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U F R N

ESTUDO DE PUNÇÃO EM LAJES – MODELOS TEÓRICOS E


ANÁLISE EM CÓDIGOS COMPUTACIONAIS

JONATHAN WILLIAM LEÃO CAVALCANTE

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


(MODALIDADE - MONOGRAFIA)

NATAL-RN
2016
II

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE


CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

JONATHAN WILLIAM LEÃO CAVALCANTE

ESTUDO DE PUNÇÃO EM LAJES – MODELOS TEÓRICOS E


ANÁLISE DE CÓDIGOS COMPUTACIONAIS

Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade


Monografia, submetido ao Departamento de Engenharia
Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
como parte dos requisitos necessários para a obtenção
do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientadora: Profª. Drª. Selma Hissae Shimura da


Nóbrega.
Coorientador: Prof. Dr. Petrus Gorgônio Bulhões da
Nóbrega.

NATAL/RN, 31 DE MAIO DE 2016


III
IV

AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter sempre me guiado e aberto as portas em meus caminhos, dando-me
saúde e força para superar as dificuldades e alcançar minhas aspirações.

Aos meus pais, Michaele Leão e Wilton Vasconcelos e minha avó, Marilene Leão, por
todo amor, incentivo e apoio, além de tudo o que sempre fizeram por mim, satisfazendo-se em
apenas presenciar minhas realizações.

A Letícia de Lima, por estar sempre disposta a me apoiar e confortar nos momentos
difíceis, tentando sempre tornar este percurso mais agradável.

Aos meus orientadores, Petrus Gorgônio Bulhões da Nóbrega e Selma Hissae Shimura
da Nóbrega, por toda a atenção e suporte, além da paciência na orientação, tornando possível
a conclusão desta monografia.

A todos os meus amigos, que sempre torceram pelo meu sucesso, especialmente
Arquimedes Ataliba, Leonardo Pinheiro, Valdir Medeiros e Wanderley Figueiredo por
partilharem comigo maior parte dos momentos de graduação.

A todos os meus professores e servidores do DEC, sempre dispostos a ajudarem da


melhor forma possível, sanando minhas dúvidas e visando meu crescimento pessoal e
profissional.

E a todos que fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.


V

Sumário

RESUMO ............................................................................................................................... VII


ABSTRACT .......................................................................................................................... VIII
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 1
1.1 Tema e motivação ........................................................................................................ 1
1.2 Objetivo ....................................................................................................................... 4
1.3 Organização do trabalho .............................................................................................. 5
1.4 Metodologia ................................................................................................................. 5
1.5 Perspectiva histórica .................................................................................................... 6
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 9
2.1 Fatores que influenciam na resistência à punção ......................................................... 9
2.1.1 Influência da espessura da laje ............................................................................... 10
2.1.2 Influência das dimensões, formato e posição do pilar ........................................... 10
2.1.3 Influência da resistência do concreto ..................................................................... 12
2.1.4 Influência da excentricidade da carga .................................................................... 12
2.1.5 Influência da taxa de armadura de flexão............................................................... 12
2.1.6 Influência do uso de armadura transversal ............................................................. 12
2.1.7 Influência do efeito escala ...................................................................................... 13
2.2 Normas técnicas e suas formulações ......................................................................... 13
2.2.1 NBR 6118:2014...................................................................................................... 13
2.2.2 ACI 318M-2011 ..................................................................................................... 17
2.2.3 EUROCODE 2-2010 .............................................................................................. 21
2.2.4 Comparação qualitativa entre as normas ................................................................ 25
2.3 Metodologia utilizada pelo software AltoQI Eberick ................................................ 26
2.4 Metodologia utilizada pelo software CAD/TQS ....................................................... 27
3 ESTUDOS DE CASO E ANÁLISE DOS RESULTADOS .......................................... 29
3.1 Considerações adotadas ............................................................................................. 29
3.2 Resultados do pilar P5 (Pilar interno) ........................................................................ 33
3.2.1 d=14 cm .................................................................................................................. 33
3.2.2 d=16 cm .................................................................................................................. 33
3.2.3 d=18 cm .................................................................................................................. 34
3.2.4 d=20 cm .................................................................................................................. 34
3.2.5 d=22 cm .................................................................................................................. 35
3.2.6 d=24 cm .................................................................................................................. 35
3.2.7 d=26 cm .................................................................................................................. 36
3.3 Resultados do pilar P2 (Pilar intermediário) .............................................................. 36
VI

3.3.1 d=14 cm .................................................................................................................. 36


3.3.2 d=16 cm .................................................................................................................. 37
3.3.3 d=18 cm .................................................................................................................. 37
3.3.4 d=20 cm .................................................................................................................. 38
3.3.5 d=22 cm .................................................................................................................. 38
3.3.6 d=24 cm .................................................................................................................. 39
3.3.7 d=26 cm .................................................................................................................. 39
3.4 Resultados do pilar P5 para . ........................................................................ 40
3.4.1 d=14 cm .................................................................................................................. 40
3.4.2 d=16 cm .................................................................................................................. 40
3.4.3 d=18 cm .................................................................................................................. 41
3.4.4 d=20 cm .................................................................................................................. 41
3.4.5 d=22 cm .................................................................................................................. 42
3.4.6 d=24 cm .................................................................................................................. 42
3.4.7 d=26 cm .................................................................................................................. 43
3.5 Resultados do pilar P2 para . ........................................................................ 43
3.5.1 d=14 cm .................................................................................................................. 43
3.5.2 d=16 cm .................................................................................................................. 44
3.5.3 d=18 cm .................................................................................................................. 44
3.5.4 d=20 cm .................................................................................................................. 44
3.5.5 d=22 cm .................................................................................................................. 45
3.5.6 d=24 cm .................................................................................................................. 45
3.5.7 d=26 cm .................................................................................................................. 45
3.6 Análise dos resultados ................................................................................................... 46
3.6.1 Análise comparativa entre os resultados obtidos por cada norma ......................... 46
3.6.2 Pilar P5 ................................................................................................................... 46
3.6.3 Pilar P2 ................................................................................................................... 49
4 ANÁLISE DOS SOFTWARES .................................................................................... 52
4.1 AltoQI Eberick ........................................................................................................... 52
4.2 CAD/TQS .................................................................................................................. 53
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 56
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 57
VII

RESUMO

O sistema estrutural composto de lajes apoiadas diretamente sobre pilares, sem


utilização das vigas para transferência dos esforços, denominadas lajes lisas ou planas, é um
sistema bastante difundido e aceito no meio técnico devido às diversas vantagens em relação
ao sistema convencional de lajes sobre vigas, principalmente em situações de projetos
arquitetonicamente diferenciados. O objetivo deste trabalho foi o de analisar as diferenças
obtidas com a utilização da norma brasileira, americana e européia para projeto de estruturas
de concreto armado nas verificações à punção dos casos mais usuais da prática de projetos
estruturais, além de também fazer uma análise comparativa entre os resultados obtidos através
dos softwares nacionais mais utilizados pelo meio técnico para esse tipo de projeto, o AltoQI
Eberick e o CAD/TQS, com os obtidos através da norma brasileira, a fim de verificar e
explicitar a causa de possíveis diferenças nos resultados. Para obtenção dos dados necessários,
foram realizadas 168 verificações à punção em 21 configurações distintas de lajes, além de 35
análises computacionais para verificação dos softwares. Os resultados mostraram uma grande
variação nos valores obtidos por cada norma, para cada configuração diferente de laje, fato
atribuído aos diferentes fatores e limitações considerados por cada um dos modelos utilizados
nas formulações, de forma que não há como classificar cada modelo como mais ou menos
conservador. Já com relação aos softwares percebeu-se que o AltoQI Eberick resulta em
valores iguais aos obtidos através da norma brasileira, enquanto que o CAD/TQS, por utilizar
um modelo de cálculo distinto, resulta em valores diferentes dos preconizados por essa norma.

Palavras-chave: Punção; Lajes; Lajes lisas; Concreto armado.


VIII

ABSTRACT

The structural system composed of slabs directly supported by the columns, without
beams for straining transfers, named flat slabs, is a very widespread and well accepted system
by the technical community due to the various advantages over the conventional system of
slabs supported by beams, especially in situations of architecturally differentiated projects.
The objective of this study was to analyze the differences obtained with the use of the
Brazilian, American and European codes for designs of reinforced concrete structures in the
punching shear verifications of the mostly common cases of the practice of structural projects,
and also make a comparative analysis of the results obtained through the national softwares
most used by the technical community for this type of project, the AltoQI Eberick and the
CAD/TQS, with those obtained by the Brazilian code, in order to verify and explain the cause
of possible differences in the results. To obtain the necessary data, 168 punching shear
verifications were performed in 21 different configurations of slabs, and also 35
computational analysis to verify the software results. The results showed a wide variation in
values obtained for each standard for each different configuration of slab, which was
attributed to different factors and limitations considered by each of the models used in the
formulations, so there is no way to classify each model as more or less conservative.
Concerning to the softwares, it was realized that the AltoQI Eberick results in values equal to
those obtained through the Brazilian standard, while the CAD/TQS, due to its different
calculation method, results in different values instead of the recommended by this code.

Keywords: Punching shear; Slabs; Flat slabs; Reinforced concrete.


1

1. INTRODUÇÃO

1.1 Tema e motivação

As lajes, por definição, são elementos estruturais bidimensionais planos de concreto


armado, cuja espessura é bem inferior às outras duas dimensões e que são solicitadas,
predominantemente, por cargas perpendiculares ao seu plano médio. Sua função básica é a de
receber as cargas de utilização da edificação e transmití-las às vigas ou pilares, conforme será
visto adiante. Possui também a função de diafragma rígido, distribuindo as ações horizontais
entre os elementos estruturais de contraventamento e, no caso das lajes maciças apoiadas
sobre vigas, funcionam também como mesas de compressão para as vigas tipo T.
Existem diversos tipos de lajes que podem ser empregados nas edificações, como as
lajes maciças sobre vigas, lajes cogumelo, lajes lisas e as lajes nervuradas.
As lajes maciças sobre vigas são comumente denominadas lajes convencionais, por ser
o tipo de laje mais utilizado nas edificações.

Figura 1.1 – Laje apoiada sobre vigas.

Fonte: Santos et al. (2014).

As lajes nervuradas, usualmente empregadas para vencer grandes vãos, superiores a


7m, consistem na eliminação de grande parte do concreto utilizado na zona tracionada, que é
substituído por nervuras, onde são colocadas armaduras longitudinais de tração, conseguindo
com isso uma grande redução no peso próprio da estrutura. Essas lajes podem ser empregadas
com ou sem a utilização das vigas de apoio.
2

Figura 1.2 – Laje nervurada apoiada sobre pilares.

Fonte: Santos et al. (2014).

Nas lajes cogumelo, as cargas são transferidas diretamente aos pilares, sendo que no
topo dos pilares há um alargamento de seção, com a função de reduzir as tensões de contato
entre a laje e o pilar, denominado capitel, sendo esse dispositivo dispensado nas lajes
denominadas lisas.

Figura 1.3 – Laje cogumelo.

Fonte: Santos et al. (2014).

Já as lajes lisas, como explicado anteriormente, se baseiam nos mesmos princípios das
lajes cogumelo, porém por não haver o alargamento da seção do pilar na região de contato
com a laje, resulta em grandes tensões de contato na ligação, com isso, em muitos casos torna-
se necessária a utilização de armadura transversal na laje para resistir a essas tensões.
3

Figura 1.4 – Laje lisa.

Fonte: Santos et al. (2014).

De acordo com Carvalho (2008), edifícios de lajes lisas em concreto armado são
projetados e construídos no Brasil desde 1950. Na década de 1970, muitos prédios foram
executados com o emprego de protensão aderente, porém, com a produção de cordoalhas
engraxadas, iniciada no Brasil em meados de 1995, a técnica de protensão não aderente em
lajes lisas vem ganhando cada vez mais espaço nas estruturas dos edifícios das médias e
grandes cidades.
Segundo Carvalho e Pinheiro (2013), dentre as vantagens advindas da utilização deste
sistema, citam-se a simplificação das fôrmas, cimbramento, armaduras e concretagem da
estrutura, já que devido à ausência das vigas, os vãos são ininterruptos, reduzindo
drasticamente complexidades de cunho executivo, como os cortes, dobramentos e colocação
de todas as armaduras de vigas, além de recortes nas fôrmas, que são feitos apenas nas
ligações com os pilares. Outras vantagens importantes a serem citadas são a redução na altura
total do edifício, que gera economia no consumo de materiais e a melhoria da qualidade final
da edificação, devido às simplificações citadas anteriormente.
A principal desvantagem advinda da utilização deste sistema é o surgimento de altas
tensões tangenciais nas regiões de ligação das lajes com os pilares, tensões estas que tendem a
perfurar a laje podendo ocasionar sua ruína por puncionamento, e, inclusive, a ruína de toda a
edificação, quando não tomadas as precauções para combater o colapso progressivo. Podem-
se citar também outras desvantagens, como maiores deslocamentos transversais da laje, menor
estabilidade às ações laterais e aumento considerável da espessura das lajes.
Apesar da atratividade do sistema, sua utilização ainda é bastante restrita em nossa
região, pois além de empecilhos culturais, há também o fato das problemáticas envolvidas
neste tipo de projeto serem pouco abordadas, tanto durante a graduação dos cursos de
4

engenharia civil, quanto nas normas brasileiras referentes às estruturas de concreto armado,
reduzindo tanto o número de engenheiros que possuem conhecimento das vantagens, quanto a
confiança na utilização deste sistema.

Figura 1.5 – Modelo em elementos finitos representando o efeito de punção, com


suas respectivas análises de tensões, referente à superfície média da laje.

Fonte: Carvalho (2008).

1.2 Objetivo

Este trabalho tem como objetivo comparar os resultados obtidos através dos modelos
teóricos para verificação à punção de lajes lisas, sem a utilização de armadura transversal,
presentes na norma brasileira NBR 6118 e nas principais normas técnicas internacionais
(Eurocode 2 e ACI-318) para diferentes tipos de ligação dos pilares com a laje (com e sem
transferência de momento), além de analisar os resultados obtidos através dos principais
códigos computacionais comerciais brasileiros para análise e dimensionamento de estruturas
de concreto armado (CAD/TQS e AltoQI Eberick).
5

1.3 Organização do trabalho

Este trabalho está dividido em 5 capítulos, sendo o conteúdo abordado dividido da


seguinte forma:
No capítulo 1 é feita uma abordagem introdutória, comentando a respeito dos
principais tipos de laje e fazendo uma revisão bibliográfica a respeito do conteúdo, além de
explicitar também a estruturação do trabalho.
No capítulo 2, a fundamentação teórica, são explicitadas as formulações
posteriormente utilizada nos dimensionamentos, além de abordar também sobre os principais
fatores que influenciam na resistência à punção e as metodologias utilizadas pelos softwares
abordados.
No capítulo 3 são apresentados os casos estudados, bem como os resultados obtidos
através dos dimensionamentos, além de uma análise qualitativa de cada resultado e
posteriormente uma análise comparativa entre esses resultados.
No capítulo 4 é feita uma análise comparativa entre os resultados obtidos através dos
softwares utilizados e da norma brasileira.
O capítulo 5 é composto pelas considerações finais, onde são abordadas as análises
conclusivas a respeito dos conteúdos explorados durante o trabalho.

1.4 Metodologia

Para o desenvolvimento do trabalho serão utilizadas 21 configurações de pórtico


espacial, semelhantes aos da figura 1.6, com 9 pilares com seção transversal quadrada de
30cm de lado, distribuídos em 3 fileiras de 3 pilares.
Serão utilizadas 7 alturas úteis para as lajes, variando entre 14 cm e 26 cm, além de 3
vãos livres distintos entre pilares, conforme será apresentado no capítulo 3.
A análise estrutural dos modelos será realizada em softwares comerciais citados para
obtenção dos esforços atuantes na ligação laje-pilar, além do cálculo da taxa de armadura de
flexão, necessária para a determinação das tensões tangenciais resistentes nas lajes.
Após obtenção dos dados referentes à análise estrutural, serão feitas as verificações de
resistência à punção dos pilares P2 e P5 (Figuras 3.2, 3.3 e 3.4) de acordo com as formulações
apresentadas pela NBR 6118:2014, pelo ACI 318M-2011 (Código norte americano) e pelo
Eurocode 2-2010 (Código europeu), além de utilizar também o software CAD/TQS (Versão
18) e o AltoQI Eberick (Versão 9), objetivando a análise comparativa de seus resultados.
6

Serão efetuados também os dimensionamentos das mesmas lajes, de acordo com as


três normas estudadas, porém considerando uma taxa de armadura de 2% para todos os casos.
Apesar disso, serão analisados apenas os resultados referentes à NBR 6118, com o objetivo de
verificar o potencial de nossa norma sem a utilização de armadura de punção.
Com a finalidade de tornar as comparações mais realistas, serão utilizados os
coeficientes de majoração das cargas e minoração das resistências de acordo com a norma
brasileira, comparando apenas as diferenças resultantes das formulações propriamente ditas.
As formulações e considerações utilizadas por cada norma técnica abordada estarão
presentes na revisão bibliográfica, de forma que os resultados obtidos ao longo do trabalho
serão apresentados em forma de planilhas e gráficos.

Figura 1.6 – Vista tridimensional do pórtico espacial.

Fonte: AltoQI Eberick.

1.5 Perspectiva histórica

Segundo Sacramento et al (2012), existe grande controvérsia a respeito de quem


inventou o sistema estrutural de lajes lisas, de forma que alguns autores afirmam que o
pioneiro na idealização do sistema foi o engenheiro americano George M. Hill, que teria
construído edifícios em lajes lisas em regiões distintas dos Estados Unidos entre 1899 e 1901.
Já outros autores afirmam que foi o engenheiro suiço Robert Maillart o criador do sistema.
Segundo estes pesquisadores, Maillart teria concebido o sistema em 1900, mas só teria
7

terminado seus ensaios em 1908, vindo a conseguir a patente do chamado sistema de


pavimento sem vigas em 1909.
Inicialmente, havia forte discussão a respeito da segurança e economia do sistema, de
modo que a primeira teoria bem fundamentada para o cálculo dos esforços em pavimentos
sem vigas foi publicada apenas em 1921, com o trabalho de Westergaard e Slater, que através
do método das diferenças finitas conseguiram tratar diferentes casos de carregamento,
considerando a influência da rigidez dos pilares e dos capitéis.
Ainda com o desenvolvimento da teoria citada no parágrafo anterior, existia a
necessidade de padronização desse sistema, que se tornava cada vez mais popular. Com isso,
em 1925 quando foi publicada a norma americana ACI para estruturas de concreto armado,
foram adicionadas recomendações para sistemas com lajes cogumelo. Estas primeiras
recomendações normativas eram baseadas em ensaios experimentais pioneiros realizados em
sapatas nos Estados Unidos.
Porém, a diferença nas espessuras das sapatas e das lajes empregadas em edifícios era
muito acentuada, de forma que as expressões resultavam em valores pouco confiáveis. Em
1956, os engenheiros Elstner e Hognestad testaram 39 lajes em laboratório, com o objetivo
único de estudar a punção através da análise de algumas importantes variáveis como: taxa de
armadura de flexão; resistência do concreto; quantidade de armaduras de compressão;
condições de apoio; tamanho dos pilares; quantidade e distribuição das armaduras de
cisalhamento. Eles concluíram que praticamente todos esses fatores têm forte influência na
resistência ao cisalhamento de lajes lisas de concreto, com exceção da taxa de armadura de
compressão, que se mostrou pouco influente na resistência última das lajes por eles testadas.
Apesar das informações outrora coletadas, ainda haviam poucos resultados de ensaios
para que se pudesse desenvolver modelos representativos, quando em 1961, o engenheiro
Johannes Moe publicou um relatório de uma larga série de ensaios analisando diversas
variáveis, inclusive os casos de momentos desbalanceados em ligações laje-pilar, sendo seu
trabalho ainda hoje a base para as recomendações da norma ACI 318.
No Brasil, foi introduzida uma metodologia de verificação da resistência à punção
apenas na NBR 6118:1978, sendo esta formulação bastante deficiente, de forma que levava a
resultados muito conservadores, além de não apresentar metodologia para o cálculo da
armadura transversal.
8

Apenas na revisão de 2003, 25 anos depois, foi adicionada uma formulação


consistente à NBR 6118, baseada nos métodos dos perímetros críticos apresentados pelo
Eurocode 2, bem fundamentados e aceitos, incorporando inclusive situações específicas,
como aberturas na laje e momentos desbalanceados.
Na revisão de 2014, as formulações apresentadas pela NBR 6118 sofreram poucas
alterações, sendo a mais relevante o acréscimo de resistência devido à protensão.
9

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Fatores que influenciam na resistência à punção

Segundo Rabello (2010) são inúmeros os fatores que influenciam a resistência à


punção nas lajes lisas, sendo os mais relevantes a altura útil da laje, suas dimensões, formato e
posição do pilar na laje, a resistência do concreto, a relação entre o momento fletor e o esforço
cortante, a taxa de armadura de flexão, a existência de armadura de punção e o efeito escala.
Dessa forma, o problema se torna bastante complexo de ser analisado a partir de modelos
matemáticos exatos, de forma que as formulações que receberam maior aceitação na
comunidade científica e predominantemente utilizada nas normas verificadas são baseados em
modelos empíricos, desenvolvidos a partir de inúmeros ensaios nos quais se variou cada fator
de influência exaustivamente, até que se obtivesse uma relação plausível entre eles, resultando
em valores de solicitação e resistência seguros e econômicos.
O modelo mais difundido atualmente consiste na definição de perímetros de controle,
onde são verificadas as tensões atuantes e resistentes, para que se possa comprovar a
segurança da estrutura, conforme será apresentado posteriormente
De acordo com Melges (1995), nos ensaios de lajes lisas com carregamento simétrico,
observa-se o aparecimento de fissuras radiais partindo do centro da laje e se estendendo até a
borda, dividindo a laje em segmentos radiais. Observou-se também que momentos antes da
ruptura surgiram fissuras tangenciais na região de punção, indicando a formação de uma
fissuração inclinada interna causada pela tração diagonal. A partir dessa fissuração tangencial,
foram desenvolvidos os perímetros de controle, e o cone formado pelas fissuras foi
denominado cone de punção, que se desenvolve com uma inclinação média de 30º.

Figura 2.1 – Formação das fissuras radiais (esquerda) e tangenciais (direita).

Fonte: Melges (1995).


10

Figura 2.2 – Vista em corte das fissuras tangenciais e da formação do cone de punção.

Fonte: Melges (1995).

2.1.1 Influência da espessura da laje

Com o aumento da espessura da laje, consegue-se uma maior altura útil da laje, que
devido à inclinação aproximadamente constante do cone de punção, faz com que o perímetro
de ruptura aumente, aliviando as tensões atuantes, quando considerado um carregamento
constante.
Essa solução, embora muitas vezes necessária, traz alguns inconvenientes,
principalmente no caso de lajes maciças, onde o aumento da espessura da laje aumenta
consideravelmente o peso próprio da estrutura, além da potencialização do efeito escala, que
será exposto a seguir, podendo inviabilizar a utilização do modelo.

2.1.2 Influência das dimensões, formato e posição do pilar

Os ensaios experimentais realizados constataram que a relação entre as dimensões dos


pilares, nos casos em que há existência de excentricidade da carga, influenciam na parcela do
momento fletor que será contabilizado para acréscimo das tensões atuantes na superfície de
controle, sendo interessante a utilização de pilares pouco rígidos na direção da excentricidade
da carga.
No caso da posição do pilar, as considerações são mais intuitivas, pois no caso de
pilares de borda e de canto, não há superfície suficiente para que se desenvolva o cone de
punção, gerando um acréscimo de tensão na superfície de ruptura formada, que possui, além
11

disso, um comportamento diferenciado e mais complexo de ser estudado. Ainda segundo


Braestrup & Regan (1985, apud MELGES, 2001), pilares retangulares tendem a concentrar
tensões nos cantos, de forma que possuem resistência em torno de 15% menor em relação a
pilares circulares de mesma área.

Figura 2.3 – Superfícies de ruptura para pilares internos, de borda e de canto,


respectivamente.

Fonte: IBRACON (2015).


12

2.1.3 Influência da resistência do concreto

A resistência à punção da ligação laje-pilar está diretamente relacionada com a


resistência à tração do concreto, que por sua vez está relacionada com a sua resistência à
compressão. Porém não se recomenda a consideração apenas desse fator para o
dimensionamento da ligação, devido ao fato de o aumento da resistência do concreto não
conferir ductilidade à laje com relação a sua ruína.

2.1.4 Influência da excentricidade da carga

De acordo com Rabello (2010), os ensaios experimentais mostram que quanto maior a
razão entre o momento fletor e o esforço cortante, menor é a resistência da ligação à punção.

2.1.5 Influência da taxa de armadura de flexão

A taxa de armadura de flexão possui fundamental importância na resistência à punção


das lajes, pois devido ao efeito pino que ocorre no momento da abertura das fissuras devido à
tração diagonal, as barras de armadura longitudinal conferem resistência considerável à
ligação. Porém, apesar do ganho de resistência, de acordo com resultados experimentais
mostrados por Fusco (1984, apud MELGES, 2001) observam-se que taxas acima de 2% não
aumentam a resistência da laje à punção.

2.1.6 Influência do uso de armadura transversal

A utilização de armadura transversal específica para o combate à tração diagonal


aumenta consideravelmente a ductilidade e a resistência da ligação laje-pilar, de forma que a
ruptura se afasta de um modo frágil, acarretando em uma estrutura mais segura. A utilização
de armadura transversal é a solução mais recomendada em casos de grandes carregamentos e
altas cargas nos pilares, porém sua execução é relativamente complexa, o que pode acarretar
em erros no momento da construção da edificação, fazendo com que essa solução seja evitada
em determinados casos onde se possa alcançar a resistência necessária de maneira mais
simples.
13

Devido à essa dificuldade de execução, que algumas vezes inviabiliza a utilização do


modelo, este trabalho irá se ater ao ganho de resistência na ligação explorando outros fatores
que não o uso de armadura transversal, com intuito de difundir o modelo e apresentar sua
grande viabilidade técnica.

2.1.7 Influência do efeito escala

Usualmente as expressões quantificam a influência do efeito escala através da altura


útil da laje, de forma que uma laje de menor altura útil possui maior confiabilidade em seu
valor de resistência que lajes mais espessas. Esta consideração é justificada pelo fato de que,
nas lajes mais espessas, há a possibilidade de uma maior heterogeneidade do concreto,
prejudicando a resistência da ligação.

2.2 Normas técnicas e suas formulações

As formulações que constam nas normas utilizadas, bem como algumas considerações
necessárias para a compatibilização dessas normas serão apresentados a seguir.

2.2.1 NBR 6118:2014

A NBR 6118:2014 é a versão mais recente da norma de projeto de estruturas de


concreto brasileira, porém, em se tratando do dimensionamento de lajes à punção, não houve
mudanças significativas em relação à sua versão anterior publicada em 2007 (similar à de
2003).
O item 19.5 dessa norma inicialmente recomenda que sejam verificadas as tensões
solicitantes em 2 contornos críticos: o contorno C na face do pilar e o contorno C’, distante 2d
da face do pilar (Figura 2.4). Essa verificação consiste em comparar as tensões tangenciais
solicitantes em cada contorno, com as tensões resistentes da seção nesses mesmos contornos.
Caso a verificação no contorno C’ não seja atendida, a norma apresenta a possibilidade de se
utilizar armadura transversal para resistir a estes esforços, contanto que seja verificado,
posteriormente, um contorno C’’, distante 2d da última linha de armaduras transversais
utilizadas.
14

Figura 2.4 – Perímetros de controle de acordo com a NBR 6118:2014.

Fonte: IBRACON (2015).

A NBR também recomenda que, para pilares de borda e de canto, devem ser
considerados os efeitos dos momentos atuantes e que as dimensões dos perímetros críticos
sejam obrigatoriamente reduzidas, com o objetivo de potencializar as tensões solicitantes.

Figura 2.5 – Perímetros de controle de acordo com a NBR 6118.

Fonte: NBR 6118 (2014).


15

Para o contorno C, localizado na face do pilar, a tensão resistente é dada por:

(1)

( ) (2)

Já no contorno C’, localizado a 2d da face do pilar, a tensão resistente é dada por:

( √ ) ( ) (3)

Em que:

• √ .
• tensão inicial no concreto ao nível do baricentro da armadura de protensão.
• Média das alturas úteis nas duas direções.

O cálculo da tensão solicitante, assim como na formulação do ACI 318, muda no caso
de haver momentos desbalanceados atuando na ligação laje-pilar, de forma que, para os casos
de pilares internos sem momentos desbalanceados, tanto no contorno C, quanto no contorno
C’, a tensão solicitante é resultado da seguinte expressão.

(4)

Em que:

• é a força concentrada, de cálculo, do pilar atuante na laje.


• é o perímetro crítico considerado.

Deve-se levar em consideração, que o perímetro crítico varia com o contorno


analisado, conforme a figura 2.4.
Quando há momentos desbalanceados na seção, a NBR 6118:2014 traz formulações
específicas para cada tipo de ligação laje-pilar e direção de atuação dos momentos fletores, de
forma que, no caso de pilares de borda com momento perpendicular à borda livre da laje, a
tensão solicitante é calculada através da seguinte expressão:
16

(5)

Na qual:



• é a excentricidade do perímetro crítico reduzido em relação ao eixo do pilar.
• - Módulo de resistência plástico da seção crítica.
• é o coeficiente que fornece a parcela de Msd transmitida ao pilar por cisalhamento
e depende da relação C1/C2 (Figura 2.5) de acordo com a tabela a seguir.

Tabela 2.1 – Valores de k de acordo com as dimensões do pilar, para pilares


retangulares.

Fonte: NBR 6118:2014.

As formulações apresentadas são as mais usuais no projeto estrutural de edificações,


de forma que os procedimentos de cálculo para pilares internos com momentos
desbalanceados e pilares de borda com momento atuante no plano paralelo à borda livre
podem ser encontrados nos itens 19.5.2.2 e 19.5.2.3 (b) da NBR 6118:2014, respectivamente.
As expressões de cálculo da excentricidade do perímetro crítico e do módulo de
resistência plástico da seção crítica são extremamente longas e variam para cada caso de
ligação existente. Essas expressões podem ser encontradas em IBRACON (2015).
No caso de pilares de canto, aplica-se o disposto para pilares de borda quando não age
momento no plano paralelo à borda, devendo ser feita a verificação para cada uma das bordas
livres, alternando-se os lados C1 e C2 para cada borda, conforme a figura 2.5.
17

2.2.2 ACI 318M-2011

A utilização do ACI 318M-2011 foi adotada devido ao fato da versão M apresentar as


formulações utilizando unidades do sistema internacional, não sendo necessária portanto a
conversão das grandezas para as unidades utilizadas nos Estados Unidos.
A primeira consideração que precisa ser feita ao utilizar a norma americana é que
apesar dos corpos de prova utilizados para o cálculo da resistência à compressão pelo ACI,
pela NBR e pelo Eurocode serem cilíndricos, o ACI utiliza uma distribuição estatística
diferente das demais normas citadas, pois no caso da NBR e do Eurocode, é considerado o
parâmetro como valor de resistência à compressão característica do concreto, em que só
exista a probabilidade de 5% de ocorrência de valores inferiores à esse. Já no caso do ACI é
utilizado o parâmetro , em que a probabilidade estipulada para que a resistência medida em
3 testes consecutivos resulte inferior ao seja de 1%.
Souza e Bittencourt (2003) realizaram um estudo para compatibilizar os valores de
resistência citados anteriormente, de forma que chegaram à seguinte correlação:

= – 2,04 (6)

Onde:

• é a resistência específica cilíndrica do concreto, em MPa.

• é a resistência característica cilíndrica do concreto, em MPa.

A expressão 2.6 é valida para o caso de produção de concreto em massa, com controle
rigoroso de qualidade, correção da umidade dos agregados e equipe especializada.
Os critérios e expressões da norma americana, que serão expostos a seguir, são
baseados nos estudos de Johannes Moe, que em 1961 ensaiou 43 lajes quadradas de 1,80m de
lado, além de incluir estudo estatístico de outras 260 lajes e sapatas ensaiadas por outros
pesquisadores, tendo sido feitas apenas algumas modificações pelo comitê do ACI para tornar
a expressão mais simples de ser utilizada.
O perímetro de controle ( ), para o caso do ACI, é definido a uma distância de
metade da altura útil da laje, a partir da face do pilar, sendo a seção de controle, o produto
entre o perímetro encontrado e a altura útil.
18

Figura 2.6 – Perímetros de controle de acordo com o ACI.

Fonte: Macgregor et al. (2012).

A verificação da ligação laje-pilar através do ACI é baseado na seguinte expressão:

(7)
Em que:

• é a tensão resistente da seção de controle.

• é a tensão solicitante na mesma seção de controle.

• é um coeficiente de ajuste das resistências, baseado nas deformações específicas do


concreto e do aço na seção considerada. Podem ser adotados, resumidamente, os
valores de 0,90 caso o dimensionamento da laje esteja no domínio 2 e início do
domínio 3 de deformação, ou 0,85 caso esteja no final do domínio 3 de deformação.
19

O valor da tensão resistente é escolhido como o menor dentre os resultados das


seguintes expressões:

( ) √ (8)

( ) √ (9)

√ (10)

Sendo:

• , para o caso em que não há armadura de punção.

• a razão entre o maior lado e o menor lado do pilar.

• um coeficiente que depende da posição do pilar na laje, devendo ser tomado como
40 para pilares internos, 30 para pilares de borda e 20 para pilares de canto.

• um fator de redução da resistência para o caso de uso de concretos leves, de forma


que no caso de concretos convencionais, deve ser usado o valor de 1.

Como citado anteriormente, a tensão resistente precisa ser maior que a tensão
solicitante, que depende da carga de reação do pilar à laje ( ) e, quando houver, dos
momentos desbalanceados atuantes na ligação. Para o caso de pilares internos sem momentos
desbalanceados, a tensão solicitante é dada por:

(11)
20

Já para os casos em que há momentos desbalanceados a expressão torna-se um pouco


mais complexa, sendo acrescida uma parcela referente ao acréscimo de tensão devido aos
efeitos dos momentos atuantes, sendo dada por:

(12)

Onde:

• é a parcela do momento fletor que potencializará as tensões tangenciais, que


normalmente resulta em valores próximos aos 40%. Neste trabalho, por simplificação, será
adotado um valor de 40%.

• é o momento de cálculo atuante na seção.

• é o braço de alavanca do momento atuante em relação ao centroide da seção de


controle, sua expressão varia de acordo com a posição do pilar e a direção dos momentos

• é uma propriedade da seção crítica adotada, análoga ao momento de inércia.

Macgregor et al. (2012) desenvolveram as expressões de cálculo do c e do para os


diversos tipos de ligações laje-pilar e direções de atuação dos momentos fletores. No caso de
pilares de borda, com atuação de momento perpendicular à borda, que será o tipo de pilar
adotado neste trabalho, as expressões estão descritas a seguir.

( ) ⁄
(13)
( )

[ ( )( ) ] (14)

Em que:

• é o lado do pilar perpendicular à borda da laje.


21

• é o lado do pilar paralelo à borda.


As expressões referentes às outras situações de momentos desbalanceados em pilares
internos, de borda e de canto podem ser encontradas no capítulo 13 de Macgregor et al.
(2012).

2.2.3 EUROCODE 2-2010

Devido ao fato da NBR 6118, no que diz respeito à punção, ser baseada no Eurocode
2, a grande maioria de suas formulações são idênticas, comparando as tensões solicitantes e as
resistentes nos perímetros de controle, de forma que se alteram algumas restrições impostas
ao uso de determinadas expressões e algumas considerações adotadas.
Uma grande diferença que pode ser observada no Eurocode 2, é que são apresentadas
três metodologias para o cálculo das tensões solicitantes, ficando a cargo do engenheiro
projetista escolher qual melhor lhe convém.
Loureiro (2005) destaca que, diferente da NBR 6118, para o cálculo das tensões
solicitantes em pilares de borda e de canto, o Eurocode 2 recomenda que seja considerado o
acréscimo de tensões devido aos momentos fletores, ou então a consideração de um perímetro
crítico reduzido para amplificar as tensões, ou seja, não se deve considerar essas duas
variáveis simultaneamente em uma mesma verificação, consistindo em dois modelos distintos
de cálculo.
O código europeu não exige a verificação do contorno localizado na face do pilar,
apenas a uma distância 2d do mesmo, de forma idêntica ao contorno C’ apresentado no tópico
anterior, denominado primeiro perímetro de controle. O cálculo da tensão resistente no
primeiro perímetro de controle é dado por uma expressão idêntica à da NBR, acrescentando
algumas ressalvas, apresentadas a seguir.

( √ ) ( ) (15)

Em que:

• .

•( √ )

• é a tensão inicial no concreto ao nível do baricentro da armadura de protensão.


22

O cálculo da tensão solicitante, para o caso de pilares internos é feito de maneira


idêntica aos outros códigos apresentados, quando não há momentos desbalanceados.

(16)

Já para o caso dos pilares com momentos atuantes na ligação, como citado
anteriormente, o Eurocode traz três metodologias, que usam como a base a seguinte
expressão, em que o parâmetro varia conforme a metodologia utilizada:

(17)

i) A primeira metodologia consiste na consideração da variação na distribuição das


tensões tangenciais causada pela atuação de um momento fletor desbalanceado, como pode
ser visto na figura 2.7.

Figura 2.7 – Distribuição de tensões tangenciais devidas a um momento não equilibrado


na ligação entre uma laje e um pilar interior.

Fonte: Eurocode 2 (2010).

A expressão para o cálculo do na primeira metodologia é dada por:

(18)
23

Em que:

• é função da razão entre os lados do pilar, conforme a tabela apresentada adiante.


• corresponde a uma distribuição de tensões tangenciais, sendo função de perímetro
de controle.
• é o primeiro perímetro de controle.
• e são o momento e a reação do pilar de cálculo, respectivamente.

Tabela 2.2 – Valores de k para pilares retangulares.

Fonte: Eurocode 2 (2010).

ii) A segunda metodologia empregada pelo Eurocode consiste em desprezar o momento


atuante na ligação, considerando as tensões tangenciais uniformemente distribuídas ao longo
de um perímetro de controle reduzido, amplificando-as.
Essa metodologia só pode ser adotada para o caso de pilares de borda ou de canto, ou
seja, não se pode utilizá-la para o caso de pilares internos com momentos desbalanceados.

Figura 2.8 – Perímetro reduzido da primeira seção de controle.

Fonte: Eurocode 2 (2010).


24

Após aplicação da redução do perímetro crítico, o parâmetro (expressão 2.17) é


dado por:

Sendo:

• o perímetro de controle reduzido.

iii) Há ainda a terceira metodologia, empregada mais comumente como forma de pré-
dimensionamento das lajes lisas, que consiste na adoção de valores aproximados para ,
desprezando os momentos atuantes e considerando o perímetro crítico original.
Na seção 6.4.3, o Eurocode 2 prega que, para o caso dos vãos dos tramos adjacentes
não diferirem em mais de 25% e a estabilidade global da estrutura não depender dos pórticos
formados pelos pilares e lajes, os valores podem, inclusive, serem utilizados para o
dimensionamento da estrutura.

Figura 2.9 – Valores recomendados para .

Fonte: Eurocode 2 (2010).


25

2.2.4 Comparação qualitativa entre as normas

Ao se comparar, qualitativamente, as considerações e critérios apresentados pelas três


normas expostas, percebe-se que a norma americana é a que mais se diferencia das demais,
não levando em consideração a taxa de armadura de flexão na verificação, além de também
não relacionar todos os parâmetros em uma única expressão de cálculo.
Segundo Guandalini et al. (2009), a não consideração da taxa de armadura de flexão
pelo ACI-318 se deve ao fato do dimensionamento da laje à flexão e à punção serem feitos de
maneira integrada, e não isoladamente como nos casos das outras normas, ou seja, ao realizar
o dimensionamento da laje se define uma parcela do momento fletor que será contabilizada na
verificação à punção (usualmente 40%), de forma que a laje será dimensionada à flexão
apenas para a parcela restante, que não é contabilizada no cálculo da punção.
A consideração de apenas uma parcela do momento ser utilizada no dimensionamento
à flexão (usualmente 60%) reduz a taxa de armadura, fazendo com que a norma americana
tenha optado por não considerar sua influência, resultando em valores bastante conservadores,
em comparação com resultados experimentais, para o caso de altas taxas de armadura de
flexão.
Comparando a norma europeia com a brasileira, pode-se perceber que as grandes
diferenças no cálculo das tensões resistentes são a limitação do fator correspondente à
consideração do efeito escala e da taxa de armadura. De acordo com Sacramento et al.(2012),
o Eurocode 2 limita esses valores buscando reduzir algumas tendências de resultados contra a
segurança, afirmando também, que a norma brasileira deveria revisar suas recomendações, a
fim de também reduzir essa tendência.
Por outro lado, quando analisado o cálculo da tensão solicitante, a expressão
apresentada na NBR 6118:2014, para elevadas cargas, no caso de ligações com momentos
desbalanceados, torna-se mais conservadora que o Eurocode, provavelmente com o objetivo
de se afastar dos resultados contra a segurança citados no parágrafo anterior, além do que,
sabe-se que taxas de armadura de flexão acima de 2% em lajes maciças são casos raros, nos
quais os carregamentos são bastante elevados.
26

2.3 Metodologia utilizada pelo software AltoQI Eberick

Durante a fase de análise dos softwares, inferiu-se que o software AltoQI Eberick
aplica diretamente as expressões recomendadas pela NBR 6118:2014, retirando as reações do
pilar e os momentos atuantes da análise estrutural e introduzindo-os diretamente nas
formulações, considerando os perímetros críticos reduzidos e os valores tabulares fornecidos
na norma, de forma que os resultados obtidos foram iguais aos calculados através das
planilhas de dimensionamento.

Figura 2.10 – Resultados do AltoQI Eberick para a laje L1 com 14 cm de altura útil.

Fonte: Autor.
27

2.4 Metodologia utilizada pelo software CAD/TQS

Nesse caso, percebeu-se que, diferentemente do software AltoQI Eberick, o software


CAD/TQS apresenta uma metodologia própria para o cálculo das tensões tangenciais
solicitantes, diferente das formulações apresentadas pela NBR 6118, que será apresentada a
seguir.
De acordo com Silva (2009), as expressões para os cálculos das tensões solicitantes
apresentadas na NBR 6118 apresentam muitas variações e aproximações, pois dependem do
formato do pilar, de sua posição relativa em forma, da presença de momentos combinados,
entre outros fatores. Sendo assim, o software ao invés de utilizar as formulações, faz a
medição da força cortante diretamente a partir das barras da grelha equivalente (metodologia
utilizada pelo software para a análise estrutural das lajes). Esse procedimento é genérico, já
que as forças são resultantes do equilíbrio da grelha, que leva em conta todas as condições de
contorno.
Para levar em consideração a variação das tensões tangenciais ao longo do perímetro
crítico, o CAD/TQS divide esse perímetro em sub-perímetros em função dos comprimentos
das arestas do pilar, de forma que cada sub-perímetro terá um dimensionamento e
detalhamento à punção independente, ver figura 2.10.

Figura 2.11 – Divisão dos sub-perímetros.

Fonte: Silva (2009).


28

Os próximos perímetros críticos são formados paralelos ao primeiro, distantes 2d,


conforme a figura a seguir.

Figura 2.12 – Perímetros críticos formados pelo TQS.

Fonte: Silva (2009).

O procedimento utilizado pelo CAD/TQS, apesar de utilizar um modelo matemático


mais refinado, deve ser empregado com cautela, pois não considera o perímetro crítico
reduzido para majoração das tensões solicitantes, além de também não levar em consideração
os resultados experimentais utilizados para a elaboração das formulações presentes nas
normas.
A expressão da NBR 6118 para a estimativa da tensão resistente, conforme citado no
tópico 2.2.4, pode apresentar resultados contra a segurança em alguns casos. Sendo assim, no
caso fortuito de um uma estimativa de tensão resistente contra a segurança, o emprego do
procedimento utilizado pelo CAD/TQS não apresentará uma tensão solicitante majorada por
um perímetro crítico reduzido, podendo ocasionar o colapso da região dimensionada.
29

3 ESTUDOS DE CASO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

3.1 Considerações adotadas

Como citado no tópico 1.4, foram feitos os dimensionamentos dos pilares P2 (Pilar de
borda) e P5 (Pilar interno com carregamento centrado), das lajes L1, L2 e L3, apresentadas na
figura 3.3, 3.4 e 3.5, de acordo com as formulações apresentadas nas três normas abordadas,
variando a altura útil de 2 em 2cm, dos 14cm aos 26cm.
O dimensionamento à flexão para a comparação das normas foi feito utilizando o
software AltoQI Eberick, devido ao fato deste fazer as mesmas considerações da NBR 6118
para o cálculo das tensões solicitantes, fornecendo valores de reação nos pilares e taxas de
armadura em uma mesma tabela, facilitando o dimensionamento à punção.
As verificações da punção foram feitas, como citado anteriormente, com o auxílio de
planilhas criadas no software Microsoft Excel, conforme exemplificado na figura 3.1 e 3.2.
Devido à presença de 3 formulações para o cálculo da tensão solicitante no Eurocode
2, para pilares de borda, essas formulações serão apresentadas nas tabelas como

Figura 3.1 – Planilha de verificação de punção de acordo com a NBR 6118:2014 (Pilar
interno).

Dimensionamento de lajes à punção: Pilar interno com carregamento simétrico


Parâmetros da laje
Nkx 286,3 KN
h 18 Cm Nky 286,3 KN
d 14 Cm Nk 286,3 KN
Fck 30 MPa Verificação do contorno C:
Asx 22 Cm²/m U0= 120 cm
Asy 20 Cm²/m Tsd= 2385,83 KN/m²
Px= 0,008800 Trd2= 5091,43 KN/m²
Py= 0,008000 OK
P= 0,013430 Verificação do contorno C':
U= 295,93 cm
Dimensões do pilar Tsd= 967,46 KN/m²
C1 30 Cm Trd1= 978,34 KN/m²
C2 30 Cm Não há necessidade de armadura de punção.
Fonte: Autor.
30

Figura 3.2 – Planilha de verificação de punção de acordo com o ACI 318 (Pilar interno).

Dimensionamento de lajes à punção – ACI 318

Parâmetros da laje Alfa,s 40

h 20 Cm
d 26 Cm
Fck 30 MPa
Dimensoes do
F'c 27,96 MPa pilar:
Vu 1282,50 KN c1 30 Cm
c2 30 Cm
Tensão solicitante: Beta 1
b0 224 Cm
vu 2202,09 KN/m²

Tensão resistente
Phi 0,9 (0,9 para domínios 2 e 3)
vc1 2696,74 KN/m²
vc2 2915,42 KN/m²
vc3 1744,95 KN/m²
vc 1570,45 KN/m²
RESULTADO NÃO OK
Fonte: Autor.

A resistência característica do concreto à compressão adotada foi de 30 MPa, enquanto


que o aço adotado foi o CA-50.
A unidade utilizada para a carga foi KN, para as tensões, KPa, e as taxas de armadura
estão em valores percentuais.
Por questão de simplificação, foi utilizada a mesma nomenclatura para todas as
normas, sendo Tsd, a tensão tangencial solicitante de cálculo e Trd a tensão resistente de
cálculo da seção.
Nas células em que há a razão entre a tensão resistente e a tensão solicitante, quando
seus valores forem maiores ou iguais à unidade, significa que a laje resistiu aos esforços, já
quando forem menores que a unidade, significa que a laje precisaria de armadura de punção
para resistir à esses esforços.
31

É importante ressaltar que o acréscimo da taxa de armadura para favorecer a


resistência à punção deve ser feito de maneira criteriosa, pois pode levar a uma região da laje
superarmada, acarretando na necessidade da utilização de armadura dupla, de forma que o
acréscimo da taxa visando uma maior facilidade executiva perderia o sentido.

Figura 3.3 – Vãos da laje L1 em cm.

Fonte: Autos.
32

Figura 3.4 – Vãos da laje L2 em cm.

Fonte: Autor.

Figura 3.5 – Vãos da laje L3 em cm.

Fonte: Autor.
33

3.2 Resultados do pilar P5 (Pilar interno)

3.2.1 d=14 cm

TAXA DE
P5 CARGA Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 376,5 0,899 1528 1570,45 908,76 855,82 908,76 779,71
L2 595,6 2 2417,21 1570,45 1437,6 1117,22 1437,6 1017,87
L3 886,4 2 3597,4 1570,45 2139,51 1117,22 2139,51 1017,87

P5 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2

L1 1,03 0,94 0,86


L2 0,65 0,78 0,71
L3 0,44 0,52 0,48

Percebe-se que para uma altura útil de 14 cm, apenas a laje L1 apresentou um
resultado de resistência superior à solicitação, com o uso do código americano, enquanto que
nos demais casos seria necessário algum tipo de reforço ou armadura transversal.

3.2.2 d=16 cm

TAXA DE
P5 CARGA Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 407,6 0,706 1384,51 1570,45 793,46 761,82 793,46 719,36
L2 644,3 1,895 2188,52 1570,45 1254,24 1058,73 1254,24 999,73
L3 955,1 2 3244,23 1570,45 1859,26 1077,94 1859,26 1017,87

P5 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2

L1 1,13 0,96 0,91


L2 0,72 0,84 0,80
L3 0,48 0,58 0,55
34

Com o aumento da altura útil para 16 cm, constatou-se que ainda assim, apenas a laje
L1 verificada através do ACI-318 obteve resistência suficiente para prescindir de armadura
transversal.

3.2.3 d=18 cm

TAXA DE
P5 CARGA Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 438,5 0,611 1268,81 1570,45 703,68 704,07 703,68 685,53
L2 692,9 1,724 2004,92 1570,45 1111,93 994,91 1111,93 968,71
L3 1016,8 1,862 2942,13 1570,45 1631,71 1020,78 1631,71 993,89

P5 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2

L1 1,24 1,00 0,97


L2 0,78 0,89 0,87
L3 0,53 0,63 0,61

Nesse caso, a tensão resistente se igualou à solicitante, para o método apresentado na


NBR 6118, sendo ainda o resultado obtido através do ACI 24% maior. Para as lajes L2 e L3,
a NBR é a que mais se aproxima de atender às verificações.

3.2.4 d=20 cm

TAXA DE
P5 CARGA Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 469 0,513 1172,5 1570,45 631,52 646,72 631,52 646,72
L2 740,9 1,551 1852,25 1570,45 997,64 935,16 997,64 935,16
L3 1081,4 1,559 2703,5 1570,45 1456,13 936,76 1456,13 936,56

P5 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2

L1 1,34 1,02 1,02


L2 0,85 0,94 0,94
L3 0,58 0,64 0,64
35

A partir de uma altura útil igual a 20 cm, a laje L1 passa a prescindir de armadura de
punção em todos os códigos analisados. Já as lajes L2 e L3 não passam nas verificações em
nenhuma das três formulações.

3.2.5 d=22 cm

TAXA DE
P5 CARGA Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 499,1 0,467 1090,69 1570,45 572,22 612,2 572,22 612,2
L2 788,3 1,306 1722,68 1570,45 903,79 862,52 903,79 862,52
L3 1148,7 1,312 2510,27 1570,45 1317 863,84 1317 863,84

P5 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2

L1 1,44 1,07 1,07


L2 0,91 0,95 0,95
L3 0,63 0,66 0,66

Para 22 cm de altura útil, é observada a mesma situação da laje com altura útil de 20
cm.

3.2.6 d=24 cm

TAXA DE
P5 CARGA Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 528,6 0,402 1019,68 1570,45 522,42 570,27 522,42 570,27
L2 834,8 1,12 1610,34 1570,45 825,05 802,43 825,05 802,43
L3 1215,1 1,099 2343,94 1570,45 1200,9 775,25 1200,9 775,25

P5 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2

L1 1,54 1,09 1,09


L2 0,98 0,97 0,97
L3 0,67 0,65 0,65
36

Observa-se que, nesse caso, a laje L2 está muito próxima de ser aprovada nas
verificações em todos os códigos, de forma que um pequeno aumento na taxa de armadura
seria suficiente, para as formulações da NBR e do Eurocode.

3.2.7 d=26 cm

TAXA DE
P5 CARGA Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 557,6 0,371 957,42 1570,45 480,07 544,82 480,07 544,82
L2 878,3 1,015 1508,07 1570,45 756,19 761,99 756,19 761,99
L3 1282,5 1,105 2202,09 1570,45 1104,19 783,88 1104,19 783,88

P5 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2

L1 1,64 1,13 1,13


L2 1,04 1,01 1,01
L3 0,71 0,71 0,71

Para uma altura útil de 26 cm, a laje L2 foi aprovada em todas as normas utilizadas, de
forma que a laje L3 resultou em valores de resistência bem menores que as tensões
solicitantes, de forma que para essa laje seria necessário algum reforço ou a utilização de
armadura transversal.

3.3 Resultados do pilar P2 (Pilar intermediário)

3.3.1 d=14 cm

TAXA DE
P2 CARGA MOMENTO Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Tsd,C'EC2,2 Tsd,C'EC2,3 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 143,8 0,437 20,9 1468,8 1570,45 694,18 672,91 770,73 694,18 808,03 613,07
L2 224,2 0,993 48,4 2742,77 1570,45 1082,31 884,67 1348,11 1082,31 1259,80 805,99
L3 325,8 1,343 27 2745,13 1570,45 1572,77 978,34 1557,70 1572,77 1830,70 891,33
37

P2 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2,1 Trd/Tsd,EC2,2 Trd/Tsd,EC2,3

L1 1,07 0,97 0,80 0,88 0,76


L2 0,57 0,82 0,60 0,74 0,64
L3 0,57 0,62 0,57 0,57 0,49

Assim como para o pilar P5, apenas a norma americana resultou em um valor superior
a um para essa altura útil na laje L1. Porém, nesse caso a NBR resultou em um valor bem
próximo de 1, de forma que apenas um pequeno aumento na taxa de armadura seria suficiente
para prescindir de armadura transversal.

3.3.2 d=16 cm

TAXA DE
P2 CARGA MOMENTO Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Tsd,C'EC2,2 Tsd,C'EC2,3 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 151,7 0,362 20,3 1270,83 1570,45 590,62 609,75 638,18 590,62 696,67 575,77
L2 236,3 0,661 45,4 2314,64 1570,45 919,99 745,28 1089,48 919,99 1085,19 703,74
L3 343,1 0,891 24,8 2360,80 1570,45 1335,80 823,27 1297,19 1335,80 1575,66 777,39

P2 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2,1 Trd/Tsd,EC2,2 Trd/Tsd,EC2,3

L1 1,24 1,03 0,90 0,97 0,83


L2 0,68 0,81 0,65 0,76 0,65
L3 0,67 0,62 0,60 0,58 0,49

Para uma altura útil de 16 cm, apenas a laje L1 atendeu às verificações através da
norma americana, brasileira e no caso do método 2 da norma européia, apenas um sensível
aumento na taxa de armadura seria suficiente para que também atendesse a essas verificações.

3.3.3 d=18 cm

TAXA DE
P2 CARGA MOMENTO Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Tsd,C'EC2,2 Tsd,C'EC2,3 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 159,8 0,32 19,8 1118,90 1570,45 512,88 567,53 542,41 512,88 611,97 552,58
L2 248,6 0,521 42,9 1993,80 1570,45 797,88 667,65 908,15 797,88 952,03 650,07
L3 358,9 0,726 22,9 2061,63 1570,45 1151,89 745,73 1103,51 1151,89 1374,44 726,09
38

P2 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2,1 Trd/Tsd,EC2,2 Trd/Tsd,EC2,3

L1 1,40 1,11 1,02 1,08 0,90


L2 0,79 0,84 0,72 0,81 0,68
L3 0,76 0,65 0,66 0,63 0,53

Nesse caso, a laje L1 foi aprovada em todos os códigos, com exceção do método
simplificado apresentado no Eurocode. Já as lajes L2 e L3 apresentaram valores de resistência
bem menores que os necessários para que sejam aprovadas.

3.3.4 d=20 cm

TAXA DE
P2 CARGA MOMENTO Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Tsd,C'EC2,2 Tsd,C'EC2,3 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 168 0,274 19,4 998,88 1570,45 452,43 524,72 470,50 452,43 545,29 524,72
L2 261,1 0,465 41 1749,69 1570,45 703,15 625,89 776,53 703,15 847,48 625,89
L3 375,8 0,54 21,1 1829,02 1570,45 1012,04 657,88 959,36 1012,04 1219,77 657,88

P2 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2,1 Trd/Tsd,EC2,2 Trd/Tsd,EC2,3

L1 1,57 1,16 1,12 1,16 0,96


L2 0,90 0,89 0,81 0,89 0,74
L3 0,86 0,65 0,69 0,65 0,54

Para 20 cm, os resultados continuam indicando as mesmas informações apresentadas


no tópico anterior.

3.3.5 d=22 cm

TAXA DE
P2 CARGA MOMENTO Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Tsd,C'EC2,2 Tsd,C'EC2,3 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 176,2 0,248 19,2 903,38 1570,45 404,03 495,76 415,05 404,03 491,29 495,76
L2 273,8 0,42 39,7 1560,83 1570,45 627,83 590,93 677,90 627,83 763,42 590,93
L3 393,8 0,445 19,3 1643,10 1570,45 902,99 602,43 848,76 902,99 1098,01 602,43

P2 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2,1 Trd/Tsd,EC2,2 Trd/Tsd,EC2,3

L1 1,74 1,23 1,19 1,23 1,01


L2 1,01 0,94 0,87 0,94 0,77
L3 0,96 0,67 0,71 0,67 0,55
39

Para 22 cm, a laje L2 apresentou resistência satisfatória para que fosse aprovada
apenas na verificação com o ACI, contudo, apresentou valores de resistência próximos do
necessário, tanto de acordo com a NBR, quanto de acordo com o método 2 do Eurocode.

3.3.6 d=24 cm

TAXA DE
P2 CARGA MOMENTO Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Tsd,C'EC2,2 Tsd,C'EC2,3 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 184,5 0,217 19 823,62 1570,45 364,69 464,33 370,83 364,69 446,95 464,33
L2 286,6 0,359 38,8 1409,67 1570,45 566,50 549,16 601,24 566,50 694,29 549,16
L3 412 0,352 17,7 1492,28 1570,45 814,37 545,57 760,96 814,37 998,08 545,57

P2 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2,1 Trd/Tsd,EC2,2 Trd/Tsd,EC2,3

L1 1,91 1,27 1,25 1,27 1,04


L2 1,11 0,97 0,91 0,97 0,79
L3 1,05 0,67 0,72 0,67 0,55

Esta verificação teve resultados similares aos apresentados no tópico anterior, para a
laje L2, porém, no caso da laje L3, a tensão resistente se mostrou superior à solicitante para o
ACI, antes mesmo de a laje L2 ser aprovada nos outros códigos, mostrando ser uma norma
pouco conservadora para pequenas taxas de armadura, como citado anteriormente.

3.3.7 d=26 cm

TAXA DE
P2 CARGA MOMENTO Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Tsd,C'EC2,2 Tsd,C'EC2,3 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 192,9 0,2 19 758,59 1570,45 332,16 443,41 335,32 332,16 409,96 443,41
L2 298,8 0,316 38,4 1286,51 1570,45 514,51 516,44 539,47 514,51 635,03 516,44
L3 431,5 0,352 18,1 1393,67 1570,45 743,01 535,36 695,52 743,01 917,05 535,36

P2 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2,1 Trd/Tsd,EC2,2 Trd/Tsd,EC2,3

L1 2,07 1,33 1,32 1,33 1,08


L2 1,22 1,00 0,96 1,00 0,81
L3 1,13 0,72 0,77 0,72 0,58
40

Para uma altura útil de 26 cm, a laje L2 apresentou resistência igual à solicitação,
sendo aprovada na verificação, de acordo com a norma brasileira e o método 2 da européia.
Com isso, pode-se perceber que para pequenas taxas de armadura, tanto a NBR 6118, quanto
o Eurocode 2 se mostram conservadores, quando comparadas ao ACI-318.

3.4 Resultados do pilar P5 para .

Considerando que as lajes serão reforçadas com a utilização de uma taxa de armadura
igual a 2%, percebe-se que tanto as formulações da NBR e do Eurocode resultam em valores
bem menos conservadores que os do ACI, reforçando a ideia de que o ACI possui sua
formulação baseada nas lajes de pequena taxa de armadura, conforme apresentado
anteriormente.

3.4.1 d=14 cm

TAXA DE
P5 CARGA Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 376,5 2 1528,00 1570,45 908,76 1117,22 908,76 1117,22
L2 595,6 2 2417,21 1570,45 1437,60 1117,22 1437,60 1017,87
L3 886,4 2 3597,40 1570,45 2139,51 1117,22 2139,51 1017,87

P5 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2

L1 1,03 1,23 1,23


L2 0,65 0,78 0,71
L3 0,44 0,52 0,48

3.4.2 d=16 cm

TAXA DE
P5 CARGA Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 407,6 2 1384,51 1570,45 793,46 1077,94 793,46 1077,94
L2 644,3 2 2188,52 1570,45 1254,24 1077,94 1254,24 1077,94
L3 955,1 2 3244,23 1570,45 1859,26 1077,94 1859,26 1017,87
41

P5 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2

L1 1,13 1,36 1,36


L2 0,72 0,86 0,86
L3 0,48 0,58 0,55

3.4.3 d=18 cm

TAXA DE
P5 CARGA Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 438,5 2 1268,81 1570,45 703,68 1045,40 703,68 1045,40
L2 692,9 2 2004,92 1570,45 1111,93 1045,40 1111,93 1045,40
L3 1016,8 2 2942,13 1570,45 1631,71 1045,40 1631,71 1045,40

P5 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2

L1 1,24 1,49 1,49


L2 0,78 0,94 0,94
L3 0,53 0,64 0,64

3.4.4 d=20 cm

TAXA DE
P5 CARGA Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 469 2 1172,50 1570,45 631,52 1017,87 631,52 1017,87
L2 740,9 2 1852,25 1570,45 997,64 1017,87 997,64 1017,87
L3 1081,4 2 2703,50 1570,45 1456,13 1017,87 1456,13 1017,87

P5 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2

L1 1,34 1,61 1,61


L2 0,85 1,02 1,02
L3 0,58 0,70 0,70
42

3.4.5 d=22 cm

TAXA DE
P5 CARGA Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 499,1 2 1090,69 1570,45 572,22 994,18 572,22 994,18
L2 788,3 2 1722,68 1570,45 903,79 994,18 903,79 994,18
L3 1148,7 2 2510,27 1570,45 1317,00 994,18 1317,00 994,18

P5 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2

L1 1,44 1,74 1,74


L2 0,91 1,10 1,10
L3 0,63 0,75 0,75

3.4.6 d=24 cm

TAXA DE
P5 CARGA Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 528,6 2 1019,68 1570,45 522,42 973,52 522,42 973,52
L2 834,8 2 1610,34 1570,45 825,05 973,52 825,05 973,52
L3 1215,1 2 2343,94 1570,45 1200,90 973,52 1200,90 973,52

P5 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2

L1 1,54 1,86 1,86


L2 0,98 1,18 1,18
L3 0,67 0,81 0,81
43

3.4.7 d=26 cm

TAXA DE
P5 CARGA Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 557,6 2 957,42 1570,45 480,07 955,30 480,07 955,30
L2 878,3 2 1508,07 1570,45 756,19 955,30 756,19 955,30
L3 1282,5 2 2202,09 1570,45 1104,19 955,30 1104,19 955,30

P5 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2

L1 1,64 1,99 1,99


L2 1,04 1,26 1,26
L3 0,71 0,87 0,87

3.5 Resultados do pilar P2 para .

Para o caso do pilar P2, com taxa de armadura de 2%, os resultados remetem às
mesmas conclusões apresentadas para o pilar P5, que serão sintetizadas na análise dos
resultados.

3.5.1 d=14 cm

TAXA DE
P2 CARGA MOMENTO Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Tsd,C'EC2,2 Tsd,C'EC2,3 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 143,8 2 20,9 1468,80 1570,45 694,18 1117,22 770,73 694,18 808,03 1017,87
L2 224,2 2 48,4 2742,77 1570,45 1082,31 1117,22 1348,11 1082,31 1259,80 1017,87
L3 325,8 2 27 2745,13 1570,45 1572,77 1117,22 1557,70 1572,77 1830,70 1017,87

P2 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2,1 Trd/Tsd,EC2,2 Trd/Tsd,EC2,3

L1 1,07 1,61 1,32 1,47 1,26


L2 0,57 1,03 0,76 0,94 0,81
L3 0,57 0,71 0,65 0,65 0,56
44

3.5.2 d=16 cm

TAXA DE
P2 CARGA MOMENTO Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Tsd,C'EC2,2 Tsd,C'EC2,3 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 151,7 2 20,3 1270,83 1570,45 590,62 1077,94 638,18 590,62 696,67 1017,87
L2 236,3 2 45,4 2314,64 1570,45 919,99 1077,94 1089,48 919,99 1085,19 1017,87
L3 343,1 2 24,8 2360,80 1570,45 1335,80 1077,94 1297,19 1335,80 1575,66 1017,87

P2 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2,1 Trd/Tsd,EC2,2 Trd/Tsd,EC2,3

L1 1,24 1,83 1,59 1,72 1,46


L2 0,68 1,17 0,93 1,11 0,94
L3 0,67 0,81 0,78 0,76 0,65

3.5.3 d=18 cm

TAXA DE
P2 CARGA MOMENTO Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Tsd,C'EC2,2 Tsd,C'EC2,3 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 159,8 2 19,8 1118,90 1570,45 512,88 1045,40 542,41 512,88 611,97 1017,87
L2 248,6 2 42,9 1993,80 1570,45 797,88 1045,40 908,15 797,88 952,03 1017,87
L3 358,9 2 22,9 2061,63 1570,45 1151,89 1045,40 1103,51 1151,89 1374,44 1017,87

P2 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2,1 Trd/Tsd,EC2,2 Trd/Tsd,EC2,3

L1 1,40 2,04 1,88 1,98 1,66


L2 0,79 1,31 1,12 1,28 1,07
L3 0,76 0,91 0,92 0,88 0,74

3.5.4 d=20 cm

TAXA DE
P2 CARGA MOMENTO Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Tsd,C'EC2,2 Tsd,C'EC2,3 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 168 2 19,4 998,88 1570,45 452,43 1017,87 470,50 452,43 545,29 1017,87
L2 261,1 2 41 1749,69 1570,45 703,15 1017,87 776,53 703,15 847,48 1017,87
L3 375,8 2 21,1 1829,02 1570,45 1012,04 1017,87 959,36 1012,04 1219,77 1017,87

P2 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2,1 Trd/Tsd,EC2,2 Trd/Tsd,EC2,3

L1 1,57 2,25 2,16 2,25 1,87


L2 0,90 1,45 1,31 1,45 1,20
L3 0,86 1,01 1,06 1,01 0,83
45

3.5.5 d=22 cm

TAXA DE
P2 CARGA MOMENTO Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Tsd,C'EC2,2 Tsd,C'EC2,3 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 176,2 2 19,2 903,38 1570,45 404,03 994,18 415,05 404,03 491,29 994,18
L2 273,8 2 39,7 1560,83 1570,45 627,83 994,18 677,90 627,83 763,42 994,18
L3 393,8 2 19,3 1643,10 1570,45 902,99 994,18 848,76 902,99 1098,01 994,18

P2 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2,1 Trd/Tsd,EC2,2 Trd/Tsd,EC2,3

L1 1,74 2,46 2,40 2,46 2,02


L2 1,01 1,58 1,47 1,58 1,30
L3 0,96 1,10 1,17 1,10 0,91

3.5.6 d=24 cm

TAXA DE
P2 CARGA MOMENTO Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Tsd,C'EC2,2 Tsd,C'EC2,3 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 184,5 2 19 823,62 1570,45 364,69 973,52 370,83 364,69 446,95 973,52
L2 286,6 2 38,8 1409,67 1570,45 566,50 973,52 601,24 566,50 694,29 973,52
L3 412 2 17,7 1492,28 1570,45 814,37 973,52 760,96 814,37 998,08 973,52

P2 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2,1 Trd/Tsd,EC2,2 Trd/Tsd,EC2,3

L1 1,91 2,67 2,63 2,67 2,18


L2 1,11 1,72 1,62 1,72 1,40
L3 1,05 1,20 1,28 1,20 0,98

3.5.7 d=26 cm

TAXA DE
P2 CARGA MOMENTO Tsd,ACI Trd,ACI Tsd,C',NBR Trd,C',NBR Tsd,C'EC2,1 Tsd,C'EC2,2 Tsd,C'EC2,3 Trd,C',EC2
ARMADURA
L1 192,9 2 19 758,59 1570,45 332,16 955,30 335,32 332,16 409,96 955,30
L2 298,8 2 38,4 1286,51 1570,45 514,51 955,30 539,47 514,51 635,03 955,30
L3 431,5 2 18,1 1393,67 1570,45 743,01 955,30 695,52 743,01 917,05 955,30

P2 Trd/Tsd,ACI Trd/Tsd,NBR Trd/Tsd,EC2,1 Trd/Tsd,EC2,2 Trd/Tsd,EC2,3

L1 2,07 2,88 2,85 2,88 2,33


L2 1,22 1,86 1,77 1,86 1,50
L3 1,13 1,29 1,37 1,29 1,04
46

3.6 Análise dos resultados

3.6.1 Análise comparativa entre os resultados obtidos por cada norma

Nesta seção serão apresentados gráficos representando uma análise comparativa feita
entre as normas utilizadas, sabendo que os resultados foram obtidos sob as mesmas
condições, tanto para o pilar P5, quanto para o pilar P2, sintetizando as informações contidas
nas tabelas apresentadas anteriormente.
Vale ressaltar que os valores encontrados no eixo das ordenadas serão sempre a razão
entre a tensão tangencial resistente e a tensão tangencial solicitante, e que, conforme dito
anteriormente, quando o valor se iguala ou supera a unidade, significa que a laje resiste aos
esforços de punção sem a necessidade de armadura transversal.

3.6.2 Pilar P5

Gráfico 3.1 – Relação ⁄ (Pilar P5. Laje L1).

Laje L1
1,70
1,60
1,50
1,40 ACI-318/08

1,30 NBR-6118:2014

1,20 Eurocode2/2010

1,10

1,00
0,90
0,80
14 16 18 20 22 24 26
Altura útil (cm)

Fonte: Autor.
47

Gráfico 3.2 – Relação ⁄ (Pilar P5. Laje L2).

Laje L2
1,10
1,05
1,00
0,95
0,90
0,85 ACI-318/08
0,80 NBR 6118:2014
0,75 Eurocode2-2010
0,70
0,65
0,60
14 16 18 20 22 24 26
Altura útil (cm)

Fonte: Autor.

Gráfico 3.3 – Relação ⁄ (Pilar P5. Laje L3).

Laje L3
0,75

0,70

0,65

0,60
ACI-318/08
0,55
NBR 6118:2014
0,50 Eurocode2/2010

0,45

0,40
14 16 18 20 22 24 26
Altura útil (cm)

Fonte: Autor.
48

Ao se comparar os resultados obtidos através das diferentes normas, para o pilar P5,
pode-se perceber que os resultados são bastante diferentes, devendo-se ao fato de cada norma
possuir suas formulações próprias e considerações.
No caso do pilar P5, que é um pilar interno sem momento desbalanceado, o cálculo da
tensão solicitante é feito de maneira igual para as três normas, variando seu valor no caso do
ACI devido ao perímetro crítico ser estabelecido a uma distância menor do pilar. Sendo
assim, os valores obtidos pelo Eurocode 2 e pela NBR 6118, que possuem a mesma expressão
para o cálculo da tensão resistente, diferem para lajes com menos de 20cm de altura útil
devido ao fato de o Eurocode não permitir um ganho de resistência causado pelo efeito escala,
que começa a minorar a resistência da ligação a partir dessa altura útil, diferentemente da
NBR, que não apresenta restrições quanto a isso, resultando em valores menos conservadores.
Já o ACI, por apresentar formulações que diferem notoriamente das outras normas,
apresentou resultados menos conservadores para a laje L1, ao mesmo tempo que, para as lajes
L2 e L3, que possuem carregamentos maiores, apresentou resultados mais conservadores. A
explicação para isso é que com o acréscimo dos carregamentos, as taxas de armadura também
aumentaram, de forma que as resistências obtidas pela norma europeia e brasileira também
foram superiores por considerar essa variável em seus cálculos, o que não acontece no ACI,
em que a tensão resistente se manteve constante para todas as lajes, com aumento apenas na
solicitante.
49

3.6.3 Pilar P2

Gráfico 3.4 – Relação ⁄ (Pilar P2. Laje L1).

Laje L1
2,30

2,10
ACI-318/08
1,90

1,70 NBR 6118:2014


1,50
Eurocode2/2010 Método 1
1,30

1,10 Eurocode2/2010 Método 2

0,90
Eurocode2/2010 Método
0,70 Simplificado
14 16 18 20 22 24 26
Altura útil (cm)

Fonte: Autor.

Gráfico 3.5 – Relação ⁄ (Pilar P2. Laje L2).

Laje L2
1,30
1,20
ACI-318/08
1,10
1,00 NBR 6118:2014
0,90
Eurocode2/2010 Método 1
0,80
0,70 Eurocode2/2010 Método 2
0,60
Eurocode2/2010 Método
0,50
Simplificado
14 16 18 20 22 24 26
Altura útil (cm)

Fonte: Autor.
50

Gráfico 3.6 – Relação ⁄ (Pilar P2. Laje L3).

Laje L3
1,20

1,10

1,00 ACI-318/08

0,90
NBR 6118:2014
0,80
Eurocode2/2010 Método 1
0,70
Eurocode2/2010 Método 2
0,60

0,50 Eurocode2/2010 Método


Simplificado
0,40
14 16 18 20 22 24 26
Altura útil (cm)

Fonte: Autor.

Devido ao pilar P2 ser um pilar de borda, há a atuação de momento fletor na ligação,


sendo assim, como explanado anteriormente, o Eurocode traz três formulações diferentes, que
resultam em valores distintos, que foram também analisados.
Para pequenos momentos fletores, a norma brasileira praticamente se iguala ao método
2 da norma europeia, exceto pela questão do efeito escala discutido no tópico anterior, isso se
deve ao fato de a NBR permitir a redução do momento fletor atuante na ligação devido ao
efeito favorável da própria reação do pilar, que por apresentar uma distância até o centro
geométrico do perímetro crítico, gera um momento de sentido contrário nesse ponto,
aliviando os efeitos do momento atuante.
Já nos casos onde o momento fletor se eleva em relação à reação do pilar, o alívio
citado acaba por se tornar irrisório, fazendo com que a NBR contabilize tanto o perímetro
crítico reduzido, quanto o momento fletor atuante, tornando-se mais conservadora que todos
os métodos apresentados pelo Eurocode.
51

Para os casos estudados, o que se pôde perceber é que para vãos e carregamentos
comumente encontrados em edificações, o procedimento apresentado pela norma brasileira e
os métodos 1 e 2 apresentados na norma europeia se aproximam muito, principalmente para
lajes de altura útil igual ou superior a 20cm, de forma que não deve haver grandes
discrepâncias entre projetos baseados nessas normas.
Fazendo a comparação entre os procedimentos apresentados no Eurocode 2, percebe-
se que a simplificação realizada no método 2, com o objetivo de facilitar os cálculos, é
bastante coerente, pois apresentou resultados muito próximos aos do método 1, devendo ser
utilizado com cautela apenas em situações de grandes momentos fletores, onde o método 1
seria mais recomendado. Já o método 3, denominado nos gráficos como método simplificado,
resultou em valores muito conservadores, quando comparado aos dos outros métodos, pois
devido à sua abordagem simplista do fenômeno, precisa ser acompanhado por uma margem
de segurança para que possa ser utilizado largamente em projetos, mesmo que não seja
recomendado.
Com relação ao ACI, diferente dos resultados anteriores, se mostrou menos
conservador que os outros métodos nas lajes L2 e L3. Isso se deve ao fato de o procedimento
realizado pela norma americana atribuir uma importância menor à atuação dos momentos
fletores, contabilizando valores em média 35% menores que nas outras formulações. Sendo
assim, nas lajes que apresentaram maiores momentos fletores, o ACI tendeu a ser menos
conservador que os outros códigos. Já com relação à laje L1, o resultado apresentado pela
norma americana tendeu a ser o mesmo do pilar P5, pelos mesmos motivos citados
anteriormente.
52

4 ANÁLISE DOS SOFTWARES

4.1 AltoQI Eberick

Durante a execução deste trabalho, toda a análise estrutural foi feita através de
software AltoQI Eberick, de forma que após o cálculo das tensões, tanto solicitantes quanto
resistentes, verificou-se que esse software realiza os procedimentos da NBR 6118:2014, de
forma que os valores obtidos foram exatamente iguais aos apresentados anteriormente,
chegando à conclusão de que os códigos computacionais referentes à punção desse programa
se apresentam confiáveis e de acordo com as normas vigentes.

Figura 4.1 – Resultados do AltoQI Eberick para a laje L1 com 20 cm de altura útil.

Fonte: Autor.
53

4.2 CAD/TQS

Como explanado em capítulos anteriores, o CAD/TQS utiliza uma formulação


diferente para o cálculo das tensões tangenciais solicitantes na ligação laje-pilar, para o caso
de momentos desbalanceados, de forma que é necessário um procedimento de validação desse
código computacional a fim de encontrar possíveis discrepâncias nos resultados.
Para análise dos resultados obtidos pelo TQS, foram utilizadas apenas as lajes L1 e L2,
modelando-as no programa e colhendo seus resultados, de forma que, devido ao seu
procedimento de divisão do perímetro crítico em sub-perímetros, os resultados de tensões
solicitantes variam nesses sub-perímetros, resultando em um valor nos sub-perímetros
internos à laje e outro para os sub-perímetros externos à laje, conforme a figura 4.2, na qual
pode-se perceber uma tensão solicitante interna de 0,44 MPa e externa de 0,77 MPa,
resultando em uma necessidade de armadura apenas na região externa, devido às tensões
resistentes em ambos os subperímetros serem a mesma, e iguais a 0,47 MPa.

Figura 4.2 – Tensões tangenciais solicitantes nos diferentes sub-perímetros do pilar P2,
para a laje L1 com 14 cm de altura útil.

Fonte: Autor.

Após a soma dos valores de cisalhamento obtidos nas barras da grelha de cada sub-
perímetro, o software divide o valor resultante pela dimensão desse perímetro, chegando em
54

um valor de tensão solicitante atuante, que é comparado com o valor de tensão resistente
calculado através da expressão normatizada.
Os gráficos para análise dos resultados do TQS foram obtidos comparando as tensões
solicitantes fornecidas pelo programa e através da norma brasileira com a tensão resistente,
com o intuito de encontrar situações em que haja divergência entre esses resultados.

Gráfico 4.1 – Relação entre tensões solicitantes e tensão resistente na laje L1.

Laje L1
0,9
0,8
0,7
0,6
Trd1
0,5
Tsd, NBR6118
0,4
Tsd, TQS (INT)
0,3
Tsd, TQS (EXT)
0,2
0,1
14 16 18 20 22 24 26
Altura útil (cm)

Fonte: Autor.

Gráfico 4.2 – Relação entre tensões solicitantes e tensão resistente na laje L2.

Laje L2
0,8

0,7

0,6

0,5 Trd1

0,4 Tsd, NBR6118

0,3 Tsd, TQS (INT)


Tsd, TQS (EXT)
0,2

0,1
16 18 20 22 24 26
Altura útil (cm)

Fonte: Autor
55

Para os casos da laje L1, inicialmente pode-se perceber que para as lajes de altura útil
iguais a 14cm e 16cm, apenas as tensões solicitantes na região externa necessitaram de
armadura de punção no TQS, sendo que à luz da norma essa seria uma região que deveria ser
armada em sua totalidade. O fato de essas duas lajes terem alturas úteis inferiores a 20cm,
pode vir a remeter a um dos casos de resultados considerados contra a segurança pelo
Eurocode 2, de forma que seria recomendado que o engenheiro projetista calculasse uma
armadura de punção para toda a região, a fim de evitar algum possível desastre futuro.
Percebe-se também que para as lajes com altura útil igual ou superior a 20cm, as tensões
solicitantes são inferiores às resistentes de acordo com a NBR, porém o TQS continua a armar
as regiões externas, devido à metodologia utilizada.
Na laje L2, a situação encontrada para a laje L1 se inverte, sendo a tensão solicitante
superior do TQS encontrada na região interna, verificando-se novamente que, para as alturas
úteis de 16cm a 22cm, o TQS contabiliza a necessidade de armadura de punção apenas na
região interna, em situações as quais a NBR recomenda armar toda a região. Além disso, no
caso dessa laje, encontra-se um agravante, pois para as alturas úteis de 24cm e 26cm, tanto a
região interna quanto externa no cálculo do TQS possuem tensões solicitantes iguais ou
menores que a resistente, prescindindo de armadura transversal em ambas as regiões.
Entretanto, quando realizados com o procedimento recomendado pela NBR 6118:2014, essas
duas regiões precisariam ser armadas à punção, de forma que há uma divergência entre o
software e a norma brasileira.
56

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com relação às formulações apresentadas pelos códigos estudados, pode-se inferir


que, em linhas gerais, não há como caracterizar cada uma dessas normas como mais ou menos
conservadoras, porém, diferentemente da norma americana, o ACI 318, tanto a NBR
6118:2014, quanto o Eurocode 2, levam em consideração a taxa de armadura de flexão
presente na ligação entre o pilar e a laje, de forma que há a possibilidade de reforço da ligação
com apenas o aumento dessa taxa de armadura, elevando as tensões resistentes
consideravelmente, como visto no capítulo 3.
Ainda com relação à consideração da taxa de armadura, a NBR 6118:2014 não limita
um valor máximo que possa ser considerado, como visto no capítulo 2, de forma que, para os
casos onde se utilizam elevadas taxas de armadura, essa norma apresenta os resultados menos
conservadores, em comparação com as outras normas, conforme apresentado no capítulo 3.5.
Já nos casos em que são baixos os momentos fletores atuantes, o ACI 318 se mostrou
o menos conservador, resultando em menores valores de tensões solicitantes.
Após uma análise mais abrangente, conclui-se que o Eurocode 2 apresentou os
resultados mais balanceados, sendo seus valores menos influenciados por variações nas
características da laje, apresentando menores dispersões e, portanto, maior confiabilidade.
A respeito dos softwares utilizados, conforme apresentado no capítulo 4, quando
comparados seus resultados com os obtidos através das formulações apresentadas na NBR
6118:2014, apenas o software CAD/TQS forneceu valores diferentes, devido às suas
considerações adotadas durante o procedimento de cálculo das tensões solicitantes, de forma
que o engenheiro projetista deve sempre analisar criteriosamente seus resultados, a fim de
ponderar sobre a utilização desses valores no projeto estrutural. características da laje,
apresentando menores dispersões e, portanto, maior confiabilidade.
Como sugestão para trabalhos futuros, recomenda-se estudo semelhante a este, porém,
tratando-se de um projeto real de uma edificação, da qual se faria a comparação em pilares
específicos de maior importância. Outra sugestão seria a complementação dos resultados
obtidos neste trabalho, com a verificação de casos não contemplados, como pilares de canto,
aberturas nas lajes e pilares com reentrâncias.
57

REFERÊNCIAS

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR6118: Projeto de


estruturas de concreto: Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.

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dimensionamento à punção em lajes lisas. Dissertação de mestrado, UFMG, 2008.

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estruturas usuais de concreto armado. 2ed, São Paulo: PINI, 2013. v. 2.

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do 47º Congresso Brasileiro de Concreto, Recife, 2005.

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MELGES, José Luiz Pinheiro. Punção em lajes: Exemplos de cálculo e análise teórico-
experimental. Dissertação de mestrado, EESC-USP, 1995.
58

MELGES, José Luiz Pinheiro. Análise experimental da punção em lajes de concreto


armado e protendido. Tese de doutorado, EESC-USP, 2001.

RABELO, Fernando Toppan. Análise comparativa de normas para a punção em lajes de


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SOUZA, R. A.; BITTENCOURT, T. N. Definição de expressões visando relacionar fc’ e


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