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Instituto Brasileiro do Concreto AVALIAGAO DA ABERTURA DE FISSURAS DE FLEXAO EM VIGAS DE CONCRETO SEGUNDO DIFERENTES PROPOSTAS Eduardo Christo Silveira Thomaz (1); Luiz Antonio Vieira Carneiro (2) (1) Professor M.Sc. do Departamento de Engenharia de Fortificago e Construgtio Instituto Militar de Engenharia, Doutorando IME ‘email: ethomaz@ime.eb.br (2) Professor M.Sc. do Departamento de Engenharia de Fortiticagso e Construgaio Instituto Militar de Engenharia, Doutorando COPPE/UFRJ ‘email: cameiro@ime.eb.br destinatério para correspondéncia Prof. Eduardo Thomaz Instituto Miltar de Engentraria - IME Departamento de Engenharia de Fortficago e Canstrugéo - DE/2 Praga General Tibireio, 80, Praia Vermelha/Urea, CEP 2290-270, Rio de Janeiro, Ru, Brasil Palavras Chaves: avaliagfo, abertura de fissuras de flex, vigas de concreto armada e propostes. Resumo Varios so os tipos de fissuras que ocorrem em estruturas de concreto, relacionados a tens6es internas, que podem ter origem na variagéo de temperatura, na retracdo e nas reagdes quimicas internas do concreto, ¢ na condigao de coneretagem da estrutura. O carregamento atuante nas estruturas e a deformabilidade estrutural sao causas importantes de fissuragao. Em geral, as fissuras de flexdo sao as mais investigadas e aferidas em laboratorios de estruturas e as formulagées propostas para determinacao da sua abertura levam em conta as deformagées do ago e do concreto e 0 espacamento entre as fissuras, que é fungdo do cobrimento do concreto e dos espagamento, diametro e taxa da armadura interna longitudinal de tracao. Propostas (REHM, 1968), normas (NBR 6118, 1978; DIN 1045, 2001; NBR 6118, 2003) e cédigos (CEB, 1978) de dimensionamento de estruturas de concreto baseiam-se em coneeitos basicos similares, cujas formulages objetivam calcular, limitar e controlar a abertura das fissuras, com vistas a durabilidade e a utiizagao das estruturas. Os ajustes feitos nestas formulagdes, em decorréncia de resultados experimentais, conduzem a expressées diferentes e a previsdes diversas para os valores de aberturas das fissuras de flexao, Face a importancia do assunto no dimensionamento e projeto de estruturas de concreto, este trabalho tem por objetivo apresentar e avaliar expressdes para determinagao da abertura de fissuras de flexao em diferentes vigas de concreto armado, Cujos resultados sao comparados com os verificados em ensaios. 46! Congresso Brasileiro do Concreto 1 Instituto Brasileiro do Concreto 1 Introdug¢ao Q projeto e o dimensionamento devem atentar para as funcionalidade, estabilidade e durabilidade das estruturas de concreto sob condigdes adversas ambientais e particulares durante um determinado periodo de tempo, sem perder suas caracteristicas inicialmente admitidas, relacionadas a0 uso, a manutengao e a reparacdo necessaria quando de danos acidentais. Sendo assim, as estruturas de concreto, no seu todo ou em parte, devem ter: controladas suas deformagées oriundas das agdes nelas atuantes, sem haver comprometimento quanto a aparéncia e ao conforto; adequada seguranga contra ruptura provocada pelas solicitagdes; limitadas aberturas de fissuras. Dentre os inimeros problemas estruturais que podem surgir numa estrutura, a fissuragao do concreto 6 o que mais ocorre e é inevitavel, face a grande variabilidade e a baixa resisténcia do concreto a tracao. Pode ser atribuida a tensdes internas, possivelmente originadas na variagao de temperatura, na retragao, e nas reagdes quimicas internas do concreto, e na condigao de coneretagem da estrutura. O carregamento atuante nas estruturas e a deformabilidade estrutural s40 causas importantes de fissuracao. Em se tratando de capacidade de utilizagao, a armadura interna das estruturas deve ser dimensionada e detalhada com o intuito de evitar a fissuracao intensa do concreto (estado limite de abertura das fissuras), que pode acarretar a corrosdo da armadura interna em detrimento da durabilidade estrutural e causar desconforto estético e psicologico. No caso de elementos estruturais onde se requeira a estanqueidade, mais especificamente em reservatorios e adutoras de concreto, especial atencdo deve ser dada @ quantidade e disposi¢ao da armadura intema. Os valores da tensao maxima de tracdo atuante no conereto devem ser reduzidos, impedindo 0 inicio da fissuragao (estado limite de formagao de fissuras) ou aliviados. por intermédio da protensao (estado limite de descompressao). A fissuragéo do concreto é um processo randémico e varios so os parametros influentes, dentre os que mais se destacam no desenvolvimento de abertura de fissuras de flex&o so as deformagées do ago e do concreto e o espagamento entre as fissuras, que € fungao do cobrimento do concreto e dos espagamento, diémetro e taxa da armadura interna longitudinal de tragao. Neste trabalho sao apresentas algumas expressdes para determinacao da abertura de fissuras de flexao em diferentes vigas de concreto armado, extraidas da literatura que trata sobre o dimensionamento de estruturas de concreto. Fazem-se a andlise e a comparacao dessas express6es, cujos resultados s4o comparados com os verificados em ensaios. Por fim, sugere-se formulagao para avaliagao de abertura das fissuras de flexao em vigas de concreto armado. 46% Congresso Brasileiro do Conereto Instituto Brasileiro do Concreto. 2 Abertura de Fissuras de Flexao De um modo geral, a abertura média de fissuras de flexdo w,, pode ser calculada de acordo com a seguinte equagao: w, onde: a,, € a distancia média entre fissuras; Ey, 6a deformagao média da armadura longitudinal interna de tragao da viga entre as fissuras; £.,6 a deformagao média do concreto entre as fissuras, tendo valor geralmente in (Ean ~ Een) (Equagao 1) desprezado. Figura 1 ~ Esquema de Fissura de Flexao Cabe ressaltar que o valor da abertura de fissura de flexao medida no bordo mais tracionado 6 maior que o verificado na altura da armadura longitudinal interna de tragao de uma viga (GOTO, 1971). ‘Admitindo que a dispersao dos valores de abertura de fissuras de flexdo tenda a uma distribuicdo normal (v. Figura 2), e em casos de projeto, adote-se abertura caracteristica de fissuras de flexao w,(Equagao 2), neste trabalho definise w, como endo abertura de fissuras de flexdo com 5% de probabilidade de ocorrer fissura com abertura maior. 5% das ocorréncias frequéncia We w w Figura 2 - Curva de Frequéncia da Abertura de Fissuras de Flexo w, =w,,.(14+1645.v) (Equagao 2) onde: v € 0 Coeficiente de variagao dado pela relacao entre o deswio padrao s e a abertura média de fissuras de flexao w,, 46° Congreso Brasileiro do Concreto _ Instituto Brasileiro do Concreto A Tabela 1 apresenta valores da relacdo k entre as aberturas caracteristica w, € média w,, de fissuras de flexao em funcao do coeficiente de variagao v segundo diferentes propostas. Tabela 1 — Valores da Relacao k = w,,/W, Autor Cosficiente de Variagao o Relagiok TOBO GARNEIRO (1860) 0.44 20.62 22.0 REHM (1968) _ 0.67 - CEB (1970) 087 ; =I ‘CEB (1978) 044 NBR 6116 (1976) 0,00 : SESE SER] NBR 6118 (2003) ‘A distancia média entre fissuras de flexdo a,,, de forma genérica, pode ser avaliada por meio da seguinte expresso: a, =k,.c+k,.$ +k, (Equagao 3) onde: c 60 cobrimento do conereto; S 6 0 espacamento entre as barras da armadura longitudinal interna de tracao da viga; @ €0 diametro das barras da armadura longitudinal interna de tragao da viga; p, € a percentagem da armadura longitudinal interna de tragao da viga; k,, ky€ k, sao constantes obtidas de ensaios experimentais. A Equagao 4 avalia a deformagao média da armadura longitudinal interna de tragao da viga entre fissuras. (Equagao 4) onde: @,,, 6 tensdo média na armadura longitudinal interna de tracao da viga; E, € 0 médulo de elasticidade longitudinal da armadura longitudinal interna de tragao da viga A variagao de tensdes na armadura longitudinal interna de tragao da viga e no concreto junto a uma fissura pode ser vista na Figura 3. Nela constata-se que a tensao na armadura 6 maior na segdo fissurada (G,,,.), onde desconsideram-se tensoes de tragao no concreto (f.,= 0), € menor nas segdes mais afastadas da fissura, ja que nestas hd a contribuigéo do concreto nao fissurado. Esta contribuicao do concreto € avaliada experimentalmente e apresentada segundo diferentes propostas. 46 Congresso Brasileiro do Concreto 4 Instituto Brasileiro do Concreto 2fissura| 1'fissura | 2'fissura 1 Conereto ! NA TT wane I 1 q I IL T i r \ t 1 a1, i It t t Figura 3 ~ Distribuigdio de Tenses ao Longo da Armadura Interna de Vigas 3 Propostas para Avaliagdo de Aberturas das Fissuras de Flexao 3.1 REHM (1968) © autor propés para avaliagao da abertura caracteristica de fissuras de flexdo a seguinte expressao: wy =e{ kek ky 2 | Su {1-A2=) (Equagao 5) Pp. & 9, 2) Ey et ‘onde: my € @ tensdo média no aco da armadura considerando o Estadio Il, isto ¢, sem considerar a resisténcia a tragao do concreto; Ao & a reducao da tensdo média da armadura devida a existéncia de tensdes de tragao no concreto. k, @ 0 coeficiente que leva em conta o cobrimento do concreto, podendo ser tomado igual a 2,0, para carregamento inicial, ou de 4,0 a 5,0, para carregamento repetido; k, € 0 Coeficiente que considera o efeito da aderéncia das barras da armadura, cujo valor varia entre 0,025, para barras nervuradas, e 0,04, para barras lisas; k,, € 0 coeficiente relacionado com a posigao da linha neutra que pode ser adotado igual a 1,0, para 0 caso de flexao pura, ou de 1,0 até 5,0, para 0 caso de tragao pura; Os valores dos coeficientes k,, kK, e k, supracitados foram propostos segundo aferigao feita com base em ensaios experimentais. 46° Congresso Brasileiro do Concreto 5 Instituto Brasileiro do Cancreto A Figura 4 rene dados experimentais de lajes e vigas de segdes transversais retangular e “T" de concreto que relacionam 0 coeficiente k, e © cobrimento do concreto c. Apesar da grande dispersao dos resultados, REHM (1968) sugeriu © valor igual 4. cm para o produto k,.c A aferic&o feita para o coeficiente k, (Equagao 6) levou em conta a aderéncia entre a armadura e © concreto, expressa pelos parametros altura e espagamento médios das nervuras transversais ou obliquas (v. Figura 6). 0,009 (Equagao 6 0,20+3(f,)° ie onde: f, € 0 fator que leva em conta o efeito das nervuras nas barras da armadura, dado pela relagao entre a altura h,, e 0 espacamento e, médios das nervuras transversais ou obliquas, sendo igual a 0, paras barras lisas, e variando de 0,065 a 0,100, para barras nervuradas usuais. A norma DIN 1045 (2001) sugere f, < 0,150 f 2 4 6 8 Wo az ta" (-10) Figura 4 — Curvas k, em Fungo do Cobrimento Figura 5 ~ Curvas k, em Fungao da Aderéncia do Conerto (REHM, 1968) entre Ao e Concreto (REHM, 1968) hy? 0,080 ; i ++ oseeqcose | 4 Figura 6 ~ Detalhes dos Parémetros que Compdem 0 Fator f, Com 0 objetivo de avaliar a colaboragao do concreto tracionado na tensao média da armadura, que conduz a um alivio no alongamento da armadura que surge no local da fissura, REHM (1968) apresentou a seguinte expressao, resultante de regressao linear de dados experimentais: 46° Congresso Brasileiro do Concreto. 6 Instituto Brasileiro do Concreto (Equagao 7) onde: f., 6a resisténcia do concreto a trago na flexao Gye € @ tendo que surge na armadura imediatamente apds 0 aparecimento de uma fissura, chamada de tenso de fissuragao, e admitida igual a: 0,18. far , ars (Equacao 8) Combinando as Equacées 7 e 8, chega-se a 1 (0184.5) . a (Equagao 9) Sonn (Ps Portanto a Equacao 5 pode ser reescrita da seguinte forma: 0,184, )° w, =k{ kerk ky 2 2 " (oats) (Equagao 10) .) EL | Pe Osu 3.2 CEB (1978) Para barras da armadura com nervuras, a distancia média entre as fissuras de flexao a,, 6 igual a a, =2.(c+0,10.e,)+0,05.2 (Equacao 11) Ps onde: e,é a distancia entre os eixos das barras da armadura interna; 9,6 a taxa geomeétrica da armadura na segdo transversal de concreto A, interessada pela fissuracao, dada por: p= (Equagao 12) ‘sendo: A, @a area da seco transversal de concreto na regiao de envolvimento protegida pela barra da armadura interna, obtida de acordo como mostra a Figura 7 ot 7597.50 Figura 7 — Esquema para Determinacao da A. 46% Congresso Brasileiro do Concreto 7: Instituto Brasileiro do Concreto ‘A deformagao média da armadura longitudinal interna de tragao da viga entre as fissuras proposta é: (Equagao 13) onde: 6, (Equagao 14) ot TA, € a tensao no ago, no Estadio II, para o momento fletor de servico atuante na viga; sendo: z -(-S Je (Equacao 15) € 0 brago de alavanca na flexao; ‘sendo: i, 2 k,=s= -14+,[14— ‘Equagao 16) * <-no[ “eZ (Equagao 16) 6 a posigao da linha neutra na flexao; a (Equagao 17) € a relagdo entre os médulos de elasticidade do ago e do concreto, que varia entre 7 e 10 e 6 sugerido igual a 10; 4 Equagao 18) Garr] (Equacao 18) €a taxa de armadura; M, Jao (Equagao 19) ZA, € a tensao no aco, no Estadio Il, logo apés a formagao da 1 fissura; sendo: M,., = P=" 4. para vigas de secao transversal retangular; _ (Equagao 20) onde: f.. € a resisténcia a tragao direta do concreto caracteristica, podendo ser obtida da Tabela 2. Valores intermediarios podem ser interpolados. Tabela 2— Valores de fj, em Fungo de f,, (CEB, 1978) [Conereto[ “C12 [207 | c30 401 e850 [ceo C70 C80, fx (MIP 12 20 30, 40 50 60 70__| 80 fen (MPa) 2.1 28 38 47 54 61 668 | 74 3.3 NBR 6118 (2003) A abertura de fissuras de flexao sugerida ¢ a menor entre as duas abaixo definidas: 46° Congresso Brasileiro do Concreto. 8 Instituto Brasileiro do Concreto © Sxmn 3.0 3 12.5. E, fay (Equncao 2) Qg_ @Q, 4 — ee | 445 22) Wa i250 E. (2 + ) (Equagao 22) onde: n € 0 Coeficiente de conformagao superficial das barras da armadura interna, ssendo igual a 1,00, para barras lisa, e 2,25, para barras nervuradas; fan @ 8 resisténcia média a tracdo direta do concreto, igual a fom = 0,3.62° (Equagao 23) com f,,em MPa; p, € a taxa geométrica da armadura na segao transversal de concreto, definida pela Equagao 12. 4 Comparacao entre as Formulacées Propostas A anilise feita neste trabalho teve por base os resultados de ensaios de vigas com dados expostos na Tabela 3. As vigas eram, em sua maioria, de segao transversal retangular. Tinham largura de 150 mm ou 200 mm, altura util variando de 370 mm a 425 mm, e vao livre de 1700 mm a 4000 mm. Apenas duas delas eram vigas de segao transversal “T" (LEONHARDT, 1976), que tinham 1500 mm de largura da mesa bs, 100 mm de largura da nervura by © 6000 mm de vao livre. Os valores médios de resisténcia do concreto a compressao das vigas situaram-se entre 15,0 MPa e 70,3 MPa. Todas as vigas foram submetidas a duas cargas concentradas simétricas, mas algumas tinham uma carga concentrada no meio do vao livre (THOMAZ e HAGUENAUER, 1993). As Tabelas 4, 5 e 6 mostram dados para calculo da abertura caracteristica de fissuras de flexao segundo propostas de REHM (1968), CEB (1978) e NBR 6118 (2003), cujos parametros foram definidos nos itens 3.1, 3.2 e 3.3. ‘Tabela 3 ~ Dados das Vigas Fo ces aia ame Ty Ae (em) | (mm) | (mm) | (MPa) | (GPa) | (mm), TEONHARDT T a 900 2s | 242 | 204 | 200 THOMAZ © 05 wo 150 Tea WAGUENAUER 00 370158 188 1993) 400 aro ait | 218 [450 a5 | sat | 978 [180 250 a25-|-98-| 900" 160 eee [aso [15-425 [402 [302 [160 [- 450_[15| 403 | 703-388 | 200 450_| ai3-[ 320 | 269-160 SGRES (20040 450_| 4i3-| 37.5 | 29.1 | 16.0 250 aig 37s [eet 160 46° Congresso Brasileiro do Conereto _ Instituto Brasileiro do Concreto Tabela 4 — Dados para Calculo de w, Segundo REHM (1968) v i Ps M x z ‘Samit fear fur | Mee | TL Tey | taney | nen) | ony | Pa) | Pa) 3135] 326 Leonwaror | vii 3 + | puuaror | rs | at | 20 | oms| 10 | 200 | a |sri7|ros| a | 98 THOMAZ @ Mi 24 20 | 0,025] 1.0 | 0.83 | 52.2 | 1216 | 329.5] 884 | 26 wacuenaver [Vive] -21-|-20-[ 0025] 10 -|-100|213a] a |= | a | sss) [vava-21 [20 02s | 10 138.1 | 3266 | 464 | 3 Vit 21 2,0 | 0,025 | 1,0 125.6 | 381,7/ 116.9) 45 CARNERO viz [21 | 20 | 0025 | 10 a |e | al oa (ged) V3 | 24 2,0 | 0,025 | 7.0 130,0 | 383,1 | 410.6 | 5.0 waa] 20-0095 [19 73 caro [ve [a1 20-- oom | ta vea4 | ge | 14 193 (2002) [-vio--21-|-20-| 0026 | 10 ° Vit 24 20 | 0.025 | 4.0 ree | ee (eee laa Tabela 5 - Dados para Caloulo de w,, Segundo CEB (1978) TEORWAROT (re) | vi2 Tuoware [vi vacuenauer [VVe, 1268 | 25160 17 wend) [vive viet CARNEIRO Fitz] 148.0 | 22200 a7 v7 v2_|-231,0_ | 34650_ carcia |-ve-} 1050 a (2002) [-vio-}-195.0] 20250 vir, Tabela 6 ~ Dados para Calculo tort Se ate fem Sait iter [Meni [ees eal ea) TEONHAROT | VII pear gee 25 180.0 | 7500 | 11,33 |82.604277 THowaze [Vi is Zaa_—| 2583 wacuenauer [vive] 225 ta] se | 25150 re 18 203 [eeaantsa ver aa = gseeg eee ations cammeno Tier] ze [—3e—| ao | amo | ar |‘ ws 35 108 va S121 |e aS I, carca [We] oo 30 (2002) vio] aml 800 | eer | ane eee Vit a a ‘A comparagao entre as aberturas de fissuras de flexo calculadas segundo as diferentes expressées listadas nos itens 3.1 a 3.3 e as experimentais verificadas em ensaios ¢ feita na Figura 8. 46! Congreso Brasileiro do Conereto 10 Instituto Brasileiro do Concreto Encontram-se na Tabela 7 os valores da média e do desvio padrao das relacdes Wyoup/W,. felativos a cada proposta analisada. Nesta tabela e na Figura 6 nota-se que, dentre as formulagdes propostas, a expressao de REHM (1968) conduz a resultados bastante préximos dos experimentais, com menor dispersao de resultados, e a da NBR 6118 (2003) leva a resultados destacadamente menores que os das outras. 05 0.5 5 04 204 | i . £03 5 £0,3 + ee 5024 - 50,2 “eats F041 2 0,1 tea 0 oleae 0 peaks |aeaatl 0 014 02 03 04 05 0 01 02 03 04 05 We REHM (1968) (mm) Wa cep (1978) (mm) suger { Eeuazegaouowuen ve ° ‘SEaugrgouemuer cm 0.5 j2 Zod £03 Fo24 Fors 0 root 1 0 014 02 03 04 O5 Wk NBR 6118 (2003) (mm) LEONAROT (1975) THOMAZ HAGUENALER (1969) CAREERO (188) BARC 2002) Figura 8 - Comparagao entre Aberturas de Fissuras de Flexo Experimentais Obtidas por Diferentes Autores e Calculadas Segundo Diferentes Express6es de Vigas Submetidas @ Flexo Tabela 7 - Valores da Média e do Desvio Padrao das Relagées W,,.,, /W, Relativos a I CEB (1978) 4,29 0.84 NBR (2003) 4.47 0,62 ‘As curvas carga - abertura de fissuras de flexao maxima e os resultados experimentais de acordo com diferentes autores podem ser vistas na Figura 9. Dessas curvas pode-se observar que, no estagio inicial de fissuracdo das vigas, todas as propostas descritas no item 3 deste trabalho apresentam, para avaliagao de abertura de fissuras de flexao, valores praticamente similares. 46° Congreso Brasileiro do Conereto ut Instituto Brasileiro do Concreto LEONHARDT (1976) THOMAZ e HAGUENAUER (1993) 200 T 300 ve0 am ae i i eat Samo 22 | | pea ia68) 140 oan 4 200 a => 120 a z 3 ame 18 2008) z = cane = 100 - $150 “| : [Rene] § \ aera] g # | Equagéo 22 x: oO (2003) NBR 6118 (200% 100, ‘6 ROT BIST 40 tee di we ‘cea, 50 } ef 20 2 es le Page te ent et eneaee ee tee ° = of BR ae 0.00 oo. 0.20 0,30 0.00 0,10 0,20 0,30 0,40 Abertura Maxima w, (mm) CARNEIRO (1998) Abertura Maxima w, (mm) 80 eB 1876)” | / (RERMAOSE)] | nam art6 20087], oars 70 | M Equagto22 | A / a wf Led "+ 50 LA rere] (2003) 40 Carga (kN) ~ never seas) Geer SBRET8 ony E921 i SeRgTve oon} em 22 VES Abetwremenma meso’ NeRevte atos)eg2s2" 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 Abertura Maxima w, (mm) Figura 9 — Curvas Carga - Abertura de Fissura de Flexo Maxima de Vigas e Resultados Experimentais ‘Segundo Diferentes Autores (Continua) 46! Congresso Brasileiro do Conereto R Instituto Brasileiro do Concreto GARCIA (2002) GARCIA (2002) 120 arr 250 peer ea) uto22 100 [REHM (1968) = CEB (1978) z = ra ft nee z 3 A rerariaaay = 2 | Exaeio22420 S 5 (eemanzes29 | 8 6 5 8 Tan 6118 GOO) Equacao21 paar} REHM (1988) = CEB 978) NBR 2118 2000 E023 NBR 8118 003} Eq 22 | NBR 6118 (2003) Eq 22x20) | Equacig 22 1 =eae ——] Ranstisaroeez2e17 | 0,00 0,10 0,20 0,30 Vv | Abertura Maxima wy, (mm) OF 0,00 0,10 020 0,30 0,40 Abertura Maxima w, (mm) Figura 9 — Curvas Carga — Abertura de Fissura de Flexo Maxima de Vigas e Resultados Experimentais ‘Segundo Diferentes Autores Na maioria das vigas, a formulagao proposta por REHM (1968) fomece resultados satisfatorios. Pode-se também verificar que a expressao da norma do CEB (1978) gera valores de abertura de fissuras de flexdo préximos dos obtidos da equagao de REHM (1968) Constata-se dessa mesma figura que, na maioria das vigas investigadas, as express6es sugeridas pela NBR 6118 (2003) levam a valores de abertura de fissuras de flexao bem distintos dos experimentais obtidos. A Equacao 21 prevé valores bem maiores que os experimentais. A Equagao 22 fornece valores bem menores que os experimentais. 5 Consideragées Finais As formulag6es que tratam da avaliacao da abertura de fissuras de flexao em vigas de concreto armado levam em conta diferentes parametros, tais como deformagdes do ago e do concreto e o espacamento entre as fissuras, que é fungdo do cobrimento do concreto e dos espagamento, didmetro e taxa da armadura interna longitudinal de tracao. Neste trabalho apresentou-se a formulagao pouco difundida de REHM (1968), que serviu como base para a norma alema DIN 1045 (2001), no que diz respeito a fissuragao do concrete. Tem como ponto forte seu embasamento tedrico e comprovagao experimental. Dela pode-se obter a abertura de fissuras no bordo mais tracionado ou na altura da armadura longitudinal interna de tragao de vigas (para valor nulo do cobrimento £6 Congresso Brasileiro do Concreto eee) L Instituto Brasileiro do Cancreto de concreto). Nos poucos dados experimentais reunidos neste estudo, esta formulagao apresentou resultados satisfatdrios ‘A equagao do CEB (1978) para o célculo de aberturas de fissuras de flexao apresenta o emprego do espagamento entre as barras da armadura interna e de uma rea efetiva de concreto tracionado, fungao do diametro das barras. Os resultados desta equacdo, em média, foram 30% aquém dos observados nos ensaios de vigas reunidas neste trabalho. ‘A Equagao 21 da NBR 6118 (2003) é quadratica em fungao da tensao do ago, cujo embasamento tedrico € desconhecido pelos autores. Tendo sido utilizada nos poucos dados experimentais deste trabalho, verificou-se que as aberturas de fissuras de flexao tedricas foram exageradamente maiores que as observadas nos ensaios. Ainda que a Equagao 22 da NBR 6118 (2003) tenha sido proposta aos moldes da Equacao 21, 08 valores de aberturas de fissuras de flexao por ela gerados foram bem menores que os observados nos ensaios. Na Figura 9 podem ser vistas as curvas carga — abertura de fissuras sem e com relacdo entre aberturas de fissuras de flexao maxima e meédia k, que variou entre 1,7 ¢ 2,4 Visando projetos a favor da seguranca quanto a durabilidade estrutural, sugerem- se 0 abandono da Equacao 21 e a adocao da relagdo k igual a 2,0 como fator multiplicador da Equagdo 22 da NBR 6118 (2003) para obter-se abertura de fissura de flexao, caracteristica 95%, mais proxima da real (v. Figura 8) 6 Referéncias Bibliograficas ASSOCIAGAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS (ABNT), NBR-6118, 1978, Projeto e Execugéio de Obras de Concreto Armado - Procedimento. Brasil, pp. 76 ASSOCIAGAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS (ABNT), NBR-6118, 2003, Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento. Brasil, pp. 170. CARNEIRO, L. A. V., 1998, Reforgo a Flexao e ao Cisalhamento de Vigas de Concreto Armado. Tese de M. Sc., COPPE/UFRy, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 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