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• BIOQUIMICA DA NUTRIÇÃO
 INTRODUÇAO AO
METABOLISMO
ESTUDO DOS CARBOIDRATOS
Parte 2
Andréa Fernanda Lopes 1
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS

Andréa Fernanda Lopes 2


Digestão e absorção de carboidratos

• Slide 47 – digestão e absorção dos ch

Silverthorn, 2003. Andréa Fernanda Lopes 3


Mecanismos de absorção
Vias de transporte através da membrana celular

Silverthorn, 2003. Andréa Fernanda Lopes 4


TRANSPORTE DE GLICOSE NAS CÉLULAS

LEVY,2000.

Andréa Fernanda Lopes 5


TRANSPORTE DE GLICOSE NAS CÉLULAS

Pouco expressa no tecido muscular e fígado

p/galactose, manose e frutose

DAN, 2006.

GLUT-3: cérebro, rim, placenta, espermatozóides.


GLUT-5:jejuno, rins, músculo esquelético, adipócitos,
barreira hematoencefálica, espermatozóides.
Principal transportador de frutose.
Andréa Fernanda Lopes 6
TRANSPORTE DE GLICOSE NAS CÉLULAS

GLUT-1: manutenção da glicemia


GLUT-2: mecanismo sensor da glicemia pelas células
 do pâncreas
GLUT-4: geração de obesidade

Andréa Fernanda Lopes 7


Secreção e absorção no trato gastrintestinal

Andréa Fernanda Lopes 8


METABOLISMO
• Os organismos, para manterem-se vivos e
desempenharem diversas funções biológicas
necessitam constantemente de energia.
• Fototróficos – luz solar
• Quimiotróficos – oxidam compostos
encontrados no meio ambiente
• Quimiorganotróficos – necessitam oxidar
substâncias organicas.

Andréa Fernanda Lopes 9


Metabolismo
Compreende todo o processo de
obtenção, armazenamento, e utilização
de energia, e a transformação de
precursores obtidos do meio em
compostos característicos de cada
organismo feito através de uma
intricada rede de reações quimicas

Andréa Fernanda Lopes 10


METABOLISMO
• Os nutrientes, ao serem oxidados, perdem
protons e eletrons (H+ e e-) e têm seus
átomos de carbono convertidos a CO2

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ESQUEMA SIMPLIFICADO DO PROCESSO DE OBTENÇÃO
DE ENERGIA EM ORGANISMOS
QUIMIOROGANOTRÓFICOS

CARBOIDRATOS
LIPÍDIOS
PROTEÍNAS

COENZIMAS ATP + H2O


(oxidadas)
CO2 (H+ + e-)

COENZIMAS (H+ + e-) O2 + ADP + Pi


(reduzidas)

Andréa Fernanda Lopes 12


Metabolismo
• Os alimentos são compostos
principalmente por 3 tipos de
substâncias orgânicas – carboidratos,
proteínas e lipídios- que, por
constituirem, em massa, os componentes
mais importantes da dieta, são
chamados macronutrientes

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Macronutrientes
• No processo digestivo, os
macronutrientes são degradados até
suas unidades constituintes:
Carboidratos .................... Glicose
Lipídies ........................... Ácidos Graxos
Proteínas ........................ Aminoácidos

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Metabolismo dos compostos – visão
integrada – Questões pertinentes
• É obrigatória a ingestão de carboidratos,
lipídios e proteínas, já que o organismo contém
os três tipos de compostos?
• Algum destes compostos podem ser
sintetizados à partir de outro?
• Se este for caso, quais os tipos de compostos
imprescindíveis na dieta? (análise da
possibilidade de interconversão dos
diferentes tipos de nutrientes)

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MAPA SIMPLIFICADO DO METABOLISMO
CARBOIDRATOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS

GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS

Asp Ala Ile Glu


Cys Leu
Gly Lys
Ser Phe

Piruvato (3)

Acetil-CoA (2)
CO2
CO2

Oxaloacetato (4) Citrato (6)

Malato (4) Isocitrato (6)

CO2

Fumarato (4) α- Cetoglutarato (5)

CO2
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Succinato (4)
Conversões possível
Conversões Possível? Etapas
a. Proteína  Glicose sim Ala, Cys, Ser, Gly  Piruvato 
Glicose
E
Asp  Oxaloacetato  Piruvato
 Glicose
b. Proteína  Ácido graxo Sim Ala, Cys, Ser, Gly  Piruvato 
Acetil--CoA  Ácido graxo
Acetil
E
Ile, Leu, Lys, Phe  Acetil
Acetil--CoA 
Ácido graxo
c. Glicose  Ácido graxo Sim Glicose  Piruvato  Acetil
Acetil--CoA
 Ácido graxo
d. Glicose  Proteína Não

e. Ácido graxo  Glicose Não

f. Ácido graxo  Proteína Não


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Macronutrientes

Macronutriente Pode originar


Proteínas Carboidratos, ácidos graxos
Carboidratos Ácido graxos
Lipídios -

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EXCESSO OU JEJUM

Andréa Fernanda Lopes 19


METABOLISMO

Andréa Fernanda Lopes 20


METABOLISMO

Andréa Fernanda Lopes 21


METABOLISMO

Silverthorn, 2003.

Andréa Fernanda Lopes 22


VIA GLICOLÍTICA

Investimento

Produção

Pamela,2000.
1 NADH = 3 ATP
 1 FADH2 = 2 ATP
Andréa Fernanda Lopes
Stryer,1996. 23
GLICÓLISE ANAERÓBIA

HEMÁCIAS
CÓRNEA OCULARES
MEDULA RENAL
TESTÍCULOS
LEUCÓCITOS

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CICLO DE KREBS

Andréa Fernanda Lopes


Stryer,1996. 25
CICLO DE KREBS

DAN, 2006. Andréa Fernanda Lopes 26


ESTÁGIOS DO CICLO DE KREBS

DAN, 2006.

Estágio I: união do acetil-CoA com o carreador


oxaloacetato (reação 1)
Estágio II: quebra do carreador (reações 2 a 5)
Estágio III: regeneração do carreador (reações
6 a 8) Andréa Fernanda Lopes 27
Andréa Fernanda Lopes 28
Champe, 2009
REGULAÇÃO DO CICLO DE KREBS

A GLICOSE FORNECE PARA A


LIPOGÊNESE:

Acetil CoA: para formação de ácidos graxos


Glicerol: para síntese de Triacil-glicerol
NADPH: ciclo das pentoses (coenzima para
biossíntese de ácidos graxos)

 FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA

DAN,
Andréa Fernanda Lopes 2006. 29
GLICÓLISE ANAERÓBIA

Reação produtora de energia emergencial, quando a


quantidade de O2 disponível for um fator limitante:

• Eritrócitos – porque não possuem mitocôndrias;


• Músculo esquelético ativo – quando o metabolismo
oxidativo não consegue suprir a demanda de energia
muscular;
• Cérebro - porque a glicose é seu principal combustível.

Andréa Fernanda Lopes 30


CICLO DE CORI

CICLO DE CORI

Normal - 1mmol/L pH sanguíneo normal – 7,35-7,45

Hiperlacticemia - 5mmol/L
Acidose láctica (exercício intenso, hipóxia tecidual,
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choque hemorrágico, infarto do miocárdio)
GLICOGÊNIO HEPÁTICO E MUSCULAR

DAN,2006
Andréa Fernanda Lopes 32
Síntese do Glicogênio
 É o processo bioquímico que transforma glicose
em glicogênio.
Tipo de reação??
 Ocorre em todos os tecidos dos animais, mas é
proeminente no fígado e músculo.
 O fígado armazena o excesso de carboidratos na
forma de glicogênio para enviar, pelo sangue aos
outros tecidos a glicose quando necessário.
 O músculo armazena glicose apenas para o seu
uso, para consumo próprio, e só utiliza durante o
exercício quando há necessidade de energia
rápida. No repouso, a preferência é pelos lipídios
justamente para manter a reserva de glicogênio.
Andréa Fernanda Lopes 33
Glicogênese

• O glicogênio é uma fonte imediata de glicose


para os músculos quando há diminuição de
glicose sanguínea (hipoglicemia).

• O glicogênio fica disponível no fígado e


músculos, sendo consumido totalmente cerca
de 24 h após a última refeição.
Andréa Fernanda Lopes 34
.

O substrato para a síntese de glicogênio é a


UDP-Glicose, sintetizada à partir da Glicose-1-
P, geralmente proveniente da Glicose-6-P da
Glicólise ( por ação da Fosfoglicomutase)

Ocorre a incorporação da Uridina-tri-fosfato


(UTP) que proporciona a ligação entre o C1 de
uma molécula com a C4 de outra ( por ação da
enzima glicogênio sintase)formando uma
maltose inicial que logo será acrescida de
outras; formando um polímero
Andréa Fernanda Lopes 35
Glicogênese

Fosfoglicomutase

Glucose-1-phosphate
Glucose-6-phosphate

Glicogênio sintase

Uridine diphosphate glucose


Glycogen Andréa Fernanda Lopes 36
Glicogênese
• A enzima que aproveita a glicose , liberando UDP é a
glicogênio sintase. Esta enzima necessita de um
primer, um resíduo por onde começar, que deve ser
formado por pelo menos 4 moléculas de glicose.
• A proteína glicogenina é a responsável por esta
pequena cadeia.
• A ela se liga o primeiro resíduo de glicose
• Formado o primer, a Glicogênio sintase se liga à cadeia
e à glicogenina (que permanece unida àquele primeiro
resíduo de glicose) estendendo a cadeia.
• Quando o glicogênio estiver grande o bastante, a
enzima Glicogênio sintase é deslocada e a glicogenina
permanece.
37
Andréa Fernanda Lopes
Andréa Fernanda Lopes Champe, 2009 38
ligação -1,4
ligação -1,6

P P Uridina

UDP glicose

UDP glicose
pirofosforilase P P P P Uridina
+
P P glicose Uridina trifosfato
1 fosfato (UTP)
Síntese
Andréa Fernanda Lopesdo glicogênio 39
Degradação do Glicogênio - Glicogenólise
• O glicogênio pode ser degradado
enzimaticamente para obtenção de glicose
para entrar nas rotas oxidativas visando a
obtenção de energia.

Tipo de reação??

• A glicogenólise possui controle endócrino


Andréa Fernanda Lopes 40
Degradação do Glicogênio - Glicogenólise
• Na degradação do glicogênio se dá a retirada
repetida de unidades de glicose `a partir das
extremidades não redutoras pela enzima
Glicogênio Fosforilase.

• Ao quebrar as ligações glicosídicas, do tipo alfa 1-


4 a enzima adiciona um fosfato a molécula na
posição C1, após a ação da enzima
Fosfoglicomutase para a conversão de Glicose-1-P
em Glicose-6-P. Assim, quando a glicose que
entra na via glicolítica deriva do GLICOGENIO, as
reações já iniciam à partir de Glicose-6P.
Andréa Fernanda Lopes 41
Champe, 2009
Andréa Fernanda Lopes 42
Glicogenólise
• Este tipo de quebra, que ocorre na
MOBILIZAÇAO INTRACELULAR DE
CARBOIDRATOS, é dita Fosforólise, sendo
portanto diferente da hidrólise que ocorre na
degradação intestinal.

Andréa Fernanda Lopes 43


Degradação de Glicogênio

Andréa Fernanda Lopes 44


GLICOGÊNESE E GLICOGENÓLISE

hepatócitos

Andréa Fernanda Lopes 45


CONTROLE HORMONAL
DO METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS

• INSULINA
• GLUCAGON
• ADRENALINA
• HORMÔNIO TIROIDIANO
• GLICOCORTICÓIDES
• GH

Andréa Fernanda Lopes 46


GLICONEOGÊNESE
É o mecanismo pelo qual se produz glicose
por meio de conversão de compostos
aglicanos (não açúcares e não carboidratos).

A maior parte é realizada no figado e uma


menor parte no córtex dos rins.

Os precursores não glicídicos: lactato,


aminoácidos e glicerol.
Andréa Fernanda Lopes 47
GLICONEOGÊNESE
Quando há deficiência do suprimento de glicose
pela dieta ou por dificuldade na sua absorção
pelas células, a glicose pode ser produzida
endogenamente a partir de outros substratos
Isso é importante para certos tecidos como
células nervosas e para os eritrócitos que
necessitam continuamente de energia. Por outro
lado, o fígado utiliza intensamente essa via para
conversão do lactato em glicose.
Andréa Fernanda Lopes 48
GLICONEOGÊNESE
• A maioria dos tecidos é capaz de suprir
necessidades energéticas através de vários
compostos: aminoácidos, açucares, ácidos graxos.
Mas alguns tecidos usam apenas GLICOSE como
fonte de energia = CÉREBRO.

• Para que o suprimento de glicose não seja


interrompido, o organismo lança mão de
mecanismos que se destinam a preservar o nível de
glicose circulante, mesmo quando em jejum

Andréa Fernanda Lopes 49


GLICONEOGÊNESE
• Quando a concentração de glicose circulante
vinda da alimentação vai diminuindo, o glicogênio
hepático vai sendo degradado fazendo com que a
glicemia volte a valores normais. Mas o
Glicogênio hepático é insuficiente para conseguir
manter a concentração de glicose normal por um
período muito longo.

• Assim, será acionada uma outra via, a da síntese


da Glicose, onde a mesma será formada à partir
de não carboidratos, mas também de
aminoácidos, lactato e glicerol

Andréa Fernanda Lopes 50


GLICONEOGÊNESE
• É uma importante via, equivalente à Glicólise.

• É uma via anabólica central, diferente da Glicólise,


apesar do número de enzimas em comum.

• O ponto de diferença (ditos os 3 desvios da


neoglicogênese) estão justamente nas enzimas
regulatórias ( que são pontos irreversíveis da glicólise)
e permitem uma regulação coordenada e recíproca.
• HEXOQUINASE, FOSFOFRUTOQUINASE e PIRUVATO
QUINASE

Andréa Fernanda Lopes 51


GLICONEOGÊNESE
• Durante o jejum, toda a glicose deve ser
sintetizada à partir desses precursores não-
glicidicos.
• A maioria dos precursores deve entrar no Ciclo
de Krebs em algum ponto para ser convertida
em oxaloacetato.

• O oxaloacetato é o material de partida para


a gliconeogênese.
Andréa Fernanda Lopes 52
GLICONEOGÊNESE
• Como o piruvato pode ser proveniente também
da fermentação, a entrada se dá via lactato.
• Além do piruvato e lactato, os pontos de entrada
são: intermediários do Ciclo do Ácido Cítrico,
aminoácidos glicogênios (por produzirem
diretamente Piruvato ou qualquer intermediário
do CAC) e o Glicerol.

• Acetil CoA jamais pode ser convertido a glicose,


contribuindo apenas para o fornecimentode
energia e NADH. Daí a importancia desta via:
fornecer glicose para as celulas que não são
capazes de utilizar lipidios como fonte de energia:
eritrócitos, neurônios..
Andréa Fernanda Lopes 53
A GLICONEOGÊNESE não é o contrário da
glicólise, as reações diferentes estão
indicadas nas caixas

Estes passos são os mesmos da glicólise, mais


no sentido contrário

Na glicólise é utilizada a enzima


fosfofrutocinase (PFK1), e requer de ATP

Na glicólise é utilizada a enzima hexocinase, e


requer de ATP

Andréa Fernanda Lopes 54


GLICONEOGÊNESE
São indicados os átomos de
carbono e os grupos fosfato

Estes passos são os mesmos da


glicólise, mais no sentido contrário

Andréa Fernanda Lopes 55


Citossol

Mitocôndria
Transp. de
Malato
MALATO
(4C)

Malato (4C) Oxaloacetato (4C)


Ciclo de Krebs
Fosfoenol
GTP
piruvato carboxici
Oxaloacetato (4C) GDP nase
+ Pi
ADP + Pi
CO2
ATP Piruvato
carboxilase Fosfoenol-piruvato
CO2 (3C)
Piruvato (3C)
Transp. de
PIRUVATO

Gliconeogênese

Piruvato Andréa Fernanda Lopes 56


Champe, 2009
Andréa Fernanda Lopes 57
GLICONEOGÊNESE

Níveis glicêmicos:

Normal : 70 a 90mg/100ml
Hiperglicemia > 120mg/100ml
Hipoglicemia < 70mg/100ml
Andréa Fernanda Lopes 58
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EXCESSO OU JEJUM

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