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Sérgio Ricardo da Mata, Helena Miranda Mollo & Flávia Florentino Varella (org.).

Caderno de resumos & Anais


do 2º. Seminário Nacional de História da Historiografia. A dinâmica do historicismo: tradições historiográficas
modernas. Ouro Preto: EdUFOP, 2008. (ISBN: 978-85-288-0057-9)

ÉTICA E LIDERANÇA CARISMÁTICA NO PENSAMENTO POLÍTICO DE


MAX WEBER
Walkiria Oliveira Silva1

Max Weber apresenta-se para nós como um dos grandes intelectuais alemães da
virada do século XIX para o XX. Suas obras abarcam diversos assuntos, e dentre eles,
como sabemos, a religião configura-se como um dos mais importantes. Buscamos aqui
analisar os escritos políticos de Weber, enfatizando duas características fundamentais: O
papel desempenhado pela liderança carismática e a dualidade entre a ética universal e a
ética própria da atividade política.
Max Weber, presenciava a imersão alemã em uma crise social e política. À
época de seu principal escrito sobre a política, originalmente uma conferência na
Universidade de Munique em 1918, A Política como Vocação, a Alemanha sofria com
as conseqüências desastrosas do pós – guerra. A trágica República de Weimar, a
inflação galopante e suas conseqüências, conduziram o país a um caos político,
econômico e social. Neste período o estado alemão sofria com a perda daquilo que
Weber considerava função fundamental do estado: O monopólio estatal da violência.2

Liderança carismática e ação política

Ao iniciar um dos seus principais escritos sobre a política, A Política Como


Vocação (1918), Weber logo enfatiza a importância do líder para o exercício da política.
Weber então esclarece o que entende por política:

O que entendemos por política? O conceito é extremamente amplo e compreende


qualquer tipo de liderança independente em ação. (...) Queremos compreender

1
Granduanda em História pela Universidade Federal de Ouro Preto. E-mail: walkiria_ufop@yahoo.com.br.
2
Sobre a perca do monopólio estatal da violência bem como a expansão da violência extra-estatal na
Alemanha durante a República de Weimar, ver: ELIAS, Nobert. “O declínio do monopólio estatal da
violência na República de Weimar”; “ Lúcifer sobre as ruínas do mundo”. In. ______: Os Alemães: a luta
pelo poder e a evolução do habitus nos séculos XIX e XX. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editor, 1997. pp.196-208. Sobre a relação de Max Weber com a primeira grande guerra, tanto
no aspecto pessoal, como intelectual, ver DIGGINS, Jorn. “ Subjetividade na moral, determinação na
política: Alemanha, Estados Unidos e a Primeira Guerra Mundial”. In. ______: Max Weber: A Política e
o Espírito da Tragédia. Rio de Janeiro: Record, 1999, pp. 219-239.

1
como política apenas a liderança, ou a influência sobre a liderança, de uma
associação política, e daí hoje, de um Estado3

O líder carismático, um “político de vocação”, segundo a análise weberiana, é


peça fundamental no grande jogo da política. Este líder político carismático, “por
vocação” faz da política sua vida, vive para ela. De forma geral, o carisma pode ser
definido como uma forma de agir, especificamente pessoal, no meio social. Para
Weber,o carisma não constituía uma característica apenas do mundo moderno. Pelo
contrário, as grandes lideranças carismáticas, entendidas por Weber como aquelas que
por seus dotes pessoais conseguem mobilizar as massas, estão presentes ao longo de
todo o processo histórico. Neste sentido, segundo a análise weberiana, a liderança é
capaz de manter sobre os homens um domínio carismático4, em virtude de suas
qualidades pessoais. Os homens por sua vez obedecem este líder, “não em virtude da
tradição ou lei, mas porque acreditam nele,”5pois não é a grande massa “que dá luz ao
condutor, senão que o condutor político é que procura atrair a seus partidários e obtém o
apoio da massa através da ‘demagogia’.”6
De maneira geral, a análise de Weber acerca da política repousa sobretudo na
ênfase da capacidade de agir destes grandes líderes, que “são em toda parte as únicas
figuras decisivas nas correntes cruzadas da luta política pelo poder.”7 Seguindo o
pensamento maquiaveliano, Weber também afirma que o Estado moderno se
desenvolve a partir da iniciativa de ação do príncipe. Neste sentido, podemos afirmar
que tanto no pensador florentino como em Weber, a política era um assunto destinado à
poucas personalidades independentes e com capacidade de ação e criação.
Wolfgang Mommsem, ao analisar o papel da liderança carismática na
democracia moderna, afirma existir entre o líder de tipo carismático e os homens que a
ele se aglutinam uma “crença afetiva”. Segundo o mesmo autor, o conceito weberiano

3
WEBER, Max. “A Política Como Vocação”. In. ______: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara: 1982, p. 97.
4
Há três tipos de dominação, segundo Weber: A dominação legal que impõe-se a partir de regras
racionais que se afirmam com a ajuda da burocracia ; a dominação tradicional que apoiada por um
costume já existente , pode misturar-se com a dominação legal; e por fim, a dominação carismática. É
necessário frisar que estes tipos puros de dominação não existem isolados na realidade. Essas três formas
na maioria das vezes encontram-se misturadas simultaneamente.
5
WEBER, Max. “A Política Como Vocação”. In. ______: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara: 1982, p. 100.
6
WEBER, Max. Gesammelte Politische Schrifen. Tubinga, 1971, p.20. Citado por: MOMMSEN,
Wolfgang. Max Weber: Sociedade, Política e História. Buenos Aires: Editora Alfa, 1981. p.56.
7
WEBER, Max. “A Política Como Vocação”. In. ______: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara: 1982. p. 100.

2
de autoridade, que implica um poder de ordenar e de ser obedecido, liga-se
substancialmente à personalidade do líder carismático. No entanto, não devemos,
precipitadamente, entender o vínculo entre o líder e aqueles que o seguem como algo
completamente irracional. Pelo contrário, o líder não pode deixar-se guiar apenas por
suas paixões pessoais. Embora, como bem nos aponta Mommsem, o líder seja guiado
diversas vezes por ideais “extramundanos”, exige-se deste líder, e isso é um dever de
todo político, que ele dê conta de seus atos racionalmente frente a si mesmo e àqueles
que o seguem. A personalidade deve prestar contas racionalmente dos motivos e das
conseqüências de suas próprias ações, e este compromisso, segundo Weber, não deve
ser jamais rejeitado ou transferido. 8 Por isso Weber,

[...] estava muito longe de aceitar um culto irracionalista da personalidade. Segundo


ele, a essência da personalidade consistia precisamente ‘na constância de sua relação
interna com respeito a determinados ‘valores’ e ‘significados’ de vida últimos’ e não
no entregar-se aos sentimentos do momento ou abandonar-se a vivências pessoais.
[...] a condição metódico-racional da vida sobre a base da decisão responsável entre
as diferentes séries de valores possíveis em um momento era condição prévia para
uma verdadeira personalidade. [...] O comportamento racional, a honestidade
intelectual em todo momento da vida, [...] se encontram em primeiro plano.9

No entanto isso não significa que o líder não possua autonomia. Ora, esta última
é uma de suas principais características. Embora devesse portar essa
“autoresponsabilidade”, o líder político carismático, tal como o príncipe de Maquiavel,
devia seguir suas próprias convicções para conquistar e manter o povo a seu lado.
O líder possui o poder de conduzir, nas palavras de Weber, o
“leme da história”. O líder carismático em ação, carrega em suas mãos a
possibilidade de interromper o devir histórico e criar uma nova realidade social.
Segundo Mommsem esta pode ser considerada a principal função das grandes figuras
carismáticas. Os líderes carismáticos, “em virtude de sua capacidade para professar
valores e declará-los obrigatórios para si mesmos e para os demais, podem impor metas

8
Aqui entra a relação da personalidade e da ciência. A ciência não é capaz de dotar de sentido a vida, mas
constitui-se em instrumento para a solução de problemas práticos e em um meio para orientar-se
racionalmente no mundo. A ciência auxilia a personalidade em ação, clareando as conseqüências dos seus
atos. Sobre isso ver: WEBER, Max. “A Ciência como Vocação”. In. ______: Ensaios de Sociologia. Rio
de Janeiro: Editora Guanabara, 1982. p. 177. Ver também: WEBER, Max. A “objetividade” do
conhecimento nas ciências sociais. Edição organizada por Gabriel Cohn. São Paulo: Ática, 2006.
sobretudo as págs. 13-20.
9
MOMMSEN, Wolfgang. Max Weber: Sociedade, Política e História. Buenos Aires: Editora Alfa, 1981.
p.127.

3
ao acontecer social.”10 Neste sentido, o líder carismático, como afirma Mommsem, tem
o poder de fazer com que ideais “extramundanos” transformem-se em valores
“intramundanos”, pois, as grandes transformações sociais possuem raízes

[...]‘mais além’ ou ‘fora do cotidiano’. Ao começo de novos desenvolvimentos [...]


se encontra sempre o recurso ao utópico. Apenas uma atitude espiritual que
consequentemente se orienta por determinados valores ‘fora do cotidiano’, com
respeito aos quais o indivíduo, enquanto pessoa, se sente obrigado, pode
proporcionar [...] energia necessária para fazer explodir no recinto do mundo
cotidiano [as transformações sociais]11

Logo podemos concluir que o líder carismático possui grande influência no


desenrolar histórico. De caráter propriamente individual, e quando associado à ação
política, o líder carismático pode promover uma mudança radical na maneira de encarar
bem como de agir na política, transformando de forma radical a realidade política de seu
Estado.
Há ainda um aspecto importante no pensamento weberiano em relação à
liderança carismática, embora esse não seja o espaço adequado para analisá-lo. No
entanto, faz-se importante tecer algumas linhas sobre a relação da liderança com aquilo
que Weber considerou uma das características do mundo moderno ocidental: a crescente
burocratização da vida.
Para Weber, o avanço do conhecimento científico, bem como a crença em seu
progresso, fez com que o mundo passasse por um processo de racionalização nunca
antes visto. E em um mundo dominado pela racionalização, “não há forças misteriosas
incalculáveis, [..] podemos, em princípio, dominar todas as coisas pelo cálculo. Isso
significa que o mundo foi desencantado.”12 Para Weber, a progressiva burocratização da
sociedade, aliada ao “desencantamento do mundo”, acarretava uma redução drástica das
liberdades individuais, e portanto, poderia inviabilizar a ação de grandes líderes
carismáticos. O fenômeno da burocratização representava um perigo à atividade do
“político por vocação” e dava espaço para surgir no campo da política, homens que

10
Idem, p. 126. Mommsem destaca a importância de se comparar essa característica do líder carismático
com as idéias de Friedrich Nietzsche. Segundo Mommsem, “A concepção nietzscheana segundo a qual a
tarefa dos grandes indivíduos é impor novos valores na sociedade, sem preocupar-se com os valores
tradicionalmente transmitidos, encontra continuação direta na ‘ética decisionista da responsabilidade’ de
Max Weber”. (p. 126).
11
MOMMSEN, Wolfgang. Max Weber: Sociedade, Política e História. Buenos Aires: Editora Alfa,
1981. p.140.
12
WEBER, Max. “A Ciência como Vocação”. In. ______: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara, 1982. p. 165.

4
faziam da política sua profissão. Neste contexto, a política sofreria com uma falta de
condução, ou seja, de seu propulsor, o líder. Mommsen enfatiza ainda o fato de que o
avanço do “desencantamento do mundo” ameaçava as fontes “extramundanas” de onde
a personalidade carismática extraía suas forças para transformar sua realidade.
No entanto, mesmo na política racionalizada, dominada por partidos altamente
burocratizados e dominados por “políticos profissionais” e administrados como uma
empresa capitalista, Weber enxerga na liderança carismática um meio para diminuir os
impactos da racionalizaçao.

O carisma baseia seu poder na fé na Revelação e nos heróis, na convicção


emocional da importância e do valor de uma manifestação de tipo religioso, ético
– artístico, científico, político ou de qualquer outra natureza, no heroísmo, seja o
do ascetismo ou o da guerra, na sabedoria do juiz, nos dotes mágicos, ou de
qualquer outro tipo. Esta fé revoluciona ‘desde dentro’ aos homens e busca
conformar as coisas e os ordenamentos de acordo com sua vontade revolucionária.
[...] Se encontra [o líder carismático] em franca oposição como todas as ordens
burocráticas e tradicionais e no geral as elimina [...] na medida em que não pode
colocá-las a seu serviço.13

Há em Weber um realismo, que às vezes chega a ser cruel, quando analisa a


política. A falta de liderança política talvez tenha sido o ponto que mais tocou estes dois
autores, devido à realidade política em que viveram. Weber presenciou um período
crítico de seu Estado. A República de Weimar, uma Alemanha sem líderes políticos,
entregue ao caos econômico e social do pós-guerra. Porém, o líder político, enfrenta,
solitário, um dilema que fundamental que cercará todas as suas ações: sua relação
conflituosa com a ética.

Ética e Política : Um Dilema Fundamental

Para Max Weber o campo político é o lugar onde se dá a luta pelo poder, e onde
homens dominam outros homens. É no campo da política onde explodem forças sociais
contraditórias, e o mais importante, é o lugar da renovação social.
Assim, o Estado possuía uma característica primordial: Cabia e ele o direito de
usar a violência dentro de um determinado território. Da mesma forma que Maquiavel,

13
WEBER, Max. Wirtschaft und Gesellschaft. Tubinga, 1956, p. 66. Citado por: MOMMSEN,
Wolfgang. Max Weber: Sociedade, Política e História. Buenos Aires: Editora Alfa, 1981. p.143-144.

5
também Weber afirma que todo Estado se funda no força. A violência é um instrumento
específico do Estado14.

[...] o Estado é uma comunidade humana que pretende, com êxito, o monopólio do
uso legítimo da força física dentro de um determinado território [...] ‘território’ é
uma das características do Estado. [...] o direito de usar a força física é atribuído a
outras instituições ou pessoas apenas na medida em que o Estado o permite. O
Estado é considerado como a única fonte do ‘direito’ de usar a violência. Daí
‘política’, [...] significar a participação no poder ou a luta para influir na distribuição
de poder, seja entre Estados ou entre grupos dentro de um Estado.15

Todavia, a autoridade de um líder político não pode apoiar-se somente na força.


Grande parte da eficácia de um líder político deriva, como já foi dito acima, de seu
poder pessoal –de seu carisma - de manter o povo a seu lado, para assim manter a
estabilidade de seu poder e promover a transformação social. O líder político deve
contar, por parte de seus seguidores, com uma predisposição voluntária a obedecer, que
advém, de certa maneira, através reconhecimento, aceitação e identificação com a nova
ordem estabelecida por ele estabelecida. Entretanto, para isso o líder enfrenta um
dilema atormentador: como manter o poder e ao mesmo tempo obedecer a moral
estabelecida como correta?
Para Weber, a ética política precisa ser compreendida fora da moral comum,
constituindo-se portanto em uma ética especial.
Weber opõe-se , quando trata da ação política, às virtudes da moral cristã. Para o
pensador, estas podem dar sentido à vida humana individual, mas não pode auxiliar na
conservação do poder por parte de um líder. As necessidades da realidade concreta não
podem estar vinculadas à ideais além da realidade, porque o que é bom para o
indivíduo, nem sempre o é também para o Estado.
Para Weber, toda ação política de um líder deve se voltar para alcançar
resultados, e, neste sentido, o que importa é a eficácia da ação, e a correspondência
entre meios e fins. Weber faz uma diferenciação entre dois tipos de moral. Assim,
Weber faz uma distinção entre a ética da convicção (ou dos fins últimos) e a ética da
ação política, chamada por ele de ética da responsabilidade.

14
A soberania de um Estado depende em grande medida da eliminação de ameaças internas e externas. O
Estado não pode sofrer com invasões estrangeiras, e deve manter a unidade interna. Só quando a paz
externa e interna é garantida pode-se falar em Estado e em poder estável. Isso é válido tanto para
Maquiavel quanto para Weber.
15
WEBER, Max. “A Política como Vocação”. In. ______: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara, 1982. p. 98.

6
O líder político tem por obrigação, segundo Weber, ser responsável pelas
conseqüências de suas ações. Por isso, o líder deve prever as conseqüências que sua
ação política16, pode acarretar. 17
Além disso, o líder dever prestar contas frente aos
seus seguidores dos motivos da sua ação, bem como daquilo que dela é conseqüência.
Neste sentido, o líder choca-se com a responsabilidade de suas escolhas, entre o que
será benéfico ou não para o Estado, tendo a consciência de que
[...] quem se dedica à política, ou seja, ao poder e força como um meio, faz um
contrato com as potencias diabólicas, e pela sua ação se sabe que não é certo que o
bem só pode vir do bem e o mal só pode vir do mal, mas que com freqüência ocorre
o inverso. Quem deixar de perceber isso é, na realidade, um ingênuo em política.18

Para Weber, uma única ética não poderia dar sentido a todas as atividades da
19
vida . Ora, “[...] qualquer ética do mundo poderia estabelecer mandamentos de
conteúdo ideal para as relações eróticas, comerciais, familiares e oficiais; para as
relações com nossa mulher, como o verdureiro, o filho, o réu?”20. Weber opõe-seaos
ideais cristãos universais de moral guiada para fins últimos situados para além da
realidade. A ética do amor incondicional não pode estar presente na condução da
política de um Estado, pois não é possível tomar decisões importantes na realidade
concreta, a partir destes valores. A atividade política conduzida pela ética da
responsabilidade distingue-se, de maneira geral, do comportamento social que coloca
como modelo certos ideais éticos de comportamento.

16
John Patrick Diggins define ação política em Weber como “ a reinvidicação deo direito de dominar um
território, e de poder [...] recorrer ao uso da força contra a vontade de um adversário.” Cf. : DIGGINS.
John Patrick. “Subjetividade na moral, determinação na política: Alemanha, Estados Unidos e a Primeira
Guerra Mundial”. In. ______ : Max Weber: A política e o espírito da tragédia. Rio de Janeiro: Record,
1999, p. 226.
17
Como foi dito acima, aqui entra a relação do líder com o conhecimento científico. Ver nota de rodapé
25.
18
WEBER, Max. “A Política como Vocação”. In. ______: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara, 1982. p. 147.
19
Aqui podemos fazer uma aproximação entre o pensamento de Weber com as idéias de Peter Berger e
Thomas Luckmann. Para estes dois autores há, no mundo moderno, uma pluralidade de sentido que leva o
indivíduo a uma desorientação. Com o advento do mundo moderno não é mais possível que uma única
ética abarque toda a realidade. Por isso, cada área da vida acaba sendo guiada por uma ética própria. Cf:
BERGER, P. L.; LUCKMANN, T. Modernidade, Pluralismo e Crise de sentido: A orientação do homem
moderno. Petrópolis: Editora Vozes, 2004.
20
WEBER, Max. “A Política como Vocação”. In. ______: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara, 1982. p. 142.

7
Referências Bibliográficas:

DIGGINS, Jorn. “ Subjetividade na moral, determinação na política: Alemanha, Estados


Unidos e a Primeira Guerra Mundial”. In. ______: Max Weber: A Política e o Espírito
da Tragédia. Rio de Janeiro: Record, 1999.

DINIZ, Eli. “Ética e Política”. In. ______: Revista de Economia Contemporânea. nº. 5,
jan. - jun., 1999.

MOMMSEM, Wolfgang. Max Weber: Sociedad, Política e Historia. Buenos Aires:


Editora Alfa, 1981.

MAYER, Jacob Peter. Max Weber e a Política Alemã: Um estudo de sociologia


política. Tradução de Ana Cândida Perez. Brasília: Editora Universidade de Brasília,
1985.

WEBER, Max. “A Política como Vocação”. In. ______: Ensaios de Sociologia. Rio de
Janeiro: Editora Guanabara: 1982.

WEBER, Max. “A Ciência como Vocação”. In. ______: Ensaios de Sociologia. Rio de
Janeiro: Editora Guanabara: 1982.

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