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Olá!
Por isso, pedimos sempre que você pense em quem está avaliando seu
texto após realizar sua discursiva.
Após realizar seu texto, releia-o com calma, observando cada argumento
e o tópico que ele alcançou, além dos aspectos gramaticais utilizados na sua
linha argumentativa.
Às vezes o candidato sabe muito mesmo, mas acaba por explicar demais,
inserindo muitos termos enumerados e intercalando-os. O que ocorre? Muitas
vezes, ele perde a referência do tronco principal da oração (sujeito-verbo-
complemento). Como consequência, ocorre o truncamento sintático: oração
com sujeito, mas sem predicado; com predicado, mas sem sujeito; além
daqueles grosseiros erros de concordância pelo distanciamento do verbo em
relação ao sujeito.
“Cá pra nós”, um examinador, ao observar erros primários numa
discursiva, naturalmente vai ter boa vontade com os aspectos
macroestruturais??? Dificilmente!!!!!
Então, façamos o dever de casa!!!!! Você tem o compromisso de deixar
seu texto “limpo”, sem truncamentos, sem erros gramaticais.
Depois, é partir “para o abraço”!!!!!!
Não deixe sobrepor ponto final ou vírgula em cima da linha. Deixe tais
sinais acima da linha, como se pode observar nas linhas 2 e 4 do exemplo
anterior. Muitos candidatos têm sido penalizados justamente por não
deixarem claro o ponto final.
É muito importante evitar a cacofonia (Encontro ou repetição de sons
que desagradam ao ouvido). Uma que estamos sempre presenciando é a
expressão “por cada”. Soa mal, não é?????!!!
“Tal ação deve ser definida por cada país...”
a banca já sabe que muitas vezes a vogal “e” fica tão fechada parecendo um
“i”, a forma de distingui-la da vogal “i” é a falta do “pingo”. Assim, nesta linha
o candidato, diferentemente das palavras de outras linhas, deixou de inserir tal
sinal, o que possibilitou ao examinador penalizar. Note a última palavra desta
linha: “discricionariedade”. O examinador pode entender “descricionariedade”,
grafia errada muito vista nas discursivas. Assim, o examinador deixou passar a
palavra “requisito” e “vinculado” sem os devidos “pingos nos is”, mas a falta do
pingo no “i” na última palavra da linha realmente foi penalizada.
Quanto aos acentos e demais sinais gráficos, esses devem estar bem
visíveis para o examinador.
Acentuação
assembléia, platéia, Não se acentuam os assembleia, plateia,
idéia, colméia, ditongos abertos -ei e – ideia, colmeia,
boléia, panacéia, oi nas palavras boleia, panaceia,
Coréia, hebréia, bóia, paroxítonas. Coreia, hebreia, boia,
paranóia, jibóia, apóio paranoia, jiboia, apoio
(forma verbal), (forma verbal),
heróico, paranóico heroico, paranoico
• O acento nos ditongos -éi e -ói permanece nas palavras oxítonas e
monossílabos tônicos de som aberto: herói, constrói, dói, anéis, papéis,
anzóis.
• O acento no ditongo aberto –éu permanece: chapéu, véu, céu, ilhéu.
enjôo Não se acentua o hiato - enjoo
(subst. e forma verbal), oo. (subst. e forma verbal),
vôo voo
(subst. e forma verbal), (subst. e forma verbal),
corôo, perdôo, côo, coroo, perdoo, coo,
môo, abençôo, povôo moo, abençoo, povoo
crêem, dêem, lêem, Não se acentua o hiato - creem, deem, leem,
vêem ee dos verbos crer, dar, veem,
descrêem, relêem, ler, ver e seus derivados descreem, releem,
revêem ( 3a p. pl.). reveem
pára (verbo), Não se acentuam as para (verbo),
péla (subst. e verbo), palavras paroxítonas que pela (subst. e verbo),
pêlo (subst.), são homógrafas. pelo (subst.),
pêra (subst.), péra pera (subst.), pera
(subst.), (subst.),
pólo (subst.) polo (subst.)
• O acento diferencial permanece nos homógrafos: pode (3ª pessoa do sing.
do presente do indicativo do verbo poder) e pôde (3ª pessoa do pretérito
perfeito do indicativo).
• O acento diferencial permanece em pôr (verbo) em oposição a por
(preposição).
argúi, apazigúe, Não se acentua o -u argui, apazigue,
averigúe, tônico nas formas averigue,
enxagúe, obliqúe verbais rizotônicas enxague, oblique
(acento na raiz), quando
precedido de -g ou -q e
seguido de –e ou -i
(grupos que/qui e
gue/gui).
baiúca, boiúna Não se acentuam o -i e baiuca, boiuna,
cheiínho, saiínha, -u tônicos das palavras cheiinho, saiinha,
feiúra, feiúme paroxítonas quando feiura, feiume
precedidas de ditongo.
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DISCURSIVAS PARA TRE-SP
(SEM CORREÇÃO)
Prof. Décio Terror Aula 1
• Esta nova regra normatiza os casos do uso do hífen entre vogais diferentes,
como já acontecia anteriormente na língua em compostos como: antiaéreo,
antiamericanismo, coeducação, agroindustrial, socioeconômico etc.
• O uso do hífen permanece nos compostos com prefixo em que o segundo
elemento começa por -h: ante-hipófise, anti-herói, anti-higiênico, anti-
hemorrágico, extra-humano, neo-helênico, semi-herbáceo, super-homem,
supra-hepático etc.
antiibérico, Emprega-se o hífen anti-ibérico,
antiinflamatório, nos compostos em anti-inflamatório,
antiinflacionário, que o prefixo ou falso anti-inflacionário,
antiimperalista, prefixo termina em anti-imperalista,
arquiinimigo, vogal e o segundo arqui-inimigo,
arquiirmandade, elemento começa por arqui-irmandade,
microondas, vogal igual. micro-ondas,
microônibus, micro-ônibus,
microorgânico micro-orgânico
• Estes compostos, anteriormente grafados em uma única palavra, escrevem-
se agora com hífen por força da regra anterior.
• Esta regra normatiza todos os casos do uso do hífen entre vogais iguais,
como já acontecia anteriormente na língua em compostos como: auto-
observação, contra-argumento, contra-almirante, eletro-ótica, extra-
atmosférico, infra-assinado, infra-axilar, semi-interno, semi-integral, supra-
auricular, supra-axilar, ultra-apressado etc. (Nestes casos, o hífen
permanece.)
• Nos prefixos átonos1 co-, pre-, re- e pro-, não se usa o hífen: coordenar,
reescrever, propor, preestabelecer.
manda-chuva, pára- Não se emprega o mandachuva, paraquedas,
quedas, pára-quedista hífen em certos paraquedista
compostos em que se
perdeu, em certa
medida, a noção de
composição.
• O uso do hífen permanece nas palavras compostas que não contêm um
elemento de ligação e constituem uma unidade sintagmática e semântica,
mantendo acento próprio, bem como naquelas que designam espécies
botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas,
guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-
doce, mal-me-quer, bem-te-vi, formiga-branca etc.
1. O uso do hífen permanece:
a) nos compostos com os prefixos ex-, vice-, soto-: ex-marido, vice-
presidente, soto-mestre;
b) nos compostos com os prefixos circum- e pan- quando o segundo
elemento começa por vogal, m ou n: pan-americano, circum-navegação;
É muito importante você perceber que os prefixos “pre” e “pro” são átonos (portanto, sem acento).
1
É muito importante você perceber que os prefixos “pré” e “pró” são tônicos (portanto, acentuados).
2
Letra maiúscula:
Empregue inicial maiúscula em expressões que denominam algo ou que
indiquem altos cargos, como Ministério da Defesa, Tribunal de Contas da
União, Congresso Nacional etc.
Quando as palavras “lei” ou “decreto” forem seguidas de seus números
especificadores, devem ser entendidas como se nome próprio tenham, por isso
devem ser iniciadas por letra maiúscula: “Decreto 1.751/95”, “Lei 8.112”.
Além disso, devemos observar que Constituição Federal e qualquer “nome”
de lei devem ser empregados com iniciais maiúsculas, como Lei Seca, Lei
Maria da Penha etc.
Siglas:
É relevante atentar às siglas, pois são grafadas com todas as letras
maiúsculas: IBGE, CGU, PSDB etc. Note que não há necessidade de qualquer
ponto entre essas letras que compõem a sigla.
Ainda sobre as siglas, não empregue apóstrofo (ONG’s) para pluralizar
uma sigla. Basta inserir “s” minúsculo: ONGs.
Algumas siglas acabaram virando efetivamente palavras. Nesse caso,
podemos empregar apenas a primeira letra maiúscula, como ocorre em
Petrobras (note que não há acento gráfico nesta palavra), Telebrás, Ibama,
Cemig etc.
Na primeira vez que inserimos a sigla, devemos, por óbvio que seja,
inserir o nome por extenso, especificando-a. A partir da segunda inserção,
podemos utilizar apenas a sigla. Veja:
O Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), fruto da
parceria entre o Ministério dos Transportes e o Ministério da Defesa, foi
publicado em 2007 com o objetivo de retomar o planejamento de médio e
longo prazo no setor. De acordo com o Relatório Executivo do PNLT 2011, o
plano surgiu devido a problemas acumulados durante as décadas de 1990 e
2000, que repercutiram em todo o sistema de logística para o transporte de
cargas e passageiros no país.
Uso de numeral:
As dúvidas de alunos basicamente se referem a numeral que transmite a
contagem de elementos: “10 países” ou “dez países”?
Quando queremos transmitir a contagem de elementos e o numeral
cardinal pode ser expresso por uma só palavra, devemos priorizar o uso por
extenso: “sessenta dias”, “três países”, “trezentas pessoas”.
Se couberem duas ou mais palavras, prefira os algarismos: “201
pessoas”, “21 países” etc.
Ortografia:
Moçada, agora não é hora de decorar regras de ortografia, o que
recomendamos é trocar uma palavra cuja grafia desperte dúvida por uma mais
simples que você domine.
No exemplo abaixo, o candidato se deparou com o particípio “extendido”.
E agora? É “estendido” ou “extendido”?
O candidato manteve esta palavra com “x” e foi penalizado com erro de
grafia.
Na dúvida, o melhor é trocar a palavra duvidosa por outra que não gere
dúvida (“ampliado”, por exemplo) e continuar a redação com tranquilidade.
Esclarecendo a dúvida, gramaticalmente, há o substantivo “extensão”,
mas o ato gerado desse substantivo é grafado com “s”: estender estendido.
Mas a maioria dos erros mesmo ocorre por pura falta da releitura:
Palavras estrangeiras:
Pronomes:
Os pronomes são elementos linguísticos de coesão que normalmente
retomam palavras anteriores, é o chamado recurso anafórico. Tal processo se
dá de diversas formas e o comumente usado é o pronome demonstrativo
“este, isto, esta”; “esse, essa, isso”; “aquele, aquilo, aquela”.
Não temos aqui a intenção de ministrar uma aula sobre esse tema, mas
apontar os erros comuns e uma forma de correção.
Procure adotar o seguinte procedimento:
a) ao retomar palavra, expressão ou oração anterior, use “esse, essa, isso”:
Morfossintaxe:
O verbo “ter” tem como sujeito o termo “o Estado Islâmico”. Assim, veja
que não pode haver a contração, porque o sujeito não pode ser
preposicionado. A preposição “de” foi uma exigência do substantivo “fato”.
Para enfatizar que tal preposição não faz parte do sujeito, devemos separar a
preposição do artigo:
“Dessa forma, com a falta de participação das principais nações e o fato de o
Estado Islâmico ter grande quantidade de recurso....”
Alguns casos de regência verbal praticamente se fazem presentes nas
redações da maioria dos candidatos. De todos os casos, os verbos visar,
assistir, acarretar e implicar são os mais presentes e também são os que
mais são empregados incorretamente. Assim, aparecem construções errôneas
dos seguintes tipos:
a. A população assiste atos de violência cada vez mais comuns.
b. O papel do legislador visa o estabelecimento da democracia.
c. A retirada do amparo social implica na perda de votos.
d. Pouco investimento acarreta no pouco desenvolvimento econômico.
Correção:
a. A população assiste aos atos de violência (VTI = ver, presenciar)
b. O papel do legislador visa ao estabelecimento... (VTI = almejar)
c. A retirada do amparo social implica a perda de votos. (VTD = resultar,
acarretar).
d. Pouco investimento acarreta o pouco desenvolvimento econômico.
(VTD= resultar).
S V O
(sem vírgula entre sujeito, verbo e complemento)
S V O
(sem vírgula entre sujeito, verbo e complemento)
S V O
(sem vírgula entre sujeito, verbo e complemento)
Adjunto adnominal
“Os Estados Unidos, principal país na busca de uma solução para esses
conflitos, também estão agindo de maneira cuidadosa diante dessa situação.”
vírgula
facultativa
vírgula
obrigatória
vírgula
obrigatória
Agora, intercalando...
vírgulas obrigatórias
vírgulas obrigatórias
Veja um exemplo:
Veja outro:
b) conclusivas:
Há muito serviço, portanto trabalharemos até tarde.
Há muito serviço, trabalharemos, portanto, até tarde.
Há muito serviço, trabalharemos até tarde, portanto.
Há muito serviço; trabalharemos, portanto, até tarde.
Há muito serviço; trabalharemos até tarde, portanto.
Há muito serviço; portanto trabalharemos até tarde.
Há muito serviço; portanto, trabalharemos até tarde.
Abaixo o candidato recebeu penalização por causa da pontuação, porque
a conjunção “portanto” está deslocada e deve ficar entre vírgulas, o que não
foi observado nesta produção do texto.
Certo:
“Muitos fatores contribuem para o sucesso da industrialização: os
investimentos governamentais em pesquisa e o investimento em educação.”
Certo:
“Muitos fatores contribuem para o sucesso da industrialização: os
investimentos governamentais em pesquisa e desenvolvimento, e o
investimento em educação.”