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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CAMPUS CARAÚBAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
BARRAGENS E OBRAS DE TERRA

ANDERSON NUNES SILVA


DENNYS LACERDA DE ARAUJO MARTINS
THAYNON BRENDON PINTO NORONHA
TÚLIO SALES DE OLIVEIRA

PROJETO DA BARRAGEM

CARAÚBAS - RN
2018
ANDERSON NUNES SILVA
DENNYS LACERDA DE ARAUJO MARTINS
THAYNON BRENDON PINTO NORONHA
TÚLIO SALES DE OLIVEIRA

PROJETO DA BARRAGEM

Trabalho apresentado para disciplina de


Barragens e Obras de Terra na Universidade
Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA),
como exigência para obtenção parcial da nota
da segunda e terceira unidade.

Profº. Wellington Lorran Gaia Ferreira.

CARAÚBAS - RN
2018
1.0 INTRODUÇÃO

As barragens são definidas como obstáculos artificiais com a capacidade de reter


líquidos, rejeitos e detritos para fins de armazenamento ou controle. O seu tamanho
pode variar desde pequenos maciços de terra a enormes estruturas de concreto ou de
aterro, geralmente utilizadas para controlar cheias e fornecer água e energia hidrelétrica,
além de diversas outras finalidades (CBDB, 2013).
Desta forma, mediante os conteúdos expostos e trabalhados em sala, foi proposta
a execução de uma miniatura de barragem em laboratório visando analisar a segurança e
desempenho da mesma diante das condições impostas durante os testes a serem
realizados. O presente trabalho aborda os procedimentos de escolha dos materiais
utilizados, detalhamento da seção a ser executada com todos os elementos projetados,
devidamente cotados e a inclinação dos taludes, bem como, a análise de estabilidade
executada no software Slide 6.0 a fim de justificar os valores projetados.

2.0 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Apresentar um projeto de miniatura de barragem de terra projetado no Slide 6.0 e


os materiais que irão ser utilizados na execução.

2.2 Objetivos Específicos

 Propiciar o conhecimento de fatores importantes durante o planejamento e execução de


uma barragem de terra, com base na construção de uma miniatura;
 Detalhar os materiais utilizados, com todas as informações possíveis sobre os mesmos;
 Detalhamento da seção a ser executada com todos os elementos projetados e
devidamente cotados;
 Detalhamento da Inclinação dos taludes, bem como a análise de estabilidade executada
no Slide 6.0. com a finalidade de justificar os valores projetados.
3.0 Escolha dos Materiais

Os projetos de barragens devem assegurar o controle de fluxo, a estabilidade e a


compatibilidade das deformações. Desta forma, é de extrema importância escolher
corretamente os materiais a serem utilizadas, bem como conhecer sua granulometria,
permeabilidade e coesão.
Para o presente trabalho coletou-se dois solos provindos de duas localidades
diferentes para a pré-definição do solo que será utilizado no maciço da barragem. O solo
1 foi coletado próximo da Arena Caraubeira na cidade de Caraúbas-RN e o solo 2 foi
coletado no talude a montante da barragem do Açude Grande na cidade de Caraúbas-
RN, ver figura 1.
Figura 1: Local de coleta dos materiais.
(a) Local onde foi retirado o Solo 1. (b) Local onde foi retirado o Solo 2.

Fonte: Os autores (2018).

3.1 Caracterização dos materiais

3.1.1 Tátil-Visual

Foram realizados os ensaios táteis-visuais nos dois solos coletados com o intuito
de definir qual solo seria o utilizado para as próximas analises laboratoriais. Diante
disso, foram realizados 10 ensaios táteis-visuais nos dois solos, sendo eles:
3.1.1.1 Teste visual

O teste visual consiste na observação visual do tamanho, forma, cor e


constituição mineralógica dos grãos do solo. Permite distinguir entre solos grossos e
finos.

3.1.1.2 Teste do tato

O teste do tato consiste em friccionar entre os dedos, a amostra de solo. Desta


forma, os solos “ásperos" são de comportamento arenoso e os solos "macios" são de
comportamento argiloso.

3.1.1.3 Teste da folha de papel

Teste da folha de papel consiste em passar o solo seco em uma folha de papel
branca, desta maneira, as partículas finas grudam na folha em forma de sujeira e a areia
fica solta.

3.1.1.4 Teste de sujar as mãos

O teste de sujar as mãos, como o próprio nome diz, consiste em sujar as mãos
com um solo umedecido, se o solo for siltoso só limpa depois que bastante água correr
sobre a mão, sendo necessário, geralmente, alguma fricção para limpeza total. Enquanto
que o solo mais argiloso oferece dificuldade de se desprender da palma da mão, porque
os grãos muito finos impregnam-se na pele, sendo necessário friccionar vigorosamente
para a palma da mão se ver livre da pasta.

3.1.1.5 Teste da dilatância

O teste da dilatância (shaking test) consiste em colocar na palma da mão uma


pasta de solo (em umidade escolhida) e sacudi-la batendo leve e rapidamente uma das
mãos contra a outra. A dilatância se manifesta pelo aparecimento de água à superfície
da pasta e posterior desaparecimento ao se amassar a amostra entre os dedos. Nessa
análise os solos de comportamento arenoso reagem sensível e prontamente ao teste,
enquanto que os de comportamento argiloso não reagem. Outro ponto é referente à
diferenciação do solo fino argila e silte, nos siltes quando se bate na superfície do solo
com a palma da mão, nota-se o surgimento de água e nas argilas o mesmo impacto não
proporciona o aparecimento de água.

3.1.1.6 Teste da resistência seca

O teste de resistência seca consiste em tentar desagregar (pressionando com os


dedos) uma amostra seca do solo. Desta forma, se a resistência for pequena, trata-se de
um solo de comportamento arenoso, se for elevada, um solo de comportamento
argiloso.

3.1.1.7 Teste da dispersão em água

O teste da dispersão em água consiste em desagregar completamente uma


amostra de solo e colocar uma porção num recipiente de vidro contendo água. Agita-se
o conjunto, em seguida imobiliza-se o recipiente, deixando-o em repouso e observa-se o
tempo de deposição da maior parte das partículas do solo: os solos mais arenosos
assentam suas partículas em poucos segundos enquanto que os argilosos podem levar
horas.

3.1.1.8 Teste da desagregação submersa

O teste da desagregação submersa consiste em colocar um torrão de solo em um


recipiente contendo água, sem deixar o torrão imerso por completo: desagregação da
amostra é rápida quando os solos são siltosos e lenta quando são argilosos.

3.1.1.9 Teste da cobrinha (plasticidade)

O teste da cobrinha consiste em umedecer uma amostra de solo, manipular


bastante essa massa entre os dedos e tentar moldar com ela uma “cobrinha": se isto não
for possível, o solo é arenoso. Se for possível, mas ela se quebrar ao se tentar dobrá-la, o
solo é areno-argiloso. Se a cobrinha se dobrar, mas se quebrar ao se tentar fazer um
círculo, o solo é argilo-arenoso. Se a cobrinha for dobrada em forma de círculo sem se
quebrar, o solo é argiloso.

3.1.1.10 Teste do corte

O teste do corte consiste em cortar a amostra com uma lâmina fina e observar a
superfície do corte: sendo "polida" (ou lisa), trata-se de um solo de comportamento
argiloso; sendo "fosca" (ou rugosa), trata-se de um solo de comportamento arenoso.

3.1.1.11 Definição dos solos segundo os ensaios táteis-visuais

Após a realização dos ensaios táteis-visuais montou-se a tabela 01 que apresenta


os resultados obtidos com as analises.

Tabela 01: Resultados das analises táteis-visuais dos solos coletados.


Ensaio Solo 1- Arena Caraubeira Solo 2- Barragem
Teste Visual Cor Escura, mal graduado, Cor Clara, Bem Graduado,
presença de matéria Sem matéria orgânica, solo
Orgânica, solo fino. mediamente grosso.
Teste do Tato Comportamento Arenoso Comportamento Arenoso
Teste da Folha de Papel Solo Grosso Solo Mediamente Grosso
Teste de Sujar as Mãos Fácil Fácil
Shaking Test Comportamento Siltoso Comportamento Siltoso
Teste de Resistencia Seca Comportamento Arenoso Comportamento Arenoso
Teste de Dispersão em Decantação Rápida Decantação Lenta
Água
Teste de Desagregação Desagregação Rápida Desagregação Lenta
Teste da Cobrinha Comportamento Arenoso Comportamento Arenoso
Teste do Corte Rugosa Rugosa
Fonte: Os autores (2018).

Na analise dos resultados dos ensaios táteis-visuais pode ser observado que os
dois solos apresentam comportamentos muito parecidos quando comparado os testes do
Tato, Folha de Papel, Sujar as Mãos, Shaking Test, Resistência Seca, Teste da Cobrinha
e sendo ambos com predominância de ser um solo grosso do tipo areia-siltoso.
Entretanto, na verificação do comportamento quanto as características de um solo fino
como a desagregação e dispersão submersa o solo 2 apresenta comportamentos mais
próximo de um solo argiloso que o solo 1, diante disso, o solo escolhido para as
próximas analises laboratoriais e definição para o uso na barragem é o solo 2 coletado
no maciço da barragem de Caraúbas-RN.

3.1.2 Ensaio de granulometria

A análise granulométrica ou granulometria dos solos consiste na determinação


das dimensões dos grãos, obtendo-se em porcentagem a massa dos mesmos, ou seja, é a
distribuição das dimensões das partículas do agregado e suas respectivas porcentagens
de ocorrência.
O ensaio de granulometria foi realizado conforme a norma do DNER-ME
083/98, optou-se por essa metodologia por ser mais simplificada que a da ABNT NM
248/200. A princípio, com o auxílio do repartidor mecânico foi realizado o
quarteamento (Figura 02) da amostra para redução do volume, sendo utilizado
aproximadamente 7,0 kg como massa mínima para realização do ensaio, conforme é
recomendado na norma (DNER-ME 083/98).

Figura 02: Quarteamento do solo.

Fonte: Os autores (2018).

A distribuição granulométrica do solo foi realizada por meio das peneiras de


diâmetro de 19,1; 9,5; 4,75; 2,36; 2; 1,18; 0,6; 0,425; 0,3; 0,15 e 0,075 mm, conforme
pode-se notar na Figura 03. O peneiramento foi executado manualmente, em seguida
pesou-se a fração de solo que ficou retida em cada peneira para obter a curva
granulométrica do solo.
Figura 03: Peneiras utilizadas.

Fonte: Os autores (2018).

Com base nos resultados do ensaio expressos na Tabela 02, elaborou-se a Figura
04 que apresenta a curva granulométrica do solo.

Tabela 02: Material retido em cada peneira.


Peneiras Material Retido
Pol mm Massa Retida % Retida Massa Passante % Passante
(g) (g)
3" 76,2 0,0 0,0 6974,4 100,00
2.1/2" 63,5 0,0 0,0 6974,4 100,00
3/4" 19,1 0,0 0,0 6974,4 100,00
3/8" 9,5 318,2 4,6 6656,2 95,44
N.° 4 4,75 700,2 10,0 5956,0 85,40
N.° 8 2,36 1071,0 15,4 4885,1 70,04
N.° 10 2 426,0 6,1 4459,1 63,93
N.° 16 1,18 802,2 11,5 3656,9 52,43
N.° 30 0,6 1078,9 15,5 2578,0 36,96
N.° 40 0,425 266,1 3,8 2311,9 33,15
N.° 50 0,3 358,7 5,1 1953,3 28,01
N.° 100 0,15 1097,5 15,7 855,7 12,27
N.° 200 0,075 457,0 6,6 398,7 5,72
Fundo - 398,7 5,7 0,0 0,00
TOTAL: 6974,4 100,0
Fonte: Os autores (2018).
Figura 04: Curva granulométrica do Solo 2.
100.00
90.00
80.00
70.00
60.00
50.00
40.00
30.00
20.00
10.00
0.00
0.01 0.1 1 10 100

Fonte: Os autores (2018).

3.1.3. Ensaio de Limite de Liquidez (LL)

O ensaio de LL foi realizado conforme especifica a norma do DNER-ME 122/94,


a execução do ensaio foi feita a partir da separação de 70 g do material passante na
peneira N°40 (0,42 mm). Nesse ensaio foi adicionado água ao material até que o mesmo
apresentasse uma consistência homogênea, a mistura foi colocada no aparelho
Casagrande, que é uma concha fabricada em latão.
Após realizar uma ranhura na pasta, o aparelho foi ligado para que a pasta sofresse
os golpes de 1 cm de altura e intensidade constante, quando é possível notar o
fechamento da ranhura em algum ponto com as dimensões especificadas na norma o
aparelho é desligado. Em seguida, remove-se a parte que se fecha para ser realizado o
ensaio de umidade. O ensaio de LL diz respeito ao teor de umidade com que o solo
consegue fechar certa ranhura sob a aplicação de 25 golpes do aparelho Casagrande. O
ensaio deve ser realizado pelo menos três vezes para cada solo.
Não foi possível determinar o teor de umidade do Solo 2 com a aplicação de 25
golpes, pois como o solo é muito arenoso, na primeira tentativa a ranhura foi fechada
com a aplicação de apenas 10 golpes, conforme Figura 5 (a), ou seja, muito inferior aos
25 golpes. Como esta umidade foi a mínima necessária para moldar o solo na concha do
aparelho de Casagrande, ao aumentar o valor da umidade o número de golpes
necessários para fechar a ranhura tende a diminuir. Para constatar essa afirmação,
realizou-se mais um ensaio com a umidade um pouco maior que a anterior e verificou-
se que o número de golpes necessários para fechar a ranhura diminuiu para 6, como
pode-se observar na Figura 5 (b).

Figura 5: Ensaio de Limite de Liquidez.


(a) Primeiro ensaio. (b) Segundo ensaio.

Fonte: Os autores (2018).

3.1.4 Permeabilidade

Como no laboratório da instituição não dispõe de equipamentos que possam ser


utilizados para a identificação dos coeficientes de permeabilidade do solo em análise,
utilizou-se uma relação entre o resultado da granulometria do solo e sua permeabilidade,
obtidos da literatura, para então obter o coeficiente de permeabilidade necessário para a
análise.
Para isso, realizou-se a classificação do solo tendo como base a porcentagem
passante. Como passou mais de 50% do solo na peneira 4,75mm e passou apenas 5,72%
na peneira de 0,075mm o solo predominante é tipo arenoso, para verificar a segunda
predominância é necessário verificar o ensaio de plasticidade, como foi verificado no
ensaio tátil visual a plasticidade tem características predominantes de um silte. Logo, o
solo é caracterizado como areia-siltosa. Na tabela 3 pode ser verificado que um solo do
tipo areia-siltosa possui permeabilidade de 10-5(m/s).
Tabela 03: Tipos de solo e suas respectivas permeabilidades.

Fonte: (NETO, 2013)

3.1.6 Massa Especifica

A massa especifica do solo foi obtido com base no trabalho de Augusto et.al (2017)
que realizou caracterização do solo da barragem do Açude Grande, o valor foi 2,673 𝑔/𝑐𝑚³
ou seja 2673 Kg/m³, a metodologia utilizado foi a do DNER-ME 093/94.

3.1.7 Solo do Filtro

O filtro que será utilizado no maciço do protótipo da barragem será composto


por material mais permeável que o restante do maciço, sendo caracterizado no ensaio
tátil visual como uma areia com misturas de pedregulhos, desta forma, com base na
tabela 3 o solo possui permeabilidade de 10-3 (m/s). A massa especifica desse solo
seguindo os procedimentos da NBR 6508 foi de 2561,6 kg/m³.

4.0 PERFIL ADOTADO

Para a definição inicial das dimensões do protótipo de barragem seguiu-se as


instruções do material fornecido pelo professor e de acordo com as dimensões do
recipiente em vidro que irá contê-la (aquário), de dimensões 30cm x 30 cm x 100cm.
O perfil adotado para a barragem do nosso grupo pode ser visualizado na Figura
07, juntamente com suas cotas e disposições construtivas. Devido a imposições
construtivas do aquário que a mesma será construída, esta poderia ter largura máxima de
1,0 metro e altura máxima de 25 centímetros. Levando em consideração esta altura e
inclinações iguais a 2:1 (h:v) à montante e à jusante de 1,5:1 (h:v), além de uma crista
com espessura de 10cm, temos que a barragem possuirá comprimento total de 97,5 cm.

Figura 07: Perfil adotado para a barragem.

Fonte: Os autores, 2018.

Foi adotado um filtro do tipo chaminé, com função única de drenar a água que estará
contida dentro do maciço. O filtro possuirá espessura constante de 2cm e altura de
23cm.

4.1 QUANTIDADE DE MATERIAIS

Sabendo o tipo de material que irá compor o maciço e o filtro, podemos então
fazer uma estimativa da quantidade de material (em kg) que será preciso para a
montagem da barragem, como pode se ver na Tabela 03.
Tabela 03:
Solo Área do Largura Volume Empolamento Volume solto Peso
perfil (m²) (m) total (%) (m³) (kg)
(m³)
Solo 01 0,12523 0,3 0,03757 11 0,04170 111,464
Solo 02 0,01260 0,3 0,00378 11 0,00420 10,748
Fonte: Os autores, 2018.
4.2 SIMULAÇÕES

Após a escolha do perfil, foram feitas simulações da barragem no software Slide


6.0, para serem feitas as devidas análises. Para este caso, considerou-se a existência de
um vertedouro que permitiria uma altura máxima de 96% da altura da barragem, isto é,
24 centímetros.
Foram feitas duas simulações com o software, a primeira para saber como ficará
localizada a linha do lençol freático dentro do maciço do solo, além dos próprios vetores
de fluxo. A segunda simulação feita foi a de estabilidade dos taludes de montante e
jusante, pelo método de Fellenius, ainda no software.

4.2.1 Lençol Freático

A figura 08 exibe a linha de lençol freático, além das vazões em dez pontos no
distribuídos no maciço da barragem e os vetores de fluxo.

Figura 08: Vazões em vários pontos do filtro.

Fonte: Os autores, 2018.

4.2.2 Análise de estabilidade – Talude de Montante


A figura 09 exibe a análise de estabilidade para o talude de montante da
barragem. Para melhor precisão no fator de segurança, deve-se fazer um ensaio triaxial
com o material a compor o maciço da barragem. Devido a impossibilidade deste ensaio
ser feito, foram adotados os valores default do software para coesão (1 kN/m²) e ângulo
de atrito (35º).

Figura 09: Análise de estabilidade do talude de montante.

Fonte: Os autores, 2018.

Percebe-se que para uma barragem com as dimensões e inclinações propostas,


além das respectivas condições de contorno, o talude de montante possui um fator de
segurança da ordem de 5,402. Este fator de segurança garante que não haverá
escorregamento de material à montante do maciço. Os valores de coeficiente de
segurança para os demais métodos podem ser encontrados na Tabela 04.
Tabela 04: Análise de estabilidade do talude de montante.
MÉTODO FATOR DE SEGURANÇA
Fellenius 5,402
Bishop 5,974
Janbu simplificado 5,648
Janbu corrigido 6.096
Spencer 6,156
Corps of Engineers #1 6,156
Corps of Engineers #2 4,119
Lowe-Karafiath 7,051
Morgenstern-Price 6.158
VALOR MÉDIO 5,862
VALOR MÁXIMO 7,051
Fonte: Os autores, 2018.

4.2.3. Análise de estabilidade – talude de jusante

A figura 10 exibe a análise de estabilidade para o talude de jusante da barragem.

Figura 10: Análise de estabilidade do talude de jusante.

Fonte: Os autores, 2018.


Percebe-se que, mesmo que o fator de segurança para o talude de jusante tenha
sido menor quando relacionado ao talude de montante, a barragem não terá perigo de
escorregar neste local. Dessa forma, percebe-se que a barragem terá estabilidade tanto
em sua montante quanto em sua jusante para valores de inclinações utilizados. Os
valores de coeficiente de segurança para os demais métodos podem ser encontrados na
Tabela 10.

Tabela 05: Análise de estabilidade do talude de jusante.


MÉTODO FATOR DE SEGURANÇA
Fellenius 2,848
Bishop 3,016
Janbu simplificado 2,790
Janbu corrigido 2,995
Spencer 3,008
Corps of Engineers #1 3,092
Corps of Engineers #2 3,154
Lowe-Karafiath 3,073
Morgenstern-Price 3,009
VALOR MÉDIO 2,998
VALOR MÁXIMO 3,154
Fonte: Os autores, 2018.
5.0 REFERÊNCIAS

AUGUSTO, Felipe; SALES, Francisco; FERREIRA, Icaro; SILVA, Ilg, PEREIRA,


Mara. Relatório – barragem mifis. Trabalho para a disciplina de barragens e obras de
terra do curso de Engenharia Civil da UFERSA-Caraúbas, Caraúbas, 2017.

BANCO MUNDIAL. Segurança de barragens: engenharia a serviço da sociedade.


Brasília: 2015. ISBN 978-85-88192-21-8. Disponível em:
<http://www.snisb.gov.br/portal/snisb/downloads/outros/serie-agua-brasil-do-banco-
mundial-11-seguranca-de-barragens/view>. Acesso em: 09 mar. 2018.

BRITO, Isabel Samara. Avaliação da estabilização de solos utilizando resíduos da


produção de mármore. 2017. 41 f. Monografia (graduação) - Universidade Federal
Rural do Semi-árido, Caraúbas, 2017.

CBDB – Comitê Brasileiro de Barragens. Apresentação das Barragens. 2013.


Disponível em: <http://www.cbdb.org.br/5-38/Apresentação das Barragens>. Acesso
em: 09 mar. 2018.

______DNER (1994). ME-083/98. Solos - Ensaio de Granulometria. Departamento


Nacional de Estradas e Rodagens.04p.

______DNER (1994). ME-122/94. Solos - Determinação do Limite de Liquidez -


Método de Referência e Método Expedito. Departamento Nacional de Estradas e
Rodagens.07p.

NETO, M.O. VALIDAÇÃO DE UM PERMEÂMETRO DE PAREDE FLEXÍVEL.


2013. 127 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Programa de Pós-graduação em
Desenvolvimento de Tecnologia,, Instituto de Tecnologia Para O Desenvolvimento,
Curitiba, 2013.

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