio do papel indicador de pH.
Adicione a palha de aço no refrigerante e a partir daí, acompanhe a evolução visual do experimento.
Após 20 minutos, adicione o peróxido de hidrogênio, por meio da pipeta, no fundo do béquer.
PÓS-LABORATÓRIO
Anote todos os pensamentos que surgiram durante a atividade prática.
Informe as etapas necessárias à investigação científica e associe-as as suas conclusões observadas durante o
procedimento da atividade.
Quando você ouve num anúncio de televisão a expressão “cientificamente comprovado”, o que você pensa a
respeito? Você pensa que o que está sendo afirmado é inquestionável ou apenas que os resultados foram obtidos
através da aplicação do método científico? Ou você levanta ainda a hipótese de que o locutor está se utilizando
de um blefe, tentando vender o seu produto?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MOBILAB – Manual de Química –Laboratório Interdisciplinar – 2004.
INTRODUÇÃO
A previsão de reações químicas nos diversos processos industriais é de vital importância na rentabilidade e na
sobrevivência de uma indústria ou até mesmo em nosso cotidiano. Nas indústrias, nota-se a preocupação de se otimizar
produtos e processos para que se tenha a melhor relação custo/benefício possível.
No nosso cotidiano, na maioria das vezes, não atentamos para esse conceito, mas ele fica claro, por exemplo, ao
fazermos um bolo. Normalmente seguimos uma receita, escrita ou que já esteja gravada em nossa memória. Estes
procedimentos que, basicamente, consistem na mensuração e cálculo de quantidade de substâncias envolvidas em reações
químicas é chamado de estequiometria que deriva do grego stoichea = partes mais simples e metreim = medida
Na relação da quantidade das substâncias é importante que se conheça as fórmulas, os elementos e a proporção
entre esses elementos e substância.
OBJETIVOS
Montar a equação da reação que rege o fenômeno em estudo;
Efetuar o acerto dos coeficientes estequiométricos;
Identificar as partes envolvidas no cálculo estequiométrico;
Efetuar as transformações de grandezas e unidades quando necessário;
Efetuar os cálculos estequiométricos.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Estequiometria é o cálculo das quantidades de reagentes e/ ou produtos das reações químicas em mols, em massa,
em volume, número de átomos e moléculas, realizado com base na lei da conservação das massas, na lei das proporções
definidas e na lei das proporções múltiplas.
As reações químicas ocorrem sempre obedecendo a uma proporção constante que equivale ao coeficiente
estequiométrico das equações. Assim se um dos reagentes possuir uma quantidade acima da proporção estequiométrica,
37
esse reagente estará em excesso, logo o outro será o reagente limitante. O reagente em excesso não participa dos cálculos
estequiométricos.
Sabemos que por diversos motivos na maioria das vezes nem todo reagente se transforma em produto. A
quantidade percentual de material transformado é denominada rendimento da reação. O rendimento teórico de uma reação
é sempre 100%.
MATERIAL NECESSÁRIO
PROCEDIMENTO
Experimento 1
Pese em um béquer, 0,3 g de cloreto de sódio e dissolva esta amostra em 5 mL de água.
Pese em um béquer 0,3 g de nitrato de prata e dissolva esta amostra em 5 mL de água.
Adicione a solução de cloreto de sódio ao béquer que contém o nitrato de prata. Observe.
Filtre o precipitado usando um papel de filtro previamente tarado.
Coloque o papel de filtro com o precipitado obtido em um vidro de relógio (também tarado) e deixe secar na
estufa.
Pese o produto. Anote o seu resultado.
Experimento 2
Pese 0,80 g de cromato de potássio, transfira para um béquer e adicione 100 mL de água destilada.
Agite com bastão de vidro até a completa dissolução. Aqueça a solução até iniciar a fervura.
Pese 0,60 g de cloreto de bário, transfira para um béquer e adicione 50 mL de água destilada.
Agite com bastão de vidro até completa dissolução.
Adicione a solução de cloreto de bário à de cromato de potássio. Agite a mistura com o bastão.
Pese um papel de filtro. Adapte o papel de filtro ao funil.
Adapte um anel de ferro num suporte e nele coloque um funil de filtração.
Faça a filtração manejando com cuidado para que não haja perda de precipitado. Lave o béquer e o bastão de
vidro com água destilada para remover qualquer resíduo de precipitado.
Lave o precipitado no funil com água destilada. Após completa decantação retire o papel de filtro e coloque-o
sobre um vidro de relógio. Despreze o filtrado.
Leve o precipitado para secar em estufa à 150ºC, por quinze minutos. Retire o precipitado seco da estufa e
coloque-o para resfriar num dessecador.
Depois de frio, pese o papel de filtro com o precipitado. Anote o peso obtido.
PÓS-LABORATÓRIO
Escreva a equação química correspondente a cada procedimento.
Qual o produto que precipitou e quanto foi obtido?
Qual o rendimento desta sua preparação?
Qual foi o reagente limitante?
Seu rendimento foi de 100%? Caso contrário, explique por que não obteve um rendimento de 100%.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASILINO, MARIA DAS GRAÇAS AZEVEDO. Aulas Práticas de Química Geral I. Rendimento de uma Reação
de Precipitação. Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Disponível em
www.quimica.ufpb.br/monitoria/.../geral1_todas_as_praticas.pdf Acessado 08/03/2012
38
www.professormariosergio.com.br/arquivos/Ateneu/ApOpUnrev2.pdf Acessado 08/03/2012
39