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Nesta prática, vamos estudar campos magnéticos que variam lentamente no tempo.
Introduziremos a lei de indução de Faraday e a verificaremos experimentalmente.
Introduziremos o conceito de indutância, uma nova grandeza elétrica que as bobinas
apresentam a serem submetidas a uma corrente que variam no tempo.
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UNIVERSIDADE Laboratório de Eletricidade e Magnetismo:
DE SÃO PAULO Lei da Indução de Faraday
Instituto de Física de São Carlos
r
Φ s = ∫∫ B.nˆ.dS (1)
S
dΦ s (2)
ε =−
dt
Essa é a lei da indução na forma mais apropriada para se trabalhar com circuitos,
pois relaciona parâmetros que podem ser medidos diretamente ou calculados a partir da
geometria do circuito.
A fórmula acima só tem sentido se for definido o sentido do fluxo e da corrente
induzida sobre o circuito, o que é dado pela regra da mão direita: ao curvar a mão direita
no sentido da corrente, o polegar aponta no sentido do fluxo positivo. A figura 1 mostra
essa regra sendo aplicada a um circuito quadrado.
^n
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r r d r (3)
∫∂S E .dl = −
dt ∫∫
S
B .nˆ.dS
r
r ∂B (4)
∇× E = −
∂t
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I
v
S N N S
µ
F
(b)
I
v
S N S N
µ
F
Figura 2 – Lei de Lenz aplicada a um ímã em movimento próximo a uma espira. (a) ímã se
aproxima da espira, e é repelido. (b) ímã se afasta da espira, e é atraído.
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Φ = LI (5)
dI (6)
ε = −L
dt
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Quando um circuito é desligado da fonte, sua corrente varia e ele pode induzir
uma corrente em um outro circuito próximo. Isso pode parecer a princípio estranho,
porque um campo magnético constante não realiza trabalho. No entanto, quando a
corrente está aumentando, é necessário compensar a tensão induzida pela variação de
corrente, e isso requer energia. É essa energia que fica armazenada e pode ser
reaproveitada em outro momento.
Vamos considerar um circuito de auto-indutância L1, e vamos elevar sua
corrente de 0 a I1. Sendo a corrente em certo instante é i1, a energia necessária para esse
processo é:
di1
I1
1 (9)
W1 = ∫ L1i1 dt = L1 ∫ i1di1 = LI12
dt 0
2
di2 2 I
(10)
W12 = ∫ L12 I1 dt = L12 I1 ∫ di2 = L12 I1 I 2
dt 0
1 2 1 2 (11)
W = L1 I 1 + L2 I 2 + L12 I 1 I 2
2 2
A energia tem que ser positiva para quaisquer valores de I1 e I2, porque, se não
fosse assim, haveria uma situação com correntes energeticamente mais favorável do que
a situação sem correntes; assim poderiam ser observados correntes aparecendo
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∆ = ( L12 2 − L1 L2 ) I 2 2 ≤ 0 (12)
L12 ≤ L1 L2 (13)
L12 (14)
k=
L1 L2
a) Solenóide longo
µ o NI (15)
B=
l
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O fluxo é:
µo N 2π r 2 (16)
Φ = NBA = I
l
A auto-indutância é:
Φ µo N 2π r 2 (17)
L= =
I l
l
r2
r1
Espiras N1
N2
µo N 2 I 2 (18)
B2 =
l
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µo N1 N 2π r12 (19)
Φ1 = N1B2 A1 = I2
l
Φ1 µo N1 N 2π r12 (20)
L12 = =
I2 l
µ o N1 I1 (21)
B1 =
l
Esse campo está presente apenas na região interna ao solenóide interno, e é nulo
fora. O fluxo sobre o solenóide externo é o proporcional à área do solenóide interno:
µo N1 N 2π r12 (22)
Φ 2 = N 2 B1 A1 = I1
l
Φ 2 µo N1 N 2π r12 (23)
L21 = =
I1 l
Vemos então que L12 = L21. De acordo com o que foi dito anteriormente, trata-se
de uma relação geral.
O acoplamento magnético entre os dois solenóides é:
r1 (24)
k=
r2
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Experimentos
~ L
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Medida do campo magnético e auto indução de um solenóide percorrido por uma corrente que
varia no tempo
Período =
Corrente (pico-a-pico) =
Tensão Hall (pico-a-pico) =
Campo Magnético (pico-a-pico) =
Fase relativa entre corrente e campo magnético =
Tensão nos terminais do solenóide (pico-a-pico) =
Fase relativa entre a tensão nos terminais do solenóide
e a corrente =
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Figura 6 – (a) Montagem para observação da f.e.m induzida em uma bobina de prova soleinoidal.
(b) Bobina de prova.
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