Centro de Supervisão e Controle na
Distribuição de Energia Elétrica .
Alípio Caram Jaime Neto1, Guilherme Lobato2, Francisco Soares3, Reinaldo Machado Cavalheiro4
Faculdade Estácio de Belém
Resumo- O SEP (Sistema Elétrico de Potência), resume-
se basicamente em geração, transmissão, sub-transmissão
e distribuição, em cada divisão dessa tem a sua
determinada supervisão. Esse artigo trata de supervisão e
controle na distribuição de energia elétrica onde
abordaremos ...........
Palavras–chaves: supervisão, controle, distribuição de
energia elétrica .
keywords: ________________________
1 A. C. J. Neto , Faculdade Estácio de Belém, Belém, Pará, Brasil,
alipio-caram@hotmail.com
2 G. Brito , Faculdade Estácio de Belém, Belém, Pará,
Brasil,guilherbrito10@gmail.com
3F. Soares , Faculdade Estácio de Belém, Belém, Pará, Brasil,
fassoares@gmail.com
4 R. M. Cavalheiro , Faculdade Estácio de Belém, Belém, Pará,
Brasil, reinaldo_2353@yahoo.com.br
I. INTRODUÇÃO
A
Supervisão de energia elétrica na
Distribuição e feita pelo COD (Centro de
Operação e Distribuição) que têm como
principal função o atendimento a ocorrência (falta de
energia) individuais e coletivas. As ocorrências
individuais caracterizam-se por atender
individualmente as unidades consumidoras que tem,
por exemplo, como principais falhas a má conexão
na entrada das unidades, falta de fase etc.
As ocorrências coletivas caracterizam-se por atender
várias unidades consumidoras ao mesmo tempo onde
estas estão ligadas a mesma falta de energia como por
exemplo, os problemas recorrente em
transformadores, redes de baixas tensão e
alimentadores quanto ao grau de importância os
eventos coletivos são prioridade em relação ao evento
individual, pois estes envolvem o atendimento a
várias unidades consumidoras, além do mais para as
concessionárias de energia elétrica representam perda
de faturamento, bem como o aumento das atividade
internas devido as contingências das atividades.
I - Ocorrências Individuais
São ocorrências de falta de energia isoladas que
geram uma única reclamação registrada pelo serviço
de atendimento das concessionárias, através dessas
reclamações a parte operacional de responsabilidade
do COD, irá acionar sua área técnica de campo para
correção do problema. Após o tratamento e resolução
da ocorrência em campo, esta é tratada via sistema
que gera relatórios de TMA ( Tempo Médio de
Atendimento), DEC(Duração equivalente de
interrupção por unidade consumidora) e FEC
(Frequência equivalente de interrupção por unidade
consumidora), relatórios importantes de fiscalização
da ANEEL que devem ser apresentada pela
concessionária.
II - Ocorrências Coletivas em Transformadores
São ocorrências de falta de energia em grupo de
consumidores que geram um a quantidade elevada de
reclamações registradas pelo serviço de atendimento
das concessionárias que serão tratadas pelo COD e
sua parte operacional igual as ocorrências individuais,
porém tratadas de forma diferente via sistema,
gerando relatórios de TMA ( Tempo Médio de
Atendimento), DIC (Duração de interrupção
individual por unidade consumidora), FIC
(Frequência de interrupção individual por unidade
consumidora) e DMIC (Duração máxima de
interrupção contínua por unidade consumidora ou
ponto de conexão), relatórios importantes de
fiscalização da ANEEL que devem ser apresentada
pela concessionária.
III - Ocorrências Coletivas em Alimentadores
Retificador
O retificador para Proteção Catódica é uma fonte
externa de força eletromotriz constituída de um
transformador-retificador alimentado por intermédio
de um circuito de corrente alternada [3]. Eles são
equipamentos sensíveis e cuidadosamente
dimensionados para atender a um projeto de proteção
catódica. Nesse contexto, ele se constitui o elemento
mais importante do processo.
Os retificadores de Proteção Catódica são
alimentados em corrente alternada e devido a
variação de tensão e corrente que ocorrem no Sistema
Elétrico de Potência, podem ocasionar a queima de
seus componentes internos. Assim, é importante o
monitoramento de sua alimentação para prevenir
futuros problemas.
A manutenção e monitoração de sistemas de
proteção catódica são feitos tradicionalmente de
forma manual. Os retificadores do sistema de
proteção catódica são inspecionados semanalmente
ou mensalmente, no máximo. [4]
Isto posto, é importante conhecer os componentes
básico de um retificador para se estudar a fundo seus
diagnósticos. A figura 3 mostra o esquema do
circuito.

Figura 1 Esquema de um circuito retificador e seus
componentes.
O circuito apresentado na figura 3 é composto de
instrumentos de medição como o Amperímetro que é
destinado a medir corrente elétrica, o Voltímetro
usado para medir tensão elétrica, além de um
Wattímetro utilizado na medição de potência elétrica
no sistema. Este circuito possui ainda dispositivos de
proteção, como disjuntor utilizado na proteção do
sistema contra sobretenções e de fusíveis utilizado na
proteção contra sobrecorrentes.
Os transformadores, nesse sistema, operam segundo
o princípio da indução mútua entre bobinas e são
responsáveis por baixar tensão e corrente para que
possam ser lidos pelos instrumentos de medição que,
em conjunto com o circuito retificador, fazem a
conversão de corrente alternada em contínua.
Chama-se de retificador, o circuito que transforma a
CA em CC, ou seja, faz com que a corrente na carga
circule em um único sentido. Existem dois tipos de
retificadores: Retificador de meia onda e retificador
de onda completa.[5]
O retificador de meia onda permite que apenas um
semiciclo da onda circule pela carga. Neste
retificador utiliza-se apenas um diodo que conduz em
um semiciclo da corrente quando estiver polarizado
diretamente. A figura 4 traz o diagrama esquemático
deste circuito com uma carga resistiva e a figura 5 as
formas de onda em cada elemento.
Figura 2: diagrama esquemático do
circuito
Figura 3: Formas de onda dos elementos
de um circuito de retificador
No Retificador de Onda Completa em Ponte, utilizam
se dois diodos onde cada um deles conduz um
semiciclo de corrente, isso se torna possível devido o
transformador possuir uma derivação central.
Outro elemento que compõem o retificador é o filtro
capacitivo, os capacitores possuem a propriedade de
armazenar energia em seu interior, assim nos
retificadores esta propriedade é muito utilizada uma
vez que essa energia armazenada serve para amenizar
a variação de tensão na saída do retificador
Se quisermos uma tensão praticamente plana
devemos aumentar o valor da capacitância do filtro,
pois quanto maior a capacitância em um circuito,
maior seu tempo de descarga e, conseqüentemente,
teremos uma saída com uma tensão continua
constante.
II. METODOLOGIA, MONITORAMENTO DE
TENSÃO E CORRENTE
O trabalho busca monitorar a tensão e a corrente de
alimentação em um retificador para sistemas de
Proteção Catódica, uma vez que, a variação dessas
grandezas, principalmente, no que se refere a
corrente, influenciará diretamente no desempenho do
sistema estudado. O objetivo da experiência é fazer o
monitoramento dessas variações. Foram realizados
estudos, a fim de se entender o funcionamento básico
de um retificador, para que se tornasse possível
reproduzir em um ambiente de laboratório uma
experiência que simule o princípio básico de
funcionamento de um retificador para Proteção
Catódica e, com o objetivo de ter maior entendimento
no assunto, foi realizada uma visita a Petrobrás
Distribuidora, em Belém do Pará. Essa empresa
utiliza um retificador em seu sistema de Proteção
Catódica. Além disso, foram realizadas pesquisas em
manuais de fabricantes, bem como consultas em
literaturas específicas.
Na experiência reproduzida em laboratório o material
utilizado consistem em: uma lâmpada de 60W, dois
metros de cabo 2,5mm, um bocal, um plug, um
resistores de 33Ohm e 2 de 470 KOhm, um capacitor
de 10uf, um sensor SCT-013000, uma placa
protoboard, um arduíno e um notebook. Os dados da
corrente e tensão lidos pelo sensor e processados pelo
arduíno foram enviados para o notebook que, através
de uma sistema de informação, desenvolvida em
linguagem Java, exibi os valores de tensão e corrente
em tempo real, bem como um gráfico da variação
desses dados que serão guardados em uma base de
dados em postgres.
No circuito apresentado na figura 7, temos o Sistema
Elétrico de Potencia (SEP) representado pela linha
laranjada que possui um circuito com uma lâmpada
ligada a uma tomada 110 V, o sensor SCT-013000
está conectado um cabo. Na experiência, em questão,
foram dadas duas voltas no cabo, a fim de aumentar
a tensão lida pelo sensor e para que a mesma alcance
um valor 120W. O circuito terá um resistor de 33Ω
em paralelo com o resistor 470 kΩ e o capacitor de 10
µF em paralelo com o resistor 470 𝑘Ω, em seguida
este circuito será conectado ao arduíno.
 4,03 512,36 127,14
4,07 516,98 127,02
4,04 513,11 127,01
4,07 517,03 127,03
4,06 514,36 126,69
4,03 515,45 127,90
4,04 515,87 127,69
Figura 4 Esquema do circuito elétrico
4,05 514,1 126,94
4,07 516,69 126,95
Os dados de corrente fruto da leitura do sensor, serão 4,09 518,36 126,74
processados no arduíno e em seguida este enviará Tabela 1 Amostra de dados
para o sistema de informação que mostrará a
informação em forma de gráfico.
Na conexão do arduino como o computador deve-se
utilizar drives de conexão de 64 ou 32 bits para ler os
dados enviados pelo arduino ao sistema.
O Java usa duas dlls para comunicação com o arduíno
uma para configurar as portas seriais rxtxserial.dll e
outra as portas paralelas do computador
rxtxparallel.dll, para montar os gráficos foi usada a
biblioteca JFreeChart.
Gráfico 1 Gráficos do sistema

IV. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nosso estudo nos ajudou a compreender as variações

Figura 5 Experiência de laboratório, amostra de resultados
III. COLETA DE DADOS
A experiência que simulou as variações de tensão e
corrente na entrada do retificador, fruto das
instabilidades das instabilidades do Sistema Elétrico
de Potência (SEP) nos deu base para consolidar o
entendimento sobre o assunto, veja figura 8 que
mostra o sistema montado com o resultado parcial
obtido em laboratório. Logicamente, o experimento é
apenas um protótipo e não reproduziu a cópia fiel do
mundo real, entretanto, os resultados esperados foram
positivos e ajudaram a compreender o
comportamento da variação de tensão e corrente no
SEP, além do papel do retificador na retificação do
sinal da corrente alternada CA para corrente contínua
CC, fato de extrema importância em sistemas de
Proteção Catódica.
É possível apresentar os dados obtidos em função do
software executado no arduíno, que recebe os dados
brutos enviados pelo sensor na porta analógica,
transformando em valores que são enviados pela
porta serial ao notebook que o organiza de forma
sistemática transformando-os em informação para
tomada de decisão, exemplos de dados na tabela 1 e
gráfico1, que mostra os dados coletados na execução
da experiência.
Corrente Potencia Tensão
de tensão e corrente ocorridas no Sistema Elétrico de
Potência, bem como sua implicação direta em
retificadores para Proteção Catódica, visto que esse
equipamento se constitui peça fundamental no
processo citado, pois é a partir dele que ocorre a
transferência de elétrons do anodo para o catodo. Esse
processo é extrema importância para se compreender
o fenômeno da Corrosão que tanto desafia a
engenharia.
Os dados coletados e apresentados em forma de
tabela simbolizam essas variações que, em uma
análise global, colocam em xeque a eficiência do
sistema devido a corrente que circula na Proteção
Catódica depender diretamente da alimentação do
retificador.
Isto posto, e considerando as oscilações que
apresenta o SEP é possível se pensar em um outro
modelo de alimentação utilizando, por exemplo, um
gerador fotovoltaico, como sugere algumas
bibliografias [6]. A viabilidade de implantação desse
novo modelo de alimentação demandará mais
pesquisas por parte da equipe o que será objeto de
estudos futuros.
REFERÊNCIAS
[1] B.F. Barros, E.C.A.Guimarães, R.Borelli,
R.L.Gedra, S.R.Pinheiro, 2°ed,São Paulo-SP,
editora: Érica,176p,2012.
[2]Curso Técnico em Eletrotécnica da Escola Maias
Páginas 8 a 11 - Aspectos da Geração Transmissão e
Distribuição de Energia Elétrica(GPE).
[3]Instituto Federal do Espirito Santo-Campos Serra
Disponível em:
http://www.sr.ifes.edu.br/~secchin/Eletronicabasica/
retificadores_monofasicos.pdf
[4]Mello, J. T. S.A, Lüders. R, Neves Jr.F. Uma
rede de sensores para monitoração de proteção
catódica em dutos
[5] Norma Técnica SABESP NTS 180 Disponível
em:http://www2.sabesp.com.br/normas/nts/NTS180.
pdf
[6]Pinho, T. J, Galdino, A.M, Manual de Engenharia
para Sistemas Fotovoltaicos, 1° ed, Rio de Janeiro-
RJ, editora: Companhia de Textos, p279-284, 2014