Professional Documents
Culture Documents
Gedup
Engenharia Mecânica
Guia de Estudo:
Máquinas Térmicas
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 2
Gedup
Engenharia Mecânica
Máquinas Térmicas
TABELAS DE ÍCONES
PENSE. Indica que você deve refletir sobre o assunto abordado para
responder a um questionamento.
HIPERLINK. Indica um link (ligação), seja ele para outra página do módulo
impresso ou endereço de Internet.
3) Cilindrada:
É o volume total deslocado pelo pistão entre o PMS e PMI multiplicado
pelo número de cilindros do motor, em cm 3, a fórmula é a seguinte:
D2
C Curso N Cilindros
4
5) Octanagem:
A octanagem mede a capacidade da gasolina de resistir à detonação,
ou a sua capacidade de resistir às exigências do motor sem entrar em auto-
ignição antes do momento programado. A detonação, também conhecida
como “batida de pino”, leva à perda de potência e pode causar sérios danos
ao motor, dependendo de sua intensidade e persistência.
Um combustível com octanagem n é aquele que se comporta como se
fosse uma mistura contendo n% de isooctanos e 100- n% de n-heptano. O
isooctano tem octanagem de 100% e o n-heptano, tem octanagem 0%.
Alguns combustíveis aditivados tem octanagem acima de 100%.
Gasolina Álcool
Calor Específico(kJ/kg) 34.900 26.700
Calor Latente de Evaporação(kJ/kg) 376~502 903
Temperatura de Ignição 220 420
Razão Estequiométrica Ar/Combustível 14,5 9
6) Taxa de Compressão:
Relação matemática que indica quantas vezes a mistura ar/combustível
ou simplesmente o ar aspirado (no caso do diesel) para dentro dos cilindros
pelo pistão é comprimido dentro da câmara de combustão antes que se inicie
o processo de queima. Assim, um motor a gasolina que tenha especificada
uma taxa de compressão de 8:1, indica que o volume aspirado para dentro
do cilindro foi comprimido oito vezes antes que a centelha da vela iniciasse a
combustão.
Resposta:
Resposta:
Resposta:
7) Motores Alternativos:
Do ponto de vista do processo de queima, distinguem-se dois tipos de
motores de combustão interna, com dois ou quatro tempos, a cada tempo
corresponde um curso do pistão, nos motores alternativos, enquanto que
nos motores rotativos os tempos sucessivos são definidos em função dos
ângulos de rotação do eixo motor(motor Wankel realiza três rotações de
3600 enquanto o pistão rotativo se desloca de 3600)
Nos motores a pistão, este ciclo pode completar-se de duas maneiras:
Ciclo de trabalho a quatro tempos
Ciclo de trabalho a dois tempos
8- Motores Rotativos:
8.1 – Motor Wankel:
Em 1951, Felix Wankel ,encarregado do Departamento de Pesquisas
Técnicas em Lindau, fez os primeiros contatos com os engenheiros da NSU
para estudar os problemas da vedação de espaços irregulares. Esses estudos
resultaram na descoberta de que um motor mais ou menos triangular (mas
com lados convexos), girando em uma câmara que tivesse,
aproximadamente, a forma de um oito, poderia desenvolver um verdadeiro
ciclo de quatro tempos.
A primeira aplicação desse princípio foi na forma de um compressor
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 19
Gedup
Engenharia Mecânica
para o motor NSU de 50 cc, com dois tempos, que iria estabelecer novos
recordes mundiais em Utah, em1956. O compressor rotativo capacitou este
pequeno motor a desenvolver 260 HP por litro. Isto deu ao pequenino carro a
velocidade de quase 160 km/h.
Em 1958, Wankel fez um acordo com a companhia norte-americana
Curtiss-Wright para que unissem seus esforços nas tentativas de fabricação
de um grande motor baseado nestes princípios. Mais tarde começaram os
testes com carros dotados de motores Wankel, diferentes uns dos outros.
Dessa época até 1963, o motor foi gradualmente tomando forma definitiva e
então adaptado a um pequeno NSU de dois lugares, apresentado no Salão do
Automóvel em Frankfurt, no outono de 1963. A partir daí, foi concedida
licença, entre outras, para a Mazda, no Japão.
Esse motor, de um modo geral, apresenta as seguintes vantagens
relativamente aos congêneres alternativos:
Eliminação dos mecanismos biela-manivela com redução dos
problemas de compensação de forças e momentos, bem como
vibratórios;
Menor número de peças móveis, o que poderá ocasionar construção e
manutenção mais simples e de menor custo;
Maior concentração de potência, logo menor volume e peso.
Por outro lado, o motor apresenta problemas, em parte já sanados e em
parte ainda para serem resolvidos. Entre esses problemas:
Alta rotação: o primeiro protótipo experimental girava a 17.000 rpm.
Atualmente essa rotação encontra-se na faixa das 4.000 rpm.
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 20
Gedup
Engenharia Mecânica
9 – Ciclos de Potencia:
9.1- Ciclo de Carnot:
3) Torque:
C
T = pme × (N m)
i
4) Rendimento Térmico Efetivo:
We
ηe =
mC PCI
6) Rendimento Mecânico:
We
η=
Wi
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 35
Gedup
Engenharia Mecânica
Figura 21 –Motor em V
motor de cilindros contrapostos (também
conhecido como motor oposto horizontal ou
boxer) - os cilindros são dispostos em dois
blocos nos lados opostos do motor:
11.2- Cabeçote:
É uma espécie de tampa do motor contra o qual o pistão
comprime a mistura, geralmente possui furos com roscas
onde são instaladas as velas de ignição ou os bicos injetores
e onde são instaladas as válvulas de admissão e escape.
11.3- Cárter:
Parte inferior do bloco, cobrindo os componentes
inferiores do motor, e onde está depositado o óleo
lubrificante.
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 41
Gedup
Engenharia Mecânica
11.4- Pistão:
11.5- Biela:
Braço de ligação entre o pistão e o eixo de manivelas,
recebe o impulso do pistão, transmitindo-o para o eixo de
manivelas(virabrequim). Transforma o movimento retilíneo do
pistão em movimento rotativo do virabrequim.
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 42
Gedup
Engenharia Mecânica
Figura 22 – Biela
11.6- Bronzinas:
Figura 23 – Bronzina
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 44
Gedup
Engenharia Mecânica
Figura 25 – Virabrequim
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 45
Gedup
Engenharia Mecânica
11.8- Válvulas:
Figura 27 – Válvulas
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 47
Gedup
Engenharia Mecânica
3- Turbina a Vapor
3.1-Histórico
3.2-Definição:
Turbinas a vapor são turbomáquinas que operam com
vapor de alta pressão na entrada, em condição
superaquecida ou saturada com título superior a 87%,
expandindo-se até níveis baixos de energia. A queda de
pressão verificada durante a passagem do vapor no interior
da turbina se deve à transferência de energia desse vetor
energético para o eixo da turbina, por efeito de força de
reação o eixo movimenta ante o choque com o vapor,
gerando dessa forma energia mecânica.
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 60
Gedup
Engenharia Mecânica
3.3-Emprego:
As turbinas têm sido empregadas com bastante sucesso
na geração de energia, nos ciclos térmicos a vapor, em
associação com geradores de elétricos. Têm sido, também
bastante utilizadas para geração de potência mecânica no
acionamento de conjuntos de grande porte, como ocorre em
desfibradores e conjuntos de navalhas característicos de
usinas de açúcar e álcool.
Figura 36 – Palhetas
Os injetores orientam o jato de vapor sobre as palhetas
móveis nos rotores, sua quantidade e disposição dependem
da potência da turbina.
3.5-Classificação:
As turbinas a vapor, devido a sua ampla gama de
utilização, podem ser classificadas segundo diferentes
critérios. De acordo com sua finalidade, podem ser para
acionamento elétrico (utilizadas para acionar um gerador
elétrico de uma indústria, que irá suprir as necessidades da
central. Geralmente operam com velocidade síncrona (1800
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 63
Gedup
Engenharia Mecânica
3.5.2- De reação:
Utilizam, ao mesmo tempo, a pressão do vapor e a sua
expansão nas rodas móveis. O vapor não se expande
completamente no distribuidor, mas continua a sofrer, na roda
móvel, uma diminuição de pressão, à medida que sua
velocidade também se diminui devido a alta velocidade com
que estas palhetas móveis se movimentam. Assim, o
distribuidor transforma, apenas em parte, a energia térmica
do vapor em energia cinética, ficando a outra parte para ser
transformada na própria roda móvel. Essas turbinas são
caracterizadas pelo fato de que a roda móvel não trabalha
com o vapor a pressão constante, mas gradativamente
variável, diminuindo de montante para jusante, em relação ao
percurso nas palhetas.
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 65
Gedup
Engenharia Mecânica
3.5.1.3-Turbina Rateau:
Em vez da queda total de pressão do vapor ocorrer em
um único conjunto de bocais, essa queda pode ser dividida
em duas ou mais fileiras de bocais, de maneira a se obter um
efeito semelhante ao que se teria a um arranjo de duas ou
mais turbinas de Laval em série. A vantagem é que se pode
obter uma velocidade mais adequada de palhetas em termos
de resistência dos materiais. Porém estas turbinas, podem
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 70
Gedup
Engenharia Mecânica
3.5.2.1- De reação:
Um estágio de uma turbina de reação é denominado de
estágio Parsons, o que justifica o nome de Parsons para
designar algumas turbinas constituídas com este tipo de
estágio.
São turbinas de múltiplos estágios, construídas de modo
que a queda de pressão, da admissão ao escape, seja
dividida em quedas parciais por meio de sucessivas fileiras
de palhetas fixas e móveis. Assim, a queda de pressão em
cada fileira de palhetas é pequena, resultando em baixas
velocidades do vapor em cada estágio.
Fluxo simples;
Fluxo duplo: Quando o fluxo principal é admitido no centro
do cilindro e dividido em duas direções axiais opostas com
relação ao rotor. Este arranjo é utilizado levando-se em
consideração dois principais aspectos: evitar o tamanho
excessivo das palhetas dos últimos estágios e reduzir a zero
os esforços axiais causados pelas forças do fluxo de vapor
nas palhetas móveis.
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 83
Gedup
Engenharia Mecânica
4- Ciclos de Potência
Qvc _W
vc = m [
hs _ he ]
Aplicando a primeira lei para cada componente:
t
W
Para a turbina a vapor: = h1 _ h2
m
QRe j
Para o condensador: = h3 _ h2
m
B
W
Para a bomba: = h3 _ h4
m
QAd
Para a caldeira: = h1 _ h4
m
ciclo W
W t WB
= -
m
m m
5- Turbina a Gás
5.1- Histórico:
Historicamente muitas foram as tentativas frustradas de
funcionamento satisfatório da turbina a gás. O ciclo a vapor e
as máquinas a pistão eram muito fáceis de se projetar,
construir e funcionar, uma vez que o trabalho e a sofisticação
da compressão são muito menores, comparados com o
trabalho e a sofisticação da compressão da turbina a gás. As
perdas na compressão da turbina a gás eram muito maiores,
impedindo de se conseguir um trabalho útil. Por muitas
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 89
Gedup
Engenharia Mecânica
com sucesso foi vendida pela Brown Boveri em 1939, que foi
colocada em uma locomotiva.
Muitos dos trabalhos em turbinas a gás para potência de
eixo foram iniciados na Suíça. Em 1936 Sulzer estudou três
tipos alternativos de turbinas a gás e continuou a produzi-las
com máquinas axiais, trabalhando com câmara de combustão
a pressão constante. Escher Wyss continua sendo a líder em
turbinas a gás de ciclo fechado, usando, principalmente, hélio
como fluido de trabalho.
Atualmente são vários os fabricantes de turbinas a gás
para aplicação industrial, além das indústrias citadas à cima.
Uma das grandes fabricantes de turbinas industriais e
aeronáuticas é a General Electric.
As turbinas de aplicação aeronáutica também tiveram o
seu desenvolvimento independente com sucesso, na mesma
década das turbinas industriais (potência de eixo) por quatro
pessoas, Whittle (na Inglaterra) e Von Ohain, Wagner, e
Schelp (na Alemanha).
Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG 91
Gedup
Engenharia Mecânica