Professional Documents
Culture Documents
ATENÇÃO: a relação abaixo ainda não possui todos os links. Por hora, utilize o menu à direita para
acessar as lições.
LIÇÃO 1: HIRAGANA
1.4. A ENTONAÇÃO
1.5. O TRAÇADO
1.8. O「つ」PEQUENO
2.3. O TRAÇADO
4.6. O TRAÇADO
5.2. OS RADICAIS
LIÇÃO 6: ROOMAJI
7.1. INTRODUÇÃO
7.6. O KAOMOJI
LIÇÃO 9: ETIMOLOGIA
9.2. YAMATO-KOTOBA
9.3. KANGO
9.5. GAIRAIGO
9.7. OS AFIXOS
9.8. ABREVIAÇÕES
10.2. PLURALIZAÇÃO
18.2. KEIYOUDOUSHI
18.3. KEIYOUSHI
25.4. CONTADORES
26.2. A PARTÍCULA「しか」
40.1. USANDO 「だめ」, 「いけない」E 「ならない」 PARA COISAS QUE NÃO DEVEM SER FEITAS
42.5. USANDO A “FORMA OU” PARA EXPRESSAR QUE ALGO ACONTECE INDEPENDENTEMENTE DE ALGO
44.11. INDICANDO O QUE ACONTECE LOGO APÓS UMA AÇÃO COM 「がさいご」
46.1. USANDO「おろか」 PARA DIZER QUE NÃO VALE A PENA NEM CONSIDERAR
46.5. USANDO 「そばから」 PARA DESCREVER UM EVENTO QUE OCORRE REPETIDAMENTE LOGO APÓS
OUTRO
48.1. USANDO 「だらけ」 QUANDO UM OBJETO ESTÁ REPLETO DE ALGO EM TODOS OS LUGARES
48.6. USANDO 「ばかり」 PARA AGIR COMO SE ALGUÉM PUDESSE FAZER ALGUMA COISA
51.5. EXPRESSANDO O QUE ACONTECE ENQUANTO ALGO PERMANECE VÁLIDO COM 「かぎり」
51.6. EXPRESSANDO O QUE ACONTECE LOGO EM SEGUIDA A ALGUMA COISA USANDO「かとおもえば」
51.8. EXPRESSANDO QUE ALGO ESTÁ RESTRITO A ALGUMA COISA USANDO 「にすぎない」
53.4. USANDO 「たび」 PARA INDICAR O QUE ACONTECE TODA VEZ EM DETERMINADA CIRCUNSTÂNCIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
BEM-VINDO, CARO INTERNAUTA!!
Depois de meus pais muito brigarem e correrem atrás, aos 4 anos de idade, comecei o
meu tratamento na AACD, onde permaneci por 10 anos.
Hoje, depois de muitas cirurgias (20 mais ou menos) e tratamento, estou andando de
muletas, trabalho, sou formado em Gestão Financeira e curso MBA em Controladoria
e Finanças.
Bem, mas vamos para a língua japonesa, que é o que nos interessa: sempre fui muito
fã de seriados japoneses, animês e video-games e esse meu gosto me fez despertar
ainda mais o apreço pela língua e cultura japonesa.
Mas uma coisa me intrigava: a maioria dos melhores sites / livros sobre a língua
japonesa estava escrita em inglês!
Conheci o site do Tae Kim. Achei a abordagem dele excelente e inovadora, mas eu
queria conhecer mais sobre a língua japonesa. Então, passado um tempo, deparei-me
com o site Imabi e, através dele, conheci o espetacular livro Classical Japanese: A
Grammar de Haruo Shirane. A partir daí me interessei pelo Japonês Clássico e
comecei a pesquisar mais sobre o assunto na internet.
Com essas três “ferramentas” – Manual do Tae Kim, Imabi e Japonês Clássico –, as
Com essas três “ferramentas” – Manual do Tae Kim, Imabi e Japonês Clássico –, as
coisas começaram a ficar muito mais claras e o aprendizado havia se tornado ainda
mais divertido e intrigante. Resolvi, então, juntar as minhas pesquisas em um
arquivo de Word: tudo que encontrava e achava interessante, eu traduzia e colocava
nele. Depois de 3 anos de pesquisas, esse arquivo chegou à marca de 400 páginas.
Então, caríssimo, eis aqui o resultado delas. Este blog, totalmente em português e
gratuito, tem por finalidade abordar a gramática da língua japonesa partindo do
ponto de vista japonês (como o Tae Kim faz) e também mostrar a evolução da língua
e os seus porquês (através do Japonês Clássico) para que você disponha de
conhecimento para tentar entender sozinho determinado padrão gramatical, mesmo
sem tê-lo visto em um livro de gramática antes.
Aqui você encontrará 53 lições (na postagem abaixo você encontrará um índice. Se
preferir, baixe o índice em formato PDF aqui) que foram organizadas para que pouco
a pouco você acumule conhecimento da língua japonesa de modo que faça sentido.
As lições estão divididas em tópicos, e aconselhamos que você leia com calma cada
um deles até assimilar o conteúdo exposto. Não tenha pressa!
A partir da lição 12, começaremos a ver as primeiras sentenças, por isso, baixe a lista
de vocabulário neste link: lista de vocabulário.
ATENÇÃO: o blog é atualizado constantemente e, por isso, poderá haver palavras que
constam na lição, mas não na sua respectiva lista de vocabulário. Se isso ocorrer, por
favor, não deixe de nos avisar.
Caso você tenha conhecimento básico de inglês, recomendo que você baixe a
extensão Rikaichan. Assim, é só passar o mouse em cima das palavras em japonês e
aparecerá um popup com a tradução em inglês.
Para Chrome: Baixe aqui
Como você deve ter notado, este blog ainda está “meio cru”. Portanto, busco pessoas
que possam colaborar com este blog, pois desejo montar uma equipe e deixá-lo cada
vez melhor! Se quiser entrar em contato, o e-mail é contato.ganbarouze@gmail.com
Por favor, procure postar suas dúvidas, sugestões ou críticas no fórum. Assim as
coisas ficarão melhor organizadas.
Como o conteúdo deste blog é muito grande (e tende a aumentar), adicionamos uma
caixa de pesquisa no lado direito, atendendo à sugestão de um de nossos leitores:
Ao utilizar a caixa de pesquisa, você será direcionado à(s) lição(ões) na(s) qual(is) a
estutura pesquisada é citada:
Por fim, quero deixar claro que não sou fluente em japonês e que este blog se
trata de material que venho pesquisando ao longo desse tempo. Portanto, sempre
que encontrar algo interessante, atualizarei algum tópico ou mesmo novas lições
poderão ser acrescentadas de acordo com as circunstâncias.
“Não palmilhe sempre o mesmo caminho, passando somente onde outros já passaram.
Abandone ocasionalmente o caminho trilhado e embrenhe-se na mata. Certamente
descobrirá coisas nunca vistas, insignificantes, mas não as ignore. Prossiga explorando
tudo sobre elas; cada descoberta levará a outra. Antes do esperado, haverá algo que
mereça reflexão.” (Graham Bell)
Brasil, 26/05/2014
Este blog é editado através do Open Live Writer, software de código aberto inspirado no Windows Live
Writer, cuja última versão data de 2012.
5 comentários:
O país é um arquipélago de 6.852 ilhas, cujas quatro maiores são Honshu, Hokkaido,
Kyushu e Shikoku, representando em conjunto 97% da área terrestre nacional. A
maior parte das ilhas é montanhosa, com muitos vulcões como, por exemplo, os Alpes
japoneses e o Monte Fuji. O Japão possui a décima maior população do mundo, com
cerca de 128 milhões de habitantes. A Região Metropolitana de Tóquio, que inclui a
capital de fato de Tóquio e várias prefeituras adjacentes, é a maior área
metropolitana do mundo, com mais de 30 milhões de habitantes.
Para melhor compreender a História do Japão, é comum dividi-la por Períodos (ou
Eras), e a mudança entre eles, em geral, é ditada pela ascensão de um novo
imperador. Entretanto, já houve mudanças de Períodos ditadas por eventos históricos
ou desastres. Desde 1867 na ascensão do imperador Mutsuhito foi adotado o sistema
que muda a era apenas a cada mudança de reinado, sendo iniciada uma nova era em
que muda a era apenas a cada mudança de reinado, sendo iniciada uma nova era em
1868 denominada era Meiji. A contagem das eras foi iniciada pelo imperador Kotoku
(597-654), sendo que este primeiro Período chamava-se “Taika”. A tradição não foi
mantida, mas foi retomada pelo imperador Mommu (683-707) e, desde então, tem
sido contada até os dias atuais. Vejamos:
Foi um dos períodos onde ocorreram mais mudanças, graças ao contato com outros
povos e culturas. Dos coreanos, os japoneses receberam algumas técnicas de plantio
do arroz e o trabalho com o metal (bronze e ferro). Já dos chineses receberam outras
artes e técnicas e um regime alimentar baseado em certo tipo de legumes (soja, azuki
e trigo) e de carne de animais (cavalos e gado).
Foi um período conturbado, mas que trouxe muitas mudanças (Política, Filosofia,
Arquitetura) que se deveram, principalmente, ao budismo e ao confucionismo. Em
604 d.C, Shotoku cria a primeira Constituição do país. Neste período houve diversos
atentados à família imperial e muitas contendas entre famílias poderosas.
Com o Imperador Kammu, a capital muda para Heian (atual Quioto). No século X,
graças ao comando do clã Fujiwara, o Japão avançou muito na área cultural. Apesar
disso, as guerras pelo poder que opuseram alguns clãs nipónicos trouxeram
instabilidade política e o aparecimento dos samurais.
Neste período, o governo democrático ganhou grande força, o que permitiu que as
mulheres fossem socialmente mais participativas. Estando à mercê de tratados
anteriormente firmados, o Japão entrou na Primeira Guerra Mundial, ao lado dos
aliados. O fim da Guerra e o terremoto de 1923 agravaram a situação econômica do
país.
Akihito sucedeu ao seu pai, iniciando uma nova era marcada pela prosperidade e
tranquilidade. Apesar da catástrofe provocada pelo tsunami de 2011, o país soube
ultrapassar a tragédia com estoicismo e dedicação, continuando a apresentar uma
das mais altas taxas de crescimento do mundo.
A língua japonesa (nihongo) é falada atualmente por cerca de 125 milhões de pessoas.
É oficial no Japão e é regional em Palau, uma república do Pacífico a leste das
Filipinas e administrada pelo Japão até a Segunda Guerra Mundial. Até pouco tempo
atrás, os linguistas classificavam o japonês como língua isolada, mas atualmente esta
faz parte da família japônica, da qual é a principal língua.
Existem apenas sete línguas japônicas faladas atualmente, e estão divididas em dois
grupos: o japonês, que inclui o japonês oriental e o japonês ocidental (este, a língua
japonesa propriamente dita, falada em Tóquio), e o ryukyu, ao qual pertencem o
oquinauano (segunda língua japônica mais falada, depois do japonês), o miyako, o
amami, o yaeyama e o yonaguni.
- Japonês Antigo (até o século 8): é a etapa mais antiga atestada do idioma japonês.
Através da propagação do budismo, o sistema de escrita chinesa (Kanji) foi importado
para o Japão. O fim do japonês antigo coincide com o fim do período de Nara em 794;
Bem, feita essa abordagem histórica, durante o nosso curso, faremos várias
referências ao “Japonês Clássico”, isto é, a forma literária da língua japonesa que era
o padrão até os primórdios do Período Showa (1926-1989).
O Japonês Clássico é baseado na língua como era falada durante o Período Heian
(794-1185), mas apresenta algumas influências posteriores. Seu uso começou a
declinar durante o fim do Período Meiji (1868-1912), quando os romancistas
começaram a escrever suas obras seguindo o padrão da língua falada.
Eventualmente, este estilo entrou começou a se generalizar, inclusive nos principais
jornais, mas muitos documentos oficiais ainda eram escritos no estilo antigo. Após a
Segunda Guerra Mundial, a maioria dos documentos mudou para o estilo falado,
embora o estilo clássico continua a ser usado em gêneros tradicionais, como Haiku
embora o estilo clássico continua a ser usado em gêneros tradicionais, como Haiku
(ou Haicai). Leis antigas também são escritas no estilo clássico, a menos que
totalmente revistas.
O erro dos métodos convencionais é que geralmente seus autores têm os seguintes
objetivos:
Como exposto, a raiz deste problema está no fato de que estes livros tentam ensinar
japonês com o português; ensina-se logo na primeira página como dizer: "Oi, meu
nome é Paulo", mas não se expõe todas as decisões arbitrárias que foram feitas por
detrás de tudo isso. Muitas vezes, os autores utilizam-se da forma polida mesmo que
aprender a forma polida antes da forma do dicionário não faça sentido. Eles também
costumam abordar assuntos que muitas vezes não são necessários para o
aprendizado como um todo.
Na verdade, a maneira mais comum de dizer algo como "Meu nome é Paulo" em
japonês é dizer tão somente "Paulo". Isto porque a maior parte da informação é
entendida a partir do contexto e é, portanto, excluída. Mas será que os autores
explicam a maneira como as coisas funcionam na língua japonesa, essencialmente?
Não, pois estão muito ocupados tentando encher o leitor de frases "úteis". O resultado
disto é desastroso: o leitor cairá no “use isto se você quiser dizer aquilo”, fazendo-o
ficar com uma sensação de que nada aprendeu quando necessitar ir além destes
padrões. Tudo isso porque não aprendeu como as coisas realmente funcionam.
Iniciar o aprendizado de algo não é tão simples assim. Por melhor que seja o método
escolhido, se você não se utilizar daquilo que chamaremos “ferramentas de
aprendizado”, o seu aproveitamento será quase nulo. Portanto, tenha em mente que
sem elas é como querer fazer limonada sem limões, ou seja, sem o ESSENCIAL para a
limonada. Vamos a elas:
1) INTERESSE: isso parece óbvio, mas um dos maiores bloqueios para o aprendizado
é a falta de interesse naquilo que se estuda. Pessoas podem passar horas e horas
tentando decorar fórmulas matemáticas, mas se houver falta de interesse e/ou maus
pensamentos, a sua mente encarará a situação como algo danoso para você e passará
a criar mecanismos de autodefesa para afastá-lo disso, tais como distração ou
sonolência. Portanto, lembre-se: “quanto maior o interesse, maior é o poder da
memória para guardar determinada informação”. “Encontre algo que você ame
tanto fazer que você espere o sol nascer só para poder fazer de novo” (Chris Gardner)
Vamos fazer uma analogia: imaginemos que um rapaz tenha iniciado um emprego
novo e logo no primeiro dia se depara com uma menina que lhe desperta interesse à
primeira vista. Vão se passando os dias, o rapaz fica só a observando e o interesse vai
aumentando, mas ainda não tiveram a oportunidade de conversar. São convidados
então para uma dinâmica em duplas na qual um terá que expor certas informações
pessoais ao outro.
Agora, responda com sinceridade: se você estivesse no lugar do rapaz fazendo dupla
com a menina que outrora despertara seu interesse, as chances de você guardar as
informações pessoais que ela expor não são muito maiores do que se você estivesse
fazendo dupla com qualquer outra menina na qual você não estivesse interessado?
memória não acumula dados de qualquer maneira. Ela efetua, sem percebermos, um
memória não acumula dados de qualquer maneira. Ela efetua, sem percebermos, um
trabalho de organização. O cérebro opera uma organização inconsciente. Podemos
ajudar a memória organizando a informação de modo consciente fazendo esquemas
o que implica em comparar, selecionar, classificar, ordenar, associar, esquematizar.
Fazendo dessas atividades uma rotina, sistematicamente, você irá notar que seu
cérebro se acostumará com tudo isso;
Já que não usamos todas as palavras existentes ou que conhecemos para nos
comunicarmos, costuma-se dividi-las em dois grupos: as palavras que você conhece, e
utiliza, constituem o seu vocabulário ativo. As palavras que você conhece, mas não
utiliza, no dia a dia, constituem o seu vocabulário passivo. É de se imaginar, portanto,
que o vocabulário passivo é muito maior que o nosso vocabulário ativo, pois na
nossa vida rotineira tendemos a usar as palavras “mais simples” e comumente
usadas.
Ainda assim, as palavras que usamos no nosso dia a dia, mesmo na vida adulta e
desconsiderando termos específicos dos mundos corporativo e acadêmico,
continuam a ser as “mais simples” e comumente usadas. Não vamos muito além
disso. Mesmo que conheçamos um grande número de palavras, ficamos restritos a
este grupo quando falamos com amigos, familiares, ou estamos em lojas,
restaurantes, etc. Ou você já ouviu alguém usar em português, palavras como
litossolo, coarctar, novedio, nubícogo, olente ou divulsão?
Bem, e vem à mente outra pergunta: afinal, quantas palavras devo aprender?
Além disso, evite aprender palavras de modo isolado. Ou seja, quando você
Além disso, evite aprender palavras de modo isolado. Ou seja, quando você
aprender, por exemplo, a palavra “porta”, tente encontrar exemplos de orações.
Assim, além de enriquecer o seu vocabulário, você entenderá melhor o sentido de
palavras que, isolodamente, podem parecer meio sombrias.
3) PENSE COMO UM NATIVO: Evite pensar uma língua estrangeira em seu idioma
nativo. Sim, isso é fundamental. Se você está tentando descobrir como dizer algo, mas
pensando primeiramente em português, não conseguirá se expressar de imediato em
quase 100% das vezes. Você deverá ter sempre em mente que “se você já não sabe
como dizer algo em outra língua, então não sabe mesmo”. Portanto, se você
puder, pergunte imediatamente a alguém como dizer a expressão desejada, incluindo
uma explicação detalhada do seu uso. Então comece você a praticar e a pensar do
ponto de vista de um falante nativo. Idiomas não são como problemas
matemáticos; você não tem que descobrir a resposta; mas se você praticar a partir da
resposta correta, desenvolverá bons hábitos que lhe ajudarão a formular natura e
corretamente sentenças;
Conhecer a origem e evolução de algo que você queira aprender é um grande passo
para o seu domínio, pois ao se deparar com o sentido e a lógica que há por trás, você
deixa de ser um robô e passa a pensar. Se você gosta de Matemática, entenderá onde
queremos chegar: não adianta você decorar fórmulas prontas se você não sabe a
razão de ser dela. Claro que a gramática não é uma ciência exata, mas ela busca
padronizar uma língua e, embora haja exceções, ela tem sua lógica de ser.
Sendo assim, você deveria ouvir as coisas até que consiga, naturalmente, dizer o que
parece certo e o que é errado. Segue um dos argumentos “contra a gramática”
(usando o inglês como base):
“Você sabe falar português, seu idioma nativo no Brasil, né? Agora será
que você sabe todas as regras gramaticais?
NÃO!
Aprender pelas regras, sem saber falar e ouvir, vai te tornar uma espécie
de “analista da língua”. Só na teoria. Na prática, não funciona! Pode ver
com qualquer pessoa que fez cursos tradicionais: mais de 99% delas não se
sentem seguras ao falar, e não compreendem todos os áudios em inglês,
mesmo depois de vários e vários anos estudando – e pagando caro!
Num novo idioma qualquer, deveria ser assim também, pois é o processo
natural.
Ao ver um filme, você não tem tempo de ficar traduzindo o que dizem para
entender. Se tentar, perderá muitas falas!
A tese acima parece mesmo convincente, mas no fundo é um mau conselho, a menos
que você viva no Japão ou fale / ouça japonês com alguém disposto a corrigir tudo
que você diz.
Pode haver pessoas que digam “Ok , já conheci pessoas que estudaram gramática e
ainda não conseguem falar a língua” (pessoa que acha a gramática desnecessária);
Fato é que a gramática é uma das ferramentas dentre muitas em seu arsenal e não
seria bom ignorá-la completamente. Você pode não pensar na gramática quando está
falando, mas ela é um trampolim, uma orientação que você pode usar para
chegar ao ponto no qual você não precisará mais dela. Se você aprende somente
com frases, você precisa estar exposto a todo tipo de gramática, conjugação de
Aliás, você já se perguntou para que serve a gramática, vista por muitos como uma
vilã?
- Lógica;
- Tradição;
- Bom senso.
(…) Por ser um organismo vivo, a língua está sempre evoluindo, o que
muitas vezes resulta num distanciamento entre o que se usa efetivamente
e o que fixam as normas. Isso não justifica, porém, o descaso com a
Gramática. Imprecisa ou não, existe uma norma culta, a qual deve ser
conhecida e aplicada por todos.
É claro que você precisa praticar muito a fala e a audição, mas não há motivos para
se impedir o aprendizado da gramática e aplicá-lo conforme necessário.
Eventualmente, com bastante prática, você chegará a um ponto que não precisará
mais pensar na gramática, ela ficará internalizada em você, mas até então, ela pode
mais pensar na gramática, ela ficará internalizada em você, mas até então, ela pode
ajudá-lo a descobrir como dizer o que quiser. Claro, pode ser lento, mas é melhor do
que não ser capaz de dizer coisa alguma.
Realmente, muitas vezes se gasta muito tempo com gramática nos cursos
convencionais, abordando-se pouquíssimo a conversação como ela é no “mundo
real” (mais detalhes na lição 8). Isso é obviamente um problema, mas isso não
significa que você não deve aprender nada de gramática.
Além disso, banir a gramática ou dar pouca importância a ela e considerar somente o
aprendizado de um idioma pela assimilação natural pode acarretar em vícios de
linguagem e erros graves como nós mesmos fazemos em português como, por
exemplo, “Para mim fazer” e “A gente vamos”. São infinitos erros que adquirimos na
linguagem falada e mesmo passando anos na escola, muitas pessoas não conseguem
readequar a linguagem. Isso pode ser um ponto negativo em situações mais formais,
como quando a pessoa participa de uma entrevista de emprego ou faz algum teste
escrito. Para ilustrar, leia esta matéria e perceba o que a falta de contato com o
idioma formal pode ocasionar: 529 mil candidatos tiraram zero na redação do Enem
2014.
Veja como não aprender gramática limita nosso poder de comunicação e também
nosso intelecto, pois estaremos “enclausurados” no linguajar do cotidiano. Em outras
palavras, quem desconhece a norma culta acaba tendo acesso limitado às obras
literárias, artigos de jornal, discursos políticos, obras teóricas e científicas, enfim, a
todo um patrimônio cultural acumulado durante séculos pela humanidade.
Tal como acontece com a maioria das coisas na vida real, a solução correta é usar
uma abordagem equilibrada e prática, isto é, gramática e o processo de ouvir e
falar se complementam e devem ser considerados desde o início.
Fontes:
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page
Em primeiro lugar, por que para um não-nativo é muito difícil encontrar toneladas
de vocábulos em seu cotidiano como acontece com os bebês japoneses, a menos que
viva no Japão ou tenha muitos amigos japoneses "conversadores".
Em segundo lugar, por que uma vez que aprendemos a nossa língua materna, torna-
se quase impossível memorizar palavras estrangeiras com sons apenas. Por esta
razão, usar todos os cinco sentidos tanto quanto possível é a forma mais eficaz de
obter o que se deseja. Então, por favor, não use apenas seus ouvidos. Use seus olhos
para ver os caracteres. Treine sua boca para pronunciá-los. Estimule o seu cérebro
para imaginá-los mesmo quando você não estiver estudando. Na rua, no trabalho,
enfim, onde quer que seja. Mova sua mão para sentir os caracteres.
humana; basta olhar para os hieróglifos egípcios e você perceberá que o chinês não é
humana; basta olhar para os hieróglifos egípcios e você perceberá que o chinês não é
um caso isolado.
Existem várias teorias sobre a forma como os Kanjis foram desenvolvidos, mas
nenhuma é dada como certa. Uma dessas teorias nos diz que há cerca de 5000 a 6000
anos, um historiador chinês chamado Ts'ang Chieh teve a ideia de criar um modo de
expressar graficamente as coisas, inspirado pelas pegadas de aves em um campo de
neve. Outra teoria diz que os Kanjis foram criados quando Fu Hsi, um dos três
imperadores da época, substituiu o até então existente “método das cordas” pelo
“método de caracteres”. Ambas as teorias, entretanto, podem ser consideradas mais
mitos do que fatos históricos confiáveis
. O fato confiável é que os caracteres mais
antigos são os que foram introduzidos durante os dias do vigésimo segundo
imperador da Dinastia Shang (Yin) (1700 a.C.- 1100 a.C.) e tratavam-se de inscrições
em ossos de animais e carapaças de tartaruga.
Pode-se dizer que o primeiro sistema de escrita japonesa foi o “kanbun”, que
consistia na realidade em técnicas para adaptar as sentenças chinesas à gramática
japonesa através do uso de sinais diacríticos juntamente com os Kanjis. Isso permitia
que os falantes japoneses interpretassem essas sentenças. Tomemos como exemplo a
oração em chinês “Um homem de Chu estava vendendo escudos e lanças.”:
NOTA: se você ficou em dúvida quanto à definição de “sintagrama”, acesse este link:
http://www.mundoeducacao.com/gramatica/classificacoes-sintagma.htm.
Em japonês, entretanto, seria necessário alterar a disposição dos termos para que a
sentença se encaixe dentro dos padrões da gramática japonesa. Vejamos um exemplo
apenas para que você tenha uma noção básica:
Ou, se usássemos números, teríamos:
Com o decorrer do tempo, o Man'yougana foi evoluindo e dando origem aos dois
silabários, Katakana e o Hiragana. As formas do Hiragana originam-se do estilo
cursivo da caligrafia chinesa (daí o nome “Hiragana”, isto é, “silabário da palma da
mão”). A figura abaixo mostra a origem do Hiragana a partir do estilo cursivo do
Man’yougana. Observe:
A parte de cima mostra o caractere em seu formato regular, a do meio (em vermelho)
mostra a forma cursiva e a parte de baixo mostra o respectivo Hiragana. Note
também que as formas de escrita cursiva não são estritamente limitadas àquelas da
ilustração.
Dado que, como mencionamos, vários Kanjis podiam ter o mesmo som, houve casos
em que um caractere Man'yougana originou um fonema do Hiragana, mas o seu
equivalente Katakana evoluiu de um Kanji Man'yougana diferente. Por exemplo, o
Hiragana 「る」 (ru) se desenvolveu a partir do Man'yougana 「留」, a medida que o
Katakana 「ル」 (ru) procede do Man'yougana 「流」.
Algumas teorias apontam que o Kana foi inventado por um monge budista chamado
Kuukai no século IX. Kuukai certamente introduziu a escrita Siddham em seu retorno
da China em 806, e o seu interesse nos aspectos sagrados da fala e da escrita levou-o a
concluir que a língua japonesa seria melhor representada através de um alfabeto
fonético em vez dos Kanji utilizados até então. O atual Kanamoji (conjunto de Kanas)
foi codificado em 1900 e as regras para o uso, em 1946.
Quando o Hiragana foi desenvolvido, em um primeiro momento, não foi aceito por
todos, pois muitos consideravam que a língua culta ainda se restringia ao chinês.
Historicamente, no Japão, a forma regular de escrita dos caracteres (kaisho) era
usada pelos homens e chamada de otokode ( 男 手 ), literalmente “mãos masculinas”,
enquanto que o estilo cursivo (sousho) era usado pelas mulheres. Por esta razão, o
Hiragana se popularizou primeiro entre as mulheres, haja vista que a elas
geralmente não era permitido ter acesso aos mesmos níveis de educação que os
homens. Disso veio a alternativa que ficou conhecida como “onnade” ( 女 手 ),
literalmente “mãos femininas”. Por exemplo, em “O Conto de Genji” e outros
romances mais recentes à época cujos autores eram do sexo feminino, o Hiragana foi
usado extensivamente ou exclusivamente.
Autores do sexo masculino chegaram a escrever literatura com Hiragana, que por
algum tempo foi usado para a escrita não-oficial, tais como cartas pessoais, enquanto
o Katakana e chinês foram usados para documentos oficiais. Nos tempos modernos, o
uso do Hiragana se misturou com a escrita Katakana, que agora está restrito a usos
especiais, tais como palavras recentemente emprestadas (ou seja, desde o século XIX),
nomes de transliteração, os nomes dos animais, em telegramas, e para dar ênfase
(mais detalhes na lição 2).
A tabela deve ser lida de cima para baixo e da direita para a esquerda, já que a
escrita tradicional japonesa segue esse padrão. Por isso, consideram-se linhas 「ぎょ
う」 as colunas verticais, e colunas 「だん」 as linhas horizontais. Tenha em mente
também que cada linha e coluna são nomeadas de acordo com o primeiro fonema
nela disposto. Assim, por exemplo:
- a linha na qual estão dispostos os fonemas あ, い, う, え e お é chamada あぎょう
- a linha na qual estão dispostos os fonemas あ, い, う, え e お é chamada あぎょう
(linha A), pois o fonema que a inicia é あ;
II. O som “H” do japonês tem um som aspirado como nas palavras em Inglês “house”
e “help”. O som “R” do japonês tem som do “R” do português parecido ao das palavras
“ouro” e “aura”;
IV. Por razões históricas que serão expostas na lição 3, o fonema 「 を 」 não é
pronunciado “wo”, mas sim “o” e é usado somente como partícula.
A disposição moderna do Kana reflete aquela da escrita Siddham, e é também usada
A disposição moderna do Kana reflete aquela da escrita Siddham, e é também usada
para fins de ordem alfabética, isto é, 「あ、い、う、え、お、か、き、く...」 e assim
por diante. Entretanto, nem sempre foi assim: até as reformas da era Meiji no século
19, a disposição dos fonemas seguia a ordem do “Iroha”, poema japonês escrito
durante a era Heian (794–1179) e famoso por ser um pangrama perfeito, contendo
cada caractere do silabário japonês sem repetições (com exceção do 「ん」, que foi
adicionado ao silabário mais tarde). Por isso, era também usado como ordem
alfabética do silabário. Vejamos:
Apesar de ser o estilo de escrita tradicional, a escrita vertical (たてがき) aos poucos
vem caindo em desuso no dia-a-dia do mundo japonês. Esse fato se deve à influência
ocidental e o advento da tecnologia, com computadores, celulares e etc. Hoje em dia,
é mais comum ver este estilo de escrita em alguns poucos livros, poesias,
pensamentos e trabalhos mais literários. Devido à tecnologia e a influência ocidental,
o ministério da educação japonês adotou o estilo de escrita horizontal ( お う ぶ ん )
como padrão em livros técnicos ou livros mais voltados para o ramo educacional.
1.4. A ENTONAÇÃO
sistema de som faz com que a pronúncia dos fonemas seja clara e sem nenhuma
sistema de som faz com que a pronúncia dos fonemas seja clara e sem nenhuma
ambiguidade. No entanto, a simplicidade dos sons individualmente não significa que
a pronúncia de palavras seja simples. Isso por que na língua japonesa há o que é
conhecido como “acento tonal” (kootei akusento), ou seja, cada silaba de uma
palavra pode ser pronunciada com um tom alto ou baixo.
II. NAKADAKA-GATA (/\): o som agudo não está nem na primeira nem na última
sílaba. Ele sobe, atinge o máximo, então cai de repente. Se for uma palavra com duas
sílabas, ele cairá na próxima. Como exemplo, vejamos a entonação das palavras 「あ
つい」 e 「くだもの」 que significam “quente” e “fruta” respectivamente:
III. ODAKA-GATA (/ ̄ -\-): o som agudo não está na primeira sílaba, mas está nas
seguintes. É alto até atingir um elemento fixo, tal como uma partícula e desce. Como
exemplo, vejamos a entonação das palavras 「 は な 」 e 「 お と こ 」 que significam
“flor” e “homem” respectivamente, juntamente com as partículas 「は」 e 「が」:
1.5. O TRAÇADO
I. Tome (significa “parada”): você deve trazer o lápis para um fim completo e erguê-
lo do papel no final do traço. Nos exemplos a seguir, o tome é indicado por um ponto
colocado perto do último traço:
II. Hane (significa “pulo”): o traço é finalizado com algo parecido com uma cauda
curvada. Nos exemplos abaixo, o hane está indicado por um √:
NOTA: perceba que alguns traços não têm indicadores de finalização. Nestes casos,
tanto tome ou hane podem ser usados.
3. Sousho: é o menos formal dos estilos e significa "escrita da grama", nome que, de
acordo com o mestre calígrafo Eri Takase, refere-se ao domínio de fortes traços
verticais que se assemelham à grama. O objetivo deste estilo é totalmente artístico e
altamente abstrato, permitindo que o calígrafo alcance uma expressão artística
completa. Devido a isso, os japoneses não usam esse estilo para escrever no dia a dia.
Na verdade, é tão abstrato que só pode ser lido geralmente por pessoas treinadas em
caligrafia. Aqui, quem escreve raramente permite que o pincel saia do papel,
resultando em uma forma graciosa e arrebatadora.
Há ainda os estilos Mincho e Ming, que são os estilos normais de imprensa, o Kaku-
gótico, que é utilizado em sinais, publicidade, títulos, etc., o Reisho, que era usado
principalmente por escravos e as pessoas com educação limitada e hoje continua em
títulos de jornais e como uma forma de escultura em pedra, o estilo Koin, que é usado
na escrita religiosa e o Tensho, usado nos carimbos pessoais, de organizações, de
empresas, etc. Vejamos:
empresas, etc. Vejamos:
Uma vez que você memorizou todos os caracteres do Hiragana, você acabou de
aprender o alfabeto, mas não todos os sons. Há mais cinco sons consonantais que são
possíveis de se obter de dois modos:
II. Colocando-se um pequeno circulo no canto superior direito de alguns fonemas. Tal
sinal é chamado de 「はんだくてん」.
Todas as possíveis combinações dos sons modificados são dadas na tabela abaixo:
NOTAS:
2. Na transcrição para o Roomaji, 「づ」 é escrito /dzu/ e não /zu/. Com relação aos
caracteres 「ぢ」 e 「じ」, a escrita permanece a mesma, ou seja, /ji/.
4. O mesmo se aplica para o 「ち」 que se torna / cha / chu / cho / e 「し」 que se
torna / sha / shu / sho /.
O fonema 「つ」 nem sempre deve ser lido como /tsu/; em certas palavras ele aparece
entre dois caracteres e menor do que eles. Nestes casos, é chamado de 「そくおん」,
literalmente “som oclusivo”.
さっか = escritor
Note que 「つ」 aparece entre os fonemas 「さ」 e 「か」, mas em tamanho menor.
Quando isso ocorrer, ele não deve ser pronunciado. O 「 つ 」 pequeno tem como
principal finalidade representar uma pausa antes da pronuncia do fonema que o
sucede. Na pratica, é basicamente a pausa que se faz “já com a língua no céu da boca”
antes de seguir para uma nova sílaba.
「さ」– 1º tempo;
「さっか」– deve ser romanizado “SAKKA” e não “satsuka” ou “saka”, pois o fonema
「さっか」– deve ser romanizado “SAKKA” e não “satsuka” ou “saka”, pois o fonema
que precede o 「そくおん」 é “KA”, logo, a consoante “K” será duplicada;
「はっぱ」– deve ser romanizado “HAPPA” e não “hatsupa” ou “hapa”, pois o fonema
que precede o 「そくおん」 é “PA”, logo, a consoante “P” será duplicada;
NOTAS
2. Certifique-se que você está fazendo esta parada com a consoante certa (a
consoante do segundo caractere);
Ufa! Estamos quase terminando. Nesta última parte, veremos o “som prolongado”,
que consiste no prolongamento da duração do som de um caractere. Para tanto, basta
colocar 「あ」、「い」 ou 「う」 dependendo da coluna 「だん」 a que o caractere
pertença. Observe a tabela a seguir:
Como exemplo, vamos criar o som prolongado de 「か」. Para tanto, primeiramente
devemos saber a qual coluna 「か」 pertence:
A razão disto é bem simples: tente dizer 「か」 e 「あ」 separadamente. Então fale
sucessivamente e o mais rápido possível. Você logo perceberá que estará estendendo
o / ka / por uma duração mais longa que dizer somente / ka /. Você pode tentar este
exercício com as outras vogais. Tente lembrar, que na verdade, você está
pronunciando dois caracteres com seus limites embaçados. Na verdade, você pode
nem estar pensando conscientemente sobre vogais longas e simplesmente
pronunciar as letras juntas rapidamente para conseguir o som correto. Em
particular, enquanto que / ei / pode ser considerado som vogal prolongado, eu acho
que a pronúncia sai bem melhor simplesmente pronunciando / e / e / i /.
NOTAS:
お (dez).
お (dez).
Fontes:
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page
Digitoshi: www.digitoshi.xpg.com.br
Let's Learn Hiragana: First Book of Basic Japanese Writing, Yasuko Kosaka Mitamura
3 comentários:
Como vimos na lição anterior, o Kana originou-se a partir de Kanjis que eram usados
foneticamente, apenas. Entretanto, diferentemente do Hiragana que foi desenvolvido
a partir do estilo cursivo do man'yougana, o Katakana, originou-se de partes dos
ideogramas – daí o nome “Katakana”, isto é, algo como “um pedaço de escrita
silábica”. A tabela a seguir mostra o Kanji que deu origem a cada Katakana:
II. Como você verá mais adiante, já que 「 を 」 é usado somente como partícula e
todas as partículas estão em Hiragana, você nunca precisará usar 「ヲ」 e, por isso,
você poderá ignorá-lo sem problemas;
---
2.3. O TRAÇADO
Com relação à parte teórica do traçado, o que foi visto no tópico de mesmo assunto
Por causa das limitações no conjunto de sons do Kana, algumas combinações novas
foram sendo criadas com o passar dos anos para representar os sons que
originalmente não faziam parte da língua japonesa. As mais notáveis limitações são a
falta dos sons “ti / di” e “tu / du” – por causa dos sons “chi” e “tsu” – e a falta do som
da consoante“F”, exceto o 「ふ」. Para as consoantes / sh / j / ch / também falta a vogal
/ e /.
A decisão para resolver estas deficiências foi adicionar versões pequenas dos sons
das cinco vogais. Isto também foi feito para o som da consoante / w / para substituir
caracteres obsoletos. Foi também estabelecido o uso de pequenas barras duplas no
fonema 「 ウ 」 ( ヴ ) juntamente com 「 ア 、 イ 、 エ 、 オ 」 pequenos para indicar a
consoante / v /, mas tal método não é muito usado, provavelmente devido ao fato de
que os japoneses continuam com dificuldades em pronunciar o / v /. Por exemplo,
enquanto você pode achar que "volume" seja pronunciado com um som de / v /, os
japoneses optaram pela simples pronuncia "bolume" ( ボ リ ュ ー ム ) . Da mesma
forma, vodka é escrito "wokka" (ウォッカ) e não 「ヴォッカ」. Você pode escrever
“violino” 「バイオリン」 ou 「ヴァイオリン」 (do inglês “violin”). Isso realmente não
importa, já que quase todos os japoneses irão pronunciá-lo com o som de / b / de
qualquer forma.
A tabela seguinte mostra em destaque os sons que faltavam e que foram adicionados.
Outros sons que já existiam são utilizados apropriadamente:
XI. Nomes pessoais: alguns nomes japoneses pessoais são escritos em Katakana. Isto
era mais comum no passado, portanto, as mulheres idosas muitas vezes têm nomes
em Katakana;
Fontes:
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page
Digitoshi: www.digitoshi.xpg.com.br
Let's Learn Katakana: Second Book of Basic Japanese Writing, Yasuko Kosaka Mitamura
5 comentários:
がんばって
ありがとう
Responder
Respostas
Responder
Algo que devemos ter sempre em mente é que com o passar do tempo, a pronúncia
muda as palavras, sendo ela, portanto, uma das maiores influências nas
mudanças que ocorrem na escrita. Dificilmente se escreve como se fala, pois
cronologicamente a linguagem caminhou (e ainda caminha) da fala, para escrita, não
o inverso.
Embora a medida de restaurar a ortografia clássica possa ter sido correta em termos
históricos, vale ressaltar que tal sistema já não condizia com a pronúncia
moderna. Vejamos as características do uso histórico do Kana:
ゐる → いる (居る)
こゑ → こえ (声)
II. O fonema 「を」 é pronunciado como 「お」 e podia ser usado não apenas como
partícula, mas também em outros tipos de palavras:
をばさん → おばさん
おぢいさん → おじいさん
まづ → まず (先ず)
かは → かわ(川)
あひます → あいます
つかふ → つかう
まへ → まえ (前)
おほい → おおい(多い)
II. Sequências de Kana, tais como 「あう」, 「あふ」, 「かう」, 「かふ」, 「さう」, 「さ
ふ」・・・ eram lidas 「おう」, 「こう」, 「そう」・・・:
いかう → いこう
さうです → そうです
ありがたう → ありがとう
しなう → しのう
だらう → だろう
ちらう → ちろう
かうかう → こうこう
ざふきん → ぞうきん
III. Sequências de Kana, tais como 「きう」, 「きふ」, 「しう」, 「しふ」, 「ちう」,
「ちふ」・・・ eram lidas 「きゅう」, 「しゅう」, 「ちゅう」・・・:
きうり → きゅうり
うつくしう → うつくしゅう
えいきう → えいきゅう
じふじ → じゅう
IV. Sequências de Kana, tais como 「けう」, 「けふ」, 「せう」, 「せふ」, 「てう」,
IV. Sequências de Kana, tais como 「けう」, 「けふ」, 「せう」, 「せふ」, 「てう」,
「てふ」・・・ eram lidas 「きょう」, 「しょう」, 「ちょう」・・・:
けふ → きょう (今日)
でせう → でしょう
けうしつ → きょうしつ
てふ → ちょう
V. Além dos casos expostos acima, outros tipos de tenko são 「きやう」, 「しやう」,
「ちやう」・・・, lidos 「きょう」, 「しょう」, 「ちょう」・・・, e 「くわ」, 「ぐわ」
que eram lidos 「か」, 「が」:
くわし → かし (菓子)
あつた → あった
ちやんと → ちゃんと
逢はむ → あわん
~せむ → ~せん
ありけむ → ありけん
取りてむ → とりてん
給ひなむ → たまいなん
吹かむとす → ふかんとす
まかりなむずる → まかりなんずる
NOTA: A grafia histórica não deve ser confundida com o hentaigana, kana
NOTA: A grafia histórica não deve ser confundida com o hentaigana, kana
alternativo que foi declarado obsoleto com as reformas ortográficas de 1900.
Apenas para traçar um paralelo, aqui notamos algo que não ocorreu na língua
inglesa, por exemplo. Nela há uma grande irregularidade no quesito “pronúncia x
escrita”, fato que é atribuído por muitos à ausência de uma autoridade central que
pusesse ordem no caos reinante na língua inglesa após a Conquista Normanda.
Durante mais de três séculos, os dialetos correram soltos, se reproduziram e
multiplicaram. O francês dos normandos acabou sendo substituido pelo inglês, mas a
anarquia continuou com o abandono de sempre, refletindo a total indiferença dos
ingleses quanto a questões de coerência na ortografia. Às vezes as pessoas usavam a
grafia de uma região e a pronúncia de outra. É por isso que as palavras busy
(ocupado) e bury (enterrar) são escritas de acordo com o dialeto da região ocidental
da Inglaterra, enquanto a pronúncia da primeira é /bêzi/, típica da região de Londres,
e a da segunda é /berry/, proveniente de Kent.
Um comentário:
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 4: KANJI I – CONHECIMENTOS BÁSICOS
Chegou a hora de abordarmos de maneira mais detalhada o Kanji, que é uma
das coisas mais difíceis da língua japonesa. Mas não se desespere, pois
dividiremos o assunto em duas lições, tentando fazer uma abordagem
sistemática, a fim de que você passe a encarar o seu aprendizado não como um
fardo, mas sim como um passatempo. Então, prepare-se para esta aventura que
busca desmistificar os temidos Kanji.
Você já sabe que os Kanjis representam conceitos materiais e abstratos e que foram
introduzidos na língua japonesa por meio de escritos trazidos por monges budistas
quando ainda não havia expressão escrita nela. No sistema moderno de escrita
japonesa, o Kanji é usado em conjunto com os silabários Hiragana e Katakana e cerca
de 5.000 a 10.000 caracteres são utilizados.
III. Reforma da irregular representação por meio do Kana das leituras ON dos Kanjis,
para estarem em conformidade com a pronúncia.
As duas primeiras reformas foram bem aceitas, mas a terceira foi muito contestada,
principalmente pelos conservadores, sendo deixada de lado em 1908. O fracasso
parcial das reformas de 1900, combinado com o aumento do nacionalismo no Japão,
impediu de fato uma reforma significativa do sistema de escrita. Entretanto, devido
às inúmeras propostas para a restrição do número de Kanjis em uso, vários jornais
começaram a restringir voluntariamente o uso de Kanjis e a utilização de furigana
aumentou. Porém, sem endosso oficial à tal prática, houve muita oposição.
No período que sucedeu a Segunda Grande Guerra, houve uma rápida e significativa
reforma do sistema de escrita. Isso foi em parte devido à influência das autoridades
de ocupação, mas, principalmente por causa da remoção dos conservadores do
controle do sistema educacional, o que significava que as revisões anteriormente
paralisadas poderiam prosseguir. As principais reformas foram:
III. A simplificação de alguns Kanjis (しんじたい), fato que deu ao antigo conjunto de
caracteres o nome de “Kyuujitai” ( き ゅ う じ た い ), isto é, formas obsoletas de Kanjis
que eram utilizados antes da Segunda Grande Guerra. Logicamente, você não deve
confundir a simplificação japonesa com a chinesa, feita em 1949, embora possa haver
alguns caracteres semelhantes. Observe a figura comparativa com alguns exemplos:
IV. A promulgação da “Jinmeiyou Kanji” (人名用漢字), lista composta por Kanjis que
em conjunto com o Touyou Kanji podiam ser usados para nomes. Compreende cerca
de 2000 caracteres, mas vem sendo atualizada ao longo dos anos pelo Ministério da
Justiça.
Além disso, as placas, a prática da escrita, etc, passaram a ser em yokogaki migi
(escrita da esquerda para a direita). Por exemplo, a placa da estação de Tóquio era (駅
京東), mas passou a ser (京東駅). Entretanto, a direção tradicional de escrita ainda é
vista do lado direito (ou estibordo) de veículos, barcos, etc, de modo que o texto é
executado a partir da parte dianteira do veículo para a parte de trás (ou da proa à
popa).
Após a criação do Touyou Kanji, ainda existiam muitas palavras que continham
caracteres que não tinham sido colocados na lista. Quando isso acontecia, havia dois
caracteres que não tinham sido colocados na lista. Quando isso acontecia, havia dois
procedimentos para resolver o problema:
1. Mazegaki: procedimento com o qual o Kanji era substituído por seu som
equivalente em Kana:
2. Kakikae: procedimento com qual o Kanji era substituído por outro de mesmo som:
No ano de 1981, o governo japonês expandiu o Touyou Kanji, dando origem ao “Joyou
Kanji Hyo” (lista dos caracteres chineses para uso diário), que incluía 1945 caracteres
regulares e 166 caracteres especiais usados apenas para nomes de pessoas. Essa lista
foi revisada no ano de 2010 e passou a ter 2136 regulares (foram retirados 5
caracteres e incluídos 196). Documentos do governo, jornais, livros e outras
publicações para uso de não especialistas usam apenas esses Kanjis. Escritores de
outros materiais são livres para usar qualquer ideograma.
NOTA: os 1006 Kanjis básicos formam a sub-lista do jouyou Kanji chamada “Kyouiku
Kanji”.
A maioria dos Kanjis foi inventada pelos chineses, mas há alguns ideogramas que são
de origem japonesa. Estes são conhecidos no Japão como 「 こ く じ 」 ( 国 字 ),
literalmente "caracteres nacionais". O termo 「わせいかんじ」 (和制汉字), isto é, "Kanji
feitos no Japão" também é usado para se referir aos kokujis. Por exemplo, o
ideograma usado para escrever 「 は た ら く 」 ( 働 く ) é de origem japonesa. Estes
ideogramas são formados da maneira usual dos caracteres chineses, ou seja, através
da combinação de componentes existentes, embora utilizando uma combinação que
não é usada na China.
Numa segunda definição, o termo ateji é também usado para o processo oposto, ou
seja, escrever palavras usando Kanjis em caráter de significado apenas,
desconsiderando as leituras individuais (mais detalhes nos próximos tópicos).
Embora no japonês moderno alguns atejis ainda sejam utilizados, este método de se
representar palavras tornou-se ultrapassado, sendo substituído pelo Kana ou novos
ideogramas.
Um ideograma chinês pode ter várias pronúncias possíveis (em casos raros, dez ou
mais), dependendo do seu contexto, significado pretendido, uso em compostos, e
localização na frase. Estas pronúncias, ou leituras, são normalmente categorizadas
em on'yomi ou kun'yomi (frequentemente abreviado On e Kun).
1. On’Yomi (音読み): é a leitura original chinesa do caractere na época em que este foi
introduzido no Japão. Note que ela se trata apenas de uma aproximação feita pelos
a) Go'on (呉音): são leituras provenientes da região de Wu, que está nas proximidades
da moderna Shangai, durante os séculos V-VI;
d) Kan'you-on (慣用音): são leituras equivocadas dos Kanjis que se tornaram aceitas
no idioma. Em alguns casos, são as leituras reais que acompanharam a introdução do
ideograma no Japão, mas não coincidem com a maneira que ele "deve" ser lido
considerando-se as regras de sua construção e pronúncia.
Por exemplo, os Kanjis seguintes têm uma variedade de leituras nestes sistemas:
Por exemplo, os Kanjis seguintes têm uma variedade de leituras nestes sistemas:
NOTA: uma vez que os “Kokuji” são direcionados para as palavras nativas,
geralmente possuem apenas leitura Kun.
Entretanto, há Kanjis cujas leituras Kun a eles atribuídas não refletem o significado
original chinês. Estes não são considerados kokujis, mas são chamados 「こっくん」
(国訓). Observe alguns exemplos:
E a leitura dos caracteres chineses permanece mesmo que o verbo esteja conjugado
em diferentes formas:
「食べる」 >>> 「食べた」= 「たべる」 >>> 「たべた」(a leitura para 「食」 continua
inalterada)
Como regra geral (mas não dogmática), a leitura Kun é usada para palavras nativas,
principalmente em adjetivos e verbos. Nesse caso, geralmente há uma sequência de
Kana (chamada okurigana) que vem anexada aos ideogramas complementando a
pronúncia da palavra e será a parte que sofrerá flexões. Quando se trata de outras
classes de palavras, geralmente quando um Kanji aparece isoladamente, é usado
kun'yomi, enquanto quando dois ou mais aparecem juntos formado uma composição
de Kanjis (じゅくご), para expressar uma única palavra, é usado on'yomi.
I. Leituras mescladas: são baseadas nas leituras individuais de cada Kanji, mas não
seguem o padrão descrito no tópico anterior. A seguir, alguns exemplos:
III. Leituras atribuídas: são leituras que não têm correlação com as pronúncias
reais de um caractere. Porém, leva-se em consideração o seu significado individual e
se estabelece uma nova pronúncia. Dividem-se em dois tipos:
Um ponto muito importante que deve ser considerado é que uma Jukujikun é
aplicada considerando-se a composição como um todo. Portanto, não é possível
uma separação do tipo: 「明」= 「あ」, 「日」= 「す」.
NOTAS:
NOTAS:
2. Composições criadas também podem ter Gikun. É o caso do nome original de “Os
Cavaleiros do Zodíaco” (聖闘士星矢), onde 「聖闘士」 é uma combinação de 「聖」 e
「闘士」 e é lido “Saint” 「セイント」 em vez de 「せいとうし」.
Bem, seria mais fácil reformular a pergunta para: “o que NÃO causa o rendaku?”. E
para respondê-la, vamos recorrer, em um primeiro momento, à Lei de Lyman, que é
chamada assim por que Lyman foi a pessoa que encontrou um padrão de exceções
para o fenômeno de rendaku. Existem casos estranhos em que essa lei é quebrada,
mas como essas exceções são muito poucas, normalmente não há necessidade de um
estudo profundo acerca delas. O que a Lei de Lyman afirma? Vejamos:
A composição acima deveria ser lida 「こいひと」, mas como NÃO possui obstruinte
A composição acima deveria ser lida 「こいひと」, mas como NÃO possui obstruinte
vozeada no segundo elemento 「ひと」, o rendaku ocorre, ficando 「こいびと」.
Note que em ambos os casos, o significado principal está no segundo elemento, mas é
restringido pelo primeiro, ou seja, não é de qualquer relógio ou rio que estamos
falando, mas de um relógio relacionado a “despertar” e de um rio relacionado à
“montanha” respectivamente.
Entretanto, há exceções:
Nos quatro exemplos, note que o significado principal está no primeiro elemento e o
segundo é que o restringe.
---
Na língua japonesa as alterações sonoras são muito comuns, mas não existem regras
quanto a isso. Com o tempo, você perceberá que elas costumam ocorrer de acordo
com o agrupamento de fonemas, sendo determinada alteração mais comum (não
regra) para um agrupamento específico. Por exemplo, é comum que o conjunto 「つ
ひ」 seja alterado para 「っぴ」:
Infelizmente, parece não haver regras claras com relação a quando deve haver
apofonia ou mesmo quais as alterações que devem ser feitas, mas as ocorrências
mais comuns são a alternância de 「えだん」 para 「あだん」 e 「いだん」 para 「う
だん」 ou 「おだん」.
NOTA: é importante destacar que as mudanças sonoras apresentadas não se
NOTA: é importante destacar que as mudanças sonoras apresentadas não se
restrigem a um grupo de palavras, sendo muito comum em verbos, advérbios,
adjetivos, etc.
Baseados no tópico anterior, podemos dizer que a leitura dos Kanjis é muito
ambígua. Apenas para ilustrar essa dificuldade que até mesmo os nativos podem
encontrar na leitura de Kanjis, em novembro de 2008, a imprensa japonesa noticiou
que o Primeiro-Ministro Taro Aso frequentemente errava as leituras de alguns
Kanjis, muitos considerados de uso comum em seus discursos, questionando assim,
sua qualidade como pessoa que ocupa o cargo mais alto do Japão (leia a matéria
aqui).
Devido aos seus erros, Aso passou a ser comparado com George W. Bush, e rotulado
de "Tarō" uma provocação usada nas escolas para as crianças pouco inteligentes.
Por causa dessa ambiguidade na leitura dos Kanjis, é comum encontrarmos pequenos
Kanas, conhecidos como Furigana (também conhecido como 「ルビ」 ou 「ルビー」 =
rubi), escritos acima dos ideogramas, ou ao seu lado, chamados de Kumimoji, que
mostram como devemos pronunciá-los.
4.6. O TRAÇADO
5. Traços que envolvem outros traços são escritos primeiro, com exceção da base, que
5. Traços que envolvem outros traços são escritos primeiro, com exceção da base, que
vem por último:
6. Um traço diagonal para a esquerda é escrito antes que um traço diagonal para a
direita:
7. Se uma linha vertical atravessar todo o caractere ela é escrita por último:
8. Se uma linha horizontal cruzar todo o caractere ela é escrita por último:
Uma coisa que você precisa saber é que essas regras não são absolutas, elas irão
funcionar para a maior parte dos casos, mas não todos. Então fique avisado, se
encontrar um Kanji que não obedeça alguma dessas ordens, não é um erro na regra e
sim uma exceção.
Fontes:
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page
Let's Learn Kanji: An Introduction to Radicals, Components and 250 Very Basic Kanji, Yasuko Kosaka
Mitamura, Joyce Mitamura
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 5: KANJI II – ASPECTOS SOBRE SUA FORMAÇÃO E
APRENDIZADO
Na lição anterior você aprendeu sobre a História do Kanji e o que concerne a seu
uso, leitura e traçado. Vamos agora estender esse conhecimento básico
adquirido abordando tópicos sobre sua formação e aprendizado.
1. Shoukei Moji (象形文字): também chamados de Kanjis pictográficos, têm sua forma
semelhante àquilo que representam e são os mais primitivos, tendo origem nas
figuras de objetos ou fenômenos. Consequentemente, muitos desses caracteres são
substantivos e frequentemente são usados como componentes para ideogramas mais
complexos. Aproximadamente 3% de todos Kanjis já desenvolvidos na China
pertencem a esta categoria. Observe alguns exemplos:
Ao observar esta categoria de Kanjis, podemos ter uma ideia de como os chineses
antigos viam o mundo e de como era a vida cotidiana. No primeiro exemplo, como o
trabalho naquela época era feito no campo, provavelmente era comum que os
trabalhadores descansassem debaixo de árvores. No segundo, podemos deduzir que
homem era praticamente sinônimo de camponês, uma vez que as mulheres ficavam
mais em casa cuidando da família, enquanto seus maridos trabalhavam. No terceiro,
consideremos que era muito comum se criar porcos em casa – assim como se cria
cachorros hoje em dia.
Note que em cada um dos três caracteres, há o radical 「氵」 (mais detalhes acerca
dos radicais no próximo tópico), localizado à esquerda indicando que o significado
está relacionado com “água”, enquanto o componente da direita “empresta” sua
pronúncia ao conjunto.
Essa mudança se deu pelo fato de que antigamente algumas palavras que não tinham
o mesmo significado passaram a ser grafadas da mesma maneira. Um exemplo disso
é 「楽」, que originalmente significa “música”, mas que passou a significar também
seu efeito, o “gozo”, o “deleite”. Como o sentido não era o mesmo, algumas dessas
palavras tiveram a sua escrita diferenciada. Mas não se preocupe, pois os caracteres
que formam esta categoria são raros.
Nesta categoria percebe-se o uso de uma técnica incomum, pois sempre existiu
resistência em mudar o sentido de um caractere existente. Porém, devido à
fragmentação de dialetos na China (o mandarim é o oficial, mas há outros como o
cantonês e dialetos próprios de Taiwan), havia ocasiões em que um dialeto possuía
palavras próprias sem escrita ainda. Então, “pegava-se emprestado” um caractere de
outra palavra que tivesse o som igual. Normalmente, quando isso ocorria, uma
versão levemente alterada do Kanji era criada para o seu lugar. Por exemplo,
atualmente as palavras “nariz”, “muco”, “costas”, “cintura”, “areia” e “nadar” são
representadas com os caracteres levemente alterados, isto é, 「鼻」, 「泗」, 「背」,
「腰」, 「砂」 e 「泳」.
5.2. OS RADICAIS
5.2. OS RADICAIS
Dos primeiros pictogramas foram selecionados 214 para que fossem usados como
radicais para outros caracteres. Radical (Bushu) é um sub-elemento de um Kanji.
Todo Kanji possui radical ou é um radical em si mesmo, no caso dos mais simples.
Sua finalidade é expressar a natureza geral do caractere, isto é, é o componente que
dá uma pista sobre a origem, grupo, significado ou pronúncia. Por isso, em muitos
dicionários de Kanji os ideogramas são organizados por radical.
Os radicais são divididos em sete grupos, de acordo com a sua posição no conjunto.
Vejamos esses grupos e alguns exemplos:
Ao dizer "ki hen", referimo-nos ao "radical árvore", que fica do lado esquerdo. Já
"ame kanmuri" ao radical da chuva, que fica em cima.
Enfim, se você conseguir memorizar todos (ou pelo menos) alguns dos radicais mais
importantes, será capaz de dominar muitos Kanjis.
De fato, dominar os Kanjis não é tarefa fácil, mas isso não significa de forma alguma
que seja impossível. Usaremos Kanjis desde o começo para ajuda-lo a ler japonês
"real" o mais rápido possível. Nestas duas lições, abordamos algumas das
propriedades dos ideogramas numa tentativa de tornar seu aprendizado menos
penoso e mais divertido e, dado o que foi exposto, vamos responder a duas perguntas
que devem estar pairando na sua cabeça agora:
Realmente, a quantidade de leituras que um único Kanji pode ter e, ainda mais, as
possíveis mudanças sonoras que podem ocorrer em alguns casos, de início, o faria
concluir que aprender as leituras individuais se torna totalmente inútil, porque na
prática, ao se deparar com uma composição desconhecida, você só teria um “poder
de suposição” no quesito qual leitura usar. Para clarificar, suponhamos que você
não conheça a composição 「行楽」, mas conhece as leituras individuais dos Kanjis
「行」e 「楽」. Com isso, a primeira imagem que viria a sua mente certamente seria
esta:
Ok, perfeito! Você sabe todas as leituras ON individuais de cada Kanji. Entretanto,
especificamente para esta composição, qual é a combinação de leituras correta?
Aí começa o grande problema! Inevitavelmente, você acaba se vendo diante de um
quebra-cabeça no qual você tem as peças, mas não sabe como encaixá-las...
Isso só considerando as leituras ON. Imagine então se esta composição tem uma
leitura mesclada, extra, atribuída, ou ainda tem a pronúncia simplificada? Veja como
há muitas, mas muitas possibilidades...
Como bem aponta Luiz Rafael em seu livro “Desvendando a Língua Japonesa”, “o que
faz o japonês realmente aprender KANJI não é o ensino deles na escola, e sim a
convivência em tempo integral, o uso massivo em praticamente todas as situações do
dia-a-dia. Na escola, o japonês aprende os KANJIS mais pela necessidade de ler textos,
copiar conteúdo da lousa referente a todas as matérias, escrever redações e resolver
exercícios, do que pelo ensino formal do KANJI.”
Esse é o lado ruim da história. Mas há o lado bom: se você memorizar leituras
individuais em grande quantidade vai, inevitavelmente, adquirir um senso de como
se dá é a formação das palavras na língua japonesa. Por exemplo, “por que há
uma Sokuon aqui?”. Perguntas assim podem ser respondidas de uma forma
sistemática – lembra-se do que dissemos quando tratamos de mudanças sonoras?
Bem, agora você deve estar pensando “OK, eu vejo que há os prós e contras em se
aprender as leituras individuais. Mas, ainda assim, não seria muito mais fácil
simplesmente assimilar Kanjis e composições conforme formos nos deparando com
eles?
Isso faz muito sentido e talvez seja a opção defendida por muitos, isto é, aprendr
Kanji por meio das PALAVRAS que você for encontrando por aí, e não através de
caracteres isolados, a menos que este seja por si só uma palavra “utilizável”. Afinal, a
fim de aprender uma palavra, você obviamente precisa aprender o significado, a
leitura, o traçado dos Kanjis e qualquer Okurigana, se for o caso. E isso com as
ferramentas disponíveis atualmente na internet, torna-se muito mais prático.
Voltemos à composição 「行楽」. Por enquanto, somente fomos capazes de supor sua
leitura e não chegamos a uma conclusão. Entretanto, se acessarmos o Denshi Jisho,
por exemplo, tudo se resolverá em poucos segundos, sem estresse. Vejamos:
E ainda, em “Kanji Details” poderá aprender o significado de cada Kanji, bem como o
traçado:
PRIMEIRO: aprenda PALAVRAS e, por meio delas, tudo o que for relacionado aos
Kanjis que as compõem (significado, leituras KUN - se representarem por si mesmo
palavras -, e o traçado);
SEGUNDO: com mais tempo e calma, para um estudo mais etimológico e mais
avançado, atente-se às leituras e veja como as palavras foram formadas, bem como as
particularidades de sua pronúncia, se houver.
Lembra-se que no tópico de introdução “Como aprender algo realmente” uma das
ferramentas necessárias para o aprendizado é a “ASSOCIAÇÃO”? Por esta razão,
cremos que algo que lhe será útil para memorizar o traçado dos Kanjis é fazendo uso
de uma técnica muito conhecida e difundida em livros como “Kanjis Mnemonics” e
“Remember the Kanji”. Consiste em dividir os ideogramas em partes e tentar associá-
las a figuras do nosso cotidiano. Feito isto, invente uma história com essas figuras e
visualize as imagens em sua mente. Com o tempo você vai ver que ao observar o
caractere oriental, vai logo se lembrar dele. Veja os dois exemplos abaixo:
口【くち】 (significado: boca): este Kanji é uma figura que lembra uma boca aberta,
porém um pouco quadriculada;
Reveja como escrever os Kanjis ao menos uma vez todos os meses até que você tenha
certeza de que tenha aprendido bem. Esta é outra razão pela qual começaremos
usando Kanjis. Não há razão para deixar o imenso trabalho de aprendê-los em um
nível avançado. Ao estudar Kanjis junto com novos vocábulos desde o começo, o
imenso trabalho será dividido em pedaços pequenos e controláveis e o tempo extra
ajudará a fixar na memória permanente os ideogramas aprendidos. Além disso, isto
irá ajudá-lo a ampliar seu vocabulário, o qual geralmente terá combinações de Kanjis
que você já conhece. Se você começar a aprender Kanjis depois, este benefício será
desperdiçado ou limitado.
Então, não seria interessante que os Kanjis fossem organizados pelo uso, pelo seu
aparecimento no dia a dia?
No JWPce uma das informações que podem ser obtidas de um Kanji é a sua
frequência, ou seja, o número de vezes que este aparece no dia a dia, em jornais,
livros e qualquer fonte escrita. Observe as figuras abaixo:
Podemos notar que o Kanji "dia" 「日」é o mais frequente, ou seja, aparece toda hora,
em todos os lugares. Já o Kanji "explosão" 「爆」, não aparece tantas vezes; existem
734 Kanjis mais frequentes que ele.
Essa classificação é útil para organizar Kanjis pela sua utilidade. Se você aprender
antes os Kanjis que aparecem mais frequentemente, maior a probabilidade de
entender um texto em japonês.
NOTA: se você deseja filtrar os Kanjis de acordo com a frequência, série de ensino,
etc. acesse o site “KanjiCards” (http://kanjicards.org/). Vá até a opção “Kanji Lists” e
você encontrará filtros muito úteis.
E se você gostaria de ter acesso a algo que lhe mostrasse o traçado de forma animada,
o Draw Me a Kanji é o lugar certo. Basta inserir uma palavra ou mesmo uma
sentença para ter o traçado de cada Kana e/ou Kanji feito na sua frente!
Basicamente é isso. Essas informações têm como objetivo facilitar seus estudos,
principalmente se estiver programas de flashcards e dicionários de Kanjis, o que é
extremamente recomendado!
Algumas pessoas podem achar que utilizar um sistema baseado em símbolos, em vez
de um alfabeto sensível, é ultrapassado e muito complicado. Outros podem achar que
se deveria alterar o sistema de escrita japonesa para o Roomaji (lição 6) a fim de
exterminar todos os caracteres complicados que muitas vezes desorientam os
estrangeiros. De fato, durante a Era Meiji (1868-1912), houve um movimento entre
alguns estudiosos que defendiam a abolição do sistema tradicional de escrita e a
utilização do Roomaji. Mas, por que isso não deu certo, se os coreanos, por exemplo,
adotaram com grande sucesso seu próprio alfabeto (o Hangul) para simplificar
eficazmente sua linguagem escrita?
Como seria possível diferenciar as palavras dentro de um texto, já que seus sons são
idênticos? Fica claro, portanto, que tanto os 46 fonemas do sistema Kana como o
sistema Roomaji, não são capazes de diferenciar as palavras homófonas, mesmo
graficamente.
Agora, façamos uma comparação com o Hangul: ele possui 14 consoantes e 10 vogais.
Qualquer uma das consoantes pode ser combinada com as vogais dando um total de
140 sons. Além disso, uma terceira e algumas vezes até mesmo uma quarta consoante
pode ser anexada para se criar uma única letra. Teoricamente isto nos dá cerca de
1960 sons que podem ser criados (os sons que são usados na realidade são muito
menos que isto).
Considerando-se que a velocidade de leitura costuma ser maior do que a de fala, são
necessárias algumas pistas visuais para que seja possível identificar
instantaneamente cada palavra – tal como ela é – dentro de um texto. Em português,
somos capazes de distinguir as palavras porque a maioria delas possui formas
diferentes quanto à grafia. Na língua coreana ocorre a mesma coisa, pois há
caracteres o suficiente para criar palavras distintas e de formas diferentes. Voltemos
ao exemplo da palavra “Kikan”, usando três significados possíveis, agora escritas com
Kanji:
Perceba como, apesar de as três palavras serem homófonas, com o uso dos Kanjis
somos capazes de diferenciá-las, pois são grafadas de forma distinta. Sem os
ideogramas chineses, mesmo que separássemos as palavras, as ambiguidades e a
falta de pistas visuais forçariam o leitor a parar freqüentemente sua leitura para
tentar adivinhar, pelo contexto, qual palavra está sendo usada, tornando assim, o
texto muito mais difícil e incômodo de ler.
Enfim, pode não ter sido uma boa ideia ter adotado o chinês no idioma japonês, haja
vista que ambas as línguas são fundamentalmente diferentes na estrutura. O nosso
propósito, por enquanto, não é debater sobre as decisões tomadas há milhares de
anos ou quais podem (ou poderiam) ser as alternativas possíveis, e sim explicar o
motivo pelo qual você precisa aprender Kanji, a fim de aprender japonês. Em outras
palavras, queremos dizer que “se assim foi feito, vamos nos esforçar para aprender
deste jeito”.
Fontes:
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page
Digitoshi: www.digitoshi.xpg.com.br
Let's Learn Kanji: An Introduction to Radicals, Components and 250 Very Basic Kanji, Yasuko Kosaka
Mitamura, Joyce Mitamura
Um comentário:
Como você viu nas cinco primeiras lições, o método usual de escrever o idioma
japonês, usado pelos nativos em si, é uma mistura de Kanji, os caracteres chineses, e
o Kana, os caracteres nativos que representam os sons da língua japonesa. Viu
também que é possível escrever japonês completamente em Kana, embora isso
raramente aconteça na prática.
Yajiro nasceu em Satsuma e pertencia às classes mais baixas dos samurais. Depois de
cometer um assassinato, ele foge para a província de Goa na Índia, onde conhece São
Francisco Xavier (1506-1552) e converte-se ao cristianismo. Retorna, então, ao Japão
como um intérprete junto aos missionários jesuítas portugueses, já que sua visão
única sobre os caminhos do Japão, fez com que despertasse o interesse dos
missionários em Goa. Mais tarde, passa a ser conhecido como “Paulo de Santa Fé”.
O emprego do Roomaji por parte dos jesuítas em uma série de livros católicos
impressos possibilitou que os missionários pudessem pregar e ensinar seus
convertidos sem aprender a ler a escrita japonesa, já que isso era considerada uma
grande barreira. Após a expulsão de cristãos do Japão no início do século XVII, o
Roomaji caiu em desuso, e era apenas usado esporadicamente em textos estrangeiros
até meados do século XIX, quando o Japão se abriu novamente.
No cotidiano, o Roomaji pode ser usado para escrever números e abreviaturas. Ele
No cotidiano, o Roomaji pode ser usado para escrever números e abreviaturas. Ele
também é usado em dicionários e livros para estudantes estrangeiros de japonês.
Para digitar em japonês nos computadores, a maioria das pessoas, sejam nativos ou
não, usam Roomaji, que é convertido em Kanji, Hiragana, ou Katakana pelo software
de entrada. Também é possível digitar em Hiragana ou Katakana se você tiver um
teclado em japonês, mas poucas pessoas estão familiarizadas com este método.
II. Hepburn Revisado: é uma versão revisada do Hepburn Tradicional e foi adotada
pela Biblioteca do Congresso americano como um de seus ALA-LC, conjunto de
padrões de romanização. É atualmente a versão mais comum desse sistema;
NOTA: o termo “Hepburn modificado” pode ser utilizado para se referir ao “Hepburn
revisado”.
I. Vogal Dupla A:
まあたらしい = MAATARASHII
おばあさん = OBAA-SAN
- Nos outros dois estilos, entretanto, é escrita “AA” somente se o segundo “A”
pertencer à outra palavra em um termo composto:
おばあさん = OBĀSAN
おにいさん = ONIISAN
- A vogal dupla “U” é escrita “UU” se o segundo “U” pertencer à outra palavra em um
termo composto ou for a terminação de um verbo:
ぬう = NUU
すうがく = SŪGAKU
- Nos três estilos, a vogal dupla “E” é escrita “EE” se o segundo “E” pertencer à outra
palavra em um termo composto:
濡れ縁 = 濡れ + 縁 → ぬれ + えん = NUREEN
V. Vogal Dupla O:
- Nos estilos Tradicional e Revisado, a vogal dupla “O” é escrita “OO” se o segundo “O”
pertencer à outra palavra em um termo composto:
おおさか = ŌSAKA
VI. Combinação O + U:
子馬 = 子 + 馬 →こ + うま= KOUMA
おう = OU
おう = OU
とうきょう = TŌKYŌ
VII. Combinação E + I:
がくせい = GAKUSEI
NOTAS:
1. Todos os demais agrupamentos com som de vogal são escritos com cada som
individualmente. Por exemplo, かるい = KARUI;
3. Para palavras emprestadas todas as vogais são alongadas com macros. Além disso,
variações comuns existem para O + U. Essas variantes incluem "oh", "o", "ou", "oo" e
"ô".
B) PARTÍCULAS:
C) SOM NASAL: no Sistema Hepburn tradicional, 「ン・ん」 são transcritos como [M]
antes de sons de B, P ou M. Quando aparecem antes de uma vogal ou som de Y não
contraído, são separados por um hífen:
しんばし = SHIMBASHI
ぐんま = GUMMA
じゅんいちろう = JUN-ICHIROU
しんよう = SHIN-YOU
きにゅう = KINYUU
しんばし = SHINBASHI
ぐんま = GUNMA
じゅんいちろう = JUN’ICHIRŌ
じゅんいちろう = JUN’ICHIRŌ
しんよう = SHIN’YŌ
きにゅう = KINY Ū
No Sistema Hepburn Modificado, sempre é usado “n” com um macro (n̄), da mesma
forma que é usado para indicar vogais longas no Hepburn Revisado:
ぐんま = GU NN̄
MA
しんばし = SHINN̄
BASHI
----
No Japão, apesar de o Sistema Hepburn não ser o padrão por lei, permanece como o
padrão de fato. Considerando-se algumas variantes dominantes para cada caso,
podemos dizer que praticamente todas as indicações oficiais (placas de ruas, avisos,
informações, etc.) são romanizadas pelo sistema Hepburn. A Japan Railways e todos
os outros sistemas de transporte (ônibus, metrô, outras companhias férreas,
companhias aéreas, etc.) utilizam o sistema Hepburn. Ainda, placas e informações em
prefeituras, delegacias de polícia, templos, pontos turísticos, jornais, canais de
televisão, publicações do Ministério das Relações Exteriores e guias também utilizam
o sistema Hepburn. Por fim, estudantes estrangeiros da língua japonesa quase
sempre aprendem o sistema Hepburn.
Já que o Sistema Nippon foi criado para que os japoneses escrevessem sua própria
língua, segue a fonética japonesa e a ordem silábica rigidamente e é, portanto, o
único grande sistema de romanização que permite a transcrição literal (sem perdas)
de e para Kana. É provavelmente o menos usado dos três sistemas principais.
4. Vogais longas são indicadas por um sinal de circunflexo, em vez do macro. Por
exemplo, “O” longo é escrito “ô”, ao contrário de Hepburn, que utiliza um macro –
“ō”;
5. O som nasal 「ん」é escrito como [n] antes de sons de consoantes, mas como [n']
antes de sons de vogais e Y.
Às vezes o Sistema Kunrei é citado como “Sistema Monbushō”. Tal nomenclatura veio
à tona depois que o Monbukagakushō (Ministério da Educação, Cultura, Esporte e
Tecnologia), acrescentou o seu aprendizado no currículo escolar, sendo ensinado às
crianças japonesas no 4º ano.
Além dos três sistemas de romanização mais conhecidos, existem outros menos
conhecidos. Vejamos:
II. JSL: o JSL é o sistema de romanização usado na série de livros didáticos "Japanese:
the Spoken Language", de Eleanor Harz Jorden. Ele é baseado no formato do Sistema
Kunrei, com a diferença que as vogais longas são escritas pela sua duplicação, como
"oo" ou "uu", ao invés do uso de macros ou sinais circunflexos, e a adição de
informações sobre o acento tonal, usando acentos agudos, graves e circunflexos. A
romanização JSL é destinada para ensino da língua e de seu estudo;
III. Sistema 99 (99 式 ): foi criado pela “Sociedade para a Romanização do Alfabeto
Japonês” ( 社 団 法 人 日 本 ロ ー マ 字 会 ) e é uma forma de romanização desenvolvida a
partir de uma visão de que o roomaji é uma forma de transliteração em vez de uma
ortografia estrita. Como tal, permite a romanização de formas variantes do Kana que
atualmente não têm uma forma romanizada. Ele não usa nem circunflexos nem
macros;
Fontes:
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 7: OS SINAIS DE PONTUAÇÃO
Já aprendemos sobre os quatro meios que existem para escrever na língua
japonesa. Mas ainda não sairemos da escrita. Falta ainda aprender os sinais de
pontuação. Bons estudos!
7.1. INTRODUÇÃO
Um texto (文章) é constituído de sentenças (文), que formam paragráfos (文章). Como
você já deve saber, em japonês as palavras não são separadas por espaços,
entretanto, a pontuação (やくもの) é variada e muito parecida com o português. Isso
porque a maior parte dos sinais de pontuação foi adotada a partir da cultura
ocidental.
Ø Supeesu (スペース): o espaço pode ser utilizado somente em textos em Kana para
separar frases a fim de evitar confusão. É visto antes do início de um novo parágrafo,
semelhante a uma tabulação. Os espaços são colocados depois dos sinais de
pontuação não-japoneses, como um ponto de exclamação. Espaços também podem
estar entre nomes e coisas em um endereço ou título:
Ø Kuten/Maru (句点・円) (。): mostra o final de uma frase. Também pode ser usado
coloquialmente no final de um título;
東京・大阪 = Tóquio-Osaka
Ø Touten (読点) (、): é usada a critério do autor para uma série de coisas. Seu uso
principal é mostrar uma pausa. Pode também mostrar a separação de números.
Quando horizontal, a vírgula pode ser vista como (,);
Ø In'youfu (引用符) (” “): é normalmente usado como aspas em frases curtas, como
em ‘Esta é a“Torre de Tóquio”’;
Ø Maru Kakko/Paaren/Shoukakko ( 丸 括 弧 ・ パ ー レ ン ・ 小 括 弧 ) ( ( ) ): é o
Ø Maru Kakko/Paaren/Shoukakko ( 丸 括 弧 ・ パ ー レ ン ・ 小 括 弧 ) ( ( ) ): é o
equivalente aos parênteses. Podem ser usados para mostrar leituras, informações
adicionais, uma coordenada em geometria, mostrar o argumento de uma função em
programação, mostrar uma matriz matemática, e outras funções relacionadas à
matemática. Pode também ser dobrada quando parênteses são dentro de parênteses,
como (());
Ø Yamakakko (山括弧) (〈 〉): são usados em física quântica para suportes. Também
é comum ver esta marca duplicada para mostrar caracteres rubii;
Ø Sumitsuki Kakko (隅付き括弧) (【 】): existe nas versões branco ou preto. A versão
branca é usada em dicionários para marcar os Jouyou Kanji que não fazem parte dos
1006 básicos. Quando preto, envolve marcações e pode dar grande ênfase, e pode ser
utilizado nos dicionários para marcar os Kyouiku Kanji. Outros nomes usados para
este sinal são: 隅 付 き パ ー レ ン sumitsuki paaren, 太 亀 甲 futokikkou, and 黒 亀 甲
kurokikkou. Finalmente, podem ser escritos 【】e 〖〗.
Ø Ioriten (庵点) : nos textos do japonês moderno indica que as palavras seguintes
são tomadas a partir de uma música ou que a pessoa que está dizendo as palavras
está cantando. Em textos mais antigos, foi usado para destacar os nomes de pessoas
ou outros elementos em poemas e canções.
É mais conhecido por mostrar o início da linha de uma pessoa no teatro Noh, forma
clássica de teatro profissional japonês, que combina canto, pantomima, música e
poesia. Executado desde o século XIV é uma das formas mais importantes do drama
Ø Wakisen (脇線): é uma linha vertical que direciona a atenção do leitor a certa parte
de uma expressão ou palavra ou a totalidade de tais;
Ø Wakiten (脇点): são pontos adicionados perto dos caracteres para enfatizá-los. É o
equivalente japonês da utilização de itálico para dar ênfase em português. Também é
chamado de bouten (傍点).
Ø Tensen (点線): é uma elipse de dois ou três pontos que mostram a fuga do discurso
ou o silêncio. Alguns grupos de tensen podem ser usados para conectar os títulos dos
capítulos e números de página em tabelas de conteúdos.
あ〜〜〜 = Ahhhhhh
♬ 〜 = Sugere música
〜がいよう〜 = -Esboço-
para simbolizar a não existência de um símbolo para um Kanji que de outra forma
para simbolizar a não existência de um símbolo para um Kanji que de outra forma
seria visível;
Ø Haato Maaku (ハートマーク) (♡ ♥): indica amor ou algum tipo de atração sexual e
é comum em conversas em geral e internet;
7.6. O KAOMOJI
Quando colocados juntos, são caracteres que representam emoção, como, por
exemplo, o ponto de exclamação. Eles também podem representar confusão, ou um
tom de questionamento, como um ponto de interrogação. Em cima de tudo isso, há
provavelmente de 20 a 30 "sentimentos" diferentes que podem ser representados,
contribuindo assim para as suas frases ou parágrafos. Já que não se trata de um
único caractere, representam algo que acrescenta algum sentido à frase. Bem, isso
parece, basicamente, o que faz os sinais de pontuação, então porque não considerar o
Kaomoji como tal? Vejamos alguns exemplos:
m(*T ▽ T*)m = este Kaomoji mostra que você está triste. Ou, digamos que você está
realmente feliz com alguma coisa, você pode adicionar este Kaomoji;
Fontes:
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Tofugu: http://www.tofugu.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 8: O IDIOMA DO MUNDO REAL
Acabamos de abordar a escrita japonesa, mas antes de iniciarmos o
aprendizado da gramática em si, há algo que você precisa ter em mente para
não adquirir maus hábitos e se frustrar: “o idioma do mundo real”. O que
significa isso? É o que abordaremos nesta lição. São pequenos tópicos, mas que
com certeza, ajudarão muito na compreensão da língua japonesa.
Afinal, por que ouvir em outro idioma é assim tão complicado? O que torna essa
habilidade algo tão difícil de ser dominada?
Uma das primeiras coisas que você deve ter em mente ao iniciar o estudo de um
idioma, é que existem dois tipos de linguagem: a formal e a informal (ou casual):
II. Linguagem informal: é aquela que usamos no nosso dia-a-dia. Nela, padrões
corretos de pronúncia ou mesmo gramaticais muitas vezes são quebrados.
Pense que aprender uma língua estrangeira é como pegar um carro pela primeira
vez: como é algo novo, existe aquele medo natural do desconhecido e você começa a
guiá-lo numa velocidade reduzida, toma mais cuidado ao fazer as curvas, atenta-se
em demasia às placas de sinalização, etc. Entretanto, conforme o ato de dirigir vai se
tornando um hábito, a sua confiança vai aumentando e o receio diminui.
Consequentemente, você começa a pisar mais no acelerador e os cuidados diminuem,
fazendo com que aquilo que outrora era feito com receio, torne-se algo natural,
espontâneo.
espontâneo.
Ora, todos nós sabemos que no Japão – ou em qualquer país – as crianças começam a
ter um bom nível de seu idioma materno logo cedo. Por que será? Simples e óbvio! Lá
eles vivem em contato diário com o idioma; assim como nós assistimos nossos
desenhos de criança em português, as crianças em seus respectivos países assistem
todos os desenhos deles. Além disso, eles também escutam/ouvem pessoas se
comunicando sempre em seu idioma. Enfim, eles estão em contato com sua língua
materna o tempo todo. Portanto, tenha em mente que os falantes nativos estão tão
acostumados com sua língua que eles falam muito mais rápido, usam expressões
idiomáticas, pronunciam palavras de um modo “mais confortável” (que nem sempre
é correto), ao passo que os estudantes têm aquele receio de motorista iniciante e
falam mais devagar, atentando-se demais às regras gramaticais e à pronúncia clara e
correta das palavras.
Agora pensemos: OK, um nativo fala rápido. Mas, em português nós também falamos
rápido e nos entendemos bem. Então, qual o problema da velocidade da fala de um
nativo de outro idioma? Será que eles falam tão rápido assim ou é o modo como
aprendemos uma língua estrangeira nos cursos convencionais que nos deixa
mais preguiçosos?
Você talvez esteja se perguntando “o que é que neurônios têm a ver com a habilidade
de ouvir outro idioma?” Continue lendo e você vai entender!
Seus neurônios guardam informações relevantes sobre tudo o que você aprende
(memórias). Tudo o que você vivencia e aprende é registrado na memória por causa
dos neurônios. Quando você escuta uma música e canta a música os seus neurônios
dos neurônios. Quando você escuta uma música e canta a música os seus neurônios
estão fazendo sinapses (trocando informações entre si). Em resumo, inúmeros
neurônios estão naquele momento trocando informações importantes para que você
consiga lembrar a letra da música e cantá-la sem dificuldades. Isto tudo ocorre muito
rápido! Se alguém fala com você, seus neurônios vão entender o que está sendo
falado, porque eles buscam as informações da língua portuguesa registrada em
vários neurônios! Mas, se alguém fala uma expressão ou palavra que seus
neurônios não reconhecem, eles tentarão encontrar a informação. Como a
informação não existe, eles ficarão perdidos, sem saber o que está acontecendo.
Ocorre aí aquele momento de confusão no cérebro no qual deixamos de entender o
que a outra pessoa disse. Perdemos o rumo da conversa. Com qualquer idioma
acontece justamente isso! A maioria dos estudantes quer ouvir tudo palavra por
palavra e de modo bem vagaroso. Acostumam-se a ouvir uma pronúncia mais lenta
e perfeita. Aí, ao tentarem ouvir um filme, uma conversa, etc., no ritmo natural
acabam se perdendo. Fica aquela sensação de não saber o que está acontecendo.
Imagine que o operário nessa imagem seja o nosso cérebro e cada uma das peças
passando na esteira, as palavras. Ora, devido à velocidade com que as peças passam,
um operário que não foi treinado sendo exposto à velocidade real da esteira, não
conseguiria rosquear todas, deixando passar batido várias por causa de seu
despreparo, não é mesmo? Da mesma forma, um “cérebro despreparado” para um
idioma não conseguirá reconhecer todas as palavras com que se deparar na “esteira
de palavras” do mundo real. Com isso, o estudante ficará frustrado por não ser capaz
de acompanhar uma conversa normal. A essa confusão mental somam-se o
nervosismo, a ansiedade, a preocupação e o medo. Tudo isso faz com que seu nível de
estresse aumente e sua habilidade de ouvir e entender seja prejudicada.
Para resolver isso, você deve aprender o idioma como ele realmente é desde o
Para resolver isso, você deve aprender o idioma como ele realmente é desde o
início de seu aprendizado. Ouvir a língua japonesa de modo natural, estar ciente
que o modo como eles pronunciam é geralmente diferente do modo como
aprendemos nos livros ajudará seus neurônios a se acostumarem com o japonês de
verdade. Registrar as informações da forma como ela será produzida na vida real é
muito mais eficiente do que aprender regras e palavrinhas soltas ao longo do seu
aprendizado.
Não encare como um bicho de sete cabeças o fato de você não ter compreendido uma
palavra ou expressão conhecida, afinal quantas vezes até mesmo nós que falamos
fluentemente o português precisamos que nos repitam o que foi dito ou mesmo ver
por escrito a letra de uma música para que possamos entender todas as palavras
dela? Ora, com os nativos de outros países não é diferente. O importante é não
desanimar e treinar seus ouvidos! Materiais didáticos, tais como fitas ou CDs podem
ser úteis, na medida que ensinam de forma clara e correta a pronúncia das palavras.
Entretanto, aprender a falar naturalmente com todas as peculiaridades corretas e
inconsistências existentes em um idioma é algo que requer prática e exposição a
pessoas reais em situações do mundo real. Sendo assim, exponha-se o máximo
possível ao japonês “real”. Você precisa ouvir mais e mais e mais e, assim, chegará
um momento em que de tanto se envolver com a língua, não terá problemas com
isso. Portanto, como dizem os americanos, "practice makes perfect" (a prática leva à
perfeição).
Se você não tiver como viajar ao Japão, nem tudo está perdido, pois temos a internet
como grande aliada. Nela, você tem a possibilidade de fazer amizades com nativos,
ouvir toneladas de músicas quantas vezes quiser, ou mesmo assistir aos noticiários.
Outra aliada é a TV a cabo, na qual podemos encontrar seriados nos quais se usam
muito a linguagem informal. E se você gosta de animês, há o site “AnimeQ”, no qual
você poderá encontrar uma grande quantidade de animês legendados.
Passe horas e horas do seu dia expondo-se ao idioma do mundo real mesmo que não
consiga entender tudo, e com o tempo e paciência, seus ouvidos serão capazes de
identificar individualmente as plavras e as particularidades da língua japonesa.
Por fim, para reflexão, deixamos um trecho do artigo “Por que brasileiro não
aprende inglês?” do professor Denilso de Lima. Ele trata do inglês, mas o que é
exposto por ele aqui pode ser aplicado a qualquer idioma:
As pessoas de outros países que falam (aprendem) inglês estão pouco se lixando com
o fato de falarem igualzinho a um britânico ou a um americano. Os falantes de outros
países podem falar errado, mas se comunicam. A pronúncia deles não é perfeita, mas
ainda assim dizem o que querem.
O TH deles sai esquisito e nem por isso se acham incapazes de falar inglês. Com o
passar do tempo, eles vão aprendendo e melhorando. Já no Brasil, a maioria só se
passar do tempo, eles vão aprendendo e melhorando. Já no Brasil, a maioria só se
sente à vontade se a pronúncia for perfeita (som do th, por exemplo), a gramática for
impecável e o jeito de falar for como o de um nativo.
O resto do mundo aprende a falar inglês porque não é tão exigente consigo mesmo. A
cobrança pela perfeição lá fora não é doentia e exagerada como é aqui. O resto do
mundo sabe que fala inglês “errado“, mas fala assim mesmo. Se a mensagem não é
entendida, o resto do mundo tenta de novo. Já o brasileiro espera aprender tudo de
modo perfeito para só então se soltar. E acaba desistindo no meio do caminho por
achar inglês uma língua difícil.
De fato, dominar o idioma falado no dia-a-dia exige muito mais do que apenas
aprender as diversas formas casuais das palavras ou construções gramaticais.
Falando especificamente da língua japonesa, há um número incontável de formas
nas quais formulações e pronúncias mudam, e ainda existem as diferenças entre o
discurso masculino e feminino. Entender a língua cotidiana também exige
conhecimento de vocabulário, algo que cresce a cada nova geração. Em qualquer
idioma, facilmente somos capazes de notar a dificuldade que muitos adultos têm
para entender os coloquialismos usados pelas crianças ou jovens de hoje.
Uma coisa que você vai logo perceber quando começar a falar com os japoneses na
vida real é que muitos sons acabam sendo unidos. Isto é especialmente verdadeiro
para os homens.
Você vai ver que uma grande quantidade das palavras dentro da linguagem casual
em japonês decorre deste único princípio de tornar as coisas mais fáceis de serem
ditas (lembra-se que citamos que nativos pronunciam palavras de um modo “mais
confortável”?). Isso é muito natural, porque é guiado pela forma como a sua boca se
move. Podemos exemplificar a aplicação desse princípio usando a língua portuguesa.
Basta considerar o fato que costumamos pronunciar “está”, apenas “tá”, “não” como
“num” e “você” como “cê”, afinal é bem mais fácil, não é mesmo?
Embora a oração acima esteja com as palavras encurtadas, para nós que temos o
português como língua materna, é de fácil compreensão. Mas com certeza, ela seria
um terror para um estudante estrangeiro que frequentou um curso convencional de
língua portuguesa, pois ele espera ouvir as palavras pronunciadas corretamente :
“você”, “não”, “está”, “com”, “sono”.
Enfim, com base no que discutimos aqui, esperamos que você pratique e se exponha
o quanto antes ao idioma do mundo real. Acostume já o seu cérebro! Escute e fale
sem medo de errar. E se errar, tente de novo. Você terá excelentes resultados!
Vamos explicar o motivo: você já se perguntou para que servem as palavras? Bem, de
forma bem simples, nós as usamos para simbolizar aquilo que se refere ao homem
e ao mundo em que ele vive, isto é, cada palavra corresponde a um conjunto de
características comuns a uma classe de seres, objetos ou entidades abstratas,
determinando como as coisas são. Por exemplo, quando usamos a palavra “gato”
estamos nos referirmos ao “pequeno mamífero carnívoro, doméstico, da fam. dos
felídeos (Felis catus), criado como animal de estimação” (Dicionário Aulete).
(quase nunca) era a mesma. Os portugueses usaram a palavra “gato” para nomear o
(quase nunca) era a mesma. Os portugueses usaram a palavra “gato” para nomear o
pequeno mamífero carnívoro, doméstico, da fam. dos felídeos (Felis catus), criado
como animal de estimação. Já os ingleses usaram a palavra “cat”; os franceses, “chat”,
os italianos “gatto”, os alemães “katze”. Veja que, embora as palavras sejam
diferentes, o conceito, a ideia que elas trasmitem é a mesma.
Ok, então podemos dizer que é possível estabelecer uma relação de equivalência
entre palavras de nossa língua materna e uma de língua estrangeira (gato = cat, em
inglês). Até aqui, tudo parece muito simples e óbvio, mas infelizmente não é. Isso por
que, para nos comunicarmos, seja para expressar ações, estados ou mesmo alguns
conceitos, precisamos relacionar as palavras umas com as outras. E é aqui que
começa a complicação, pois a maneira como elas são relacionadas para expressar
uma mesma ideia (e quais palavras são usadas) pode variar de idioma para
idioma.
Como não começamos a abordagem da gramática japonesa nos seus aspectos básicos,
vamos tomar o inglês como exemplo, tendo em mente que o princípio vale para
qualquer idioma. Imagine um estudante iniciante de inglês; se perguntássemos a ele
como se diz “batata frita” ele provavelmente diria “fried potato”, afinal “fried”
significa “frito” e “potato”, batata. Na realidade, o que ele fez aqui foi considerar a
maneira como o conceito “batata frita” foi pensando em português (juntando-se
o adjetivo “frito” com “batata”) e procurar termos equivalentes em inglês.
Entretanto, ele está errado, por que “batata frita” em inglês é “french fries”, que
literalmente significa “fritas francesas”. Veja como, a maneira que os ingleses
pensaram “batata frita” foi diferente da nossa (provavelmente consideraram sua
origem), mas o conceito é o mesmo.
Para se tornar fluente em qualquer idioma, você precisa saber quais palavras
devem ser usadas juntas com as outras. Aprender a combinação correta das
palavras vai ajuda-lo a parecer mais natural na hora de falar. Como
mencionamos, é muito comum aos estudantes tentar traduzir diretamente da sua
língua mãe para a língua estrangeira, e o resultado muitas vezes soa estranho, pois
não combinam as palavras corretamente. Logicamente algumas combinações de
palavras podem até não estarem erradas e serão entendidas pelos falantes nativos,
porém não são as mais frequentemente usadas.
Fontes:
Vestibular 1: http://www.vestibular1.com.br/redacao/red022.htm
Significados: http://www.significados.com.br/conceito/
Veja.com: http://veja.abril.com.br/130607/p_116.shtml
LIÇÃO 9: ETIMOLOGIA
Como nossa intenção não é apenas que você saiba japonês, mas também
desenvolva um modo de pensar japonês, nada mais útil do que fazermos uma
abordagem da origem das palavras do léxico japonês.
As palavras, assim como as línguas, sofrem ciclos semelhantes ao dos seres vivos:
nascem, quando uma pessoa ou comunidade cria uma nova palavra, crescem,
quando esta palavra é difundida e passa a ser dicionarizada, se reproduzem, quando
começam a dar origem a outras palavras, e muitas vezes morrem, quando se tornam
tão ultrapassadas que as pessoas abandonam o seu uso.
Basicamente, toda palavra em japonês origina-se de uma (ou mais) das três fontes
etimológicas, que são 「やまとことば」 (大和言葉), também chamada de「わご」 (和
語), 「かんご」 (漢語) e 「がいらいご」 (外来語). Observe a figura abaixo:
9.2. YAMATO-KOTOBA
A “tribo” Yamato foi apenas uma das muitas que fizeram o seu caminho para o Japão
e o colonizaram. De alguma forma, porém, eles conseguiram se tornar muito mais
poderosos do que as outras tribos. De fato, não se sabe o porquê disso ter acontecido,
mas talvez parte disso seja por causa do seu governo estabelecido no século VI, que
foi baseado nas Dinastias chinesas Sui e Tang, o centro de influência política asiática
na época. De qualquer maneira, eles se tornaram muito lustres no círculo das tribos
do Japão e acabaram por reger grande parte do território japonês. Como a influência
Yamato se expandiu, sua língua, isto é, o Yamato Kotoba, tornou-se a língua comum –
e ainda está sendo usada hoje, apesar de consistir apenas parte do léxico japonês.
9.3. KANGO
Aproximadamente 70% do léxico japonês são compostos por Kango, mas apenas 20%
dessas palavras correspondem às mais usadas na língua falada.
Através das leituras On, temos uma grande visão de como as versões mais antigas do
chinês podem ter soado, como por exemplo, estudando as mudanças sonoras que
tiveram que ocorrer nelas durante a transferência e a evolução subsequente desde
então. As mudanças linguísticas que as leituras On sofreram no japonês médio (séc.
XIX – XVII) foram significativas. Pela primeira vez sílabas fechadas foram permitidas,
todavia por um curto período de tempo. Estas leituras introduziram fonemas novos,
como “kw” e “gw”, que desapareceram antes do início do japonês moderno. Elas
também trouxeram o conceito de vogais longas e curtas e consoantes e o “n” uvular,
que continuaram a ser muito importantes.
Há outras maneiras com as quais os japoneses criaram palavras Kango. Por exemplo,
muitas derivam de expressões nativas que foram modificadas para que pudessem ser
lidas como se fossem Kango, criando assim, um termo mais técnico. Observe o
quadro abaixo:
Note como os elementos japoneses eram retirados e os Kanjis juntados. Deste modo,
poderiam ser lidos como se fossem Kango (leituras On). Se o termo já estivesse no
padrão chinês, as leituras eram apenas alteradas. Claro, há ainda as palavras que são
metades nativas e metade Kango.
A resposta é SIM, trata-se de uma redundância, mas tem uma razão de ser. Vamos
entender: no geral, palavras chinesas (consequentemente as leituras On) são curtas, o
que consequentemente acarreta em um grande número de palavras homófonas.
Sendo assim, em muitos casos, um único Kanji não possuía uma pronúncia longa o
suficiente que fizesse com que ele pudesse ser distinguido de outros de mesmo som.
Então, a solução encontrada pelos chineses foi criar uma composição de Kanjis 「じゅ
く ご 」 , cujos significados fossem semelhantes, para que assim, a pronúncia se
tornasse mais longa e, consequentemente, distinguível na fala. Muitas composições
foram criadas devido a esse problema. Vejamos alguns exemplos:
9.4. KANGO, O VERDADEIRO VILÃO DA HISTÓRIA?
Agora, que conhecemos o Kango, vamos propor uma reflexão. Você deve se lembrar
que no tópico “5.4. Por que os japoneses ainda usam o Kanji?”, mencionamos que
qualquer um que tenha vasta experiência na escrita japonesa é capaz de explicar o
porquê do desejo de se abandonar o Kanji no pós Segunda Grande Guerra não ter
dado certo: em qualquer momento, ao efetuarmos a transcrição de uma palavra
escrita em Kanji para o Hiragana (ou mesmo Roomaji), muitas vezes deparamo-nos
com pelo menos duas palavras homófonas e, às vezes, até mais de dez. Para ilustrar,
procure no dicionário o significado da palavra “kikan” e você se deparará com pelo
menos 50 vocábulos com significados diferentes!
Como seria possível diferenciar as palavras dentro de um texto, já que seus sons são
idênticos? Fica claro, portanto, que tanto os 46 fonemas do sistema Kana como o
sistema Roomaji, não são capazes de diferenciar as palavras homófonas, mesmo
graficamente. Daí a necessidade do Kanji. Ponto.
Entretanto, você já se questionou qual o motivo para a língua japonesa ter tantas
palavras homófonas a ponto de se fazer necessário o uso do Kanji?
Vamos voltar na História: como você já sabe, o povo Yamato tornou-se muito
influente no Japão e eles tinham sua própria língua (Yamato Kotoba). No período em
que a língua de Yamato estava começando a se espalhar, a influência chinesa era
grande. A China era considerada a grande potência, possuindo, aos olhos de outros
povos, todos os mais incríveis atributos. Sendo assim, por exemplo, saber ler
caracteres chineses, era sinônimo de inteligência; agir como os chineses era sinônimo
de ser culto; se o seu governo era incrível, você o estabeleceu nos moldes chineses, e
assim por diante.
A China era a referência de nação perfeita, e os governantes Yamato queriam ser tão
bons quanto ela. Qual foi a solução encontrada? Basicamente, “vamos copiar a
China”. Daí “pedaços” da China começaram a ser introduzidos no Japão, tanto no
âmbito cultural, como na língua.
Em outras palavras, pode-se dizer que o desejo dos governantes de Yamato era fazer
com que sua língua soasse “à moda chinesa”. Cremos que o fato de começarem a
importar / criar palavras seguindo o padrão chinês, de onde nasceu o Kango, foi o
que causou a dependência do uso de Kanjis, pois no geral, palavras chinesas (assim
como as leituras On) são mais curtas, o que consequentemente acarreta em um
grande número de palavras homófonas. E para piorar ainda mais esse cenário,
considere o fato de que a fonética japonesa é muito limitada e as leituras On eram
apenas aproximações do som original chinês, ou seja, muitas vezes sons chineses
apenas aproximações do som original chinês, ou seja, muitas vezes sons chineses
parecidos, mas diferentes eram introduzidos no Japão como sendo um único som.
Apenas para que você entenda como se deu basicamente esse processo: imagine as
palavras em português “só” e “sol”. São parecidas no som, mas diferentes. O que os
japoneses da época fariam se tivessem que introduzi-las em sua língua? “Ah, como
não temos o “l”, “sol” passará a ser pronunciado “só”’. Então “só” e “sol” que
originalmente são palavras distintas e possuem pronúncias diferentes, no japonês,
passam a compartilhar da mesma pronúncia, passam a ser homófonas.
Como já sabemos, o Kango corresponde a 70% do léxico japonês, o que torna claro
que ele praticamente dominou a língua nativa dos Yamato. Entretanto, apenas 20%
aproximadamente é usada na fala (provavelmente devido a dificuldade de se
diferenciar palavras homófonas na fala).
Enfim, o Kango é o verdadeiro vilão da história? Será que não teria sido melhor que
os governantes de Yamato prezassem mais pela sua língua e a conservassem em vez
de querer copiar outro idioma, por mais que a China fosse uma superpotência na
época?
Você pode concordar com o que expusemos ou discordar, mas fica a reflexão.
9.5. GAIRAIGO
A maior parte das palavras que compõem o conjunto gairaigo são substantivos, mas
com o auxílio de 「 す る 」 , 「 な 」 , e 「 る 」 , podem ser usados como verbos ou
adjetivos. Observe alguns exemplos:
termos em inglês que há o termo 「わせいえいご」 (和製英語), ou seja, “inglês feito por
termos em inglês que há o termo 「わせいえいご」 (和製英語), ou seja, “inglês feito por
japoneses”. Estas palavras têm divergido de sua aparência original, significado ou
ambos. Seguem alguns exemplos:
Uma palavra emprestada pode ainda ser combinada com palavras japonesas ou
outras palavras emprestadas. Aqui estão alguns exemplos:
Nem todas as palavras que compõem o Gairaigo são derivadas do inglês. Há até
palavras emprestadas de dialetos modernos do chinês, e nas fontes do Gairaigo
incluem-se também o francês, espanhol, português, alemão, holandês e algumas
línguas indo-europeias primárias. Observe o quadro a seguir com alguns exemplos:
II. Derivação: é a criação de novas palavras pela adição de um elemento, tal como
um sufixo que expresse um significado gramatical e não lexical, ao radical. Por
exemplo, o substantivo 「くろ」 (黒) = cor negra é combinado com o sufixo formador
exemplo, o substantivo 「くろ」 (黒) = cor negra é combinado com o sufixo formador
de adjetivo 「し」, que devido a mudanças eufônicas que serão estudas mais adiante,
atualmente temos 「い」, para formar o adjetivo 「くろい」 (黒い) = negro.
9.7. OS AFIXOS
1) RADICAL: parte da estrutura de uma palavra que contém seu significado básico
(morfema básico);
2) AFIXO: é um morfema que pode ser ligado ao radical da palavra, formando assim
uma nova palavra, chamada no português de palavra derivada. Dependendo do local
onde se encontra, o morfemas pode ser chamado de prefixo, sufixo ou infixo (que
não usaremos no japonês).
NOTA: não esqueça de considerar possíveis mudanças sonoras que podem ocorrer ao
se juntar os elementos citados.
Diferentemente dos sufixos, um prefixo nunca vai mudar a classe de uma palavra.
Em termos de etimologia, há três tipos de substantivos em japonês: palavra nativa,
Kango e Gairaigo, e isso também se reflete nos prefixos. No entanto, substantivos e
prefixos não estão limitados ao outro com base na etimologia.
Com tudo o que foi exposto neste tópico até aqui, agora temos uma noção geral de
como se dá a formação de palavras na língua japonesa. Acontece que as coisas não
são tão simples assim. Isso porque quando afixos são anexados aos radicais, em
algumas ocasiões, podem ocorrer alterações sonoras em algum desses elementos.
ocorreram:
ocorreram:
Infelizmente, parece não haver regras claras com relação a quando deve haver
apofonia ou mesmo quais as alterações que devem ser feitas, mas as ocorrências
mais comuns são a alternância de 「えだん」 para 「あだん」 e 「いだん」 para 「う
だん」 ou 「おだん」.
9.8. ABREVIAÇÕES
O falante inculto usa "ponhar", em vez de "pôr", por analogia com verbos
de sonoridade parecida da primeira conjugação, terminados em "ar" (que
são a maioria), como "sonhar". Portanto, sonho está para sonhar assim
como ponho está para...ponhar.
Essas evoluções distinguem a oralidade da escrita sem, contudo, terem real impacto
na "gramática" dessa mesma língua. Essa evolução diária nem sempre é duradoura, e
normalmente os processos que ocorrem variam ao longo do tempo. Assim, vamos
considerar a lei do menor esforço e analogia e enumerar os fenômenos que podem
acontecer.
I. ADIÇÃO DE SOM
Apócope: quando um som é suprimido no final da palavra. → disse à Ana > diss'à
Ana.
Nasalização: quando uma vogal se torna nasal devido a outro som nasal. → mesa >
mensa;
Vocalização: quando uma consoante se torna uma vogal. → animal > animau;
Metátese: quando um som muda de posição numa palavra ou numa sílaba. → hás-de
> há-des;
Neste tópico, vamos tratar de um assunto que provavelmente você nunca ouviu falar.
De forma simples, esse fenômeno trata-se de palavras invertidas e é chamado 「ぎゃ
くよみ」 (逆読み), “leitura às avessas” ou ainda 「とうご」 (倒語), “palavra invertida”.
Esse fenômeno é análogo ao “verlan”, que existe na língua francesa, caracterizado
pela inversão da posição das sílabas ou das letras da palavra. O nome vem de l'envers
(pronunciado lanver, em francês), que significa "o inverso".
Voltando para a língua japonesa, esse tipo de palavra se popularizou ainda mais
durante o Período Edo (1603 – 1868). Um exemplo que é usado até hoje é「キセル」,
que significa “cachimbo” e invertido torna-se 「セルキ」. É claro que o modo como a
palavra é invertida pode variar e também devemos considerar que essas inversões
existiram no japonês por algum tempo, apesar que esse tipo de mudança pode
acontecer em qualquer língua, independentemente da geração.
Uma língua é um elemento vivo que também evolui e que se transforma a cada
minuto. Palavras e expressões que marcam uma geração podem facilmente ser
esquecidas na década seguinte. Algumas pessoas se espantam com a velocidade com
que o idioma assimila alguns vocábulos e com sua tendência a descartar elementos
linguísticos que, à primeira vista, pareciam eternos e imunes às mudanças.
Mesmo que cause estranheza, essa evolução da língua é parte da eterna necessidade
de renovação a que todos estão irremediavelmente atados. Não se trata, portanto, de
dizer que uma língua está sendo destruída por seus falantes atuais ou que as "pessoas
de antigamente" tinham mais cuidado com o vernáculo, ou, pior ainda, de preconizar
que "os jovens estão matando o idioma" cada vez que falam. O que há, na verdade, é
uma adequação da linguagem a uma época é às situações impostas pelo próprio
cotidiano. Pode-se dizer que essa adequação do idioma às necessidades de cada
época se dá através de um de três processos:
Vamos neste tópico nos focar na mudança semântica. Vejamos as “causas” mais
comuns para esse fenômeno (usaremos a língua portuguesa como exemplo, mas as
causas aqui apontadas acontecem em qualquer idioma):
Já as metáforas são bem menos produtivas, talvez por serem mais profundas e
poéticas, na evolução de novos significados das palavras. Também nesse caso, a
maioria dos falantes muitas vezes não faz ideia da origem da palavra, embora seja
bastante óbvio, como veremos nos exemplos seguintes:
- A palavra “rapariga” tinha (e, em Portugal, ainda tem) o sentido de “moça”, “mulher
jovem”; como muitos homens abastados de outrora tinham raparigas como
concubinas, o português do Brasil passa a diferenciar “moça” (necessariamente
virgem) de “rapariga” (que podia ou não ser virgem), ficando o termo “rapariga”,
principalmente no Nordeste, quase como sinônimo de prostituta.
- A palavra “cretino”, usada hoje em dia para indicar uma pessoa de pouca
inteligência ou estúpida, provém de uma palavra francesa que significava “cristão”;
como era costume usar-se o eufemismo pobre cristão ou cristão para designar os
loucos, a palavra adquiriu aos poucos o sentido de “louco” e finalmente seu sentido
atual;
D) MUDANÇAS DEVIDAS AO TABU: muitas vezes, uma palavra deixa de ser usada
devido a ter-se tornado um tabu, uma palavra proibida, seja por medo, por
delicadeza ou por decência. Nesses casos, outra palavra, geralmente um eufemismo,
vem substituir a palavra que não pode ser dita, fazendo com que esta nova palavra
desenvolva um novo significado. Seguem alguns exemplos que ilustram bem esse
processo:
- A palavra “miserável”, por seu caráter pejorativo muito forte, passa a ser
substituída, devido ao tabu de delicadeza, pela palavra “excluído”, que pouco a pouco
vai adquirindo o significado de miserável.
- A palavra “clássico” indicava apenas os autores e obras que eram lidos em classe
(sala de aula); por um processo de ampliação de significado passa a indicar qualquer
autor ou obra aclamado ou famoso.
- A palavra “missa” não tinha nada a ver com a cerimônia religiosa, constituindo o
particípio passado do verbo mittere ("enviar, mandar, dispensar"). Nas igrejas
I) PALAVRAS QUE CONTAM HISTÓRIAS: certas palavras têm uma história tão
interessante que vale a pena contá-las; elas são parte da própria história e nos
ajudam a entender melhor o mundo em que vivemos e o mundo do qual viemos.
Deleitemo-nos, pois, com essas palavras que contam histórias:
- A palavra “escravo” serve para que tenhamos uma visão mais ampla do problema
da escravidão, muitas vezes situada apenas em termos da escravidão negra. Faz-se
necessário entender que a escravidão era uma prática plenamente aceita, assim
como a guerra e o saque, em tempos bem mais cruéis que os atuais. A escravidão
primordial, que se estendeu por toda a Antiguidade, era basicamente uma escravidão
de homens brancos, o que é cabalmente demonstrado pelo fato de a palavra escravo
ser oriunda de “sclavu(m)”, que por sua vez provém de “slavu(m)”, que significava
“eslavo”, um povo que vivia nas fronteiras do Império Romanoe era frequentemente
capturado para servir de escravo, daí a evolução do significado da palavra para o
significado que permanece até hoje;
1. Substantivos [「めいし」 (名詞)]: palavras que são uma pessoa, lugar ou coisa;
2. Pronomes [「だいめいし」 (代名詞)]: palavras que se referem a eu, você, ele, etc;
11. Advérbios [「ふくし」 (副詞)]: palavras que modificam verbos, adjetivos e verbos-
adjetivos;
Fontes:
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Tofugu: http://www.tofugu.com/
Significados: http://www.significados.com.br/metafora/
Um comentário:
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 10: SUBSTANTIVOS
Nesta breve lição, discutiremos alguns pontos importantes a respeito dos
substantivos, as palavras básicas de qualquer idioma.
10.2. PLURALIZAÇÃO
O primeiro meio que veremos é expressar uma noção de conjunto através do sufixo
「たち」(達), praticamente restrito à pessoas e animais:
Em linhas gerais, essa forma de pluralização não é usada para substantivos materiais
(leite, manteiga, etc), nome próprio (Japão, América, etc), ou substantivos abstratos
(bondade, paz, etc.). É claro: conte sempre com as exceções.
Algumas palavras nativas podem ser pluralizadas ao serem repetidas através do uso
do sinal 「 々 」 . Perceba que a palavra repetida tem seu primeiro fonema vozeado
para tornar a pronúncia mais fluente:
花々(はなばな) = flores
人々(ひとびと)= pessoas
所々(ところどころ)= lugares
Com isso, convém mencionar também, que na língua japonesa não há artigo definido
ou indefinido. A palavra “estudante” 「がくせい」 (学生), por exemplo, pode tanto se
referir a um estudante do sexo masculino como do sexo feminino.
おす(の)ねこ = gato
めす(の)ねこ = gata
É claro que a necessidade de se usar outros elementos para indicar gênero não se
aplica a todos os casos. Como em todas as línguas, há substantivos específicos, como
homem ou mulher, irmão ou irmã, etc.
NOTA: Não se preocupe em saber por enquanto o que significa o 「の」 que há entre
os substantivos. Conheceremos sua finalidade na lição 19.
Fontes:
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Um comentário:
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
LIÇÃO 11: PRONOMES
Agora que sabemos mais sobre os substantivos, as palavras básicas, vamos subir
mais um degrau e estudarmos os pronomes japoneses. Afinal, o que há de tão
diferente neles? É o que veremos nesta lição.
O uso de pronomes da primeira pessoa não faz o seu discurso muito diferente, mas
eles são desnecessários na maior parte das vezes. Se você abusar do seu uso e utilizar
a cada vez que se referir a si mesmo, você pode acabar parecendo insistente e
egocêntrico.
Ø 君 (きみ): é um "você" muito casual e pode ser usado para com os subordinados.
Pode ser visto como bonito e é muito semelhante em orientação a 「ぼく」. Também
é usado por homens em canções para se referir a seus amores;
Ø あんた: uma gíria variante de 「あなた」 e pode ser visto como rude;
Ø 手前(てまえ)e てめー: 「てめー」 é mais rude que 「てまえ」, mas ambos são
usados quando o falante está muito nervoso;
Ø われ: usado para com pessoas abaixo de você, muitas vezes de forma crítica.
Vimos os principais pronomes de segunda pessoa, mas é bom lembrar que, quando
você for se dirigir diretamente a uma pessoa, há três níveis de polidez:
3) Usar 「あなた」.
Na verdade, a partir do momento que você começa a usar muito a opção 3, passa a
correr um grande risco de parecer rude. Na maioria das vezes, não é necessário usar
nada, porque você está se dirigindo diretamente a pessoa. Martelar o ouvinte com
“você” em cada frase soará como uma acusação. Ainda, suponhamos que você tenha
achado uma caneta e queira perguntar a Makoto se tal objeto é dele; em vez da
NOTAS:
sufixo apropriado.
sufixo apropriado.
Ø さ ん : serve como uma marca de respeito. Uma pessoa pode ser tratada com este
sufixo se o falante não a conhece bem e não quer ser rude, ou quando o indivíduo
tem uma posição social mais elevada do que o falante. Praticamente ninguém se
sentirá ofendido com esse sufixo. Meninas começam a ser tratadas com 「さん」 ao
entrarem no colegial, e os meninos, ao saírem. Obviamente, as pessoas podem ter
experiências diferentes, mas estamos falando de uma regra de ouro;
Ø くん (君): geralmente é usado para crianças do sexo masculino. Também pode ser
usado quando se dirige a um homem de menor status. Meninos do colegial são
tratados com este sufixo, mas também pode ser usado por um homem mais velho ao
se dirigir a um homem mais jovem, ou entre amigos e iguais. Por isso, um chefe pode
se dirigir a um funcionário com 「 く ん 」 , mas o empregado irá tratar o chefe com
「かちょう」 (課長) ou talvez 「さん」 ou 「さま」, dependendo da situação;
Ø せんせい (先生): pode ser usado como um sufixo ou como um título independente.
Você chama alguém que ensina um assunto particular de 「 せ ん せ い 」 . É usado
geralmente para qualquer pessoa que tenha conhecimento significativo e experiência
em alguma coisa. Por exemplo, as pessoas costumam usar 「せんせい」quando falam
diretamente com médicos ou professores (obviamente);
NOTA: como 「せんせい」 se trata de um sufixo ou título de respeito nunca deve ser
usado para si, mesmo que a pessoa seja professor. Caso a pessoa queira dizer, por
exemplo, que sua profissão é professor, deve usar 「きょうし」 (教師).
---
É comum que mulheres jovens, porém mais velhas ou mais experientes do que o
falante sejam tratadas por "irmã mais velha" [ 「 お ね え さ ん 」 ( お 姉 さ ん )],
principalmente no círculo familiar Da mesma forma, “irmão mais velho” [ 「 お に さ
ん」 (お兄さん)] é usado para homens.
Um homem que pertença a uma geração anterior a do falante pode ser tratado como
“tio” [「おじさん」 (伯父さん)], e quando se trata de uma mulher,"tia" [「おばさん」
(伯母さん)]. Note que "tia" não é aceitável para muitas mulheres jovens, porque elas
sentem que isso implica uma figura bastante matrona. Os termos "pai" [ 「 お と う さ
ん 」 ( お 父 さ ん )] e "mãe" [ 「 お か あ さ ん 」 ( お 母 さ ん )] são raramente usados e os
homens e mulheres desta geração são geralmente tratados como “tio” e “tia”. No
entanto, é comum tratar pessoas idosas como “avô” [「おじいさん」 (お祖父さん)] e
“avó” [「おばあさん」 (お祖母さん)].
Alguns termos são usados ainda para as mulheres: 「おじょうさん」 (お嬢さん), que
seria equivalente a “senhorita” ( 「 じ ょ う 」 ( 嬢 ) era utilizado como título para
solteiras e foi substituído por 「 さ ん 」 ), sendo que as pessoas mais velhas ainda o
usam. 「 お ね え ち ゃ ん 」 ( お 姉 ち ゃ ん ), também pode significar “senhorita”, mas é
muito informal, soando praticamente como "menina". Entretanto, é comum que os
homens mais velhos se dirijam a uma garçonete com 「 お ね え ち ゃ ん 」 . O título e
sufixo 「ふじん」 (夫人) costumava ser usado para mulheres casadas, mas também
tem sido substituído por 「さん」, exceto para pessoas mais velhas. 「おじょうさん」,
uma vez que possui 「さん」é aceitável para se direcionar a uma mulher adulta. 「お
ねえちゃん」 é aceitável como forma de tratamento para uma menina (menor de 10
anos).
NOTAS:
2. Sufixos também podem ser combinados de uma forma mais ou menos lúdica,
como "Chama-" (chan + sama), como em "OBAA-Chama", que é ao mesmo tempo
afetuoso e respeitoso.
afetuoso e respeitoso.
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Senseis: http://senseis.xmp.net/?JapaneseNameSuffix
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 12: AS BASES DE CONJUGAÇÃO E OS VERBOS
Esta será uma das mais importantes lições do nosso curso. Nela, você aprenderá
como os verbos são dividos e as bases de conjugação, que infelizmente
costumam ser deixadas de lado nos cursos convencionais.
Verbo [ 「どうし」 (動詞)] é toda palavra que encerra ideia de ação ou estado e, em
japonês, são muito regulares, se comparados a outros idiomas, pois não flexionam
de acordo com o sujeito. Também, os tempos verbais básicos são “não-passado” e
“passado”. A base Shuushikei é o tempo não-passado, isto é, funciona como tempo
presente ou tempo futuro dependendo do contexto. Os verbos são sempre colocados
no final de uma sentença. Considerando que nós ainda não aprendemos como criar
uma oração, por enquanto isto significa que qualquer sentença na qual exista um
verbo, esta deve obrigatoriamente terminar com o verbo.
A única coisa que precisará ser feita para tornar a sentença gramaticalmente
completa é um verbo e nada mais! Entender esta propriedade fundamental é
essencial para compreender o japonês. Este é o motivo de mesmo a mais básica
sentença japonesa não poder ser traduzida para o português! Todas as conjugações
começarão a partir da forma do dicionário (como elas aparecem no dicionário). Uma
sentença gramaticalmente completa, por exemplo, é 「 食 べ る 。 」 (traduções
possíveis incluem: Eu como/ele(a) come/eles(as) comem).
PRINCÍPIO 2: com exceção dos irregulares, todo verbo é composto por duas partes:
uma invariável [「ごかん」 (語幹)] e outra variável [「かつようごび」 (活用語尾)], que
é aquela que sofrerá alterações nas conjugações.
portuguesa, pois funcionam da mesma forma. Por exemplo, o verbo regular “cantar”
portuguesa, pois funcionam da mesma forma. Por exemplo, o verbo regular “cantar”
possui seu radical “CANT-” que é a parte invariável e o sufixo “-AR”, do qual surgirão
todas as terminações quando flexionado. Vejamos sua conjugação no presente do
indicativo:
· Eu canto
· Tu cantas
· Ele canta
· Nós cantamos
· Vós cantais
· Eles cantam
Veja que o radical CANT- permanece inalterado em todas as flexões que o verbo
sofre, e o que muda é tão somente o que se segue depois dele, isto é, a terminação.
Na língua japonesa, as diferentes flexões que um verbo pode ter são denominadas
“BASES” e há tão somente seis bases de conjugação. Aprendê-las é um passo
fundamental para o domínio das classes de palavras que são flexionadas no
japonês, embora infelizmente costumam ser deixadas de lado nos cursos
convencionais.
Segundo o blog Japonês em Porto Alegre, “ao chegar o 5ºano no ensino fundamental,
os japoneses aprendem a gramatica japonesa pela primeira vez na sua vida escolar.
Aí eles vão conhecer termos linguísticos tais como verbo, adjetivo, substantivo,
sujeito e predicativo, entre outras coisas. Além disso, vão descobrir que há 6 tipos de
conjugações e 6 formas nos verbos.”
Nós vamos nos referir a essas bases por seus nomes em japonês. Observe:
Conhecidas as bases, vamos pegar como exemplo o verbo “falar” [ 「はなす」 (話す)],
em suas flexões clássicas (entre parênteses está a pronúncia do Kanji):
adicional ou propósito.
adicional ou propósito.
Aliás, muitos verbos usados atualmente são resultado dessa união de bases clássicas
com outros elementos.
No Japonês Clássico, havia nove categorias verbais. Vamos mencionar cada uma
delas, dando um verbo e suas bases como exemplo. Antes, porém, lembre-se dos
conceitos que abordamos na lição 1, na qual citamos que na disposição tradicional de
escrita japonesa denomina-se 「ぎょう」 (linha), o que está disposto verticalmente, e
「だん」 (coluna), o que é disposto horizontalmente. Como exemplo, peguemos 「さぎ
ょう」, isto é, linha 「さ」:
O motivo do nome “verbo de uma coluna acima”, estava no fato de que todos os
Gokans dos verbos pertencentes a esta classe perteciam à coluna I. Ora, se
partimos da coluna do meio (coluna U) e formos “uma coluna acima”, teremos a
coluna I, como mostra a ilustração abaixo:
E se você ficou curioso em saber quais eram os dez verbos pertencentes a esta classe,
eles eram:
O motivo do nome “verbo de uma coluna abaixo”, estava no fato de que o Gokan do
verbo pertencente a esta classe pertecia à coluna E.
construção de verbos:
construção de verbos:
Como regra geral e por motivos que explicaremos nos próximos tópicos, aquelas
nove classes clássicas de verbos, podem ser encaixadas da seguinte maneira com
base na classificação moderna (desconsiderando-se possíveis exceções):
Feita esta abordagem histórica, vamos ver nos próximos tópicos a classificação dos
verbos atual.
Nós vimos no tópico anterior, que no Japonês Clássico, havia os chamados “verbos
Yo-dan” [ 「よだんどうし」 (四段動詞)], literalmente “verbo de quatro colunas”. Tal
nomenclatura vinha do fato de que suas flexões “passavam” pelas quatro colunas da
respectiva linha à qual pertencia a terminação de um verbo.
Tomemos como exemplo o verbo 「はなす」 (話す). Repare que seu fonema final é
「 す 」 . Então, o verbo 「 話 す 」 pertence à 「 さぎょう」 , pois 「 す 」 pertence a tal
linha. Assim, temos:
Por esta razão, prefere-se chamar esses verbos de Go-dan, ainda que isso seja
discutível, haja vista que a terminação na coluna O não se trata de uma base do
verbo propriamente dita, mas sim de uma forma verbal.
Os verbos Go-dan modernos podem ter nove terminações infinitivas diferentes. São
elas: 「う」, 「く」, 「す」, 「つ」, 「ぬ」,「む」, 「る」, 「ぐ」 e 「ぶ」. Vejamos um
quadro com exemplos:
Agora, baseados nas possíveis terminações dos verbos Go-dan, vejamos como ficam
as bases de conjugação (considerando-se somente a terminação da forma infinitiva e
suas mudanças):
Logo, como nenhum desses fonemas está localizado no início da palavra, o fenômeno
Tenko é aplicado, e a pronúncias das bases fica assim:
De fato, o termo utilizado para esta categoria de verbos (e a próxima a ser abordada)
pode confundi-lo em um primeiro momento, pois, enquanto o termo “Go-dan” refere-
se às cinco terminações distintas da parte variável, tanto “Kami’Ichi-dan” como
“Shimo’Ichi-dan” referem-se à terminação da parte invariável. Vejamos alguns
exemplos:
Uma vez que você assimilou o tópico anterior, fica fácil de entender o que são os
verbos Shimo’ichi-dan [ 「 し も い ち だ ん ど う し 」 ( 下 一 段 動 詞 )], cujo significado é
“verbo de uma coluna abaixo”. Vejamos 「あぎょう」novamente:
Partindo-se da a coluna 「う」 , uma coluna abaixo se localiza coluna 「え」. Então,
todo verbo desta categoria tem sua parte invariável terminada em algum caractere
de「えだん」 e também sua terminação infinitiva será sempre 「る」. Vejamos alguns
exemplos:
O problema começou há centenas de anos, é claro. Nos tempos antigos, dos milhares
de verbos japoneses que tinham a terminação [- えだん + る] e [- いだん + る], poucos
eram realmente Kami ou Shimo Ichidan. Como vimos, nas classes verbais originais
havia apenas um verbo Shimo-ichidan 「ける」 (chutar), e dez verbos Kami-ichidan.
Também existiam duas classes verbais chamadas Kami-Nidan, cujas bases eram
flexionadas parte em 「いだん」 e parte em 「うだん」, e Shimo-Nidan, cujas bases
eram flexionadas parte em 「うだん」 e parte em 「えだん」. Essas duas classes eram
recheadas de verbos. Peguemos como exemplo os verbos 「落ちる」 e 「食べる」em
suas formas originais 「 落 つ 」 e 「 食 ぶ 」 , verbos Kami-Nidan e Shimo-Nidan
respectivamente:
Com base nisso tudo, a melhor maneira para saber se um verbo terminado em [- えだ
ん + る ] ou [- い だ ん + る ] é Godan ou Kami, Shimo Ichidan, é saber como ele era
classificado no Japonês Clássico. Um meio de diferenciar é pensar que, como a maior
parte dos verbos Kami e Shimo Ichidan atuais segue o padrão ([base Ren’youkei da
forma clássica] + る ), o fonema de 「 い だ ん 」 ou 「 え だ ん 」 que antecede 「 る 」
sempre aparecerá escrito em Hiragana, caso contrário, pode ser verbo Godan.
Observe:
1) 「走る」 é lido 「走」(はし) る.Veja que o fonema 「し」 está “dentro” do Kanji, não
sendo escrito em Hiragana. É verbo Godan;
De fato, muitos estudantes não têm acesso ao estudo do Japonês Clássico e/ou
etimológico. Por isso, em caso de dúvida é aconselhável olhar em um dicionário,
perguntar a um professor ou a um nativo.
Os verbos irregulares são assim chamados por que suas bases não seguem o padrão
das outras classes verbais. Como felizmente há apenas dois verbos irregulares na
O segundo verbo irregular tem suas bases em 「かぎょう」 e por isso é chamado de
“verbo Kahen” [「カへんどうし」 (カ変動詞)], ou se preferir “verbo irregular em KA”
Trata-se do verbo 「来る」 que significa "vir" e sua forma original era 「く」. Observe
suas bases:
Aqui, vemos também que a base Rentaikei tornou-se a forma infinitiva atual.
Vale lembrar que você não poderá usar este processo em todos os verbos (no sentido
de obter um significado de substantivo relacionado ao verbo). Também, existem
muitas combinações de verbos (Base Ren’youkei + Base Ren’youkei) que são
utilizadas principalmente como substantivos. Vejamos alguns exemplos:
NOTA: não confunda 「物」 (もの) = coisa com 「者」 (もの) = pessoa, usado para se
referir a si mesmo ou a pessoas próximas.
Finalmente, algumas formas substantivas de verbos podem ser usadas como sufixos.
Finalmente, algumas formas substantivas de verbos podem ser usadas como sufixos.
Por exemplo, 「付き」, proveniente do verbo 「付く」, que significa “estar anexado
a”, pode ser colocado em um substantivo [X] para expressar que algo está anexado
a [X]. Sendo assim, 「 カ メ ラ つ き ... 」 , significa, em uma tradução menos literal,
“[algum equipamento, dispositivo] que contenha uma câmera”, como um
smartphone (smartphone com câmera).
Ø 抱き締める → 抱締める;
Ø 思い出す → 思出す.
Não confunda este tipo de verbo com os verbos suplementares que estudaremos a
partir da lição 27.
Dado esse conceito, quando dizemos que algo é um canivete suíço, referimo-nos à
possibilidade de haver várias opções dependendo da circunstância. Assim, usaremos
o termo “verbo canivete suíço” para rotular alguns verbos existentes na língua
japonesa que possuem diversos significados e por isso podem ser usados em diversas
ocasiões.
[1] pendurar;
[2] multiplicar;
[3] causar;
[4] juntar;
Por fim, o verbo 「する」(為る), que é rotulado como o verbo “fazer” em japonês. Essa
informação não está incorreta, mas também não é toda a verdade. Se consultarmos
dicionários online como o Tangorin, veremos que 「する」 pode ter pelo menos treze
significados. Observe:
Você se lembra do conceito de “colocação” (lição 8)? Algumas vezes, um verbo
canivete suiço é usado, podendo ele ter diversos sentidos na construção como um
todo. Por exemplo, 「こえをかける」 significa “cumprimentar”. Outro exemplo é 「き
がする」 que significa “ter (uma certa) sensação”. Ainda como exemplo, poderíamos
citar 「はなしをつける」, que significa “negociar”, “resolver uma questão”.
NOTA: 「を」 e 「が」 são partículas. Tal conceito será abordado a partir da lição 13.
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page
3 comentários:
LIÇÃO 13: PARTÍCULAS – INTRODUÇÃO
Você já conhece os verbos e também os substantivos. Nesta lição, começaremos
o estudo das partículas, aprendendo primeiramente algumas que são essenciais
para usar os verbos. Basicamente aprenderemos como especificar qual é o
objeto direto do verbo, e onde ele é executado (física ou abstratamente).
Embora haja muitos pontos gramaticais difíceis que um estudante deve dominar, as
partículas merecem uma atenção especial. Partículas são um ou mais caracteres do
alfabeto Hiragana que são anexados sempre ao final de uma palavra basicamente
para definir a função gramatical desta palavra dentro da sentença. Uma pessoa
pode ter um grande conhecimento de vocabulário e de conjugação verbal, mas se não
souber utilizar corretamente as partículas, ela não conseguirá construir sentenças
como espera, porque o significado da oração pode ter um sentido completamente
diferente. Por exemplo, a sentença “Come peixe.” pode transformar-se em “O peixe
come”, por causa da mudança de uma partícula, apenas.
Note que sublinhamos o “basicamente” no parágrafo anterior por que é claro que as
partículas não se limitam a mostrar a função sintática de um elemento dentro da
oração. Elas podem ter outras funções também e, baseados nisso, gramáticos
dividiram as partículas em oito classes, sendo que muitas delas podem cair em mais
de uma categoria, dependendo da situação. Estima-se que haja cerca de 200 usos
relacionados às partículas, aqui incluindo diferentes partículas, usos e partículas
duplas.
Como já mencionamos uma partícula pode aparecer em mais de uma categoria. Por
exemplo, a partícula 「から」 é partícula de caso, quando indica qual a origem de
algo ou o que acontece depois de alguma coisa. Porém, quando descreve uma causa, é
uma partícula conjuntiva.
Finalmente, nas primeiras lições sobre partículas vamos abordar somente o uso
básico. No decorrer deste curso, quando necessário, expandiremos o conhecimento a
respeito delas.
Agora que entramos no mundo do “faz de conta”, imagine que a forma não passada
seja o verbo na forma infinitiva e a forma passada seja a terceira pessoa do
pretérito perfeito. Assim, a nossa conjugação imaginária, tomando como exemplo o
verbo “beber” seria:
Não saia desse mundo imaginário ainda e continue lendo os próximos tópicos e
lições.
Comer a maçã.
Nesta oração, a ação expressa pelo verbo “comer” é direcionada a um objeto, isto é, a
“maçã”. Repare como este elemento serve como complemento do significado do
verbo.
Vamos fazer uma associação: imagine que temos uma caixa e uma bola; a bola
representa o verbo e a sua embalagem (caixa) – para onde se direciona esta bola –, o
objeto. Assim temos:
Na língua portuguesa, em linhas gerais, um objeto pode ser indireto, quando o verbo
necessita de uma preposição (Ir a + o teatro) ou direto, quando nenhuma preposição
é necessária entre o verbo e seu objeto (Comer _ + a maçã). Usemos estes conceitos
para nos auxiliar a entender a partícula 「 を 」 , que é anexada ao final de uma
palavra para indicar que esta é o objeto direto do verbo. Este caractere não é
utilizado, em princípio, em nenhum outro lugar. É por isso que o Katakana
equivalente 「 ヲ 」 raramente é usado, uma vez que as partículas são sempre
escritas em Hiragana. O caractere 「を」 , embora tecnicamente seja pronunciado /
uo /, soa / o / na conversação (uso histórico do Kana). A seguir estão alguns exemplos
da partícula de objeto direto em ação:
Veja que nos quatro exemplos, as ações “comer”, “beber”, “ler” e “ensinar” recaem
sobre os substantivos “peixe”, “suco”, “revista” e “japonês”. De ínicio, você pode
pensar na pergunta “O QUE [verbo]?”. Por exemplo, em 「魚を食べる。」 , “O QUE
comer?” A resposta será “peixe”.
Vimos que a base Ren’youkei dos verbos pode ser usada como um substantivo
regular. Contudo, observe a frase a seguir:
Embora, a sentença faça sentido, ninguém fala desse jeito. Portanto, não use este
recurso de modo indiscriminado.
Em um uso distinto do que vimos até agora, a partícula 「を」 pode ser usada para
mostrar basicamente o perímetro em que uma ação está ocorrendo (mais detalhes na
lição 17):
Bem, a maioria dos verbos tem um objeto direto, mas esta ação posta em prática
(verbo + objeto direto) pode ter também um destinatário. Considere a associação
que fizemos no tópico anterior, na qual a bola representa um verbo e a caixa, o
objeto direto. Agora, temos um pacote que pode ter um destinatário ou não. Bem, se
levarmos em conta que queremos dá-lo de presente a alguém, é aqui que a partícula
「 に 」 entra em ação, pois ela pode especificar o destino desse pacote, isto é, de
uma ação (verbo + objeto direto). Como forma de memorização, neste uso de 「に」
, você pode considerar que está implícito o sentido de “ter como alvo [algo]”. Para
exemplificar, observe o próximo exemplo:
彼女をデートに誘う。= Chamar ela para um encontro (Chamar ela tendo como alvo o
encontro).
Vimos que a partícula 「 に 」 marca o destino de uma ação. Entretanto, ela pode
No Japonês Clássico, a partícula 「を」 podia também ser usada para indicar origem,
assim como 「から」. Esse sentido de 「を」 ainda pode aparecer em textos antigos,
com alguns tipos de verbos (lição 17) e em partículas compostas (lição 43):
NOTA: Não se esqueça de usar 「ある」 para objetos inanimados (Ex: cadeira) e 「い
る」 para objetos animados (Ex: gato).
Finalmente 「に」 pode juntar dois ou mais substantivos para indicar uma lista de
itens:
Enquanto 「へ」 é normalmente pronunciado /he/, quando está sendo usado como
partícula, é sempre pronunciado como /e/ (え)(uso histórico do Kana). A diferença
principal entre as partículas 「 に 」 e 「 へ 」 é que a partícula 「 に 」 vai a um
objetivo que é o objetivo final que se deseja alcançar, seja físico ou abstrato. Por
outro lado, a partícula 「へ」 é usada pra expressar o fato de que alguém está indo
em direção ao objetivo. Como resultado, é usada apenas em verbos de movimento
direcionais. Ela também não garante se o objetivo apontado é o destino final, mas
apenas que alguém está indo naquela direção. Em outras palavras, a partícula 「に」
foca o destino final, enquanto a partícula 「 へ 」 é muito vaga e não deixa claro
aonde se deseja chegar como objetivo final. Por exemplo, se decidirmos trocar 「に」
por 「へ」 nos primeiros exemplos do tópico anterior, o sentido muda sutilmente:
Note que não podemos usar a partícula 「 へ 」 com verbos que não têm direção
física. Por exemplo, a sentença seguinte está incorreta:
Mas isso não quer dizer que a partícula 「 へ 」 não possa ir em direção a algum
conceito abstrato. De fato, por causa de seu significado vago, pode ser usada também
para se falar sobre ir em direção à expectativas ou metas futuras.
Finalmente, vimos no tópico anterior que é possível usar a base Ren’youkei dos
Finalmente, vimos no tópico anterior que é possível usar a base Ren’youkei dos
verbos como alvo de um verbo de movimento por meio da partícula 「 に 」 . Isso
implica que você está indo ou vindo com o propósito de fazer algo. Se usássemos a
partícula 「 へ 」 isso soaria que você está indo ou vindo em direção a algo
literalmente, o que é meio estranho:
Algo que pode ajudá-lo é pensar em 「で」 com o significado de "por meio de". Desta
maneira, o mesmo significado vai "se traduzir" naquilo que a sentença realmente
significa. Os exemplos, então, serão lidos: "Ver por meio de cinema", "Retornar por
meio de ônibus" e "Comer almoço por meio de restaurante".
Temos ainda a possibilidade de usar a partícula 「で」 com a palavra "o que" (何).
Ela é bem irritante porque enquanto é normalmente lida como 「 な に 」 , algumas
vezes é lida como 「 な ん 」 , dependendo de como é usada. Uma vez que é sempre
escrita em Kanji, não podemos dizer de qual se trata a cada momento. Sugerimos que
você fique com 「なに」 até que alguém o corrija. Com a partícula 「で」, também
se lê 「なに」.
Aqui começa a parte complicada. Há uma versão coloquial da palavra "por que" que
é usada muito mais frequentemente do que a versão menos coloquial 「どうして」
Aqui começa a parte complicada. Há uma versão coloquial da palavra "por que" que
é usada muito mais frequentemente do que a versão menos coloquial 「どうして」
ou a mais enérgica 「なぜ」. Também é escrita 「何で」, mas a leitura é 「なんで」.
Esta é uma palavra totalmente independente e não tem nada a ver com a partícula
「で」.
暇だから。= Porque sou livre (no sentido de não ter o que fazer).
Segundo este artigo do site “Nihon Bunka Kenkyuukai”, com 「 に 」 foca-se o lugar,
enquanto que com 「で」, o foco está na ação. Observe os exemplos:
Também, há verbos que só aceitam uma dessas partículas. Por exemplo, o verbo 「働
く」 tem sua localização indicada por 「で」. Já o verbo 「務める」, por「に」.
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page
2 comentários:
É apenas uma tradução mais técnica. Se preferir, pode-se entendê-la como "Chove (ou choverá)
de Kyushuu à Hokkaido".
Responder
No Japonês Clássico, havia nove categorias de verbos, e uma delas era a classe dos
verbos Rahen. Dentre eles, havia o verbo 「あり」. Vejamos suas bases:
O motivo de dedicarmos um breve tópico ao verbo 「あり」 é por que ele é um verbo
suplementar muito importante e que tende a fundir-se com outros itens léxicos para
dar origem a construções importantes.
A exceção à regra de contração apresentada fica por conta do verbo 「行く」, que em
vez de ser contraído 「 行 い て 」 , torna-se simplesmente 「 行 っ て 」 . Isso faz a
pronúncia mais fácil. Também, 「 行 ( い ) く 」 pode ser 「 行 ( ゆ ) く 」 e ambos são
usados há muito tempo. A forma 「行(ゆ)いて」 costumava ser usada, mas 「行(い)っ
usados há muito tempo. A forma 「行(ゆ)いて」 costumava ser usada, mas 「行(い)っ
て」 tem a preferência atualmente. Finalmente, 「行(ゆ)く」 pode dar uma sensação
mais literária e é a leitura de escolha em poesias.
Perceba que nós usamos o termo “forma TE padrão”. Isso por que de acordo com a
região do Japão, as alterações sonoras podem variar. Por exemplo, no dialeto Kansai
(parte oeste do Japão), 「読みて」, é contraído 「読うで」.
A partícula 「て」 deriva da base Ren’youkei do verbo clássico 「つ」, que era usado
para expressar o modo perfectivo. Vejamos a definição de “perfectivo” segundo o
dicionário Houaiss:
PERFECTIVO: diz-se de ou aspecto verbal que indica uma ação realizada e concluída;
acabado [No português são perfectivas as formas do indicativo fiz, tinha feito, terei
feito, por oposição às formas fazia, estava fazendo, estarei fazendo etc., que são
imperfectivas.].
Em outras palavras, quando 「つ」 era anexado à base Ren’youkei de um verbo, ele
expressava algo como “determinada ação foi (será) feita e está (será) concluída”.
No japonês moderno, 「て」 passou a servir também como partícula conjuntiva, isto
é, para conectar orações. Observe o quadro abaixo:
Este é o uso básico da partícula 「て」. Nestes casos, o tempo verbal de construção é
determinado pelo último verbo. Note que devido à sua origem, alguns preferirão
traduzir estas orações como “Comer o peixe (concluir esta ação) e (depois) beber o
suco”, e “Ir ao Japão (concluir esta ação) e (depois) estudar japonês”, o que faz
sentido. Contudo, não fixe este sentido clássico de 「 て 」 como sendo único, pois
parece que esta partícula pode transmitir outros sentidos.
Esta prática de usar a partícula 「て」 para conectar orações, no entanto, é utilizada
apenas na linguagem cotidiana. Discursos formais, narração e publicações escritas
empregam a base Ren’youkei em vez da forma TE para descrever ações sequenciais.
Particularmente, artigos de jornal (ou mesmo cantores), por questões de brevidade,
preferem a base Ren’youkei à forma TE:
NOTA: como a partícula 「て」 é muito versátil, pode transmitir significados diversos
de acordo com o contexto (pelo menos na tradução para o português).
Algo muito comum no japonês falado é terminar uma oração com o verbo na forma
TE. Veja o exemplo abaixo:
No início 「た」 provavelmente não expressava passado, mas sim um estado estático
resultante. Isso faz sentido: como vimos, quando 「 つ 」 era anexado à base
Ren’youkei de um verbo, ele expressava algo como “determinada ação foi (será) feita
e está (será) concluída”. Se anexarmos o verbo 「 あ る 」 , que significa “existir”,
poderíamos pensar em algo como “existe determinada ação que foi realizada e está
concluída”, ou seja, de fato um estado resultante. Por exemplo:
食べてある。= Existe a (ação de) comer (que foi realizada e está concluída) = estado
estático resultante.
Por volta do século XIV, é que passou a ser o sufixo dominante para expressar o
tempo passado, fato que fez com que outros sufixos como 「たり」 e 「けり」, que
até então exerciam esta função tivessem seu uso extinto ou extremamente limitado.
A esta altura o significado de 「た」 já não era totalmente igual ao de 「てある」 e
certamente foi bem estabelecido como sufixo de tempo passado na época da
“Amakusaban Feique Monogatari” (1592), impresso pela primeira vez pelos
missionários portugueses em Kyushu, utilizando um sistema de romanização até
então recente.
Como é derivado da partícula 「て」, o verbo auxiliar 「た」 segue o mesmo padrão,
tanto na regra básica, quanto nas contrações sonoras para os verbos Godan:
Vejamos os mesmos verbos Godan do tópico anterior com o verbo auxiliar 「た」 e
as contrações sonoras:
as contrações sonoras:
O conceito pode ser difícil de ser entendido em um primeiro momento, mas o sentido
aqui expresso é que a ação descrita por “chegar” já deverá ter ocorrido antes da ação
de abrir a garrafa, isto é, a ação de “chegar” estará concluída. Observe a ilustração:
Veja que o verbo está no presente, mas em japonês esta noção é expressa pela adição
do auxiliar 「た」 ao verbo da primeira oração.
5. Um comando urgente:
No Japonês Clássico, o verbo auxiliar 「ず」 era anexado à base Mizenkei de verbos
para expressar negação e continuou a ser usado para tal durante todo o Período
Kamakura. Ele tinha três conjuntos de bases (vamos nos referir a eles pela base
Ren’youkei):
É provável que no Japonês Antigo, 「な」 tenha sido o primeiro auxiliar de negação a
ser usado. Seja como for, acredita-se que 「 ず 」 desenvolveu-se a partir de
mudanças eufônicas de 「にす」, combinação da base Ren’youkei 「に」 + 「 す 」 ,
forma antiga do verbo 「する」. As mudanças eufônicas que 「にす」 sofreu foram
「んす」 → 「んず」 → 「ず」. Já o terceiro conjunto deriva de 「ず」 + o verbo 「あ
り」.
Não se preocupe em decorar estes conjuntos de bases. Apenas tenha em mente que,
devido à “confusão” que houve entre as bases Rentaikei e Shuushikei iniciada no
Período Kamakura, durante o Período Muromachi (1336-1573), 「 ず 」 foi sendo
gradualmente substituído por 「 ぬ 」 , base Rentaikei de 「 ず 」 . Então, 「 ぬ 」 ,
evoluiu para 「ん」 na parte Oeste do Japão, e na parte Leste transformou-se em 「な
い」 , proveniente de 「なし」 (無し), que era flexionado no padrão de conjugação dos
Keiyoushi.
Nós ainda vamos aprender sobre os Keiyoushi na lição 18, mas como eles possuem
dois conjuntos de base – a base 「く」 , e a base 「かり」 , proveniente de 「~く」 +
「 あ り 」 –, consequentemente 「 な し 」 era conjugado dessa forma. Perceba que,
embora as bases sejam as mesmas, elas são conjugadas de modo um pouco diferente
embora as bases sejam as mesmas, elas são conjugadas de modo um pouco diferente
dos verbos:
Podemos usar também os verbos auxiliares clássicos 「ぬ」 e 「ん」 no lugar de 「な
い 」 . Contudo, atente-se ao fato de que não podemos fazer uso deles em orações
destinadas a modificar outras. Observe alguns exemplos:
Com relação ao verbo 「する」, quando usarmos 「ぬ」 ou 「ん」 devemos usar a
Com relação ao verbo 「する」, quando usarmos 「ぬ」 ou 「ん」 devemos usar a
base Mizenkei clássica 「せ」 e não 「し」:
NOTA: no japonês moderno 「ず」, continua a ser usado, porém tem outro sentido.
Veremos com mais detalhes ainda neste tópico.
魚を食べなくて。≠ 魚を食べないで。
Um dos aspectos mais complicados do idioma japonês é que não há um verbo para se
expressar o “estado-de-ser” de algo como o verbo “ser” no português. Se usarmos, por
exemplo, o verbo clássico 「 あ り 」 , o máximo que conseguiremos expressar é que
exemplo, o verbo clássico 「 あ り 」 , o máximo que conseguiremos expressar é que
“algo existe”, mas não que “algo é [X]”. Neste caso, precisamos de um tipo de
construção gramatical, que chamaremos de cópula.
Parece muito fácil. Aqui está o verdadeiro problema: um estado-de-ser pode ser
subentendido, sem o uso do 「だ」!
Bem, a principal diferença é que uma declaração afirmativa faz com que a sentença
soe mais enfática e convincente de modo a torná-la... bem declarativa. Portanto, é
mais comum você ouvir homens usando 「だ」 no fim das sentenças. Este é também
o motivo de via de regra você não poder usar 「だ」 ao fazer uma pergunta, porque
parecerá que está fazendo uma afirmação e uma pergunta ao mesmo tempo.
Vamos apresentar as seis bases de 「である」, 「だ」 e 「です」 para que você possa
entender a lógica de formação dos tempos verbais da cópula 「だ」. Observe a tabela
abaixo:
Podemos conjugar o estado-de-ser tanto para a forma negativa quanto para o tempo
passado para dizer que algo não é [X] ou que algo era [X]. Isso pode ser meio difícil de
entender à primeira vista, mas nenhuma destas conjugações do estado-de-ser
afirmam algo como o 「 だ 」 faz. Aprenderemos, em outra lição, como criar estas
declarações afirmativas colocando 「だ」 ao fim da frase.
Nós não colocamos “(??)” à toa. Isso porque a regra estaria correta se 「ある」 não
fosse irregular quando colocado juntamente com o verbo auxiliar 「 な い 」 . Sendo
assim, 「 あ ら な い 」 torna-se simplesmente 「 な い 」 . Talvez o motivo dessa
irregularidade esteja no fato de que 「 な い 」 já expressa por si mesmo uma
existência nula e possivelmente os gramáticos pensaram que não haveria
necessidade, pois seria uma redundância, ter uma forma negativa do verbo de
existência, no caso 「 あ る 」 . Tanto que com outros auxiliares deve-se usar
normalmente a base Mizenkei de 「ある」.
Bem, seja qual for o motivo para a irregularidade, então, a forma negativa de 「であ
る」 é 「でない」? A resposta é: sim e não!
II. Tempo Passado: agora, vejamos expressar o tempo passado para dizer que algo
era alguma coisa. Para tanto, tenha em mente que o passado da cópula 「だ」 deriva
do passado de 「である」. Portanto, o tempo passado é feito adicionando-se o verbo
auxiliar 「た」 à base Ren'youkei de 「である」. Assim, temos:
「でありた」 é então contraído para 「であった」 que por sua vez é contraído para
「だった」.
Por fim, também é possível unir estados-de-ser basicamente através do uso da base
Ren’youkei 「で」 da cópula 「だ」. Observe:
Nós aprendemos muito nesta lição. Agora, sabemos como expressar ações ou estados
nas quatro formas básicas, isto é, não-passado afirmativo (infinitivo do verbo),
passado afirmativo (verbo com auxiliar TA), não-passado negativo, e passado
negativo. Além disso, vimos a forma TE e sua forma negativa.
Supondo que você já tenha assimilado tudo o que foi explicado nesta lição, seguem
dois quadros-resumo das formas que vimos:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 15: PARTÍCULAS II
Já temos um poder de expressão relativamente bom, pois conhecemos os tempos
e formas verbais básicas, além de saber como direcionar ou aplicar uma ação
diretamente em um substantivo. Agora, veremos mais três partículas: a de
tópico, a identificadora e a inclusiva e suas possíveis combinações.
Bem, a primeira resposta que deve ter vindo a sua mente é “com base no sujeito”, ou
seja, se estivesse escrito “Os cachorros beber água”, é de cachorros que estamos
falando.
Veja como numa língua em que os verbos não são flexionados de acordo com o
sujeito, o sujeito é de extrema importância para saber do que se está falando.
Talvez por isso, por exemplo, é que na língua inglesa formal toda oração deve ter um
Talvez por isso, por exemplo, é que na língua inglesa formal toda oração deve ter um
sujeito explícito PORÉM, em japonês é diferente: mesmo os verbos não flexionando
de acordo com o sujeito, não é obrigatório ter um sujeito explicito. Pode-se dizer
tão somente “Beber o suco” e tudo está certo. Entretanto, como saberíamos do que
estão falando, já que isso soa muito vago? É aqui que entra uma segunda resposta
possível...
Bem, na língua japonesa existem várias maneiras e todas elas envolvem fazer
suposições a partir do contexto. Por exemplo, se de repente eu perguntasse a você:
EU: ジュースを飲んだ?
Você suporia que estou perguntando se VOCÊ bebeu o suco, porque não estou
falando de outra pessoa. Então, você poderia responder:
VOCÊ: ジュースを飲んだ。
Com isso, eu iria supor que você está falando DE SI MESMO, porque eu acabei de lhe
fazer uma pergunta e agora sei que você bebeu o suco. Da mesma forma, se por acaso
estivéssemos falando de Midori quando eu lhe fiz a pergunta, você provavelmente
pensaria que eu estivesse perguntando se MIDORI bebeu o suco, porque é dela que
nós estávamos falando.
Se tomarmos uma língua como o japonês, na qual o assunto é tão fortemente baseado
no contexto, precisamos ser capazes de identificar algumas coisas. Enquanto fazer
suposições a partir do contexto funcionaria no caso de perguntas e respostas simples,
algo mais complicado, em breve se tornaria uma bagunça, já que todo mundo
começaria a perder a noção de quem ou do que estão falando. Portanto, temos de ser
capazes de dizer ao ouvinte quando queremos mudar o assunto atual, alertando-o
mais ou menos assim: "Ei, eu vou falar sobre isso agora. Portanto, não suponha
que eu ainda esteja falando sobre a coisa antiga”. Isto é especialmente importante
quando se inicia uma nova conversa e você precisa dizer ao ouvinte do que você está
falando. Isto é o que a partícula 「 は 」 faz; introduz um tópico diferente do atual,
delimitando o restante da sentença a este novo tópico. Por essa razão, é também
referida como a "partícula de tópico". Você pode pensar que 「は」 tem o sentido de
“falando de (assunto)”.
Vamos retomar o exemplo inicial no qual eu quis perguntar se você bebeu o suco. O
diálogo seria assim:
Agora, e se eu quisesse perguntar se Midori tomou o suco? Neste caso, eu preciso usar
a partícula 「 は 」 para indicar que eu estou falando sobre “Midori”, porque do
contrário, você assumiria que eu estou falando de você.
Observe como, uma vez que eu que eu estabeleci “Midori” como o novo tópico, a
conversa está limitada a ela e, por isso, podemos continuar a assumir que estamos
falando sobre “Midori” até que alguém altere o tópico novamente.
Você correrá o risco de fazê-lo pensar “puxa, e as outras, você não apreciou?”, já que
a sentença está limitada a “esta noite”. Perceba que até em português isso soaria
ambíguo.
Neste sentido, a partícula 「は」torna-se muito versátil, podendo até mesmo aparecer
depois de outras partículas.
Neste exemplo, já que não temos nenhum contexto, não possuímos informação
Neste exemplo, já que não temos nenhum contexto, não possuímos informação
suficiente para que possamos dar algum sentido a essa conversa. Obviamente não há
sentido algum em “Hiroshi ser amanhã”. Dado um contexto, e como a oração tem
algo a ver com Hiroshi e amanhã, pode significar qualquer coisa. Por exemplo, eles
podem estar falando de quando um exame será feito:
MAKOTO: ひろしは?= E o Hiroshi?
O exemplo acima mostra quão genérico o assunto de uma oração pode realmente
ser. Este pode estar se referindo a qualquer ação ou objeto de qualquer lugar,
incluindo até mesmo outras sentenças. Por exemplo, na última frase da conversa
acima, mesmo que o assunto da sentença seja sobre quando Hiroshi fará o exame, a
palavra "exame" não aparece em nenhum lugar na frase.
Também na última frase fica claro que “tema” não é a mesma coisa que “sujeito”,
pois pelo contexto assumido, aquilo que seria para nós o sujeito não é o que está
marcado pela partícula 「は」 (Hiroshi), mas é algo que está subentendido, isto é, “o
exame”. Portanto, são coisas completamente distintas.
Para ficar mais claro que “tema” não é a mesma coisa que “sujeito”, vamos recorrer
a nossa língua. Observe a sentença abaixo:
Com esta sentença fica muito claro. Estamos falando de “praia”, mas na afirmação
que se segue, o sujeito não é “praia”, mas sim “água”. Note mais uma vez que, embora
o tópico seja “praia”, não precisamos necessariamente falar de “praia” em si, mas
podemos estender nossa afirmação a algo relacionado a ela. Em outras palavras, a
algo delimitado, que esteja no contexto de “praia” dentro da conversa.
Pelo contexto, você suporia que eu estou perguntando se você bebeu o suco. Você
responde:
Você responde que não bebeu o suco. Porém, o copo está vazio e eu quero saber
quem o bebeu. Neste caso, o que preciso é de um tipo de identificador, haja vista que
eu não sei quem bebeu o suco. Perceba que se eu usar a partícula 「 は 」 para
eu não sei quem bebeu o suco. Perceba que se eu usar a partícula 「 は 」 para
perguntar “quem tomou o suco?” 「 誰 は ジ ュ ー ス を 飲 ん だ ? 」 , a pergunta se
transforma em “o QUEM tomou o suco?”, algo que não faz nenhum sentido, porque
"quem" não é uma pessoa.
A conversa sobre o “bebedor” de sucos oculto poderia prosseguir assim (os elementos
entre colchetes são apenas para enfatizar o sentido das frases):
Repare como a partícula 「が」 é usada duas vezes, porque você precisa identificar
quem tomou o suco na resposta. Por esta razão, dizer 「みどりは飲んだ。」não seria
uma boa escolha, haja vista que não estamos falando de Midori, mas sim tentando
identificar a pessoa desconhecida que tomou o suco.
Um ponto importante aqui é que não se deve usar「が」 para identificar um objeto
direto, pois esta função já é exercida pela partícula 「 を 」 , e essas duas partículas
são mutuamente exclusivas. Observe a seguinte sentença:
Se quiséssemos mudar o foco para “sushi” como a coisa que foi comida, teríamos que
mudar a oração para a passiva como em português. Em outras palavras, como 「が」
identifica algo, você pode pensar que está especificando que “o sushi é a coisa que foi
comida”. Ora, isso em português é a voz passiva e, neste caso, no japonês funciona da
mesma forma.
À primeira vista, as partículas 「は」 e 「が」 podem parecer idênticas. Isto se deve
ao fato de que não é possível traduzir a diferença que há entre elas diretamente para
o português. Para ilustrar, dê uma olhada nos exemplos abaixo:
Devido à falta de contexto, bem tecnicamente, a tradução mais próxima para ambas
as sentenças pode ser “Midori é estudante”. Porém, elas parecem iguais, somente,
por que não é possível expressar em português a informação, o contexto tão
claramente como é possível algumas vezes em japonês. A lição mais importante aqui
é ter em mente a diferença entre falar sobre algo e especificar algo. Na afirmação
é ter em mente a diferença entre falar sobre algo e especificar algo. Na afirmação
(A), uma vez que 「 み ど り 」 é o assunto da frase, a sentença significa: "Falando
sobre ‘Midori’, Midori é uma estudante". Já na sentença (B), 「 み ど り 」 está
especificando quem é o “estudante” 「 学 生 」 . Se quisermos saber quem é o
“estudante”, a partícula 「が」 nos informa: o estudante é “Midori” 「みどり」.
A) ひろしが魚だ。
B) これが車。
Outro recurso que você pode usar, para perceber o quão diferentes são essas duas
partículas, é pensar que 「は」 funciona como os “dois pontos (:)”. Considere o fato
que quando colocamos os dois pontos após um termo, é como se de certa forma
fizéssemos um anuncio sobre aquilo que os antecede. Observe:
Mais uma maneira que pode ajudá-lo a distinguir essas duas partículas: vimos na
seção anterior a oração em português “Falando de praia, a água está imprópria para
banho”, no qual podemos dizer que “praia” é o tópico. O que será dito a seguir está
girando em torno de “praia”, mas não necessariamente precisamos falar
especificamente de “praia” (no exemplo, seguimos o tópico “praia” afirmando que
a “água” que está imprópria para banho). Sendo assim, se em português
precisássemos usar a partícula de tópico, ficaria assim:
Veja como o tópico nos dá uma amplitude maior, pois, de novo, não
necessariamente precisamos falar dele especificamente, mas podemos estender
nossa afirmação a algo relacionado a ele ou mesmo subentendido pelo contexto. Por
outro lado, a partícula 「が」 é muito limitadora, específica, restrita ao elemento
que ela segue. Por essa razão, se tivéssemos Praia が , o que fosse dito a seguir se
aplicaria ao elemento “praia” especificamente (e somente a ele). Poderíamos
afirmar, por exemplo, que a praia é bonita, a praia está cheia, etc. e só. Nada de
afirmar outra coisa que não seja especificamente se referindo ao elemento “praia”
afirmar outra coisa que não seja especificamente se referindo ao elemento “praia”
(como seria possível com a partícula 「は」, com a qual falamos sobre “praia”, mas
afirmamos algo sobre “água”).
Enfim, as partículas 「は」 e 「が」 são diferentes se você pensar da forma correta. A
partícula 「が」 identifica uma propriedade específica de algo, enquanto a partícula
「は」 é usada somente para trazer um novo assunto à conversa. Esta é a razão de,
em orações longas, ser comum separar o assunto com vírgulas para remover
qualquer ambiguidade sobre a qual parte da oração o assunto se refere.
A partícula 「も」 essencialmente tem o sentido de “também”. Seu uso será melhor
explicado nos exemplos abaixo:
Repare que ao incluir a partícula 「も」, Midori precisa ser coerente na resposta. Não
faria muito sentido ela dizer "Eu sou uma estudante, e Hiroshi também não é um
estudante." Em vez disto, Midori poderá usar a partícula 「 は 」 para remover o
sentido adicional da inclusão, como demonstra o próximo exemplo.
Mas por que Midori, do nada, fala sobre Hiroshi quando Makoto está perguntando
sobre ela? Talvez, Hiroshi esteja próximo a ela e ela queira incluir Hiroshi na
conversa.
A partícula 「も」 não é usada em conjunto com 「は」, 「が」 e 「を」, mas sim os
substitui. Veja:
A partícula 「も」 também pode ser usada para dar ênfase, sendo esse uso comum
em orações negativas:
MAKOTO: 図書館には?= E à biblioteca?
Durante o diálogo Makoto trouxe um novo assunto (biblioteca), então, o lugar virou o
tópico. A sentença é na verdade uma versão abreviada de 「図書館には行った?」,
como você pode supor pelo contexto.
Makoto pergunta a Midori se ela não comerá sushi e ela responde que no
restaurante não. Talvez, Midori não goste de restaurante e sabe que Makoto poderá
sugerir tal lugar. Então, nesse caso, Midori traz “restaurante” à conversa para dizer
que não comerá nesse lugar.
A partícula de objeto direto é diferente das partículas relacionadas com lugares, pois
você não pode usar nenhuma outra partícula ao mesmo tempo. Por exemplo, talvez
você tenha achado que seria possível dizer 「 を は 」 para expressar que o objeto
direto é também o tópico, mas esse não é o caso. Um tópico pode ser um objeto direto
sem usar a partícula 「を」. De fato, colocar a partícula 「を」 seria errado.
Por favor, tome cuidado para não cometer esse tipo de erro:
No Japonês Moderno essa combinação não é possível, mas nos tempos antigos ela
existia como 「をば」 e era usada para dar maior ênfase ao objeto direto.
熱があっても仕事に行く。= Mesmo que esteja com febre, irei ao trabalho. (Lit. Mesmo
se febre existir, irei ao trabalho.)
Não confunda este 「でも」 com a conjunção 「でも」. Embora pareça que realmente
sejam a mesma coisa, a conjução 「 で も 」 não pode ser usada para conectar
sentenças, isto é, ela é usada geralmente depois de uma pausa em outra sentença,
para contradizer o que foi dito anteriormente ou está subentendido na conversa:
Este tipo não muito comum de condicional pode ser usado somente em situações em
que, se algo acontecer (ou não), o resultado será negativo ou se ficará em apuros.
E finalmente, podemos usar 「までも」com「ない」 para indicar que uma ação não
é necessária, normalmente devido a uma circustância insignificante:
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Um comentário:
Há um mito que ainda existe sobre o ordenamento das palavras numa sentença em
japonês e que continua a assombrar muitos estudantes iniciantes. Poderíamos dizer
que a estrutura mais básica de uma sentença em português pode ser descrita como
[sujeito] [verbo] [objeto]. Por outro lado, os estudantes irão dizer que, na língua
japonesa, esta ordem é invertida. Mesmo alguns professores poderão dizer que a
estrutura básica de uma sentença em japonês é [sujeito] [objeto] [verbo]. Este é um
exemplo clássico de tentar encaixar a língua japonesa em um meio de pensar
português.
私は公園で弁当を食べた。
公園で私は弁当を食べた。
弁当を私は公園で食べた。
弁当を食べた。
食べた。
Não importa o lugar que uma palavra está na sentença, pois sua função gramatical
é identificada pela partícula que a sucede. A partir disso, somos capazes de
entender a grande importância que tem o uso correto das partículas.
entender a grande importância que tem o uso correto das partículas.
Às vezes, a primeira coisa que vem a sua mente é o verbo principal. Mas se o verbo
principal já saiu de sua boca, você terá o resto da frase sem um verbo para completar
o pensamento. No japonês casual, é perfeitamente aceitável ter o verbo em primeiro
lugar usando a mesma técnica que acabamos de ver, quebrando-se o que está sendo
dito em duas sentenças. A segunda frase é incompleta, claro, mas esse tipo de coisa é
comum na fala de qualquer idioma:
Vimos que a partícula 「 を 」 foi omitida nos dois exemplos. De fato, embora as
partículas desempenhem um papel crucial para que uma sentença tenha sentido, há
algumas que são muitas vezes omitidas no japonês casual, sendo que as mais
comuns de serem omitidas são 「は」, 「が」, 「を」 e 「に」. Isso realmente pode
dificultar o estudante iniciante, mas lembre-se de que nessas horas o contexto e um
senso de gramática são nossos fortes aliados e eles nos ajudarão a esclarecer o papel
dos elementos dentro da sentença.
Vale lembrar que canções também se encaixam no que acabamos de ver, seja por
inversão de elementos ou omissão de partículas:
NOTAS:
2. 「の」 é uma das partículas mais importantes da língua japonesa e será estudada
na lição 19. Por hora, não se preocupe com sua função no exemplo dado e considere
apenas a tradução que demos.
Fontes:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 17: VERBOS TRANSITIVOS E INTRANSITIVOS
Já temos conhecimento suficiente para tratar sobre um dos assuntos mais
confusos da língua japonesa: a transitividade dos verbos.
Você já deve saber o que são verbos transitivos e intransitivos, mas vamos relembrar
um pouco o assunto: verbos transitivos são verbos que precisam de um complemento
para que a frase tenha um sentido completo, enquanto os verbos intransitivos
carregam um sentido completo, dispensando complementos. Por exemplo, na
construção: "Você fuma?", o verbo é intransitivo, ou seja, seu sentido está completo –
deseja-se saber apenas se a pessoa em questão é ou não fumante. Não importa saber
se fuma, por exemplo, cachimbo ou charuto. Caso isso fosse relevante, as perguntas
seriam: "Você fuma cachimbo?" ou "Você fuma charuto?" – e o verbo seria transitivo
direto. Aquilo que se fuma é o objeto direto, ou seja, o alvo do processo verbal.
Note que ambas as ações são expressas pelo mesmo verbo, neste caso o verbo
“quebrar”. Na primeira oração, ele é transitivo direto e na segunda, intransitivo. O
que permite classificar um verbo como transitivo ou intransitivo é o contexto da
frase. No caso, a forma como a frase foi construída, pois o verbo não sofre alteração
em sua ortografia, ou seja, ele é escrito da mesma forma tanto em frases nas quais ele
é transitivo como nas que ele é intransitivo – mas lembre-se de que alguns verbos da
língua portuguesa são, por natureza, transitivos (pegar, remover...) e outros,
intransitivos (morrer...).
(1) 生徒が花瓶を壊した。= O aluno quebrou o vaso. (lit. É o aluno aquele que quebrou
o vaso)
Na oração (1), “o aluno” é quem agiu provocando a ação de quebrar sobre “algo” (o
vaso). Portanto, o verbo usado é transitivo, pois é necessário especificar este “algo”
que sofreu diretamente a ação expressa (objeto do verbo). Já em (2), fica claro que o
fato ocorreu automaticamente sem que ninguém o provocasse.
Neste exemplo, foi usado o verbo transitivo 「入れる」, porque alguém, o professor,
provocou a ação de colocar o aluno na sala de aula. Sem a permissão do professor, o
aluno não poderia ter entrado.
O mais importante desta lição é aprender como usar a partícula correta para o tipo
correto de verbo. Pode ser difícil no começo fazer esta diferenciação enquanto estiver
aprendendo novos verbos, ou mesmo se há num determinado verbo a distinção de
transitividade. A boa notícia é que existem dicionários na internet (em inglês) como
o “WWWJDIC” ou o “Yahoo! 辞書” que agora indicam se um verbo é transitivo (vt) ou
intransitivo (vi) quando a distinção se aplica. Por exemplo, olhando as frases-
exemplo para o verbo 「 つ け る 」 você verá que é ele é transitivo e que usa a
partícula 「を」. Observe os exemplos a seguir:
私は勉強に疲れた。 = Falando sobre eu, cansei dos estudos. (“dos estudos” = objeto
indireto)
“Em um uso distinto do que vimos até agora, a partícula 「を」 pode ser
usada para mostrar basicamente o perímetro em que uma ação está
usada para mostrar basicamente o perímetro em que uma ação está
ocorrendo (mais detalhes na lição 17):
Bem, agora podemos ser mais específicos: como regra geral (há sempre exceções.
Cuidado!) com verbos intransitivos, a partícula「を」 pode ser usada para indicar:
(2) o ambiente em que algo é feito ou acontece (comumente com o sentido de “pelo”,
“através de”). Vejamos o que menciona Haruo Shirane em seu livro “Classical
Japanese: A Grammar”, página 160:
Uma vez que o significado básico do Kanji é o mesmo, você poderá aprender dois
verbos pelo preço de apenas um ideograma! Vejamos a seguir uma lista de amostra
de verbos transitivos e intransitivos:
A língua japonesa tem uma morfologia verbal aglutinante altamente regular, com
elementos tanto produtivos quanto fixos. Ora, quando um mesmo verbo tem formas
distintas quanto a sua transitividade, nota-se pela tabela do tópico anterior que a
diferença entre eles está no okurigana, o que nos faz supor que eles são produtos da
aglutinação de outros elementos aos verbos na sua forma inicial. Sendo assim, vamos
fazer uma tentativa para compreendermos o que está por trás destas mudanças.
Para tanto, temos que voltar no tempo e considerar as mudanças sonoras ocorridas
ao longo da História, algo que é comum em qualquer idioma, e as formas antigas
dos verbos, muitas das quais se tornaram obsoletas, o que torna o nosso estudo
ainda mais difícil, já que não existem muitas referências a seu respeito.
É claro que como de costume, há exceções. Por exemplo, o verbo 「出る」 não se trata
de uma forma inicial. Ele deriva do verbo Shimo-Nidan clássico 「いづ」(出づ), que
depois evoluiu para 「いでる」(出でる) e de alguma forma o 「い」 inicial foi deixado
de lado, dando origem à forma moderna 「でる」(出る). Também, verbos que têm o
fonema 「 え 」 após o Kanji, geralmente derivam de verbos cuja terminação era
「ゆ」, como no caso de 「冷える」, cuja forma inicial era 「冷ゆ」 e não 「冷う」.
I. O verbo 「得」 (う): ao que parece, era adicionado à base Ren’youkei dos verbos
Godan não terminados em 「 る 」 , transformando verbos intransitivos em verbos
transitivos e vice-versa:
NOTA: O Kanji 「文」na imagem acima refere-se à forma clássica, chamada de 「文語
NOTA: O Kanji 「文」na imagem acima refere-se à forma clássica, chamada de 「文語
形」 (ぶんごけい).
Alguns verbos que eram Shimo-Nidan nos tempos antigos foram reclassificados como
Godan no japonês moderno, mas ainda assim, antes disso, passaram pela
transformação [base Ren’youkei +「る」]. Portanto, teremos três versões do mesmo
verbo, sendo duas transitivas (uma seguindo o padrão Shimo-Ichidan e outra,
Godan), e uma versão intransitiva. Observe:
NOTA: ainda que válida, a forma inicial reclassificada como Godan, é pouco
frequente no japonês moderno.
O verbo auxiliar 「す」 era adicionado aos verbos intransitivos para transformá-los
em transitivos. Como mencionado, consideraremos que este 「 す 」 seja o mesmo
usado no Japonês Clássico para criar a forma causativa dos verbos de padrão
Godan (Lição 33), mesmo que a regra de anexação neste caso fuja dos padrões
gramaticais.
Sem entrar em detalhes por enquanto quanto à forma causativa, ela expressa que
alguém causa algo, e 「す」 era anexado à base Mizenkei. Neste caso, contudo, 「す」
apenas substitui a terminação do verbo (geralmente verbos terminados em 「る」–
apenas substitui a terminação do verbo (geralmente verbos terminados em 「る」–
de classificação Godan – e alguns com terminação 「ゆ」). Vejamos:
Mas nem tudo é tão simples assim: a maioria desses verbos que que recebiam a
terminação 「 す 」 para a criação de sua versão transitiva eram conjugados no
padrão Yo-dan. Mas havia exceções (de motivos incertos) como 「 載 る 」 , cuja sua
forma transitiva 「載す」era conjugada no padrão Shimo-Nidan, como podemos ver
no Daijirin online:
Por causa disso, no japonês moderno, os verbos que receberam este 「 す 」 e eram
conjugados no padrão Shimo-Nidan, tiveram suas formas encaixadas no padrão
Ichidan ([Base Ren’youkei] + 「る」), sendo três as formas possíveis atualmente:
Interessante notar que, há casos em que a forma causativa moderna é aceita como
uma versão transitiva para o verbo. Por exemplo, a versão transitiva usual de 「 驚
uma versão transitiva para o verbo. Por exemplo, a versão transitiva usual de 「 驚
く」 é 「驚かす」, forma causativa clássica. No japonês moderno,「す」 evoluiu para
「せる」, e 「驚かせる」é válido, embora seja pouco comum.
CUIDADO! a forma causativa moderna foi padronizada como versão transitiva para
alguns verbos, portanto, não a use para tal finalidade de forma indiscriminada, pois
poderá gerar confusão com a forma potencial (lição 31) ou mesmo causativa
propriamente dito (lição 33).
Finalmente, há casos que são considerados como irregularidades. São verbos que
tinham a terminação da base a qual 「す」era anexada alterada. Observe:
Quanto à mudança para 「おだん」 antes do acréscimo de 「す」, acredita-se que ela
se trate de uma variante arcaica da base Mizenkei dos verbos Godan, proveniente
do Japonês Antigo. Sendo assim, será que os verbos que sofreram essa alteração, no
ínicio (entenda-se, logo que foram criados), foram classificados como verbos Godan?
Ou os gramáticos consideraram essa variante apenas para uso nestes casos? Lembre-
se: “gramática não é como a matemática” e estamos lidando com decisões humanas,
algumas vezes tomadas por conveniência e desconsiderando possíveis padrões. Bem,
não sabemos ao certo a resposta...
Ainda, podemos levantar outra hipótese. Para tanto, relembremos um trecho da lição
9, em que mencionamos a “apofonia”:
“Infelizmente, parece não haver regras claras com relação a quando deve
haver apofonia ou mesmo quais as alterações que devem ser consideradas,
IV. Os verbos 「る」 e 「ゆ」: os verbos Shimo-Nidan 「る」 e 「ゆ」 eram anexados à
Base Mizenkei. Sem nos preocuparmos com o sentido que davam ao verbo quando
anexados a ele, importa saber por hora que transformavam verbos transitivos em
intransitivos. Vejamos:
Sendo assim, poderíamos classificar esses cinco verbos auxiliares em três grupos
quanto à transitividade:
Agora, observe o próximo quadro e tente ao máximo considerar / imaginar a forma
original do verbo para cada situação e as possíveis mudanças sonoras:
NOTA: para uma lista mais completa, você pode acessar estes links (em inglês):
Monash e Wikibooks.
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Algo que pode causar estranheza é o fato de que os Keiyoushi são flexionados. Por
isso, as seis bases de conjugação que nós vimos anteriormente aplicam-se a eles
também. Além disso, os adjetivos em japonês são sempre colocados antes da palavra
que se destinam a modificar, tal como é no inglês: “big eyes” = olhos grandes.
18.2. KEIYOUDOUSHI
静かなり。= É quieto.
朦朧たり。= É obscuro.
A partir do Período Muromachi, a cópula 「なり」 foi sendo substituída por 「だ」
que, como vimos, tem 「な」 como base Rentaikei. Observe o quadro com 「静か」
como exemplo:
De fato, já não havia muitos adjetivos do tipo Tari no Japonês Clássico e poucos
sobreviveram como Rentashi no japonês moderno. Como essas palavras geralmente
são consideradas difíceis ou arcaicas, os livros didáticos para alunos de língua
estrangeira não costumam abordá-las. Também, atualmente o Gairaigo –
principalmente palavras inglesas, alemãs ou francesas, tem sido fonte de
Keiyoudoushi.
Não faz sentido um substantivo, por si mesmo, ser adjetivo. Por isso, você não pode
ter uma sentença do tipo [Adjetivo] [Partícula] [Substantivo]. Isto é óbvio, pois,
enquanto uma pessoa pode ser quieta, não faz sentido que “quieta” seja uma pessoa,
isto é, um ser.
18.3. KEIYOUSHI
NOTA: Para alguns autores, não existe a Base Mizenkei do conjunto く . Entretanto,
decidimos mantê-la em nossas abordagens.
Já que tanto os Keiyoushi do tipo Shiku quanto os do tipo Ku têm a forma infinitiva
terminada em 「 し 」 como saberíamos como se deve conjugar determinado
Keiyoushi se não soubermos sua classificação? Bem, via de regra, os Keiyoushi que
representam aspectos emotivos, subjetivos são classificados no tipo Shiku; já os que
apresentam aspectos físicos, concretos, caem no tipo Ku. Veja que “ser divertido” é
algo subjetivo, enquanto “ser alto” é algo concreto, físico. Note também que os
Keiyoudo do tipo Shiku possuem o fonema 「し」 em todas as bases, ao passo que os
do tipo Ku, não.
高し = alto (Lit: ser alto) → 高き山 ou 高かる山 = Montanha alta. (Lit: Montanha que é
alta.)
Concluímos que houve uma “mudança eufônica para i” no último fonema 「き」 da
base Rentaikei do conjunto く em ambos os casos, fato este que deu origem às formas
modernas dos Keiyoushi. Sendo assim, os que eram do tipo Shiku atualmente
terminam em 「~しい」 e os que eram do tipo Ku, em 「~い」 .
Uma vez que conhecemos como se deu a evolução dos Keiyoushi ao longo do tempo,
vamos vê-los em ação, isto é, modificando substantivos, em suas formas modernas:
NOTA: é importante frisar que nem todas as palavras que você encontrar com o
okurigana 「い」 é um Keiyoushi. Por exemplo, 「 嫌 い 」 é um Keiyoudoushi que
termina em hiragana 「 い 」 . Isto se deve ao fato de que 「 嫌 い 」 é na verdade
derivado do verbo 「嫌う」 .
Você também pode unir vários adjetivos de forma sucessiva em qualquer forma:
Lembra-se que, assim como a forma negativa do estado de ser, você não pode anexar
o declarativo 「だ」 aos Keiyoushi na forma afirmativa:
Evidentemente, podemos usar a base Rentaikei – que como sabemos é igual à base
Shuushikei (infinitiva) no japonês moderno – de 「 な い 」 para modificar
diretamente um substantivo, isto é, expressar “algo que não é [qualidade]”:
Como vimos na lição 14, o verbo auxiliar 「た」 é uma forma contraída de 「たる」 ,
que por sua vez originou-se da junção da partícula 「 て 」 + 「 あ る 」 , base
Rentaikei de 「あり」 . Uma vez que é possível usar a base Rentaikei para atribuir
algo à outra coisa, também podemos utilizar o Keiyoushi no passado para modificar
diretamente um substantivo, isto é, expressar “algo que não era [qualidade]”:
美しい虹。= Arco-íris que é belo. → 美しかった虹。= Arco-íris que era belo.
美しい虹。= Arco-íris que é belo. → 美しかった虹。= Arco-íris que era belo.
美しい虹。= Arco-íris que é belo. → 美しくなかった虹。= Arco-íris que não era belo.
狭い部屋。= Quarto que é estreito → 狭くなかった部屋。= Quarto que não era estreito.
Existe um Keiyoushi que significa "bom" que age de forma ligeiramente diferente de
todos os outros. Este é um caso clássico de como aprender japonês é difícil para
iniciantes, por que as palavras mais comuns têm as maiores exceções. A palavra para
"bom" era originalmente 「よい」 (良い). Porém, com o tempo, devido à mudança
eufônica para i, tornou-se 「 い い 」 . Quando escrito em Kanji, é geralmente lido
como 「よい」 , e 「いい」 aparece quase sempre em Hiragana. Entretanto, todas as
conjugações ainda derivam de 「よい」 e não de 「いい」 . Outro adjetivo que age
assim é 「かっこいい」 por que é uma versão abreviada de duas palavras unidas:
「 格 好 」 e 「 い い 」 . Consequentemente, tem as mesmas conjugações. Observe o
quadro a seguir:
O padrão acima é muito utilizado para se pedir permissão para fazer algo. Ele nada
mais é do que a junção das partículas 「て」 e 「も」 que possibilita expressarmos o
contraste entre situações. Na linguagem casual é comum omitir-se a partícula 「も」
:
寿司を食べていい?= Posso comer sushi? (Lit. (eu) vou comer sushi e é bom?)
Note que, embora a tradução literal tenha mudado um pouco, o sentido é o mesmo.
Aliás, podemos usar 「宜しい」 no lugar de 「いい」 se quisermos soar mais formais:
車を使ってもよろしい。 = (Você) pode usar o carro (Lit. Mesmo se usar o carro, é bom)
まことがきてよかった。= (Eu) estou feliz por Makoto ter vindo. (Lit. Makoto veio e foi
bom).
Embora livros convencionais costumem abordar esta expressão como se fosse algo
novo, não há nenhum segredo nela se traduzirmos literalmente. É apenas uma
sequência de ações/estados, em que usado a forma tradicional de 「 い い 」 , isto é,
「よい」 .
É natural pensar que para os adjetivos existentes em nossa língua materna deva
existir um equivalente em japonês. Certamente com a maioria é assim; mas com
alguns, não. Nestes casos, a “ideia de adjetivo” nos é dada através dos verbos.
E se, por exemplo, quisermos dizer que [A] é magro ou que [B] é gordo? De fato,
existem adjetivos propriamente ditos para "gordo" e "magro" – 「太い」 e 「細い」
–, mas podem soar ofensivos a um japonês. Portanto, use verbos:
Os falantes nativos, muitas vezes, retiram o 「い」 final de alguns Keiyoushi, quando
usados como exclamações simples:
まず!= É desagradável!
エロい = Erótico
グロい = Grotesco
ナウい = Moderno
Perceba que estes adjetivos terminam com 「い」 , embora não tenham sua origem
em palavras nativas. Na realidade, eles não foram agregados ao léxico japonês como
Keiyoushi, mas sim como substantivos e/ou Keiyoudoushi, e posteriormente foram
transformados em Keiyoushi. Esse fenômeno é recente e tem ocorrido na linguagem
coloquial, de onde nascem também verbos como 「タクる」 , que significa “pegar um
táxi” e 「マクる」 , cujo significado é “comer no McDonalds”.
Bem, ambas as formas de cada adjetivo são aceitáveis. A diferença é que a versão
Keiyoudoushi soa mais poética, sendo muito comum na poesia e canções.
Um elemento interessante é 「め」 (目). Em si ele significa “olho”, mas pode ser usado
como sufixo, sendo comum em Keiyoudoushi, no lugar do 「い 」final.
Quando usamos o sufixo ISH estamos indicando uma ideia estimada. Com as horas eu
posso falar que vou chegar lá às nine o’clock-ish (nove horas-ish). Adicionando o ISH
sugere-se à pessoa que eu estou apenas estimando a hora. Podemos fazer isso com
qualquer hora e usando O’clock não é necessário, 1ish/2ish/5.30ish etc. Então
brasileiros, Se você quer uma boa desculpa para sua pontualidade estereotipada isto
poderia realmente ajudá-lo. Uma vez eu fui à festa de um amigo que começou à
21horas, logo, a que horas eu cheguei lá? Às nove e quinze, pensando que a festa já
tinha começado, mas meu amigo nem tinha chegado ainda, e a festa era na casa dele!
-ISH com cores e características pessoais também é muito útil para ser vago para
descrever pessoas e coisas. Se eu quisesse descrever um amigo com o cabelo
vermelho, mas não exatamente vermelho, eu poderia falar que ele tem cabelos
REDDISH (avermelhados). É a mesma situação para alto ou gordo, Ele é TALLISH ou
FATTISH. Então, meu amigo é meio alto e meio gordo, mas ele não é nem um gigante
nem um lutador de sumô. Pense sobre quando tenta-se descrever alguém que você
não consegue lembrar muito bem, por exemplo: “ahh sim, eu conheço ele, ele é mais
ou menos baixo/alto (shortish/ tallish) e tem cabelo mais ou menos loiro/moreno
早い → 早め
Ambos os elementos significam “cedo”. Porém, 「早め」 tem um sentido mais “solto”,
vago.
“Se você não puder ser gentil, pelo menos, seja vago”. (C.S. Lewis)
Em animês este padrão costuma ser usado com frequência. Em um dos episódios de
Dragon Ball Super, Goku diz 「嘘がきれえ], forma coloquial de 「嘘がきらい].
Vamos tratar agora de uma das maneiras de descrever se uma ação é fácil ou difícil
de fazer. Basicamente, trata-se apenas de anexar à base Ren’youkei 「やすい」 para
fácil e 「にくい」 para difícil. A constução, logicamente, em termos de conjugação
transforma-se em um Keiyoushi regular. Muito fácil, não é? Vejamos o quadro
abaixo:
O Kanji para 「にくい」 na verdade vem de 「難い」 , que também pode ser lido
como 「かたい」 . Como resultado, você também pode adicionar uma versão vozeada
「~がたい」 à base Ren’youkei de um verbo para expressar a mesma coisa que 「に
くい」 :
Por falar em 「かたい」, há uma maneira arcaica, clássica de se dizer que algo não é
difícil. Para tanto, basta anexar a forma negativa de 「かたい」, isto é, 「かたくない」
difícil. Para tanto, basta anexar a forma negativa de 「かたい」, isto é, 「かたくない」
a uma ação ou substantivo através da partícula 「に」:
Vamos agora aprender como indicar uma quantidade de algum adjetivo através do
sufixo 「さ」 . Por exemplo, podemos pegar o adjetivo "alto" a fim de obter "altura".
Em vez de olhar para a altura, podemos até mesmo pegar o adjetivo "baixo" para
focarmos na quantidade de baixeza em oposição à quantidade de alteza.
Na verdade, não há nada que nos impeça de usar isso com qualquer adjetivo para
indicar uma quantidade desse adjetivo. O resultado torna-se um substantivo comum.
Na lição 12, mencionamos que podemos usar a base Ren’youkei de um verbo para
transformá-lo em substantivo (ou pelo menos para que se porte como tal). Isso
também seria válido para os Keiyoushi?
Há teorias que apontam que a terminação 「く」da Base Ren’youkei dos Keiyoushi
seja na verdade uma versão mais curta do substantivo arcaico 「 あ く 」 , que nos
tempos antigos funcionava como o substantivo genérico 「こと」, cujo significado é
“coisa”. Por essa razão, alguns podem imaginar que esse procedimento “transforme”
todos os Keiyoushi em substantivo. Bom, poderíamos dizer que sim tecnicamente,
mas na prática não é o caso. Em outras palavras, nem todos se tornarão substantivos
autônomos “utilizáveis”, pois tal recurso não é comum e é aplicado apenas a alguns
casos.
Vimos que se usa a base Rentaikei dos adjetivos para se atribuir algo à outra coisa.
Consequentemente, por lógica é natural pensar que é possível usar verbos, já que
eles também possuem base Rentaikei. Considere a seguinte oração em português:
eles também possuem base Rentaikei. Considere a seguinte oração em português:
A oração acima pode não fazer muito sentido, mas o importante aqui é que você
perceba que o fragmento “que morre.” descreve o tipo de pessoa da qual estamos
falando. Em japonês, podemos construir esse tipo de oração usando a base Rentaikei
dos verbos, a fim de fazer com que eles modifiquem diretamente outro termo:
Voltando para o japonês moderno, essa simples construção nos permitirá modificar
um termo com qualquer verbo singelo. Observe mais exemplos:
A partir daqui, seremos capazes de construir frases mais complexas, tratando toda a
oração que descreve o substantivo como um simples substantivo (afinal é do
substantivo que estamos falando; apenas estamos o descrevendo). Por exemplo,
podemos fazer de toda a oração um assunto ou algo especificado, como nos próximos
exemplos:
彼女が見た映画。vs. 彼女は見た映画。
Por meio das duas orações acima, podemos notar mais uma vez como as partículas
Por meio das duas orações acima, podemos notar mais uma vez como as partículas
「は」 e 「が」 são diferentes. A primeira oração significa “O filme que ela viu”, ao
passo que, tendo em mente que a partícula 「 は 」 tem um sentido de “falando
de...”, a segunda é traduzida como “Falando dela, o filme que foi visto.”.
Notou a diferença?
彼女が好きな人。= ?
Esse tipo de oração, em si, torna-se ambíguo pela falta de contexto, podendo ser
traduzido tanto como “Ela é a pessoa que gostam”, “pessoa que ela gosta” ou ainda
“pessoa que gosta dela”. Basicamente, a partícula 「 が 」 especifica “ELA”, mas não
nos diz quem está exercendo a ação de gostar. Talvez visando remover esta
ambiguidade, em algumas ocasiões as pessoas usam 「を」 com o Keiyoudoshi 「好
き」 , no japonês casual:
Seja como for, esse tipo de ambiguidade não ocorre em frases como a seguinte:
Note que não podemos traduzir a frase acima como “Pessoa que a viu”, porque, neste
caso, “ela” se tornaria o objeto direto do verbo e, como vimos em lições passadas, a
partícula 「 が 」 não pode ser usada para especificar tal elemento. Portanto, se
quiséssemos dizer “Pessoa que a viu”, teríamos que usar a partícula exclusiva de
objeto direto 「を」 :
Alguns podem supor por lógica que seja possível utilizar a base Rentaikei da cópula
「 だ 」 , para fazer com que o estado-de-ser sirva de adjetivo para um substantivo.
Sendo assim, teríamos algo do tipo:
Ok, a oração acima é de fácil construção e compreensão, mas a citamos aqui porque o
uso de 「も」 nesse tipo de construção pode causar confusão no estudante iniciante.
Por exemplo, e se quiséssemos construir a oração “coração que também queima”?
Obviamente, não poderíamos dizer 「 も 燃 え る 心 」 , pois como já mencionamos,
「も」 funciona basicamente como a partícula de tópico com um sentido a mais de
"também". Sendo assim, ela deve sempre estar precedida de algum elemento.
O que fazer, então? Bem, o que podemos fazer nesses casos é usar um advérbio que
tenha sentido de “também”. Como só vamos abordá-los na lição 21, aguarde o
exemplo prático até lá.
見つけた犬無くした骨。= ???
Sem um contexto, não somos capazes de indicar ao certo o sentido desta frase, pois
não sabemos por onde ela deve começar, ou qual a função de cada elemento
não sabemos por onde ela deve começar, ou qual a função de cada elemento
dentro dela. Por exemplo, será que 「 見 つ け た 」 está modificando o substantivo
「 犬 」 , e esta construção pode ser traduzida como “o cachorro que (eu) encontrei
perdeu o osso”? É uma possibilidade, mas será esse o sentido que o “autor” quis
expressar? Veja como a ocorrência em conjunto da omissão de partículas e da
inversão de elementos pode causar uma ambiguidade extrema (e olha que ainda
nem aprendemos construções mais complexas, pois pode ficar ainda mais ambíguo).
Apenas pra reforçar, observe agora o próximo trecho:
骨を見つけた犬。
ふたりを夕闇がつつむこの窓辺に明日も素晴らしい幸せが来るだろう。
Será que 「この窓辺」 está na verdade sendo modificado pela oração 「ふたりを夕
闇がつつむ」, e devemos traduzir esse trecho como “Nas proximidades desta janela
em que o crepúsculo envolve nós dois”? Bem, isso faz sentido considerando o
restante da frase, isto é, 「明日も素晴らしい 幸せが来るだろう」 .
Nós vamos ver 「 だ ろ う 」 na lição 38, mas por hora, saiba que ele é usado para
expressar alguma certeza sobre algo. Sendo assim, o segundo trecho da frase pode
ser traduzido como “amanhã também uma maravilhosa felicidade virá certamente”.
Claro que nada impede de interpretarmos as duas partes de forma autônoma, como
“Nas proximidades desta janela, o crepúsculo (é o que) envolve nós dois” e “Amanhã
também uma maravilhosa felicidade virá certamente”, mas também é plausível
pensar que provavelmente 「この窓辺」 esteja sendo modificado pela oração 「ふた
りを夕闇がつつむ」 e seja o alvo do verbo 「来る」. Assim, teríamos:
ふ た り を 夕 闇 が つ つ む こ の 窓 辺 に 明 日 も 素 晴 ら し い 幸 せ が 来 る だ ろ う 。 = Às
proximidades desta janela em que o crepúsculo envolve nós dois, amanhã também
uma maravilhosa felicidade virá certamente.”
Aliás, que tal fazermos um paralelo com a língua portuguesa disso tudo que
acabamos de abordar? Assim, você notará que esse tipo de ambiguidade pode
acontecer em qualquer idioma. Para tanto, responda sinceramente:
“Alguma vez você já parou para analisar a letra do Hino Nacional Brasileiro?”
Recomendamos que você leia o artigo “Entenda a letra do Hino Nacional” do blog
“Português na Rede”. Particularmente, destacamos um trecho:
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Guide to Japanese (Tae Kim): http://www.guidetojapanese.org/learn/grammar
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 19: PARTÍCULAS III
Vimos como modificar substantivos através dos adjetivos e da base Rentaikei
dos verbos. Como de costume, vamos estender este conceito aprendendo mais
partículas, além de aprender como enumerar substantivos.
No terceiro, quarto e quinto exemplos, vemos claramente por que chamar 「の」 de
partícula de posse pode gerar confusão, afinal “alma” não é posse de “aço”, mas “aço”
é atributo de “alma”, assim como “biblioteca” é atributo de “proximidade” e “chefe da
é atributo de “alma”, assim como “biblioteca” é atributo de “proximidade” e “chefe da
seção” é atributo de “Akira” (o que seria para nós neste caso um aposto).
Também pode haver uma sequência de substantivos colocados juntos, sem que
estejam destinados a modificar o outro. Por exemplo, em expressões como
"Internacional Educação Centro”, temos apenas uma seqüência de substantivos sem
quaisquer modificações gramaticais entre eles. Não é um "Centro de Educação, que é
Internacional" ou um "Centro para Educação Internacional", etc, é apenas
"Internacional Educação Centro”. Em japonês, pode-se expressar isso simplesmente
como 「 国 際 教 育 セ ン タ 」 (ou 「 セ ン タ ー 」 ). Você verá esse encadeamento de
substantivos em muitas combinações. Às vezes, uma determinada combinação é tão
comumente usada que praticamente se torna uma palavra separada, sendo até
listada como uma entrada em alguns dicionários. Alguns exemplos incluem: 「登場人
物」 、 「立入禁止」 、or 「通勤手当」 .
Aproveitando esse ponto, lembra-se que na lição 16, mencionamos que partículas são
comumente omitidas na linguagem casual? Isso também se aplica a 「の」 :
Há palavras que em japonês são classificadas como substantivos, mas podem ser
traduzidas como adjetivos em outras línguas. Por esta razão, alguns métodos
preferem chama-las de “adjetivo-NO”. Entretanto, isso pode ser encarado apenas
como uma tentativa de encaixar o japonês nos moldes das línguas ocidentais, pois
etimologicamente falando, esta classe não existe em japonês. Vejamos alguns
exemplos:
多くの車
少なくの車
A partícula 「の」 anexada ao final da última sentença de uma frase também pode
transmitir um tom explicativo para sua sentença. Por exemplo, se alguém lhe
perguntasse se você tem tempo disponível para fazer algo, você poderia responder:
"O fato é que eu estou ocupado agora." A expressão abstrata e genérica que dá o tom
explicativo (neste caso, “o fato é que”) também pode ser expressa com 「の」 . Este
tipo de frase tem um significado embutido que explica o motivo(s) para outra coisa:
Isto soa muito suave e feminino. Na verdade, os homens adultos, quase sempre
adicionarão um declarativo 「 だ 」 , a menos que eles querem soar graciosos por
algum motivo:
No entanto, já que o declarativo 「 だ 」 não pode ser usado via de regra em uma
pergunta, o mesmo 「の」 em questões não carrega um tom feminino e é usado tanto
por homens e mulheres:
ひろしのだ。= É do Hiroshi.
É claro que usamos a expressão em português “o fato é que” apenas para ilustrar. O
importante aqui é você ter em mente o tom explicativo da frase. A diferença crucial
entre o uso de 「 の 」 como partícula explicativa e não usar nada é que você está
dizendo ao ouvinte: "Veja, aqui está a razão", em vez de simplesmente transmitir
novas informações. Voltando ao exemplo inicial, se alguém lhe perguntasse: "Você
está ocupado agora?" você poderia simplesmente responder: 「今 は 忙しい。」 . No
entanto, se alguém lhe perguntasse: "Como é que você não pode falar comigo?", já
que obviamente você precisa dar algumas explicações, você responderia 「今 は 忙し
いの。」 ou 「今 は 忙しいん だ。」 . Em um mesmo sentido, podemos usar 「の」 se
quisermos expressar que procuramos explicações ao perguntar algo. Por exemplo, se
você quiser perguntar: "Ei, não é tarde?" você não pode simplesmente perguntar:
「遅くない?」 porque isso significa apenas “Não é tarde?". Você precisa indicar que
está procurando explicação, isto é, 「遅いんじゃない?」 .
Veja como 「の」 substitui o substantivo 「靴」 , já que este está subentendido, não
sendo necessário repeti-lo. Temos o que seria 「ええ、白い靴を買った。」 .
Aliás, podemos aproveitar esse conceito para reforçar nosso entendimento sobre a
partícula identificadora 「 が 」 . Ora, já que nos tempos antigos 「 が 」 e 「 の 」
podiam ser usadas como partículas atributivas, podemos dizer que 「 が 」 indica,
então, a “posse” de uma ação. Por exemplo, considere a oração 「ひろしが来る」 e
observe a figura abaixo:
Observe que 「 が 」 funciona como uma corrente que prende a ação a Hiroshi.
Portanto, é como se disséssemos “a ação de vir de (pertence a) Hiroshi.”. Em outras
palavras, Hiroshi é quem pratica a ação de vir.
「 と 」 também indica que uma ação que foi feita em conjunto com alguém ou
alguma outra coisa:
Outro uso comum de 「と」 é indicar um elemento que está sendo comparado:
A partícula 「や」 , assim como 「と」 , é usada para listar um ou mais substantivos,
com a diferença que ela é muito mais vaga. Isso implica que pode haver outras coisas
que não estão listadas e que nem todos os itens da lista podem ser aplicados. Em
português, você pode pensar nisso como uma lista do tipo "e / ou, etc":
Podemos juntar as partículas 「へ」 e 「の」 para expressar que o estar direcionado
a algo é atributo de outro elemento. Para tornar mais claro, observe o exemplo
abaixo:
彼への手紙。= Carta para ele. (Lit. Carta que é direcionada a ele.)
彼への手紙。= Carta para ele. (Lit. Carta que é direcionada a ele.)
Nesta construção, expressamos simplesmente que “ele” é para onde está direcionada
a carta e este fato é atributo dela, ou seja, não é uma carta para qualquer um, mas
para “ele”.
Embora possível gramaticalmente, note que isso pode não soar natural.
Podemos combinar a partícula 「と」 e 「の」 para mostrar basicamente que “com
[X]” é atributo de um substantivo:
Cuidado para não confundir este uso de 「とは」 com 「と」 sendo acompanhado de
「 は 」 como partícula enfática. Neste caso, o contexto será nosso aliado para
sermos capazes de diferenciar:
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Wiktionary: http://en.wiktionary.org/wiki/%E3%81%A8%E3%81%AF
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 20: ONOMATOPEIAS
Nesta lição, aprenderemos um tipo de palavras as quais não damos muita
importância no português, mas que são muito comuns na língua japonesa.
Há tantas onomatopeias em japonês que elas são divididas em três tipos diferentes:
「ぎせいご」(擬声語), 「ぎおんご」(擬音語) e 「ぎたいご」(擬態語).
ピカピカの新製品。= Nova linha de produtos que é plim-plim (Algo que brilha supõe
algo novo)
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Everything2: http://everything2.com/title/Japanese+onomatopoeia
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Japanese_sound_symbolism
Wikibooks: http://en.wikibooks.org/wiki/Japanese/Vocabulary/Onomatopoeia
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 21: ADVÉRBIOS
Vimos como modificar substantivos com os adjetivos, Rentaishi, verbos e
onomatopeias. Agora, vamos estender esse conceito, aprendendo a modificar
outras classes de palavras por meio dos advérbios.
O ônibus chegou.
A criança é linda.
II. Keiyoushi: a base Ren'youkei do conjunto く dos Keiyoushi pode ser usada
também como advérbio:
Cuidado para não confundir a forma substantiva dos Keiyoushi (Base Ren’youkei)
com a forma adverbial (também a Base Ren’youkei). Nestes casos, o contexto será o
nosso aliado para mostrar como devemos interpretar a Base Ren’youkei de um
Keiyoushi.
III. Rentaishi: vimos na lição sobre adjetivos que os Keiyoudoushi do tipo Tari foram
reclassificados como Rentaishi. Eles podem ser usados também como advérbios. Para
tanto, devem ser acompanhados de 「 と」 , base Ren’youkei da cópula clássica 「 た
り」 :
Isso faz todo sentido, afinal, como iremos conectar um Rentaishi que é usado com 「
たり」 a um verbo, já que a cópula é flexionável, isso só é possível através de sua
base Ren’youkei.
base Ren’youkei.
Não confunda esse 「に」 com a partícula 「に」 . Como mencionamos acima, para
conectar uma plavra flexionável a um verbo, é necessário o uso da base Ren’youkei,
que neste caso é da cópula 「 だ」 . Abaixo, seguem alguns exemplos:
Podemos ainda interpretar a sentença acima como "Miyako fez o quarto limpo." Ou,
ainda, como 「 き れ い 」 literalmente significa "bonito", podemos traduzir como
"Miyako embelezou o quarto”.
V. Partes do discurso variáveis: alguns advérbios são usados como tal, mas são
classificados como outras partes do discurso, quando utilizados de forma diferente.
Por exemplo, 「 まあまあ」 , pode significar "mais ou menos", como um advérbio,
mas também pode ser usado como um Keiyoudoushi para significar o mesmo, ou
ainda, como uma interjeição para significar "agora, agora".
VI. A forma TE: verbos na forma TE podem, por vezes, ser usados
como advérbios
também. Nestes casos podemos considerar que eles explicam ou descrevem como a
ação do verbo principal está sendo feita:
歩いて行く。= Ir caminhando.
Também, há alguns verbos específicos cuja forma TE, quando usada como
advérbio, pode ter sentido diferente daquele proposto pelo verbo. É o caso, por
exemplo, de 「 初 め て 」 , que como advérbio normalmente é traduzido como “pela
primeira vez” ou “somente depois de” e não “começando”. Claro que tudo dependerá
do contexto.
IX. Partículas: algumas partículas são traduzidas como advérbios, mostranso uma
analogia / restrição. Como exemplo, podemos citar a partícula 「 まで」 :
O que fazer, então? Bem, o que podemos fazer nesses casos é usar um
advérbio que tenha sentido de “também”. Como só vamos abordá-los na
lição 21, aguarde o exemplo prático até lá.”
Já estamos aqui. Como tínhamos mencionado, o que podemos fazer nesses casos é
usar um advérbio que tenha sentido de “também”. Dentre as opções, podemos usar
「また」, que tanto pode significar “novamente” como “também”. Tudo dependerá do
覚えるようにする。= (Eu) tentarei lembrar (Lit. (Eu) farei como se fosse lembrar)
Como podemos ver, 「ように」 é muito versátil. Outa construção básica é usá-lo com
o verbo 「 い う 」 ( 言 う ), que significa “dizer”, a fim de expressar algo que é dito a
alguém:
Um aspecto muito útil de 「ように」 é que ele pode ser usado para iniciar uma idéia
que é completada (mentalmente) pela outra parte. Observe o exemplo a seguir:
Apesar de ser uma frase inacabada, pelo contexto é fácil supor o que vem a seguir.
Este tipo de sentença "adicione o seu próprio fim" é muito visto em cartões de
aniversário e de fim de ano, cujo sentido é "os melhores votos de ...", "Eu espero que
você ...", etc. Neste caso, então, a construção pode ser considerada uma frase inteira:
Sendo assim, podemos traduzir os exemplos como “É sentida uma atmosfera como se
fosse chover amanhã”, e “Falando da história, é sentida uma atmosfera como se fosse
verdade”, respectivamente.
Outra construção útil é usar a partícula 「か」 seguida de 「の」 e 「よう」 para se
indicar similaridade com algo. É semelhante a o que 「 よ う 」 em si faz, com a
diferença de que com 「~かのよう」 se dá um ar explícito de metáfora:
Nos tempos antigos, havia um grupo de Keiyoushi que em vez de serem formados
pelo sufixo 「し」, por algum motivo desconhecido, receberam uma versão vozeada
dele, isto é, 「 じ 」 , sendo conjugados no padrão SHIKU. Vejamos como exemplo a
conjugação de 「すさまじ」(凄じ):
Vistas as bases, a evolução desse seleto grupo aconteceu da mesma forma que os
outros Keiyoushi. Com relação ao nosso exemplo, 「すさまじ」 tornou-se 「すさまじ
き」 até chegar à forma atual 「すさまじい」. Porém, como em tudo tem que haver o
“do contra”, com 「おなじ」(同じ), que significa “o mesmo”, “idêntico”, não aconteceu
o mesmo. No lugar da forma 「おなじい」, atualmente usa-se tão somente 「おなじ」.
Já no Japonês Clássico 「おなじ」 era visto tendo duas Bases Rentaikei: a correta 「お
なじき」 e outra que chamaremos de variante, 「おなじ」. Foi essa variante, então, a
“escolhida” para permanecer válida até os dias atuais.
O grande problema não é tanto qual Base Rentaikei prevaleceu, mas sim, como 「お
な じ 」 é classificado no Japonês Moderno. Você poderia pensar que ele continua
sendo um Keiyoushi e, sim, pode haver ainda algumas construções e expressões
em que ele é usado à moda antiga. Entretanto, se consultarmos o DenshiJisho, com
certeza nos surpreenderemos como 「おなじ」 deve ser encarado:
certeza nos surpreenderemos como 「おなじ」 deve ser encarado:
Veja, então, que 「 お な じ 」 passou a ser tratado como substantivo (ou mesmo
advérbio) na língua moderna. Mesmo com essa mudança, ele continua com o seu
significado inalterado, isto é, “o mesmo”, “idêntico” e é usado para indicar
similaridade entre duas ou mais coisas, sendo geralmente precedido pela partícula
「と」:
君と同じ考えをする。= (Eu) penso assim como você (Lit. Com você, penso o mesmo).
Fontes:
Só Português: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.php
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 22: NOMINALIZAÇÃO
Já temos um grande poder de expressão. Vamos aprender agora sobre a
nominalização.
O estudante = sujeito;
O estudante = sujeito;
Veja como o verbo “estudar” funcionou como objeto indireto da oração principal.
Pode-se dizer que estamos falando de “ato de [verbo]” (o aluno esqueceu-se do ato
de estudar). Logicamente, poderíamos completar o seu sentido:
A leitura é importante.
Nos exemplos acima, as duas orações têm o mesmo significado. Entretanto, a versão
com 「の」 soa mais casual, ao passo que 「こと」 é mais apropriado para a escrita.
Veja como a partícula 「を」 é colocada logo após a base Rentaikei do verbo 「する」
fazendo com que 「勉強する」 se torne objeto do verbo 「忘れる」. Simples, não?
Neste exemplo, o verbo da oração principal é “ouvir” e como ele indica percepção,
usamos 「の」 em vez de 「こと」 , pois expressamos que Akira ouviu Hiroshi tocar
piano. Em outras palavras, “o ato de tocar piano” foi algo que realmente aconteceu,
foi algo concreto e perceptível (foi ouvido). Daí a preferência por 「の」 a 「こと」 .
Note que, se usássemos 「 こ と 」 , a existência do ato de Hiroshi seria algo vago,
embora para o falante tenha sido real.
De fato, os conceitos de perceptível e abstrato/genérico usado em japonês podem ser
De fato, os conceitos de perceptível e abstrato/genérico usado em japonês podem ser
confusos se pensarmos os verbos em português. Portanto, para auxiliá-lo, considere
que os gramáticos costumam dividir os verbos em sete grupos, de acordo com o tipo
de ação ou estado que expressam. Tendo isso em mente, observe o quadro abaixo:
宿題することはある。= (Eu) faço a lição de casa (Lit. Falando do ato de fazer lição de
casa, (ele) existe).
Usando o tempo passado do verbo com 「こと」 , você pode falar se um evento já
ocorreu. Esta é essencialmente a única maneira que você pode dizer "já [verbo no
passado]" em japonês, por isso, é uma expressão muito útil. Você precisa usar esta
construção a qualquer momento quando você quiser saber se alguém já fez alguma
coisa em tempos passados:
寿司を食べたことがある。= (Eu) já comi sushi (Lit. O evento em que (eu) comi sushi
existe).
寿司を食べることにした。= (Eu) decidi comer sushi (Lit. (Eu) decidi pelo ato de comer
sushi).
Contudo, atente-se que esta construção é usada para expressar suas próprias
decisões. Se você quiser indicar uma decisão que não é sua, deve usar o verbo 「 な
る」 no lugar de 「する」 :
No Japonês Moderno, parece haver uma regra geral que nos diz que algumas das
principais partículas podem ser anexadas somente a substantivos ou a elementos que
tenham valor sintático de substantivo. Este seria o motivo que torna necessário o uso
dos nominalizadores 「 の 」 e 「 こ と 」 se quisermos aplicar uma ação sobre uma
oração subordinada. Contudo, parece que a partícula 「 と 」 é uma exceção a essa
regra: podemos anexá-la diretamente ao final de uma oração subordinada e segui-la
de um verbo para assim aplicar uma ação sobre ela. Tenha em mente, porém, que
「と」 não é um nominalizador. Observe:
Tal uso se origina talvez no fato de que os japoneses de modo geral não gostam ser
categóricos em suas afirmações. Mesmo quando sabem alguma informação com
certeza, encontrarão um meio de expressa-la com alguma dúvida.
(1) 雨が降らないと思う。
(2) 雨が降ると思わない。
Aliás, por falar do verbo 「思う」, uma construção muito útil é usá-lo com 「ように」,
obtendo assim 「思うように」. Provavelmente, você deve ter deduzido facilmente que
seu significado é algo como “como se pensa”. De fato, literalmente é isso que 「思う
ように」 significa, e com base nisso, podemos extrair outras traduções menos literais,
mas de sentido próximo, tais como “como se quer”, “como se prefere”, etc:
Outro ponto a se destacar é que 「 と 」 pode ser usado para descrever a maneira
como algo é feito, muitas vezes de forma alegórica. Veja o que G. B. Sansom afirma
em seu livro “An Historical Grammar of Japanese”, página 245 e 246:
O padrão acima pode parecer meio confuso, mas vamos desmembra-lo para
analisarmos: 「 世 界 」 é o tópico da oração; 「 そ れ 」 é o objeto direto do verbo
transitivo 「呼ぶ」. Você pode imaginar que 「と」 está indicando a maneira como
“chamam isto”, ou seja, “chamam isto de amor” ou ainda, “[amor], assim chamam
“chamam isto”, ou seja, “chamam isto de amor” ou ainda, “[amor], assim chamam
isto”.
Então, mais tarde, Hiroshi encontra Makoto e reporta o que ouviu do professor:
O segundo tipo de citação é a citação baseada naquilo que alguém realmente disse.
Não é uma reportação palavra por palavra. Uma vez que esta não é uma citação
direta, não há necessidade de aspas. Você também pode expressar pensamentos
como uma citação indireta.
Não é necessário que o verbo principal esteja logo após 「と」 . Como o verbo que se
aplica à oração subordinada vem antes de qualquer outro verbo, você pode ter
quantos adjetivos, advérbios ou substantivos entre os dois:
Seja qual for o tipo de citação, ainda segundo G. B. Sansom, página 245, neste uso
estaria o sentido original de 「 と 」 , ou seja, parece que ele era originalmente um
pronome demonstrativo correspondente à palavra “isto”. Sendo assim, poderíamos
até mesmo traduzir as orações acima como “’Até o mar’, isto gritaram”, “’Não haverá
aula’, isto eu ouvi do professor” e ”’Frio’” isto Makoto disse a Hiroshi”.
あきらは来年、海外に行くんだって。= Com relação a Akira, ele disse que ano que vem
irá ao exterior.
「って」 ainda pode ser usado para falar sobre praticamente qualquer coisa, e não
apenas para citar algo que foi dito. Você pode ouvir 「 っ て 」 sendo usado em
praticamente qualquer lugar no discurso casual. Na maioria das vezes ele é usado no
lugar da partícula 「は」 simplesmente para trazer um tópico à conversa:
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Nishizumi, Kanako (2008) The pragmatics of nominalization in Japanese: the n(o) da construction and
participant roles in talk. Doctoral thesis, Durham University. Available at Durham E-Theses Online:
http://etheses.dur.ac.uk/2922/
Learn Japanese Page: http://www.learnjapanese.com/author/japanese/page/7/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 23: KOSOADO E PALAVRAS INTERROGATIVAS
Chegou a hora de aprendermos um pouco de vocabulário aliado à gramática.
Nesta lição abordaremos dois conjuntos de palavras: o Kosoado e as palavras
interrogativas, muito comuns na língua japonesa.
NOTAS:
1. Tornou-se mais comum grafar os Kosoados referentes a lugares com 「処」 em vez
de 「所」. Por exemplo, costuma-se escrever “aqui” desta forma: 「 此処」;
1. Onde: どこ;
2. O que: なに;
3. Quem: だれ;
4. Quando: いつ;
5. Como: どう.
Repare que as palavras acima de certa forma apontam para algo. Por exemplo,
quando perguntamos “Onde Hiroshi está?”, o alvo da dúvida é o lugar no qual ele
está; se perguntamos “Quando Hiroshi veio?”, desejamos saber qual o momento,
tempo em que ele veio, e assim por diante. Observe o esquema abaixo, no qual
chamaremos essas associações para cada palavra de “alvo”:
Você verá nos exemplos a seguir, que podemos tratar essas palavras como qualquer
substantivo regular:
substantivo regular:
Já sabemos que 「 何」 pode ser lido 「 なに」 ou 「 なん」 dependendo do vem a
sua frente, como em 「 何色」 (なにいろ) e 「 何人」 (なんにん). No caso de 「
何か」 , embora 「 なにか」 seja a leitura correta, tal composição é frequentemente
contraída para 「 なんか」 na linguagem informal:
NOTA: 「 な ん か 」 também pode ter outro sentido, sendo considerado neste caso
como partícula. Veremos mais detalhes na lição 45.
Como podemos perceber pelo quadro, as coisas não são tão consistentes como seria
de se esperar. Por exemplo, 「 な に も 」 não é geralmente usado para significar
"tudo", e 「 い つ も 」 sempre significa "sempre" para ambas as formas positiva e
negativa. Veja os exemplos a seguir:
皆 【みんな】 = Todos
全部 【ぜんぶ】 = Tudo
Algo interessante é que, ao que parece, podemos usar a partícula dupla 「にも」 no
lugar de 「でも」 em alguns casos. Observe:
Vejamos os exemplos:
あの婦人はいつまでも若い。= Aquela senhora será jovem seja qual for o tempo (para
sempre).
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 24: OS DIVERSOS USOS DO VERBO 「言う」
Na lição 22, aprendemos como fazer citações com a partícula 「 と 」 . Isso nos
permitiu falar sobre coisas que as pessoas disseram, ouviram, pensaram e
muito mais. Agora, aprenderemos que com o uso conjunto de 「と」 e o verbo
「言う」 , podemos definir, descrever e, de modo geral, apenas falar sobre algo
em si.
Podemos então tratar 「という」 como uma expressão fixa que servirá para definir
e identificar essencialmente qualquer coisa que quisermos, como no exemplo acima.
Como você pode imaginar, isso é útil particularmente para nós por que nos permite
perguntar como as coisas são ditas em japonês, e para a definição de palavras que
nós não sabemos ainda.
As traduções podem parecer estranhas, mas veja que nestes exemplos pudemos
revisar o conceito de oração subordinada adjetiva, no qual o verbo 「 言 う 」 dá
revisar o conceito de oração subordinada adjetiva, no qual o verbo 「 言 う 」 dá
alguma característica ao substantivo que o segue.
Podemos abstrair ainda mais, substituindo a oração subordinada por uma forma
genérica de fazer algo. Neste caso, usamos 「こう」 , 「そう」 , 「ああ」 ou 「どう」
, combinado com 「いう」 :
Esta construção é usada o tempo todo, especialmente em conversas casuais. Ela pode
ser usada para corrigir algo, chegar a uma conclusão diferente, ou mesmo como uma
interjeição.
「だって」 também pode ser usado como uma versão para o estado-de-ser, como no
diálogo acima. Por essa razão, uma versão completa do que Hiroshi disse seria 「行か
なくてもいいだって、みんな行くって」.
Provavelmente, você deve ter pensado que a versão para 「高くても」, por exemplo,
seria 「 高 か っ た っ て 」 , não é mesmo? Mas, considerando que 「 た っ て 」 tenha
mesmo o auxiliar 「た」, sua anexação aos Keiyoushi é bem mais simples e inusitada:
basta usar a Base Ren’youkei do conjunto く.
CUIDADO! Não confunda o 「たって」 que acabamos de ver com o caso em que um
verbo na forma passada é seguido pela forma casual 「って」 de「と言う」:
Nesses casos o contexto será nosso maior aliado para diferenciar as coisas.
Uma vez que a gíria tende a ser usada de qualquer maneira que a pessoa se sinta
melhor, não há regras que definem se você deve usar 「 っ て 」 ou 「 て 」 . No
entanto, 「て」 geralmente não é usado para expressar o que as pessoas realmente
disseram ou ouviram, e é por isso que não foi abordado na lição 22.
De fato, 「という」 é usado o tempo todo e, portanto, não é muito surpreendente que
uma série de variações e gírias foram sendo criadas ao longo do tempo. Neste tópico,
vamos aprender uma versão bem casual.
Alguns podem achar que 「つ」 é muito mais difícil de pronunciar do que 「 と い
う」 , então usá-lo como um nativo pode demandar um pouco de prática. Em vez de
fazer as coisas mais fáceis de dizer, como é geralmente o caso, o verdadeiro objetivo
dessa substituição é o som mais áspero por que 「つ」 tem um som mais forte. Isto é
ideal para quando você está chateado ou quer passar a imagem de jovem, por
exemplo. Como você poderia esperar, esta variante é geralmente usada por homens
ou mulheres muito ásperas.
Se você quiser ainda mais ênfase, você ainda pode adicionar um pequeno 「 つ 」 .
Isso geralmente significa que você está realmente à beira de sua paciência.
Fontes:
Nenhum comentário:
LIÇÃO 25: NUMERAIS E CONTADORES
Os números e a contagem em japonês são difíceis o suficiente para exigir a sua
própria lição. Além disso, existem os chamados “contadores”, que são
necessários para contar diferentes tipos de objetos, animais ou pessoas. Vamos
lá.
Com relação à leitura, a maioria dos números tem duas leituras, uma derivada do
chinês (Kango), usada para números cardinais, e uma leitura nativa (Yamato Kotoba),
usada para números ordinais, apesar de existirem algumas exceções em que a versão
japonesa é a preferida para ambos.
Seguindo a tabela acima, por exemplo, o número 632, seria representado assim:
Seguindo a tabela acima, por exemplo, o número 632, seria representado assim:
Ou seja, o número 632 vem da soma (600 + 30 + 2). Perceba como sempre vamos da
ordem maior para ordem menor.
japonês é mais fácil neste quesito, porque você não tem que memorizar as palavras
japonês é mais fácil neste quesito, porque você não tem que memorizar as palavras
separadas, como "vinte" ou "cinquenta". Para formar números de 1 a 19, lembre-se do
conceito de ordem e que os números são originados das somas entre elas. Portanto,
por exemplo, 11 nada mais é do que (10 unidades + 1) e assim por diante. Sendo
assim, temos:
Simples, não é mesmo? Agora, para formar os números de 20 a 90, basta “contar os
dez”. Por exemplo, 20 é “dois dez” (2x10) e assim por diante:
E se quiser dizer, por exemplo, 21, basta pensar que este número nada mais é do que
(20 + 1). Assim, temos:
Para formar números de 100 a 999, basta “contar os cens”. Por exemplo, 200 nada
mais é do que “dois cens” (2 x 100), e assim por diante:
Para formar números de 1.000 a 9.999, basta contar os milhares. Por exemplo, 2.000
são “dois mil” (2 x 1.000):
Para os demais números, o conceito é o mesmo que vimos para o número 283. Por
exemplo, veja como fica o número 2.283:
No sistema ocidental, após chegar a 1.000, basta multiplicar 1.000 por 1.000 para
saber qual a próxima ordem. Assim, 1.000 (mil) → [1.000 x 1.000] = 1.000.000 (milhão)
→ [1.000.000 x 1.000] = 1.000.000.000 (um bilhão), etc. No sistema japonês, fazemos
este cálculo depois de ter passado para 10.000, ou seja, devemos multiplicar por
10.000 para saber qual a próxima ordem. Tendo isso em mente, observe a tabela
abaixo:
Para formar números maiores, basta seguir os conceitos que aprendemos até agora.
Veja os exemplos a seguir:
245.352.476 = におくよんせんごひゃくさんじゅうごまんにせんよんひゃくななじゅうろ
く(200.000.000 「におく」 + 45.350.000 「よんせんごひゃくさんじゅうごまん」 + 2.000
「にせん」 + 400 「よんひゃく」 + 70 「ななじゅう」 + 6 「ろく」 ). → [4.535 x 10.000
= 45.350.000]
Outras ordens existem, mas não são muito práticas e você não precisa memoriza-las.
Entretanto, vamos mostra-los na tabela abaixo:
Os números são sempre escritos em Kanji ou números arábicos, porque, como você
pode observar, com o Hiragana podem ficar bastante longos e difíceis de decifrar:
11 = 十一
33 = 三十三
NOTA: se você ainda tiver alguma dificuldade com os números japoneses, acesse este
conversor de números: http://www.sljfaq.org/cgi/numbers.cgi (em inglês).
A língua nativa japonesa possuía seus próprios números antes da influência dos
chineses, porém só tinha meios para a contagem até 99.999. Vejamos os números
nativos:
Seguindo a tabela acima, por exemplo, o numeral “30” é 「みそ」 (três dez), e para
formar os números de 11 a 19 se usava o sufixo 「 あ ま り 」 para expressar “[X]
passados de 10”. Por exemplo, “11” era 「 と お あ ま り ひ と 」 . Atualmente, esses
números nativos são raramente utilizados depois de 10. Entretanto, há exceções
como 20, usado para idade, e 1.000 e 10.000, utilizados em várias expressões.
25.4. CONTADORES
Em japonês, contar objetos é um pouco mais difícil, porque não podemos usar
somente o número e o objeto a ser contado, como fazemos em português (ex. dois
cachorros). É necessário usar os “contadores” [ 「じょすうし」 (助数詞)] e isso vale
para virtualmente todos os substantivos japoneses.
O que tornará ainda mais difícil é que os contadores variam de objeto para objeto,
então, você terá que memoriza-los. Isso por que no japonês antigo, ao se atribuir um
contador, basicamente se considerou a aparência externa dos objetos, e eles são
contados de acordo com uma ou outra característica.
Para melhor entendermos este modo de pensar dos japoneses, achamos que será
conveniente usarmos o conceito de substantivo incontável da língua inglesa. Os
falantes de inglês entendem que algumas coisas não podem ser contadas
diretamente. Os substantivos que se referem a estas coisas são chamados de
substantivos incontáveis (uncount nouns). Os substantivos incontáveis não são
usados com números. Por exemplo, “money”não se conta: one money, two moneys.
O que se conta é a moeda: one dollar, two dollars. No caso das comidas e líquidos, o
que se conta é o recipiente: a cup of coffee (um copo de café), a glass of water (um
copo de água), three loaves of bread (três fatias de pão), four bars of chocolate
(quatro barras de chocolate).
Alguns dos contadores mais comuns podem substituir os menos comuns. Por
exemplo, 「ひき」 é muitas vezes usado para os animais, independentemente de seu
tamanho. No entanto, muitos falantes irão preferir usar o contador correto 「とう」
quando estiverem falando de animais grandes, como cavalos. Isso gera uma série de
contadores possíveis, com diferentes graus de uso e aceitabilidade. Por exemplo,
quando alguém pede um kushikatsu, é possível que peçam dizendo 「ふたくし」 (二
串) – dois espetos –, 「にほん」 (二本) – dois palitos –, ou 「ふたつ」 (二つ) – dois itens.
Aqui apresentamos uma ordem decrescente de precisão.
Exemplo: 1926 (primeiro ano da era Shouwa) − 1 = 1925 ...e então 1925 + 23 = 1948 ...
ou Shouwa 23.
Fontes:
InfoEscola: http://www.infoescola.com/ingles/uncount-nouns-substantivos-incontaveis/
Wikipedia:
http://en.wikipedia.org/wiki/Japanese_numerals
http://pt.wikipedia.org/wiki/Numerais_japoneses
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 26: PARTÍCULAS IV
Nesta quarta lição sobre partículas vamos aprender vários meios para
expressar diferentes graus de quantidades. Por exemplo, frases como: "Eu comi
somente um", "Isso foi tudo o que restou" e "Há apenas pessoas de idade aqui"
indicam se há muito ou pouco de alguma coisa. A maioria dessas expressões é
criada com partículas e não com palavras separadas como você vê em
português.
Ainda tendo em mente que 「だけ」 se originou de um substantivo, quando uma das
principais partículas é aplicada também a uma palavra, ela deve figurar após 「だ
け」 , assim como aconteceria com qualquer outro substantivo. De fato, a ordem de
partículas múltiplas geralmente começa a partir do mais específico para o mais geral:
O mesmo vale para partículas duplas. Novamente, 「だけ」 deve figurar antes:
Entretanto, com partículas “menos importantes”, tais como 「から」 ou 「まで」 , é
difícil dizer qual deve figurar primeiro, portanto, se você ficar em dúvida, tente usar
o Google para verificar o nível de popularidade de cada combinação. Por exemplo, o
resultado que se obtém é que 「からだけ」 é quase duas vezes mais popular do que
「だけから」 :
coisa. Algo interessante com relação a esta partícula é que o verbo deve estar sempre
coisa. Algo interessante com relação a esta partícula é que o verbo deve estar sempre
na forma negativa.
これしかある。= Não há nada mais que isto (INCORRETA. Deveria ser usado 「だけ」
).
Convém mencionar que, devido ao fato de 「しか」 sempre exigir o verbo na forma
negativa, alguns preferem atribuir a ela o significado de “com exceção de [X]”, o que
deixaria claro o seu sentido, isto é, essa ausência de qualquer outra coisa. Sendo
assim, observe como ficariam as traduções dos exemplos anteriores:
A diferença entre usar 「だけ」 e 「ばかり」 neste padrão é que 「だけ」 é preferível
quando se precisa definir uma limitação de modo mais rígido. Observe:
Podemos anexar 「ばかり」 à forma passada dos verbos para indicar que uma ação
acabou de ser realizada:
algo é “novo” 「新しい」 . Em outras palavras, se você quiser dizer que “este guarda-
algo é “novo” 「新しい」 . Em outras palavras, se você quiser dizer que “este guarda-
chuva é novo”, o caminho mais natural é usar 「買ったばかり」 , enquanto usar 「新
しい」 soará mecânico, como algo memorizado a partir de um livro de gramática.
Também podemos usar 「ばかりに」 para indicar que uma única e simples causa
provoca uma situação negativa:
Podemos também combinar 「ばかり」 com a partícula 「か」 . É uma versão mais
forte de 「ばかりではなく」 :
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 27: VERBOS SUPLEMENTARES – INTRODUÇÃO
Nesta lição, daremos início ao estudo dos verbos suplementares. Será muito
importante você aprender tal conceito, haja vista que este tipo de construção é
muito comum na língua japonesa.
Existem verbos suplementares que são fixados à base Ren’youkei de outro verbo, e
outros que são anexados à forma TE. Para fins meramente didáticos, chamaremos os
verbos que são anexados à base Ren’youkei de “verbos para Ren’youkei” e os que
são anexados à forma TE, de “verbos para forma TE”. Observe o quadro abaixo com
um exemplo para cada possibilidade:
Infelizmente, as coisas não são tão simples assim. Há alguns verbos que podem
parecer estar fixados a verbos suplementares, mas na verdade se tratam de um
único verbo. É o caso, por exemplo, de 「 お も い だ す 」 ( 思 い 出 す ), que significa
“recordar” e não “começar a pensar”. Além disso, existem muitos verbos que podem
servir de suplementares e não seria possível abordar todas as combinações possíveis.
Portanto, este é um caso em que somente o tempo de estudo e a experiência no
idioma farão você aprendê-los. Contudo, vamos abordar ao longo das lições as
construções mais comuns.
Como as pessoas são geralmente muito preguiçosas para mexer suas línguas, o
「 い 」 muitas vezes é omitido no japonês casual. Entretanto, se você estiver
escrevendo um documento ou artigo, você deve sempre incluir o 「い」 . Veja como
ficará o diálogo anterior:
Temos uma boa noticia, pois é possível sim expressar “indo” e “vindo”, através de
uma, digamos, “gambiarra” gramatical ou ajuda do contexto. Por exemplo,
poderíamos usar algum elemento que tenha um significado de “em progresso de” ou
coisas do tipo e que funcione (sintaticamente) como um substantivo. Assim seria
possível modifica-lo com os verbos 「 行 く 」 e 「 来 る 」 . Um desses elementos
possíveis é 「とちゅう」(途中), que significa “em meio a”, “no caminho de”, “metade
do caminho” e é classificado como substantivo:
友達は来る途中。= (Meu) amigo está vindo (Lit. Falando de (meu) amigo, é metade do
caminho (do ato) de vir).
Outra possibilidade seria usar algum advérbio que pudesse dar a possibilidade de a
oração ser entendida – pelo contexto - como uma ação em progresso, como 「いま」:
友 達 は い ま 来 る 。 = (Meu) amigo está vindo (Lit. Falando de meu amigo, (ele) vem
agora).
que 「てある」 é que deu origem ao verbo auxiliar de passado 「た」 , então estará
que 「てある」 é que deu origem ao verbo auxiliar de passado 「た」 , então estará
sempre relacionado a uma ação passada. Em outras palavras, alguém fez uma ação
(passado) e como consequência dessa ação, há um estado resultante (presente).
Para fixar ainda mais este conceito, vamos rever um dos trechos da lição 14 a
respeito do verbo auxiliar 「つ」 que deu origem à partícula 「て」 :
食べてある。= Existe a (ação de) comer (que foi realizada e está concluída)
= estado estático resultante.”
Note que citamos “alguém fez uma ação”, porque esta construção somente é válida
para verbos transitivos, pois estes, como vimos, têm um sentido de que há um
agente que exerceu uma ação sobre algo.
Geralmente, essa expressão é usada para explicar que algo está em um estado de
conclusão. A ação que foi concluída também carrega uma nuance de estar concluída
em preparação para outra coisa. Observe o diálogo:
Perceba que o que Miyako diz é o estado atual dos preparativos, resultante da ação
de prepará-los no passado. Não poderíamos traduzir “Já fiz os preparativos” (embora
faça sentido dado o contexto), porque 「てある」 destaca o estado atual e não a ação
anterior que resultou nele.
Para verbos transitivos usamos 「てある」 para indicar um estado resultante. Mas, e
se quiséssemos expressar o mesmo usando verbos intransitivos? Bem, nestes casos
podemos usar 「ている」 . Compare:
窓が開けてある。 = A janela está aberta. (por que alguém (ou algo) a abriu)
E como diferenciar? Como sempre, o contexto será nosso maior aliado, juntamente
com conhecimento gramatical. Por exemplo, se você se deparar com 「開けてある」,
deve considerar um estado resultante, já que 「 開 け る 」 é um verbo transitivo.
Agora, se você se deparar com 「開いている」, já que 「開く」 é intransitivo, 「開いて
い る 」 pode tanto significar um estado resultante, como um estado duradouro,
progressivo dependendo do contexto. E mais: 「開けている」 pode somente significar
um estado duradouro. Afinal, ele é transitivo e um estado resultante para esse tipo de
verbo só pode ser indicado com 「てある」.
verbo só pode ser indicado com 「てある」.
Já sabemos que tanto verbos transitivos como os intransitivos podem ser combinados
com 「ている」. Como vimos no quadro do tópico anterior, com verbos transitivos,
「 て い る 」 expressa uma ação em progresso. Já com os intransitivos, pode haver
ambiguidade, pois pode indicar tanto um estado resultante como também um sentido
de ação em progresso.
Neste tópico, vamos abordar uma questão importante e polêmica que costuma gerar
confusão entre os estudantes. Segundo este artigo de Taeko Tomioka, há um grupo de
verbos (em sua maioria intransitivos) que podemos chamar de “verbos pontuais”
[「しゅんかんどうし」(瞬間動詞)], cuja principal característica é não ter duração, isto
é, um verbo pontual ocorre em um único instante, fato que representa uma
transição de um estado antigo para um novo estado resultante. Para melhor ilustrar,
observe a figura abaixo:
Você pode pensar: “Ok, mas isso não exclui a possibilidade de, por exemplo, a luz se
acender vagarosamente por estar com defeito. Se alguém visse essa cena, diria “A
luz está se acendendo”. E aí?”
Neste caso, para expressar o fato de “estar se acendendo”, poderíamos agir da mesma
forma que fazemos com os verbos 「行く」 e 「来る」, ou seja, uma opção seria usar
algum elemento que tenha um significado de “em progresso de” ou coisas do tipo e
que funcione (sintaticamente) como um substantivo para que ele seja modificado
que funcione (sintaticamente) como um substantivo para que ele seja modificado
por este verbo:
Outra possibilidade seria usar algum advérbio que pudesse dar a possibilidade de a
oração ser entendida – pelo contexto - como uma ação em progresso, como 「いま」:
電気がいま点く。= A luz está se acendendo agora (Lit. A luz é o que se acende agora).
Note que, mesmo em português, seria possível entender uma ação em progresso sem
usar o gerúndio. A última oração é um exemplo disso.
Você também pode usar os verbos de movimento "ir" 「行く」 e "vir" 「来る」 como
suplementares para a forma TE, para mostrar que uma ação é orientada em direção
ou originada de algum lugar. O exemplo mais comum e útil desta utilização é o
verbo 「 も つ 」 ( 持 つ ) (ter posse de). Enquanto 「 持 っ て い る 」 significa estar em
estado de ter algo , quando 「いる」 é substituído por 「いく」 ou 「くる」 , isso
significa que você está levando ou trazendo alguma coisa. Naturalmente, a
conjugação é a mesma que os verbos indepemdentes 「行く」 e 「来る」 . Observe os
exemplos:
Para os exemplos acima, pode fazer mais sentido considera-los como uma sequência
de ações: “ter em posse e ir”, ou “ter em posse e vir”. Aqui estão mais alguns
exemplos:
Os verbos de movimento também podem ser usados para expressões de tempo, isto é,
para avançar ou vir até o presente. Neste caso, dá um sentido de “vir fazendo algo” e
de “estará fazendo algo”:
一生懸命、頑張っていく!= (Eu) Vou tentar o meu melhor (para o futuro) com todas as
minhas forças!
一生懸命、頑張ってく!= (Eu) Vou tentar o meu melhor (para o futuro) com todas as
minhas forças!
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 28: OS VERBOS “DAR” E “RECEBER”
Por alguma razão, o uso correto dos verbos “receber” e “dar” em japonês têm
assombrado os estudantes da língua japonesa e encarado como algo
tremendamente complexo. Daí a razão para dedicar uma lição inteira a eles.
Algo interessante sobre a cultura japonesa é que os japoneses adoram dar presentes.
Existem muitos costumes diferentes que envolvem dar e receber presentes (お歳暮、
お中元、etc.), e quando um japonês viaja você pode ter certeza que ele retornará com
lembranças para levar como presente. Mesmo quando estiver assistindo a
casamentos ou funerais, é esperado que as pessoas deem certa quantidade de
dinheiro como um presente para ajudar a financiar a cerimônia. Você pode ver por
que aprender corretamente a expressar os atos de “dar” e “receber” favores e itens é
uma habilidade muito importante e útil.
「あげる」 é a verbo japonês que expressa "dar" visto a partir do ponto de vista de
quem fala. Você deve usar este verbo quando VOCÊ estiver dando algo ou fazendo
algo para alguém. Observe os exemplos:
Para expressar a concessão de um favor (verbo) seu, você deve usar sempre 「あげ
る」 como verbo suplementar para a forma TE:
Para ações de terceiros, esse verbo é usado quando o falante está olhando para o ato
a partir do ponto de vista de quem dá. Vamos ver o significado disso quando
examinamos o verbo 「くれる」 no próximo tópico. Observe:
O verbo 「 や る 」 , que usualmente significa “fazer” pode ser usado com o mesmo
sentido de 「あげる」 normalmente quando se fala de animais de estimação, animais
em geral, etc. Nunca use 「 や る 」 nesse sentido para as pessoas. Incluímos esta
forma para que você não seja confundido com frases como a seguinte:
Aqui, 「やる」 não significa “fazer”, mas “dar”. Você pode dizer “fazer comida para
cão”, mas não fará nenhum sentido.
ひろしが教えてあげる? = Hiroshi, será você aquele que dará o favor de ensinar à...
(qualquer outro, que não seja o falante)?
Como é 「くれる」 que deve ser sempre usado em todo ato feito ao falante, sabemos
que Hiroshi deve estar fazendo isso à outra pessoa. O falante também está olhando
para a ação do ponto de vista de Hiroshi como fazendo um favor para outra pessoa.
Observe a próxima oração:
ひろしが教えてくれる? = Hiroshi, será você aquele que dará o favor de ensinar à...
(qualquer outro, incluindo o falante)?
Uma vez que quem está dando algo não é o falante, Hiroshi pode estar doando para o
falante ou qualquer outra pessoa. O falante está vendo a partir do ponto de vista de
receber um favor feito por Hiroshi. Vamos ver alguns erros para você tomar cuidado:
A oração acima está incorreta, porque 「あげる」 está sendo usado para um ato de
doar ao falante. A versão correta seria:
A oração acima está incorreta, porque 「くれる」 está sendo usado para um ato de
doar do falante. A versão correta seria:
私が全部食べてあげた。= Eu dei o favor de comer tudo.
私が全部食べてあげた。= Eu dei o favor de comer tudo.
Podemos também usar o verbo 「もらう」 como suplementar para a forma TE, a fim
de indicar que alguém recebeu um favor (verbo) de alguém. Veja os exemplos:
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
LIÇÃO 29: FALANDO DE FORMA POLIDA
Nós aprendemos o fundamento básico da língua japonesa. Agora que temos um
conhecimento geral de como o idioma funciona podemos estender o
aprendizado, abordando uma gramática específica para várias situações. Nesta
lição veremos como dizer as coisas numa forma mais polida.
Há uma linha clara e distinta entre a língua casual e a polida. Por um lado, as regras
claramente nos mostram como estruturar suas frases para diferentes contextos
sociais. Por outro lado, cada frase que você fala deve ser conjugada com o nível
adequado de polidez.
Com base no que explanamos, a língua japonesa pode ser dividida em quatro níveis
quanto à polidez:
Nos próximos tópicos desta lição, vamos abordar a versão polida do japonês [ 「てい
ねいご」 (丁寧語)], que é necessária para falar com pessoas de maior posição social ou
com pessoas que você não conhece. Mais adiante, vamos aprender uma versão ainda
mais polida, isto é, as formas honorífica e modesta (ou humilde). Estas serão mais
úteis do que você pode imaginar, porque pessoas como balconistas de lojas ou
recepcionistas irão falar com você usando estas formas. Por hora, vamos nos
recepcionistas irão falar com você usando estas formas. Por hora, vamos nos
concentrar somente na forma polida, que é base para as demais formas que veremos
em outras lições.
Felizmente, não é difícil de mudar do discurso casual para o discurso polido. Pode
haver algumas pequenas mudanças no vocabulário (por exemplo, "sim" e "não"
tornam-se 「 は い 」 e 「 い い え 」 , respectivamente no discurso polido), e
terminações de frases muito coloquiais não são usadas. Portanto, essencialmente, a
diferença principal entre o discurso polido e o casual está no final da frase. Você
não pode sequer dizer se uma pessoa está falando em discurso polido ou casual até
que a sentença seja concluída.
Um verbo em sua forma polida deve sempre estar no fim da oração e nunca dentro
de uma oração subordinada adjetiva, como segue abaixo:
Quanto à origem de 「ます」 há duas teorias: a primeira diz que ele deriva do verbo
auxiliar 「 ま い ら す 」 , existente no japonês antigo, cujo significado seria
“humildemente fazer algo a alguém superior” e, portanto, foi usado por muito tempo
como sufixo para transformar verbos em verbos modestos. Era um uso idiomático
como sufixo para transformar verbos em verbos modestos. Era um uso idiomático
que se originou da forma causativa clássica (lição 33) do verbo 「まいる」 (参る). No
decorrer do tempo, sua forma evoluiu para 「まらする」 → 「まっする」 → 「ます
る 」 → 「 ま す 」 , passando a ser utilizado para transformar verbos em verbos
polidos. Já a segunda afirma que 「ます」 se trata do mesmo verbo clássico 「ます」
, que tinha o mesmo sentido de 「ある」 .
Para obter as formas negativa, passada e negativa passada de 「ます」 , basta aplicar
os conceitos já ensinados em lições passadas, com algumas particularidades. Observe
o quadro:
Como podemos ver, a forma negativa é obtida através da junção da base Mizenkei e
「ん」 , forma abreviada do auxiliar clássico de negação 「ぬ」 . Podemos também
utilizar 「 ぬ 」 , como em 「 食 べ ま せ ぬ 」 , ainda que seja arcaico. Um fato
interessante é que não é possível usar 「ない」 , como em 「食べませない」 . Já para
negativa passada, ela é formada pela forma negativa de 「ます」 e a forma passada
de 「です」 (でし + 「た」 ). Veja alguns exemplos:
conjugações mais formais para obras escritas usando a forma polida, você raramente
conjugações mais formais para obras escritas usando a forma polida, você raramente
vai ouvi-la no discurso real. Portanto, recomendamos estudar e se familiarizar com
os dois tipos de conjugações. Vejamos no quadro abaixo as conjugações mais
formais:
Muitas pessoas que tiveram aulas de japonês provavelmente foram ensinadas que
「です」 é a versão polida de 「だ」. De fato, podemos supor isso se considerarmos a
etimologia, pois o primeiro origina-se de 「であります」, forma polida de 「である」,
de onde veio 「だ」. No entanto, isso não é verdade!
Vamos apontar algumas diferenças chaves e as razões por que eles são de fato coisas
completamente diferentes, no sentido que não podemos usá-los de “forma vice-
versa” em todos os casos. Vejamos:
Como faríamos para reescrever a oração acima de uma forma não-polida? Bastaria
usar a forma casual de 「食べます」 , que é 「食べる」 . Assim, temos:
Outro ponto importante que vale relembrar é que você não pode anexar o
declarativo 「 だ 」 aos Keiyoushi na forma não passada (e isso vale para a forma
negativa não passada):
Já isso não ocorre com 「です」, que tem a função de adicionar polidez apenas:
são!).
são!).
“Uma pergunta retórica é uma pergunta que nem sempre exige uma resposta. Muitas
vezes, a pessoa que faz a pergunta retórica, pretende simplesmente enfatizar
alguma ideia ou ponto de vista.
Por exemplo: "Você acha que eu nasci ontem?" Neste caso, a pessoa que ouve a
pergunta já sabe a resposta, no entanto, a pergunta é feita apenas para causar um
impacto. No exemplo anterior, a pessoa que pergunta pretende informar o ouvinte
que ela não é burra ou ingênua, e que não pode ser enganada facilmente.”
こんなのを本当に食べるか? = (Você acha que) ela realmente vai comer uma coisa
como esta?
Outro uso de 「か」 é simplesmente gramatical e não tem nada a ver com polidez.
Um marcador de questão ligado à extremidade de uma oração subordinada formula
uma mini-questão dentro de uma sentença maior. Isso permite que o falante fale
sobre a questão. Para clarificar, considere o mini diálogo abaixo em português:
No diálogo Hiroshi expressa que não sabe a resposta para a pergunta de Akira. Como
o contexto está claro, ele dá uma resposta curta com um simples “não sei”. É evidente
que o que ele não sabe é “o que Makoto disse” e, por isso, ele poderia responder de
forma mais longa “O que Makoto disse, eu não sei” ou ainda, na ordem direta, “Eu
não sei o que Makoto disse.” Seja como for, note que na forma longa, uma oração
subordinada semelhante à pergunta é construída para se tornar o “assunto” da
resposta e é usada como o objeto do verbo principal da oração, "saber". Assim,
temos:
Fontes:
Significados: http://www.significados.com.br/retorica/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 30: FALANDO DE FORMA HONORÍFICA OU MODESTA
Na lição passada aprendemos o discurso polido, usando 「です」 e 「ます」 .
Agora vamos abordar o próximo nível respeitoso usando as formas honorífica e
humilde. Muitas vezes você vai ouvir este tipo de linguagem em situações do
tipo cliente / consumidor, como atendentes de fast food, restaurantes, etc.
Por enquanto, a primeira coisa a lembrar sobre essas duas formas é que o falante
sempre se considerará estar no nível mais baixo com relação a quem o escuta
ou se refere. Assim, todas as ações executadas pelo falante serão na forma humilde
(colocando-se abaixo de quem o escuta / terceiro), enquanto as ações realizadas por
alguém, vistas do ponto de vista do falante, serão na forma honorífica (colocando
quem escuta / terceiro acima). Para memorizar este princípio observe a figura
abaixo:
O súdito sempre se dirige ao rei com humildade, ao mesmo tempo em que o venera,
exalta (honra = honorífico). Com base nesta figura, você pode fixar este importante
princípio das formas honorífica / humilde: sempre seremos “súdito” ao passo que
terceiros, o “rei”.
A parte difícil de aprender esses dois tipos de linguagem é que muitas vezes são
utilizados verbos diferentes e palavras específicas para as formas honorífica e
humilde. Qualquer coisa que não tenha a sua própria expressão, será regido pelas
humilde. Qualquer coisa que não tenha a sua própria expressão, será regido pelas
regras gerais de conjugações que abordaremos a seguir.
Primeiramente, vejamos os verbos que mudam sua forma nesse tipo de linguagem.
Para fins meramente didáticos, as chamaremos de “forma especial”:
Veja que, em vez da terminação 「る」 se tornar 「り」 e 「れ」 , respectivamente
como esperado se seguirmos o padrão Go-dan, ele se torna simplesmente 「 い 」 .
Assim, se quisermos anexar 「ます」 teremos:
NOTA: ficou curioso em saber qual a origem dos verbos 「なさる」 、 「いらっしゃ
る」 、 「おっしゃる」 、 「下さる」 、 e 「ござる」 ? Nós vamos estudar isso na
lição 33.
Agora, os exemplos a seguir se referem a ações feitas pelo falante e, por isso, usam a
forma humilde:
Além deste conjunto de expressões, existem também algumas palavras que têm
homólogos mais polidos. Provavelmente, o mais importante seja a versão mais polida
de 「 あ る 」 , que é 「 ご ざ る 」 . Este verbo pode ser usado tanto para objetos
inanimados e animados. Não é nem uma forma honorífica ou humilde, mas é um
passo acima de 「ある」 no quesito polidez. Porém, se você não quiser soar como
um samurai, 「ござる」 é sempre usado na forma polida 「ございます」 :
trata de Wasei Kango sem que lhe digam. No entanto, uma ótima dica é que a maioria
trata de Wasei Kango sem que lhe digam. No entanto, uma ótima dica é que a maioria
destas palavras se relaciona com coisas da era moderna. Outra maneira de descobrir
é se um Kango tem um equivalente nativo. Se não, então é muito provável que seja
Wasei Kango e leve 「お」 .
NOTA: algumas das palavras têm também suas versões casuais. Mas, quando se trata
de decidir qual variante de uma palavra você deve usar ao se falar respeitosamente,
deve escolher essas palavras.
Para tratar pessoas de forma formal, existem os títulos e sufixos abordados na lição
11.
Para todos os outros verbos, sem forma especial, existem regras de conjugação para
Para todos os outros verbos, sem forma especial, existem regras de conjugação para
mudá-los para formas honorífica e humilde. Ambos envolvem uma prática comum
de fixar o prefixo honorífico 「御」 .
I. お + Base Ren’youkei + に + なる: esta construção faz sentido se você pensar nela
como uma pessoa se tornando o estado honorífico de um verbo. Observe o exemplo:
Estas regras não se aplicam aos verbos 「する」 . Para eles, basta substituir 「する」
por 「なさる」 = 勉強する → 勉強なさる.
Você também pode usar 「下さい」 com um verbo honorífico, substituindo 「にな
る」 por 「ください」 . Isso é útil quando você quer pedir que alguém faça algo,
ainda usando um verbo honorífico:
Assim, temos:
Assim, temos:
Esta regra não se aplica aos verbos 「する」 . Para eles, basta substituir 「 す る 」
por 「いたす」 = 勉強する → 勉強いたす.
Colocamos o (?), pois nestes casos devemos considerar também que quando os
Keiyoushi são combinados com verbos clássicos como 「ござる」 e 「いでる」, deve-
se fazer a mudança eufônica para U na forma adverbial, algo comum no Japonês
Clássico:
Essas formas eufônicas o fazem lembrar de algo? Sim, do fenômeno Tenko. Vejamos
duas de suas condições:
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
LIÇÃO 31: VERBOS AUXILIARES – 「れる」 E 「られる」
Nesta lição, abordaremos os verbos auxiliares 「 れ る 」 e 「 ら れ る 」 , que
possuem várias funções importantes. Vamos a eles.
Como vimos na lição 12, os verbos auxiliares 「じょどうし」 (助動詞) são verbos que
não funcionam como verbos independentes e que são geralmente chamados
simplesmente de terminações verbais ou formas conjugadas. Nesta lição,
abordaremos os verbos auxiliares 「 れ る 」 e 「 ら れ る 」 . Tradicionalmente se
ensina que eles são anexados à base Mizenkei dos verbos regulares, sendo que 「れ
る」 é usado quando a última sílaba da base Mizenkei do verbo em questão não
terminar com um fonema da coluna do A. Caso contrário, 「 ら れ る 」 deve ser
utilizado:
Com relação aos verbos irregulares 「来る」 e 「する」 , como as bases Mizenkei são
「こ」 e 「せ」 respectivamente, devemos anexar 「られる」 :
Como mencionamos na lição 12, a maioria dos verbos que eram Shimo-Nidan no
Japonês Clássico sofreu a alteração [Base Ren’youkei] + 「る」 , fato que deu origem
às formas atuais. Com relação ao verbo 「する」 espera-se que quando anexado a
「られる」 , sua forma seja 「せられる」 , entretanto, é 「される」 . Isso por que a
forma 「される」 originou-se da forma clássica 「せらる」 , na qual os fonemas
「せ」 e 「ら」 eram contraídos para 「さ」 , ficando 「 さ る 」 . No japonês
moderno 「 ら る 」 deu lugar a 「 ら れ る 」 , e a regra de contração continua a
mesma, isto é, o que seria 「せられる」 torna-se simplesmente 「される」 .
Agora que sabemos a origem de 「れる」 e 「られる」 , vamos conhecer suas bases.
Ambos são conjugados no padrão Shimo-Ichidan:
Quanto à utilização de ambos os verbos, eles são muito úteis, podendo ser usados
para quatro formas:
Potencial;
Passiva;
Honorífica;
Espontânea.
Percebeu que para os verbos Go-dan, como todas as bases Mizenkei terminam na
coluna do A, devemos anexar 「れる」 ? Observe:
Já que citamos a forma potencial curta para os verbos Go-dan, é oportuno mencionar
que existe a forma curta para os verbos do padrão Ichidan, que vem sendo usada
pelos jovens. Para tanto, basta retirar o fonema 「ら」 de 「られる」 :
Com o acréscimo dos verbos 「れる」 , 「られる」 ou 「える」 para construir a
forma potencial, a composição torna-se um verbo intransitivo. Isso nos levaria a
imaginar que não seja possível usar a partícula 「 を 」 , mas esse não é o caso.
Embora o uso de 「を」 não seja o padrão, tal prática vem se tornando aceitável na
língua moderna. Há discussão com relação a diferença entre os dois usos, mas no
geral, com o uso da partícula 「が」 se enfatiza o objeto do verbo, enquanto que com
a partícula 「を」 se destaca a ação inteira. Observe:
Vamos nos atentar agora ao verbo 「 あ る 」 . Você pode dizer que algo tem a
possibilidade de existir, combinando 「ある」 e 「 得 る 」 (sem contraí-los) para
produzir 「 あ り 得 る 」 . Esta composição verbal pode ser lida tanto 「 あ り う る 」
como 「ありえる」 no infinitivo. Em outras formas como 「ありえない」 、 「あり
えた」 、e 「ありえなかった」 , deve-se considerar a pronúncia com 「え」 :
Há ainda a possibilidade de se nominalizar uma oração e dizer que tal ato ou fato é
possível, usando 「できる」 :
Algo interessante a se mencionar é que a partícula dupla 「にも」 por vezes funciona
de forma similar a 「 で も 」 , porém, somente com o verbo principal na forma
negativa, conforme podemos constatar no Jisho.org:
泳ぐにも泳げない。= (Eu) não sou capaz de nadar mesmo que tente (Lit. Mesmo se
nadar, não conseguirei nadar).
Você já deve ter ouvido falar sobre “voz passiva”, mas vamos relembrar: na língua
portuguesa há duas vozes verbais principais: a voz ativa e voz passiva. A diferença
portuguesa há duas vozes verbais principais: a voz ativa e voz passiva. A diferença
principal é que na voz passiva, o sujeito é o paciente da ação verbal em vez de agente.
Observe o exemplo em português:
Na segunda oração, observe como o sujeito da voz passiva tem o mesmo papel em
relação ao verbo principal que o objeto da voz ativa, ou seja, “o sushi” é o objeto na
voz ativa e passa a ser o sujeito na voz passiva e “Makoto”, o agente da passiva.
Agora, indo para a língua japonesa, a voz passiva é formada pela anexação de 「 れ
る 」 e 「 ら れ る 」 , e os conceitos expostos nos ajudarão a entender seu
funcionamento, já que funciona praticamente da mesma forma que o português,
exceto pelo fato de existirem dois tipos de voz passiva: a passiva simples e a passiva
adversativa:
II. Passiva adversativa: este tipo de passiva não existe em português e de início pode
ser de difícil compreensão. Neste tipo de passiva, o sujeito não é objeto e nem agente,
mas é afetado indiretamente pela ação. Em japonês, esse tipo de passiva traz uma
conotação negativa, indicando que a pessoa foi prejudicada de alguma forma pela
ação. Observe os exemplos:
Note que o verbo não afeta diretamente o sujeito, ou seja, a irmã não comeu a pessoa,
e sim o bolo. A passiva adversativa dá o sentido que a pessoa considera determinado
ato uma adversidade, ou seja, algo que a prejudica. Observe o próximo exemplo:
A tradução direta para o português não faz muito sentido. A frase poderia ser escrita
na voz ativa em japonês, mas na voz passiva ela traz o sentido que essa chuva foi um
incômodo de alguma forma, uma adversidade.
31.4. A FORMA HONORÍFICA
31.4. A FORMA HONORÍFICA
Os verbos auxiliares 「れる」 e 「られる」 podem ser usados para tornar os verbos
ainda mais polidos do que quando usamos 「 ま す 」 . Em japonês, uma oração é
geralmente mais educada quando é menos direta. Por exemplo, é mais educado se
referir a alguém pelo seu nome e não pelo pronome direto "você". Também é mais
educado fazer uma pergunta na negativa do que na positiva (por exemplo, 「します
か?」 vs. 「しませんか?」 ). Partindo deste princípio, usar a forma passiva torna a
sentença menos direta, porque o sujeito não executa diretamente a ação. Isso fará
você soar mais polido.
No geral, será entendido a partir do contexto da frase quando essa forma deve ser
interpretada como sendo a forma passiva e quando deve ser considerado como a
forma respeitosa. Observe que, no exemplo seguinte, o verbo deve ser entendido
como honorífico e não passiva:
Este uso está bem estabelecido, sendo comum na língua moderna, tanto na formal
como na coloquial.
A oração acima exprime que dada determinada condição (nestes dias) o sentir a
atmosfera do inverno é algo que acontece naturalmente ao sujeito.
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Imabi: http://www.imabijapaneselearningcenter.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 32: FAVORES E SOLICITAÇÕES
Nesta lição, vamos aplicar o que aprendemos anteriormente para pedir favores,
dar ordens, etc.
Antes de tudo, como você deve se lembrar, a base Meireikei (命令形) [de 「 め い れ
い」 = “ordem” e 「 け い 」 = “forma/tipo”] é a forma de comando. Por isso vamos
rever como ela é formada:
Você pode pedir favores usando os verbos suplementares para forma TE 「くれる」
e 「もらう」 , quando não houver necessidade de polidez. Como os favores são feitos
ao falante, você não poderá usar 「あげる」 nesta situação. Observe os exemplos:
Você pode usar a negativa para fazer o pedido um pouco mais suave. Você vai ver
que isso é verdade em muitos outros tipos de gramática:
É natural imaginar que, para pedir que alguém não faça algo, devemos usar a forma
TE na forma negativa, isto é, 「~なくて」 , mas esse não é o caso. Para tanto, deve-se
usar sua forma contraída 「~ないで」 :
Como você pode ver 「ください」 é utilizado para se fazer um pedido direto por
algo, enquanto que 「くれる」 é usado como uma questão pedindo para que alguém
dê algo. No entanto, 「 く だ さ い 」 é similar a 「 く れ る 」 no sentido que você
também pode usa-lo como verbo suplementar para a forma TE, a fim de solicitar que
uma ação seja feita:
É possível se construir uma versão abreviada e menos formal. Para isso, basta usar a
Base Meireikei, que, como vimos, nestes verbos também sofre uma mudança
eufônica para i:
Você provavelmente vai ouvir isso um milhão de vezes a cada vez que entrar em
algum tipo de loja no Japão. No entanto, um chef de sushi de meia-idade,
provavelmente vai usar a versão abreviada:
Podemos retirar 「さい」 de 「なさい」 para produzir uma versão casual desta
gramática:
Este 「 な 」 não deve ser confundido com forma negativa de comando 「 な 」 , que
vimos no tópico 32.1. A diferença mais óbvia (além da clara diferença no tom) é que
「なさい」 é anexado à base Ren’youkei do verbo, enquanto a forma negativa de
comando é anexada à forma infinitiva. Por exemplo, para 「する」 , 「しな」 é a
versão abreviada de 「し なさい」 , enquanto 「する な」 é um comando negativo.
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Tim Sensei’s Corner: http://ww8.tiki.ne.jp/~tmath/home/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 33: VERBOS AUXILIARES II – 「せる」 E 「させる」
Nesta lição veremos mais dois verbos auxiliares: 「せる」 e 「させる」
Com relação aos verbos irregulares 「来る」 e 「する」 , como as bases Mizenkei são
「こ」 e 「せ」 respectivamente, devemos anexar 「させる」 :
Agora que sabemos a origem de 「せる」 e 「させる」 , vamos conhecer suas bases.
Ambos são conjugados no padrão Shimo-Ichidan:
Quanto às partículas que devem ser usadas, com verbos intransitivos, a pessoa
induzida ou obrigada a fazer a ação é indicada com a partícula 「を」 :
Note que há dois objetos diretos: o do verbo “fazer” (a pessoa) e do verbo “ver”
(cachorro). Perceba então, que um verbo transitivo em si, que por natureza pode ter
um objeto direto, passa a ter outro quando transfomado na forma causativa:
人を犬を見させる。
Ora, já que na língua japonesa a ordem dos elementos é bem flexível, você concorda
que em construções como esta haveria uma grande ambiguidade? A oração acima
deve ser interpretada como “Fazer a pessoa ver o cachorro” ou “Fazer o cachorro ver
a pessoa”?
Por isso, cremos que a adoção de 「に」 para marcar a pessoa induzida, no caso dos
verbos transitivos em si, é meramente por conveniência para que não haja esse tipo
de ambiguidade, o que não acontece com os verbos intransitivos, pois eles não
necessitam em si de um objeto direto.
Como você deve ter notado nos primeiros exemplos, podemos omitir aquele que é
Como você deve ter notado nos primeiros exemplos, podemos omitir aquele que é
induzido a fazer algo:
Há uma versão abreviada da forma causativa que geralmente não é abordada pelos
livros didáticos. Na verdade se trata em usar os auxiliares clássicos 「 す 」 e 「 さ
す」 no lugar de 「せる」 e 「させる」 . No entanto, tal construção passou a ser
considerada muito informal, e você está livre para ignora-la até que tenha tido tempo
para se acostumar com a forma regular. Além disso, obviamente, 「す」 e 「さす」
foram encaixados no padrão Godan de conjugação no japonês moderno:
Note que, embora a forma final seja longa, sua formação não é nenhum segredo se
você tem acompanhado as lições. Vejamos alguns exemplos:
親に毎日宿題をさせられる。= Eu sou feito pelos meus pais a fazer a lição de casa todos
os dias.
O segundo exemplo está incorreto, pois no japonês moderno 「さす」 não pode ser
usado para a forma causativo-passiva.
No Japonês Clássico, uma das funções de 「す」 e 「さす」 era intensificar o sentido
honorífico de um verbo dentro de uma oração em que havia outras palavras
formais. Perceba que neste uso eram diferentes de 「る」 e 「らる」 , que podiam
expressar a forma honorífica de fato. Tal uso começou no Período Heian (794-1185),
mas isso não é mais válido no japonês moderno.
Na lição 30, quando estudamos as formas honorífica e modesta (ou humilde), vimos
que alguns verbos possuem formas especiais. Para algumas dessas formas, pudemos
dar uma explicação quanto a sua origem na própria lição. Para outras, como não
tínhamos conhecimento gramatical suficiente até então, preferimos deixar para mais
adiante. Bem, chegou a hora! Vamos ver qual a origem dessas tais formas.
Lembre-se que, como vimos na lição 31, uma das funções de 「らる」 e 「られる」 e
tornar um verbo honorífico e, logicamente, suas formas clássicas – 「 る 」 e 「 ら
る」 – também tinham esta função. Então, o que temos aqui, na maioria das formas
verbais, é apenas a “honorificação” de alguns verbos clássicos.
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
LIÇÃO 34: PARTÍCULAS V – FINAL DE SENTENÇA
Nesta quinta lição sobre as partículas, vamos abordar as que são usadas para
terminar uma sentença, recurso muito comum nas conversas diárias e animês e
mangás.
Na língua japonesa, há muitas partículas que são adicionadas ao fim de uma frase.
Normalmente as partículas de final de sentença são separadas em dois grupos:
Como você pode ver, mais do que ter um significado propriamente dito, elas agregam
algum sentido à oração. Além disso, algumas partículas também distinguem o
discurso masculino do feminino. Outro ponto importante é que algumas delas podem
ser combinadas.
Por questão de praticidade, não vamos usar estas nomenclaturas e vamos nos referir
a estas partículas apenas como sendo “partículas de final de sentença”, fazendo uma
abordagem das mais comuns e das menos comuns, mas que podem ser vistas em
dado momento.
MAKOTO: うん。 = Sim.
E o diálogo vai continuando assim e às vezes a outra pessoa pode interromper para
dizer algo relacionado ao tema.
Você pode usar 「な」 no lugar de 「ね」 quando achar que 「ね」 soará muito
suave e reservado para algo que você dizer ou para o público a quem você está
falando. O som áspero de 「な」 geralmente se aplica ao sexo masculino, mas não é
necessariamente restrito aos homens:
O substantivo genérico para objetos 「 も の 」 pode ser usado como uma forma
casual e feminina de enfatizar alguma coisa. Este uso é idêntico à ênfase feminina
explicativa expressa pela partícula 「 の 」 . Assim como o 「 の 」 explicativo, o
Vamos nos atentar agora para 「ことか」, que é considerada uma expressão oriunda
da junção do substantivo 「 こ と 」 com a partícula 「 か 」 , sendo usada mais
comumente na língua escrita. Entretanto, como ela geralmente aparece no final de
sentenças, vamos classificá-la como partícula de final de sentença.
A função de 「ことか」 é indicar forte emoção, como que uma exclamação. Vejamos:
Por fim, vamos observar 「とか」, encontrada principalmente em livros, que é usada
quando se indica uma informação que você ouviu ou leu. É importante ressaltar que
quando se indica uma informação que você ouviu ou leu. É importante ressaltar que
ela não é considerada uma partícula de final de sentença, mas como geralmente
ela é usano no final, resolvemos abordá-la aqui:
As próximas partículas são usadas principalmente para enfatizar algo, apenas e não
possuem um significado propriamente dito. No entanto, elas podem fazer aquilo que
está sendo dito soar muito mais forte e/ou muito específico quanto ao gênero. A
partícula 「わ」 é como 「よ」 , exceto que vai fazer você parecer muito feminino
(este é um som diferente do 「わ」 usado no dialeto Kansai). 「かしら」 também é
uma versão muito feminina de 「 か な 」 , que acabamos de abordar. 「 ぞ 」 e
「ぜ」 são idênticos a 「よ」 , exceto que faz você parecer viril, ou, pelo menos,
essa é a intenção. Estes exemplos podem não ser muito úteis, sem que você os ouça
realmente:
Uma partícula que pode ser vista, ainda que raramente, na escrita ou eventualmente
no JLPT 1 é 「もがな」. Ela é uma sobrevivente do Japonês Clássico e é usada para
indicar desejo ou esperança a respeito de algo geralmente difícil de acontecer:
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
StackExchange – Japanese:
http://japanese.stackexchange.com/questions/14398/%E5%A4%8F%E7%9B%AE%E6%BC%B1%E7%9F%B3
-s-use-of-question-marker-%E3%81%8B%E3%81%84-for-an-open-instead-of-closed-ie-yes-no-quest
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 35: COMPONDO SENTENÇAS I
Esperamos que o seu japonês esteja melhorando progressivamente a cada dia.
Dado o caminho que percorremos até aqui, chegou a hora de nos focarmos na
construção de sentenças ainda mais complexas.
Antes de começar a compor orações mais complexas, é importante que você saiba
como a estrutura de textos e da comunicação oral é formada. É aqui que entram em
campo, “frase”, “oração” e “período”, que são fatores constituintes de qualquer meio
de comunicação, pois ela deve se compor de uma sequencia lógica de ideias para que
possa haver entendimento. Por isso, é importante saber o conceito de cada um deles.
Então vamos lá!
“Brincam” é a oração que indica o que as crianças estão fazendo no jardim, o que já é
o suficiente para entendermos a mensagem que se deseja passar.
O ônibus ainda não CHEGOU, mas não DEVE DEMORAR, pois já SÃO sete horas.
Os períodos compostos podem ser formados das seguintes maneiras: podem ser
compostos por coordenação, compostos por subordinação, ou ainda compostos por
coordenação e subordinação, simultaneamente. Vejamos:
B.1) Período Composto por Subordinação: são períodos que, sendo constituídos de
duas ou mais orações, possuem sempre uma oração principal e pelo menos uma
oração subordinada a ela.
A oração subordinada não pode estar sozinha, pois não fornece um pensamento
completo. O leitor ficaria se perguntando: "Então, o que aconteceu?" (a menos que
isso esteja subentendido). Agora, observe o próximo exemplo:
Nessa frase há duas orações: "Aguardo" e "que você chegue". A oração "que você
chegue" está completando o sentido do verbo transitivo direto "aguardo". Sendo
B.2) Períodos Compostos por Coordenação: são os períodos que, possuindo duas ou
mais orações, apresentam orações coordenadas entre si. Cada oração coordenada
possui autonomia de sentido em relação às outras, e nenhuma delas funciona
como termo da outra. As orações coordenadas, apesar de sua autonomia em relação
às outras, complementam mutuamente seus sentidos. Veja o seguinte exemplo:
Neste exemplo, temos duas orações independentes (de sentido completo em si): (1) A
Grécia seduzia-o, e (2) Roma dominava-o, que são conectadas por meio da
conjunção “mas”, dando um sentido de adversidade.
PERFECTIVO: diz-se de ou aspecto verbal que indica uma ação realizada e concluída;
acabado [No português são perfectivas as formas do indicativo fiz, tinha feito, terei
feito, por oposição às formas fazia, estava fazendo, estarei fazendo etc., que são
imperfectivas.].
Em outras palavras, quando 「つ」 era anexado à base Ren’youkei de um verbo, ele
expressava algo como “determinada ação foi (será) feita e está (será) concluída”.
Esta prática de usar a partícula 「て」 para conectar orações, no entanto, é utilizada
apenas na linguagem cotidiana. Discursos formais, narração e publicações escritas
empregam a base Ren’youkei em vez da forma TE para descrever ações seqüenciais.
Particularmente, artigos de jornal (ou mesmo cantores), por questões de brevidade,
preferem a base Ren’youkei à forma TE:
Neste pequeno trecho da música “Kawa no Nagare no You ni” de Misora Hibari, veja
que a partícula 「 て 」 é omitida. O elemento 「 細 く 」 aqui não se trata de um
advérbio, mas está inserido em uma sequência de características do termo “esta
estrada”. Gramaticalmente a construção deveria ser 「細くて長いこのみち」 .
Algo muito comum no japonês falado é terminar uma oração com o verbo na forma
TE. Veja o exemplo abaixo:
Note que poderíamos traduzir estes dois exemplos como ações sequenciais e
pressupor que estamos falando de causa e efeito. Isso faz sentido mesmo em
português quamdo, por exemplo, dizemos: “Estou doente e não irei trabalhar.” (=
Como estou doente, não irei trabalhar.). É tudo questão de contexto.
歩いて行く。= Ir caminhando.
Para terminar nossa pequena revisão, existe a forma contraída da forma TE negativa
que se trata de 「 な い で 」 . Contudo, você não deve achar que ela funciona
exatamente da mesma forma:
魚を食べなくて。≠ 魚を食べないで。
Você pode expressar a causa de algo usando a partícula 「から」 . A causa e efeito
estarão sempre ordenados no padrão “[causa] 「から」 [efeito]”. Quando a causa se
tratar de um substantivo ou Keiyoudoushi, você deve adicionar a cópula 「 だ 」
para declarar explicitamente a causa 「 (substantivo / Keiyoudoushi) だ か ら 」 .
Nestes casos, se você esquecer-se de adicionar 「だ」 antes de 「から」 , vai acabar
soando como o 「から」 que significa "de", que foi introduzido na lição 13.
Tanto a razão como o resultado podem ser omitidos se estiverem claros a partir do
contexto. No caso do discurso educado, você trataria 「 か ら 」 apenas como um
substantivo comum e adicionaria 「です」 . Observe o diálogo:
Você pode usar também 「です」 ou 「である」 se quiser ser mais formal:
Outra possibilidade é usar 「から(に)は」 para indicar uma forte conexão entre a
sentença que precede 「から(に)は」 e a que vem depois. Pode-se até dizer que há de
certa forma uma relação de causa e efeito, como se o resultado fosse algo esperado,
natural ou um dever (na opinião do falante):
Voltando no diálogo entre Miyako e Tamotsu, perceba que Tamotsu poderia ter usado
a partícula explicativa 「の」 e dizer 「時間がなかったのです」 ou 「時間がなかっ
たんです」 . Considerando esta possibilidade, digamos que você queira combinar a
causa e o efeito, isto é, 「時間がなかったのだ」 e 「パーティーに行かなかった」 .
Lembre-se de que podemos tratar a partícula 「の」 como um substantivo, e então
poderemos aplicar o que aprendemos no primeiro tópico desta lição:
時間がなかったのだ+パーティーに行かなかった = 時間がなかったのでパーティーに行か
なかった。
Do mesmo modo que o 「の」 explicativo pode ser abreviado para 「ん」 na fala,
「ので」 pode ser transformado em 「んで」 , pois é mais fácil de ser pronunciado:
Por fim, vamos nos atentar ao substantivo 「ため」 (為), que pode ser combinado
opcionalmente com 「に」 e tem vários significados. Por hora, vamos considerar
aqui o significado de “efeito”. Com isso, dentre outros usos, 「ため」 pode indicar a
causa de algo:
Ficaria meio estranho tentarmos traduzir literalmente os exemplos acima, mas você
pode considera-los como sendo algo como “como efeito de estar com febre, não irei à
empresa” e “como efeito da neve, ele se atrasou”, respectivamente.
O uso de 「のに」 no final das sentenças é muito comum na linguagem casual, mas
você não encontrará isso em documentos ou livros. Na realidade, quando 「のに」
termina uma oração, ela está incompleta e o seu final está implícito. Observe
atentamente os exemplos e você perceberá que esse tipo de construção também faz
sentido em português, como quando dizemos desolados por não passar no vestibular
depois de tanto estudar: “apesar de ter estudado tanto...”.
Semelhante à diferença entre 「から」 e 「ので」 , 「が」 tem um tom mais suave
e é um pouco mais educado do que 「 け ど 」 . Embora isso não seja uma regra,
geralmente é comum ver 「が」 ligado a um final com 「~ます」 ou 「~です」 ,
e 「けど」 ligado a um final casual regular. A versão mais formal de 「けど」 é
「けれど」 e a ainda mais formal é 「けれども」 .
デ パ ー ト に 行 き ま し た が 、 い い 物 が た く さ ん あ り ま し た 。 = Eu fui à loja de
departamentos e havia várias coisas boas.
Na verdade, a oração está incompleta, mas no japonês tal recurso tem um aspecto
menos direto e transmite um ar mais suave e polido.
逃げるがいい。
Quando você quiser listar razões para vários estados ou ações, poderá fazer isso
adicionando 「 し 」 ao final de cada oração subordinada. É muito semelhante à
partícula 「 や 」 , exceto que 「 し 」 enumera razões para verbos, Keiyoushi e
estado-de-ser. Observe:
り」 há a base Ren’youkei, que tem também valor de substantivo, a partícula 「は」
り」 há a base Ren’youkei, que tem também valor de substantivo, a partícula 「は」
pode ser usada, fazendo da ação, neste caso, o tópico da oração. A parir desse
exemplo se percebe também, que é possível usarmos apenas um verbo com 「 た
り 」 para expressar “a ação X e outras do tipo”. Apenas para reforçar esta ideia,
observe os próximos exemplos:
Você também pode usar 「たり」 com o estado-de-ser para expressar que algo, em
momentos diferentes, é uma série de coisas, dando a entender que há ainda uma lista
de coisas ainda maior:
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Educação: http://www.educacao.cc/lingua-portuguesa/diferencas-entre-periodo-frase-e-oracao-na-
gramatica/
Só Português: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint1.php
Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ora%C3%A7%C3%A3o_subordinada /
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ora%C3%A7%C3%A3o_principal
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 36: VERBOS SUPLEMENTARES II
Nesta lição, vamos abordar mais verbos suplementares comuns, sejam eles para
a forma TE ou para a base Ren’youkei.
Como vimos na lição 27, a base Ren’youkei pode ser seguida por outros verbos.
Algumas destas construções são relativamente fáceis de entender e podem ser usadas
com bastante liberdade, como é o caso da [Base Ren’youkei] + 「始める」 (começar
a) ou 「終る」 (terminar de):
Outro verbo suplementar comum é 「過ぎる」 , que quando exerce essa função, tem
o significado de “fazer algo em excesso”:
Este verbo auxiliar pode ser anexado aos Keiyoushi também. Entretanto, a regra de
anexação é diferente, devendo-se adicionar 「 過 ぎ る 」 ao Gokan (retirar a
terminação 「い」 ). Assim, temos:
高い → 高 → 高すぎる
Já para os Keiyoushi que possuem a terminação 「ない」 , mas que não se trata de
「無い」 , a única forma possível é a que serve para os demais Keiyoushi:
Note que não deve ser usado para pedir uma repetição de algo bem feito. Neste caso,
use expressões como 「もういちど (verbo na forma TE) ください」 :
Pode-se usar o verbo 「合う」 , que significa “unir” como suplementar para indicar
uma ação mútua. Vejamos:
Neste trecho inicial da canção “Beautiful Child” do animê “Os Cavaleiros do Zodíaco”,
além de podermos revisar muitos conceitos já aprendidos, encontramos o verbo 「会
う 」 no verbo composto 「 憎 し み 合 う 」 , dando essa ideia de mutualidade. Ele
significa “odiar-se mutuamente”. Note, porém, que aqui não se trata de um verbo e o
verbo suplementar, pois não existe um verbo 「 憎 し む 」 , que poderia significar
“odiar”. É tão somente o substantivo 「憎しみ」 , que significa “ódio” em conjunto
com 「合う」 . Apesar disso, o sentido desse verbo suplementar é o mesmo, isto é,
indica ação mútua.
NOTA: não confunda o verbo 「合う」 , que significa “unir” com o verbo 「会う」 ,
que significa “encontrar-se”. Realmente são muito parecidos.
Aqui importa o signicado “3. Ser parcialmente (verbo); começar (mas não
completar)”. Sendo assim, 「 掛 け る 」 pode ser usado como suplementar para
expressar um estado-de-ser inacabado, feito pela metade:
Em sentido oposto, o verbo 「抜く」, que por si mesmo significa “extrair”, “omitir”,
pode ser usado para indicar uma ação feita do começo até o fim realmente:
Podemos ainda usar a Base Ren’youkei do verbo 「抜く」, isto é 「ぬき」 como sufixo
para expressar seu sentido real, isto é, que se faz algo sem alguma coisa que
normalmente estaria presente:
Vamos nos atentar ao significado “7. Ter começado a; estar à beira de”. Portanto,
pode ser usado para indicar que algo está prestes a acontecer, tendo um tom muito
iminente:
Vamos nos atentar para o significado “1. Subir, ascender, erguer-se, ser levantado”
e para o segundo significado de 23, isto é, “indica conclusão”. Portanto, 「 上 る 」
pode ser usado para indicar o ato de concluir algo completamente, ou também,
pode ser usado para indicar o ato de concluir algo completamente, ou também,
como seu sentido principal (subir, ascender), algo com um movimento ascendente:
O verbo 「抜ける」 tem dentre seus significados “sair, “cair”, “escapar”, ser omitido”.
Como verbo suplementar, entretanto, indica uma ação que é feita “atravessando”
algo:
O verbo 「込む」 significa, dentre outras coisas, “estar cheio”, “entrar”. Como verbo
suplementar, porém, expressa uma ação que, digamos, enclausura completamente
alguém nela. Em outras palavras, o agente está envolvido de corpo e alma nesta
ação, ou faz algo intensamente, até o fim:
Bem é isso. Como já mencionamos, não seria possível fazer um estudo de todas as
combinações existentes, mas o conceito está aí. Agora, passemos para os verbos
suplementares para a forma TE no próximo tópico.
O verbo seguinte que veremos é 「堪る」 , que significa “persistir”. Quando anexado
à forma TE, tem um sentido de fazer alguma coisa, ou permitir que tal coisa aconteça,
sem apresentar qualquer tipo de oposição. Vejamos:
死んでたまるか!= (Eu) morrerei? (sem que haja uma oposição para isso)
Nesta oração, por exemplo pode-se dizer que o herói está indicando que não morrerá
sem lutar. Vejamos mais um exemplo:
Note que neste uso, poderíamos até traduzir como uma sequência de ações, isto é,
“Eu limpei meu quarto e finalizei.”
Este uso de 「 し ま う 」 é bom para usar quando se quer pedir desculpas, já que
indica que você não queria que algo acontecesse da forma que foi:
ごめん、待たせてしまって!= Desculpe por (sem intenção) fazer (você) esperar!
ごめん、待たせてしまって!= Desculpe por (sem intenção) fazer (você) esperar!
Para os dois sentidos de 「しまう」 , podemos substitui-lo por 「も(う)た」 . Tal
recurso é restrito ao dialeto de Kansai, mass você pode se deparar com ele:
Finalmente, podemos usar o verbo 「見る」 a fim de indicar uma tentativa de fazer
algo casualmente apenas para ver o que vai acontecer ou só para ver como é. Veja
que não é um esforço para se fazer algo, mas somente um teste, um
experimento. Também é usado quando você está tentando fazer algo que deveria
produzir determinados resultados esperados:
日本語を教えてみる。= (Eu) vou tentar ensinar japonês (vou experimentar isso, como
um teste, e ver como vai ser).
Para ajudar a lembrar o sentido dessa combinação, você pode pensá-la como uma
sequência de ações em que fará algo e depois verá o resultado. Outra coisa
importante, é que ela é sempre escrita em Hiragana.
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 37: O SUFIXO CLÁSSICO 「む」
Nesta lição faremos um estudo do sufixo clássico 「む」 . Você pode achar isso
desnecessário de início, mas ao longo da lição, você provavelmente mudará de
ideia, haja vista que ele é muito importante ainda hoje.
II. Nas quais o falante supunha que uma ação havia acontecido, ou estava
acontecendo no momento;
O verbo auxiliar 「む」 era anexado à base Mizenkei dos verbos. Vejamos seus três
usos:
Poderíamos dizer que 「む」 é ainda largamente usado no japonês moderno, porém
sob “nova aparência”. Isso por que, devido a mudanças eufônicas 「む」 tornou-se
apenas 「う」 . Veja como exemplo, o verbo 「なる」 :
O sufixo 「む」 costuma ser pronunciado tanto 「む」 , 「ん」 ou 「う」 e sua
evolução se deu nesta ordem. Agora, tomando 「なる」 como exemplo, vamos nos
atentar à última forma, ou seja, 「ならう」 e recordar do fenômeno chamado Tenko
que mencionamos quando estudamos o uso histórico do Kana (lição 3). Tragamos
aqui uma de suas regras:
Devido a isso, o fragmento 「らう」 era pronunciado 「ろう」 , fato que dá origem
à forma atual 「なろう」 , quando houve o alinhamento da escrita com a pronúncia
moderna. Esta forma é normalmente chamada de “forma volitiva”, entretanto, em
nossa opinião, esta nomenclatura é muito restritiva, haja vista que, como vimos, ela
não se restringe a expressar somente intenção, embora atualmente haja outras
maneiras de expressar conjetura. Então, para fins meramente didáticos, vamos
chamar esta forma de “Forma OU”. Vejamos alguns exemplos:
Com relação aos verbos do padrão Ichidan, temos o final 「 よ う 」 anexado à Base
Mizenkei. Vejamos:
NOTA: muito cuidado para não confundir a terminação 「よう」 da forma OU dos
verbos Ichidan com terminação da base Meireikei 「 よ 」 desta mesma classe de
verbos.
Com relação aos Keiyoushi, era possível construir a forma OU. A única ressalva a se
fazer é que 「む」 era anexado à base Mizenkei do conjunto Kari. De resto, tudo
era igual aos verbos:
No Japonês Clássico, uma das maneiras de expressar a forma OU negativa era através
do auxiliar 「まじ」 , que possuía uma conjugação no padrão Shiku dos Keiyoushi e
era anexado à base Shuushikei. Vejamos suas bases:
Seja qual for sua origem, devido às mudanças sonoras que já conhecemos, 「 ま じ
き」 tornou-se 「まじい」 . Entretanto, 「まじい」 se tornou arcaico e sua versão
abreviada, 「 ま い 」 , tornou-se padrão. Sendo assim, no japonês atual devemos
anexar 「まい」 à base Shuushikei:
Pode-se dizer que a regra apresentada acima é a clássica. Contudo, um idioma muda
constantemente e a anexação de 「まい」 ao Gokan, no caso dos verbos de padrão
Ichidan, tornou-se a preferencial. Sendo assim, podemos ter 「食べまい」 e 「落ちま
い 」 . Adicionalmente, para os verbos irregulares 「 す る 」 e 「 く る 」 , além das
formas 「するまい」 e 「くるまい」, pode-se usar 「しまい」 , 「すまい」 e 「せまい」
para 「する」, e 「こまい」 para 「くる」.
Com relação aos adjetivos, simplesmente substitua a forma negativa de 「ある」 por
sua forma OU negativa, isto é, 「あるまい」:
Nós já aprendemos que a forma OU pode ser usada para expressões do tipo “vamos
estudar agora!”. Com isso, é natural que pensemos que com 「~まい」, estaríamos
expressando a forma negativa desse tipo de expressão. Entretanto, 「~まい」 dá um
ar de forte determinação para não se fazer algo, como você poderá ver nos
exemplos seguintes:
Para expressar algo como “não vamos estudar agora”, você pode usar o verbo 「やめ
る」 na sua respectiva forma OU:
Finalmente, para expressar um esforço para não se fazer algo, você pode usar o
verbo 「ようにする」, seguindo um verbo na negativa:
Na lição 35, vimos que quando você quiser listar razões para vários estados ou ações,
poderá fazer isso adicionando 「し」 ao final de cada oração subordinada. É muito
semelhante à partícula 「 や 」 , exceto que 「 し 」 enumera razões para verbos,
Keiyoushi e estado-de-ser. Observe:
Neste caso, você pode pensar que 「だけ」 está sendo empregado com o seu sentido
original de substantivo. Lembremo-nos da lição 26:
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Japan Reference: http://www.jref.com/japan/language/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 38: CONJECTURAS E SUPOSIÇÕES
Depois de fazermos uma abordagem histórica na lição anterior, vamos nos focar
na função de expressar conjectura da forma OU e aprender outros meios de
expressarmos isso.
「でしょ う」 é usado para expressar alguma certeza sobre algo e está perto de 「多
分」 quanto ao significado. Assim como 「~です/ ~ ます」 , deve vir no final de
uma frase completa. Ele não tem quaisquer outras conjugações. Você também pode
substituir 「~ですか」 por 「~でしょうか」 para fazer a pergunta soar um pouco
mais educada e menos afirmativa, adicionando um ligeiro nível de incerteza:
E mais um exemplo:
「 で し ょ う 」 já pode ser usado como uma forma polida, mas se quisermos dar
ainda um passo acima em formalidade, podemos usar 「であろう」 :
Para uma suposição negativa, podemos simplesmente anexar uma das cópulas na
forma OU a um verbo na negativa, como em 「 食 べ ないだ ろ う 」 ou ainda, como
maneira menos usual, conjugar 「 な い 」 , que é um Keiyoushi, para a forma OU.
Assim, temos:
Vejamos alguns exemplos práticos:
Podemos expressar uma dúvida com relação a uma ação passada usando a forma OU
do verbo auxiliar 「 た 」 . Isso mesmo. Recordemos que 「 た 」 origina-se da
contração de 「てある」 , cuja forma OU é 「てあろう」 . Esta forma foi contraída
para 「たろう」 e pode ser usada no japonês moderno:
Como vemos, para fins meramente de fixação, você pode ter como significado de
「はず」 “expectativa”, então poderá modifica-lo como qualquer outro substantivo,
através de uma oração subordinada adjetiva:
mangás, (eu) espero que ele já tenha lido todos estes. (= é expectativa que ele já tenta
mangás, (eu) espero que ele já tenha lido todos estes. (= é expectativa que ele já tenta
lido todos estes.)
A única coisa que precisamos ter cuidado é com o fato de expressar uma expectativa
de que algo não aconteça. Para fazer isso, você deve usar 「ない」 , como faria com
qualquer outro substantivo inanimado, para dizer que tal expectativa não existe.
Assim, ficaria 「~はずがない」 ou 「~はずはない」 , dependendo da partícula que
você queira usar:
彼が来るはずはない。= (Eu) não espero que ele venha. (= expectativa de ele vir, não
existe.)
「べき 」 é um sufixo anexado à base Shuushikei usado para descrever algo que
deve ser feito. Em termos históricos, 「べき」 deriva de 「 べ し 」 , que era um
Keiyoushi que seguia o padrão Ku de conjugação. Vejamos quais eram suas bases:
Veja que 「べき」 é na verdade a base Rentaikei de 「べし」. De fato, é difícil atribuir
um significado a ele, mas o que se sabe é que 「べし」provavelmente se originou do
advérbio 「うべ」(宜), que significa “certamente”, “verdadeiramente”.
NOTA: com relação ao verbo 「する」, a versão clássica 「すべき」 é mais comum e
formal. Já 「 す る べ き 」 pode ser usado na língua cotidiana, mas é bem menos
frequente e considerado coloquialismo.
Neste exemplo, a oração “reescrever o relatório” é ilustrada como sendo algo que o
falante julga ser obrigatório, logicamente esperado dentro do contexto desta frase.
Podemos assumir que Hiroshi seja o responsável pelos relatórios de seu
departamento na empresa, então esta tarefa não é uma coisa facultativa, mas sim
obrigatória para ele. Veja que é diferente de quando usamos 「はず」, pois com ele
estamos apenas descrevendo nossa expectativa, tornado a oração mais amena,
isto é, a tarefa de Hiroshi reescrever o relatório é esperada (com base em fatos), mas
não é necessariamente uma obrigação. Note que poderiamos até usar o significado
do advérbio que provavelmente deu origem a 「べき」, a fim de ajudar a fixar este
conceito de obrigatoriedade:
Outra possibilidade para a forma negativa é usar a base Mizenkei do conjunto Kari
「べから」em conjunto com o auxiliar clássico de negação「ず」 :
Se você notou, 「 ず 」 não possui base Rentaikei, o que nos impossibilita de usá-lo
Se você notou, 「 ず 」 não possui base Rentaikei, o que nos impossibilita de usá-lo
como atributo para um substantivo. Especificamente falando das construções que
estamos abordando neste tópico, não seria possível algo como 「無視すべからず犯罪」
para “crime que (certamente) não será ignorado”. Em vez disso, podemos usar a base
Rentaikei do conjunto Zari. Então...
Neste tópico, vamos aprender a expressar que um resultado é provável dada uma
certa situação. Para tanto, basta simplesmente anexar 「 そ う 」 , levando em
consideração que sua anexação segue basicamente as mesmas regras do verbo
auxiliar 「すぎる」 :
ANEXAÇÃO DE 「そう」:
2. Para Keiyoushi, anexe 「そう」 ao Gokan (parte invariável – sem o 「い」 final);
2.1. A exceção à regra acima fica por conta de 「いい」 , que se torna 「よさ」 ;
Por este exemplo, vemos que o tempo verbal é indicado pela cópula.
「かわいい」 já significa "parecer gracioso", então, você nunca precisará usar 「そ
う」 para dizer que alguma coisa parece graciosa:
Podemos também usar 「そう」 com Keiyoudoushi. Neste caso, basta simplesmente
anexá-lo ao Keiyoudoshi em questão, não sendo necessário alterar nada:
O mesmo não ocorre com substantivos. Sendo assim, a construção a seguir está
incorreta:
Existem outros métodos já abordados que podem ser usados para indicar que algo
parece ser outra coisa:
Para ficar mais clara a explicação, 「そう(cópula)」 é usado quando o falante apenas
transmite uma informação que ele obteve de alguma fonte tem sem alterá-la.
Ao iniciar uma sentença com esta gramática, é necessário também adicionar 「だ」
assim como se faz com 「だから」 :
Com 「そう(cópula)」 é como se Makoto afirmasse “Foi isso extamente que ouvi: ‘ele
(Hiroshi) não virá’”. Em outras palavras, Makoto está apenas reafirmando o que foi
dito (ou lido) anteriormente. Agora, veja o próximo diálogo:
Neste diálogo, Makoto diz a Akira que Hiroshi não virá, por que deve ter recebido
alguma informação a respeito. Ao usar 「 ら し い 」 , Makoto indica que sua
afirmação está fundamentada em algo que ele soube previamente, entretanto, ele
não quer dar 100% de certeza, transformando-a, assim, em especulação sua. Seria
como ele dissesse: “Bem, Hiroshi não virá (pois há informações que recebi a respeito
e que me levam a crer nisso), mas não posso garantir.”.
Outro modo de usar 「らしい」 é para indicar que uma pessoa aparenta ser certa
Outro modo de usar 「らしい」 é para indicar que uma pessoa aparenta ser certa
coisa devido ao seu comportamento:
Ao que tudo indica, 「らし」 passou por uma evolução diferente da que estamos
acostumados traçar até chegar em sua forma atual, sendo reclassificado como
Keiyoushi com padrão Shiku de conjugação.
火事のようだ。= Parece que há um incêndio (por que a meu ver há indícios concretos
que me levam a supor isso).
Como outro exemplo, imagine que você está na sua casa e está havendo uma grande
tempestade com muitos trovões. Em dado momento, você não ouve mais o barulho
da chuva e dos trovões. Todos esses fatos concretos, levarão a supor que a
tempestade cessou. Sendo assim,
Com base nisso, poderíamos dizer que 「そう」 é meramente subjetivo, enquanto
「よう」 dá um sentido objetivo, concreto, ou seja, não se supõe apenas por supor,
「よう」 dá um sentido objetivo, concreto, ou seja, não se supõe apenas por supor,
mas há evidências reais que levam a acreditar em algo.
II. Formular uma suposição (que se origina de informações previamente obtidas que
o levam a crer nela, mas sem ser categórico). Use 「らしい」 ;
Para exemplificar I e II, suponhamos que você tenha lido em um website a seguinte
informação:
B) Makoto, pelo que andei sabendo, Akira Toriyama lançará mangá sobre a mãe de
Goku.
Note que, mesmo em português, somos capazes de notar a diferença entre (A) e (B).
Em (A), a informação é repassada do mesmo jeito que foi lida, ao passo que em (B),
ela é transformada em uma suposição do falante, como se ele não a tivesse lido
diretamente, mas tido somente informações, indícios que o levam a crer naquilo que
está afirmando, sem dar certeza.
III. Formular uma suposição (que se origina da razão ao se vivenciar algo pelos
sentidos). Use 「よう」 ou 「みたい」 ;
IV. Formular uma mera suposição sem embasamento nenhum (considerando apenas
determinada circustância vivenciada pelos sentidos). Use 「~そう」 .
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 39: A FORMA CONDICIONAL
Esta lição será inteiramente dedicada à forma condicional. Em japonês, há
basicamente quatro modos de expressar condição. Para a nossa sorte não é
nada difícil.
A expressão “com certeza” é o significado implícito dado por 「と」 . O falante está
A expressão “com certeza” é o significado implícito dado por 「と」 . O falante está
dizendo que a seguinte condição irá ocorrer nessa situação, não importa o que
aconteça. Portanto, o condicional 「 と 」 não pode ser seguido por verbos que
indiquem pedido ou convite:
O próximo tipo de condicional expressa apenas uma condição regular sem quaisquer
suposições ou significado incorporado. Para tanto, basta anexar 「 ば 」 à base
Kateikei das partes do discurso flexionáveis, isto é, verbos e Keiyoushi:
Para outra possibilidade, basta substituir os dois últimos fonemas da base Kateikei
「~けれ」 por 「き」 e segui-lo do pequeno 「や」 . Assim temos:
これは犬です。→ こりゃ犬です。
それは犬です。→ そりゃ犬です。
あれは犬です。→ ありゃ犬です。
É claro que nesses casos, não se trata da forma condicional, mas sim da contração
da terminação 「れ」 + a partícula 「は」.
俺に決めろよ迷わずに言って振り向きゃついてくる。= ?
「俺に決めろよ」 と迷わずに言って振り向きゃついてくる。
Devemos recordar que a oração PRINCIPAL é a que define o tempo verbal de toda
oração – neste caso, não-passado.
Em certo sentido, você está explicando o que aconteceria se você assumir que uma
determinada condição é satisfeita. Em outras palavras, está dizendo "se for dado um
determinado contexto, eis aqui o que vai acontecer." Você vai ver isso refletido nas
traduções para o português com a expressão "se é dado que" nos próximos exemplos:
Uma vez que 「なら」 origina-se da cópula 「だ」 , não é necessário usa-la para
Uma vez que 「なら」 origina-se da cópula 「だ」 , não é necessário usa-la para
expressar o estado-de-ser de substantivos e Keiyoudoushi:
Você também pode optar por usar 「ならば」 em vez de apenas 「 な ら 」 . Isso
significa exatamente a mesma coisa, exceto que ele tem uma nuance mais formal.
Finalmente, como 「なら」 é na realidade oriunda de uma cópula, você deve estar
se perguntando se não seria necessário acresentarmos um 「 の 」 (ou algo
equivalente a um substantivo) entre o verbo e 「 な ら 」 . Bem, este raciocínio faz
sentido e no Japonês Classico, sim, acrescentava-se um 「の」 depois de um verbo.
Porém, no japonês moderno, isso se tornou opcional e pode soar arcaico:
Indo pelo contexto, a forma condicional com 「たら」 soa mais natural, porque não
parece que estamos realmente nos focando na condição em si. Estamos,
provavelmente, mais interessados no que vai acontecer, uma vez que encontramos o
amigo.
Muita atenção para não confundir este uso condicional com a função de ênfase que
a partícula 「は」 pode ter dentro de uma sentença:
Você se lembra que na lição 36 mencionamos que podemos usar o verbo 「見る」 a
com a forma TE fim de indicar uma tentativa de fazer algo casualmente apenas para
ver o que vai acontecer ou só para ver como é?
日本語を教えてみる。= (Eu) vou tentar ensinar japonês. (vou experimentar isso, como
um teste, e ver como vai ser)
Veja que se não houver o ponto de término da ação 1, a partir do qual se iniciaria a
ação 2, não há como iniciar a ação 2, pois há um um abismo entre as duas ações.
Com base nisso, a oração acima tem um sentido literal de “Se não for ele, não seria
possível ter escrito uma prosa como esta.”
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Wikcionário:
http://pt.wiktionary.org/wiki/Ap%C3%AAndice:Verbos_do_idioma_japon%C3%AAs/Forma_condicional
Embora tenhamos traduzido a oração acima como “Você não deve comer isso.”,
vamos analisá-la com mais atenção: aqui temos, na verdade, uma forma de concional
que estudamos na lição passada (~ては)e, portanto, estamos dizendo literalmente
“Se (você) comer isso, não será bom”. Em outras palavras, você não deve comer isso.
Podemos ainda usar as outras duas palavras-chaves no lugar de 「だめ」 . Vejamos
como fica:
Enfim, seja qual for a interpretação que dermos, o importante aqui é você ter mente
o senso de uma condição [X] que pode levar a um resultado negativo [Y] e, portanto,
você deve fazer o inverso, isto é, se eu executar a ação [X], haverá um resultado
negativo [Y], portanto, não devo fazer [X].
Existe a forma casual para este tipo de expressão no qual podemos abreviar os
fragmentos 「 ~ て は 」 e 「 ~ で は 」 para 「 ~ ち ゃ 」 e 「 ~ じ ゃ 」
respectivamente. Tenha em mente, porém, que tais abreviações, em geral, soam um
pouco engraçadinhas ou feminino:
Você consegue imaginar qual é a tradução literal da oração acima? Veja que o que há
de diferente entre as orções do primeiro tópico e a deste é a parte da condição, que
está na negativa (forma TE da negativa). Sendo assim, estamos dizendo de forma
literal: “Se você não comer isso, não será bom (e, portanto, você deve comer isso)”. O
mesmo vale para as outras palavras-chaves:
Para se expressar coisas que devem ser feitas, podemos ainda usar os condicionais
「ば」 e 「と」 , com o sentido permanecendo essencialmente o mesmo:
Podemos usar esse tipo de expressão com o condicional 「ば」 para uma vasta gama
Podemos usar esse tipo de expressão com o condicional 「ば」 para uma vasta gama
de situações. Note também que devemos usar a base Izenkei de 「ない」 , isto é 「な
けれ」 antes dele, já que a parte condicional sempre estará na negativa. Além disso,
podemos usar a forma abrevida do condicional 「 ば 」 , podendo soar um pouco
infantil ou gracioso. Tragamos novamente uma de suas regras de abreviação:
Para outra possibilidade, basta substituir os dois últimos fonemas da base Izenkei
「~けれ」 por 「き」 e segui-lo do pequeno 「や」 . Assim temos:
Pode parecer que fizemos uma abordagem muito rápida, tendo em vista a
quantidade de material, afinal há três formas gramaticais 「だめ / いけ ない / ならな
い」 , sendo que cada uma pode ser usada com três condicionais 「~ては / と/ ば」 .
No entanto, algumas combinações são mais comuns do que outras e todas são
tecnicamente corretas. Além disso, mantenha em mente que não há essencialmente
nada de novo em termos de regras de conjugação, pois já abordamos as formas
condicionais na última lição.
Você pode estar reclamando sobre o quão longo é a maioria das expressões que
aprendemos até agora apenas para dizer que você deve fazer algo ou não. Neste
aprendemos até agora apenas para dizer que você deve fazer algo ou não. Neste
tópico, veremos como podemos amenizar isso. Os professores são muitas vezes
relutantes em ensinar essas expressões excessivamente familiares, porque elas são
muito mais fáceis de usar, algo que é ruim para os momentos em que podem não ser
apropriadas. Mas, por outro lado, se você não aprender expressões casuais, torna-se
difícil compreender seus amigos (ou supostos amigos). Com 「~ては」 e 「~けれ
ば 」 abreviados, o segredo está em retirar a parte do resultado da condição.
Observe:
Algo importante a ressaltar aqui é que esta omissão é valida somente para ações que
devem ser feitas. Sendo assim, as seguintes omissões estão incorretas:
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
LIÇÃO 41: EXPRESSANDO DESEJOS E SUGESTÕES
Nesta lição, vamos aprender como dizer o que você quer seja apenas dizendo ou
fazendo sugestões discretas.
Você pode expressar ações que você deseja fazer usando o verbo auxiliar 「たい」 .
Tudo que você precisa fazer é adicionar 「たい」 à base Ren’youkei do verbo. Veja o
quadro abaixo:
Alguns estudiosos acreditam que 「たし」 era um auxiliar que nasceu da terminação
「たし」 de alguns Keiyoushi (Ex. 「めでたし」 ), passando a ter o significado de
expressar desejo. E já que ele é um Keiyoushi, assim como 「ない」 , o verbo auxiliar
「たい」 é conjugado como tal. Vejamos alguns exemplos:
Um ponto interessante está entre o uso da partícula 「を」 e a partícula 「が」 para
marcar o objeto dos verbos transitivos quando anexados a 「たい」 . Na verdade,
「たい」 , assim como o auxiliar de negação 「ない」 , funciona apenas como um
auxiliar, acrescentando um significado ao verbo e não modificando sua natureza
para Keiyoushi. Note que se esses Keiyoushi auxiliares transformassem verbos em
para Keiyoushi. Note que se esses Keiyoushi auxiliares transformassem verbos em
adjetivos, por lógica, para dizer, por exemplo, “Não bebo cerveja”, deveriamos dizer
「ビールが飲まない」 . Contudo, talvez você consiga perceber que esta oração está
incorreta e significa na verdade “A cerveja não bebe.”, algo totalmente diferente.
Veja que usamos a partícula 「 が 」 para identificar o que se deseja. Indica que o
falante tem um desejo grande de tomar o remédio, talvez por que esteja doente.
Comparemos:
Nesta sentença, o falante está apenas afirmando que quer tomar o remédio sem
enfatizar nada.
Esta oração fica muito estranha ao ser traduzida para o português, mas faz sentido
em japonês. Na verdade o fragmento 「食べたく」 funciona como advérbio do verbo
「なる」 no passado. Sendo assim, uma tradução menos grosseira seria “Me tornei
como se eu quisesse comer”, isto é, não queria comer, mas (depois) quis comer.
Falando nisso, aqui vai um trava-língua usando a forma negativa de 「 た い 」 e a
forma passada de 「 な る 」 : 「 食 べ た く な く な っ た 」 , significando algo como
“Tornei-me como se não quisesse comer.”
Isto pode parecer óbvio, mas 「たい」 não pode ser anexado a 「ある」 (ありた
い), porque os objetos inanimados não podem desejar nada. Em contrapartida, pode
aparecer com 「いる」 , como no exemplo abaixo:
ずっと一緒にいたい。= Eu quero estar junto para sempre. (Lit. Eu quero existir junto
por um longo tempo).
Além disso, você só pode usar 「たい」 para a primeira pessoa (eu), porque você
não pode ler a mente de outras pessoas para saber o que querem fazer. No entanto,
veremos no tópico 41.3 como se referir a possíveis desejos de outras pessoas. Claro
que se você está fazendo uma pergunta, pode usar 「たい」 , porque neste caso você
não está presumindo nada:
犬と遊びたいですか。= Você quer brincar com o cachorro?
犬と遊びたいですか。= Você quer brincar com o cachorro?
Este trecho pode ser confuso de início, mas o que temos aqui é uma inversão de
termos da oração, na qual a partícula 「 を 」 está marcando os objetos diretos do
verbo inglês “tell”, enquanto 「が」 indica aquilo que é desejado pelo falante.
寿司を食べてほしい。= Eu quero que (você) coma sushi. (= Desejo que essa ação seja
realizada, experimentada por alguém).
O sufixo 「がる」 , que é flexionado no padrão Go-dan, pode ser usado em adjetivos,
para expressar que alguém demonstra sinais de estar em algum estado. É
simplesmente uma observação baseada em algum tipo de sinal, portanto, você não
iria utilizá-lo para si, já que supor sobre suas próprias emoções não é necessário. Esta
gramática só pode ser usada com adjetivos para que você possa dizer, por exemplo:
"Ele está agindo com medo". Entretanto, você não pode dizer: "Ele agiu surpreso",
porque "estar surpreso” em japonês um verbo e não um adjetivo. Sendo assim, 「が
る」 é comumente usado em certo grupo de adjetivos relacionados às emoções como
「嫌」 、 「怖い」 、 「嬉しい」 、ou 「恥ずかしい」 . Sua anexação se dá de um
modo muito simples:
O sufixo 「がる」 pode ser usado também para supor o que os outros desejam. Isto
inclui o adjetivo 「欲しい」 , usado para coisas que querem, ou o auxiliar 「~た
い」 , para ações que querem fazer. Compare:
Este tipo de construção se encaixa melhor em coisas como uma narração de uma
história e é raramente usada em conversas normais, devido ao seu estilo impessoal
de observação. Sendo assim, para expressar desejos de terceiros é mais comum ser
usado 「 で し ょ う 」 como em 「 カ レ ー を 食 べ た い で し ょ う 」 . Para conversas
polidas, é comum não fazer nenhuma suposição, ou usar 「よね」 ao final de uma
sentença, como em 「カレーを食べたいですか」 ou 「カレーを食べたいですよね」
O substantivo 「つもり」 significa “intenção” e pode ser modificado por uma oração
subordinada adjetiva para indicar que o que está sendo dito em tal oração se trata de
uma intenção. Vejamos:
Note que a tradução parece um pouco forçada, pois gramaticalmente falando, uma
tradução mais literal seria “Intenção de ir ao Japão”. E já que 「 つ も り 」 é um
substantivo, para expressar uma intenção negativa, basta dizer que ela não existe:
Vimos na lição 37 que o que é hoje a forma OU, no Japonês Clássico era usada para
expressar conjectura, intenção e incitamento. Mencionamos também que
atualmente, ela expressa basicamente incitamento, no caso dos verbos em si.
Vejamos alguns exemplos práticos:
Vemos que com a partícula 「か」 seguindo a forma OU tem-se um sentido de convite
ou proposta para se fazer algo. Podemos expressar o mesmo de forma mais formal e
menos direta seguindo a forma OU pela forma negativa do estado-de-ser:
Contudo, isso não é usado com frequência em conversações do dia a dia, sendo
praticamente restrito a discursos formais, como em discursos políticos.
Podemos também usar a partícula 「か」 após a forma OU para expressar a mesma
coisa, mas com um ar de dúvida:
Note que o sentido desta construção é diferente de quando usamos o verbo 「見る」
como suplementar para a forma TE, pois com ele, indicamos uma tentativa no
sentido de experimentar algo, em vez de um esforço para se fazer algo. Compare:
Você pode fazer sugestões usando os condicionais 「ば」 ou 「たら」 em conjunto
com o Kosoado 「 ど う 」 . Isto significa "Se você fizer [X], como é?".Em português
seria como dizer “Que tal fazer [X]?". Gramaticalmente falando, não há nada de novo
aqui, mas é uma construção usada com frequência:
O substantivo 「方」 é lido como 「ほう」 quando ele é usado para significar uma
direção ou orientação. Ele também pode ser lido como 「 か た 」 quando é usado
como uma versão mais polida para 「人」 . Observe os exemplos:
Para verbos não-negativos, você também pode usar o verbo no passado para
adicionar mais certeza e confiança, especialmente quando fazer sugestões. Também,
ela é muito mais comum:
eventos passados:
eventos passados:
Já que estamos falando do substantivo 「方」 , será oportuno mencionarmos que ele
pode ser anexado à base Ren’youkei de um verbo para expressar uma maneira de
fazer esse verbo. Neste uso, 「方」 é lido como 「かた」 e o resultado torna-se
um substantivo. Por exemplo, 「 行 き 方 」 ( い き か た ) significa "o caminho,
maneira de ir” e 「食べ方」 (たべかた)significa "o caminho (maneira) de comer".
Esta expressão é usada quando você quer perguntar como fazer algo:
Em um primeiro momento essa construção pode ser de difícil assimilação. Você pode
encará-la como “(eu) quero um carro novo e não adianta (com isso tenho que me
conformar). Repare como o sentido se aproxima ao de 「たまらない」, que vimos na
lição 36.
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
LIÇÃO 42: COMPONDO SENTENÇAS II
Vamos aprender agora mais meios para se construir sentenças mais complexas.
Não haverá nada de novo aqui, sendo que basicamente aplicaremos conceitos já
explicados anteriormente.
Podemos anexar a partícula 「ながら」 à base Ren’youkei dos verbos para expressar
que uma ação está ocorrendo em conjunto com outra ação. Embora raro, você
também pode anexar 「 な が ら 」 à forma negativa do verbo. Esta gramática não
expressa em si tempo; isto é determinado pelo verbo principal:
Observe que, assim como sempre acontece, o verbo que encerra a oração é o verbo
principal, ou seja, é aquele que expressa a ação principal de uma oração. Portanto,
a partícula 「 な が ら 」 simplesmente descreve outra ação que também está
ocorrendo. Por exemplo, se mudássemos a disposição dos verbos, como em 「宿題を
しながら、 テレビを観る」 , o significado da oração seria “Eu assisto TV enquanto
faço lição de casa.” Em outras palavras, a ação principal, neste caso, torna-se “ver TV”
e a ação de fazer o dever de casa torna-se uma ação que está ocorrendo ao mesmo
tempo.
Você também pode anexar a partícula inclusiva 「も」 a 「ながら」 para obter
「ながら も」 . Isso explicita o sentido de concessão:
Essa teoria do uso original de 「ながら」 pode ser embasada no fato de que 「なが
ら」ainda pode ser visto indicando a fonte de onde procede algum fato ou ação.
Neste caso, pode ser seguido pela partícula 「に」. Vejamos:
Por essa razão, no exemplo (1), a misteriosa garota tem poder de feitiçaria, sendo que
a fonte desse dom é seu nascimento (algo natural dela, então). Já no exemplo (2) das
“três filhas” é que se originam as ações de casar-se, isto é, todas as três filhas se
casaram. Em (3), a ação de se separar da amiga acontece em meio a lágrimas
(circustância, modo, na condição de). E finalmente em (4), o ato de usar as coisas
velhas será feito tendo em mente os velhos tempos (também circustância, modo, na
condição de).
É possível usar esse 「ながら」 com a partícula 「の」, o que nos torna capazes de
atribuir algo a um substantivo:
Podemos usar 「そう」 juntamente com uma cópula para expressar o mesmo:
A partícula 「つつ」 pode ser anexada à base Ren’youkei de verbos para expressar
uma ocorrência em curso. Embora o significado permaneça essencialmente o mesmo,
existem basicamente duas formas de usar esta gramática. O primeiro é quase
idêntico a 「ながら」 : você pode usar 「つつ」 para descrever uma ação que está
ocorrendo enquanto outra está em curso. No entanto, existem algumas diferenças
importantes entre 「つつ」 e 「ながら」 . Em primeiro lugar, o tom de 「つつ」 é
muito diferente de 「 な が ら 」 e você raramente, ou nunca, irá usá-lo para
ocorrências diárias regulares. 「つつ」 é mais apropriado para ações mais literárias
ou abstratas, como as que envolvem emoções ou pensamentos. Em segundo lugar,
「ながら」 é usado para descrever uma ação auxiliar que ocorre enquanto a ação
principal está acontecendo. No entanto, com 「 つ つ 」 , ambas as ações têm peso
igual. Observe os exemplos abaixo:
もらった手紙に返事を書かなければと思いつつ、もう10日も経ってしまった。= Apesar de
pensar que (eu) tenho que responder à carta que recebi, dez dias já se passaram.
Neste tópico, veremos como podemos usar os substantivos 「とき」 (時), 「あと」
(後), 「まえ」(前), 「あいだ」 (間), 「うち」 (内) e 「ところ」 (所) para criar
noção de um ponto no tempo ou espaço. De maneira geral o conceito é simples: ora,
já que eles são substantivos, eles podem ser modificados por uma oração
subordinada adjetiva, ou outro substantivo ou um adjetivo, transformando-os assim
em um ponto no qual ocorre outra ação.
Agora vamos relembra um conceito: na lição 14 vimos que o verbo auxiliar 「た」
também expressa o modo perfeito, que em japonês refere-se à conclusão de uma
ação em determinado ponto de referência – ou previamente a ele – que é especificado
por outros seguimentos da sentença? Observe a seguinte oração em português:
O conceito pode ser difícil de ser entendido em um primeiro momento, mas o sentido
aqui expresso é que a ação descrita por “chegar” já deverá ter ocorrido antes da ação
de abrir a garrafa, isto é, a ação de “chegar” estará concluída. Observe a ilustração:
de abrir a garrafa, isto é, a ação de “chegar” estará concluída. Observe a ilustração:
Veja que o verbo está no presente, mas em japonês esta noção é expressa pela adição
do auxiliar 「た」 ao verbo da primeira oração e com o auxílio de 「とき」 :
Veja que no momento em que Makoto vier, a ação de Hiroshi sair estará (ou deverá
estar) concluída. Por isso, o uso de 「 あ と 」 faz sentido, já que a ação da oração
principal estará sempre “na traseira” com relação a outra na linha do tempo em
termos de conclusão:
Neste sentido, pode-se anexar 「で」 a 「あと」 . Tal prática é a mais comum e soa
mais formal:
(=tiver estudado)
(=tiver estudado)
Pois bem. Expressamos o que vem depois (na traseira) de uma ação. Que tal
aprendermos agora como indicar o contrário, isto é, o que vem antes de uma ação?
Isso é possível através do substantivo 「 ま え 」 ( 前 ), que literalmente pode ser
traduzido como “frente”, “dianteira”:
Da mesma forma que 「とき」 , 「あいだ」 pode ser seguido da partícula 「に」 :
A oração 1 soa estranha, porque parece que o falante pode prever o começo e o fim
do evento de não chover, o que obviamente é muito difícil. Em outras palavras, não é
um evento previsível ou planejado (sem limite de tempo explícito). Já a oração 2 está
correta, pois o falante está apenas afirmando que fará tal ação enquanto não chover
sem delimitar o estado de não-chuva.
Uma tradução literal seria: “no intervalo de tempo em que (ele) fugiu ou não fugiu,
foi capturado novamente”. Sim, soa estranho em português, mas talvez o sentido aqui
seja que o segundo fato aconteceu tão rapidamente após o primeiro que nem houve
tempo de se dar conta se o primeiro evento chegou a ser concluído ou não. Sendo
assim, uma tradução ainda mais literal, se é que se pode dizer assim, seria: “no
intervalo de tempo (em que havia dúvida) se ele chegou a fugir ou não, foi capturado
novamente”.
Por fim, vamos ao substantivo 「 ところ 」 , que em si significa “lugar físico”, mas
também pode conter um significado mais amplo que vai desde uma característica a
um lugar no tempo:
INDEPENDENTEMENTE DE ALGO
INDEPENDENTEMENTE DE ALGO
Vamos aprender agora uma construção que é realmente prática para o uso diário e
que usa as formas OU e OU negativa (lição 37). Ela é usada para expressar que não
importa se algo vai acontecer ou não, outro fato ocorrerá mesmo assim, de
forma independente. Essa expressão é construída usando a partícula 「が」 da
seguinte forma:
Podemos expressar esse sentido de independência com relação a algum fator através
da “forma OU” de uma forma mais simples. Observe o exemplo a seguir:
Ciente dessa particularidade, presumimos que você já deve saber como usá-lo, não é
mesmo? 「ごとく」 é a forma adverbial, 「ごとし」 é a forma usada para se encerrar
uma oração e 「 ご と き 」 é a forma usada para se atribuir característica a outro
elemento. Essas formas eram normalmente precedidas pelas partículas 「 の 」 ou
「 が 」 , que aqui é usada em seu sentido clássico original, isto é, como partícula
atributiva (lição 19). Pode-se ainda preceder por 「 か 」 para dar um nuance de
dúvida por parte do falante, seja ele sozinho ou com 「 の 」 – 「 か の 」 . Veja os
exemplos:
Finalmente, com relação aos verbos e Keiyoushi, o uso com a partícula 「が」 é mais
comum:
Neste tópico, vamos abordar mais um elemento do Japonês Clássico que ainda pode
aparecer no Japonês Moderno, mesmo que raramente, sendo cobrado no nível 1 do
JLPT. Trata-se de 「 ま じ き 」 . Na lição 37, vimos que no Japonês Clássico uma das
maneiras de expressar a forma OU negativa era através do auxiliar 「 ま じ 」 , que
possuía uma conjugação no padrão Shiku dos Keiyoushi e era anexado à base
Shuushikei. Vejamos suas bases:
Sem entrar em detalhes novamente quanto à origem de 「まじ」, importa saber aqui
que uma tradução próxima seria “provavelmente não...”. Como você já deve ter
suposto, sua base Rentaikei 「 ま じ き 」 , pode ser usada de forma atributiva, isto é,
para modificar outro elemento. Por exemplo,「まじき行為」 poderia ser traduzido de
uma forma bem literal como “ato que provavelmente não (se fará / existirá)”.
É assim que 「まじき」 costuma ser usado, ou seja, para indicar que determinada
ação não condiz, é imprópria para determinada coisa ou pessoa. Vejamos:
Sem dúvida, conhecer o Japonês Clássico nos ajuda muito compreender algumas
construções gramaticais, pois há aquelas que atravessaram os séculos e ainda são
usadas atualmente, mesmo que muito raramente ou restritas à escrita muito formal.
「とも」(共) é classificado pelo Jisho.org como substantivo / prefixo. Pode ser usado
em diversas ocasiões, seja com substantivos ou mesmo com verbos ou adjetivos, para
indicar que algo ou uma ação é acompanhada por outra coisa simultaneamente.
Aparece frequentemente como 「と共に」:
Também, podemos expressar duas coisas em ações e/ou estados conjuntos com o
advérbio 「並んで」, que se trata na verdade da forma TE do verbo 「ならぶ」(並ぶ),
cujo significado é “alinhar” “igualar”. Contudo, parece que ele é restrito a
substantivos e pronomes:
Na lição 34, vimos que o substantivo genérico para objetos 「もの」 pode ser usado
como uma forma casual e feminina de enfatizar alguma coisa. Este uso é idêntico à
ênfase feminina explicativa expressa pela partícula 「の」(o fato é que). Assim como
o 「の」 explicativo, o fonema 「の」 em 「もの」 é muitas vezes transformado em
「 ん 」 , resultando em 「 も ん 」 . Usar 「 も ん 」 soa muito feminino e um pouco
atrevido (de uma maneira bonita):
De fato, além de funcionar como 「の」 quando se trata de dar explicações, segundo
o site NihongoResources, 「もの」 pode ser usado para conceituar um fato como algo
(bem) concreto. Sendo assim, neste tópico vamos estender o uso de 「 も の 」 ,
abordando algumas construções úteis em que ele se faz presente.
逃げるものだ。= Fuja!
inútil.
inútil.
NOTA: não se esqueça de que esses padrões podem ser usados na forma contraída.
Por exemplo, 「ってもんじゃない」 e assim por diante.
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
LIÇÃO 43: PARTÍCULAS COMPOSTAS
Nesta lição, aprenderemos sobre “partículas compostas”. Embora esse termo
seja ambíguo se pensarmos em sua tradução literal, tal nomemclatura e
comumente usada nos livros convencionais.
De fato, não achamos necessária muita explanação acerca do conceito delas, haja
vista que, se pensarmos na tradução literal, na maioria das vezes, seremos capazes de
entender seu sentido dentro de uma oração. Seja como for, as construções mais
comuns de partículas compostas são:
その件に関して知っている限りのことを教えてもらいたい。
SENTIDO PROPOSTO: Por favor, me diga tudo o que sabe sobre esse caso.
SENTIDO LITERAL: Por favor, me mostre os limites que sabe estando relacionado a
esse caso.
Embora 「に関して」 seja rotulado como partícula composta, ela nada mais é do que
a forma TE do verbo 「関する」 , que significa “estar relacionado à”, cujo objeto é
marcado pela partícula 「に」 . Veja que adquire um valor sintático de advérbio.
Vamos relembrar um trecho da lição 35:
歩いて行く。= Ir caminhando.
Também, outro motivo que fará com que você não goste de utilizar o termo
“partícula composta”, é que a parte verbal pode ser usada na forma infinitiva para
modificar um substantivo, como qualquer outro verbo:
皆の意見を聞いた上で決めました。
SENTIDO LITERAL: Em cima (da ação) de ter ouvido as opiniões de todos, (eu) decidi.
O sentido aqui é simples: imagine que uma ação foi realizada (ter ouvido as opiniões
de todos) como preparação para outra mais importante (eu decidir). Esta preparação
é a base, um pré-requisto sobre o qual 「上で」 , será realizado algo importante.
メールを使ううえで注意すべきマナ。
SENTIDO LITERAL: Normas a serem tomadas em cima (da ação) de usar e-mail.
Outras estruturas são mais raras, embora, naturalmente possível. Nos próximos
tópicos veremos algumas constuções comuns tidas como partícula composta.
Quando você quiser expressar algo do tipo "dependendo de [X]", você pode fazer isso
em japonês, simplesmente anexando 「によって」 em [X]:
天気予報によると、今日は雨だそうだ。
No exemplo acima se está considerando o que aconteceria supondo que eles devem
decidir ir amanhã. Uma vez que estamos considerando uma hipótese, é razoável
supor que a condicional será muito útil aqui e, na verdade, muitas vezes você vai ver
frases como as seguintes:
Você também pode alterar 「する」 para a forma TE, inidicando sentido de como
determinada ação é feita:
納豆は外人にとって食べにくい。
彼女は彼にとって全てです。
Poderíamos dizer que 「にとって」 expressa que pegaremos algo para alguém ([X]
に と っ て ) e posteriormente expressaremos uma informação relacionando este algo
com quem recebe. Vamos clarificar:
Vale ressaltar que 「にとって」 não pode marcar um substantivo que representa o
agente da ação expressada pelo verbo:
私は音楽について話した。
これについて何も知らない。
彼はその質問にたいして親切に答えた。
市民は増税にたいして強く反対してる。
記憶力は年をとるにつれて段々衰える。
Perceba que a oração subordinada expressa nestes casos algo que é fora do controle
humano. Observe mais um exemplo:
高く昇るにつれて大気は薄くなる。
SENTIDO LITERAL: Falando de atmosfera, conduzindo-a (à ação de) subir mais alto,
torna-se fina.
Sendo assim, 「を元に(して)」 tem um sentido literal de “fazendo base a partir de”.
Sendo assim, 「を元に(して)」 tem um sentido literal de “fazendo base a partir de”.
Vejamos o exemplo a seguir:
父から聞いた話をもとにして童話を書いて見た。
SENTIDO PROPOSTO: (Eu) tentei escrever o conto baseado em uma história que ouvi
de meu pai.
SENTIDO LITERAL: (Eu) tentei escrever o conto fazendo base a partir de uma
história que ouvi de meu pai.
Sendo assim, 「をつうじて」, tem um sentido literal de “passando por [X]...” e seu
significado proposto é “via”, “através”:
読書を通じて多くの言葉が習得される。
彼は日本語を20年勉強しているが、その彼にしたって、まだ分からない文法に時々出くわ
す = Ele estuda japonês há vinte anos, mas ainda acontece de se deparar às vezes com
alguma gramática que não sabe (Lit. Falando dele, (ele) estuda japonês há vinte anos,
mas, mesmo considerando que seja esse ele (ele mesmo), ainda acontece de se
deparar às vezes com alguma gramática que não sabe).
今 日 海 辺 に 行 く つ も り だ っ た と こ ろ が 大 雨 の た め に 他 の 日 行 く に な っ た 。 = (Nós)
tínhamos a intenção de ir à praia hoje, mas devido à chuva forte, decidimos ir outro
dia (e isso foi inesperado).
A esta altura, você já deve ter compreendido bem o funcionamento das ditas
“partículas compostas”. Sendo assim, neste tópico vamos abordar rapidamente mais
algumas e esperamos que você consiga entender o sentido delas:
6. にかけて(は・も): esta partícula composta não aparece com o Kanji, mas o verbo
em questão aqui provavelmente seja 「駆ける」, intransitivo, que significa “deslizar”,
“correr”, “avançar”:
Essa partícula composta exprime sempre pontos positivos e antes dela sempre um
substantivo é usado.
Outra possibilidade com o verbo 「駆ける」 em uma partícula composta é usá-lo para
expressar algo semelhante à partícula 「まで」, isto é, tendo o sentido de “até”. Neste
caso, entretanto, não se usa a partícula 「 は 」 ou 「 も 」 , e a partícula 「 か ら 」 é
utilizada:
utilizada:
7. を 中 心 に ( し て ) 【 を ち ゅ う し ん に ( し て ) 】 : o substantivo 「 中 心 」 significa
“foco”, “ênfase”. “núcleo”, “centro”:
Há também a forma 「かわりに」, em que na maioria das vezes deve ser considerado
o sentido de “substituir”:
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Nenhum comentário:
Postar um comentário
LIÇÃO 44: COMPONDO SENTENÇAS III
Nesta terceira lição da série “compondo sentenças”, vamos aprender mais
algumas construções interessantes.
Na lição 38, aprendemos a usar 「べき」 para expressar uma suposição com tom de
obrigação. Vimos também que ele deriva de 「べし」 , que era um Keiyoushi que
seguia o padrão Ku de conjugação. Vejamos novamente quais eram suas bases:
Ao observarmos o quadro acima, somos capazes de perceber que 「べく」 se trata
da base Ren’youkei do conjunto Ku de 「 べ き 」 . Porém, enquanto 「 べ き 」
descreve uma suposição forte, se usarmos 「べく」 , isso nos permitirá descrever o
que se fez, a fim de realizar essa ação suposta. Dê uma olhada nos exemplos a
seguir para ver como o significado muda:
Como podemos ver neste exemplo, o fragmento 「準備をし始めた」 nos diz o que o
sujeito fez a fim de realizar a ação que era esperada da parte dele. Desta forma,
podemos definir 「べく」 com o significado de “a fim de” ou "em um esforço para".
Da mesma forma, 「べく」 pode significar o equivalente japonês de 「しようと思っ
て 」 ou 「 で き る よ う に 」 . Esta é uma expressão antiquada muito raramente
utilizada e é apenas apresentada aqui para completarmos os aspectos de 「べき」 .
Uma construção semelhante e mais complexa, que poderá ser vista no nível 1 da
Uma construção semelhante e mais complexa, que poderá ser vista no nível 1 da
JLPT, é o fragmento 「~んがため」 , anexado à base Mizenkei dos verbos:
Esta construção é usada quando há algo que não pode ser evitado e deve ser feito.
É composta pela forma negativa do verbo 「得る」 , que significa "obter", e a base
Rentaikei do conjunto Zari do auxiliar de negação 「 ず 」 . Vamos relembrar seus
conjuntos de bases:
Tudo que você tem a fazer é usar a base Mizenkei do verbo em questão e, em seguida,
anexar 「ざる」 seguido de 「を」 e finalmente 「得ない」 . Esta construção pode
parecer estranha, já que temos uma partícula depois da forma infinitiva. Entretanto,
considere que no Japonês Clássico era possível usar partículas após a base
Rentaikei. Ora, lembre-se que a base Rentaikei passou a exercer também a função da
base Shuushikei a partir do Período Kamakura (1185-1333). Recordemos o que
mencionamos na lição 12:
NOTA: 「ざる」 realmente não é mais usado no japonês moderno, com exceção de
algumas expressões como 「意図せざる」 .
Assim como a construção anterior que aprendemos, descreve algo que somos
forçados a fazer devido a algumas circunstâncias. A diferença aqui é que esta
construção pode ser usada para uma situação geral, que não envolve qualquer ação
específica. Em outras palavras, você não está realmente forçado a fazer algo, mas
sim descreve uma situação que não pode ser evitada. Se você já aprendeu 「仕方がな
い」 ou 「しょうがない」 , ela significa praticamente a mesma coisa. A diferença
está em saber se você quer dizer, "Parece que estamos presos" vs "Devido a
circunstâncias fora do nosso controle ...":
Por falar no verbo 「やむ」(止む), será conveniente mencionar aqui que ele pode ser
usado como suplementar para a forma TE, por exemplo, para indicar que uma ação
não é cessada. Essa construção é raramente vista mesmo na escrita, mas geralmente
é cobrada no JLPT 1:
Com 「がち」 , você pode dizer que algo é propenso a ocorrer. Para tanto, basta
anexá-lo à base Ren’youkei do verbo em questão. Como a palavra "tendência" sugere,
「がち」 é usado geralmente para as tendências que são ruins ou indesejáveis:
Como você pode ter notado, embora 「がち」 seja um sufixo, ele funciona quase da
mesma forma que um substantivo ou mesmo Keiyoudoushi. Em outras palavras, a
construção torna-se a descrição de algo como sendo provável. Isto significa que nós
podemos fazer coisas como modificar substantivos, anexando 「な」 e outras coisas
que estamos acostumados a fazer com Keiyoudoshi.
Você também pode dizer que algo é propenso a ser algo anexando 「 が ち 」 ao
substantivo.
多くの大学生は、締切日ぎりぎりまで、宿題をやらないきらいがある。= Um grande
número de estudantes universitários tem uma má tendência de não fazer a lição de
casa até poucos dias da data de entrega.
コーディングが好きな開発者は、ちゃんとしたドキュメント作成と十分なテストを怠るき
コーディングが好きな開発者は、ちゃんとしたドキュメント作成と十分なテストを怠るき
らいがある。= Os desenvolvedores que gostam de codificação têm uma má tendência
a negligenciar os documentos apropriados e testes adequados.
Em outras palavras, o funcionário quer saber se você vai levar a mercadoria assim
mesmo, ou se você a quer em uma bolsa pequena. 「宜しい」 é simplesmente uma
versão muito educada de 「いい」 . Observe que, como 「まま」 é um substantivo
comum, significa que você pode modificá-lo com verbos ou adjetivos:
Gramaticalmente falando, o correto é usar 「まま」 com a forma passada dos verbos
para verbos não-negativos:
Ok, a tradução pode parecer forçada, mas a ideia é que o alimento está em um estado
inalterado de ser comido pela metade, por isso, não se pode jogar fora.
Agora, observe um trecho retirado da canção “Go” da banda Flow, atentando-se para
a parte destacada:
a parte destacada:
Outro fato que deve estar por trás da estranha construção e que devemos nos
lembrar, é que na antiguidade 「 が 」 exercia a função de 「 の 」 , como partícula
atributiva. O exemplo mais claro disso é o título do Hino Nacional Japonês: 「君が代」
= Sua geração (reinado), que na versão moderna poderia soar 「君の代」 (lição 19).
Já 「ままに」, segundo o site Renshuu.org, pode ser considerada uma expressão, cuja
finalidade é explicar a maneira como algo é feito.
Vale ressaltar que, com exceção de algumas expressões fixas, os padrões que
acabamos de abordar, isto é, [Base Rentaikei do verbo] + 「が」+ 「まま」 ou mesmo
[Base Ren’youkei do verbo] + 「の」+ 「まま」 parecem ser extremamente raros.
Não encontramos referências em livros de gramática e pouquíssimos são os
resultados obtidos através do Google. O padrão mais comum para se explicar como
algo é feito usando 「ままに」 é , obviamente, usá-lo da mesma forma que se usa 「ま
ま」:
O verbo 「放す」 que significa "soltar", pode ser usado de várias maneiras no que
diz respeito a deixar algo do jeito que está. Por exemplo, uma variação 「 放 っ と
く」 é usada quando você quer dizer "Deixe-me em paz.” Você também pode usar a
forma de comando de uma solicitação ( く れ る ) e dizer 「 ほ っ と い て く れ ! 」
(Deixe-me em paz!). No entanto, outra variante 「 ほ っ た ら か す 」 significa
"negligenciar".
Como você pode ver pelos exemplos, este sufixo carrega um sentido de que a ação
deixada para trás ocorreu devido a um descuido ou negligência. Também, esta forma
ocorre principalmente na língua falada. Para usos mais formais e da linguagem
escrita a 「まま」 é usado.
Você pode pensar que nessa construção se expressa que existe um fato que não pode
existir sem que se faça ou haja outro como consequência natural. Por exemplo, ao
ver as crianças brincando na estrada com vários carros, é natural que alguém os
advirta do perigo – pelo menos do ponto de vista do falante. Portanto, como “não
advertir” não é natural nessas circunstâncias, “o ato de não advertir” não pode
existir.
Há ainda uma utilização mais simples de 「いられない」, que se trata de usá-lo com a
forma TE dos verbos para indicar a incapacidade de se praticar determinada ação:
Na lição 22, vimos que segundo G. B. Sansom, página 245, parece que 「 と 」 era
originalmente um pronome demonstrativo correspondente à palavra “isto”. Sendo
assim, quando usado com verbos, tais como 「 思 う 」 , poderíamos até mesmo
traduzir como “‘Choverá’ isto eu penso.”, por exemplo.
人気スターがやって来るとあって、空港は大勢の人たちが待ち受けていた。
você perceba que ele tem um ar de uma afirmação que resultará em outra, cujo
você perceba que ele tem um ar de uma afirmação que resultará em outra, cujo
sentido é de algo natural ou esperado dentro da referida situação.
Sendo assim:
Lembre-se que a forma TE é muito versátil e pode ter um sentido de causa. Por isso,
alguns preferirão traduzir o exemplo assim: “Como um astro popular veio,
naturalmente uma grande multidão se reuniu para encontrá-lo no aeroporto”, o que
no fim das contas, significa o mesmo.
Com 「あっての」 estamos afirmando que a sociedade tem relação profunda com a
existência de leis, sem as quais, a sociedade não existiria.
De certo modo, podemos usar esse conceito para que entendamos o sentido de 「あっ
て の 」 , ou seja, estaríamos afirmando literalmente “Sociedade, cujo atributo
(fundamental) é o fato de existir leis”? Provavelmente, sim...
É importante destacar que 「あっての」 só pode ser usado entre dois substantivos ou
elementos que se portem como tal.
44.11. INDICANDO O QUE ACONTECE LOGO APÓS UMA AÇÃO COM 「がさいご」
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 45: PARTÍCULAS V
Nesta lição, vamos aprender outras partículas importantes. Após a leitura desta
lição, cremos que você já terá aprendido as partículas mais comuns para o
entendimento da língua japonesa. Contudo, tenha em mente que esta não será a
última.
Nesta oração, expressa-se que Akira está ocupado e a dimensão disto alcança o ponto
de impossibilitá-lo de ter tempo para ele dormir. Como expressar isso em japonês?
Vejamos:
A tradução literal pode parecer estranha de início, mas o importante aqui é notar
que 「寝る時間がない」 é o alcance da ação de estar ocupado. Como forma de
memorização, poderíamos expressar o sentido de 「 ほ ど 」 como se fosse um
indicador em uma escala. Observe:
Algo interessante sobre 「ほど」 , é que pode ser usado também como uma partícula
para expressar esse mesmo sentido, isto é, de dimensão de algo:
私 は ひ ろ し ほど楽 し く な い 。 = Eu não sou divertido como Hiroshi. (Lit. Falando de
私 は ひ ろ し ほど楽 し く な い 。 = Eu não sou divertido como Hiroshi. (Lit. Falando de
mim, eu não sou divertido ao ponto (na dimensão) de Hiroshi).
Come on Boy! つらい時ほど. = Venha, garoto! Nos momentos dolorosos (Lit. Venha,
garoto, na grau dos momentos dolorosos).
Quando usamos 「ほど」 com condicionais, podemos expressar algo que se traduz
em português como: "Quanto mais você [verbo], mais ..." . Essa construção é sempre
formada na seguinte seqüência: [condicional do verbo], seguido imediatamente por
[mesmo verbo + ほど]. Observe:
A tradução literal é: "Falando sobre sushi, se (você comer), na extensão que (você)
come, torna-se saborosa." o que essencialmente significa a mesma coisa. O exemplo
usa o condicional 「ば」 , mas 「たら」 também serve. Uma vez que esta é uma
afirmação geral, o condicional contextual 「 な ら 」 nunca deve ser usado. Da
mesma forma com 「 と 」 , já que nem sempre pode ser verdade, dependendo da
extensão da ação:
Você também pode usar esta construção com Keiyoushi usando o condicional 「ば」
:
iPodは、ハードディスクの容量が大きければ大きいほどもっとたくさんの曲が保存できま
す。= Falando sobre o iPod, quanto maior a capacidade do disco rígido, mais músicas
você pode salvar.
Antes de explicar seu uso moderno, pode ser útil mencionarmos que 「より」 era
usado para desempenhar um dos papéis que ͔「 か ら 」 desempenha hoje, isto é,
Bem, essa explicação pode não ter sido muito longa, mas irá ajudá-lo a compreender
mais facilmente por que 「より」 faz o que faz atualmente: no japonês moderno:
ele é usado para rotular algo como ponto de referência para uma comparação:
Nesta escada, o elemento que está no primeiro degrau (より) é “inglês”, então, ele está
ABAIXO de “japonês”, que está no segundo degrau e, consequentemente, está MAIS
alto na “afirmação [X]”, que neste caso é 「難しい」 . Logo, japonês é mais difícil do
que inglês. E, ainda, poderíamos omitir o item comparado, se ele estiver
subentendido pelo contexto:
Também, poderiamos dizer que algo que está acima é preferível à aquilo que está
abaixo, quando não há nenhuma “afirmação [X]”. Observe:
Vale ressaltar que o ponto de referência pode ser omitido, quando está subentendido:
Claro que não há nenhuma regra que estabeleça que 「より」 deva ser usado com
「 方 」 , pois os aspectos das coisas se deduz pelo contexto. Também, palavras
associadas a 「より」 não precisam de nenhum tempo verbal. Repare na seguinte
frase que 「食べる」 em frente de 「より」 é tempo presente, embora 「食べる」
em frente de 「方」 seja passado:
Podemos também 「より」 com palavras interrogativas, tais como 「誰」 、 「何」
、ou 「どこ」 para se construir o superlativo, comparando com qualquer coisa ou
pessoa. Neste caso, embora não seja necessário, é comum incluir a partícula 「も」
Outra possibilidade é usar 「より」 com a expressão 「外ない」 para indicar que não
há nada além de uma ação a se fazer ou coisa:
Aliás, podemos usar tão somente 「 ま し て 」 para expressar o mesmo, neste caso,
geralmente em conjunto com a partícula 「や」, isto é, 「ましてや」:
Neste tópico, veremos algumas partículas fáceis de se aprender e que você poderá
ver em algum lugar. Nosso primeiro convidado, é a partícula 「なんか」 , que, como
vimos na lição 23, trata-se da contração de 「なにか」 , cujo significado é “alguma
coisa”. Entretanto, 「なんか」 também tem uma função que em inglês é chamada de
“filler”. Segundo o Dicionário Merriam-Webster, um dos significados da palavra
“filler” é um som, palavra ou frase usado para preencher pausas na fala. Talvez, em
português uma das palavras mais usadas nesse sentido é “tipo”. Observe:
ALLAN: Eu acho que... (tipo) não vai dar, porque estou ocupado com uns trabalhos da
faculdade.
Veja que neste diálogo a palavra “tipo” não acrescenta nada à oração e é usada por
Veja que neste diálogo a palavra “tipo” não acrescenta nada à oração e é usada por
Allan somente para preencher uma lacuna, uma pausa em sua fala. Este recurso é
usado geralmente quando você está pensando exatamente como responder a uma
pergunta ou tentando achar um meio de suavizar aquilo que está prestes a dizer. Em
japonês, da mesma forma, algumas pessoas usam 「 な ん か 」 praticamente em
qualquer lugar de uma frase como “filler”, sem ter nenhum sentido. Observe o
exemplo:
Dito isto, você também pode colocar 「 な ん て 」 no meio de uma frase. Neste caso,
geralmente a ênfase tem um sentido negativo, de desprezo ou desgosto:
Novamente, aqui o falante está apenas sendo enfático ao dizer isso com 「なんて」 ;
muito mais do que se o tivesse deixado de lado.
Podemos usar 「なんて」 para fazer perguntas (o que, qual, como), entretanto, é
muito coloquial:
Também, 「なんか」no meio da frase pode ter esse sentido de ênfase dependendo do
contexto:
Seria oportuno agora aprendermos sobre a partícula 「こそ」 : ela acrescenta ênfase
a uma palavra ou frase. É como as palavras em itálico ou em negrito que usamos em
português para destacar um determinado grau de importância. Esta partícula é difícil
de traduzir, mas é aparentemente o mesmo que dizer "exatamente", "especialmente",
"em particular" ou "precisamente" (para enfatizar uma determinada parte de sua
"em particular" ou "precisamente" (para enfatizar uma determinada parte de sua
sentença):
たもつが御化けのことなんて信じらない。→ たもつが御化けのことなど信じらない。 =
Tamotsu não acredita em fantasmas.
Em japonês usa-se a partícula 「さえ」 para expressar que nem mesmo a expectativa
mínima foi cumprida, podendo indicar um sentimento de surpresa ou vergonha.
Seria como em português usamos a expressão “nem sequer” ou “nem ao menos”.
Observe:
Por outro lado, você também pode usar 「 さ え 」 em um sentido positivo para
expressar que algo que é tudo que você precisa:
お金さえあ れ ば 、 何 で も 出 来 る よ 。 = O mínimo que (você) precisa é de dinheiro e
お金さえあ れ ば 、 何 で も 出 来 る よ 。 = O mínimo que (você) precisa é de dinheiro e
(você) pode fazer qualquer coisa.
Para substantivos somente, você pode adicionar 「で」 e utilizar 「で さえ」 em
vez de apenas 「さえ」 . Não há diferenças gramaticais, mas isso soa um pouco mais
enfático:
Com relação aos verbos, devemos anexar 「さえ」 à base Ren’youkei se quisermos
expressar uma ação mínima para um resultado. Isso é geralmente seguido
imediatamente por 「する」 para mostrar que a ação mínima é feita (ou não):
Por fim, vejamos 「(で)すら」 , que é uma variante mais antiga do 「(で)さえ」 não
tão comumente usada. É essencialmente igual a 「 ( で ) さ え 」 , exceto que ela é
geralmente usada somente com substantivos:
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
LIÇÃO 46: COMPONDO SENTENÇAS IV
Nesta lição, vamos aprender mais alguns meios de se construir sentenças
interessantes. Da mesma forma que mencionamos no cabeçalho da lição
anterior, depois desta lição, você já terá um bom conhecimento da língua
japonesa, contudo, teremos outras lições dessa série.
Vamos abordar agora uma maneira de dizer que alguma coisa aconteceu assim que
outro fato ocorre. Para tanto, basta adicionar o substantivo 「 と た ん 」 à forma
passada da primeira ação que aconteceu. Também é comum acrescentar a partícula
「に」 para indicar esse ponto específico no tempo:
Uma coisa importante a entender aqui é que você só pode usar esta construção para
coisas que ocorrem imediatamente após outra e não para uma ação que você
mesmo realiza. Por exemplo, comparemos as duas orações seguintes:
Já que “ficar sonolento” é algo que aconteceu fora de seu controle, esta frase está
correta.
NOTAS:
1. Esta forma gramatical é usada apenas com ações que estão diretamente
relacionadas;
2. Esta forma gramatical é usada apenas com ações que realmente aconteceram
(passado).
私の顔を見るや、何か言おうとした。= (Ele) tentou dizer algo assim que ele viu meu
rosto.
教 科 書 を 読 ん だ そ ば か ら 忘 れ て し ま う の で 勉 強 が で き な い 。 = (Eu) esqueço
[repetidamente] logo depois que leio o livro, então, não posso estudar.
Você pode usar esta expressão para indicar algo que você pensa ser uma coisa, mas
para o seu espanto, as coisas realmente se tornam muito diferentes. Você deve
usá-la da mesma forma como faria para expressar qualquer pensamento, isto é,
usando a partícula 「と」 e o verbo 「思う」 . A única diferença é que usa-se 「思
いきや」 em vez de 「思う」 . Não há tempo verbal em 「思いきや」 , ou melhor,
uma vez que os resultados já estão contra as suas expectativas, o pensamento
original é implicitamente entendido como sendo passado. Observe os exemplos:
Como você pode ver, Akira está concluindo, a partir do que Mie disse, que ela não
deve ter nenhuma habilidade em aprender línguas. Isto é completamente diferente
da partícula explicatória 「の」 , que é usada para explicar algo que pode ser óbvio
ou não. Por outro lado, 「 わ け 」 é usado para tirar conclusões que qualquer
pessoa pode ser capaz de chegar, dadas certas informações.
Uma aplicação muito útil de 「わけ」 é combiná-lo com 「ない」 para indicar que
não há nenhuma conclusão razoável. Isso permite expressões muito úteis como
"Como é que vou saber?”
De acordo com as regras normais da gramática, deve-se ter uma partícula para o
substantivo 「わけ」 , a fim de usá-lo com o verbo, mas uma vez que este tipo de
expressão é usado com muita frequência, a partícula é muitas vezes deixada de lado;
assim temos apenas 「~わけない」 :
HIROSHI: あるわけないでしょう。= Não há nenhuma razão para já ter ido até a casa
dela, certo?
não há esperança.
não há esperança.
Finalmente, embora não seja tão comum, 「わけ」 também pode ser usado como uma
expressão formal para dizer que algo deve ou não deve ser feito a qualquer custo. É
uma versão mais forte e mais formal de 「~てはいけない」. Este padrão é criado
simplesmente unindo 「わけにはいかない」, e não pode ser usado para simplesmente
indicar a impossibilidade de realizar uma tarefa, pois se subentende que existe um
motivo à parte:
怒りを禁じえなかった。= (Eu) não pude controlar a minha raiva (Lit. Não foi possível
proibir a raiva).
Mas, será que realmente existe esse tal conjunto sem nome de palavras na língua
japonesa?
Para responder a essa questão vamos nos lembrar que na lição 20 abordamos as
“onomatopeias”, e mencionamos que elas são divididas em três tipos diferentes: 「ぎ
せいご」(擬声語), 「ぎおんご」(擬音語) e 「ぎたいご」(擬態語). Vamos nos focar no
terceiro grupo. Relembrando...
Nem todas as onomatopeias possuem todas as formas (os três exemplos acima são
realmente mais flexíveis em vista da maioria). Além disso, por vezes, as diferentes
formas da mesma onomatopeia terão significados um pouco diferentes, embora
sejam normalmente iguais ou muito parecidos. O importante aqui é estar ciente de
que uma onomatopeia em japonês (quando usada em uma frase) pode aparecer em
uma dessas formas.
As formas 1, 3 e 4 são mais complicadas, pois cada uma tem sua própria nuance de
uso. Algumas onomatopeias quase sempre virão com um 「 と 」 ; outras, não.
Também, a maioria dessas palavras funciona primeiramente como “advérbio”, mas
pode se encaixar em outras classes de palavras também. Apenas para ilustrar, veja
como o DenshiJisho classifica 「さっぱり」:
Depois do que expusemos, vemos que o conjunto “Advérbios Bikkuri” não existe; as
palavras desse suposto conjunto na verdade tratam-se apenas de uma forma possível
das onomatopeias.
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Japoleiro: http://japoleiro.blogspot.com.br/2006/10/wake-ni-wa-ikanai_13.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 47: PARTÍCULAS VI
Nesta lição, vamos abordar mais algumas partículas ou usos que não são tão
comuns, mas que você pode se deparar ao longo do caminho.
Na lição 15, aprendemos que a partícula 「 も 」 também pode ser usada para dar
ênfase, sendo esse uso comum em orações negativas:
Esse sentido de ênfase também é comum quando a partícula 「も」 aparece depois
de algum tipo de quantidade, significando que a quantidade indicada é excessiva.
Por exemplo, vamos observar o próximo exemplo:
Repare que a partícula 「も」 é anexada ao montante “três vezes”. Esta sentença
implica que o falante ligou três vezes e ainda assim a pessoa não atendeu ao telefone.
Assim, entende-se que o falante quer indicar que, para ele, três vezes foi um número
excessivo:
Também pode ser usada para dar um tom exclamativo ou ser usado como vocativo:
Enquanto 「くらい」 é usado para estimativa de algo quanto a sua dimensão‚ 「こ
ろ」 é usado para estimar um momento no tempo. Por exemplo, “Eu preciso estar
no trabalho por volta das 9.”, seria um exemplo no qual 「ころ」 é usado no lugar
de 「 く ら い 」 , já que não nos referimos à dimensão de alguma medida, mas de
tempo de relógio:
Similar à 「くらい」 ‚ o uso de 「ころ」 vs. 「ごろ」 é norteado principalmente
pelo contexto em que se pode ou não usar a versão coloquial.
Nesta oração, o ato de ir ao Japão foi realizado uma vez, e 「 き り 」 é usada para
indicar que esta “uma vez” deve ser entendida como “uma vez e somente uma”, ao
contrário de “uma vez” usado, por exemplo, como em “Eu estive lá uma vez quando
estava quente, e...”, o que na verdade não exclui que se tenha ido a um lugar várias
vezes. Vamos a mais um exemplo:
Aqui, 「 き り 」 é usado para tornar explícito que não houve mais ninguém que
fizesse o serviço além de “eu mesmo”. Se compararmos esta sentença com outra
similar em que se usa 「だけ」 , teremos:
Vemos que esta oração realmente não descarta a possibilidade de que havia outras
pessoas disponíveis para ajudar, e que, neste caso, o serviço foi feito sozinho por
alguém, por qualquer motivo. Em contrapartida, com 「 き り 」 se indica que no
momento de fazer esse trabalho, havia somente “eu” e mais ninguém.
Aqui 「きり」 é usado para indicar que o evento de encontrar-se com aquela pessoa
foi um fato singular.
A diferença entre usar 「きり」 , 「ぎり」 e 「っきり」 é sobretudo coloquial, e
A diferença entre usar 「きり」 , 「ぎり」 e 「っきり」 é sobretudo coloquial, e
tem a ver com o princípio “o que soa melhor”. No discurso coloquial, 「 ぎ り 」
deverá ser melhor que 「 き り 」 , e se alguém quiser colocar mais ênfase na
restrição extrema, 「 っ き り 」 soará melhor. Enfim, é, sobretudo, uma questão de
ouvir muitas vezes para desenvolver um senso de o que é melhor em cada situação.
A partícula 「ずつ」 é usada para indicar uma distribuição igual de algo, sobre
outra coisa. Por exemplo, "Essas laranjas são 80 ienes cada uma" ou "Cada par vai
compartilhar um livro.”. Veja que no primeiro exemplo temos uma distribuição igual
do preço sobre toda laranja:
A partícula 「とも」 se trata da combinação de 「と」 + 「も」 , mas não funciona
como uma partícula inclusiva, como você deve estar imaginando. Na realidade, é
usada para enfatizar o elemento ao qual ela está anexada:
É possível usar o condicional 「ば」, entretanto, com ele, perde-se o sentido de algo
que ocorre naturalmente:
Também, podemos omitir 「も」. Assim, porém, não há o sentido de ênfase (de algo
em especial):
A partícula 「なり」 pode ter dois sentidos. O primeiro é figurar em listas de dois
itens:
Ao ser usada por si mesma, tem o sentido de “Assim que...”, “no momento que”:
“(Eu) não me renderei!” seria a tradução convencional que seria atribuída à oração
acima. Contudo, uma tradução mais literal seria “(Acha mesmo que) serei
derrotado?”, o que na prática significa o mesmo.
O sentido de 「だの」 está entre 「と」 e 「や」 quando se faz uma lista. Ela cria
uma lista de itens, mas também implica que esta lista é representativa de algo. Por
exemplo:
Enquanto a lista não implica realmente que há algo mais além de cachorros e gatos,
diferentemente de 「や」 a lista por si só já é considerada algo representativo, neste
caso, de “todos os tipos relacionados”. E diferentemente de 「 と 」 , ela não é
completa. Pode ser que alguém diga que deve haver pássaros e coelhos, mas
novamente, pode ser que não.
Vimos a partícula 「だの」 no tópico anterior. Agora, vamos abordar 「だに」, que é
usada para expressar o mínimo necessário para que outra coisa aconteça:
Pode-se dizer que 「だに」 é parecido com 「(で) さえ」 e「(で) すら」, que vimos na
lição 45. A história foi mais ou menos assim: no início, 「 さ え 」 , que tinha se
originado do verbo Yodan 「そふ」, cujo significado era “adicionar”, era usado para
indicar adição, ao passo que 「だに」 expressava o mínimo, tomando essa função
de「すら」 ainda no Período Heian. Então, no período medieval, o uso de 「だに」 foi
diminuindo e 「さえ」 foi assumindo sua função.
O resultado disso tudo é que na língua moderna 「だに」, 「(で) さえ」 e「(で) すら」
expressam a mesma coisa, isto é, requisito mínimo.
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
LIÇÃO 48: COMPONDO SENTENÇAS V
Nesta lição, veremos mais alguns meios de se construir sentenças interessantes.
Você está progredindo bem, não é mesmo?
「だらけ」 geralmente é usado quando algo está repleto de alguma coisa em todos
os lugares. Normalmente, carrega uma conotação negativa. Como resultado, muitas
vezes você vai ver expressões como 「間違いだらけ」 , 「ゴミだらけ」 ou 「埃だら
け 」 . Não existe uma regra de conjugação para se abordar aqui; tudo o que você
precisa fazer é conectar 「 だ ら け 」 ao substantivo que está por toda parte. Você
deve tratar o resultado como se fosse um substantivo regular:
た っ た 1 キ ロ を 走 っ た だ け で 、 汗 ま み れ に な る の は 情 け な い 。 = É lamentável que
alguém fique coberto de suor por correr apenas um quilômetro.
O significado e uso de 「 かね る」 é abordado muito bem nesta neste link do site
“JeKai” (em inglês), com muitos exemplos. Embora o que mencionaremos aqui é
praticamente uma repetição do que está escrito lá, 「 か ね る 」 é conjugado no
padrão Ichi-dan e é usado como sufixo para verbos a fim de expressar uma
incapacidade, relutância ou recusa de uma pessoa em fazer algo.
Uma coisa importante que o site JeKai não menciona é como você faria para usar esta
gramática. Bem, isso não é difícil e você já deve ter imaginado pelos exemplos que
tudo que deve fazer é anexar 「かねる」 ou 「かねない」 à base Ren’youkei do
verbo
このままでは、個人情報が漏洩しかねないので、速やかに対応をお願い致します。= Neste
ritmo, há a possibilidade de informações pessoais vazarem, então (eu) peço que isso
seja tratado prontamente.
48.5. INDICAR ENTREGA TOTAL E IMPRUDENTE USANDO 「まくる」
48.5. INDICAR ENTREGA TOTAL E IMPRUDENTE USANDO 「まくる」
Para a forma não passada não negativa, você deve simplesmente anexar 「んばか
り」 à base Mizenkei do verbo. O verbo mais comum usado com esta gramática é
「言う」 , e também, geralmente se usa a partícula 「に」 ao final de 「ばかり」
(para usar a construção como advérbio):
Com relação ao verbo 「する」 , deve-se usar a base Mizenkei clássica, isto é, 「せ」
:
Importante ressaltar que o tempo verbal deste padrão é definido pela forma do
último verbo ou da cópula:
No site “Tae Kim's Guide to Learning Japanese” Tae Kim menciona que é possível
usar mais três formas com 「んばかり」, conforme segue (em vermelho):
Contudo, o livro “A Dictionary of Advanced Japanese Grammar”, página 375 não nos
Contudo, o livro “A Dictionary of Advanced Japanese Grammar”, página 375 não nos
dá essas possibilidades:
Bem, vimos como expressar que algo dá sinais de alguma coisa, usando 「 が る 」
para Keiyoushi e a expressão 「 ん ば か り 」 para verbos. De fato, existe um meio
semelhante para substantivos e Keiyoudoushi de se expressar a mesma coisa, isto é, é
usado para indicar que algo demonstra sinais de um determinado estado. Ao
contrário do 「 が る 」 , não há uma ação que indica algo, mas sim, apenas uma
atmosfera que dá a impressão de um estado. Essa gramática tem uma lista de
substantivos comumente usados como 「謎」 、 「秘密」 、ou 「皮肉」 .
Teoricamente, 「めく」 pode ser usado com advérbios e outras partes do discurso,
mas isso provavelmente não é praticado na realidade.
O verbo 「越す」 tem entre os seus significados “exceder” e está modificando 「こ
と」 , que significa “coisa”. De fato, uma tradução literal ficaria estranha para nós,
mas seria algo como “Não existe coisa excedida na (na ação de) dormir quando está
doente”, ou seja, talvez o que se queira dizer aqui é que quando se está doente, se
pode dormir à vontade, sem limites (não há “coisa excedida” nisso), porque nessas
circunstâncias não há nada melhor.
Algo curioso sobre ele é que também pode se um substantivo, tendo o significado de
“circunstância”. Vejamos o DenshiJisho:
“depender de”:
“depender de”:
Tendo esse mesmo sentido, 「いかん」 pode ser acompanhado pelos verbos 「問う」 ,
que significa “perguntar”, indagar” , ou 「関わる」, que significa “ser afetado”:
Algo interessante é que a forma negativa 「およばない」 pode seguir verbos, a fim de
indicar que uma ação ou algo não é necessário:
来るには及ばない。= Não há necessidade de vir (Lit. (Isso) não alcança o ato de vir).
Podemos expressar o contrário, isto é, expressar que algo não é possível sem que
outra ação seja executada, através do uso da forma negativa de 「済む」:
outra ação seja executada, através do uso da forma negativa de 「済む」:
A construção 「~にもかまわず」 expressa que alguém faz algo sem se preocupar nem
um pouco com [X]. Cremos que sem maiores explicações, você seria capaz de
entender essa construção, entretanto, vamos analisa-la: o que temos aqui é o auxiliar
de negação clássico 「 ず 」 anexado ao verbo 「 か ま う 」 → 「 か ま わ ず 」 e assim
obtemos “sem preocupar-se com”. Como se trata de um verbo intransitivo, esta
construção é anexada ao seu objeto através da partícula 「 に 」 . Com relação à
partícula 「も」, ela está aí só para enfatizar a negação.
A razão disso é que nosso intuito é que você aprenda japonês de modo sistemático.
Algumas dessas construções, embora básicas, possuem elementos mais avançados, e,
por isso, julgamos melhor abordá-las na presente lição.
2. それでは: é usado no início de sentenças para se referir a algo que foi dito ou está
subentendido pelo contexto para, então, se fazer uma afirmação a respeito:
5. それ か ら: expressa uma ordem cronológica de fatos, isto é, uma ação que ocorre
logo após a outra e está cronologicamente ligada a ela. Portanto, 「それから」 pode
ser traduzido literalmente como “depois disso”:
6. そこで: é usado para estabelecer uma situação como ponto de partida, a partir do
qual se desenvolve algo. Pode ser traduzido literalmente como “por meio dali” e
qual se desenvolve algo. Pode ser traduzido literalmente como “por meio dali” e
menos literal, “por conta disso”:
ひろしはサッカーの選手としては小さいが、そこを脚力で補っている。= Falando de
Hiroshi, como jogador de futebol, é pequeno, mas, apesar disso, se compensa pela
força nas pernas
10. それが: indica contrariedade, na qual a afirmação que se segue foge daquilo que
se esperava:
11. それも: Pode ser traduzido como “e também” ou “mesmo assim”, dependendo do
contexto:
14. それでも: indica que, apesar de uma situação (normalmente ruim), algo ocorre:
15. それどころか: já aprendemos que 「どころか」 indica algo que está muito fora do
alcance dada certa circunstância. Portanto, o sentido de 「 そ れ ど こ ろ か 」 está
alcance dada certa circunstância. Portanto, o sentido de 「 そ れ ど こ ろ か 」 está
próximo a algo como “longe disso”, sendo traduzido comumente como “pelo
contrário”. Indica que a situação está muito distante de algo dito ou subentendido:
19. そ の も の : literalmente significa “essa coisa”, mas pode ser usado para colocar
bastante ênfase a algo que o antecede:
Note que há uma semelhança de sentido com 「それから」. A sutil diferença está no
fato de que 「 そ れ か ら 」 expressa uma ordem cronológica de acontecimentos, ao
passo que 「そして」 é mais flexível quanto a isso. Em outras palavras, 「そして」
pode expressar ou não uma sequência de fatos.
Seguindo, temos 「どうして」 (如何して), cujos significados são “Por que” e “de que
maneira”:
Neste tópico vamos nos dedicar a explicar em poucas linhas o significado de algumas
palavras que você pode encontrar no seu dia-a-dia com frequência. Não será nada
novo ou complicado, haja vista que, como você já deve estar com um bom
conhecimento de gramática, esperamos que a aplicação de cada palavra aqui
apresentada seja facilmente deduzida e entendida.
Porém, parece que seu uso mais comum é mesmo como advérbio, cujo sentido e
aplicação são iguais ao de 「けっこう」:
aplicação são iguais ao de 「けっこう」:
Também pode ser usado para expressar que embora um fato (A) seja óbvio, outro
fato (B) o é igualmente:
Também, pode ser usado com orações nominalizadas, tendo um sentido de que essa
falta de algo torna as coisas difíceis ou mesmo impossíveis:
Aparece frequentemente com 「くらいなら」, expressão que significa “em vez de”:
すぐに戻るよ。 = (Eu) logo regressarei. (= entre a minha ida e meu regresso haverá
uma lacuna muito pequena)
Note que o sentido do exemplo acima pode ser encarado como “há pouco espaço
entre o problema de matemática e o ato de resolver, então, essa lacuna é facilmente
superada”.
Há também 「もうすぐ」 que significa “logo que”, mas com a restrição que não pode
ser usado se um primeiro evento “estopim” já não tenha acontecido. Observe as
orações abaixo:
O exemplo (2) está incorreto, porque o evento estopim (Telefonar para Makoto) ainda
não ocorreu.
相俟って 【あいまって】: é um advérbio que significa “com”, “em conjunto com”, mas
com o sentido de que essa combinação produz algo. É frequentemente precedido por
「とが」:
Importante ressaltar que 「足りる」 pode ser usado no lugar de 「足る」, pois são
sinônimos. Também, pode-se usar a forma negativa para expressar o contrário, isto é,
que algo é insuficiente ou indigno.
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 49: OS DIALETOS NO JAPÃO
Tal como acontece com muitos idiomas, a língua japonesa tem sua parcela de
dialetos regionais. Nesta lição, vamos conhecer os principais a fim de
enriquecer o seu conhecimento.
Há casos em que a diferenciação regional chega a ser tanta que leva à mútua
incompreensão. Se as mutações não só alterarem o falar local como se propagarem
para localidades vizinhas, como ondas, a superposição dessas “ondas” de inovações
dará ao mapa lingüístico de um país o aspecto de uma colcha de retalhos.
As línguas nacionais são dialetos que conquistaram prestígio em relação aos demais,
porque produziram importante literatura ou eram os dialetos falados pela classe
dominante. A língua oficial de uma nação tende a ser o dialeto da capital. Por isso, os
falares regionais não são dialetos da língua oficial. São dialetos de sua língua-mãe.
Como alguns dialetos se distanciam mais do que outros em relação à língua de
origem, muitos deles representam estados mais antigos de uma língua, que ainda
conservam traços já desaparecidos na língua-padrão.
Quando uma nação se forma, isto é, cria consciência nacional, desenvolve uma língua
nacional. Ela é baseada no dialeto de maior prestígio, mas recebe contribuições de
outros dialetos sendo compreensível em maior ou menor grau por todos os cidadãos.
A língua-padrão passa a ser ensinada nas escolas e, com a comunicação de massa,
veiculada na mídia. Isso, aliado ao prestígio e à possibilidade de ascensão social
permitida pelo domínio do padrão, faz com que falares regionais tendam a sumir. A
língua-padrão é sujeita à regulamentação da gramática normativa, o que lhe dá
caráter conservador e refreia parte da tendência natural à evolução. O português
oficial é fundamentalmente o dialeto lisboeta, que suplantou o galaico-português dos
primeiros séculos da história lusitana, enriquecido por outros dialetos portugueses e
idiomas.
Atualmente, o Japonês Padrão se espalha por todo o país e dialetos regionais estão
diminuindo por causa da educação, televisão, expansão do tráfego, a concentração
urbana etc. No entanto, os dialetos regionais não estão completamente substituídos
pelo Japonês Padrão. A propagação do Japonês Padrão significa que os dialetos
regionais estão agora rotulados como "nostalgia", "comoção" e "identidade local
preciosa" e muitos moradores gradualmente superam o seu sentimento de
inferioridade com relação aos seus dialetos. O contato entre dialetos regionais e o
Japonês Padrão inventa um novo falar regional entre os jovens, como o japonês de
Okinawa. Também, as novas gerações costumam misturar o japonês padrão com os
dialetos locais.
Importante observar que algumas pronúncias ocasionais são comuns à maioria dos
dialetos da língua japonesa. Assim como toda língua falada, ocorrem contrações
utilizadas no cotidiano. Por exemplo:
Kansai (関西) é uma das regiões da ilha de Honshu, Japão. Fazem parte da região as
províncias de Nara, Wakayama, Quioto, Osaka, Hyogo e Shiga. Observe o mapa:
Uma das características de Kansai é o dialeto típico da região, o 「かんさいべん」 (関
西 弁 ). Esta região tem como característica falar seu dialeto com orgulho
(especialmente as pessoas de Osaka e Quioto), visto que Osaka e Quioto têm uma
grande importância cultural e econômica a nível nacional. Historicamente, o dialeto
de Kansai desempenhou um papel importante no desenvolvimento gramatical e
lingüístico japonês, porque por um milênio a capital do Japão esteve localizada nesta
região: primeiro em Nara no século 8 e, em seguida, em Quioto (final do século 8 até
meados do século 19).
Tohoku (東北) é a parte norte da ilha principal do Japão, Honshu. A região consiste
em seis províncias: Akita, Aomori, Fukushima, Iwate, Miyagi e Yamagata. Observe o
mapa:
O dialeto de Tohoku é tão difícil de entender que, mesmo um japonês nativo, precisa
do auxílio de legendas quando um habitante de Tohoku está na TV. E para que você
fique realmente motivado, não há apenas um dialeto de Tohoku, mas cerca de uma
dúzia de diferentes versões do mesmo dialeto falado em toda a região. É comum
dizer que as pessoas de Tohoku falam sem abrir a boca. Como resposta, os habitantes
dizer que as pessoas de Tohoku falam sem abrir a boca. Como resposta, os habitantes
afirmam que a região é muito fria para falar, e que qualquer um faria o mesmo, se
vivesse lá.
Duas das características mais comuns do dialeto de Tohoku são esticar as vogais,
tornando-as mais longas e misturar os ditongos. Eles também mudar sons
consonantais (por exemplo, / k / torna-se / g /) e, por vezes, inserem um "n" antes de
"g" para torná-lo "ng". Estas características levam as pessoas de Tóquio a considerar
esse dialeto um tanto preguiçoso e caipira. . Vejamos algumas particularidades:
Quando ao idioma, por volta do século XIII, a língua de Okinawa começou a ser
escrita com Hiragana. Antes disso os habitantes das ilhas Ryukyu estavam
familiarizados com a escrita chinesa, devido ao comércio com a China, Japão e
Coreia. O Hiragana foi muito popular na maioria dos textos por muito tempo, porém,
a partir do século XVI passou a ser escrito numa mistura de Kanji e Hiragana.
Depois que Okinawa foi tomada pelo clã Satsuma em 1609, a língua oficial escrita
passou a ser o japonês, mas as pessoas continuaram a usar o uchinaguchi na
literatura local, até o século XIX. Depois que as ilhas Ryukyu foram anexadas ao
Japão em 1879, o uso do uchinaguchi e outros dialetos locais foi desencorajado nas
escolas, tanto para fala como escrita, e o japonês padrão baseados em dialeto de
Tóquio se tornou a linguagem da educação. Praticamente desapareceu o uchinaguchi
escrito.
Desde 1945, a escrita do uchinaguchi foi revivida com o uso de sistemas de escrita
baseado no alfabeto latino ou o silabário Katakana concebido por estudiosos
japoneses e americanos. Não há atualmente nenhuma maneira padronizada de
escrever o idioma. Algumas pessoas preferem escrever com Hiragana e Kanji.
Vejamos algumas expresses e palavras:
Fontes:
Tofugu: http://www.tofugu.com/2011/07/25/all-you-need-to-know-about-japans-weirdest-dialect-tohoku-
ben/
Uchiná: http://uchina.com.br/noticia.asp?id=3050
Wikipedia (português):
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dialetos_japoneses
http://pt.wikipedia.org/wiki/Okinawa
Nenhum comentário:
LIÇÃO 50: ESTUDANDO EXPRESSÕES FIXAS I
Nesta lição, veremos algumas expressões comuns e estudaremos seus
significados de uma maneira que faça sentido em japonês.
Todos os idiomas têm expressões fixas usadas para expressar diferentes coisas,
como agradecer as pessoas, desculpar-se, etc. Há ainda as expressões idiomáticas,
isto é, expressões fixas que têm um sentido diferente daquilo que as palavras,
literalmente, significariam. Por exemplo, em português quando dizemos “dar com os
burros n’água”, queremos dizer na verdade que alguém se deu mal e não que
literalmente os burros estão na água.
Tendo em vista que a esta altura você já deve estar bem familiarizado com a
gramática japonesa, nos próximos tópicos vamos estudar algumas dessas expressões
fixas, tentando entender o seu significado de um ponto de vista japonês.
É claro que há muitas outras expresões idiomáticas e não seria possível fazer uma
lista de todas elas. Você pode adquirir o livro “101 Japanese Idioms” ou mesmo fazer
uma pesquisa pela internet, como esta seção do blog “Baka Gaijin!” (em inglês), se
quiser saber mais a respeito.
É comum usarmos expressões como “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”, “tudo bem”,
É comum usarmos expressões como “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”, “tudo bem”,
ao nos encontrarmos com pessoas conhecidas. Em japonês, usamos as expressões
「 お は よ う ご ざ い ま す 」 , 「 こ ん に ち は 」 , 「 こ ん ば ん は 」 e 「 元 気 で す か 」
respectivamente. Agora, vamos analisá-las?
Seja como for, como resposta para 「お元気ですか」 geralmente se usa 「はい、おか
げさまで」 . Tradicionalmente 「かげ」 significa “sombra” e o sentido aqui está em
expressar que a outra pessoa age como a força motriz invisível por trás do falante.
Literalmente, então, significa “sim, devido a (sua) sombra” e pode ser interpretado
como "por causa de [suas] ações contruibuidoras, [eu estou onde estou agora, neste
momento]". É também usado com freqüência em situações em que alguém recebe
um elogio de alguém que contribuiu para qualquer coisa que mereça tal elogio.
Existem várias maneiras de usar esta expressão, sendo a mais comum 「どうもあり
がとうございます」 que tem a palavra 「どうも」 , que significa algo como “de todos
がとうございます」 que tem a palavra 「どうも」 , que significa algo como “de todos
os jeitos possíveis” e se origina da palavra interrogativa 「どう」 seguida do sufixo
generalizador 「も」 . Dizer somente 「ありがとう」 não é polido, pois é como um
simples "obrigado", e soa como se você não estivesse dando o respeito devido à
pessoas de status social mais elevado que fazem algo para você. Sendo assim, nunca
diga somente 「ありがとう」 ao seu professor, por exemplo.
Quando alguém sai de um lugar em que outra pessoa espera vê-lo novamente, este
alguém usa 「行って来ます」 , que significa “(eu) vou e virei (de volta)”. O exemplo
mais óbvio é quando alguém sai para o trabalho ou para escola de manhã, e 「行っ
て来ます」 é usado como despedida direcionada a quem ainda permanecerá na casa.
A resposta padrão, se tal retorno é garantido, é 「いっていらしゃい」 , que nada mais
é do que a forma honorífica de 「行って来て」 , isto é, “vá e venha (de volta), por
favor”. O fonema inicial 「い」 de 「いらしゃい」 é normalmente omitido, quando
precedido da forma TE, assim como acontece, por exemplo, com o 「い」 do verbo
「いる」 quando usado como suplementar para a forma TE.
Quando a pessoa que saiu retorna ao mesmo lugar, usa 「ただいま」 , que trata-se
de uma forma formal de 「いま」 , que significa “agora”. Provavelmente, o que se
deseja expressar aqui é “Eu vim (de volta) AGORA”. Como resposta típica a 「ただい
ま」 , se recebe 「 お か え り な さ い 」 , que nada mais do que a forma imperativa
honorífica do verbo 「 帰 る 」 , que significa “retornar à casa”. Sendo assim, esta
expressão significa algo como “pode retornar à casa”. No lugar de 「 お か え り な さ
い」 pode-se dizer somente 「おかえり」 .
Para se despedir de alguém que você não verá por um tempo considerável, usa-se
「さようなら」 que na verdade é um encurtamento da sentença 「そのようならば帰
ります」 . 「さよう」 se origina da contração de 「そのよう」 , que significa “desse
modo” e 「なら」 , como já sabemos, é um condicional. Sendo assim, o sentido que
se quer expressar aqui é algo como “Se (as coisas) estão desse modo (do jeito que
deveriam estar), retornarei (a minha casa).”
Esta expressão nasceu no japonês antigo, mas seu sentido atual ainda tem uma
conotação muito explícita de que o falante supõe que haverá um tempo considerável
até que veja novamente a pessoa com quem está falando. Deste modo, ao usarmos
「さようなら」 é como se disséssemos “adeus” e não um simples “tchau”. De sentido
semelhante estão expressões como 「それじゃ」 , abreviação de 「それでは」 = ”Se
é isso”.
Podemos usar também 「 お げ ん き で 」 como uma expressão geral de despedida
Podemos usar também 「 お げ ん き で 」 como uma expressão geral de despedida
direcionada a pessoas que você não encontrará no dia seguinte, como quando se
despede de um amigo incidental, ou se direciona a pessoas que estão meio
cabisbaixas, servindo de bons desejos. Quanto a sua origem, 「おげんきで」 pode ser
considerado um encurtamento da frase 「おげんきでいて」 , isto é, algo como “esteja
saudável”.
Outra forma de se despedir de alguém que você não verá tão brevemente é usar 「お
大 事 に 」 , que é um encurtamento da sentença 「 お 大 事 に し て く だ さ い 」 . O
Keiyoudoushi 「 大 事 」 significa “valioso” em um sentido figurado. Desse modo, o
que se quer expressar aqui é algo próximo de “Por favor, cuide-se como se fosse algo
valioso (para que eu possa encontrá-lo novamente em boa saúde, em algum
momento no futuro)”.
Se você quiser se despedir de alguém que verá brevemente, poderá dizer, por
exemplo, 「また明日」 , que é um encurtamento provavelmente de 「また明日会いま
しょう」 , ou seja, “Vamos nos encontrar amanhã de novo”. Note que tem um sentido
próximo ao de “até amanhã” em português e, de forma semelhante, podemos dizer
「また土曜日」 , isto é, “até sábado” e assim por diante.
Quando alguém sai de algum lugar mais cedo do que normalmente sairia (ou seja,
antes de todo mundo), geralmente usa 「お先に」 , que é uma abreviação de 「お先
に 行 っ て き ま す 」 e significa “Irei antes (de vocês). Pode ouvir duas respostas com
expressões fixas, como 「お疲れ様でした」 ou 「ご苦労様でした」 , ou ainda, uma
resposta de surpresa por sair mais cedo sem nenhuma razão clara.
Fontes:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 51: COMPONDO SENTENÇAS VI
Nesta lição continuaremos vendo algumas maneiras de se expressar diferentes
coisas, usando algumas palavras ou padrões.
「じゃん」 é uma gíria mais curta para expressar o mesmo tipo de coisa, exceto que
não tem sentido de uma pergunta para confirmar. É completamente afirmativo no
tom. Na verdade, o equivalente mais próximo de 「じゃん」 é 「じゃない」 usado
da seguinte forma:
Esta utilização é o único caso em que você pode anexar 「じゃない」 diretamente a
um Keiyoushi ou verbo. Uma vez que você realmente ouvir essa expressão na vida
real, vai notar que tem uma pronúncia distinta, que é diferente de quando
simplesmente o usamos para a negativa. Além disso, você tem que perceber que este
tipo de 「じゃない」 soa bastante maduro e feminino, ao contrário de 「じゃん」 ,
que é neutro em termos de gênero.
Vimos na lição passada que o substantivo 「かげ」 significa “sombra”. Podemos usá-
lo para indicar a causa de algo. Você pode imaginar que, assim como 「おかげさま
で」 , em que expresamos que a outra pessoa age como a força motriz invisível por
trás do falante, igualmente, uma ação, fenômeno ou coisa pode agir como causa para
algo, tendo um sentido positivo. Em português costuma-se traduzir esta expressão
como “graças a…”
O substantivo 「くせ」 (癖), significa “hábito (geralmente mau)” e pode ser usado da
mesma forma que 「 の に 」 para expressar uma concessão. Porém, enquanto que
「のに」 é neutro em uso, 「くせに」 transmite um sentido de irritação, crítica,
ou raiva:
Um ponto importante é que 「くせに」 não pode ser utilizado na primeira pessoa.
Além disso, a oração principal e a oração subordinada devem compartilhar o
mesmo tópico / sujeito. Sendo assim, as duas sentenças seguintes estão incorretas:
みどりはまだ学生のくせに両親は彼女に高いマンションを買ってやった。= Embora
Midori ainda seja uma estudante, seus pais compraram-lhe um condomínio caro.
(INCORRETA: deve-se usar 「のに」 ou 「にも拘らず」 )
Você pode imaginar “limite” aqui como sendo o perímetro de um lugar em que uma
ação está confinada e enquanto ela estiver dentro dele, será verdadeiro. Vejamos a
figura abaixo:
Sendo assim, poderíamos ate traduzir como “Enquanto permanecer confinado nos
limites que eu eu sei, ele é inocente”.
Não há nada de díficil neste uso de 「かぎり」 , não é mesmo? Apenas indica-se algo
como se o sujeito estivesse confinado nos limites da chateação.
A expressão fixa 「かとおもえば」 é usada para indicar que algo ocorre quase que
imediatamente após alguma coisa. Veja os exemplos:
この荷物全部は持ち切れない。= (Eu) não posso carregar toda esta bagagem (por que
この荷物全部は持ち切れない。= (Eu) não posso carregar toda esta bagagem (por que
há muita).
Você deve estar pensando: “Ok, podemos usar 「きれない」. Mas e quanto 「きれる」
ou mesmo 「きる」?”
Note que neste uso, poderíamos até traduzir como uma sequência de ações, isto é,
“Eu limpei meu quarto e finalizei.”
II. A segunda maneira de se usar 「しまう」 é para expressar uma ação que ocorreu
de forma não intencional, muitas vezes com resultados insatisfatórios. Vejamos
um exemplo:
51.8. EXPRESSANDO QUE ALGO ESTÁ RESTRITO A ALGUMA COISA USANDO 「に
すぎない」
それは夢に過ぎない。 = Isso não é nada mais que um sonho. (Lit. Falando de isso, não
excede o sonho).
Bem, você deve estar pensando “qual o motivo deste tópico, já que podemos imaginar
o significado de 「にすぎない」 se pensarmos como um nativo?”. A resposta está no
fato de que 「 に す ぎ な い 」 pode também ser usado com verbos, algo que
provavelmente não imagináriamos ser possível (tenha sempre em mente que
gramática não é como a matemática):
Como 「違う」 é intransitivo, você deve estar pensando que normalmente se usa a
partícula 「 に 」 para marcar o elemento que para nós seria o objeto indireto do
verbo:
Entretanto, este não é o caso. Com o verbo 「違う」 deve-se usar a partícula 「と」
para tal finalidade. Lembre-se que gramática não é como a matemática e nem
sempre o lógico é o correto. Assim, temos:
Bem, mas podemos usar 「に」 com 「 違 う 」 quando se refere à expressão fixa
Bem, mas podemos usar 「に」 com 「 違 う 」 quando se refere à expressão fixa
「にちがいない」 , que é usada com bastante regularidade, e em expressões em que
se deseja transmitir uma afirmação inabalável quanto ao resultado. Ela se trata da
base Ren’youkei de 「違う」 seguida de 「ない」 . Vejamos:
Você pode pensar o sentido desta frase como “falando de ele, não há diferença de ser
inocente.” Ok, em português pode não fazer muito sentido, mas tenha em mente que
estamos tratando de língua japonesa e a maneira como as ideias são expressadas em
cada idioma pode ser diferente.
Uma tradução literal meio seria algo como “Tornou-se a aparência de o ônibus
atropelar ele”. Alguns podem pensar que isso não se aproxima do sentido de “quase”
em português, mas vale lembrar que estamos tratando de línguas diferentes e este é
um dos modos de se expressar “quase” em japonês.
Outra construção similar a 「~そうになる」, mas que não tem a mesma restrição é a
que veremos a seguir. Atente-se para as partes destacadas:
Uma tradução literal seria: “Era o ponto onde (eu), por um pouco mais, termino de
escrever uma longa tese”.
Neste tópico vamos nos dedicar a explicar em poucas linhas o significado de algumas
palavras que você pode encontrar no seu dia-a-dia com frequência. Não será nada
novo ou complicado, haja vista que, como você já deve estar com um bom
conhecimento de gramática, esperamos que a aplicação de cada palavra aqui
apresentada seja facilmente deduzida e entendida.
普通 【ふつう】: funciona da mesma forma que 「ただ」, com a diferença que carrega
um forte tom emotivo e um sentido de “e nada além disso”:
如何にも 【いかにも】: é um advérbio que transmite uma convicção emotiva. Pode ser
traduzido como “certamente”, “verdadeiramente”:
や っ と : um advérbio que indica que algo desejável foi atingindo ou está prestes a,
apesar de um esforço árduo. Pode ser traduzido como “finalmente” e tem sempre
sentido positivo:
私はやっとにげた。= Falando de “eu”, eu finalmente fugi.
私はやっとにげた。= Falando de “eu”, eu finalmente fugi.
Pode aparecer funcionando como substantivo com o mesmo sentido isto é, de algo
alcançado com grande esforço:
Nesse último exemplo, afirma-se literalmente que o ato de sobreviver é árduo, mas é
finalmente alcançado.
上 【じょう】: é um sufixo que se trata do mesmo Kanji para “cima”. Isso pode nos
ajudar a compreender seu sentido, que pode ser “em termos de”, “por razões de”,
“para o benefício de” ou “do ponto de vista de”. Todos esses sentidos, de certo modo,
podem ser resumidos em “em cima de”, que poderia ser entendido como
“considerando [X]”:
「 け っ か 」 pode ser interpretado como “como resultado de” apenas quando não é
seguido por uma partícula. Caso contrário, é simplesmente um substantivo:
彼の怠けぶりを許せない。= (Eu) não posso perdoar a preguiça dele (Lit. (Eu) não posso
perdoar o estado de preguiça dele).
Fontes:
Jgram.org: http://www.jgram.org
Renshuu.org: http://www.renshuu.org/index.php?page=grammar/main#
A Dictionary of Intermediate Japanese Grammar, Seiichi Makino & Michio Tsutui
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 52: ESTUDANDO EXPRESSÕES FIXAS II
Nesta lição, vamos continuar a estudar algumas expresses fixas da língua
japonesa, agora de forma individual e não em tópicos como na lição I deste
tema.
A expressão 「喉が渇いています」 é usada quando se está com sede. Veja que não se
diz "estou com sede", mas se usa uma afirmação menos direta "(minha) garganta está
seca”.
Lteralmente significa “Prenda seu espírito”, talvez no sentido de “não deixe que nada
que solte seu espírito (cause morte) aconteça”.
Para se desculpar por ações realizadas, use 「ご免ください」 após a forma TE:
Esta expressão também é usada para recusar propostas importantes, nas quais o ato
de recusar pode causar problemas para a outra parte (como quando alguém está
dependendo de você, ou quando alguém confessa amor por você).
Para se desculpar por ações realizadas, use 「ご免なさい」 após a forma TE:
A expressão 「いけない」 é frequentemente usada para indicar que algo não será
feito, está prestes a ser feito de forma errada, ou está neste exato momento sendo
feito errado. Como vimos em lições passadas, é tecnicamente a forma potencial curta
do verbo 「 行 く 」 e significa, literalmente, "não poderá ir". Usado desta forma, é
geralmente escrita apenas em hiragana.
A história diz que 「 も し も し 」 era usada por que os demônios não podiam
pronunciá-la, e isso permita que as pessoas soubessem se uma pessoa real tinha
atendido ao telefone do outro lado da linha. Independentemente de a história ser
verdadeira ou não, 「もしもし」 se origina de 「申し申し」 do verbo humilde 「申
す」 .
Esta expressão também é usado para chamar a atenção de alguém quando parece
estar distraído, semelhante à forma como se poderia gritar "oiiiiiiii" para alguém que
parece ter começado o dia sonhando.
A aplicação do termo 「勿体ない」 simboliza o respeito pela essência das coisas, não
apenas em relação à causa ambiental, mas também elevando a consideração pelos
direitos humanos e a paz mundial. É um conceito atemporal, que induz à reflexão
sobre questões de desperdício e pode resultar em uma reconsideração do modo como
se dá o trato entre pessoas, animais e objetos.
Fontes:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
LIÇÃO 53: COMPONDO SENTENÇAS VII
Nesta lição que será extensa, mas de grande valia, vamos abordar mais
construções interessantes, embora algumas delas sejam menos usuais. No tópico
final, apresentaremos definições rápidas de algumas palavras.
Em orações não negativas, 「あまり」 pode ser usado também e costuma aparecer em
conjunto com 「に(も)」, onde 「も」 parece apenas dar mais ênfase ao seu sentido:
Como substantivo, 「 あ ま り 」 é muito versátil, podendo até ser usado para indicar
que algo é causado por excesso de alguma coisa:
Antes de entendermos esse uso, vamos recordar dois trechos da lição 35:
livro.
livro.
Note que poderíamos traduzir estes dois exemplos como ações sequenciais
e pressupor que estamos falando de causa e efeito. Isso faz sentido mesmo
em português quando, por exemplo, dizemos: “Estou doente e não irei
trabalhar.” (= Como estou doente, não irei trabalhar.). É tudo questão de
contexto.
(B)
Sendo assim, o que provavelmente temos aqui é uma sequência de ações / estados
com o sentido exposto em (A) e em que a partícula que acompanharia 「あまり」 é
omitida. Por esta razão, poderíamos traduzir literalmente o exemplo como “é excesso
de medo e (eu) não pude abrir a boca”. (relação de causa e efeito).
É importante ressaltar que o fato ou substantivo que 「次第」 segue tem um sentido
de condição, pré-requisito para que se cumpra o que será dito a seguir. Portanto, o
sentido de 「次第」 comumente é traduzido como “dependendo de [X] (fato), então
[Y] se cumprirá”:
Na lição 19, vimos que partícula 「 か 」 pode expressar a alternância entre termos,
isto, um de seus significados é “ou”:
Agora, vamos estender as possibilidades para se dar alternativas. É aqui que entram
em campo as palavras 「または」(又は), 「あるいは」(或いは), 「それとも」(其
れ共)e 「もしくは」(若しくは).
Essencialmente, todas essas palavras indicam que o falante está pensando sobre
qual alternativa é para ser escolhida (é válida) dentre as outras. Entretanto,
quando não há essa dúvida, isto é, quando as alternativas apresentadas são todas
válidas,「それとも」especificamente, não pode ser usado. Por exemplo, em 「ご注文
は電話か、あるいはインターネットでお願いします」 não podemos usar 「それとも」,
haja vista que aqui ambas alternativas (telefone ou internet) são válidas – tanto faz
escolher uma ou outra.
Agora, vamos nos atentar para os verbos 「向く」 e 「向ける」 que significam “virar
Agora, vamos nos atentar para os verbos 「向く」 e 「向ける」 que significam “virar
para” e “virar-se para”, respectivamente. Podemos usar suas bases Ren’youkei, isto é,
「向き」 e 「向け」 como sufixos para substantivos para, essencialmente, indicar o
alvo de alguma coisa.
Na lição 22, vimos que uma construção útil é usar 「 と い っ て も 」 para expressar
contrariedade:
Portanto, 「とはいえ」 não é nada mais do que a Base Kateikei do verbo 「言う」com
o sentido clássico. Aliás, podemos até usá-la em combinação com a partícula clássica
「ども」 para expressar o mesmo:
Na lição 23, mencionamos que 「いくら」, pode transmitir o sentido de “não importa
o quanto se faça [X], [Y] acontece.” Para tanto, basta usá-lo com o verbo (ou qualquer
o quanto se faça [X], [Y] acontece.” Para tanto, basta usá-lo com o verbo (ou qualquer
classe flexionável) + a partícula dupla 「ても」, que como já sabemos, expressa uma
contradição. Veja o exemplo:
Na lição 18, no tópico sobre os Keiyoudoushi, vimos que além dos Keiyoudoushi do
tipo Nari, havia os do “tipo Tari”, que vinham todos do Kango. Eles eram raramente
vistos em obras no Período Heian (794-1185), mas se tornaram muito frequentes nos
contos militares e na escrita ao estilo chinês do Período Edo (1603-1868).
NOTA: Rentaishi é o termo utilizado para descrever as formas arcaicas dos adjetivos
padrão. Atualmente, só podem ser usados antes de substantivos ou verbos como
modificadores e nunca na predicação de uma sentença.
De fato, já não havia muitos adjetivos do tipo Tari no Japonês Clássico e poucos
sobreviveram como Rentaishi no japonês moderno. Além disso, a função atributiva
de 「たる」 é normalmente substituída por 「とした」. No entanto, na escrita mais
formal, esses adjetivos aparecem em todos os lugares. Dependendo do adjetivo, eles
podem ter adquirido outras formas atributivas legítimas. Por exemplo, você pode
usar 「 主 な 」 ou 「 主 た る 」 (= principal). Como essas palavras geralmente são
consideradas difíceis ou arcaicas, os livros didáticos para alunos de língua
estrangeira não costumam abordá-las.
Agora, vamos fazer uma abordagem mais avançada sobre a cópula 「 た る 」 neste
tópico, pois ela ainda pode ser vista em mais construções no Japonês Moderno,
Podemos usar 「たる」 com a partícula 「や」, obtendo 「たるや」 para enfatizar
um tópico. Contudo, esse uso é raramente visto:
Lembre-se que o que se segue 「たるもの(は)」 deve mostrar qual a forma, função
ou status que [X] deve ter.
Enfatizamos “realmente”, pois se a quantidade for uma tonelada, por exemplo, 「たり
とも」 não se aplica.
Nós já sabemos que o sentido essencial de 「まで」 é “até” e que ele frequentemente
aparece em conjunto com 「から」:
Outra possibilidade é usar 「 そ れ 」 para indicar que se algo acontecer, nada mais
Outra possibilidade é usar 「 そ れ 」 para indicar que se algo acontecer, nada mais
poderá ser feito:
Temos que aprender esse conceito, porque ele é usado frequentemente para
descrever os sentimentos ou aquilo que está na mente. O termo 「気」 (き) é usado
em muitas palavras, como na composição de Kanjis que descreve suas emoções, isto
é, 「気持ち」, que significa literalmente “o 「気」 que é carregado” e suas sensações
físicas, 「 気 分 」 , que também contem o mesmo Kanji 「 気 」 . Mas não é só em
palavras que 「気」 (き) aparece. Ele é usado em muitas expressões.
Neste tópico abordaremos algumas expressões comuns que você pode usar para
descrever o seu 「気」. São tão úteis e simples (mas por algum motivo, muitas vezes
negligenciadas em sala de aula).
(1) あの噂を気にする。
(2) あの噂が気になる。
Outra expressão é 「気がつく」 (ou 「気づく」), que literalmente pode ser traduzida
como “o 「気」 se prende (a você)”, e você pode pensar que isso é de tal modo que
lhe faz recuperar a consciência. Sendo assim,「気がつく」 indica o fato de se dar
conta de algo, que outrora passara despercebido pela falta dessa consciência:
Agora, vamos nos atentar para a expressão 「気をつかう」, que literalmente significa
“usar o 「気」”. Isso tem o sentido de prestar atenção ou auxiliar alguém, às vezes
de uma maneira que se torna um fardo. Você pode pensar, por exemplo, que um
bom anfitrião sempre usa seu 「気」(sua energia) em prol de seus convidados e suas
necessidades.
Agora é a vez de 「気がある」, que significa literalmente “existe 「気」” e indica que
alguém tem interesse em outra pessoa, seja romântica ou sexualmente:
Finalmente, vamos ver 「気にいる」. Essa é uma expressão curiosa, porque nela se
usa a leitura 「いる」, não tão comum para 「入る」. É comumente usada no tempo
passado 「気に入った」, significando literalmente que “algo entrou em seu 「気」”.
Assim, tem o sentido que algo caiu no seu agrado:
「気に入った」 é uma maneira mais casual, mais curta e mais fácil de dizer a mesma
「気に入った」 é uma maneira mais casual, mais curta e mais fácil de dizer a mesma
coisa que 「 好 き に な っ た 」 . Também, se você usa o navegador de internet em
japonês, provavelmente já deve ter percebido que os “Favoritos” são chamados 「気
に入り」.
Neste tópico vamos nos dedicar a explicar em poucas linhas o significado de algumas
palavras que você pode encontrar no seu dia-a-dia com frequência. Não será nada
novo ou complicado, haja vista que, como você já deve estar com um bom
conhecimento de gramática, esperamos que a aplicação de cada palavra aqui
apresentada seja facilmente deduzida e entendida.
成る程 【なるほど】: é uma expressão / advérbio que é usado quando o que a pessoa
está dizendo a você faz, de alguma maneira, você ver a situação a partir de uma nova
perspectiva:
矢っ張り 【やはり・やっぱり】: pode ser usado quando lhe dizem algo que você já
esperava ser fato. Por exemplo, se alguém lhe dissesse “fumar é prejudicial à saúde”,
você poderia responder com 「 や っ ぱ り 」 , para expressar algo como "é como eu
esperava".
expectativas, podendo ser traduzido como “Não pode ser!”, “Impossível!”, “Não
expectativas, podendo ser traduzido como “Não pode ser!”, “Impossível!”, “Não
acredito!”:
置きに 【おきに】 e 毎に 【ごとに】: são dois sufixos usados para indicar intervalo.
Resolvemos tratar desses dois sufixos num mesmo trecho, pois são parecidos e
mesmo os japoneses (e muitos) se confundem com a diferença entre os dois. Em
poucas palavras 「おきに」 significa “depois de [X] unidade respectivamente” e 「ご
とに」, “respectivamente na [X] unidade”.
Para ficar mais claro, vamos supor que você tenha que estudar para uma prova, e
como parâmetro vamos considerar 「 三 日 」 = três dias. Agora, observe o quadro
abaixo (“O” significa o dia que você estuda; “X” significa o dia que você não estuda):
Sendo assim, podemos imaginar que “Deixa-se para trás três dias, e se estuda no dia
que se segue” e assim sucessivamente. Já com 「ごとに」 imagine que o intervalo é a
quantidade expressa, menos 1, assim, não se estuda dois dias, e no dia seguinte
(terceiro dia) se estuda, e assim sucessivamente.
ろくに彼女と話をする暇もない。= (Eu) mal tenho tempo de ter uma conversa com ela.
(Lit. Não existe nem sequer tempo de ter uma conversa com ela suficientemente).
故に【ゆえに】: é uma conjunção que significa “devido a”, “por esta razão”. Trata-se
do substantivo-advérbio 「 ゆ え 」 , que pode ser traduzido como “causa”, “razão”,
“circunstância” combinado com a partícula 「 に 」 . Essa construção, entretanto, é
arcaica e usada somente na escrita muito formal. Algo interessante é que 「ゆえに」
pode ser opcionalmente antecedido pela partícula 「が」 quando segue verbos ou
Keiyoushi. Nesses casos, 「が」 é usado à moda antiga, desempenhando o papel da
partícula 「の」:
Tem o mesmo sentido de 「あげく」, com a diferença que 「すえ」 possui sempre um
aspecto negativo, ao passo que 「あげく」 (lição 46) não necessariamente.
Pode ser usado também para descrever duas ações ou estados simultâneos e
contrastantes:
Sendo também um substantivo, pode ser modificado por verbos para indicar que há
forte conexão entre a sentença que precede 「いじょう」 e a que vem depois, como
que uma não pode existir sem outra:
敢えて 【あえて】: é um advérbio usado para expressar que alguém se atreve a algo,
apesar da dificuldade, perigo ou oposição. A pessoa que se atreve a fazer alguma
coisa tem de ser falante, ou alguém que ele conhece muito bem. Também, o ato é algo
contrário ao senso comum, apesar de saber que a ação pode resultar em perigo ou a
oposição:
Pode ser que alguém não concorde em classificar 「ほかならない」 como Keiyoushi,
alegando que o que temos aqui é apenas o sentido literal de “Não se tornará outra
(coisa), além de [X]”, onde a partícula 「に」 entre 「ほか」 e 「ならない」 é omitida
(= 彼 は 泥 棒 に ほ か に な ら な い (??)). Entretanto, dentro dos padrões gramaticais, tal
construção está incorreta. É certo que poderíamos considerar 「ほか」 como objeto
de 「ならない」, mas o problema está no primeiro 「に」 (entre 「泥棒」 e 「ほか」).
Se quiséssemos torna-la gramaticalmente válida, deveríamos trocar o primeiro
「 に 」 por 「 の 」 (= 彼 は 泥 棒 の ほ か に な ら な い ). O problema é que, embora
gramaticalmente válida, dificilmente alguém falaria assim. Portanto, ficamos com a
posição do DenshiJisho.
中 【ちゅう】: é um sufixo para substantivos (ou elementos que se portem como tal) e
seu significado é “durante”, “no curso de”, “através de”. Pode ser pronunciado 「じゅ
う」, havendo uma sutil diferença: com 「ちゅう」 se indica “em algun(s) ponto(s)
de [X]”, enquanto que com 「じゅう」, se indica “o todo de [X]”. Para ficar mais claro
observe a figura abaixo:
すると: é rotulado de conjunção cujo significado é “então”, “assim”, “com isso”, “isso
significa que”. Na verdade trata-se de uma abreviação de 「 そ う す る と 」 , que
também pode ser usado. Literalmente significa “Se desse jeito fizer”:
também pode ser usado. Literalmente significa “Se desse jeito fizer”:
Fontes:
Japoleiro: http://japoleiro.blogspot.com.br/
Jgram.org: http://www.jgram.org/index.php
NihongoResources: http://www.nihongoresources.com/dictionaries/universal.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial ›
Visualizar versão para a web
Tecnologia do Blogger.
SUPLEMENTO I: O TESTE DE PROFICIÊNCIA NA LÍNGUA
JAPONESA (JLPT)
Neste primeiro suplemento, vamos abordar o JLPT (Teste de Proficiência na
Língua Japonesa), mostrando do que se trata, como ele é e como é aplicado, bem
como os métodos usados para avaliação e aprovação.
Originalmente o JLPT tinha 4 níveis, sendo o quarto o mais fácil, e o primeiro o mais
difícil. Observe o quadro abaixo:
difícil. Observe o quadro abaixo:
No entanto, em 2010 foi estabelecido mais um nível, pois, como podemos notar, a
diferença entre os níveis 3 e 2 era enorme. Observe como ficou a disposição para
cada nível:
Segue abaixo, as habilidades que se espera que o candidato tenha ao ser aprovado
em cada nível:
CEP: 04106-020
E-mail: info@cblj.com.br
E-mail: info@cblj.com.br
Site: www.cblj.com.br
------------------------------------------------------------------
CEP: 01504-001
CEP: 01508-001
E-mail: alianca@aliancacultural.org.br
Site: www.aliancacultural.org.br
------------------------------------------------------------------
CEP: 69057-070
E-mail: nippaku@netium.com.br
------------------------------------------------------------------
CEP: 70860-110
------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------
CEP: 40275-160
E-mail: fcnbb@hotmail.com
------------------------------------------------------------------
CEP: 20021-120
E-mail: renmei@nethall.com.br
------------------------------------------------------------------
CEP: 90620-130
E-mail: acj-poa@acj-poa.com.br
------------------------------------------------------------------
CEP: 66060-460
Vamos detalhar:
Obtida a pontuação total, a nota de corte para o nível 5 é 80 pontos, e para o nível 4,
90 pontos.
Sendo assim, perceba que, mesmo que o candidato atinja a pontuação mínima para
cada seção, isso não será suficiente para ser aprovado na nota total e também,
mesmo que tenha atingido a nota de corte na pontuação geral, se ele não atingir o
mínimo necessário em cada uma das seções, será reprovado.
Nestes níveis, cada seção valerá 60 pontos, sendo assim, o teste valerá 180 pontos.
Nestes níveis, cada seção valerá 60 pontos, sendo assim, o teste valerá 180 pontos.
Obtida a pontuação total, a nota de corte referente à pontuação total, para o nível 3
é 95 pontos, para o nível 2, 90 pontos, e para o nível 1, 100 pontos.
Com relação às notas de corte por seção, será 19 para cada uma:
Segundo o site oficial do JLPT, é utilizado “um sistema de pontuação em escala com
base na "Teoria da Resposta ao Item" e não o total de pontos atribuídos de questões
respondidas corretamente”.
O método de cálculo de notas conhecido como Teoria da Resposta ao Item (TRI) pode
parecer injusto à primeira vista, mas já é usado em testes consolidados do mundo
inteiro desde a década de 1950 justamente com o objetivo de se alcançar uma
avaliação mais próxima do conhecimento real do candidato. Em linhas gerais, nele se
leva em conta não só o número questões corretas em si, mas também o padrão de
respostas do aluno. Em outras palavras, a TRI pressupõe que um candidato com
certo nível de proficiência tende a acertar os itens de nível de dificuldade menor
que o de sua proficiência e errar aqueles com nível de dificuldade maior.
Sendo assim, dois alunos com o mesmo número de acertos podem receber da TRI
diferentes valores de proficiência. Receberá maior proficiência aquele aluno que
apresentar respostas aos itens de forma mais coerente com o construto que está
sendo medido. Isso nos leva a concluir que “chutar” não é uma boa escolha, haja
vista que o método faz diminuir o peso de eventuais acertos fora do padrão, já que
um candidato que teve dificuldade nas questões fáceis do teste dificilmente saberia
solucionar as perguntas mais complexas.
Recomendamos que você assista a estes dois vídeos que sintetizam bem a essência do
método TRI: VÍDEO 1 / VÍDEO 2.
Fontes:
Wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Avalia%C3%A7%C3%A3o_de_Profici%C3%AAncia_na_L%C3%ADngua_Japone
sa
Tantou Blog: http://tantoublog.blogspot.com.br/2010/09/novo-jlpt-escores-minimos-para.html
Uchina: http://www.uchina.com.br/noticia.asp?id=2754
MEC: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17319:teoria-de-resposta-
ao-item-avalia-habilidade-e-minimiza-o-chute&catid=389:ensino-medio
Entenda a Teoria de Respostas ao Item (TRI), utilizada no Enem, Camila Akemi Karino e Dalton Francisco
de Andrade: http://vestibular.brasilescola.com/baixar/861955a8d8b29a17d150811ecf19a826.pdf
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹ Página inicial
Tecnologia do Blogger.