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27/02/2018 ANATOMIA 3

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ANATOMIA DA ATM
Introdução
O Sistema Estomatogná co é cons tuído por tecidos e órgãos
que compreendem estruturas ósseas, dentes, músculos,
ar culações, glândulas e sistemas vasculares linfá cos e
nervosos, todos associados e podem dividir-se desde o ponto
de vista funcional como:

Estruturas passivas ou está cas.


São representas por dois ossos bases, um superior fixo
chamado maxilar e outro móvel denominado mandíbula, os
quais se relacionam entre si através das ATMs, assim como por
seus respec vos arcos dentários.
Aos componentes ósseo-ar culares temos que adicionar o
osso hióide e certos ossos craniais, que correspondem em
conjunto a estruturas sem motricidade própria.

Estruturas a vas ou dinâmicas


Estas estruturas correspondem aos músculos esquelé cos ou
voluntários com seu comando nervoso (componente
neuromuscular), que representam aos verdadeiros motores do
sistema. Ao entrar em a vidade contrác l, põe em movimento
as estruturas passivas potencialmente móveis (a mandíbula),
através dos músculos mandibulares ou mas gatórios (conjunto
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muscular mandibular) e o hióide, através dos músculos infra e


supra-hioideos (conjunto muscular hióideo). Além do mais
existem grupos musculares localizados tanto por fora dos arcos
ósseo-dentários (lábios e bochechas) como por dentro (língua),
os quais desempenham um trabalho mui importante nas
diferentes funções que desenvolve o Sistema Estomatogná co
(conjunto muscular língua-lábio-bochecha).
Também se deve mencionar os músculos do pescoço
(especialmente o grupo posterior), estes são músculos an -
gravitacionais que ajudam à adaptação postural do crânio
sobre a coluna cervical durante as diferentes a vidades
funcionais do sistema (conjunto muscular crânio-cervical).

Estruturas anexas
Correspondem às glândulas salivares, assim como aos
componentes vasculares e linfá cos associados.
Como se pode perceber trata-se de um sistema biológico
caracterizado por uma heterogeneidade de tecidos e órgãos,
que apresentam diferente composição histológica e
embrionária, assim como dis ntas funções. No entanto, mais
importante que considerar o funcionamento isolado de cada
componente ou estrutura, é o enfoque integra vo de todo o
sistema, que cons tui uma unidade morfofuncional bem
organizada e sincronizada. Esta ação de integração está a
cargo do sistema nervoso mediante suas complexas vias e
mecanismos de integração e controle.

Funcionalmente então, se deve reconhecer o Sist.


Estomatogná co como uma unidade morfofuncional que é
perfeitamente definível e indivisível com respeito ao resto do
organismo e que, como tal, se deve compreender, diagnos car
e tratar.
O Sist. Estomatogná co cumpre uma série de funções, entre as
quais se podem citar quatro principais:
· Mas gação
· Deglução
· Respiração
· Fonoar culação

A mandíbula é capaz de realizar uma série de movimentos


que são produtos da a vidade sinérgica de diferentes
fascículos musculares mandibulares, regulados e
coordenados pelo sistema nervoso central.
Estes movimentos, não obstante, são guiados pelas
ar culações temporomadibulares com seus ligamentos, as
aponeuroses musculares, os tendões, a tonicidade dos
músculos inseridos na mandíbula e os contatos entre as peças
dentárias (oclusão) com seus respec vos ligamentos
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periodontais.

vídeo que segue abaixo ilustra bem os movimentos mandibulares.

Cinematica mandibular - Movimientos de apert…

É possível, então, afirmar que os movimentos mandibulares


funcionais, especialmente durante a mas gação e deglu ção,
estão controlados e dirigidos por meio de quatro componentes
fisiológicos básicos:
· Componentes neuromusculares
· Ar culações temporomandibulares
· Oclusão
· Ar culações alvéolo-dentárias
Quando todos estes componentes são compa veis e existe
harmonia morfofuncional entre eles, o resultado é uma função
normal do Sist. Estomatogná co. Exis ndo harmonia, as
funções se realizam com uma máxima eficiência e com o
mínimo gasto energé co. Dessa forma, a própria função
normal preserva e cria as condições que favorecem a normal
integridade morfológica dos diferentes componentes do Sist.
Estomatogná co e se es mula o funcionamento ó mo do
sistema.

ANATOMIA DA ATM

A ar culação
temporomandibular é a
ar culação da mandíbula com
o crânio, especificamente o
processo condilar da
mandíbula com o osso
temporal.

Embora existam várias estruturas ósseas implicadas no funcionamento da ATM o nome dessa
ar culação refere-se às relações entre os ossos temporal e mandibular.

Comecemos, pois, com a

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ANATOMIA DA MANDÍBULA

Podemos dividir o osso mandibular em duas porções:

O corpo da mandíbula que é retangular, mais comprido


que alto.
O ramo da mandíbula é também retangular e é mais alto
do que largo e com obliqüidade póstero lateral evidente.

O corpo da mandíbula é ainda cons tuído de duas


regiões que são denominadas de base (porção inferior) e

processo alveolar (porção superior). A


divisão entre estas não é ní da. No
indivíduo que perde todos os dentes
(desdentado) o processo alveolar sofre
reabsorção total ficando apenas a base.

O Canal da mandíbula (canal


mandibular) é uma parte da mandíbula
que nasce no forame da mandíbula
(forame mandibular), situado na face medial do ramo, e atravessa o corpo do osso com
obliqüidade ântero-inferior, até a região dos dentes pré-molares; aí se bifurca:

Uma de suas bifurcações termina no forame mental (a palavra ‘mento’ quer dizer queixo); e a
Outra se ramifica na região anterior (dentes caninos e incisivos), com di cil iden ficação
anatômica.

O forame da mandíbula é uma abertura do canal da mandíbula. O forame é a entrada do


canal; é por ele que passam os vasos e o nervo alveolar inferior, antes de entrarem no canal da
mandíbula.

O canal se estende desde o forame da mandíbula até o forame mental (forame mentoniano).
Daí o nervo alveolar inferior se divide em dois, um ramo mental (ramo mentoniano), que
emerge pelo forame mental (inerva gengiva e lábio inferior) e outro que con nua pelo interior
da mandíbula, com o nome de nervo incisivo (inerva os incisivos, caninos e primeiros pré-
molares).
O forame mental, na grande maioria dos casos, localiza-se entre os pré-molares inferiores e é
usado como referência em técnicas anestésicas, como o bloqueio do nervo incisivo e do próprio
nervo mental.
Nota: a figura seguinte deve servir de guia para a descrição dos acidentes anatômicos que se
seguem.

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Côndilo da mandíbula é uma eminência arredondada na extremidade do osso mandibular,


que forma a ar culação temporomandibular (vide figura acima).

No côndilo podemos discernir: a) a cabeça (caput) que representa a super cie ar cular; b)
processo condilar que compreende a cabeça e a parte imediatamente abaixo que se estreita
até formar o c) colo que é a região mais estreita do côndilo; d) a fóvea (ou depressão)
pterigóidea é uma parte da mandíbula, onde se insere o músculo pterigóideo lateral (este
músculo, que será retomado mais abaixo, é abaixador da mandíbula).
A Incisura da Mandíbula (ou Chanfradura Sigmóide) é uma região da mandíbula, de aspecto
semilunar com concavidade superior. É uma via de comunicação entre as regiões massetéricas
e zigomá ca.
A Língula (espinha de Spix) da mandíbula é uma elevação, uma crista, próxima à entrada ao
forame da mandíbula e aí se insere o ligamento esfeno-mandibular.

O Processo coronóide é uma eminência triangular achatada do osso mandibular, em cujas


margens (interna e externa) se insere o feixe superficial do tendão do músculo temporal.

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A Linha oblíqua (também chamada de linha oblíqua externa) é uma estrutura anatômica
localizada externamente na porção mais inferior do processo coronóide, bem próxima à distal
dos terceiros molares e que se dirige anteriormente com direção descendente.

Nela se inserem alguns músculos da expressão facial, como o abaixador do lábio inferior e o
abaixador do ângulo da boca.

A Linha milo-hióidea é uma estrutura anatômica localizada na porção interna da mandíbula,


próxima à língula e ao forame da mandíbula.
Tem esse nome, pois é desta linha que se
origina o músculo, com o mesmo nome,
músculo miloioideo (veja figura ao lado). Este
músculo forma o assoalho da boca.

Ramo da mandíbula: já vimos que o ramo é uma das divisões da mandíbula. Interessa-nos
agora chamar atenção para algumas par cularidades dessa região.
Cada um dos dois ramos da mandíbula possui
duas faces (lateral e medial) e quatro margens
(anterior, posterior, inferior e superior).

Face lateral (externa): é plana, com certa


rugosidade (tuberosidade massetérica) para a
fixação (inserção) do músculo masseter.

Face medial (interna): nas proximidades de seu centro, com algumas variações, encontra-se o
forame da mandíbula, cuja margem anterior é coberta pela língula (espinha de Spix) da
mandíbula.

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Esse forame é limitado, abaixo, pelo sulco milo-hióideo e cons tui (como já vimos) a porta de
entrada do extenso canal da mandíbula, percorrido pelo feixe vásculo-nervoso des nado à
irrigação e inervação dos dentes inferiores.

Margem Anterior: é delgada, desce do processo coronóide e é con nuada pela linha oblíqua.

Margem posterior: é romba e espessa, em forma de S; relaciona-se com a glândula paró da.

Margem inferior: com a margem paro dea, delimita o


ângulo
da mandíbula ou gônio, obtuso nas crianças e nos
idosos e quase reto nos adultos.
Margem superior: com o processo coronóide, a incisura
da mandíbula e a cabeça da mandíbula.

Nota: com relação à conformação interna, a mandíbula


é composta por duas camadas de osso compacto: uma
lateral (externa) e uma medial (interna). Entre essas
camadas há uma quan dade variável de tecido
esponjoso, segundo a região que se considere: escasso no processo coronóide e abundante na
cabeça da mandíbula, que é coberta por uma delgada lâmina de tecido compacto.

Protuberância mental (ou mentoniana): é uma elevação, como o próprio nome diz, uma
protuberância na região mental (aí se insere o músculo mental – ou mentoniano).

Sínfise da mandíbula (ou Sínfise mandibular): é uma estrutura anatômica que


divide a mandíbula em duas partes – direita e esquerda - segundo o plano
sagital. Uma crista suave na linha mediana. Localizada na região mental.

Trígono retromolar: é uma região anatômica da mandíbula localizada


posteriormente (atrás) do úl mo molar. Possui um formato triangular. Os
terceiros molares (dente do siso) geralmente se localizam nesta região.

Tubérculo geniano ou (Espinha geniana ou espinha mental) é uma elevação,


pon aguda, localizada na face interna da mandíbula, na região anterior. Aí se

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inserem algumas estruturas como os músculos genioglosso e geniohióideo (figua


abaixo).

Tuberosidade pterigoidea (ou pterigóide) é uma estrutura anatômica, formada por várias
rugosidades e se localiza na face interna do ramo da mandíbula. Essas rugosidades são devido
à inserção do músculo pterigóide medial (figura abaixo).

ANATOMIA DO OSSO TEMPORAL


É um osso par (direito e esquerdo), muito complexo, é importante porque no seu interior
encontra-se o aparelho audi vo. É um osso irregular e situa-se ínfero-lateralmente.
Situa-se na região lateral e inferior do crânio, cons tuem as paredes laterais do crânio e na sua
cavidade mpânica localizam-se os três ossos do ouvido médio. A saliência óssea atrás da
orelha chama-se Apófise Mastóide.

Divide-se em três partes: Escamosa, Timpânica e Petrosa.

Parte Escamosa
A porção escamosa forma a região superior e ântero-lateral do osso temporal. É delgada e em
formato de concha, sendo cons tuída por uma lâmina óssea ver cal que apresenta uma face
medial cerebral e outra lateral temporal. Na sua parte ântero-inferior tem origem a apófise
zigomá ca, que juntamente com o osso zigomá co dará origem ao arco zigomá co (local de
inserção do músculo masseter).

Processo Zigomá co - longo arco que se projeta da parte inferior da escama.


Fossa Mandibular (cavidade ou fossa glenóide)- ar cula-se com o côndilo da mandíbula
formando a ATM (figura abaixo).

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Parte Timpânica
Meato Acús co Externo

Parte Petrosa (Pirâmide)


Processo Es lóide - espinha aguda localizada na face inferior do osso temporal. Na face lateral
do petroso está localizado o processo es lóide, que se dirige ântero-inferiormente e mede
aproximadamente 2,5 cm.

O processo es lóide é uma porção óssea fina que nasce abaixo do osso mpânico, sendo que
três músculos apresentam origem neste processo: es loióide, es loglosso e es lofaríngeo. Este
acidente anatômico apresenta grande variação anatômica e pode chegar a a ngir o osso
hióide.

Processo Mastóide (ou Apófise mastóide) - projeção crônica (em forma de mama, daí o
nome) que pode variar de tamanho e forma.

Meato Acús co Interno - dá passagem ao nervo facial, acús co e intermediário e ao ramo


audi vo interno da artéria basilar.

Forame es lomastóide - localiza-se entre o processo mastóide e es lóide


O osso temporal ar cula-se com cinco ossos: occipital, parietal, zigomá co, esfenóide e
mandíbula.

A anatomia do osso temporal não é fácil de ser compreendida em virtude do grande número
de estruturas e funções agrupadas nesse pequeno espaço ósseo, inexistente em qualquer área
no corpo humano. Portanto, deve-se adquirir o conhecimento teórico, acompanhado do estudo
prá co, realizado em cadáveres, para o domínio desta estrutura.
O osso temporal é um osso par que contribui para a parede lateral e para a base do crânio,
formando parte da fossa média e posterior do crânio.

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Morfologicamente, o osso temporal difere segundo a idade. No feto, o osso temporal pode ser
dividido em três porções: escamosa (ocupa a parte anterior e superior do osso e é cons tuída
de uma lâmina delgada irregularmente circular), petrosa (posterior e internamente a porção
escamosa apresentando paredes resistentes, e que pode ser descrita como uma pirâmide cuja
base forma parte da super cie exterior do crânio, com ápice que se dirige interna e
anteriormente), e porção mpânica (situada inferiormente à porção escamosa, externamente
à porção petrosa, com a forma de um círculo).
Com o desenvolvimento do feto ocorre a fusão entre as porções escamosa e petrosa,
desaparecendo a fissura petroescamosa, desenvolvendo-se póstero-inferiormente e dando
origem à porção mastóidea do osso temporal. O osso mpânico cresce medialmente,
desaparecendo a fissura petro mpânica, formando um canal semicircular com concavidade
superior, que posteriormente irá formar as paredes anterior, inferior e posterior do conduto
audi vo externo, sendo sua parede superior formada pela porção escamosa.

Uma vez terminado seu desenvolvimento, o osso temporal é absolutamente indivisível, sendo
necessário conhecer suas transformações para encontrar suas três porções primi vas.
Dida camente pode-se dividí-lo em cinco porções: mastóidea e petrosa (derivadas da porção
petrosa), porção escamosa, porção mpânica e processo es lóide.
O meato acús co externo pode ser visualizado como ponto de referência anatômica, desta
forma a porção escamosa se dirige superiormente, a mastóidea posteriormente, a mpânica
ântero-inferiormente e a petrosa medialmente.

COMPONENTES LIGAMENTARES DA ATM

Os movimentos condilares dentro da ar culação são limitados pelos ligamentos


ar culares. Estes ligamentos são: a cápsula ar cular (ligamento capsular), o ligamento
temporomandibular, o ligamento esfenomandibular e o ligamento es lomandibular.

O texto que segue descrevendo os ligamentos deve ser lido acompanhado da figura acima:

A cápsula ar cular é uma membrana fibrosa que se estende desde o colo do côndilo
(mandíbula) até a periferia da cavidade glenóide (osso temporal).

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O ligamento temporomandibular insere-se na super cie lateral do arco zigomá co e,
dirigindo-se para baixo, insere-se na face lateral do colo do côndilo.

Estes dois ligamento (capsular e temporomandibular) cobrem e reforçam a estrutura


ar cular em si, prevenindo o deslocamento anterior, posterior e lateral exagerados do côndilo.

O ligamento esfenomandibular insere-se na espinha do esfenóide e dirige-se para


baixo e para o lado até a língula (espinha de Spix).

O ligamento es lomandibular da apófise es lóide do osso temporal até a região do


ângulo mandibular.

MÚSCULOS DA ATM

Os músculos da ATM que agem diretamente são os abaixadores e elevadores da mandíbula.


Os elevadores são o Pterigóideo medial, o masseter e o temporal. Os abaixadores diretos são
o pterigóideo lateral e o digástrico. É claro que os músculos supra-hioideos são também
abaixadores, mas não diretamente e exercem função secundária neste quesito. Dentre os
supra-hioideos inclui-se, além do digástrico, o miloioideo, o genioglosso e o genioideo.

Embora as inserções mandibulares de todos estes músculos já tenham sido vistas,


lembremos que entre os elevadores:

a) O músculo masseter com suas partes superficial e profunda estende-se do arco


zigomá co à maior parte da face lateral do ramo da mandíbula.
b) O músculo temporal insere-se em leque na fossa temporal e alcança, com o seu
tendão, o contorno e as faces medial e lateral do processo coronóide da mandíbula.
c) O músculo pterigoideo medial estende-se da fossa pterigóide à face medial do
ângulo da mandíbula.

O movimento de elevação da mandíbula é realizado pela ação coordenada do


masseter, temporal e pterigoideo medial. As a vidades equilibradas destes músculos,
bilateralmente, são fundamentais para elevar a mandíbula com suavidade, levando os
dentes inferiores à oclusão com os dentes superiores. Naturalmente que os músculos
elevadores têm, também, a função de fechar a boca.

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O vídeo a seguir mostra os músculos em ação

ATM - anatomia.mov

Entre os músculos abaixadores da mandíbula, temos o


pterigoideo lateral e os supra-hióideos.
a) O músculo pterigoideo lateral, embora este músculo
seja classificado como abaixador da mandíbula, possui
dois feixes de fibras cada um trabalhando de maneira
diferente durante a abertura mandibular. Este (em
especial seu feixe inferior) estende-se da lâmina lateral
do processo pterigóide do esfenóide à fóvea do
processo condilar da mandíbula e à ar culação
temporomandibular. É o músculo principal que realiza
a abertura. O feixe superior do pterigoideo lateral leva
o disco ar cular e o côndilo para frente, ajudando a
abertura.

O movimento de protusão da mandíbula é conseguido


pela contração bilateral simultânea dos músculos
pterigóideos laterais,
A retrusão da mandíbula é efetuada pela contração do
feixe posterior do temporal e também pela ação do
digástrico e outros músculos supraioideos.
O movimento de lateralidade, essencial para se triturar
os alimentos, é efetuado pela ação do pterigoideo
medial e lateral no lado de trabalho e pelo temporal no
lado de balanceio.

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ATM - abertura e fechamento.mov

OSSO HIÓIDE
É claro que a musculatura infra-hióidea também
par cipa da abertura da mandíbula pelo menos indiretamente
na medida em que impede a ascensão do osso hióide por
ocasião da contração da musculatura supra-hióidea.
Entretanto limitaremos nossa discussão aos músculos supra-
hióidea não só porque estes tem uma par cipação mais direta
como também para não tornar este texto demasiadamente
enfadonho.

Os músculos supra-hioideos estão dispostos acima do


osso hióide, na parte ântero-superior do pescoço. Unem o
osso hióde à mandíbula e à base do crânio, movimentam o
osso hióide e a mandíbula. Em conjunto, essa musculatura
supra-hióidea cons tui o assoalho da boca: sustenta o hioide,
fornecendo uma base para a língua, e tem relação com a
deglu ção e produção do som.
São eles:

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Músculo digástrico: formado por dois ventres unidos


entre si por uma pequena junção tendinosa, que desce em
direção ao hioide, estendendo-se da apófise mastóide (aí se
insere o ventre posterior) à face interna do corpo da mandíbula
nas fóveas digástricas, próximo ao plano sagital mediano. O
tendão mediano é preso ao osso hióide por uma alça fibrosa.
As duas projeções, anterior e posterior, tem origem
embriológica dis nta: respec vamente, são provenientes da
musculatura relacionada ao 1° e 2° arcos faríngeos. Por esse
mo vo, não são inervadas pelo mesmo nervo craniano.
Inervação: Nervo Facial (ventre posterior) e Nervo
Mandibular (ventre anterior)

Aula de ATM MP4

Músculo miloioideo: cons tui com seu homônimo do


lado oposto o assoalho muscular da cavidade bucal. Insere-se
na face interna do corpo da mandíbula, no corpo do osso
hióide e em uma rafe (linha ou crista de junção de duas partes
homólogas) fibrosa, mediana, que se estende da espinha
mentoniana ao osso hióide.
Inervação: Nervo Mandibular (Ramo do nervo Trigêmeo - V par
craniano)

Músculo genioideo: situado profundamente à porção


mediana do músculo miloideo, estendendo-se da espinha
mentoniana ao corpo do osso hióide (figura abaixo).
Inervação: Nervo Hipoglosso (XII par de nervo craniano).

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A ar culação temporomandibular normal move-se com


liberdade, sem esforços intensos e sem dor. O caráter básico do
movimento da ar culação é o de rotação em bisagra
(dobradiça). Na abertura da boca os côndilos rodam em torno
de um eixo horizontal e, concomitantemente, projetam-se para
frente. A rotação do côndilo para trás fecha a mandíbula. Em
oclusão cêntrica (dentes em relação dentária intercuspídea) a
parte posterior do côndilo repousa contra a parte central do
menisco. O tecido retrodiscal atua como uma almofada elás ca
no movimento mandibular. Mesmo durante o movimento mais
retrusivo da mandíbula, o côndilo não alcança a parte mais
posterior da cavidade glenóide.

Articulação Temporomandibular

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Desse movimento par cipa o compar mento superior da ATM.


O menisco desloca-se com rapidez para frente e percorre uma
distância maior que o côndilo. Isto porque o feixe superior do
pterigoideo lateral, que traciona o menisco em direção
anterior, contrai-se antes que o feixe inferior do mesmo
músculo, o qual, basicamente, desloca o côndilo para diante e
para baixo.
Esse fenômeno da contração em tempos diferentes dos feixes
do pterigoideo lateral foi
demonstrado por
eletromiografia.

Em abertura bucal máxima, o


côndilo encontra-se
normalmente abaixo da parte
mais convexa da eminência
ar cular.
Em certos casos, o
côndilo desliza para frente da
eminência, fora da cavidade
glenóide, de maneira que a face posterior do côndilo situa-se
pela frente da vertente anterior da eminência. Quando ocorre
essa situação uni ou bilateralmente e é reversível pela ação
do próprio paciente, caracteriza-se a chamada subluxação.
Quando ocorrem alterações na ATM, afetam em graus
variados a mobilidade ar cular, bem
como a relação espacial entre o
menisco e o côndilo. Em movimentos
normais de mandíbula os feixes,
superior e inferior, do pterigoideo
lateral atuam harmoniosamente.
Havendo rompimento de harmonia da
função, o côndilo pode chocar-se com a
borda do menisco, ao começar o
fechamento e abertura mandibular, ou ao final do
movimento. Nestas alterações, podem produzir o ruído da
ATM (vídeo abaixo).

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Estalo na Articulação temporomandibular

Diferentemente da maioria das ar culações, as super cies


ar culares da ATM não estão cobertas por car lagem hialina,
mas sim por tecido fibroso avascular, que contém uma
quan dade variável de células car laginosas.
A ATM se difere das demais ar culações do corpo
humano por:

1. É uma ar culação dupla. Desde que a ar culação


esquerda e direita são extensões posteriores da
mandíbula, uma não pode funcionar sem a outra.
2. É uma ar culação de pressão. Isso é indicado pela
presença de tecido fibroso avascular cobrindo a
super cie ar cular e do disco fibroso ar cular.
3. Há uma interdependência
funcional da ATM pela
tríade formada pela
ar culação esquerda e
direita, pelo contato
dentário (oclusão) e pelo
sistema neuromuscular
correlato. A oclusão
dentária é o “ponto final”
do limite mecânico de fechamento da ar culação e é
uma fonte importante de propriocepção mandibular
(através das fibras nervosas do periodonto).
1. Não é uma verdadeira ar culação fossa-côndilo
(glena). A profundidade da fossa ar cular é funcional.
Na realidade, a relação mais importante é a do côndilo
com a eminência ar cular, sendo as partes funcionais
da ar culação: a super cie ar cular do côndilo e as
vertentes posterior e anterior da eminência ar cular do
temporal.

O COMPONENTE FIBROSO DA ATM

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O menisco ou disco ar cular é uma estrutura fibrosa,


macia, unida ao côndilo por dois ligamentos curtos, inseridos
nas suas extremidades medial e lateral. A parte central do
disco, geralmente fina e avascular, algumas vezes em forma de
cela, é chamada zona intermediária.
O disco possui anteriormente um segmento espesso, e
outro mais ainda posteriormente.
Por trás do segmento posterior está a zona bilaminar,
descrita, algumas vezes, como almofada retrodiscal. É uma
zona de tecido conjun vo contendo vasos sanguíneos. A parte
medial do menisco é mais espessa do que a lateral.
A parte anterior con nua com a cápsula ar cular, com a
qual está firmemente inserido.
Descreve-se frequentemente o
disco como sendo um “separador” do
espaço ar cular em dois
compar mentos: um superior para
movimento translação; e um inferior,
para movimentos de rotação. Na realidade, como vimos, o
côndilo é capaz de ambos os movimentos. Alguns autores
sugerem que a finalidade do menisco é suportar as pressões
durante os movimentos mandibulares.

PALPAÇÃO DO CÔNDILO
Para realizar a palpação pré-tragus deve-se colocar os dedos
indicador de ambas as mãos sobre a ar culação
direita e esquerda, sobre a região pré-tragus, é
solicitado ao paciente que abre e feche a boca
lentamente. Pode-se observar a rotação,
translação, uniformidade de movimentos e
ocorrência de ruídos. Um “clique” ar cular
muitas vezes é percebido mais facilmente pelo
toque do que pelo som.

Na palpação intra-auricular o examinador deve ficar em frente


ao paciente e colocar o dedo mínimo em cada
meato audi vo externo, exercendo pressão
suave anteriormente, em direção da super cie
posterior do côndilo. Enquanto o paciente abre
lentamente a boca até a abertura máxima,
observa-se igualmente, rotação, translação,
harmonia de movimentos, ruídos e dor à
pressão digital. A ocorrência de dor pela
palpação intra-auricular, mesmo suave, é importante sintoma
no diagnós co diferencial de distúrbios intra ou extra-
ar culares.

ABERTURA MANDIBULAR
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27/02/2018 ANATOMIA 3

A abertura interincisal, medida em milímetros é feita em


abertura máxima sem dor, isto é, o grau máximo de abertura
mandibular conseguido pelo indivíduo sem acusar
desconforto. Esse é um dado importante na determinação das
limitações funcionais da mandíbula. Uma abertura interincisal
de 35 a 55 milímetros pode ser considerada normal.
O desvio da mandíbula em abertura ou
fechamento é um dado significa vo. Para
melhor visualização e medida do desvio,
colocam-se pontos de referência entre os
incisivos centrais superiores e inferiores.

PALPAÇÃO INTRA-BUCAL DO PTERIGOIDEO LATERAL


O músculo pterigoideo lateral deve ser palpado em
torno da inserção do feixe inferior no colo
do côndilo intra-oralmente. Deve ser
palpado através do ves bulo, colocando-
se o dedo indicador atrás do
tuberosidade. Para cima e medialmente,
palpa-se sua inserção na lâmina lateral pterigóidea. Este
músculo é citado por vários autores como um dos mais
comumente envolvidos na síndrome dolorosa por disfunção
miofacial.

PALPAÇÃO EXTRA-BUCAL DOS MUSCULOS MASSETER E TEMPORAL


A finalidade deste exame é localizar regiões dolorosas,
sensibilidades ou pontos de desencadeamento da dor (áreas
“ga lho”). A palpação muscular in inicia-se pelos músculos
temporais, bilateralmente.
Em seguida palpam-se as inserções do masseter no
zigomá co, segue-se o trajeto de suas fibras até a inserção no
ângulo da mandíbula. A
borda inferior do
masseter, em sua porção
média, é
frequentemente local
doloroso ou sensível.

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Manipulação da ATM

IMAGENS RADIOGRÁFICAS DA ATM


Existem várias técnicas para se obter imagens radiográficas da
ATM. Vamos exemplificar apenas as técnicas transcraniana e
panorâmica.

TRANSCRANIANA
É um exame complementar que tem como principais
vantagens sua pra cidade, custo e rapidez na visualização das
condições ósseas e do posicionamento dos côndilos na
ar culação temporomandibular (ATM). Um posicionador
permite que a cabeça seja ajustada em ângulos específicos,
fornecendo imagens laterais oblíquas das ATMs importantes e
necessárias na formação do diagnós co. Dependendo do
resultado deste exame, pode-se complementar através de
tomografia computadorizada e/ou imagem por ressonância
nuclear magné ca, para uma avaliação mais detalhada da
anatomia dos componentes das ATMs.

PANORÂMICA
A radiografia panorâmica é um dos exames radiográficos mais
solicitados pelos profissionais da área odontológica em sua
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ro na clínica. Por possibilitar uma ampla visualização das


estruturas do complexo maxilomandibular, da região da
ar culação temporomandibular (ATM) e dos seios maxilares,
é ú l como recurso complementar em exames odontológicos,
auxiliando o cirurgião-den sta na eleição do plano de
tratamento mais adequado para cada paciente. Além disso,
deve-se considerar também, que uma radiografia panorâmica
feita a pedido de um cirurgião-den sta pode ser ú l na
iden ficação de algumas alterações que não estão
relacionadas diretamente com a odontologia e, assim, mostrar
mais do que problemas de saúde bucal. Dentre esses achados,
alguns, como as placas de ateroma na artéria caró da, são
considerados “acidentais”; porém, quando evidenciados, é
imprescindível que sejam corretamente diagnos cados.

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