O documento discute os principais conceitos e fundadores da Sociologia, incluindo Durkheim, Weber e Marx. Aborda temas como representações sociais, funcionalismo, teoria crítica, estratificação social, comunicação, poder e a relação entre campo e cidade.
O documento discute os principais conceitos e fundadores da Sociologia, incluindo Durkheim, Weber e Marx. Aborda temas como representações sociais, funcionalismo, teoria crítica, estratificação social, comunicação, poder e a relação entre campo e cidade.
O documento discute os principais conceitos e fundadores da Sociologia, incluindo Durkheim, Weber e Marx. Aborda temas como representações sociais, funcionalismo, teoria crítica, estratificação social, comunicação, poder e a relação entre campo e cidade.
ARAÚJO, Silva Maria de. et. al Sociologia: um olhar crítico.
“Os fundadores da Sociologia, como disciplina científica, perseguem uma preocupação
ontológica, ligada à gênese da sociedade: por que as sociedades mudam e, ao mesmo tempo, permanecem?” (14). → Do meu ponto de vista, esta é uma ótima questão para colocarmos vinculado à educação. “A produção sociológica dos clássicos acontece em plena ebulição dos acontecimentos econômicos, políticos e culturais da segunda metade do século XIX e ocorre de modo concomitante entre os pensadores da Europa e da América do Norte” (17). “Representações sociais – objeto caro à Sociologia – são as noções ou conceitos pelos quais os grupos sociais explicitam sua concepção do mundo. As representações sociais ou coletivas resultam da combinação e associação de ideias e experiências de múltiplas gerações que cooperam para sua formação. A experiência dos indivíduos as reelabora” (21). Durkheim faz uma sociologia compreensiva, Weber interpretativa e Marx dialética – crítica, mostrando as contradições que constituem a sociedade capitalista: “Para Durkheim, a Sociologia tem o papel de compreender o funcionamento orgânico da sociedade e suas partes, de maneira a formular leis e realizar generalizações” (22). “Weber concebe a Sociologia como uma ciência interpretativa, cujo objeto é a ação social, a qual deve ser compreendida pelo sentido que lhe atribuem os atores sociais” (25). Fenomenologia: “A fenomenologia objetiva descrever, compreender e analisar os fenômenos de modo a não separar sujeito e objeto, mas a apreendê-los a partir da experiência primeira do indivíduo, ou seja, a relação do sujeito com o fenômeno estudado” (31-2). Funcionalismo: “Trata-se de uma perspectiva teórico-metodológica que sustenta ser a sociedade um sistema, cujas partes trabalham conjuntamente para produzir estabilidade e solidariedade. Para essa teoria, a ordem e o equilíbrio são o estado normal da sociedade, o qual se funda no consenso moral. O funcionalismo deduz haver uma ligação entre exigências sociais e as formas institucionais na garantia de integração social. Foi grande a sua influência nas ciências sociais; na produção sociológica seus representantes são August Comte, Herbert Spencer e Émile Durkheim” (32). Teoria crítica: “O fundador foi Max Horkheimer, que a batizou como teoria crítica por reunir teoria e prática, em oposição à teoria tradicional, de cunho cartesiano (...) O método adotado é o histórico, aceita as contradições sociais, porém não há uma síntese, pois, segundo Adorno, o todo é totalitário” (33). Ação e estrutura: “Tanto a ação quanto a estrutura social são categorias analíticas – conceitos elaborados com o objetivo de observar o entrelaçamento dos fenômenos concretos em aspectos específicos da realidade social” (37). Trabalho Trabalho imaterial: “A expressão trabalho imaterial designa todo trabalho cujo processo se realiza sem que se configure necessariamente uma transformação material e o seu produto concreto fique claramente evidenciado, embora haja possibilidades do trabalho imaterial resultar em produto material. É o caso do trabalho intelectual, de algumas formas de prestação de serviços, do trabalho criativo de concepção dos engenheiros e profissionais da informática, entre outros. Nas novas formas de organização da produção, aquelas tarefas que ultrapassam o caráter técnico da produção – como, por exemplo, a vigilância do trabalhador pela qualidade do produto, a responsabilização pelos erros e pelo posto de trabalho, a cooperação, a inovação, a troca de informações a partir da tecnologia informacional –, podem ser consideradas trabalho imaterial” (50). Estratificação social: “A estratificação social classifica os indivíduos e multiplica as hierarquias” (87). “‘A estratificação é um fenômeno social, cuja função é integrar a sociedade e consolidar determinada estrutura socioeconômica. Essa estrutura apresenta- se dividida não pela estratificação, e sim pelas oposições de classes’ (Stavenhagen, 1974)” (88). Definição de classe em Weber: “Weber define classe como qualquer grupo de pessoas que se encontram na mesma situação de classe, em termos de condição econômica, de situação no mercado” (94). Comunicação Indústria cultural: “‘a ‘indústria cultural’ é a forma sui generis pela qual a produção artística e cultural é organizada no contexto das relações capitalistas de produção, lançada no mercado e por esse consumida. Numa sociedade em que todas as relações sociais são mediatizadas pela mercadoria, também a obra de arte, ideias, valores espirituais se transformam em mercadoria, relacionando entre si artistas, pensadores, moralistas através do valor de troca do produto. Este deixa de ter o caráter única, singular, [...] para ser um bem de consumo coletivo, destinado, desde o início, à venda, sendo avaliado segundo sua lucratividade ou aceitação de mercado [...]. A nova produção cultural tem a função de ocupar o espaço do lazer que resta ao operário e ao trabalhador assalariado depois de um longo dia de trabalho, a fim de recompor suas forças para voltar a trabalhar no dia seguinte, sem lhe dar trégua para pensar sobre a realidade miserável em que vive’” (115-6). Produção de informação: “‘As notícias do mundo inteiro são determinadas por um punhado de atacadistas e varejistas da televisão. A maior [empresa] dos atacadistas, a Reuters, tem 70 agências de notícias com 260 clientes que as transmitem em 85 países’” (126). Ideologia: “‘[O] termo ideologia passou a ser pejorativo, fugindo de sua natureza ontológica (teoria das ideias), ao depreciar a validade do pensamento do adversário, considerando-o irrealístico. O senso de realidade do político precedeu o cuidado científico do termo’” (133). Poder Poder e política em Weber: “Todo poder é exercício e, quando exercitado, é política, pois poder é uma ação social” (144). Campo e cidade Êxodo rural: “No Brasil, a concentração das terras nas mãos de grandes fazendeiros, a infraestrutura deficiente e a redução do emprego no campo impulsionaram a migração maciça do campo para a cidade – o êxodo rural” (185). Violência urbana: “‘Utilizar o termo violência urbana – rótulo no qual somos bombardeados recentemente – significaria aceitar o embuste de que existe uma violência que é inerente à cidade, qualquer que esta seja. Nessa perspectiva ideológica, o problema não seria brasileiro, mas universal. As causas do fenômeno, nesta visão, não seriam sociais, mas essencialmente ecológicas, já que imputa ao meio ambiente, chamado cidade, a capacidade per se de gerar violência’” (198).