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PREFÁCIO
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ISBN: 85 - 232-0027-4
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A.c1.c1.i.m, o.6 au.toJt.e..6 julga.11.am opo11..tuno lanç.a11. e..6.6a "II:!_
TROVUÇÃO AO USO VO MI CROSCi1PI O PETROGRÁFICO" de..6 .t.i.nada ao.6 ~
f~~~L1:~- ---··· . ç{Y.,,/~/dco.~ i" .tud.i.o.6 0.6 e. pa11.üc.ula11.me.n.te. ao.6 aluno.6 que. .6 e. .i.n.i.c..i.am naq ue.la.c1.
@_.JQ~. al._ 'I e..c1.c1-e.nc..i.alme.n.te. p11.â.t.i.c.o, .6 a.c.11..i.6.i_c.ando, ii.6 vêzu, o Jr..i.9011. .te.õ-
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. -.,..- Preço I·
1
11..i.c.o de. que. pode.11.â .c1e. .c1a.t.i..c16aze.11., o le..i..toJr. .i.n.te.11.e..c1.c1a.do, na 11.e.
6e.11.ênc..i.a b.i.bl.i.ogJt.â6.i.c.a. .i.nd.i.c.ada.
0.6 a.u.toJt.e..6 ag11.ade.c.e.m ãque.le..6 que. ve.nha.m a. c.11..i.Uc.a.11.
Fujimori, Shiguemi
Introduçio ao uso do microsc6pio petrogri c.on.c1.t11.uüvame.n.te., v.i..6ando o a.pe.Jr.6e..i.ç.oa.me.n.to de..6.6a "H/TROVUÇÃO
F96li fico/Shiguemi Fujimori e Yêda Andrade Fer
reira. ~ l.ed., 3~ tiragem. ~ Salvador! AO USO VO MICROSCi1PIO PETROGRÁFICO".
Centro Editorial e Didático da Univ e rsidade
Federal da Bahia, 1985.
240p. : il. ..! :; . 1· . <' \'. :\ . ': ' .
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presa,
tiragem,
por um lapso,
publicada em 1979,
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1. Minerais ~ Propriedades.~pti c as .
CDU - 549.903.5:535.82.004.l
CDD - 549.125
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i fNDICE
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<-..--. 5. 3. PleocroÍsmo e absorção . . . • . . . . • . . • . . . . . . . . . . ra de eixo Ótico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166
60 8. 12. Determinação do sinal Ótico por meio de figu-
5. 4. Relêvo . . . . . . . . . . . . . . . • . . • • • . • • . . . . . . . . . • . . • . 61
5. 5. fndice de refração do mineral em ralação ao ra de bissetriz obtusa (Bxo) . . . . . . . . . . • . . . . . 171
do meio de imersão ...•...•....•.•.•..•.•.... 8. 13. Determinação do sinal Ótico por meio da figu-
63 ra de normal ótica • . . . . . . . . . . . . . • • . . . . . . . . . . 176
5. 6. Clivagem . . . . . • . . • • . . . . . . . . . . . • . . • • . . . . . • . . . . 66
5. 7. P~r7ição · · · : · · · · : · · · · , · · · . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 9. ORIENTAÇÃO DAS INDICATRIZES - DISPERSÃO . . . . . . . . . . . . 179
5. 8. Habito dos minerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
9. 1. Orientação das indicatrizes dos minerais unia
6. OBSERVAÇÃO DOS MINERAIS COM NICÕIS CRUZADOS •.•..•.. 74 xlais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . :- 179
\. 9. 2. Orientação das indicatrizes dos minerais bia-
6. 1. Princípio geral .••.....•.••....•.•...•...•.. 74
I 6.
6.
2.
3.
P~siçÕes ~e extinião_e de mixima luminosidade
Cores de interferencia .•........•..•••......
77 9. 3.
xi ais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Dispersão n~s minerais isotrópicos . . . . . . . . . .
179
183
79 9. 4. Dispersão nos minerais anisotrÕpicos uniaxi-
~ 6. 4. Birrefringência mixima e côr de interferência
ais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184
de maior ordem .••....•••..•......•.•.•.•.•.. 83 \ 9. 5. Dispersão nos minerais anisotrópicos biaxiais
6. 5. 185
Utilização de acessórios . • . . . . . • . . . . . • .•••.. 85
6. 6. Determinação das posições ~os raios lento e
ripido do mineral com acessório . . . . . . . . . . . . . 86
)1 AP!NDICE - Determinação dos Índices de refração com ó-
6. 7. 1 leos de imersão . . . . • . . . • . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . 194
Determinação da posição dos raios lento e ri-
pido do mineral por meio da cunha de quartzo. 91 1
t BIBLIOGRAFIA . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200
- 1 6. 8. Determinação da côr de interfer~ncia de maior ',..
ordem . . . • • . . • . • . . . . . . . • • . • • . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 1
" 6. 9. T~pos de extinçã~ ...•.........•......•••...• 96 1
6
8. 2.
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Figura dé bis'sétriz • aguda \,.llxa) ••...•.•.• · • · 137
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Btt•LIOTECA SETORl'.-.1..
7
1. INTRODUÇÃO
1;
1
"\.
1.1. Definições
l Luz - é uma forma de energia radiante que causa as
sensações recebidas pelos Órgãos visuais. Alguns fenômenos pr~
<luzidos pela luz são melhor explicados admitindo a luz com na-
,. tureza corpuscular, ao passo que outros só são explicáveis p~
i
i •
la teoria ondulatória da luz. Daí o caráter dual da natureza
da luz.
·- Sendo a luz uma espécie de oscilação periódica, ela
nada mais é, ordinàriamente, que a parte visível de espetro
eletro-magnético mais amplo que vai desde os raios gama até as
ondas longas de rádio (Fig. 1. 1) . -=---==e. ·
LUZ Yll{YE'L
1
~
1
l
1
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1 '~,~- 1 '
-~ ~
'
l
posíçoes consecutivas idênticas na direção de propagação de um
movimento ondulatório. Na Fig. 1.2 a distância entre duas cri~
tas consecutivas mede À. O comprimento de onda da luz varia
1 _1 . _7
),,\.
desde 3 900 Aº ( 1 Aº = 10 mµ = 10 mm) até 7 900 Ao, aproxi
'i
'· 1 q
- ==...:...;:_·~.;..=.;.;__:·
madamente. A luz branca é constituída de tÔdas essas radiações
visíveis e é separada nas seguintes côres fundamentais:
Ã=v
V
T=--º-
",'"
.\ '.
.
o f
( violeta 3 930 Aº - 4 460 Aº
1 Luz monocromática - é a luz · c onstituída de um Único
anil 4 460 - 4 640
comprimento de _onda. Exemplo de uma luz monocromática é a l u z
azul 4 640 - 5 000 amarela de sódio, cujo comprimento de _onda é, aproximadamente,
\ verde 5 000 - 5 780
5 890 Aº.
\,
amarelo 5 780 - Raio - é a linha de propagação da luz a partir do
5 920
ponto de origem a um outro ponto qualquer. Nos meios homogê-
alaranjado 5 920 - 6 200 neos, os raios são retilíneos. · (Fig. 1.3).
vermelho 6 200 - 7 590
Anteparo '"'1
\. r-------~
i A
A
1 Raio
'~.~ :: :. :....
1
FIG . l . 2 - MOVIMENTO ONDULATÓRIO SENOIDAL ~ · .·.:
Entre o período (T) (ou frequência f), a velocidade \\ No meio isotrÓpico, essa superfície é esférica, pois
(v 0 e o comprimento de onda de uma radiação (Ã), existe a se-
)
• os raios possuem a mesma velocidade em tôdas as direções (sub~
guin~e relação: tâncias amorfas e cristalinas do sistema isométrico) (Fig.
1.4). ·'''
10
11
' /
;(
Nos meios ~~~~~cos (maioria das substâncias
dos eixos principais.
cristalinas) os raios de luz se propagam com velocidades dif~
rentes conforme a direção. As superfícies de onda, nesses c~ Uma onda particular propaga· na direção do raio, mas a
sos, são elipsóides. Na Fig. 1.5 vê-se uma seção através des- frente de onda avança na direção da normal à onda.
sas superfícies.
'<Normal Normal
1
Frente de onda
/.-"
Frente de
onda ,,,..,,,...~Normal
-,--
;\lormol
~\.
1
i Normol--1
1
de o ndo
1
1
i--Norrno 1
Quando a superfície de onda não é esférica, o pl~ a) princípio da propagação retilínea da luz nos mei-
no tangente não é perpendicular ao raio que toca no respecti vo os homogêneos;
ponto de tangência, exceto aos raios que propagam na d i reção b) princípio da reflexão;
dos eixos principais de elipsóide (Fig. 1.5).
c) princípio da refração;
Normal à onda - é a perpendicular à fren~e de onda,
ou seja, ao plano tangente à superfície de onda. S~ a superfí- d) princípio da independência dos raios.
cie de onda é esférica, essa normal coincide com a direção do )~
O primeiro princípio pode se resumir da seguinte m~
raio (Fig. 1.4), porém, se é elipsóide, ela não coincide neira: a luz se propaga em linha reta nos meios homogêneos.
~;ma direção do raio l~ino'o (Fig. l.S), exceto ~ di~ção Quando o meio não é perfeitamente homogêneo, como é o caso da
1 13
L'
~'.
. :::-r== ~--
r--;7
' ( ,
massa atmo sférica que rodeia a Terra, o raio da luz apresenta 1.3. Princípio da reflexão
Q~a curvatura, como indica a Fig. 1.6.
Dois meios homogêneos, m1 e m2 são separados por uma
superfície S. Um raio de luz AP,que se propaga no meio m ,após
1
LUZ
-- ATMOSFERA
atingir a superfície S em P é devolvido ao meio, segundo
raio PS. O raio AP é o incidente e PS o refletido. Seja PN
0
a
normal à superfície S no p·onto P. A lei da reflexão estabelece
.. que os raios incidente, refletido e a normal à superfície no
TERRA ponto de incidência estão no mesmo plano e o ângulo formado p~
lo raio refletido e a mesma normal, (r ), são iguais.
1
O ângulo i 1 é o ângulo de incidência e o ângulo r ,o
FIG . 1 6-TRAJETÓRIA DA LUZ DE SOL NA ATMOS- ângulo de reflexão. 1
FERA D~ T ERRi'.
Naturalmente, o fenômeno é muito mais complexo, se
se leva:r- em consideração a porção de raio que penetra no ou-
tro meio, m2 , a distribuição energética dêsses · raios, ou mudan
ça na estrutura de vibração dêsses raios (polarização).
N
A 8
~
1.4. Princípio da refração
-·/ ml
yme;o
Conforme foi dito na seção anterior, uma parte
luz incidente penetra no mejo m , geralmente apresentando
2
desvio na direção de propagação.
da
um
p
O raio PC, que penetrou no segundo mei~ é o raio re-
fratado (Fig. 1.7), e o ângulo i 2, formado por êsse raio e a
si normal à superfície S de separação no ponto de incidênci~ é o
i2 \ . meio m
ângulo de refração.
2
1 • Se n 1 e n 2 forem Índices absolutos de refração dos sendo T o período da luz monocr6mática igual em todos os meio~
.meios m1 e m2 , respectivamente, de acÔrdo com os conceitos de propagação por ondas •
Sendo n I e n,- os Índices de refração de dois meios, e separação, de acÔrdo com o que se viu no princípio da refração.
v 1 e v 2 as velocidades respectivas de uma radiação monocromáti Aumentando o ângulo de incidência, tem-se, para cada raio inci-
ca, tem-se: dente ( b, etc. ),um raio (b' ... ) cujo ângulo de refração
n2
cresce correspondentemente. Ao ângulo de incidência, igual a
VI TV ÀI
-- = ---- = -...,,- L = -- 90°, corresponde um raio incidente rasante (c), cujo ângulo de
n1 Vz -· Vz Ãz
l6 17
./'.
refração ic é o ângulo máximo de refração. ~ste ângulo de re-
fração chama-se ângulo aritiao ou ângulo limite. Para essa in
cidência rasante resulta: D = nviol. - nverm.
da.
N Eixo C
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O'a ,,,,,''·oºx Luz Natural Luz Polarizada
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Placa de Turmalina
>Q °ó o,..e>.
% FIG . l . 12-POLARIZAÇAO DA LUZ.
V
dicular ao primeiro (Fig. 1.13), e é o ordinário.
l
1
1. 10. Interferência
Seja feita a analogia de fenômenos da interferência
da luz
com o deslocamento de um ponto P qualquer,simultâneame~
te, por duas ondas emitidas pelas fontes S1 e S2 (ou por uma
~ e
mesma fonte) (Fig. 1.14).
nário o faz nesse plano. tsses dois raios incidem sôbre a cam~
p
da de bálsamo de Canadá. O Índice do raio ordinário, sendo mai
or que o do bálsamo, e sua incidência sôbre êsse se fazendo
sob ângulo crítico, êle sofre reflexão total e é absorvido pe- ~
"1 s2
las paredes enegrecidas do prisma.
22 23
primento de onda.
r - r = ( 2m + 1 ) __
À_
1 2 2
~-·
,_ '·
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2. 1. Minerais isotrÕpicos
Num mineral isotrÓpico,os raios de luz se propagam
com igual velocidade em tôdas as direçõe's, de modo que os seus
Índices d~ __l'e_fração permanecem os mesmos para qualquer dire-
ção. 1
24 1 25
~
Uma das v~brações ao raio refratado o faz no plano
--··-
•são isotrÓpicos os minerais que se cristalizam :10
sistema isométrico e os mineralÓides. Essas substâncias pos- que contém o eixo ~tico, isto é, na seção principa~ e consti-
~-- ~ ~- -
suem sÕmente um Índice de refração, e o raio de luz que as atr~ tui o raio extraordinário de Índice de refração n e e velocida
-
vessa não sofre o fenômeno de dupla refração, isto é, não des de de propagação ve' quando o raio caminha perpendicularmente
dobra em dois outros de Índices diferentes. ao eixo ótico. A outra vibração, perpendicular à primeira, é o
raio ordinário de Índice n e velocidade de propagação v .
o o
27
26
( ( '
~t ic o (e)
2.3. Superfície de velocidade
dos raios dos minerais
'~ ~ --- - ===-1
--=- ~-
.. ··- ·
uni axiais
Sec~o pr i nc;pol
As superfícies de velocidade dos raios extraordiná-
rios e ordinário de um mineral podem ser construídas tomando-
s ~ a parrir de um ponto, segmentos proporcionais às velocidades
de propagação dêsses raios em tôdas as direções. Como a veloci
dade de propagação do raio ordinário é constante, qualquer que
seja a direção de propagação do raio, a sua superfície de velo
cidade é uma superfície esférica (Fi g. 2.4).
lar ou equatorial.
30
31
Bxa =Z biaxial positivo
Bxa =X biaxial negativo
Perpendicularmente ao plano Ótico tem-se a normal
ótica Y, de Índice intermediário n .
y
A bissetriz do ângulo obtuso formado pelos eixos óti
cos coincide com a vibração X no caso dos minerais positivos,
Z (Bxa)
e com Z, quando o mineral fôr negativo.
Bxa
nx 1 X
BXO
\
\
\
...\.
-
32
33
:~
1
3. MICROSCÕPIO PETROGRÃFICO
Bxo
\
\
\
"y~,
\
\
canhão
braço
platina ou estágio móvel
parafus.os macrométrico e mic~ométrico
base
34
i
35
acessórios:
placa de mica
i
placa de gipsita ou de quartzo
cunha de quartzo
LUZ NATURAL ' SISTEMA SISTEMA
, pinos para centralização da objetiva
POLARIZADA O R TOS C O P 1CO CONOSCOPI CO
compensador de B~rek.
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servação é feita ortoscÕpicamente. Quand~ se faz a observação
ANALISADOR -f--==1
ACESSORIO ~~r---:c=:J
1
1
1
t=
t ~~t=J
t
1
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1 '
1
1'
t=
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1
1
=~r=:J
microscópica sem o analisad9r e a lente_ de Amici-Bertrand, tem-
se a observação sob Zuz natural ou com nicÓis não cruzados.
1 1 1 1 1
1 . 1 1 1
1 1
' 1 3.2. Objetiva
~ ~ !
OBJETIVA ~ uma lente ou uma associação de lentes que fornecem
uma imagem real do objet~ observado. Acha-se localizada na e~
MOVEL 1 •)>...} 1
1 1,~ •V dades, tais como: aumento linear, abertura numérica, limite de
CONDENSA D O R resolução, poder de resolução, distância de trabalho.
3G
37
aumenta a abertura numérica da obje~iva e, portanto, as suas qu~
A abertura numérica indica a qualidade da objetiva, lidades Óticas, tais como,a iluminação, o poder separador.
t ·1 pois, para um dado aumento e mantendo-se os demais fatôres cons
tantes, tem-se:
11111111111
lente de
"\.
I A
Lente Coletora
8
FIG. 3. 2 - ESQUEMAS DE OCULARES
---- - ·_
'71
de iluminação.
------·
da ocular. O polarizador está localizado logo após
O t
•1- ;e
>- g. Placa de Mica
....
l o t ;_ f """ de Gipsita ou de Quartzo
FIG. 3 .5 - ACESSÓRIOS
44 45
.J
).
Vibração do
Vibração
do
Pola -rizo dor
4. 1. Observações iniciais ( l)
\- Ao examinar as propriedades Óticas dos minerais com
] microscópio petrográfico, êsse deve apresentar as seguintes
condições essenciais:
.,,
cularmente ao eixo ótico (eixo cristalográfico e) e apresenta
pouca absorção para os raios que vibram paralelamente a esse Neste caso, o micros_cópio não está centralizado
e a
eixo. sua centralização se torna necessária.
Para um grão de turmalina prismático alongado, o ei- Traz-se um ponto pequeno qualquer da lâmina ao cruz~
xo Ótico é normalmente paralelo ao comprimento maior do grão. mento dos retícrilos (1) e gira-se a platina até que êsse pon-
to atinja a posição (l'), mais afastada da original, isto é, p~
Trazendo um dêsses grãos com o seu eixo Ótico perfei
ra a extremidade ' oposta do diâmetro da circunferência descrita
tamente determinado à posição de côr mais escura corresponden
pelo ponto (Fig. 4.4). Por meio de rotação dos dois pinos ace~
te à máxima absorção, o plano de vibração do polarizador é peE
sérios que acompanham o microscópio, ajustáveis nas duas sali-
pendicular ao eixo Ótico ou cristalográfico e (Fig. 4.2, posi-
ências da objetiva, ou por rotação conveniente de duas
ção 1). roscas
embutidas na própria objetiva, como
em alguns tipos de microsc2
O plano de vibração do polarizador é paralelo a um pio, traz-se o ponto 1 1 para
o centro da circunferência descri
dos retículos do microscópio, norte-sul ou leste-oeste.
ta pelo ponto. Deslizando-se a lâmina, coincide-se novamente o
A vibração do ~•alisador é perpendicular à do polari ponto l' com o cruzamento dos retículos e verifica-se se ainda
li
1
zador. A verificação dessa perpendicularidade é feita introdu-
zindo-se o analisador ao circuito Ótico do microscópio
o mineral na platina, o campo do microscópio deve estar compl~
e, sem
o microscópio não está centrado, pela rotação da platina. Se a
centralização não foi perfeita, repete-se a operação anterior,
até que ela seja perfeita.
tamente escuro ou extinto. Quando não se verifica essa extin
ção completa, e estando tanto o a.~alisador como o polarizador
em perfeitas condições, os seus planos de vibração não são ex~
tamente perpendiculares entre si. Gira-se, então, o polarizador
ou o analisador até se ter o campo do microscópio completamen- ·~
I
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4.3. Centralização do microscõpio 1
O eixo da objetiva deve ser coincidente com o eixo
"'~ /
Quando não se verifica aquela condição de coincidên 4.4. Retificação dos ret1culos
eia dos eixos, um ponto no cruzamento dos retículos vai descr~ Os retículos da ocular devem ser exatamente parale-
ver uma circunferência quando se gira a platina, e os demais los aos planos de vibração do polarizador e do analisador. NoE
malmente as oculares dispõem de saliências que encaixam no t~
pontos, circunferências que não são concêntr·icas em relação ao
cruzamento dos retículos (Fig. 4.4). bo do microscópio,de modo que essa condição é satisfeita. En-
tretanto, a sua verificação pode ser feita ocasionalmente,utili
50
51
zando-se lâmina que contenha cristais aciculares ou prismáti-
cos de natrolita ou qualquer outro mineral prismático euedral 4.6. Preparação das lâminas
com extinção paralela (turmalina, por exemplo). Observando-se a
delgadas
natrolita com nicóis cruzados, tem-se extinção completa da me~ Os minerais e as rocha~ para serem examinados com mJ:.
ma, quando a agulha ou a aresta alongada reta do mineralestáp~ croscópio, devem ter uma espessura suficientemente fina para
ralela ao plano de vibração do polarizador ou do analisador. que a luz possa atravessá-los.
; 1
Nessa posição, um dos retículos da ocular deverá ser paralelo Consegue-se essa espessura adequada, fazendo-se as se
à agulha da natrolita ou à sua aresta retilínea. Não se verifi ções ou lâminas delgadas dos minerais ou rochas.
cando êsse paralelismo, os retículos deverão ser retificados
.1 O equipamento necessário para a confecção de uma lâ-
por especialistas ou, se o polarizador e analisador dispõem de
mina delgada consta essencialmente do seguinte:
movimento de rotação, os seus planos poderão ser trazidos à P2
sição dos retículos. serra para cortar rocha ou mineral
politrizes petrográficas
placa aquecedora,
4.5. Focalização
f A focalização de un. objeto com objeti~as de pequeno
abrasivos em p? de várias granulações como as de nu-
mero 180, 500, 600, etc.
aumento nao oferece, geralmente, maior dificuldade, pois a di~
tância frontal é grande. A objetiva é aproximada à lamina pelo lâminas de vidro lmm x 25mm x 45mm
52
53
sobre urna fÔlha de papel na mesa, com a rocha ou mineral voltado para
so até desaparecerem marcas da serra; baixo, e pressionar a lâmina até desaparecimento total das bÔ-
lhas de ar;
54
...
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" · - UFRN
cozimento desejado, e mais aquecimento se torna necessário.
4.7. Preparação da amostra em
Quando o bálsamo se torna quebradiço, êle est.á suficientemente
!
1 cozido e pronto para a cobertura da lâmina;
I liquidos de imersão
Um método de preparação de amostras nao permanente é
18. com o bálsamo cozido devidamente, colocar a lâmi- a montagem das mesmas em Óleo de imersão.
na sôbre urna ou algumas fÔlhas de papel lenço, em cima da placa
Nesse método, a amostra, seja de rocha ou de mineral,
aquecedora, com a parte da rocha voltada para cima.
é pulverizada num almofariz e peneirada, utilizando-se as peneiras
Por meio de urna pinça, a lamínula é emborcada sobre de 100 "mesh" e 150 "rnesh" Tyler, de preferência. A fração r~
a lâmina,o::ilocando-se inicialmente uma- das suas arestas maiores. tida na peneira 150 é conveniente para a montagem em Óleos de
O próprio pêso da lamínula com bálsamo fará com que ela se as- imersão. Eventualmente utilizam-se frações menores, dependendo
sente sôbre a lâmina, e urna pequena pressão com urna ponta de dos problemas específicos a serem estudados.
borracha elimina as bÔlhas de ar por acaso existentes;
A amostra pulverizada e selecionada entre os tama-
19. retirar a lâmina da placa aquecedora com urna pi~
nhos correspondentes àquelas peneiras é lavada com agua desti
ça e colocar sÔbre urna fÔlha de papel lenço posta sÔbre uma s~
lada, e, por processo de decantação, eliminada a fração pulveru-
perfÍcie plana, de preferência metálica; pressionar a lamínula
lenta em suspensão. tsse processo de lavagem e decantação é r~
56
57
cobre-se com a lamínula, cujo tamanho deve abranger completame~
te a gÔta de Óleo com os grãos de amostra (Fig. 4.6 C). Pressi
ona-se muito ligeiramente a lamínula com urna ponta mole de 5. OBSERVAÇÃO DOS MINER AIS ~OM
borracha, a fim de eliminar as bÔlhas de ar e tornar a lamínula LUZ NATURAL POL ARIZ ADA
paralela à lâmina.
H ASTE DE VIDRO
M E TÁ L I C A
GRÃOS DE
M 1N E R A L -....._.~.ê.
LAM ( NU L A,
LÂMINA :··.::.. ._O' LEO
orTTnr1r1r1~s,.,,,.,,,.i.,~.
1
v 7 !Zi7õa
;.,.::,~.. ZA ~+- OLEO
rzz ;111 5. 1. Ger á!
São estudadas, nesse capítulo, propriedades dos mine-
FIG . U - MONTAGEM DOS GRÃOS NO ÓLEO DE IMERSÃO rais que se observam no microscópio petrográfico com luz nat~
ral ou nicóis não _cr..u.zados.
- 'f'{::..rv..
1 '·' •').f
O analisador e a lente de Arnici-
Bertrand estão fora do sistema Ótico do microscópio .
(
4. 8 . Mon t age m pe r mane nt e de Essas propriedades são a côr, o pleocroísmo, a absor
grã os de amo s tr a ~ ..,.......___._ -
ção, ...
~ - -·
o relêvo, o Índice de refração em relação ao meio, a cli-
Os grãos de minerais podem ser montados numa lâmina vagem, o hábito, etc ..
58
59
~;
i' ( '
-..'\
)'> 5.3. Pleocroísmo e absorção ' y azul claro
Para minerais coloridos,. a côr põae variar ou não, CO!!_ Z = azul escuro
forme a direção de vibração da ~:.:..~iação que os atravessa.
E a correspondente tuJ:'rnula de absorção é
Urna radi , ' ão, ao transmitir-se através do minera~ po- X , _- 15
absorção fraca
de ser diferentemente absorvid~ conforme a direção de sua vi
bração e ao mineral resultam côres diferentes. g_ _o ._pZ.eoa~o,:.S- Y = absorção intermediária
1/1.Q. Z = absorção forte
Q.:iando o mineral é pleocróico, girando-se a platina que pode ser. escrita também X < Y < z.
do microscópio, êle muda de coloração. Na direção de vibração
Para determinar as fórmulas de pleocroísmo e de abSOE
para a qual se verifica maior absorção, a côr do mineral é es-
çao, e necessário conhecer exatamente as posições das vibrações,
cura e,na de absorção menor,a côr é clara.
tanto nos minerais uniaxiais corno nos biaxiais e isso se cons~
Os minerais isotrópicos não apresentam fenômeno de gue por meio de figuras de interferência (Caps. 7 e 8). As se-
pleocroísmo, de modo que, para todos os grãos, a côr do mineral 4, ções de rnin~rais perpendiculares aos eixos Óticos, sejam dos
)- não muda com a rotação da platina. minerais uniaxiais corno dos biaxiais, apresentam pleocroísrno
nulo.
1 Q§._minerai~an:trÓpicos u~ coloridos apre-
sentam duas côres extremas de pleocroísmo, uma na direção de
vibração do raio extraordinário e outra na direção do raio ºE
dinário. ~ o diaro{smo . 5.4. Relêvo
A fórmula de pleocroÍsrno para os minerais uniaxiais Quando o Índice de refração do mineral é igual ou
é expressa pelas côres do mineral naquelas direções.' muito próximo do Índice do meio que o envolve, o contôrno dês-
se mineral se torna invisível ou pràticamente invisível. Se o
Para turmali~a, por exemplo, pode-se ter a seguinte
Índice do mineral se afasta muito do Índice do meio circundan-
fórmula de pleocroísmo: - ----- .
te, o seu contôrno se torna salient~, ~quanto maior a difere!!_
E = azul claro ça entre os dois Índices, maior é o contraste do mineral. A ê~
O = azul escuro se maior ou menor contraste que adquire um mineral em relação
ao meio envolvente se dá o nome de relêvo.
A absorção correspondente a essa turmalina sera, se-
gundo E, absorção fraca e, segundo O, absorção forte, e a sua O relêvo do mineral varia, portanto, com o meio de
fórmula pode ser escrita simplesmente E < O. imersão, podendo ser relêvo positivo ou negativo, conforme o ÍE
dice do mineral seja maior ou menor que o do meio de ' tmersão.
Os minerais biaxiais coloridos podem apresentar três
Pode-se es~abelecer,para um certo meio de imersão, uma esca~a
cores de pleocroísrno e êsse fenômeno é chamado de triaro{smo.
de relêvo. Norrnalment~ as lâminas delgadas são montadas em bá1
Essas três côres correspondem às direções'principais de vibr~
sarno de Canadá, cujo Índice de refração é da ordem de 1,54, e o
ção X, Y e Z do mineral, e a fórmula de pleocroísmo é expressa
relêvo dos minerais será uma função da diferença entre os seus
pelas côres adquiridas pelo mineral, segundo essas direções. No
Índices e o do bálsamo. Nesse caso, a seguinte escala pode ser
caso de safirina de Salvador, por exemplo, a fórmula de pleo- empregada:
croísmo é:
1. relêvo distinto negativo
X rosa claro Índice do mineral bem infer·ior a 1, 54;
60
61
~- ---------~ \
,_
5. 5. Tndice de refração c!0
exemplo: fluorita; mineral em relação ao ·do
' meio de imersão .~ -
2. re "º fraco negativo
62 63
meio, por exemplo. O contato entre os dois meios é perpendic~
raios refratados, nos bordos do mineral, formam um feixe diveE
lar à superfície da lâmina.
gente, de modo que, afastando-se a objetiva da posição a para
b, a linha luminosa de Becke sai, aparentemente, do mineral para
4 3 2 o meio envolvente (Fig. 5.3, A).
-b
',.
..
I
"
4 Mineral
H< n H>n
FIG. !5 . 2 - ORIGEM DA LINHA DE B~CKE (Hotch-h ti.
'
I
I I
/---A(Focalizada em o
'u_j;'
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J
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\--.-~--_,,-----8 b l ----'----1--- 1
l 1
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(Focalizada em
1
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"m zzzâ?ac-;,.,,7 11111,1111111 CLIVAliiEM
b, o
~
a'
~
"i Traço da C~ivo9e~.
1 ...---- Vis to no M1craseopeo
1 Traço da Clivo-
1
1 no Mie ros cÓf>io
1
1
l B
li o
~ ~
70 71
'
..-r/í
o mesmo se dando com os anfibÕlios. O córindon apresenta parti
ção basal {0001} e romboédrica, o espinélio partição octaédri-
ca.
"-C.::><:I I• A N FI B ÓLI O
a
Porti<;iio
B . PARTIÇÃONO CÓRl"iOON.
72 73
6. OBSERVAÇÃO.DOS MINERAIS A = e Cn 1 - n 2 ), que é fÓrm_ula de cam.inhamento.
COM NICGIS CRUZADOS
\ ; Pode-se explicar os dois raios de velocidades vx e
vz como resultantes da decomposição vetorial do raio provenie~
te do polarizador,segundo os dois planos de vibração do mine-
ral,perpendiculares entre si (Fig. 6.1, 1.2).
Um mineral observado com nicóis cruzados se comporta O analisador, como se observa na Fig. 6.1, além de
em relação à luz que o atravessa, conforme o esquema indicado reduzir as vibrações do mineral aos componentes v' e v' num
X Z
na Fig. 6 .1. único plano, produz uma defasagem entre êles de li radianos
(180°·), que equivalem a meio (1/2) comprimento de onda na dife-
A luz proveniente de uma fonte é polarizada, ao atra-
rença de cam.inhamento.
vessar o polarizador do microscópio. Essa luz polarizada que
vibra, por exemplo, nesse caso, segundo a direção norte-sul, i~ Resulta uma interferência construtiva dos dois raios
cide sôbre um mineral anisotrÓpico colocado na platina e,ao a- v~ e v~,após atravessarem o analisador, quando a diferença de
travessá-lo, se desdobra em dois raios que vibram em planos pe!: caminhamento total D, igualà soma das diferenças. de caminhame~
pendiculares entre si. tsses dois raios, no caso mais geral, to produzidas pelo mineral (A) e pelo analis~áor (À/2), é
possuem velocidades de propagação difepentes ~x e vz ~ Índices um múltiplo inteiro (p) de comprimento de ondá.
de refração respectivos n 2 e n 1 e, ao atravessarem o mineral D =6 + À/2 p À portanto:
de espessura e, lhes resultam uma , diferença de caminhamento À
A = (2p - 1)
ou retardação A, e um atraso no ~~mpo A t. O raio de velocida- 2
de menor constitui o raio l.ento;' e o de meFJ:s-r velocidade, o Assim, haverá interferência constru·fiva entre os
. 1Vjf.j 18 1,
raio rápido. O atraso no tempo existente entre os dois raios, '
dois raios emergentes do analisador, quando a diferença de ca-
rápido e lento, é dado pela expressão minhamento produzida pelo mineral (A) fôr um múltiplo Ímpar
e - _e_ de meio comprimento de onda.
A t = V V
= e cV l _L)
vx
z X z
A interferência destrutiva entre os dois raios v' e
X
Multiplicando ambos os membros por e =. velocidade dos raios no v~,após atravessarem o analisador, se verifica quando a difere~
vácuo, tem-se ça de caminhamento total D ê igual a múltiplo Ímpar de meio
r
( _s:_ - ~)
comprimento de onda, isto é:
c. A t =A =e V V
Z X
H 75
D = 6 + Ã/2 = (2p -: 1) Ã/2
portanto: 6 = p À
e (n
1
- n
2
) = pÀ
1
ANALISADOR Para uma certa orientação ou corte do mineral, a di-
l ferença (n 1 ~ n 2 ) será constante. Um minera~ com uma certa e~
! pessura constante e 0 , tal que os dois raios, após o percorrerem,
\}
estiverem em condição de interferência destrutiva, apresenta-se
11 esçuro, quando observado ortoscÕpicamente. Se o mineral tem
,~
i----r-----1 z
uma espessura variável, naqueles pontos onde a sua esp~ssura
1.1
POLARIZADOR
EB 2. 1 3.1
com os do polarizador e analisador, a luz polarizada que pene-
tra no mineral se decompõe em dois componentes, mas o
te, segundo o plano perpendicular ao do polarizador, tem
-
de -nula (Fig. 6.1, 3.2). O outro componente que atravessa o
-
mi
FIG . 6.1 - ESQUEMA DOS PERCURSOS DOS RAIOS O mineral,nessa posição, se apresenta escuro ou extin
- ,, to.
DE LUZ COM NICOIS CRUZADOS.
. Então, para se localizar as posições dos dois planos
'
77
76
de vibração do mineral, êste é trazido à posição de extinção ~ dI
2
_A
_ _ sen 2 a cos 2 a) 2
pela rotação da platina do microscópio. Nessa posição, os pla-f'\ • da 2 A sen 4 a
no s d e vibração do mineral são paralelos ao do polarizador e !
2
analisador. ~ = _A_ • sen 4 a = O
da 4
Numaoutra posição qualquer (Fig. 6.1, 1.3, 2.3), e-
xistem componentes segundo o plano de vibração do analisador 4 a = O ou 180° a = 45°
e, portanto, uma certa luz sempre o atravessa. O mineral esta- Girando-se a platina de 45°, a parti_r da posição de
rá i l uminado, quando observado com nicÓis cruzados. extinção, têm-se as direções de vibração do mineral, fazendo um
ângulo de 45° em relação aos planos de vibração do polarizador
e analisador, e é a posição de máxima l'uminosidade.
/
.1
' \
('
/
/
/
A
'' í~ Em outras posições, entre êsses dois casos extremos
'' \.J~ de extinção e máxima luminosidade, verifica-se uma iluminação
intermediária do mineral no microscópio (Fig. 6.1, 2.3).
78
79
radidção amarela, a côr de interfe~ência apresentada pelo mine
destruição pela interferência, aparecendo o mineral escuro ne~ ral é vermelho arroxeado (vermelho sensível) que é a cor com-
ses lugares. Nas posições intermediárias, o mineral se aprese!!. plementar do amarelo.
ta com a côr da luz monocromática utilizada.
Normalmente, a espessura do mineral não é constante,
de modo que as diferenças de caminhament~produzidas pelo min~
ra.l, variam de ponto para ponto. Para um grão de mineral, a sua
orientação Ótica sendo constante, aquêles pontos de igual dif~
Faixas Escuras
rença de caminhamente se apresentam com a mesma côr de interf~
rência, e, portanto, coincidem com o lugar de igual espessura
do mineral. Um mineral, anisotrópico, que geralmente possui e~
pessura variável, apresenta várias côres de interferência. No
MINERAL visto em Microscópio
caso mais geral, essa côr de interferência .'LaI!Ía-COID-a.--diferen.,-
ça à~- ~~j nhC1J1lento produzida pelo mineral, e essa diferença é
! unção ~~ _:_spessura d~ m~n~~~~~ da orientação e natureza do mi
neral, conforme se pode concluir da fórmula da diferença 6.
31
80
amarelo e . é de primeira ordem. Quando a espessura e orientação
dêsse mesmo mineral são tais que a diferença produzida pelo
ESPESSUllA
mesmo · é 1120 milimicra (duas vêzes o comprimento . de onda da
o j j ClllZA 1 l'lfETO
.~
o
l i'
:t
radiação amarela), aparece uma côr de interferência arroxeada,
porém de segunda ordem, e assim por diante, também para as de
'- mais côres.
•
i ···
CINZAI alfAH<;O
~ Birrefringência mãxima e
...•
li cõr de interferência de
maior ordem
ALAllANJADO
Como foi visto anteriormente, a côr de interferência
....
t
V 1 ~ depende da diferença de caminhamente A,expressa por
G)
..."'o VEIU,ELHO SEHSIVEL -------1~
I~
!" A = e (n 1 - n2)
~
1 v~
n
>
:11
.• VElfOE AllAlfELADO
ESVElfDEADO
1 QI
~ ---- -----
Para grãos de espessura constante, o valor de
ria com a difer~nça entre os Índices de refração dos
- - ---
A
dois rai
-i
>
...~
• ..."'""
os •
li .
1 - n 2 chama-se birrefringência.
e
"'n
"'
~
Essa diferença n
A
v·ElfllELHO ALA/tAHJADO
o ... . birrefringencia -
do mineral varia de zero até um va
~·~·
...
t
º' lor máximo aos quais correspondem os valôres de A mínimo e má-
:11 1 ~ ( c~
-
ximo, respectivamente. A êsse valor máximo de diferença de
"'
UI
o
V ElfllELHO
lt: minhamento corresponde uma côr de interferência de maior or-
e 1
ESVElfDEADO ~-
"'z ~
~
dem. A birrefringência correspondente _é a birrefringência máxi
..... ... ma •
1r
VEllllEHO lfOSA fico c
de interferência de maior ordem, admitindo-se espl'!'s~ura cons-
tante para todos· os grãos. Essa birrefringência máxima é dada
•• pelas diferenças ne - n ou n - ne, conforme o mineral seja
t• 0 0
uniaxial positivo ou negativo (Fig. 6.5), respectivamente .
1
1 1 Os grãos ie minerais uniaxiais, cujos eixos Óticos
~ L--'-~~~~~~~~--''----'~~~~~--o
~
•
' sao perpendiculares ; platina do microscópio, apresentam birr~
fringência nula (n - n = O), e a côr de interferência é pre-
e. o o
'92 83
, ..
~ t.;, ~
s\euo•ECA SETOf<I'"' . .
oepte. ô• G~l\a · UF~
f ·• •"' I '.;;,.·
·-·~ ;1 ,· ••
~
Os minerais biaxiais apresentam côr de interferência
ta, independente da espessura e da posição em re~ação ao pola-
de maior ordem para grãos de minerais cortados paralelamente
rizador e analisador (Fig. 6.6).
ao plano Ótico, porque nesse plano estão as vibrações X e z
de índices nx e nz, respectivamente, extremos (Fig. 6. 8) .
e
c z
EO EO
I
"• '
\
nz I
n. /
1 /
1 I
no no \ I
1
\ I
\ I nr;
X
y I \
I 1
I \
I 1
I \
B I 1
/ 1
I \
I \
A / 1
no
c
n.
6.5. Utilização dê ácessõrios
no
- · -- -~º Os acessórios mais comuns do microscópio petrográfi-
c
co são a placa de mica, a placa de gipsita ou de quartzo e a
84 BS
_..
ção do raio lento é paralela à dimensão menor da placa, mas o
contrário também se verifica em alguns tipos de microscópio.
..."'"'
.
"'
te.
A placa de mica produz uma diferença de caminhamento
.
u
+
+ _,
C(
:a
igual a l/4ÀNa' isto é, aproximadamente 140 milimicra; a de
quartzo ou gipsita produz uma diferençá aproximada de 560 mi l i ..
_,
..."'z
... "'
:a
_,
micra ou lÀNaº
:a
A cunha de quartzo possui uma espessura variável de
um mínimo até um certo valor ta~ que produz uma diferença de o
caminhamento variável de muito pequena até 1700 milimicra, cor
respondente às côres de interferência até de terceira ordem.
-:----i---
'
: . C(
·o"'
"'"'
w
u
f
C(
"'..."'u
;::
xiais e biaxiais, etc .. 1___ } . ..
õ
_,
L
A placa de mica se utiliza.de preferência.para mine ,_
o
r- ---j----
6.6. Determinação das posições :
' ..
:a
dos raios lento e rãpido
do mineral, com acessõrio ....._, ~[-- -ar--- : ."'
:a
"'z
Um raio de luz polarizada, ao atravessar
anisotrÓpic~ se desdobra, como foi visto, em dois raios que vi
um mineral
:a
; .tP ~ :: 1
~
ral, com velocidades diferentes, v1 e V2. O raio que se propaga.
com velocidade maior no mineral é o raio rápido e o de vel0ci-
dade menor é o raio lento. Após atravessarem o mineral de e~
pessura e, êsses dois raios apresentam uma diferença de cami-
nhamento fl = e (n 1 - n2) ( 6. 1 ) .
~~ 7
86
Quando as duas direções de . vibração do mineral sao
paralelas aos planos de vibração do polarizador e do analisa-
dor, êle está extinto, mas, girando-se a platina do microscópio
de 45° a partir dessa posição de extinção, o mineral se aprese~
ta na máxima luminosidade.
l
duas direçoes de vibraçao do mineral sao paralelas as do raio
lento e rápido do acessório, quando introduzido no microscópio.
l:
~I ___~_:_(
~ Duas coisas podem acontecer com a introdução do ace~
...ii\ sério: a) adição das diferenças de caminhamente produzidas p~
J' lo mineral 6 e pelo acessório 6 1 , dando uma diferença de cami
m • -
"'o.... nhamento total final 6f = 6m + 6 1 • A côr de interferência r~
1
sultante do mineral será de ordem superior, e houve, portanto,
"'.., :- -- - adição nas- côres de interferência; b) subtr~~ã9 das dife~ença~_
"'=< 1
o 1
de caminhall!_~Qto,dando uma diferença total final 6f igual a
1
C/I
e '
a>
_, 6f = 6m - 6 1 , e a côr de interferência resultante do mineral
;o
I> será de ordem inferior à original. Houve, portanto, uma sub-
::!
tração nas côres de interferência.
..,,....
o<
1' o
o
;!:
;o
i' A adição das côres de interferência ocorre quando a
-~_::5ã~ _d9 raio lento do mineral
r~lJ
..,ª·
. "' é
paralela à direção do·
o
"'"'
1/1
o-
.
a.
o "'º-
"'
o
J raio lento do ~cessório. Nesse caso, o raio lento e o rápido,
ao sairem do minera~ apresentam uma diferença de caminhamento
6.9);~p_:p~ne~rarem lento,pr~~~
;o ::o
I>
o 1
6 m (Fig. no ac-;;sório, o raio
niente do minera~ se propaga, vibrando paralelamente à vibração
- - - · -..L do raio lento do acessório, e, portanto, percorre uma distância
'
' ;;;;~ que o outro raio r~pido"numdeterminado tempo. A difere~
--T. 1~
ça de caminhamente produzida pelo acessório se adiciona
la produzida pelo mineral.
àque-
.
r- .
:ii
E I~.. Quando se verifica subtração nas côres de interferên
ci~ do min;;al, os raios lento e rápido do minerai 'são paral~
r-
J: J: •
..,,....
+
+
.. .. ..
r
l~s__respectivamente
(Fig. 6.10).
aos raios rápido e lento do ' acessório
..
::o
_.
i --~~---_
--- -
_l O raio lento proveniente do mineral atravessa o
sério mais ràpidament~ por se propagar vibrando
ao raio rápido do aces .s ório, do que o raio rápido
paralelamente
proveniente
88 89
de caminhamente total final âf é igual à diferença produzida
p elo mineral e aquela produzida pelo acessório. Quando a dife-
rença de caminhamente produzida pelo mineral de espessura con~
!> tante fÔr exatamente igual à diferença produz ida pelo acessó-
.,, "'...
X ri o , a diferença total final será igual a zero, e diz-se que
!"
......
!"
1
-o
..
z
o
':·:.;.:::·::..::»"·:J::::-"-:"::":.'·'··
-: ~·-.: i-;:. ·:-:.:·.:}:".:".:·_.'. :>.
houve c ompensação das côres de interferênc i a, e o mineral se
apresenta prêto ou escuro .
,......___--- - - - --·-------·--
o o o
"'-< \ Na prática, a determinação da posição dos rai os len-
"'e
J>
o r "':e"' --------...:
to e rápido do mineral é feita girando- s e a platina do micro~
l\
"'-< ~I f'Tl
o z z cópio até a posição de extinção completa -·do mineral (nessa po-
"'
J>
--<>
-<
o
J>
-(')
J>• o J>.
o sição, as vibrações do mineral são paralelas às vibrações do
o J>
o
"' "' ol>
polarizador e analisador). A seguir, gira-se essa platina de
z,. o l>'
V>
n
O>
"'
,.,
"'O
o "'O
45°, até_a posição de máxima luminosidade do mineral, quando as 1
o !"
O> V'1 O
... vibrações do mineral são paralelas às do acessório (Fig.
"'"'
"'
o
o
"'
o
o
..."'
..(;
o
"'
:e'º
1
I 6.ll,B).
~- 1 Introduz-se um acessório e verifica-se se houve adi
z ~ o i
z -< z o J>
-< "' "' "' r çao ou subtração das côres de interferência do mineral. A adi-
"' "' "' "'
"' .,, J>
e
:e
~ ~ ,... J>
z ção das côres de interferência do mineral indica que o raio
"' ,,,. o
m> z o lento do minerai é paralelo ao lento do acessório, e, portanto,
z
!:?
o
;
"' "'o L <>
J> J> o raio rápido do mineral será paralelo ao rápido do acessório
:._~J
o
"' (Fig. 6.11,C). Por outro lado, a subtração das côres de inter-
ferência indica que os raios rápido e lento d~ mineral são _P~
1 ralelos, respectivamente, aos raios lento e rápido do ace s só-
?
....... rio (Fig. 6.11,D). Obtém-se essa posição de subtração, girand~
1
/u:> 1
""" ... p
... 1
1 se a platina de 90°,a partir da posição em que h o uve adição
das côres de interferência.
( Yk/~
J>
n "'o
"'"' "'
o"' . J>
o 1
õ"' "'"'
"'O,, , 6.7. Determinação da posição
o
dos raios , lento e ripido
do mineral po~ meio de
cunha de quartzo
1
A ci.mhü de quartzo, devido à sua espessura variável,
ao ser introduzida no microscópio, adiciona ou subtrai de uma
maneira contínua uma diferença de caminhamente crescente, con-
forme seus raios lento e rápido sejam ou não paralelos re~
pectivamente ao lento e rápido do mineral.
91
a sua espessura varia de um mínimo nos bordos até um valor ma-
ximo e 3 (Fig. 6.12,1).
A orientação de um mesmo grão sendo a mesm~ a dife- 5. MÍ nera 1tvis10 nomicroscópi·o l.As tÔ res
de in1•rferência 'saem' do minerar com
rença de caminhamento que o mineral produz será proporcional à
a introdução paula1 i na da cunt1a de
sua espessura. Tem-se, entã~ uma curva para diferença de cami quartzo. Adiç•ott.fal
nhamento óm que o mineral produz (Fig. 6.12,3),paralela ao pe~
~
ral são paralelas às do raio rápido e lento do acessório,
respectivamente, há uma subtração das diferenças de caminhame~ 1. Miner-al len1icul.,r(vÍs10 em cariei
•1 •2 •3 •4
to. Essas diferenças sendo proporcionais às espessuras do min~
ral e da cunha, a diferença de caminhamento fina~ após a intr.2_
dução da cunh~ será proporcional à diferença entre as espess~ ,_ - - A
FIG.6 . 12·-VERIFICAÇAO DAADICAO E SUBTRACAO DAS CO-
ras do mineral e da cunha,num certo ponto, e a curva final cor i RES DE INTERFERÊNCIA COM CUNHA DE QUARTZO
respondente será ófs (Fig. 6.12,3). f
Uma certa côr de interferência do mineral correspo~
·,1.
93
J, __
( 'l \ terferência do mineral: quando essas côres saem aparenteme~ Seja, por exemplo, um mineral que apresente cor de
minera~
~. k' 1
interferência vermelha cuja ordem se deseja saber utilizando a
te do verifica-se adição, e, portanto, o raio lento do
placa de quartzo ou de gípsita. O mineral é trazido à posição
mineral é paralelo ao lento da cunha, e, naturalmente, o rápido
do minera~ paralelo ao rápido do acessório; quando as côres de
de extinção e depois girado de 45° até a máxima luminosidade.
t introduzida a placa e verifica-se se ocorreu adição ou sub-
interferência do mineral dirigem-se para dentro do mineral, é
1 tração. No caso de se verificar adição, o mineral é girado de
subtração das côres que se está verificando, e os raios lento
e rápido do mineral são paralelos, respectivamente, aos raios r~ 90º pela rotação da platina, de modo que haja subtração das c2
res de interferência, com a introdução da placa. Nessa posição,
pido e lento do acessório. se o vermelho original do mineral passa para cinza escuro com
a introdução da placa, êle é de lª ordem (vermelho sensível).
1
6. 8. Determinação da cor de
I' ,·1 interferência de maior
Quando a côr de interferência do mineral é cinza
ou cinza amarelado de baixa ordem,que corresponde à diferença
11 . l ordem de caminhamente aproximada de 200 milimicra, a introdução da
1 i Numa lâmina delgada ou numa montagem em Óleo, em que
placa de gipsita ou de quartzo (1 Ã) transforma essa côr em a-
laranjado ou verde azulado. No primeiro caso, há subtração
a espessura dos grãos de um mesmo mineral é a?roximadamente
das côres de interferência,pois de 560 milimicra da placa se
constante, as côres de interfe·rência apresentadas pelo mineral
subtraem 200 milimicra do mineral, resultando, apro~imadamen
variam de grão para grão, devido às orientações óticas diferen-
te, 360 milimicra que correspondem à côr alaranjada. se' ·a côr
tes dos mesmos. t escolhido um grão que apresente côr de inteE
de interferência do mineral passa para azul, é adição que se
ferência mais alta. A côr de interferência de mais alta orden
verifica, porque sôbre 560 milimicra se somam 200 milimicra
está nor1nalmente na parte mais espêssa dêsse grão e a ordem
do mineral, resultando 760 milimicra que é verde azulado.
dessa deve ser determinada com exatidão.
11\l Quando o grão possui uma forma lenticular, a sua es-
Portanto.quando se utiliza a plàca de gipsita ou de
quartzo (1 Ã),é a diferença de caminhamento produzida pelo mi-
pessura varia de um certo mínimo nas bordas até um valor máxi
neral (ou o que é o mesmo, as côres de interferência do min~
mo, geralmente na parte central, e a diferença de caminhamento
ral) que se adiciona ou subtrai da diferença de caminhamente
produzida cresce gradualmente da periferia do mineral para a
parte central do mesmo. Portanto, as côres de interferência v~ 95
94
,.,.
da placa (cuja côr de interferência é vermelho sensível).
Com a cunha de quartzo, o método é como segue. Da me~ a natureza exata da vibração, normalmente mede-se o ângulo de
ma maneira, o mineral é trazido à posição de extinção pela ro- extinção de um mineral em relação ao raio lento.
tação da platina, e registra-se o ângulo correspondente na gr~ Para se medir o ângulo de extinção de um
mineral em
duação da platina do microscópio. Gira-se a platina de 45°,tr~ relação à clivagem, por exemplo, o mineral é
trazido ao cruza
zendo o mineral à posição de máxima luminosidade, introduz-s~ mente dos retículos
e depois gira-se a platina do microscópio
a cunha de quartzo. Se se verificar adição das côres de inteE até a extinção completa do minera~registrando a seguir o âng~
ferência, gira-se a platina de 90°, de modo que haja subtração lo correspondente na escala da platina. Nessa posição de extin
quando se introduz a cunha de quartzo. A introdução é feita ção do minera~ uma das direções de vibração do mesmo é
paral~
paulatinamente pela sua parte mais fina, até que a côr de in- la ao retículo norte-sul do microscópio. Pela
rotação da plati
terferência do mineral de maior ordem se torne escura. Isso se na faz-se coincidir a direção de clivagem com o mesmo retículo
verifica quando a diferença de caminhamente, introduzida pel .;i. norte-sul, e feita a leitura do ângulo correspondente na plati
cunha, é exatamente igual à diferença produzida pelo mineral na. A diferença entre essa leitura e a anterior é o ângulo de
correspondente à côr de interferência cuja ordem se determina, extinção30 mineral em relação a essa direção de vibração par-
porém de sinal contrário. Houve compensação das côres de inteE ticular e o traço da clivagem.
ferência. Retirando a lâmina do mineral da platina do microsc2
A coincidência da clivagem com o retículo se faz me-
pio, ou sem retirá-la, gira.~do a platina até a posjção pri- lhor com os nic~is não cruzados.
- ----....e
ginal de extinção cujo ângulo foi registrado, observa-se, no 1--r-, ·;
campo do microscópio, côr de inter·ferência produzida pela cu-
nha, que é exatamente igual àquela que o mineral apresentava
originalmente . . Retirando-se cuidadosamente a cunha, pode-se OQ
servar tôda a seqüência de côres de interferência, a partir da (_
·,
côr mais alta que o mine.ral apresentava, até a côr cinza escuro,
seguindo a carta de Newton. Por comparação com essa carta.pod~
se dizer exatamente a ordem da. côr de interferência do mine-
ral.
~7
geralmente extinção inclinada, salvo en algumas seções do mine-
ral.
(Cap. 9). O mineral está extinto para algumas . radiações da luz
A extinção é paralela ou reta quando o ângulo de e~ mas não está para outras, de modo que êle se apresenta parcial
tinção é Oº ou 90° (Fig. 6.1~). O mineral está extinto quan- mente iluminado, mesmo na posição de máxima extinção. ~ o que
do a clivagem ou qualquer outra direção cristalográfica é p~ acontece, por exemplo, com algum piroxênio, esfênio, etc .•
ralela a um dos planos de vibração do microscópio (norte-sul
ou leste-oe ste ).
ESTÁ EXTINTO
ESTÁO EXTIN10S
<J:> Jt·l:'•J:: ll
_:rf,_,:i: ·i::i:
.i:,-\~'.Ç
1
····r··
·:··1· '·
B
Num mineral biaxial ocorre o caso de um mesmo grão
A
apresentar ora elongação negativa, ora positiva, se a vibração
Y intermediária fÔr paralela ao comprimento do mineral (Fig.
FIG. 6 . 16- SINAL OE ELONGAÇAO. A . ELONGAÇÃO POSITIVA,
6.19).
B. ELONGAÇAO NEGATIVA.
!..
1 t o
A
DE UM MINERAL UNIAXIAL.
O sinal de elongação é uma característica Útil do mi:_ bração do raio rápido em relação à vibração Z, e paralela ao
comprimento do mineral, o sinal de elongação é negativo. Numa
neral, mas nem sempre é constante para uma espécie mineral,poE
101
100
pelo míneral 6 é uma função linear da · sua espessura, e resul-
ta uma reta como a indicada na Fig. 6.20, para cada espécie
fatia dr mesmo minera~ paralela à face C, que repousa sôbre a
mineral. A inclinação dessa reta é dada pela birrefringência
platina do microscópio, as vibrações que nela aparecem são X
máxima.quando se toma nas abcissas valôres de 6 e nas ordena-
e Y, sendo que Y vibra paralelamente ao comprimento do mine-
das valÔres da espessura. ~sse gráfico, com as côres de interfe
ral. Como nesse caso o raio de vibração Y é lento em relação
i -·' rência correspondentes a cada 6, constitui a carta de cores de
I..! a X, o sinal de elongação do mineral é positivo. Wollastonita
Newton (6.3).
é exemplo de mineral que apresenta essa particularidade.
Para se determinar a espessura da lâmina, identifica-
se a cor de interferência de maior ordem apresentada pelo
quart~o (ou de outro mineral, caso não exista quartzo na lâmi-
na), examinando todos os grãos do mesmo existentes na lâmina. A
e
ordem exata da côr de interferência do grão que a apresentar é
y
determinada com auxílio de acessórios, se necessário. A essa
/ A côr de maior ordem corresponde uma diferença de caminhamento
X máxima 6. Na carta de côres de Newton, a vertical corresponde~
te a essa côr determina um ponto sÔbre a reta da birrefringê~
eia máxima do quartzo, cuja ordenada e é a espessura procurada
(Fig. 6.20).
FIG·•·l9-SINAL DE ELONGAÇÃO EM FUNÇAO DA
ORIENTAÇÃO DE UM MINERAL BIAXIAL.
e Cm m)
102
t:. m_
__ t:. m_
_
n1 - n2
e o ,03
6.12. Determinação da birrefringência
no caso de lâmlnas delgadas de espessura padrão. Naturalmente,
mãxima
t:. m deve ser medida na mesma unidade da espessura.
Conhecendo-se a espessura da lâmina delgada, e obseE
vando-se a côr de interferência de maior ordem de um mineral, pod~
se determinar a sua birrefringência máxima.
6. 13 . Geminação, zoneamento, cõr
A espessura padrão das lâminas delgadas é de 0,03mm. de interferência anômala
Cbservando-se todos os grãos de um mesmo mineral existente na l~
Muitos minerais apresentam-se geminados e essa gemi-
mina, determina-se a côr de interferência de maior ordem apre- naçao e freqüentemente visível, quando são observados com ni
sentada, à qual corresponde uma diferença de caminhamento máxi cÓis cruzados. Os indivíduos geminados de um minerak com gemi
ma t:.m'produzida pelo mineral. A vertical correspondente a e~
nação simples ou múltipla, possuem orientação Ótica diferente
sa diferença de caminhamento máxima, na carta de côres de New- e, portanto, não se extinguem todos simultâneamente. Os indiví-
ton (Fig. 6.21), determina um ponto B na intersecção com a hori duos de um grão de mineral que possuem as direções de vibração
zontal correspondente à espessura da lâmina. A reta que passa paralelãs aos planos do polarizador e analisador estão extin-
pela origem e pelo ponto B possui coeficiente angular igual à tos, porém, os demais, que não apresentam êsse paralelismo, não
birrefringência máxima do mineral. o estão (Fig. 6.22) .
.Cmm)
, ..'!-\
\. .....
0,03 B
1ª"'.'ª'
o'
• f::-~\
~~
bº
'o~...~~
~
·o
r t-~'
,,,~
"'~
;,Q,,,• A B
Am
COMPOSIÇAO.
106
107
7. OBSERVAÇÃO CONOSCÕPICA DOS mas divergentes (Fig. 7.1), devido à concentração dos mesmos,
MINERAIS - FIGURAS DE INTERFE produzida pelo qondensador móvel.
RtNCIA DOS MINERAIS UNIAXIAIS
'I! MINERAL
CONDENSADOR MOVEL
7.1. G~ral
108 109
N N
lsocromÓtico
principais de figuras de interfe:rência que serão estudadas nes
s e capítulo:
figura de eixo Ótico centrado;
figura
~~ f'f:···;···:/J?•••>O.YJ Ps,.,.;•·· H?· i}i]
de interferência tipo eixo Ótico centrado . FIG.7.2-FIGURA DE EIXO OTICO CENTRADO FIG . 7.3- FIGURA OE EIXO. OTICO CENTRADO
1'
nocromática, essas linhas isocromáticas se reduzem a curvas co~
Cada um dêsses raios, ao atravessar o mineral, sofre o
cêntricas,alternadamente escuras e claras, de côr da luz empr~
fenômeno de dupla refração, resultando duas vibrações cujos Íg
gada.
dices de refração são geralmente diferentes e, portanto, possuem
) A presença ou não das linhas isocromáticas numa figu
) ra de interferência é uma indicação da birrefringência do min~
\ velocidades de propagação diferentes. Uma das direções de vi
111
J ral, quando se conhece a sua espessura.
llO
no plano que contém o eixo Ótico (eixo cristalo- 7.4), os traços das vibrações de úm raio qualquer, 6, por exe~
bração o faz o raio, e perpendicularmente ã direção de propag~ plo, no seu ponto de emergência, são e' e o, perpendiculares en
gráfico c) e
ção do raio. Mais corretamente, essa vibração se faz paralel~ tre si, sendo que o do raio extraordinário passa pelo ponto de
mente ã frente de onda. r a direção de vibração do raio ex emergência do eixo Ótico.
a primeira
traordinário (e'). A outra vibra perpendicularmente Segundo essa construção, os raios 2, 5, 4, 9, 3, 7,
ótico e a
e, portanto, perpendicular ao plano que contém o eixo contidos nos planos paralelos aos de vibração do polarizador
direção de propagação do raio e constitui o raio ordinário e analisador, OCN e OWE, têm as suas direções de vibração par~
,l'li lelas a êsses planos, e estão, portanto, extintos. Todos os pon
(o).
\:. tos de emergência de raios sÔbre os retículos norte-sul e le~
te-oeste estão extintos, formando a cruz escura da figura de in
11!
terferência - a isÓgira.
! 1
cônica, ao emergirem do mineral, tendo percorrido a mesma espe~
sura, apresentam a mesma diferença de caminhamento e, nos seus
pontos de emergência, a mesma côr de interferência, formando uma
linha isocromática.
\\
As linhas isocromáticas são,então, o lugar geométri
co plano de igual diferença de caminhamento. Aos pontos de e-
;;!(::'5".:'2..~ ... ... .. A E mergência dos raios que formam superfícies cônicas de maior ~
w L.. ..... ~ ,~'0~ bertura correspondem os lugares de maior diferença de caminha-
MINERAL
mento e, portanto, linhas isocromáticas de maior or,d em.
MINERl!.15 UNIAXIAIS.
O lugar geométrico, no espaço de igual diferença de
caminhamente dos raios que atravessam o mineral. no sistema co-
noscôpio, ·são superfícies denominadas de Bertin (Fig. 7.5).
~
da Fig.
Na figura de interferência (parte superior Essas superfícies são concêntricas em relação ao ei
113
112
e xo Ótic~ mas não coincidem com as superfícies cônicas dos
raios vistas anteriormente, isso porque, mesmo para um mesmo
raio, à medida que se penetra no mineral,a diferença de caminh~
Eixo Ótico
mento aumenta paulatinament~ pois é função do espaço percorri-
6.1 do.
Ligando-se os pontos de todos os raios, onde a dif e-
rença de caminhamento tem um mesmo valor, obtém-se uma superfI
cie de Bertin para êsse valor particular de diferença de cami
nhamento.
As linhas isocromáticas que aparecem nas figuras de
interferência podem ser consideradas como intersecção dessas
superfÍci~s de Bertin com a face superior do mineral.
1 1
1 1
,,
1 1
1
1
1
1 1
- - - - .J
---- T 1
: 1
I 1
1 1
I
1 1
I 1
c c
FIG. 7 . 5
-ESqUEMA DAS SUPERFÍCIES DE BERTIN (IQUAL Dlf[R[NÇA
f'.ii~&'"rt~~•t~1J'i~m~@ii:'.~~~ i;("if:(~[jf~~1·~1~~~
A B
DE CAMINHAMENTO) ftARA MINERAIS UNIAXIAIS.
ir2;;~t~i)'~:;:~;~10r~;11[.f1 ~:"1zn:,;~~1.'.ii1~1r·~:;~\i$;!~
nominada posição de cruz. Girando-se ligeira~ente a platina em
qualquer sentido, essa cruz se desfaz em dois ramos escuros
(Fig. 7.7,B) que se dirigem para quadrantes opostos do micro~
cópio e desaparecem do campo, com uma rotação maior da plati- "' B
na. Fig. 7.7- Figura de interferêncio tipo
relâmpago
116
117
ção do raio extraordinário é maior que o do raio ordinário
(ne > n0 ) e, portanto, a velocidade do primeiro é menor que a
do segundo. O raio extraordinário é,então, o raio lento e o or-
7. 6. Determinação do sinal Õtico
por meio de figura de eixo dinário, o rápido. Com a introdução do acessório, corno o raio
extraordinário, que é lento, nos quadrantes NE e SW da figura,
Õtico centrado
é paralelo ao lento do acessório e o ordinário, que é rápido,p~
Numa figura de interferência de eixo Ótico, o traço ralelo ao raio rápido do acessório, vai-se verificar adição
de vibração do raio extraordinário (c') de um raio que emerge nas côres de interferência, nesses quadrantes da figura. Nos o~
num ponto qualquer da figura passa pelo ponto de emergência tros dois quadrantes NW e SE da figura, vai-se verificar subtr~
do eixo ótico. A vibração do raio ordinário é perpendicular à ção nas côres de interferência, pois o raio extraordinário le~
primeira (Fig. 7.8). to é aproximadamente paralelo ao raio rápido do acessório.
de vibrafÓO·
eix.o ótico e dírerões
1 ca-se adição nas côres de interferência, nos quadrantes NE e SW
da figura de interferência, e subtração nos outros dois. Nos
quadrantes NW e SE da figur~ onde, inicialmente, apa~eqiam côres
Introduzindo-se um acessorio qualquer, geralmente na cinzentas de primeira ordem, com a introdução da placa, apare-
direção noroeste-sudeste do microscópio, as vibrações extraor- cem manchas escuras, devido à compensação (Fig. 7.9). Iss~,qu~
dinária e ordinária dos raios que emergem nos quadrantes NE e do o raio lento da placa de mica é paralelo à dimensão menor
SW da figura de interferência são paralelas ou aproximadamente da mesma.
paralelns aos raios lento e rápido do acessório, respectivame~ Nos minerais negativos, após a introdução da placa Ga
te. Nos quadrantes NW e SE da figura de interferência, verifi- mica, as manchas escuras de cornpensaç-ão aparecem nos quadran-
ca-se o contrário, pois as vibrações dos raios extraordinário e tes NE e SW da figura, pois é aí que se verifica a subtração
ordinário são paralelas ou aproximadamente paralelas às vibr~ (Fig. 7 .10).
çSes rápida e lenta do acessório, respectivamente.
119
Para um mineral uniaxial positivo, o Índice de refra-
118
Quando a posição das vibrações dos raios lento L e
1 I
1 l rápido R da placa de mica é inversa, os resultados observ~
1
1
1 dos na figura são inversos, sem, contudo, alterar o sinal Ótico
-----~
1
r-.----
•
b. Detenninação do sinal Ótico com a placa de quart-
zo ou de gipsita ( 1 A
Nos minerais positivo~ a introdução da placa produz,
1
1
\1 nos quadrantes NW e SE da figura, subtração nas côres de in'i:eE
o
1
I
I 1 ferência e,naturalmente, adição nos outros dois. Nos quadran-
A
B tes em que houve subtração, aparece a côr amarela, onde origi
nalmente ocorria côr de interferência cinza de lª ordem. Nos
quadrantes NE e SW da figura 1 em que se verifica adição nas c~
res, aparece a côr azul, onde, originalmente, ocorria a cor
OeterminoçÕo do s;nol ótic.o
com ploco de
Fi 9. 7. 9 - cinza de lª ordem (Fig. 7.11).
mico. Minerais positivos.
L\l~-
______ , fl G. 7.11- OETERMINAÇAO 00 SINAL OTICO COM PLACA
Q
1 DE . 1 J... MINERAIS POSITIVOS
~J
'
·V
I Nos minerais negativos, a introdução da placa produz
subtração nas côres de interferência, nos quadrantes NE e SW
A
da figura, aí aparecendo, portanto, a côr amarela, onde, ori-
ginaln1ente, havia cinza de lª ordem.
OTICO COM PLACA'
FIG. 7.10-0ETERMINAÇAO 00 SINAL
Nos quadrantes NW e SE da fi g ura, verifica-se adi-
M 1 CA. MINERAIS NEGATIVOS . ção, aparecendo a côr azul, onde ocorria antes cinza de lª or
121
120
s1eL10TEC~ SiT~"l•L.
~~·da Uf~.
, r
' "··
Geolo&I& •
dem (Fig. 7.12).
~sse movimento aparente das côres de interferência
pode ser explicado, traçando a curva das diferenças de carninh~
mente produzidas pelo mineral, para os ·raios que se propagam na
, o
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J... MINERAIS NEG ATiVOS.
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I-- .o
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~/
1
dução gradual crescente das diferenças de caminhamente, devid·:l 1
à sua forma de cunha. A vibração do raio lento da cunha de
t:-"" 1 '
122
123
seção principal, situada na direção NE-SW e na seção NW-SE,peE
pendicular à primeira (Fig. 7.14). ...
o o o
N
o >'-
;:: a:
Os raios contidos na seção principal, com direção ...cr
Ili
-o
"'
:::>
d
<D o ..,
NE-SW, possuem diferenças de camirihamento que variam da manei- o ><
ra que a seguir se descreve. Ili .
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%
z
O raioc, que se propaga · paralelamente ao eixo Ótico,
...zo "' :::>
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ppssui uma diferença de caminharnento nula, pois ...:E "':::>
...!:! "'
À
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a espessura do mine- >
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:ral. o
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..,"'"'
.....
O raiol, inclinado de um ângulo a1 em relação ao
xo Ótico, tem uma diferença de ci:i.minhamento dada pela expres-
ei
....
o z ..,
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,,. ..,a: "' _,
... oo a:"'
são: ..." ....."'a: :::>z "'z
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~ 1
'
1 • o
."
0
dicularmente a êsse plano e é medido p~lo raio da seção circ~
': 11 !>'
'(>-
:i:
1
P_., 1 1
lar (raio ordinário). !. - - - - - - - _.si_-' '---
-...
De maneira semelhante, o raio 2, •com uma inclinaç ão
a 2 em relação ao eixo Ótico, possui uma diferença de caminhame n 9'"'
to: t>\
6. 2 =e2 (n
0
-
2
n ~ onde e
2
é maior que e 1 , o qual é i
maior que e , e n é menor que n , e n 1 menor que n ,para êsse
0 2 1 0
caso de mineral negat i vo.
' ~
Resulta, portanto A2 > A1 > Ac
li'
Tomando, nos pontos de emergência dêsses raios, or d e n~
das proporcionais a essas diferenças de caminhamento, ob tém-
se uma curva ~m,indicada na figura, que cres ce, do p o nto de eme~
124
1 25
A introdução d .=. c;.:.::-.ha de quartzo produz súbtraçã.:i 7.7. Determinação do sinal Õtico
nas diferenças de c.::..minharaento (e,portanto,nas côres de inter-
1 por meio da figura de eixo
Õtico não centrado
ferência), nos quadrant es NE e SW da figura de interferência
edição nos outros dois. t. cur-lil. fi::'.al da diferença de éaminha-
mento fif' após a introdução da c~nha nos quadrantes NE e SW,se
e
[ Para figuras de interferência de eixo Ótico nao cen
n·ado, mas êste emergindo dentro do campo do microscópio, a r~
apre8enta co8 a curva da dif ere nça do mineral fim' pois gra, para se determinar o sinal Ótico, é a mesma que se viu
fif =fim - ficunha'sendo ficunha a diferença de ca. él.nteriormente ( 7 • 6).
minh amento introduzida pela cunha. Quando o eixo Ótico aparece fora do campo do micros-
As côres de interferência do mineral corresponda·tes cópio, a regra de determinação do sinal Ótico é ainda a mesma,
as diferenças de caminr.amento representadas pelos P':int-os l, 2, etc ., mas é preciso determinar, exatamente, o quadrante da figura de
com a introduçãc da cunha. se deslocam para os interferência.
na s ua curva fi m'
pontos l' , 2' , e1:c. , r.a ca::."Ja final ti f e, corno essa :_:-,tradução Ni:ma figura dêsse tipo, aparece, no campo do microscó-
é gradual, tem-se a imp"essão aparente de que c:.s cô1··es se mo- pio, geralmente, um braço da cruz (Fig. 7.15), e o ponto de ~
'
ili
1.
vem para fora da f igura de interferência. mergência do eixo Ótico está no prolongamento de uma de suas
l (i Nos oatros dois quadrantes NW e SE da figura de in extremidades. Por exemplo, na Fig. 7.15,A, o ponto de emergên-
br~
1
terferência. verifica-se adição nas côres de interferência. A cia do eixo ético pode estar no prolongamento superior do
curva final da diferença de caminhamento '' f se acha sôbre a ço ou no prolongamento inferior do mesmo. Da mesma maneira, o
curva do mineral, com a introdução da cunha de quartzo. As cô- ponto de emergência do eixo Ótico.na Fig. 7.15,B, pode estar à
res de interferência do mineral, correspondentes à:: difei·en<sas ', esquerda ou à direita do braço.
de cami nha;nento representadas pelos pontos 4, 5, etc . , na CU_!' ( Determinada a posição exata do ponto de emergência
va dv minc::;raJ !l~m, sa.o Tr.::.ns;-;ortadas para os pontos 4-', 5',
do eixo Ótico,está determinado o quadrante exato da figura de
:-~::vimcnt o
('() -
etc., na cur-va final, "t"csul tc......--..dc 1.:::'... apa:i.:'13nte das interfer·ência, e isso é fEtito, girando a platina do microscópio
res pa1··a dentro da figu1'a de interferência (Fig . 7. 14). e observando o movimento dos braços da cruz (Fig. 7.15),
Quando o mineral e positivo, uma const.'ução an.::Ílo - Girando a platina no sentido horário, o braço verti
ga das cUI'Vas de diferenças de c .:::..rni:-.h.:-.J;1ento 0xp lica o movimer: cal da c1~uz move-se para a direi ta de campo do microscópio, se o
to aparente das côres de interferência., com a int:r•odução da cu- ponto de emergência do eixo Ótic9 está no prolongamento su-
nha de quartzo. Para os rnir.el'.'ai': p-::isitivos, vs1,ifi.~a-se adiç:v:> perior do braço (Fig. 7.15,A). Se êsse ponto está no prolo~
nas côres de interferência, nos c,·.jadrantes NE e C:'.I d<>. figur3. .Cp gamento inferior do braço, êste se move para a esquerda., quando a
interferência e subtraç2.o TI0'.: ::. ..J.tros <b is quadr·anteS !-'W e Sf · platina do microscópio é girada no sentido horário (Fig. , 7 .15, C).
Introduzindo-se gradualmentP =- c'.l:'Jha de qua1°tzo, as côres de i~
Com o movimento do braço horizontal da cruz, também
terferência Jl'Ove;n-se, aparente2e!1te, para dentro da figura, n os qu~
se pode localizar o ponto de emergência do eixo Ótico. Girando
drantes NE e SW, e saem, aparentemente, nos quadrant-es Nl.J e SE
a platina do microscópio no sentido horário, o braço horizon-
(Fig. 7.13). tal se move para a parte inferior do campo do microscópio, se o
ponto de emergência do eixo ótico está à direita, no prolon-
~' gamento de braço (Fig. 7.15,B) , fsse braço se move para a
parte superior do campo, com a mesma rotação da platina, se o
eixo Ótico aparece à esquerda, no prolongamento do braço da
L.I
1 127
.\ 126
)
1
1
1
-----JIL----- 1
1 1
1 1
( 1
1 1
1 1 1
1.. 1
~I 111L-
1 '
1
•
1
1
1 1
1
1 __ !
'---
'•e
- - - -- - - - - - - - - - , r-- -- - -
--~ - -·
1. NW 1 1
1. NE
PLACA DEMfCAl1/4)d
PLACA OE MICAll/4Àl
A
B
__, 1
~
- --.1
1
1 /
----, 1 r-----
1 \
;~:.- ....... Q •• J .1 /
FIG. 7.1.~- FIGURA OE EIXO ÓTICO NÃO CENTRADO • .
----------- - --, .- -- -: 'é'r-----------
3.NW 1
, 3. NE
LOCALIZAÇÃO 00 QUADRANTE O.l FIGURA PELO
CUNHA DE QUARTZO CUNHA OE QUARTZO
MOVIMENTO DOS BRAÇOS DA 1SÓG1 RA.
FIG.7.16-MINERAIS POSITIVOS
128 129
cruz (Fig. 7.15,D).
PLACA DE GIPS1TA11 À) duz o desdobramento dessa cruz difusa em dois ramos escuros,
que se dirigem para onde se dirige o eixo Ótico. Urna vez dete~
minada a posição do eixo Ótico, deve-se verificar se o raio ex-
traordinário, que vibra paralelamente ao eixo Ótico, é o rápido
ou o lento.
130 131
menor que a do raio ordiná caminhamento,produzidas pelo mineral, para os raios que se pr2
a sua velocidade de p ropagaçao e
ma i o r
rio. O Índice de refração do raio extraordinário sera pagam na seção principal que contém o eixo Ótico e no plano
que o do raio ordinário, e o mineral é positivo. perpendicular a êsse eixo (Fig. 7.19).
Para um mineral negativo, verificam-se, para essas P2 Sejam os raios 1, 2, 3, etc., que se propagam na seção
sições dos elementos Óticos, efeitos contrários. principal que contém o eixo Ótico de um mineral negativo.
Quando se utiliza a cunha de quartzo, observa-se o m2 O raio l, que atravessa perpendicularmente a fatia de
das côres de interferência. Para uma figura de interf~ mineral de espessura e 1 ,apresenta uma diferença de caminhamen
vimento
com eixo ótico no quadrante NE, o movimento das c§ to
rência,
o mineral positivo e negativo, é a in 61 = e 1 (n 0 - ne), porque uma direção de vibra-
res de interferência,para
dicada na Fig. 7.18. Para um mineral positivo, as côres entram ção é paralela ao eixo Ótico e corresponde ao raio extraordin~
perpendicularmente e saem paralelamente ao eixo ótico do mine- rio de Índice ne,e a outra é perpendicular à primeira e consti
ral, e, para um mineral negativo, as côres de interferência e~ tui o raio ordinário de Índice n •
0
tram paralelamente e saem perpendicularmente ao eixo Ótico. N~
Um outro raio qualquer 2 atravessa o mineral obliqu~
turalmente,para outra posição do eixo Ótico, no quadrante NW,
mente, caminhando uma espessura e 2, e apresenta uma diferença de
os efeitos são contrários a êsses indicados na Fig. 7.18.
caminh~ento
~o/\ ~\//
elipse,perpendicular à direção de propagação do raio. A
sura do mineral atravess·ada pelo raio 2 é, naturalmente, maior
que a espessura real do mineral, mas a diferença (n - n ) é
0 2
menor que (n 0 - ne), pois esta é a birrefringência máxima do mi
"~ >;/~ 63 = e 3
(n
0
- n ),em que e 3 é maior que e 2
3
, e
V
/ 1 /
n é maior que n 2 • Portanto, (n n 3 ) é menor que (n n
·V
- - ).
3 0 0 2
....,., .,.
"~
de espessura e 1,possui diferença de caminhamente calculada an-
-..."'
~ teriormente
o,
!. 61 = el (no - ne)
..
~
//~~ !t
renças de caminhamente 6 4 , 6 5 , etc., dadas por
64 e4 (n o - n
e
)
;:::
.
~
o
· º
PI
,.
o
65 • es (no - ne)
:::! ...
.., n
n '!E. o o> Como a birrefringência permanece constante para to-
;· ~
:D
PI dos os raios, mas a espessura é crescente, à medida que aumenta
~
.
3
~
:D
PI
,.- n
...
a inclinação dos raios, as diferenças de caminhamente vão au-
o >> ·o
z mentando paralelamente, e resulta uma curva 6m para o mineral,
,....
;i::
: crescente, à medida que se afasta do centro da figura.
"'o ~·,.:z:
A introdução da cunha de quartzo nessa posição da fi
e
z
;; o gura produz subtração nas côres de interferência. d~· n:oÇo que a
,.,.- "'
)(
curva 6f,final das diferenças de caminhamento,se acha sob as
o curvas determinadas pelo mineral 6 • As côres de interferência
é m
z JI correspondentes aos raios 1, 2, 3, etc., que se acham sôbre a
"'"',.
-1
•
-1
~.
curva 6 do minera1,se deslocam para l ' , 2', 3 1 , etc., sôbre a
m
<
~
" curva final 6f' de modo _que, aparentemente, se uovem para dentro
do campo, segundo a direção do eixo ótico, quando se introduz
z
e .a cunha.
,.
z
Por outro lado, as cõres correspondentes aos raios
135
134
I~{jl 4, 5, etc., que se propagam no p,lano perpendicular ao eixo .ótic 0,
se deslocam para · 4 1 , S', etc., sÔbre a curva final das difere~ 8. OBSERVAÇÃO CONOSCOPICA DOS MINf
1
fl f, ':.' I; ças de caminhamcnto e o movimento aparente das mesmas é para fo- RAIS - FIGURAS DE INTERFERtNCIA
[ti .
-.t.
.
,. , !.
136
137
no caso dos minerais uniaxiais, mas, pela ro.~ção da platina do
microscópio, ela se desdobra em dois ramos escuros, que se movem
para quadrantes opostos (Fig. 8.2). tsses ramos escuros consti
tuem as isÓgiras. A posição de cruz se obtém quando o traço do
plano Ótico, que contém os dois eixos Óticos e as b i ssetrizes,
é paralelo a um plano de vibração dos nicóis.
~ Quando o ângulo formado pelos
!" dois eixos Óticos
(2V) é muito grande, os ramos escuros, que se movem para qua-
~ drantes opostos, com a rotação da platina, saem fora do campo
,.,z,, de microscópio na posição de 45°,a partir da cruz (Fig. 8.3).
J>
r Se êsse ângulo 2V é pequeno (geralmente, quando 2V é menor
C1
,,
o
....
."'
o
que 55°, dependendo do microscópio), na posição de 45°,os dois
J> X
ramos _escuros aparecem no campo do microscópio (Fig. 8.2) .
o
o
...,.,
,,
...
.,,o
1:
"'z....
"'
J>'
~~e~ i~~ BXO
o
ros suo o ponto de emergência dos dois eixos do mineral.
ta que os une é o traço do plano Ótico e,sôbre êsse traço, e ~
N
xatamente no meio, está o ponto de emergência da bissetriz agu-
da (Bxa). Coincidente com o traço do plano Ótico, aparece a bi~
setriz obtusa (Bxo), e,perpendicularmente ao plano ótico,a nor
138 1 39
mal Ótica Y.
Quando a birrefr·ingênc ia do mine r al
e a~L~ ou se a
As duas áreas da figura, na posição de 45°, localiza-
espessura do mesmo é grande, aparece, na figur~ uma série d e
.as nas partes côncavas das isógiras (A), possuem comportamento
linha s coloridas, contornando os pontos d e emergência dos eixos
,) tico inverso ao da área compreendida entre as duas isógiras (B)
óticos, se a lu z empregada é luz branca. Essas linhas colori
(Fig. 8. 2). das são :isocromática ~ (Fig.8. 3). Se a luz t:tilizada é mono
O afastamento entre os dois pontos de emergência dos cromátic~ essas linhas são substituídas por uma suces são de li
e ixos Óticos é proporcional ao ~vlo Ótico 2V. tsse ângulo nhas escuras e claras, da côr da luz empre gada.
visto no ar, 2E, é aparentemente maior do que o verdadeiro valor
Se a bir·refringência do mineral é baixa, ou se a
de 2V (Fig. 8.4). Entre êsse• dois ângulos, existe a seguinte
sua espessura é muito pequena, nao aparecem linhas isocromá-
relação: ticas, e aparece, no campo, côr de interferência cinza de primei
K. sen E ra ordem (Fig. 8.2).
sen V
ny
y ótico ·
Mi~era'1
Bxo
''
EO EO
r.::-.-::~
A
B
Aplicando essa construção para os outros raios que As linhas isocromáticas que aparecem na figura são o
emergem no campo da figura de interferência, obtém-se uma dis- lugar geométrico plano de igual diferença de caminhamente, co-
tribuição de vibrações indicada na Fig . 8.6. mo no caso dos minerais uniaxiais. Ma~ como existem dois eixos
Óticos, a disposição dessas linhas não é concêntrica em rela-
Quando o plano Ótic~ coincide com um dos planos de
çao aos mesmos, mas formam curvas denominadas cassinianas
vibração do microscópio, os raios de luz que emergem sôbre os
(Fig. 8. 3).
retículos norte-sul ou leste-oeste, 1, 3, 5, 7, etc., possuem
direções de vibração paralelas aos planos do polarizador e an~ O lugar geométrico,no espaço de igual diferença de
lisador e se apresentam extintos. Fcrma-se, dessa maneira, a caminhamento dos raios, constitui as superfícies de Bertin dos
cruz escura da figura de interferência (Fig. 8.6,A). minerais biaxiais (Fig. 8.7). Como nos minerais uniaxiais, uma
... superfície de Bertin se obtém ligando todos os pontos no inte-
Girando a platina do microscópio de 45°,os raios que
rior do mineral, onde os raios apresentam igual diferença de ca
emergem sôbre o retículo norte-sul e leste-oes-ce já não pos-
minhamento.
suem suas vibrações paralelas aos planos de vibração do polari
zador e analisador e, portanto, não estão extintos. Aparecem, aí, As linhas isocromáticas de uma figura de interferên
143
142
___...
eia do tipo bissetriz aguda podem ser consideradas como as in-
tersecções dessas superfícies de Bertin com a superfície sup~
rior da fatia do mineral, cortado perpendicularmente à bisse-
triz aguda.
y
/ te ao plano Ótico e à bissetriz obtusa (Fig. 8.9), ou o corte
do mineral pode ser(perpendicular ao plano Ótico, mas não exata
mente à bissetriz aguda, Jetc • • ~)
8. 5. Fi . ~u.ra de bissetriz
i obtusa (Bxo)
111
Essa figura se obtém quando o mineral é cortado perpe~
FIG .8.7-ESQUEMA DAS SUPERFÍCIES DE BERTIN dicularmente à bissetriz obtusa do mineral, e, portanto, normal
<LUGARES DE IGUAL DIFERENÇA DE CA- ao plano Óti~o (Fig. 8.10).
MINHAMENTOl PARA MINERAIS BIAXIAIS.
O mineral cortado des.sa maneira, quando observado co-
noscÕpicamente, dá uma cruz escura.semelhante à figura de biss~
triz aguda, porém de contornos geralmente mais difusos e lar-
J t;. 4
145
.o,.
" y' o.,
o
Plano
ºJ.
"e o
o.;.
'e-o
4 !! o
4!! o
{__
146 147
gos. Isso, quando o plano Ótico é paralelo a um dos planos de
vibração do microscópio (norte-sul ou leste-oeste), e consti BXA ,,
tui a posição de cruz ou paralela (Fig. 8.11). ~~
y ''-.-.:-
=::: ,,
A
,,
.... .
e. Posição de 45~
Localizado o plano Ótico, a normal Ótica Y lhe é perpe_!! oeste do microscópio. ta posição paralela da figura e corre~
ponde ·à posição de cruz das figuras de interferência.
dicular, a bissetriz obtusa está contida no traço do plano óti
co e aparece no centro da figura, quando esta está perfei t~ Na posição paralela, o plano Ótico é paralelo à barra
mente centrada. A bissetriz aguda é .perpendicular a Y e à bi~ e s cura da figura (Fig. 8.13).
setriz obtusa e, portant~ se confunde com o traço do plano ó- Girando a platina de 45°, êsse braç o escuro vai . so-
tico. frer uma rotação, adquirindo uma curvatura (Fig. 8 .13), cujo
1 148
1 j lll9
a isÓgira é uma barra escura reta . À .medida que se diminui o
v~rtice é o ponto de emergência do eixo Ótico, e a sua convexi ângulo Ótico, vai aumentando a sua curvatura (Fig. 8.15),
dade indica a posição dQ ponto de emergência da bissetriz ag~
da. O plano Ótico, na posição de 45° da figura, passa pelo vérti
-
ce da isÓgira e pelos pontos de emergência da bissetriz aguda "f B xa
~ti co
v I• r·r..1-'
_;_,,,,
1
::..·:'-~·:
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e: U
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o ,--
Q.
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, ...
Fig 6.12 - SefÓO do minera l p1rpendic:ula_r Pela curvatura da isÓgira,na posição de 45° de uma
ao eb1.o ótico figura de eixo Ótico, pode-se estimar o valor do ângulo Ótico
2V.
BXA
BXA
~ ..'... '.. p;<. . '·· ·: .. :\__P_l~no
o't ico
. . . . I Y.·
1: .· ..... · · <I Bxo
8xo
'·
'~o r ~:~::
o
o - --0 o campo do microscópio. ~sses ramos se dirigem para quadrantes
l'\r opostos, para onde vai a bissetriz aguda (Fig. 8 .16).
-- 40
Geralmente, os ramos escuros desaparecem do campo com
··55°
uma rotação de platina de 5 a 7°, de modo que, na posição de 45~
estão completamente desaparecidos do campo.
A B
A
8.8. Figuras do tipo pêndulo
FIG, 8.15- ESTIMATIVAS 00 ANGULO OTICO,
e 1 eq ue
A. PELA FIGURA CE INTERFERÊNCIA DE BIS-
SETRIZ AGUDA -CENTRADA •
Essas figuras são do tipo não centrado. A figura de
pêndulo se obtém para grão de mineral cortado obliquamente à
B. PELA FIGURA DE INTERFERÊNCIA OE
bissetriz .aguda ou obtusa e a um dos eixos Óticos (Fig. 8.17).
EIXO ÓTICO.
Quando o plano ótico do mineral é paralelo a uma das vibra-
152 153
.!
' .1,t
""Ç>
l> s Quando o mineral é cortado obl'iquamente à normal
Ótica e à bissetriz aguda ou obtusa (Fig. 8.18,A), obtém-se uma
CD
figura do tipo leque. Na posição paralela, essa figura consiste
-..... em um braço de isógira,paralelo a um dos retículos norte-sul
1
!D > ou leste-oeste do microscópio, que, por pequenos movimentos al
1
o
1 ""-
G) ternados, em ~8ntido oposto da platina, se movimenta como se
::'.!
"'"'::u ...,, -o"'º'
CJ)
r- e
:;o
5· fÔsse um lequ, ·conforme as flechas indicadas na Fig. 8.18,B.
r- e
J> ;.. •
~
o
> "''"'
z 1/1 As linhas isocromáticas que aparecem são de alta or-
o
....
,,
"''
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o
co
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~ ;i:
.....,,z
z
~
"'
:;o
I .,
'--· .....
I dem e perpendiculares à isÓgira,quando a seção do mineral
feita obliquamente à normal Ótica e à
é
bissetriz aguda. Quando
o
e
r- >... "'' "':u"" o corte do mineral é oblíquo à normal Ótica e à bissetriz obt~
o
U>
"'o
>•
j;
o
.
o
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o
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Ili
o3
o
,, ...;n "V
1111
z
o.. 8.9. Orientação Õtica dos grãos
J>
:u e.,, o de um mineral biaxial
J> e
J> r ::!:!
' o o Numa lâmina delgada ou numa montagem em Óleo de imeE
"o são, onde ocorrem vários grãos de um mesmo miner~l, é importan-
~ te localizar o grão que dê uma das figuras anteriol?lllente de~
~ ··· '··· · ' ·' l.lg· critas. A observação da côr de interferência apresentada pelos
aJ · ~ -~.
"'::;o · grãos indica, com boa probabilidade, o grão que fornece a figura
desejada.
Um grão de mineral que apresenta um de seus eixos o-
ticos perpendicular à platina do microscÓpio,quando observado
ortoscõpicamente,apresenta-se extinto durante a rotação da pl~
155
151!
tina, porque a sua birrefringência é nula. Paralelamente à
platina possui sõmente a vibração intermediária Y, e êsse grão
fornece uma figura de interferência de eixo Ótico. Quando, e~
tão, se deseja obter uma figura de eixo Ótico, procura-se ·um
grão que se apresente extinto durante a rotação da platina, ou que
-< apresente côr de interferência baixa, ou que mantenha uma côr
constante, qua.1do se gira a platina. Essa verificação se faz ob
servando a lâmina ortoscÕpicamente .
15é 157
____.il
de interferência dês se
mesmo é máxima (nz - nx)' e a cor
tarn idênticamente, sob o ponto de vista Ótico, mas de uma manei-
grão é de ordem mais alta.
ra inversa dos outros dois quadrantes opostos SE e NW, onde os
Essas observações são válidas no caso de se admitir a
efeitos Óticos são também idênticos.
espessura dos grãos aproximadame nte constante em tôda a lâmi
na. No caso em que essa espessura é variável, deve-se levar em Um raio qualquer que emerge em 4, por exemplo, pela
construção de Biot-Fresnel, apresenta as vibrações v e v peE
consideração êsse fator também. 1 2
pendiculares entre si, seguindo a primeira, aproximadamente, a
direção da vibração Y e a da vibração do raio rápido do acess~
8.10. Determinaçio do sinal Õtico rio, e seguindo a segunda vibração a direção sub-paralela da
por meio de bissetriz aguda bissetriz obtusa do mineral e da vibração do raio lento do a-
(Bxa) ces s Ório.
O sinal Ótico do mineral pode ser determinado com e~ Introduzindo-se o acessório, verifica-se efeito adi
sa figura na posição paralela ou de cruz, ou na posição de 45~ tivo nas ~Ôres de interferê~cia, em dQiS quadrantes opo~tos da
figura, e subtrativo nos outros dois. Supondo que se verificou
de preferência, nesta Ú.ltima posição.
subtração nos quadrantes SE e NW, a vibração v 1 do raio 4, su!?.
paralela a Y, é um raio lento, pois é aproximadamente paralela
45° ao raio rápido do acessório.A vibração v 2 do rnesrro raio, perpendi~
Paralela
lar à primeira, é o raio rápido e é sub-paralela à bissetriz o~
tusa. Corno nos minerais biaxiais v v
v , a vibração se-
> >
x y z
NW gundo a bissetriz obtusa dêsse mineral só pode ser a vibração
X, e,portanto,segundo a bissetriz aguda, se tem a vibração Z, e
'(
( .... o mineral é positivo.
passa para azul ou azul esverdeado de segunda ordem, ao passo Índice é medido pelo raio da elipse da seção principal, per-
que, na área onde se verifica subtração, aquelas mesmas côres pendicular à direção de propagação do raio.
amarelo de primeira ordem (Fig. Tem-se, assim,para os raios O (que se propaga paral~
passam para alaranjado ou
adição ou
8.21). Essas côres permitem, então, dizer se houve
163
162
~
,,,.1·
Ao = eo (n
z - ny >;
f Al
A2
el
=e2
(nl ny);
(n? - nv);
A
e = ee (n
y ny) = O,
sendo e 0 < e < e2 ........ e nz " n 1 > n 2 ........... •
4 1
A variação na espessura do mineral é muito pequena,
porque os raios são muito pouco inclinados, e a sua influência
na difere~ça de caminhamento é desprezível, comparando-se com
/.~
a da birrefringênci?. Essa birrefringência varia de um valor
máximo (n z - n y ) até um valor nulo, que corresponde ao raio
q ue se propaga se~undo o eixo ótico (n - n ). Portanto. a dife
y y -
rença de caminhamento decresce de um valor máximo corresponde~
z:
." .r..
".-,
<#4
// te ao raio
até o valor zero.
que caminha segundo a bissetriz aguda (raio O),
Q
º.c-. Os raios 3, 4 •••• que se propagam nesse mesmo plano,
ºo (
Yy.~k:::-...'/A ... mas que emergem na parte côncava da figura de interferência, ~
presentam diferenças de caminhamente dadas por:
A3 = e 3 (ny - n3);
..o;.·~
Fo• , .• -~ .. :!!
o ºo ~
.
!" 6~ =e~ Cnv - n~); etc •• onde e 3 < e 4
~\\ N
1 portanto, (n y - n 3 ) < (ny - n 4 ) •••• ,
~o/
n
e o
z '" de modo que se tem A3 >A~ ••••••••• ., e a curva das diferen-
Ili ,. '"
% ....
:JJ ças de caminhamente é crescente, com inclinação dos raios. ~
.-'~o V - IC
:: ~ i
/ " "' o ,.
~ e: ~i
-N ,.
...
:JJ
o
a curva m, traçada na Fig. 8.22.
166
167
'°o-,'oo.
Mine rol
~ ~
B
J 1 ~ 1
"ª. 1.n- ,..URA OI EIXO ÓTIGO NA POSlçio
DE 45• E SEÇIO PRINÇIPAL DA INDleATRIZ
e
Quando se utiliza a cunha de quartzo, o efeito aditi
vo ou subtrativo se observa através dos movimentos aparentes
das côres de interferência.
Nas Fig. 8.24 e 8.25, estão resumidos os efei tos
verificados, com a utilização dos diversos acessórios, em figu- EFEITOS
FIG.8.25-FIGURAS DE EIXO ÓTICO OE MlNERAIS NEGATIVOS A Fig. 8.27 indica os diversos casos de adição e
171
170
tra vibração, Ín~ices n 1 , n 2 , ••• , conforme a inclinação dos rai
subtração nas côres de interferência, cujos movimentos são rel~
os.
cionados com as diferentes posições do plano Ótico, quando se
usa a cunha de quartzo.
~
MINERAIS
POSITIVOS
A
~
FIG. 8. 28- FIGURA OE BISSETRIZ OBTUSA.
MINERAIS
tsse movimento aparente das linhas isocromática~ com NE6ATIVOS
B
a introdução da cunha de quartzo, torna-se compreensível traç<l!!.
do-se 3s curvas de diferenças de caminhamento para os raios
que se propaga.~ através do mineral, segundo o plano Ótico, e dos
raios que se propagam num plano que lhe é perpendicular e que
contém a normal Ótica e a bissetriz obtusa (Fig. 8.28) do mine
ral.
Na Fig. 8.28, está representada a figura de interf~
rência de bissetriz obtusa de um mineral negativo, na posição
de 1\5 °. As duas seções da sua indicatriz, nela representadas, FIG. 8.27-0ETERMINACÃO DO SINAL COM CUNHA DE 0Ulll.RTZO
NA Fl6URA DE BISSETRIZ OBTUSA. .
são: a que contém o plano Ótico e a que lhe é perpendicula~.
Os raios O, l, 2, •..• que se propagam no plano Óti- As diferenças de caminhamente dos raios O, 1, 2, ••• ,
co, ao atravessarem o mineral de espessura e 0 , sofrem o fenôm~ contidos no plano Ótico, são:
no de dupla refração,dando uma vibração no plano Ótico e outra
ll
o
= eo (n
y
n );
perpendicular a êsse plano e à direção de propagação do raio. X
Essa Última vibração, que é igual para todos os raios que se prop~ ll 1 • e 1 (n - n );
y 1
gam no plano ótico, possui Índice de refração ny, e aquela o~
172 173
~
6
2
= e2 ( ny - n 2 ), "'
o
e
:e
z
:>
sendo e < e < e ••• , e n < n2 < n3 •••• , portanto, u
0 1 2 1
e
::E ln ci
Cn - n ) > (n - n ) > (n n2) ••• o :>
y X y l y
u
.... ....>
Ili
À medida que os raios se inclinam, a espessura per- o c /. ..
corrida do mineral pelos mesmos aumenta, porém a birrefringê~
c
<J
N "'"'z
eia vai diminuindo. Como a inclinação dos raios é pequena, a i~
z
(Ili
....a: .J
., e
...a:"' .,"' "'za:
a:
fluência da espessura no valor das diferenças de caminhamento
é reduzida, em comparação com a da birrefringência. Tomando-se, iD -
"' ...
z
.... :z
nas ordenadas, os valÔres dessas diferenças de caminhamento, nos o
pontos de emergência dos raios correspondentes, tem-se a curva
"'
o e
6m' que é decrescente com a inclinação dos raios. ., a:
:>
•,.~//
melhantes para traçar a curva das diÍerenças de caminhamento. e :>
o z
Assim, para os raios O, 3, 4, ... tem-se os seguin- ....oz o
N
tes valôres de direrenças de carr.inhamento: "'
::E ....
a:
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(n - n ) < (n n ) < (n - n )
y X 3 X 4 X
174 175
to do acessório é duvidoso, pode-se determinar o sinal óti
co do mineral observando ortoscÕpicamente , depois de determin~ do microscópio, vibrações paralelas à bissetriz aguda e à bis-
das tôdas as posições Óticas por meio de figura de interferên- setriz obtusa. Com uma pequena rotação de platina de 5º a 7°,
cia. Localizadas as posições do plano Ótico e da normal Ótica os ramos escuros da cruz desaparecem do campo do microscópio,
Y , o mineral é trazido à posição de 45° e, após retirar-se a nos quadrantes para onde se dirige a bissetriz aguda. Pelo m2
lente de Amici-Bertrand, introduz-se o acessório. Na posição
vimento de fuga das isÓgiras, então, se pode determinar exata-
indicada do mineral (Fig. 8.29), se se verifica adição nas co- mente a posição da bissetriz aguda e obtusa. Perpendicularme_!!
res de interferência do mineral, a normal ótica, que é paral~ te à platina, está a normal Ótica Y.
la ao raio rápido do acessório, é rápida e, segundo a bis se-
Localizadas as posições de bissetriz aguda e biss~
triz aguda do mineral, vibra o raio lento, ou seja, a vibr ação
triz obtusa, é preciso saber o paralelismo dessas direções com
Z do mineral. O mineral é, então, positivo.
as vibrações X e Z do mineral, que são também paralelas à pl~
tina do microscópio. Sendo Z o raio lento e X o raio rápido,
resta s~ber, então, a posição dos raios lento e rápido, utili-
zando-se um acessório adequado.
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,.•. 8. H - DETEIUUNAC:ÃO 00 SINAL ÓTICO DO
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9: ORIENTAÇÃO DAS INDICATRIZES
de interferência, o raio que vibra paralelamente àquela bisse- DISPERSÃO
triz . obtusa é o raio lento e, portanto, Z, e o raio, segundo a
bissetri·z aguda, é o raio rápido, isto é, o raio X, e o mine
ral é negativo.
Quando o efeito aditivo ou subtràtivo nas cores da
figura de int~rferência, com a introdução do acessório, é pou-
co observável, pode-se determinar a posição dos raios rápido e
lento do mineral observando-o ortoscÕpicamente, uma vez locali
zadas prêviamente as posições da bissetriz· aguda e obtusa, por
meio .de figura de interferência (Fig. 8.30).
a = X; b : Y ou Z; c : Z ou Y;
a : Y; b =z ou X; c : X ou Z;
a : Z; b : X ou Y; c : Y ou X.
179
178
Essas orientações estão resumidas na Fig. 9.2.
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EIXO OTICO
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z
b = X; Y e Z no plano ac;
b = Y; Z e X no plano ac;
b = Z; X e Y no plano ac.
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181
/ Eventualmente, uma das direções principais da indica-
triz, mas sÕmente uma, coincide com um dos eixos cristalográfi
.,, cos a e c, porque o ângulo entre êsses eixos cristalográfi-
... os é diferente de 9 O0 • •
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"' Duas possíveis orientações estão Pepresentadas nas
o"' Fig. 9. 3 e 9. 4.
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:'.! .., Nos minerais do sistema triclínico não há nenhum ele
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n
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n mento de simetria, a não ser o centro de simetria na sua classe
o
z holoédrica. A indicatriz possui orientação qualquer em relação
o
o, aos eixos cristalográficos.
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isotrõpicos
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O Índice de refração de um mineral varia com o com-
primento de onda da radiação, sendo maior o Índice para radia
ções de comprimento de onda menor.
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r fenômeno de dupla refração e possuem sõmente um Índice de re
fração n, ::{ue varia com o comprimento de onda da radiação .
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OISPERSAO OE ÍNDICE~.
182
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Os minerais uniaxiais apresentam, então, dispersão
A dispersão que os minerais isotrópicos apresentam de indicatriz dos {ndices de refração.
e, então, dispersão dos {ndices de refração. A indicatriz de Eventualmente, a indicatri~para uma radiação de cer
índices dos minerais isotrópicos sendo uma esfera, esta vai v~ ta côr, pode ser uma superfície esférica, e o mineral se compoE
riar de diãmetro,conforme o comprimento de onda da luz empreg~ ta isotrÕpicamente em relação a essa côr, dando origem a cer-
da (Fig. 9.5.). tos fenômenos, como côr de interferência anômala.
184
Óticos da outra côr extrema,violeta, há extinção desta e apar~ :· .. ,.,
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cimento, em seu lugar, da ·sua côr complementar, que é alaranja- ,,.. ·;.;+..EO
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Quando o ângulo entre os eixos Óticos da radiação
vermelha é maior que o da violeta, escreve-se a seguinte fÓr
mula de dispersão:
Essas cores de dis?ersão são observadas melhor numa Na goethita, por exemplo, numa figura de interferên-
figura de interferência do tipo bissetriz aguda ou do tipo ei- cia de bissetriz aguda, aparecem os dois planos Óticos para r~
xo 5tico, na posição de 45°. llum lado e nout:I'o dos pontos de ~ diações extremas da luz branca, em posições perpendiculares,de
mergência d o s eixos óticos n o rrnai~ indicados pelos vértices modo que,na posição de 45°, aparece a côr esverdeada,onde oco.E.
das isÓgiras , nos minerais que apresentam urna dispersão apre- rem os eixos Óticos da radiação vermelha, e a av·e r l!le lhada, o_g
ciável, aparece uma ligeira tonalidade azulada e alaranjada, de aparecem os eixos Óticos da radiação do outro extrema (Fig.
1\ .t onde normalmente deveriru~ aparecer as côres de interferência 9. 9).
de baixa ordem cinza escura ( Fig. 9.8) .
Sistema monoclínico - os minerais que se cristalizam
Nesse caso de dispersão de eixos óticos, as cores de no sistemamonoclÍnico apresentam três tipos de dispersão: dis
dispersão se dispõem simêtricamente no traço do plano Ótico, persão inclinada, dispersão cruzada e dispersão horizontal.
tanto em relação a êsse plan~ corno em relação ao plano que lhe
A dispersão inclinada se verifica quando 0 plano o
é perpendicular e que contém a normal Ótica e a bissetriz agu-
tico coincide com o plano de simetria do sistema,defi.nido pe-
da. los eixos crist~lográficos a e c. A normal Ótica Y é par~
186 187
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lela ao eixo cristalográfico b que, no caso mais gera~ é, tam-
bém, o eixo de rotação binário do mineral.
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188 189
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das radiações extremas, pode acontecer uma disposição das co-
res de dispersão semelhante à verificada no caso do sistema o~
torrÔmbico, mas o afastamento entre as côres em tôrno de uma
isÓgira e em tôrno da outra é diferente.
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Eo(v.
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ÓTI co (AzuLl
191
190
rotação variáve l em tôrno dessa b issetriz obtusa ( Fig. 9.14 ) .
do centro de simetria.
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~ ..; RMELHO)
Eo!v-,
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FI G. 9 . 14- DIS PER SÃ O HORI Z ONI A L
As côres de dispersão, na figura de int erferência em FIGURA DE BISSETRIZ AGUDA NA FIGURA DE BISSETRIZ AGUDA NA
posição· parale l a ou de cruz, dispoêm-se em quadrant es não opos- POSIÇAO DE CRUZ . POSlfÃO OE ~5°.
tos . Com a figura na posição de 1~5º , as mesmas côres de dis p eE
sao se colocam do mesmo lado das isÓgiras , por exem-
plo , a l aranjado na parte convexa e azul ado na parte concava
das isógiras , ou vice- versa ( fig . 9 .16).
Sistema triclínico - os mi n e r ais do sis t eJT.a t r i c lÍni
co podem ap r es e nt ar o feHÔme n o de d i s p ersão, mas as suas côres
não apresentam nenhu ma disposição simétri ca o u re g ular , por c a~
s a da a u sência de ele~os de s i me tria cri s tal ográfi cos além
1 92 193
194
195
,
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gráfico, os valôres dos Índices de refração do Óleo, em função
dos comprimentos de onda das radiações, obtém-se urna curva, 0 leo nD. Há separação de radiaçõe~ vermelho, etc., de um lado,
mesmo se dando para os Índices de um mineral (Fig. A,l). As e amarelo, verde, azul, violeta, do outro lado, e uma côr azul
duas curvas geralmente se cruzam, e o cruzamento corresponde à muito pálida surge como resultado desta mistura.
igualdade entre os Índices do Óleo e do mineral_para a radia- Para radiações de menor comprimento de onda que aqu~
ção lida no eixo correspondente (abcissas). Normalmente, o Índi la para a qual se verifica a identidade dos Índices, o Índice
ce de refração registrado no vidro de Óleo é em relação à ra- do mineral é menor que o do Óleo, e, para radiações de compri-
diação amarela, e,quando o Índice do mineral é igual ao do ·mento de onda maior que aquela, o Índice do mineral é maior
Óleo, sÕmente o é para essa radiação. que o do Óleo.
Quando o Índice de refração do mineral é igual ao Com afas.tamento da objetiva do mine:r;>al, a franja am~
do Óleo, para a radiação amarela (Fig. A.l, mineral B), -e se a rela se move para dentro do mesmo, ao passo que a azul se di-
luz empregada é a branca, aquela radiação amarela não sofre rige para fora.
desvio algum,ao atravessar o Óleo e mineral, mas as demais r~
Minerais uniaxiais. Os minerais uniaxiais possuem
diações,de comprimento de onda maior,como alaranjado, verme-
d:>isÍndices de refração a serem determinados, ne e n
lho, e as de comprimento menor,como verde, azul, violeta, ao o
atravessarem o mineral, sofrem um desvio, causando urna separa- A determinação dêsses Índices requer, inicialmente, a
ção em duas franjas col0ridas. A mistura das côres alaranjado, escolha de um grão de mineral com orientação adequada, e isso
vermelho, etc. origina a franja de côr amarelada, ao passo se consegue pela observação das côres de interferência dos di
que as radiações verde, azul, violeta formam a franja colorj. versos grãos.
da de azul. Essas duas côres têm intensidades aproximadamente O grão de um mineral uniaxial, com eixo Ótico e, pa-
iguais na sua tonalidade. ralelo à platina do microscópio, apresenta côr de interferên-
Quando o Índice de refração do mineral é igual ao cia de maior ordem e dá uma figura de interferência tipo rel~
do Óleo, para uma outra radiação, verde, por exemplo (Fig. A.1. pago. O Índice ne do raio extraordinário é paralelo ao eixo e,
Mineral A), e de valor n, correspondente à intersecção das e n 0 , perpendicular a êle.
duas curvas, o seu Índice n é maior que o do Óleo nD. Localizados esses elementos por meio de figura de i~
O Índice do mineral sendo igual ao do Óleo, para a r~ terferência, o mineral é trazido,pela rotaç~o da platina, à p~
diação verde, esta não sofre desvio, separando de um lado as sição de ext~nção, de modo que um dos Índices seja paralelo ao
côres azul , violeta, de comprimento de onda menor que o de veE plano do polarizador. Após retirar o analisador, êsse Índice é
de, e,de outro lado, as côres amarelo, alaranjado, vermelho, testado, em relação ao Índice do Óleo, pelos métodos comuns. Gi
etc .. Resultam, então, urna franja azul forte e que é a mistura ra-se a platina de 90° e traz-se o outro Índice à. _posição par~
de azul, violeta, e uma franja amarelo pálido de outro lado, lela ao polarizador, testando-o de maneira semelhante;.
que é uma mistura mais ampla de côres como amarelo, alaranja- Os Óleos sucessivos são escolhidos de acôrdo com o
do, vermelho, etc •• relêvo apresentado pelo mineral.
Quando o Índice de refração do mineral é igual. ao Minerais biaxiais. A verificação dos três Índices nx,
do Óleo, para uma radiação de comprimento de onda maior que o da ny e nz de um mineral biaxial necessita de, pelo menos, dois
radiação amarela, por exemplo, alaranjado (Fig. A.I, Mineral grãos convenientemente orientados, de preferência, um que apr~
C) , e de valor n, correspondente ao cruzamento das duas cur- sente uma figura de interferência de normal ótica e outro que
vas, êsse Índice n é menor que o valor real do Índice do Ó dê uma figura de eixo Ótico. tsses grãos são relativamente fá
196
197
ceis de serem localizado s numa rrontage m, observando-se as co
res de interferência apres entad as p elo s grãos.
O grão que fornece uma figura de normal Ótica apre-
senta birrefringência e côr de interferência máximas e possui
os Índices n e n paralelos à platina do microscópio. E o N
X Z
grão que fornece a figura de eixo Ótico apresenta birrefri~
gP.ncia nula e côr de interferência de baixa ordem, ou se apr~
senta escuro, e o seu Índice n , paralelo à platina do micros-
Y
cÓpio.
Naturalmente, outros graos podem ser utili·zados na d~
•
terminação dos Índices, como os que apresentam figura de inteE
ferência de bissetriz aguda ou obtusa. O grão que apresenta ------------ N "''"•ro1 AI
--~------~---
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n (N ) n (N ) n
X e y o z
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nX > = < RELt:vo N >
y = < RELt:VO z
> :e. < REL!:VO
FIG.A . 1- CURVAS DE
8 e C e 00
-
OISPER~AO DOS MINERAIS
OLE O.
,
ISOT .. OPICOS A
198 199
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