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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS (TRE/MG)

DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS


ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA
AULA 9
PROF: RICARDO GOMES

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS (TRE/MG)

Chegamos ao nosso último encontro! Passou rápido, não?


Espero que todos tenham aproveitado nosso Curso, feito
com carinho para esta prova do TRE/MG!
Ressalto a todos que visando a melhor preparação para este
concurso do TRE/MG, apesar de nosso Curso ser de Teoria e Exercícios,
chegamos nesta 9ª Aula com mais de 300 questões comentadas!
Ademais, desejo que ver todos os alunos na lista de
aprovados e assinando o termo de posse no TRE/MG! Esperamos que
nosso Curso tenha contribuído efetivamente para sua aprovação!
Grande abraço!
Ricardo Gomes
Por sua aprovação no TRE/MG!

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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QUADRO SINÓPTICO DA AULA:

1. Sistema eletrônico de votação.


2. Fornecimento gratuito de transporte, em dias de
eleição a eleitores residentes nas zonas rurais –
Lei nº 6.091/1974).
3. Dos Recursos Eleitorais. Disposições
Preliminares.
4. Condutas vedadas aos agentes públicos em
campanhas eleitorais e Representação.
5. Disposições Finais da Lei nº 9.504/97.

1. Sistema eletrônico de votação.

O sistema regular e geral de votação e de


totalização/contabilização dos votos é por meio eletrônico. No entanto, existe
ainda o sistema de votação manual, por cédulas, que é aplicado em caráter
excepcional quando em determinadas situações for inviável tecnicamente dar
início ou prosseguir com a votação eletrônica.
A votação será realizada por meio da URNA ELETRÔNICA no
CANDIDATO (com seu número) ou na LEGENDA PARTIDÁRIA (com o
número apenas do partido). Quando o eleitor digita o nº do candidato, a sua
fotografia aparecerá com o nome do partido e o cargo em disputa, grafado no
masculino ou feminino.

Lei nº 9.504/97
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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Art. 59. A votação e a totalização dos votos serão feitas por


sistema eletrônico, podendo o Tribunal Superior Eleitoral
autorizar, em caráter excepcional, a aplicação das regras fixadas
nos arts. 83 a 89.
§ 1º A votação eletrônica será feita no número do candidato ou
da legenda partidária, devendo o nome e fotografia do candidato
e o nome do partido ou a legenda partidária aparecer no painel da
urna eletrônica, com a expressão designadora do cargo disputado
no masculino ou feminino, conforme o caso.

Como já comentamos, nas eleições proporcionais serão


computados para a LEGENDA PARTIDÁRIA os votos em que não seja
possível a identificação do candidato, desde que o nº do partido seja
digitado corretamente. Ex: eleitor quer votar em JOÃO (nº 20.123) para
Deputado Federal do PMN (Partido dos Miseráveis Nacionais), no entanto, no
ato de votação, digita o nº 20.321; como foi digitado corretamente o nº da
legenda partidária (20), este voto não será contado para JOÃO, mas será
contado para o PMN.

Lei nº 9.504/97
Art. 59
§ 2º Na votação para as eleições proporcionais, serão
computados para a legenda partidária os votos em que não
seja possível a identificação do candidato, desde que o número
identificador do partido seja digitado de forma correta.

Quando as eleições proporcionais e majoritárias realizarem-se


simultaneamente, a votação em urna eletrônica será feita em 1º lugar para as
eleições proporcionais e em 2º lugar para as eleições majoritárias.
A Urna é um computador como qualquer outro. Dentre as suas
finalidades, está a de permitir o registro digital de cada voto (contabilizar e
não perder os votos nela inseridos) e o registro identificador da urna. O
anonimato do eleitor é plenamente resguardado.

Lei nº 9.504/97
Art. 59
§ 3º A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os
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painéis referentes às eleições proporcionais e, em seguida, os


referentes às eleições majoritárias.
§ 4o A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante
assinatura digital, permitam o registro digital de cada voto e a
identificação da urna em que foi registrado, resguardado o
anonimato do eleitor. (Redação dada pela Lei nº 10.740, de 1º.10.2003)
§ 5o Caberá à Justiça Eleitoral definir a chave de segurança e
a identificação da urna eletrônica de que trata o § 4o. (Redação
dada pela Lei nº 10.740, de 1º.10.2003)
§ 6o Ao final da eleição, a urna eletrônica procederá à
assinatura digital do arquivo de votos, com aplicação do
registro de horário e do arquivo do boletim de urna, de maneira a
impedir a substituição de votos e a alteração dos registros
dos termos de início e término da votação. (Redação dada pela Lei
nº 10.740, de 1º.10.2003)
§ 7o O Tribunal Superior Eleitoral colocará à disposição dos
eleitores urnas eletrônicas destinadas a treinamento. (Redação
dada pela Lei nº 10.740, de 1º.10.2003)
Art. 60. No sistema eletrônico de votação considerar-se-á voto de
legenda quando o eleitor assinalar o número do partido no
momento de votar para determinado cargo e somente para
este será computado.
Art. 61. A urna eletrônica contabilizará cada voto,
assegurando-lhe o sigilo e inviolabilidade, garantida aos partidos
políticos, coligações e candidatos ampla fiscalização.

Eleitores autorizados a votar na seção eleitoral.


Nas seções eleitorais em que houver votação em urna eletrônica
somente poderão votar os eleitores cujos nomes estiverem nas respectivas
folhas de votação. As falhas da urna eletrônica são disciplinadas pelo TSE
por meio de Resoluções específicas.

Lei nº 9.504/97
Art. 62. Nas Seções em que for adotada a urna eletrônica,
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somente poderão votar eleitores cujos nomes estiverem nas


respectivas folhas de votação, não se aplicando a ressalva a
que se refere o art. 148, § 1º, da Lei nº 4.737, de 15 de julho de
1965 - Código Eleitoral (possibilidade de Juiz Eleitoral, Presidente
da República, candidatos, mesários, etc, votarem fora de sua
sessão).
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral disciplinará a
hipótese de falha na urna eletrônica que prejudique o regular
processo de votação.

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2. Fornecimento gratuito de transporte, em dias de eleição a


eleitores residentes nas zonas rurais – Lei nº 6.091/1974).
A Lei nº 6.091/1974 regula uma das garantias eleitorais aos
eleitores, qual seja, o fornecimento gratuito de transporte, em dias de eleição,
a eleitores residentes nas Zonas Rurais.
Premissa Base: é garantido o transporte gratuito para eleitores da
Zona RURAL! Não é qualquer eleitor, mas apenas os que residem na Zona
Rural (não Zona Urbana).

Veículos envolvidos no transporte.


Todos os veículos e embarcações da União, Estados, DF e
Municípios, bem como das Autarquias e sociedades de economia mista ficarão
à disposição da Justiça Eleitoral para o transporte dos eleitores da Zona Rural
nos dias do pleito. Na realidade, são utilizados todos os veículos da
Administração Pública Direta e Indireta (incluindo as empresas públicas).
EXCEÇÕES:
1. veículos de uso MILITAR! Não poderão ser utilizados os
veículos militares no transporte de eleitores.
2. veículos em número justificadamente indispensável ao
funcionamento de serviço público insusceptível de
interrupção.
Caso os veículos requisitados às Administrações Públicas não sejam
suficientes para atender à necessidade, poderão ser requisitados veículos e
embarcações de particulares (preferência os destinados ao aluguel). Este
serviço será devidamente remunerado e pago com recursos do Fundo
Partidário.

Requisição de veículos, funcionários e instalações.


A Justiça Eleitoral detém a prerrogativa de requisitar à
Administração Direta e Indireta, no prazo de até 15 DIAS antes das
eleições, os veículos, funcionários e instalações necessários ao transporte
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e alimentação de eleitores das Zonas Rurais, aos respectivos Órgãos das


Administrações.
Atenção que a requisição deve-se dar em até 15 DIAS antes das
eleições, isto é, faltando menos de 15 dias não será mais possível a requisição.
Este prazo é contado quando a Justiça Eleitoral não detém qualquer
informação a respeito da frota de veículos pertencentes à Administração. Caso
já possua, o prazo será de 30 DIAS, como veremos abaixo.

Informação dos Responsáveis da Administração.


Até 50 DIAS antes das eleições todos os responsáveis pela
Administração Direta e Indireta das unidades da federação deverão
encaminhar informação à Justiça Eleitoral de todos os veículos e
embarcações de suas propriedades.
De posse destes dados, a Justiça Eleitoral deverá planejar a
utilização dos veículos e requisitá-los em até 30 DIAS antes das eleições.
Observem que neste caso, com os dados encaminhados à Justiça
Eleitoral, o prazo para requisição é de até 30 DIAS antes das eleições e não
apenas 15 dias.

Percurso do transporte.
A Justiça Eleitoral deverá divulgar também no prazo de até 15
DIAS antes das eleições, o quadro geral de percursos e horários do transporte
de eleitores, enviando cópia aos Partidos Políticos.
O percurso deverá ser necessariamente dentro da circunscrição
eleitoral (dentro do mesmo Município!).
O eleitor somente terá direito ao transporte se a distância mínima
de sua residência até as Mesas Receptoras forem superiores a 2 Quilômetros
(2Km). Ou seja, caso o eleitor resida a menos de 2Km da Mesa Receptora,
não terá direito ao transporte.
Os partidos políticos, candidatos ou pelo menos 20 eleitores
conjuntamente poderão oferecer Reclamação no prazo de até 3 DIAS
contados da divulgação do quadro geral de percursos e horários.

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Vedação de transporte de eleitores.


A regra é a vedação de transporte particular de eleitores para
votação aos respectivos lugares das Mesas Receptoras, tanto 1 DIA antes
quanto 1 DIA depois das eleições.
As únicas possibilidades de transporte estão descritas na Lei, nos
seguintes termos:

a serviço da Justiça Eleitoral;


coletivos de linhas regulares e não fretados;
de uso individual do proprietário, para o exercício do próprio
voto e dos membros da sua família;
o serviço normal, sem finalidade eleitoral, de veículos de
aluguel não atingidos pela requisição legal.

Considerações relevantes da Lei nº 6.091/74:


Eventual deficiência no serviço de transporte dos eleitores
residentes nas Zonas Rurais NÃO exime os eleitores do
DEVER de VOTAR. Isto é, o eleitor continua com o dever de
votar e independentemente da eficiência dos serviços de
transporte, é ele que assume a responsabilidade caso não
consiga votar
Se não for suficiente o número de veículos para o transporte
de eleitores, os candidatos e os partidos políticos poderão
informar à Justiça Eleitoral onde há disponibilidade para
que seja feita a requisição.
Somente a Justiça Eleitoral poderá, quando
imprescindível, em face da absoluta carência de recursos de
eleitores da zona rural, fornecer-lhes refeições, correndo
as despesas por conta do Fundo Partidário.
Os Partidos Políticos poderão exercer fiscalização nos
locais onde houver transporte e fornecimento de refeições a
eleitores.
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É vedado aos candidatos, aos Partidos Políticos, ou a


qualquer pessoa, o fornecimento de transporte ou refeições
aos eleitores da zona urbana. Somente por orientação e
determinação da Justiça Eleitoral é que poderá ser realizado
o transporte.

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3. DOS RECURSOS ELEITORAIS. Disposições Preliminares.


Conceito de Recurso.
Os recursos são meios legais de contestação uma decisão judicial
com a finalidade que seja esta reexaminada por autoridade superior (como
regra), para que seja modificada ou reformada.
Como regra, as decisões dos TREs e mesmo do TSE são
irrecorríveis. Assim, as decisões dos TREs são terminativas (não cabem mais
recursos). No entanto, a legislação, a CF-88 e os Regimentos Internos dos
Tribunais Eleitorais preveem exceções, quando caberá recurso de decisões dos
TREs para o TSE.
No Código Eleitoral, os recursos estão previstos a partir do art.
257.

Efeitos dos Recursos.


No Direito Eleitoral, em regra, os recursos NÃO TÊM EFEITO
SUSPENSIVO. Isto é, mesmo com a interposição dos recursos a decisão
judicial deve ser executada. Assim, os recursos eleitorais terão meramente
efeito devolutivo, o de apenas devolver ao Tribunal o exame da matéria.

Código Eleitoral
Art. 257. Os recursos eleitorais NÃO terão efeito suspensivo.

Em alguns casos a legislação eleitoral admite efeito suspensivo


(Apelação criminal, recurso em sentido estrito em matéria eleitoral, recurso
contra expedição de diploma e da ação de impugnação de mandato eletivo),
mas não é matéria de nosso estudo agora (fixe-se na regra – NÃO EFEITO
SUSPENSIVO).

Prazos dos Recursos Eleitorais.


O prazo dos recursos eleitorais contra ato, resolução ou despacho
é de 3 DIAS, salvo estipulação específica de outro prazo em lei.
São preclusivos (o prazo não poderá ser
desconsiderado/relevado) os prazos para interposição de recurso, salvo
quando este discutir matéria constitucional. Quando o recurso versar
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sobre matéria constitucional, deve ser interposto dentro do prazo, porém,


mesmo passando o prazo, a lei assegura que poderá ser impetrado em
momento posterior.
Mas, o que é mesmo preclusão, Professor? Neste caso específico, a
preclusão é a perda da faculdade de recorrer pelo decurso do tempo dado pela
lei. Caso o interessado não recorra no prazo de 3 dias, não poderá mais
recorrer.
Dica: NÃO EXISTE PRECLUSÃO DE MATÉRIA ELEITORAL
CONSTITUCIONAL.

Código Eleitoral
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso
deverá ser interposto em três dias da publicação do ato, resolução
ou despacho.
Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de recurso,
salvo quando neste se discutir matéria constitucional.
Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria
constitucional não poderá ser interposto fora do prazo. Perdido o
prazo numa fase própria, só em outra que se apresentar poderá
ser interposto.
Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal
Superior caberá, dentro de 3 (três) dias, recurso dos atos,
resoluções ou despachos dos respectivos presidentes.

Prevenção do Relator.
A distribuição do primeiro recurso a determinado Juiz Relator
prevenirá a competência deste para todos os demais casos do mesmo
Município ou Estado. Prevenção significa vinculação de distribuição de
processos para determinado Juízo. Assim, o Magistrado prevento receberá
todos os outros recursos oriundos da mesma unidade federada (Estados e
Municípios).
Cabe aqui fazer uma pequena diferenciação quanto à prevenção
entre as Cortes Eleitorais:

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TSE – Ministro Relator prevento receberá os demais recursos que vierem do


mesmo Estado.
TRE – Desembargador Relator prevento receberá os demais recursos que
vierem do mesmo Município.

O TSE já exarou entendimento de que esta prevenção diz respeito


exclusivamente aos recursos parciais interpostos contra a votação e apuração
(Acórdão TSE nº 21.380/2004).

Código Eleitoral
Art. 260. A distribuição do primeiro recurso que chegar ao
Tribunal Regional ou Tribunal Superior, PREVENIRÁ a
competência do relator para todos os demais casos do mesmo
município ou Estado.

Legitimados para recorrer.


Com fundamento na regra oriunda do Processo Civil, são
legitimados para recorrer de decisão de juízo eleitoral a parte vencida, o
terceiro interessado e o Ministério Público Eleitoral.

Recursos contra a expedição de diploma.


Segundo o art. 262 do Código Eleitoral, somente caberá recurso
contra a decisão que expede diploma eleitoral nos casos a seguir:
a) inelegibilidade ou incompatibilidade de candidato;
b) errônea interpretação da lei quanto à aplicação do sistema de
representação proporcional;
c) erro de direito ou de fato na apuração final, quanto à
determinação do quociente eleitoral ou partidário,
contagem de votos e classificação de candidato, ou a
sua contemplação sob determinada legenda;
Ex: casos de erros na aplicação do disposto na lei para apuração
dos quocientes eleitorais ou partidários; contagem de votos
equivocadas, etc.

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d) concessão ou denegação do diploma em manifesta


contradição com a prova dos autos, nas hipóteses do art. 222
do Código Eleitoral, e do art. 41-A da Lei nº 9.504/97.
Segundo o TSE, a fraude a ser alegada em recurso de
diplomação fundado neste inciso é aquela que se refere à
votação, tendente a comprometer a lisura e a legitimidade do
processo eleitoral.

Recursos perante as Juntas e Juízos Eleitorais.


Dos atos, resoluções ou despachos tanto das Juntas Eleitorais
quanto dos Juízes Eleitorais cabe recurso para o TRE respectivo no prazo de 3
DIAS.
O recorrente deve apresentar o recurso em petição própria,
devidamente fundamentada. Neste caso o recurso não tem qualquer nome
(Recurso inominado).
O Código prevê que quando o recorrente reportar-se a coação,
fraude, interferência do poder econômico, desvio ou abuso de poder de
autoridade, processo de propaganda e captação de sufrágio vedado por lei,
cujas provas devam ser determinadas pelo TRE, basta que o pedido indique os
meios que possam conduzir as provas, pois o próprio Tribunal se encarregará
de produzi-las.
Com a interposição do recurso, o Juiz mandará intimar o recorrido
para tomar ciência do seu conteúdo, dando-lhe vista dos autos a fim de
oferecer razões, acompanhadas ou não de novos documentos, em prazo de
até 3 DIAS.

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4. Condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas


eleitorais e Representação.

A Lei Eleitoral trouxe regras específicas sobre a conduta dos


agentes públicos envolvidas no processo eleitoral, com o objetivo de preservar
a higidez da disputa eleitoral.

Conceito de Agente Público.


A Lei Eleitoral dispõe sobre o conceito de Agente Público. Não
apenas no Direito Eleitoral, mas especialmente no Direito Administrativo,
agente público tem sentido amplo, abrangendo os servidores públicos,
empregados públicos e todos aqueles que tenham relação com a Administração
Pública.
Pela Lei Eleitoral, Agente Público é quem exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função nos órgãos ou entidades da administração
pública direta, indireta, ou fundacional.
Assim, as vedações que veremos à frente não se aplicam
exclusivamente a vocês, servidores de Tribunais Eleitorais! Mas a todos os
agentes públicos!

Condutas vedadas aos agentes públicos.


As condutas listadas abaixo são vedadas pela parcialidade
conferida por determinado agente público a candidato a cargo eletivo.
Configuram, na realidade, uma vantagem a um candidato em detrimento ao(s)
outro(s).
Vamos às condutas vedadas:
1. ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou
coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à
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administração direta ou indireta da União, dos Estados, do


Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, ressalvada
a realização de Convenção Partidária (como visto
anteriormente, é gratuita a requisição de bens públicos para
a realização de convenção partidária).

Regra: vedação de utilização de bens públicos no processo


eleitoral;
Exceção: possibilidade de utilização para a realização de
Convenção Partidária.

2. usar materiais ou serviços, custeados pelos Governos ou


Casas Legislativas, que excedam as prerrogativas
consignadas nos regimentos e normas dos órgãos que
integram;
3. ceder servidor público ou empregado da administração direta
ou indireta federal, estadual ou municipal do Poder
Executivo, ou usar de seus serviços, para Comitês de
campanha eleitoral de candidato, partido político ou
coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se
o servidor ou empregado estiver licenciado (já
imaginaram um servidor ser cedido para trabalharem em
campanha de determinado candidato? Absurdo!);
4. fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato,
partido político ou coligação, de distribuição gratuita de
bens e serviços de caráter social custeados ou
subvencionados pelo Poder Público (aí piorou mais ainda,
não é? imaginem a retirada de merenda escolar de uma
Escola para ser distribuída a eleitores!);
5. nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir
sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por
outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e,
ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor
público, na circunscrição do pleito, nos 3 MESES que o
antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de
nulidade de pleno direito, RESSALVADOS:

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a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e


designação ou dispensa de funções de confiança;
b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do
Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de
Contas e dos órgãos da Presidência da República;
c) a nomeação dos aprovados em concursos públicos
HOMOLOGADOS até o início daquele prazo (3 MESES
antes do pleito – esta é a famosa regra que ressalva do
impedimento de nomeação em períodos eleitorais de
aprovados em concurso JÁ HOMOLOGADOS, isto é, se o
concurso já tiver sido homologado em até 3 meses do
pleito, poderá nomear a qualquer tempo, não se
sujeitando à vedação;
d) a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao
funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais,
com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder
Executivo;
e) a transferência ou remoção ex officio de militares,
policiais civis e de agentes penitenciários;

6. nos 3 MESES que antecedem o pleito:


a) realizar transferência voluntária de recursos da União
aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios,
sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os
recursos destinados a cumprir obrigação formal
preexistente para execução de obra ou serviço em
andamento e com cronograma prefixado, e os destinados
a atender situações de emergência e de calamidade
pública;
b) com exceção da propaganda de produtos e serviços que
tenham concorrência no mercado, autorizar publicidade
institucional dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou
municipais, ou das respectivas entidades da
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administração indireta, salvo em caso de grave e


urgente necessidade pública, assim reconhecida
pela Justiça Eleitoral;
c) fazer pronunciamento em cadeia de rádio e
televisão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo
quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria
urgente, relevante e característica das funções de
governo;
d) realizar, em ano de eleição, antes do prazo de 3 MESES
anteriores ao pleito, despesas com publicidade dos
órgãos públicos federais, estaduais ou municipais,
ou das respectivas entidades da administração indireta,
que excedam a média dos gastos nos 3 últimos
ANOS que antecedem o pleito ou do último ano
imediatamente anterior à eleição.
e) fazer, na circunscrição do pleito (federal, estadual ou
municipal), revisão geral da remuneração dos
servidores públicos que exceda a recomposição da
perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição,
a partir de 180 DIAS antes da data da eleição até a
posse dos eleitos*.

Configuração de ato de improbidade administrativa.


As condutas descritas acima, por disposição expressa da Lei
Eleitoral, também configuram atos de improbidade administrativa,
previstos no art. 11, I, da Lei nº 8.429/92, sujeitando-se às penalidades
previstas no art. 12, III:

Lei nº 9.504/97
Art. 73.
§ 7º As condutas enumeradas no caput caracterizam, ainda, atos
de improbidade administrativa, a que se refere o art. 11, inciso I,
da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, e sujeitam-se às disposições
daquele diploma legal, em especial às cominações do art. 12, inciso

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III.
Lei nº 8.429/92.
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta
contra os princípios da administração pública qualquer ação ou
omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade,
legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento
ou diverso daquele previsto, na regra de competência;
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e
administrativas previstas na legislação específica, está o
responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente,
de acordo com a gravidade do fato:
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se
houver, perda da função pública, suspensão dos direitos
políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de
até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo
agente e proibição de contratar com o Poder Público ou
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual
seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

Proibição de distribuição gratuita de bens.


Sob pena de configurar abuso de mandato político, no ano em que
forem realizadas as eleições é proibida a distribuição gratuita de bens, valores
ou benefícios por parte da Administração Pública, salvo nos casos de
calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais vigentes
(Ex: todos os Bolsas-família, escola, aluguéis sociais em zonas de desastres
naturais, etc).
Nova proibição foi inserida: a de que nos anos eleitorais os
NOVO!:
programas sociais do governo não poderão ser executados por entidades
vinculadas a candidatos ou por eles mantidas.

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Lei nº 9.504/97
Art. 73

§ 10. No ano em que se realizar eleição, fica proibida a


distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por
parte da Administração Pública, exceto nos casos de
calamidade pública, de estado de emergência ou de programas
sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no
exercício anterior, casos em que o Ministério Público poderá
promover o acompanhamento de sua execução financeira e
administrativa. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)
§ 11. Nos anos eleitorais, os programas sociais de que trata o § 10
não poderão ser executados por entidade nominalmente
vinculada a candidato ou por esse mantida. (Incluído pela Lei nº
12.034, de 2009)

Publicidade de atos do Governo.


Eventual publicidade do Governo que não tenha caráter educativo,
informativo ou de orientação social, mas de promoção pessoal de autoridades
ou servidores públicos, sujeita candidato a cargo eletivo responsável por sua
veiculação ao cancelamento do seu registro ou de seu diploma.

Lei nº 9.504/97
Art. 74. Configura abuso de autoridade, para os fins do disposto
no art. 22 da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, a infringência do
disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal, ficando o
responsável, se candidato, sujeito ao cancelamento do
registro ou do diploma. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
CF-88
Art. 37
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
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pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Proibições nas inaugurações de obras públicas.


São 2 as proibições referentes às inaugurações nos 3 MESES antes
das eleições:

1. nos 3 MESES que antecederem às eleições, na realização de


inaugurações é vedada a contratação de shows artísticos
PAGOS com RECURSOS PÚBLICOS;
2. é proibido a QUALQUER CANDIDATO comparecer, nos 3
MESES que precedem o pleito, a inaugurações de obras
públicas. NOVO!

A inobservância às 2 proibições sujeitam o candidato beneficiado, à


cassação do registro ou do diploma

Lei nº 9.504/97
Art. 75. Nos três meses que antecederem as eleições, na
realização de inaugurações é vedada a contratação de shows
artísticos pagos com recursos públicos.
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento do disposto neste
artigo, sem prejuízo da suspensão imediata da conduta, o
candidato beneficiado, agente público ou não, ficará sujeito à
cassação do registro ou do diploma. (Incluído pela Lei nº 12.034, de
2009)
Art. 77. É proibido a qualquer candidato comparecer, nos 3
(três) meses que precedem o pleito, a inaugurações de
obras públicas. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
Parágrafo único. A inobservância do disposto neste artigo sujeita o
infrator à cassação do registro ou do diploma. (Redação dada pela
Lei nº 12.034, de 2009)

Observem como são tantas as proibições que os candidatos estão


limitados, não é verdade? Cada candidato, se não quiser ter o seu registro ou
diploma cassado sem nem saber o motivo, deve ter uma competente
assessoria eleitoral. Senão pode correr sério risco de ter sua candidatura
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dissolvida por questões meramente formais ou por descuidos desnecessários.

REPRESENTAÇÃO contra Condutas Vedadas.


Caso a atividade de propaganda eleitoral infrinja o disposto na Lei
nº 9.504/97, tal fato é passível de representação por parte dos partidos
políticos, coligações ou candidatos ao Juízo Eleitoral competente, na forma
do descrito no art. 96 da Lei Eleitoral.
A Representação tem natureza da Ação Judicial, devendo ser
instruída (deve ser apresentada) com prova da autoria ou do prévio
conhecimento do beneficiário, caso este não seja responsável pela
propaganda irregular.
A Lei Eleitoral alterada preleciona que estará caracterizada a
responsabilidade do candidato se, intimado da irregularidade da
propaganda:

a) não providenciar a retirada ou a regularização no


prazo de 48 HORAS;
b) se as circunstâncias do caso demonstrarem que seria
impossível o candidato (beneficiário) não ter tido
conhecimento da propaganda feita para ele.

Lei nº 9.504/97
Art. 40-B. A representação relativa à propaganda irregular
deve ser instruída com prova da autoria ou do prévio
conhecimento do beneficiário, caso este não seja por ela
responsável. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Parágrafo único. A responsabilidade do candidato estará
demonstrada se este, intimado da existência da propaganda
irregular, não providenciar, no prazo de quarenta e oito horas, sua
retirada ou regularização e, ainda, se as circunstâncias e as
peculiaridades do caso específico revelarem a impossibilidade de o
beneficiário não ter tido conhecimento da propaganda. (Incluído pela
Lei nº 12.034, de 2009)

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Rito da Representação Contra Condutas Vedadas.


O Rito processual observado na Representação contra condutas
vedadas é o mesmo previsto para a Ação de Investigação de Judicial Eleitoral
(AIJE), disposto no art. 22 da Lei Complementar nº 64/90.
Farei um breve resumo abaixo:
RITO PROCESSUAL DO ART. 22:
1. Representação ajuizada até a data da DIPLOMAÇÃO!!
A Representação tem período para ser apresentada: data da
diplomação do candidato. Após a diplomação, não poderá mais ser o candidato
representado por conduta vedada.

2. Notificação do representado.
Após a proposição da representação, o Corregedor ou o Juiz
Eleitoral deverá notificar o representado, entregando-lhe a 2ª VIA da
Petição Inicial da representação a fim de que, no prazo de 5 DIAS apresente
sua DEFESA.

3. Fase Probatória e Inquirição das testemunhas.


Com a finalização do prazo de 5 DIAS da notificação, abrem-se + 5
DIAS para inquirição das testemunhas arroladas pelo representante e pelo
representado, no máximo 6 para cada parte.
A oitiva das testemunhas abre a fase probatória da
representação. Nos 3 DIAS subsequentes à inquirição das testemunhas, o Juiz
ou o Corregedor poderão proceder às diligências solicitadas pelas partes ou
determinadas de ofício.

4. Alegações Finais.
Tanto as Partes quanto o MPE poderão apresentar alegações
finais no prazo de 2 DIAS após a fase probatória e às diligências.

5. Decisão.
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Finalizado o prazo para apresentação das alegações finais, os


autos serão conclusos ao Juiz ou Corregedor para, em 3 DIAS, apresentar
Sentença (Juiz) ou Relatório (Corregedor), que será submetido a julgamento
pelo colegiado do Tribunal na 1ª sessão subsequente.
O prazo de recurso tanto da Sentença do Juiz Eleitoral para o
TER, quanto da decisão do TRE para o TSE, é de 3 DIAS.

Lei nº 9.504/97
Art. 73
§ 12. A representação contra a não observância do disposto
neste artigo observará o rito do art. 22 da Lei Complementar
no 64, de 18 de maio de 1990, e poderá ser ajuizada até a data
da diplomação. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 13. O prazo de recurso contra decisões proferidas com
base neste artigo será de 3 (três) dias, a contar da data da
publicação do julgamento no Diário Oficial. (Incluído pela Lei nº 12.034,
de 2009)

Competência para julgar a representação.


As representações contra os descumprimentos da Lei nº 9.504/97
nas eleições de cada circunscrição serão julgadas de acordo com a seguinte
distribuição:

Juízes Eleitorais – Eleições Municipais


TREs – Eleições Federais, Estaduais e Distritais
TSE – Eleição Presidencial

Lei nº 9.504/97
Art. 96. Salvo disposições específicas em contrário desta Lei, as
reclamações ou representações relativas ao seu
descumprimento podem ser feitas por qualquer partido político,
coligação ou candidato, e devem dirigir-se:

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I - aos Juízes Eleitorais, nas eleições municipais;


II - aos Tribunais Regionais Eleitorais, nas eleições federais,
estaduais e distritais;

III - ao Tribunal Superior Eleitoral, na eleição presidencial.

No caso das eleições municipais, se houver mais de uma Zona


Eleitoral no Município, o TRE designará um único Juiz para apreciar as
representações.
No âmbito do TRE, serão designados 3 Juízes Auxiliares do
Tribunal para apreciarem as representações de sua competência. Da decisão
destes Juízes Auxiliares cabe Recurso para o Plenário da Corte Regional.

Legitimidade ativa e passiva da Representação.


Detém legitimidade ativa para propor representações:

1. Qualquer candidato
2. Partidos Políticos
3. Coligações
4. Ministério Público Eleitoral

Vejam que o eleitor não pode interpor representações.


A legitimidade passiva é do responsável pela infringência à Lei nº
9.504/97, quase sempre candidatos à eleição.

Defesa e Decisão.
Após o recebimento da representação, a Justiça Eleitoral deverá
notificar o representado para apresentar Defesa em 48 HORAS.
A decisão deverá ser proferida e publicada em apenas 24 HORAS
depois de decorrido o prazo de defesa.

Recurso e Decisão.
O recurso da decisão deverá ser apresentado também em
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apenas 24 HORAS da publicação da decisão, que será realizada em Cartório


Eleitoral ou em sessão do Tribunal. O recorrido poderá apresentar contra-
razões em igual prazo.
Apresentado o recurso, o Tribunal julgará em até 48 HORAS.
Se algum destes prazos não for respeitado, caberá pedido ao órgão
superior (nova representação) acerca do descumprimento dos prazos legais.

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5. Disposições Finais.

As disposições finais é uma parte topográfica de muitas leis em que


são “jogadas” e misturadas toda espécie de regulamentação. Na Lei nº
9.504/97 não poderia ser diferente. São tratadas várias matérias nesta parte.
Ressaltaremos as mais relevantes para questões de prova.

Responsabilidade penal eleitoral.


Os representantes legais dos partidos e coligações é que
respondem penalmente em caso de cometimento de crime eleitoral previsto na
Lei Eleitoral. A Lei informa que em caso de reincidência as penas são
aplicadas em dobro.

Lei nº 9.504/97
Art. 90. Aos crimes definidos nesta Lei, aplica-se o disposto nos
arts. 287 e 355 a 364 da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral.
§ 1º Para os efeitos desta Lei, respondem penalmente pelos
partidos e coligações os seus representantes legais.
§ 2º Nos casos de reincidência, as penas pecuniárias previstas
nesta Lei aplicam-se em dobro.

Prazo da Lei Eleitoral para alistamento eleitoral.


É forte a discussão doutrinária a respeito do prazo legal de
alistamento e se o art. 91 da Lei Eleitoral revogaria as disposições do Código
Eleitoral (Lei Complementar) sobre prazos de alistabilidade.
Importa termos em mente que a Lei nº 9.504/97, a despeito de ser
Lei Ordinária, em tese não revogadora do Código Eleitoral, em seu art. 91
prevê que nos 150 DIAS anteriores à eleição não será recebido nenhum
requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência.
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Aconselho a todos a atentarem-se aos prazos concedidos pelo


Código Eleitoral e se a prova está referindo-se a qual diploma legal (Lei
Eleitoral ou Código Eleitoral). Deveras, nas provas mais recentes, os
examinadores têm apontado pela revogação do Código Eleitoral neste aspecto,
aplicando-se o prazo de 150 dias anteriores à eleição.

Lei nº 9.504/97
Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de
transferência será recebido dentro dos 150 (cento e
cinqüenta) DIAS anteriores à data da eleição.

Apresentação do título e documento com foto.


A Lei nº 12.034/09 trouxe outra alteração que marca as
NOVO!:
eleições deste ano, qual seja: a exigência da apresentação do título de
eleitor + documento de identificação com fotografia para que o eleitor
possa votar! Ainda, não poderá o eleitor portar aparelho de celular, máquina
fotográfica e filmadoras quando dentro da cabine de votação.
Em recente decisão, o STF exarou decisão para tornar não aplicável
o dispositivo para as eleições de 2010. No entanto, o dispositivo não foi
revogado por outra lei, permanecendo, em tese, válido para fins de concurso
público. Isto é, se cobrarem a literalidade da lei, deve ser respondido conforme
consta no art. 91-A da Lei Eleitoral.

Lei nº 9.504/97
Art. 91-A. No momento da votação, além da exibição do
respectivo título, o eleitor deverá apresentar documento de
identificação com fotografia. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Parágrafo único. Fica vedado portar aparelho de telefonia
celular, máquinas fotográficas e filmadoras, dentro da cabina
de votação. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

Procedimento de revisão de eleitorado ex-oficio.


O TSE poderá determinar a realização de revisão do eleitorado
quando receber denúncia baseada em fraude no alistamento eleitoral das
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Zonas Eleitorais quando:


1. o TOTAL DE TRANSFERÊNCIAS de eleitores ocorridas no ano
em curso seja 10% superior ao do ano anterior;
2. o eleitorado for superior ao DOBRO da população entre 10
e 15 ANOS, somada à de idade superior a 70 ANOSdo
território daquele Município – população entre 10-15 ANOS
+ os maiores de 70 ANOS.
3. o eleitorado for superior a 75% da população projetada
para aquele ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE.
A Revisão de Eleitorado também é matéria constante na Resolução
nº 21.538/03.

Colaboração da Administração Pública com a Justiça


Eleitoral.
A Administração Pública poderá, quando solicitada pelos Tribunais
Eleitorais (TSE e TREs):

1. fornecer informações na área de sua competência;


2. ceder funcionários no período de 3 MESES antes a 3
MESES depois de cada eleição.

Impedimento do Juiz Eleitoral.


O Juiz Eleitoral que esteja litigando em processo judicial com
determinado candidato está impedido de julgar em processo eleitoral o
candidato interessado.

Lei nº 9.504/97
Art. 95. Ao Juiz Eleitoral que seja parte em ações judiciais que
envolvam determinado candidato é defeso exercer suas funções
em processo eleitoral no qual o mesmo candidato seja interessado.

Competência para julgamento das representações e


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reclamações da Lei Eleitoral.


Qualquer partido político, coligação ou candidato poderão realizar
reclamações ou representações relativas ao descumprimento da Lei Eleitoral,
de competência para julgamento dos seguintes Juízos:
1. aos JUÍZES ELEITORAIS, nas eleições municipais;
2. aos TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS, nas eleições
federais, estaduais e distritais;
3. ao TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, na eleição
presidencial.

Destaques das alterações da Lei nº 12.034/09 nas


Disposições Finais da Lei Eleitoral.
Resumo abaixo as principais alterações nas disposições finais e
dispositivos relevantes:
a) durante o período eleitoral, as intimações via fac-símile
encaminhadas pela Justiça Eleitoral a candidato deverão ser
exclusivamente realizadas na linha telefônica por ele
previamente cadastrada, por ocasião do preenchimento do
requerimento de registro de candidatura. O prazo de
cumprimento da determinação judicial é de 48 (quarenta e
oito) horas, a contar do recebimento do fac-símile.
b) considera-se duração razoável do processo, na esteira do
inciso LXXVIII do art. 5 da Constituição Federal, que possa
resultar em perda de mandato eletivo o período
máximo de 1 (um) ano, contado da sua apresentação à
Justiça Eleitoral. Esta duração do processo abrange a
tramitação em todas as instâncias da Justiça Eleitoral.
c) vencido o prazo de 1 ANO caberá representação contra o
Juiz Eleitoral, sem prejuízo de representação ao Conselho
Nacional de Justiça.
d) as emissoras de rádio e televisão terão direito a
compensação fiscal pela cedência do horário gratuito
previsto nesta Lei. Esta compensação estende-se à
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veiculação de propaganda gratuita de plebiscitos e


referendos de que dispõe o art. 8o da Lei no 9.709, de 18
de novembro de 1998.
e) a contratação de pessoal para prestação de serviços nas
campanhas eleitorais NÃO gera vínculo empregatício com
o candidato ou partido contratantes.
f) até o dia 5 de MARÇO do ano da eleição, o Tribunal
Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e
sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das
previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções
necessárias para sua fiel execução, ouvidos,
previamente, em audiência pública, os delegados ou
representantes dos partidos políticos. Somente serão
aplicáveis ao pleito eleitoral imediatamente seguinte apenas
as resoluções publicadas até o dia 5 de MARÇO.

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

QUESTÃO 289: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010.


A respeito do sistema eletrônico de votação e totalização dos votos, considere:
I. A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os painéis referentes
às eleições proporcionais e, sem seguida, os referentes às eleições
majoritárias.
II. A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante assinatura digital,
permitam o registro digital de cada voto, a identificação da urna em que foi
registrado e o nome do eleitor.
III. No sistema eletrônico de votação considerar-se-á voto de legenda quando
o eleitor assinalar o número do partido no momento de votar para
determinado cargo e somente para este será computado.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) III.

COMENTÁRIOS:
Item I – correto.

Lei nº 9.504/97
Art. 59
§ 3º A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os
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painéis referentes às eleições proporcionais e, em seguida, os


referentes às eleições majoritárias.

Item II – errado. Jamais a identificação do eleitor! É totalmente resguardado o


seu anonimato!

Lei nº 9.504/97
Art. 59
§ 4o A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante
assinatura digital, permitam o registro digital de cada voto e a
identificação da urna em que foi registrado, resguardado o
anonimato do eleitor.

Item III – correto. Nas eleições proporcionais serão computados para a


LEGENDA PARTIDÁRIA os votos em que não seja possível a identificação do
candidato, desde que o nº do partido seja digitado corretamente.

Lei nº 9.504/97

Art. 59
§ 2º Na votação para as eleições proporcionais, serão
computados para a legenda partidária os votos em que não
seja possível a identificação do candidato, desde que o número
identificador do partido seja digitado de forma correta.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 290: TRE - MG - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE]


- 15/03/2009.
Acerca do sistema eletrônico de votação e totalização dos votos, assinale a
opção correta.
a) No painel da urna eletrônica deverão constar o nome e a fotografia do
candidato, assim como o nome do partido, podendo esses nomes ser
substituídos pelo número do registro de cada um.
b) Compete ao TSE colocar à disposição dos eleitores urnas eletrônicas
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destinadas a treinamento.
c) Cabe ao Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), atuando em
comum acordo com a justiça eleitoral, definir a chave de segurança e a
identificação da urna eletrônica, bem como disciplinar a hipótese de falha na
urna que prejudique o regular processo de votação.
d) Além dos membros das mesas eleitorais e dos fiscais dos partidos, os
candidatos poderão votar em qualquer seção, mesmo que se adote a urna
eletrônica, observando-se, nesse caso, a necessidade de colher a assinatura
em folha própria.
e) Na votação para as eleições proporcionais, serão considerados nulos os
votos em que não seja possível a identificação do candidato, mesmo que o
número identificador do partido seja digitado de forma correta.

COMENTÁRIOS:
Item A- errado. Na lei não há previsão de substituição dos nomes do candidato
e do partido por número do registro de cada um.

Lei nº 9.504/97
Art. 59.
§ 1º A votação eletrônica será feita no número do candidato ou
da legenda partidária, devendo o nome e fotografia do candidato
e o nome do partido ou a legenda partidária aparecer no painel da
urna eletrônica, com a expressão designadora do cargo disputado
no masculino ou feminino, conforme o caso.

Item B- correto.

Lei nº 9.504/97
Art. 59
§ 7o O Tribunal Superior Eleitoral colocará à disposição dos
eleitores urnas eletrônicas destinadas a treinamento.

Item C - errado. Questão para confundir o candidato. Nada de Serpro!

Lei nº 9.504/97

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Art. 59
§ 5o Caberá à Justiça Eleitoral definir a chave de segurança e
a identificação da urna eletrônica de que trata o § 4o. (Redação
dada pela Lei nº 10.740, de 1º.10.2003)

Item D - errado. Com a Urna Eletrônica, não se pode votar mais fora de sua
seção; somente poderão votar os eleitores cujos nomes estiverem nas
respectivas folhas de votação.

Lei nº 9.504/97
Art. 62. Nas Seções em que for adotada a urna eletrônica,
somente poderão votar eleitores cujos nomes estiverem nas
respectivas folhas de votação, não se aplicando a ressalva a
que se refere o art. 148, § 1º, da Lei nº 4.737, de 15 de julho de
1965 - Código Eleitoral (possibilidade de Juiz Eleitoral, Presidente
da República, candidatos, mesários, etc, votarem fora de sua
seção).

Item E - errado. Voto de legenda – computado para o partido ou coligação.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 291: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas


[CESPE] - 22/11/2009.
Julgue o próximo item de acordo com procedimentos eleitorais estabelecidos
na Lei n.º 9.504/1997.
Durante a votação na urna eletrônica, quando o eleitor digita o número do
partido, aparecem na tela o nome, a fotografia do candidato e o nome do
partido ou da legenda partidária.

COMENTÁRIOS: A fotografia do candidato aparecerá com o nome do partido


e o cargo em disputa, quando for digitado o nº do candidato.

Lei nº 9.504/97
Art. 59.
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§ 1º A votação eletrônica será feita no número do candidato ou


da legenda partidária, devendo o nome e fotografia do candidato
e o nome do partido ou a legenda partidária aparecer no painel da
urna eletrônica, com a expressão designadora do cargo disputado
no masculino ou feminino, conforme o caso.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 292: TRE - AM - Téc. Administrativa [FCC] - 31/01/2010.


A urna eletrônica
a) disporá de recursos que, mediante assinatura digital, permitam a
identificação da urna em que cada voto foi registrado e do eleitor que o
registrou.
b) disporá de recursos que, mediante assinatura digital, permitam o registro
digital de cada voto.
c) terá uma chave de segurança, cuja definição cabe aos partidos políticos ou
coligações.
d) contabilizará cada voto, não sendo possível fiscalização por parte de
partidos políticos, coligações ou candidatos.
e) exibirá sempre ao eleitor primeiramente os painéis referentes às eleições
majoritárias.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado e B CERTO. VEJAM COMO REPETEM AS QUESTÕES!
A Urna permite o registro digital de cada voto (contabilizar e não perder os
votos nela inseridos) e o registro identificador da urna. Mas o anonimato do
eleitor é plenamente resguardado.

Lei nº 9.504/97
Art. 59
§ 4o A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante
assinatura digital, permitam o registro digital de cada voto e a
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identificação da urna em que foi registrado, resguardado o


anonimato do eleitor.

Item C – errado. Art. 59, §5º:

Lei nº 9.504/97
Art. 59
§ 5o Caberá à Justiça Eleitoral definir a chave de segurança e
a identificação da urna eletrônica de que trata o § 4o. (Redação
dada pela Lei nº 10.740, de 1º.10.2003)

Item D – errado. Art. 61:

Lei nº 9.504/97
Art. 61. A urna eletrônica contabilizará cada voto,
assegurando-lhe o sigilo e inviolabilidade, garantida aos partidos
políticos, coligações e candidatos ampla fiscalização.

Item E – errado. Quando as eleições proporcionais e majoritárias realizarem-se


simultaneamente, a votação em urna eletrônica será feita em 1º lugar para as
eleições proporcionais e em 2º lugar para as eleições majoritárias.

Lei nº 9.504/97
Art. 59
§ 3º A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os
painéis referentes às eleições proporcionais e, em seguida, os
referentes às eleições majoritárias.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 293: TRE - PI - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


02/08/2009.
Numa eleição proporcional, o eleitor digitou corretamente o número da
legenda, mas assinalou número de candidato inexistente. Nesse caso, o voto
será

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a) considerado nulo.
b) computado para a legenda.
c) considerado em branco.
d) computado para o candidato com numeração mais próxima.
e) computado para o candidato menos votado da legenda.

COMENTÁRIOS:
Nas eleições proporcionais serão computados para a LEGENDA PARTIDÁRIA
os votos em que não seja possível a identificação do candidato, desde que o nº
do partido seja digitado corretamente.

Lei nº 9.504/97
Art. 59
§ 2º Na votação para as eleições proporcionais, serão
computados para a legenda partidária os votos em que não
seja possível a identificação do candidato, desde que o número
identificador do partido seja digitado de forma correta.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 294: TJ RR - Juiz Substituto [FCC] - 28/03/2008.


A respeito do sistema eletrônico de votação e totalização dos votos é
INCORRETO afirmar:
a) Na votação para as eleições proporcionais, serão computados para a
legenda partidária os votos em que não seja possível a identificação do
candidato, desde que o número identificador do partido tenha sido digitado
corretamente.
b) A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante assinatura digital,
permitam o registro digital de cada voto e a identificação da urna em que foi
registrado, bem como do eleitor que o registrou.
c) A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os painéis
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referentes às eleições proporcionais e, em seguida, os referentes às eleições


majoritárias.
d) A urna eletrônica, ao final da eleição, procederá à assinatura digital do
arquivo de votos, com aplicação do registro de horário e do arquivo do boletim
de urna, de maneira a impedir a substituição de votos e a alteração dos
registros dos termos de início e término da votação.
e) A votação eletrônica será feita no número do candidato ou da legenda
partidária, devendo o nome e a fotografia do candidato e o nome do partido ou
legenda partidária aparecer no painel da urna eletrônica, com expressão
designadora do cargo disputado no masculino ou feminino, conforme o caso.

COMENTÁRIOS:
Item A – correto. Nas eleições proporcionais serão computados para a
LEGENDA PARTIDÁRIA os votos em que não seja possível a identificação do
candidato, desde que o nº do partido seja digitado corretamente.

Lei nº 9.504/97
Art. 59
§ 2º Na votação para as eleições proporcionais, serão
computados para a legenda partidária os votos em que não
seja possível a identificação do candidato, desde que o número
identificador do partido seja digitado de forma correta.

Item B – errado. A Urna permite o registro digital de cada voto (contabilizar


e não perder os votos nela inseridos) e o registro identificador da urna.
Mas o anonimato do eleitor é plenamente resguardado.

Lei nº 9.504/97
Art. 59
§ 4o A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante
assinatura digital, permitam o registro digital de cada voto e a
identificação da urna em que foi registrado, resguardado o
anonimato do eleitor.

Item C – correto. Quando as eleições proporcionais e majoritárias realizarem-


se simultaneamente, a votação em urna eletrônica será feita em 1º lugar
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para as eleições proporcionais e em 2º lugar para as eleições


majoritárias.

Lei nº 9.504/97
Art. 59
§ 3º A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os
painéis referentes às eleições proporcionais e, em seguida, os
referentes às eleições majoritárias.

Item D – correto. Art. 59, §6º:

Lei nº 9.504/97
Art. 59
§ 6o Ao final da eleição, a urna eletrônica procederá à
assinatura digital do arquivo de votos, com aplicação do
registro de horário e do arquivo do boletim de urna, de maneira a
impedir a substituição de votos e a alteração dos registros
dos termos de início e término da votação. (Redação dada pela Lei
nº 10.740, de 1º.10.2003)

Item E – correto. A votação será feita na URNA ELETRÔNICA no


CANDIDATO (com seu número) ou na LEGENDA PARTIDÁRIA (com o
número apenas do partido). Quando o eleitor digita o nº do candidato, a sua
fotografia aparecerá com o nome do partido e o cargo em disputa, grafado no
masculino ou feminino.

Lei nº 9.504/97
Art. 59.
§ 1º A votação eletrônica será feita no número do candidato ou
da legenda partidária, devendo o nome e fotografia do candidato
e o nome do partido ou a legenda partidária aparecer no painel da
urna eletrônica, com a expressão designadora do cargo disputado
no masculino ou feminino, conforme o caso.

RESPOSTA CERTA: B

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QUESTÃO 295: TRE-MS - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


25/03/2007.
A respeito do sistema eletrônico de votação e da totalização dos votos, é
correto afirmar que
a) nas Seções em que for adotada a urna eletrônica, poderão votar eleitores
cujos nomes não estiverem nas respectivas folhas de votação, se forem
autoridades ou candidatos.
b) a urna eletrônica disporá de recursos que, mediante assinatura digital,
permitam a identificação da urna em que foi registrado e do eleitor que o
registrou.
c) a urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os painéis referentes
às eleições majoritárias e, em seguida, os referentes às eleições proporcionais
ambas para mandatos federais.
d) considerar-se-á voto de legenda quando o eleitor assinalar o número do
partido no momento de votar para determinado cargo e somente para este
será computado.
e) a urna eletrônica é extremamente segura e inviolável, motivo porque não
podem ser fiscalizadas pelos partidos políticos, coligações ou candidatos.

COMENTÁRIOS: Destacarei os itens ainda não comentados:


Item A – errado. Nas seções eleitorais em que houver votação em urna
eletrônica somente poderão votar os eleitores cujos nomes estiverem nas
respectivas folhas de votação. As falhas da urna eletrônica são disciplinadas
pelo TSE por meio de Resoluções específicas.

Lei nº 9.504/97
Art. 62. Nas Seções em que for adotada a urna eletrônica,
somente poderão votar eleitores cujos nomes estiverem nas
respectivas folhas de votação, não se aplicando a ressalva a
que se refere o art. 148, § 1º, da Lei nº 4.737, de 15 de julho de
1965 - Código Eleitoral.

Item B – errado. Sigilo do eleitor.


Item C – errado. Primeiro é a proporcional, depois a majoritária.
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Item D – correto. Conceito de voto de legenda:

Lei nº 9.504/97
Art. 60. No sistema eletrônico de votação considerar-se-á voto de
legenda quando o eleitor assinalar o número do partido no
momento de votar para determinado cargo e somente para
este será computado.

Item E – errado. Há ampla liberdade de fiscalização.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 296: TRE-AP - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


15/01/2006.
No sistema eletrônico de votação,
a) a urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os painéis referentes
às eleições majoritárias e, em seguida, os referentes às eleições proporcionais.
b) caberá aos fiscais de partidos definir a chave de segurança e a identificação
da urna eletrônica.
c) a urna eletrônica disporá de assinatura digital que permita o registro de
cada voto e a
identificação do eleitor que o digitou, posteriormente arquivado no Cartório
Eleitoral.
d) o Tribunal Superior Eleitoral colocará à disposição dos eleitores urnas
eletrônicas destinadas a treinamento.
e) serão considerados nulos na votação para as eleições proporcionais os votos
em que não seja possível identificar o candidato, ainda que o número
identificador do partido seja digitado de forma correta.

COMENTÁRIOS:
Todos os itens já comentados, salvo o Item D – correto. Art. 59, §7º:

Lei nº 9.504/97
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Art. 59
§ 7o O Tribunal Superior Eleitoral colocará à disposição dos
eleitores urnas eletrônicas destinadas a treinamento. (Redação
dada pela Lei nº 10.740, de 1º.10.2003)

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 297: TRE-MG - Técnico Judiciário - Programação de Sistemas


[FCC] - 18/07/2005.
A respeito do sistema eletrônico de votação e da totalização dos votos, é
INCORRETO afirmar que
a) a urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os painéis referentes
às eleições majoritárias e, em seguida, os referentes às eleições proporcionais
b) a urna eletrônica disporá de recursos que, mediante assinatura digital,
permitam o registro digital de cada voto e a identificação da urna em que foi
registrado, resguardado o anonimato do eleitor.
c) serão computados para a legenda partidária, na votação para as eleições
proporcionais, os votos em que não seja possível a identificação do candidato,
desde que o número identificador do partido seja digitado de forma correta.
d) será considerado voto de legenda quando o eleitor assinalar o número do
partido no momento de votar para determinado cargo e somente para este
será computado.
e) a urna eletrônica contabilizará cada voto, assegurando-lhe o sigilo e a
inviolabilidade, garantida aos partidos políticos, coligações e candidatos ampla
fiscalização.

COMENTÁRIOS:
Itens já comentados.

RESPOSTA CERTA: A

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QUESTÃO 298: TRE - PR - Técnico Judiciário - [CESPE] - 22/11/2009.


Considerando as regras estabelecidas na Lei n.º 9.504/1997 acerca dos
procedimentos eleitorais, julgue os itens a seguir.
[38] A urna eletrônica dispõe de mecanismo que permite a impressão do voto
e sua conferência visual, seguidas do depósito automático. O eleitor pode
cancelar o voto, se não concordar com os dados nele registrados, desde que o
faça antes da impressão.
QUESTÃO 299: TRE - PR - Analista Judiciário [CESPE] - 22/11/2009.
Julgue o próximo item de acordo com procedimentos eleitorais estabelecidos
na Lei n.º 9.504/1997.
[37] Não se prevê que a urna eletrônica disponha de mecanismo que permita a
impressão do voto; o eleitor deverá fazer a conferência visual do seu voto.

COMENTÁRIOS: A votação será feita na URNA ELETRÔNICA no


CANDIDATO (com seu número) ou na LEGENDA PARTIDÁRIA (com o
número apenas do partido). Quando o eleitor digita o nº do candidato, a sua
fotografia aparecerá com o nome do partido e o cargo em disputa, grafado no
masculino ou feminino.
Com isso, o voto é conferido apenas visualmente, não havendo qualquer tipo
de impressão comprobatória do voto. O antigo § 5º do art. 59 da Lei nº
9.504/97 previa a possibilidade do voto impresso, mas foi revogada pela Lei nº
10.740/2003.

Lei nº 9.504/97
Art. 59. A votação e a totalização dos votos serão feitas por
sistema eletrônico, podendo o Tribunal Superior Eleitoral
autorizar, em caráter excepcional, a aplicação das regras fixadas
nos arts. 83 a 89.
§ 1º A votação eletrônica será feita no número do candidato ou
da legenda partidária, devendo o nome e fotografia do candidato
e o nome do partido ou a legenda partidária aparecer no painel da
urna eletrônica, com a expressão designadora do cargo disputado
no masculino ou feminino, conforme o caso.

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§ 5o Se, ao conferir o voto impresso, o eleitor não concordar com


os dados nele registrados, poderá cancelá-lo e repetir a votação
pelo sistema eletrônico. Caso reitere a discordância entre os dados
da tela da urna eletrônica e o voto impresso, seu voto será colhido
em separado e apurado na forma que for regulamentada pelo
Tribunal Superior Eleitoral, observado, no que couber, o disposto
no art. 82 desta Lei.(REVOGADO!)

RESPOSTAS: EC

QUESTÃO 300: TRE - PR - Técnico Judiciário - Operação de


Computadores [CESPE] - 22/11/2009.
Considerando as regras estabelecidas na Lei n.º 9.504/1997 acerca dos
procedimentos eleitorais, julgue os itens a seguir.
Ao votar para determinado cargo, caso o eleitor digite apenas o número do
partido, o voto é considerado nulo, em face da impossibilidade da identificação
do candidato.

COMENTÁRIOS:
Pegadinha! Muitos podem pensar que seria anulado o voto, mas este é
considerado voto de legenda. Nas eleições proporcionais serão computados
para a LEGENDA PARTIDÁRIA os votos em que não seja possível a
identificação do candidato, desde que o nº do partido seja digitado
corretamente.

Lei nº 9.504/97
Art. 59
§ 2º Na votação para as eleições proporcionais, serão
computados para a legenda partidária os votos em que não
seja possível a identificação do candidato, desde que o número
identificador do partido seja digitado de forma correta.

A despeito da questão não informar se seria eleição proporcional ou


majoritária, caso o eleitor digite o nº do partido, estará votando na
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legenda e no candidato à eleição majoritária.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 301: TRE - MA - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE]


- 21/06/2009.
O sistema eleitoral brasileiro contempla o voto em urna eletrônica, na forma
disciplinada na Lei Eleitoral. A esse respeito, assinale a opção correta.
a) Na urna eletrônica, em uma eleição municipal, vota-se inicialmente para o
cargo de prefeito.
b) O voto em trânsito é permitido apenas aos candidatos e militares em
serviço.
c) O voto em trânsito é permitido aos eleitores portadores de necessidades
especiais.
d) No regime legal da urna eletrônica, não se admite o voto em trânsito.
e) A urna eletrônica impede o voto em legenda partidária.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. Quando as eleições proporcionais (ex: Vereadores) e
majoritárias (ex: Prefeitos) realizarem-se simultaneamente, a votação em urna
eletrônica será feita em 1º lugar para as eleições proporcionais e em 2º
lugar para as eleições majoritárias.
A Urna é um computador como qualquer outro. Dentre as suas finalidades,
está a de permitir o registro digital de cada voto (contabilizar e não perder
os votos nela inseridos) e o registro identificador da urna. O anonimato do
eleitor é plenamente resguardado.

Lei nº 9.504/97
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§ 3º A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os
painéis referentes às eleições proporcionais e, em seguida, os

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referentes às eleições majoritárias.

Item B e C errados e D correto. Na época da questão o voto em trânsito não


era permitido.
Atualmente, o TSE exarou a Resolução nº 23.215/2010, que regulamentou o
voto em trânsito:

Art. 1º Os eleitores em trânsito no território nacional poderão votar


no primeiro e/ou no segundo turno das eleições de 2010 para
Presidente e Vice-Presidente da República em urnas especialmente
instaladas nas capitais dos Estados (Código Eleitoral, art. 233-A).
Art. 2º Para votar em trânsito, o eleitor deverá habilitar-se em
qualquer cartório eleitoral do País, de 15 de julho a 15 de agosto
de 2010, com a indicação da capital do Estado onde estará
presente, de passagem ou em deslocamento, não sendo admitida a
habilitação por procurador.

Item E – errado. A votação será feita na URNA ELETRÔNICA no


CANDIDATO (com seu número) ou na LEGENDA PARTIDÁRIA (com o
número apenas do partido).

Lei nº 9.504/97
Art. 59. A votação e a totalização dos votos serão feitas por
sistema eletrônico, podendo o Tribunal Superior Eleitoral
autorizar, em caráter excepcional, a aplicação das regras fixadas
nos arts. 83 a 89.
§ 1º A votação eletrônica será feita no número do candidato ou
da legenda partidária, devendo o nome e fotografia do candidato
e o nome do partido ou a legenda partidária aparecer no painel da
urna eletrônica, com a expressão designadora do cargo disputado
no masculino ou feminino, conforme o caso.

RESPOSTA: D

QUESTÃO 302: MPE - AM - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] -


02/12/2009.
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A votação eletrônica, importante inovação do sistema eleitoral brasileiro, tem


merecido amplo reconhecimento. A esse respeito, assinale a opção que
corresponde ao que define a Lei n.º 9.504/1997.
a) Compete ao candidato escolher em que seção votará.
b) O voto em trânsito não pode ser realizado em urna eletrônica.
c) Nas eleições para vereador, será nulo o voto que registre apenas o número
do partido.
d) Nas eleições para governador e deputado estadual, o eleitor votará primeiro
no candidato ao cargo majoritário.
e) Juízes eleitorais e fiscais de partido podem votar na seção onde exercem
suas funções.

COMENTÁRIOS:
Item A e E – errados. Nas eleições com urna eletrônica os candidatos não
podem votar em qualquer seção eleitoral, mas somente naqueles em que
estiverem inscritos. Porque nas seções eleitorais em que houver votação em
urna eletrônica somente poderão votar os eleitores cujos nomes estiverem
nas respectivas folhas de votação.
Não se aplica a dispensa do art. 148 do Código Eleitoral.

Lei nº 9.504/97
Art. 62. Nas Seções em que for adotada a urna eletrônica,
somente poderão votar eleitores cujos nomes estiverem nas
respectivas folhas de votação, não se aplicando a ressalva a
que se refere o art. 148, § 1º, da Lei nº 4.737, de 15 de julho de
1965 - Código Eleitoral.
Código Eleitoral
Art. 148. O eleitor somente poderá votar na seção eleitoral em que
estiver incluído o seu nome.
§ 1º Essa exigência somente poderá ser dispensada nos casos
previstos no Art. 145 e seus parágrafos.

Item B – correto. Como vimos, não podia à época da questão.


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Item C – errado. Este é o voto de legenda e será computado para a legenda


partidária.

Lei nº 9.504/97
Art. 60. No sistema eletrônico de votação considerar-se-á voto de
legenda quando o eleitor assinalar o número do partido no
momento de votar para determinado cargo e somente para
este será computado.

Item D – errado. Quando as eleições proporcionais (ex: Vereadores) e


majoritárias (ex: Prefeitos) realizarem-se simultaneamente, a votação em urna
eletrônica será feita em 1º lugar para as eleições proporcionais e em 2º
lugar para as eleições majoritárias.

RESPOSTA: B

QUESTÃO 309: MPE – SE - Promotor de Justiça Substituto


[CESPE] - 11/04/2010.
A legislação eleitoral brasileira regula o transporte e a alimentação dos
eleitores residentes nas áreas rurais, visando coibir o abuso do poder
econômico ou administrativo no dia da eleição.
A esse respeito, assinale a opção correta quanto à disciplina legal da matéria.
a) Veículos e embarcações militares devem ser usados com prioridade no
transporte gratuito dos eleitores das áreas rurais.
b) A cessão de veículo de particulares à justiça eleitoral é relevante serviço
público, sem necessidade de ressarcimento.
c) Os partidos políticos devem fornecer refeições aos eleitores, como entes
privados em colaboração com a justiça eleitoral.
d) As deficiências do transporte coletivo constituem justificativa bastante para
o não comparecimento do eleitor à seção eleitoral.
e) O transporte dos eleitores deve ser feito no âmbito do território do
município.

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COMENTÁRIOS:
Item A – errado. Jamais poderão ser utilizados os veículos Militares!
Não podem ser utilizados para transporte de eleitores:
1. veículos de uso MILITAR! Não poderão ser utilizados os
veículos militares no transporte de eleitores.
2. veículos em número justificadamente indispensável ao
funcionamento de serviço público insusceptível de
interrupção.
Item B – errado. Há sim contraprestação por parte da Justiça Eleitoral,
mediante recursos do Fundo Partidário.

Lei nº 6.091/74
Art. 2º
Parágrafo único - Os serviços requisitados serão pagos, até
trinta dias depois do pleito, a preços que correspondam aos
critérios da localidade. A despesa correrá por conta do Fundo
Partidário.

Item C – errado. Conforme o art. 8 da Lei 6.091/74, somente a Justiça


Eleitoral poderá, quando imprescindível, em face da absoluta carência de
recursos de eleitores da zona rural, fornecer-lhes refeições, correndo as
despesas por conta do Fundo Partidário.
Item D – errado. Eventual deficiência no serviço de transporte dos eleitores
residentes nas Zonas Rurais NÃO exime os eleitores do DEVER de VOTAR.

Art. 6º A indisponibilidade ou as deficiências do transporte de que


trata esta Lei não eximem o eleitor do dever de votar.

Item E – correto. O percurso deverá ser necessariamente dentro da


circunscrição eleitoral (dentro do mesmo Município!).

Art. 4º
§ 1º - O transporte de eleitores somente será feito dentro dos
limites territoriais do respectivo município e quando das zonas
rurais para as mesas receptoras distar pelo menos dois
quilômetros.

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RESPOSTA: E

QUESTÃO 310: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -


24/01/2010.
Quanto ao fornecimento de transporte gratuito nas eleições, assinale a opção
correta.
a) Nos termos da Lei n.o 6.091/1974, que disciplina o fornecimento gratuito de
transporte em dias de eleição, nenhum veículo ou embarcação pode fazer
transporte de eleitores desde o dia anterior até o posterior à eleição, salvo: a
serviço da justiça eleitoral; coletivos de linhas regulares e não fretados; de uso
individual do proprietário, para o exercício do próprio voto e dos membros da
sua
família; o serviço normal, sem finalidade eleitoral, de veículos de aluguel.
b) É vedada a utilização de veículos e embarcações pertencentes à União, aos
estados e aos municípios e às suas respectivas autarquias e sociedades de
economia mista para o transporte de eleitores em zonas rurais, em dias de
eleição.
c) A justiça eleitoral pode requisitar veículos e embarcações a particulares para
a organização do pleito, cuja utilização deve ser necessariamente gratuita,
ressalvada a obrigação de abastecimento e alimentação dos tripulantes.
d) A indisponibilidade de transporte exime o eleitor da obrigação de votar.
e) Verificada a inexistência ou deficiência de embarcações e veículos, podem
os partidários ou os candidatos disponibilizar o transporte gratuito de seus
eleitores.

COMENTÁRIOS:
Item A – correto.
A regra é a vedação de transporte particular de eleitores para votação aos
respectivos lugares das Mesas Receptoras, tanto 1 DIA antes quanto 1 DIA
depois das eleições.
As únicas possibilidades de transporte estão descritas na Lei, nos seguintes
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termos:

a serviço da Justiça Eleitoral;


coletivos de linhas regulares e não fretados;
de uso individual do proprietário, para o exercício do próprio
voto e dos membros da sua família;
o serviço normal, sem finalidade eleitoral, de veículos de
aluguel não atingidos pela requisição legal.

Item B – errado. É exatamente o contrário. Todos os veículos e embarcações


da União, Estados, DF e Municípios, bem como das Autarquias e sociedades
de economia mista ficarão à disposição da Justiça Eleitoral para o transporte
dos eleitores da Zona Rural nos dias do pleito. Na realidade, são utilizados
todos os veículos da Administração Pública Direta e Indireta (incluindo as
empresas públicas).

Lei nº 6.091/74
Art. 1º Os veículos e embarcações, devidamente abastecidos e
tripulados, pertencentes à União, Estados, Territórios e Municípios
e suas respectivas autarquias e sociedades de economia mista,
excluídos os de uso militar, ficarão à disposição da Justiça Eleitoral
para o transporte gratuito de eleitores em zonas rurais, em dias de
eleição.

Item C – errado. As requisições não podem ser gratuitas, há contraprestação


por parte da Justiça Eleitoral, mediante recursos do Fundo Partidário.

Lei nº 6.091/74
Art. 2º
Parágrafo único - Os serviços requisitados serão pagos, até
trinta dias depois do pleito, a preços que correspondam aos
critérios da localidade. A despesa correrá por conta do Fundo
Partidário.

Item D – errado. Eventual deficiência no serviço de transporte dos eleitores


residentes nas Zonas Rurais NÃO exime os eleitores do DEVER de VOTAR.

Lei nº 6.091/74

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Art. 6º A indisponibilidade ou as deficiências do transporte de que


trata esta Lei não eximem o eleitor do dever de votar.

Item E – errado. Se não for suficiente o número de veículos para o transporte


de eleitores, os candidatos e os partidos políticos poderão informar à Justiça
Eleitoral onde há disponibilidade para que seja feita a requisição.
É vedado aos candidatos, aos Partidos Políticos, ou a qualquer pessoa, o
fornecimento de transporte ou refeições aos eleitores da zona urbana.
Somente por orientação e determinação da Justiça Eleitoral é que poderá ser
realizado o transporte.

Lei nº 6.091/74
Art. 10 É vedado aos candidatos ou órgãos partidários, ou a
qualquer pessoa, o fornecimento de transporte ou refeições
aos eleitores da zona urbana.

RESPOSTA: A

QUESTÃO 311: TRE - MA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -


21/06/2009.
No dia da eleição, o transporte e a alimentação de eleitores até o local da
votação é tema de disputas políticas e legais. A esse respeito, assinale a opção
correta.
a) A indisponibilidade de transporte exime o eleitor da área rural da obrigação
de votar.
b) O veículo de uso individual do candidato pode ser usado para transportar a
família e outros eleitores sem acesso a condução.
c) O fornecimento gratuito de refeição por qualquer candidato, mesário ou juiz
eleitoral invalida a eleição.
d) A justiça eleitoral pode requisitar, sem indenização, embarcações e veículos
a particulares.
e) A recusa do particular a fornecer veículo requisitado pela justiça eleitoral
constitui crime eleitoral.

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COMENTÁRIOS:
Item A – errado. Eventual deficiência no serviço de transporte dos eleitores
residentes nas Zonas Rurais NÃO exime os eleitores do DEVER de VOTAR.

Art. 6º A indisponibilidade ou as deficiências do transporte de que


trata esta Lei não eximem o eleitor do dever de votar.

Item B – errado. As únicas possibilidades de transporte eleitores são, entre


outros, por meio de veículos de uso individual do proprietário, para o exercício
do próprio voto e dos membros da sua família, não se estendendo a outros
eleitores sem acesso à condução.

Art. 5º Nenhum veículo ou embarcação poderá fazer transporte de


eleitores desde o dia anterior até o posterior à eleição, salvo:
III - de uso individual do proprietário, para o exercício do
próprio voto e dos membros da sua família;

Item C – errado. Não invalida a eleição, pois somente a própria Justiça


Eleitoral pode fornecer refeições a eleitores.

Art. 8º Somente a Justiça Eleitoral poderá, quando


imprescindível, em face da absoluta carência de recursos de
eleitores da zona rural, fornecer-lhes refeições, correndo, nesta
hipótese, as despesas por conta do Fundo Partidário.
Art. 9º É facultado aos Partidos exercer fiscalização nos locais onde
houver transporte e fornecimento de refeições a eleitores.
Art. 10 É vedado aos candidatos ou órgãos partidários, ou a
qualquer pessoa, o fornecimento de transporte ou refeições aos
eleitores da zona urbana.

Item D – errado. Os bens requisitados dos particulares serão pagos.

Art. 2º Se a utilização de veículos pertencentes às entidades


previstas no Art. 1º não for suficiente para atender ao disposto
nesta Lei, a Justiça Eleitoral requisitará veículos e embarcações a
particulares, de preferência os de aluguel.
Parágrafo único - Os serviços requisitados serão pagos, até
trinta dias depois do pleito, a preços que correspondam aos
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critérios da localidade. A despesa correrá por conta do Fundo


Partidário.

Item E – correto.

Art. 11 Constitui crime eleitoral:


II - desatender à requisição de que trata o Art. 2º:

RESPOSTA: E

QUESTÃO 270: TRE-AP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


15/01/2007 (ADAPTADA).
Dos atos, resoluções, ou decisões dos Membros do Tribunal e dos Juízes ou
Juntas eleitorais, caberá recurso para o Tribunal. Os recursos
a) A distribuição do primeiro recurso a determinado Juiz Relator não influencia
na competência de julgamento dos demais recursos interpostos pelo mesmo
Município ou Estado.
b) serão distribuídos a um relator pela ordem rigorosa de antiguidade dos
respectivos membros, sob pena de nulidade de qualquer ato ou decisão do
relator ou do Tribunal.
c) não terão prazos preclusivos para interposição, exceto quando nestes se
discutir matéria constitucional.
d) deverão ser interpostos em 48 horas da publicação do ato, resolução ou
decisão, sempre que a lei não fixar prazo especial.
e) eleitorais, como regra, terão efeitos suspensivos.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. A distribuição do primeiro recurso a determinado Juiz Relator
prevenirá a competência deste para todos os demais casos do mesmo
Município ou Estado.

Código Eleitoral
Art. 260. A distribuição do primeiro recurso que chegar ao
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Tribunal Regional ou Tribunal Superior, prevenirá a competência do


relator para todos os demais casos do mesmo município ou Estado.

Item B – correto. Recebido o recurso pelo Presidente do TRE, será distribuído a


um Relator no prazo de 24 HORAS, segundo a ordem de antiguidade dos seus
membros, sob pena de anulação de qualquer ato ou decisão praticada pelo
Relator ou pelo TRE.

Código Eleitoral
Art. 269. Os recursos serão distribuídos a um relator em 24 (vinte
e quatro) horas e na ordem rigorosa da antiguidade dos
respectivos membros, esta última exigência sob pena de nulidade
de qualquer ato ou decisão do relator ou do Tribunal.

Item C – errado. A regra no Direito Processual Eleitoral é que os prazos para


interposição de recursos são preclusivos (o prazo não poderá ser
desconsiderado/relevado), salvo quando este discutir matéria constitucional.

Código Eleitoral
Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de recurso,
salvo quando neste se discutir matéria constitucional.

Item D – errado. O prazo dos recursos eleitorais contra ato, resolução ou


despacho é de 3 DIAS, salvo estipulação específica de outro prazo em lei.

Código Eleitoral
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso
deverá ser interposto em três dias da publicação do ato, resolução
ou despacho.

Item E – errado. No Direito Eleitoral, em regra, os recursos NÃO TÊM


EFEITO SUSPENSIVO. Isto é, mesmo com a interposição dos recursos a
decisão judicial deve ser executada. Assim, os recursos eleitorais terão
meramente efeito devolutivo, o de apenas devolver ao Tribunal o exame da
matéria.

Código Eleitoral
Art. 257. Os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo.

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RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 271: TRE-RN - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] -


03/07/2005.
Quanto aos recursos eleitorais, é correto afirmar que
a) os prazos para interposição de recursos são preclusivos, mesmo quando
nestes se discutir matéria constitucional.
b) deverão ser interpostos no prazo de 5 (cinco) dias da publicação do ato,
resolução ou despacho, sempre que a lei não fixar prazo especial.
c) cabe recurso contra a expedição de diploma no caso de errônea
interpretação da lei quanto à aplicação do sistema de representação
proporcional.
d) têm efeito suspensivo e só serão executadas após o julgamento pela
superior instância.
e) não cabe recurso, para os Tribunais Regionais e para o Tribunal Superior
Eleitoral, dos atos, resoluções ou despachos dos respectivos Presidentes.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. A regra no Direito Processual Eleitoral é que os prazos para
interposição de recursos são preclusivos (o prazo não poderá ser
desconsiderado/relevado), salvo quando este discutir matéria constitucional.

Código Eleitoral
Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de recurso,
salvo quando neste se discutir matéria constitucional.

Item B – errado. O prazo dos recursos eleitorais contra ato, resolução ou


despacho é de 3 DIAS, salvo estipulação específica de outro prazo em lei.

Código Eleitoral
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso
deverá ser interposto em três dias da publicação do ato, resolução
ou despacho.

Item C – correto. Segundo o art. 262 do Código Eleitoral, somente caberá


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recurso contra a decisão que expede diploma eleitoral nos casos, entre outros,
de errônea interpretação da lei quanto à aplicação do sistema de
representação proporcional.

Código Eleitoral
Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá
somente nos seguintes casos:
II - errônea interpretação da lei quanto à aplicação do
sistema de representação proporcional;

Item D – errado. No Direito Eleitoral, em regra, os recursos NÃO TÊM


EFEITO SUSPENSIVO. Isto é, mesmo com a interposição dos recursos a
decisão judicial deve ser executada. Assim, os recursos eleitorais terão
meramente efeito devolutivo, o de apenas devolver ao Tribunal o exame da
matéria.

Código Eleitoral
Art. 257. Os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo.

Item E – errado. O art. 264 diz que cabe recurso para o TRE ou para o TSE de
atos, resoluções ou despachos dos respectivos presidentes.

Código Eleitoral
Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal
Superior caberá, dentro de 3 (três) dias, recurso dos atos,
resoluções ou despachos dos respectivos presidentes.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 272: DPU - Defensor Público Federal [CESPE] - 06/03/2010.


A respeito dos recursos eleitorais, julgue os itens seguintes.
a) [147] Não tem efeito suspensivo recurso interposto por indivíduo que teve
seu registro de candidatura indeferido em razão reconhecimento de
inelegibilidade.

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COMENTÁRIOS:
No Direito Eleitoral, em regra, os recursos NÃO TÊM EFEITO
SUSPENSIVO. Isto é, mesmo com a interposição dos recursos a decisão
judicial deve ser executada. Assim, os recursos eleitorais terão meramente
efeito devolutivo, o de apenas devolver ao Tribunal o exame da matéria.

Código Eleitoral
Art. 257. Os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo.

Em alguns casos a legislação eleitoral admite efeito suspensivo


(Apelação criminal, recurso em sentido estrito em matéria eleitoral, recurso
contra expedição de diploma, da ação de impugnação de mandato eletivo e
contra decisão que reconhece inelegibilidade).
Como exceção, os Recursos contra decisões que reconheçam
hipótese de inelegibilidade podem suspendê-la. Esta previsão está contida
na LC nº 64/90, atualizada com a Lei da Ficha Limpa, que dispõe acerca da
possibilidade do órgão colegiado do Tribunal conferir efeito suspensivo, em
caráter cautelar, se for solicitado o efeito suspensivo e existir plausibilidade
da pretensão recursal (isto é, verossimilhança das alegações).

LC 64/90
Art. 26-C. O órgão colegiado do tribunal ao qual couber a
apreciação do recurso contra as decisões colegiadas a que se
referem as alíneas d, e, h, j, l e n do inciso I do art. 1o poderá,
em caráter cautelar, suspender a inelegibilidade sempre que
existir plausibilidade da pretensão recursal e desde que a
providência tenha sido expressamente requerida, sob pena de
preclusão, por ocasião da interposição do recurso. (Incluído pela
Lei Complementar nº 135, de 2010)
§ 1o Conferido efeito suspensivo, o julgamento do recurso terá
prioridade sobre todos os demais, à exceção dos de mandado de
segurança e de habeas corpus. (Incluído pela Lei Complementar nº
135, de 2010)

RESPOSTA: E

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QUESTÃO 273: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] -


19/04/2009.
Com relação aos recursos apresentados em processos eleitorais contra
decisões da justiça eleitoral, assinale a opção correta.
a) Os recursos são, em regra, preclusivos.
b) O conhecimento do recurso pelo tribunal tem efeito suspensivo.
c) Em caso de inelegibilidade, não deve ser conhecido recurso contra
expedição de diploma.
d) Recurso somente é submetido ao plenário do tribunal após manifestação
escrita do MP, sob pena de nulidade da decisão.
e) Recurso contra decisão que denega habeas corpus é de competência
exclusiva do STF.

COMENTÁRIOS:
Item A – correto. O prazo dos recursos eleitorais contra ato, resolução ou
despacho é de 3 DIAS, salvo estipulação específica de outro prazo em lei.
Em regra, são preclusivos (o prazo não poderá ser desconsiderado/relevado)
os prazos para interposição de recurso, salvo quando este discutir matéria
constitucional. Quando o recurso versar sobre matéria constitucional, deve
ser interposto dentro do prazo, porém, mesmo passando o prazo, a lei
assegura que poderá ser impetrado em momento posterior.
Mas, o que é mesmo preclusão, Professor? Neste caso específico, a preclusão é
a perda da faculdade de recorrer pelo decurso do tempo dado pela lei. Caso o
interessado não recorra no prazo de 3 dias, não poderá mais recorrer.
Dica: NÃO EXISTE PRECLUSÃO DE MATÉRIA ELEITORAL CONSTITUCIONAL.

Código Eleitoral
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso
deverá ser interposto em três dias da publicação do ato, resolução
ou despacho.
Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de
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recurso, salvo quando neste se discutir matéria constitucional.


Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria
constitucional não poderá ser interposto fora do prazo. Perdido o
prazo numa fase própria, só em outra que se apresentar poderá
ser interposto.
Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal
Superior caberá, dentro de 3 (três) dias, recurso dos atos,
resoluções ou despachos dos respectivos presidentes.

Item B – errado. No Direito Eleitoral, em regra, os recursos NÃO TÊM


EFEITO SUSPENSIVO. Isto é, mesmo com a interposição dos recursos a
decisão judicial deve ser executada. Assim, os recursos eleitorais terão
meramente efeito devolutivo, o de apenas devolver ao Tribunal o exame da
matéria.

Código Eleitoral
Art. 257. Os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo.

Item C – errado. Na realidade, é hipótese cabível para o recurso contra a


expedição de diploma a inelegibilidade ou incompatibilidade de
candidato.

Código Eleitoral
Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá
somente nos seguintes casos:
I - inelegibilidade ou incompatibilidade de candidato;

Item D – errado. Na tramitação dos recursos perante os Tribunais, se o MP não


emitir parecer, o processo poderá ser incluído em pauta a pedido da parte
interessada, sendo o parecer oral exarado na sessão de julgamento.

Código Eleitoral
Art. 269. Os recursos serão distribuídos a um relator em 24 (vinte
e quatro) horas e na ordem rigorosa da antiguidade dos
respectivos membros, esta última exigência sob pena de nulidade
de qualquer ato ou decisão do relator ou do Tribunal.
§ 1º Feita a distribuição, a Secretaria do Tribunal abrirá vista dos
autos à Procuradoria Regional, que deverá emitir parecer no
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prazo de 5 (cinco) dias.


§ 2º Se a Procuradoria não emitir parecer no prazo fixado,
poderá a parte interessada requerer a inclusão do processo na
pauta, devendo o Procurador, nesse caso, proferir parecer oral na
assentada do julgamento.

Item E – errado. Não somente o STF, mas o TSE e os TREs também são
competentes para julgar recursos contra decisão que denega habeas corpus.
Conforme o Código Eleitoral, cabe recurso ordinário de decisão do TRE que
denega habeas corpus.

Código Eleitoral
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas,
salvo os casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal
Superior:
II - ordinário:
b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de
segurança.

RESPOSTA: A

QUESTÃO 274: MPE - SE - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] -


11/04/2010.
Para conter o uso da máquina pública nas eleições, a legislação eleitoral institui
as chamadas condutas vedadas aos agentes públicos, servidores ou não.
Condutas vedadas são aquelas que tendem a afetar a igualdade de
oportunidades entre os candidatos nos pleitos eleitorais.
Conforme a Lei n.º 9.504/1997, constitui conduta vedada
a) o parlamentar divulgar o mandato usando recursos da Casa Legislativa,
seguindo a disciplina do respectivo regimento interno.
b) o governador ceder servidor público licenciado para trabalhar em comitê
eleitoral de candidato ou partido.
c) o ministro determinar a exoneração de servidor ocupante de função
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comissionada.
d) o prefeito fazer pronunciamento, nos três meses anteriores à eleição, em
cadeia de rádio e televisão para esclarecimento dos eleitores quanto ao pleito.
e) o servidor ceder imóvel público para a realização de convenção partidária
destinada a escolher os candidatos e a coligação.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. Por incrível que pareça, não é conduta vedada. Somente será
vedada ferir-se o regimento interno da casa legislativa.

Lei nº 9.504/97
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as
seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de
oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
II - usar materiais ou serviços, custeados pelos Governos ou Casas
Legislativas, que excedam as prerrogativas consignadas nos
regimentos e normas dos órgãos que integram;

Item B – errado. Só não é vedada a conduta porque o servidor é licenciado.

Lei nº 9.504/97
Art. 73
III - ceder servidor público ou empregado da administração direta
ou indireta federal, estadual ou municipal do Poder Executivo, ou
usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de
candidato, partido político ou coligação, durante o horário de
expediente normal, salvo se o servidor ou empregado estiver
licenciado;

Item C – errado.

Lei nº 9.504/97
Art. 73
V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem
justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios

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dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio,


remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição
do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos
eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados:
a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e
designação ou dispensa de funções de confiança;

Item D – correto. Por não configurar matéria urgente, relevante e


característica das funções de governo, tal atitude configura conduta vedada.

Lei nº 9.504/97
Art. 73
VI - nos três meses que antecedem o pleito:
c) fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do
horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça
Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e característica
das funções de governo;

Item E – errado.

Lei nº 9.504/97
Art. 73
I - ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou
coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração
direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, ressalvada a realização de
convenção partidária;

RESPOSTA: D

QUESTÃO 275: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -


24/01/2010.
Acerca das condutas vedadas aos agentes públicos em campanha, assinale a
opção correta.

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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a) No ano em que se realizar eleição, a distribuição gratuita de bens, valores


ou benefícios somente pode ser realizada em nome da administração pública,
sendo vedada a autopromoção do administrador público.
b) Nos três meses que antecederem as eleições, os shows artísticos pagos com
recursos públicos ficam restritos aos casos de inauguração de obras públicas.
c) A lei não proíbe que o candidato compareça, nos últimos meses que
precedem o pleito, a inaugurações de obras públicas, sendo defeso ao
candidato utilizar a solenidade para pedir voto ou falar da candidatura.
d) A lei veda fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido
político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter
social custeados ou subvencionados pelo poder público.
e) É vedado ao candidato à reeleição demitir sem justa causa, suprimir ou
readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício
funcional e, ainda, de ofício, remover, transferir ou exonerar servidor público,
na circunscrição do pleito, a partir de 1.º de janeiro do ano da eleição.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. Sob pena de configurar abuso de mandato político, no ano
em que forem realizadas as eleições é proibida a distribuição gratuita de
bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, salvo nos casos
de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais
vigentes (Ex: todos os Bolsas-família, escola, aluguéis sociais em zonas de
desastres naturais, etc).
Então, em regra, jamais a Administração Pública pode distribuir gratuitamente
bens, valores ou benefícios no ano de eleição, salvo nos casos mencionados.

Lei nº 9.504/97
Art. 73
§ 10. No ano em que se realizar eleição, fica proibida a
distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por
parte da Administração Pública, exceto nos casos de
calamidade pública, de estado de emergência ou de programas
sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no
exercício anterior, casos em que o Ministério Público poderá
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promover o acompanhamento de sua execução financeira e


administrativa. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)

Item B e C – errados. São 2 as proibições referentes às inaugurações nos 3


MESES antes das eleições:
São 2 as proibições referentes às inaugurações nos 3 MESES antes
das eleições:

1. nos 3 MESES que antecederem às eleições, na realização de


inaugurações é vedada a contratação de shows artísticos
PAGOS com RECURSOS PÚBLICOS;
2. é proibido a QUALQUER CANDIDATO comparecer, nos 3
MESES que precedem o pleito, a inaugurações de obras
públicas. NOVO!

A inobservância às 2 proibições sujeitam o candidato beneficiado, à cassação


do registro ou do diploma

Lei nº 9.504/97
Art. 75. Nos três meses que antecederem as eleições, na
realização de inaugurações é vedada a contratação de shows
artísticos pagos com recursos públicos.
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento do disposto neste
artigo, sem prejuízo da suspensão imediata da conduta, o
candidato beneficiado, agente público ou não, ficará sujeito à
cassação do registro ou do diploma. (Incluído pela Lei nº 12.034, de
2009)
Art. 77. É proibido a qualquer candidato comparecer, nos 3
(três) meses que precedem o pleito, a inaugurações de
obras públicas. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)

Item D – correto. É conduta vedada aos agentes públicos fazer ou permitir uso
promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, de
distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou
subvencionados pelo Poder Público.

Lei nº 9.504/97
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não,
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as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de


oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
IV - fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato,
partido político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e
serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo
Poder Público;

Item E – errado. É conduta vedada aos agentes públicos (incluindo candidato à


reeleição) nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem
justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou
impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou
exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos 3 MESES que o
antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno
direito.

Lei nº 9.504/97
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as
seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de
oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir
sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por
outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e,
ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor
público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o
antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade
de pleno direito, ressalvados:
(...)

RESPOSTA: D

QUESTÃO 276: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -


24/01/2010.
Quanto às regras atinentes à captação de sufrágio, assinale a opção correta.
a) A promessa de cargo ou emprego para depois do pleito, embora ilícita,
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não configura captação ilícita de sufrágio, por constituir bem imaterial.


b) A doação de cestas básicas pelo candidato, durante o período eleitoral, não
constitui captação ilícita de sufrágio, salvo se restar comprovado que o pedido
de voto acompanhava a doação.
c) A promessa do candidato, em diálogo com professores, de melhorias para a
educação, constitui captação ilícita de sufrágio.
d) A oferta de bens ao eleitor, pelo candidato, não será considerada captação
ilícita de sufrágio, se, juntamente com a oferta, o candidato convencer o eleitor
a votar.
e) A representação contra as condutas que constituem a captação ilícita de
sufrágio pode ser ajuizada até a data da diplomação.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. A captação de sufrágio é mais conhecida como COMPRA DE
VOTOS! A Lei Eleitoral, ao instituir a proibição de compra de votos, pretende
evitar que candidatos se utilizem de formas capazes de viciar a vontade de
eleitor, maculando o processo eleitoral.
São as seguintes as condutas descritas como captação de sufrágio: o
candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de
obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza,
inclusive emprego ou função pública.
Por isso que a promessa de cargo ou emprego para depois do pleito também
configura captação ilícita de sufrágio, apesar de constituir bem imaterial, pois
pode ser bem ou vantagem de qualquer natureza, inclusive emprego ou função
pública.
Para caracterizar-se a capitação ilícita de sufrágio, precisam restar
configurados os 4 elementos a seguir:
a) prática de uma ação (doar, prometer...)
b) participação direta ou indireta de um candidato na
conduta ilícita;
c) existência de um eleitor vítima;
d) resultado: obtenção do voto!
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Caso o candidato cometa algumas das condutas inseridas no seu conceito


sujeitar-se-á à imediata cassação do registro ou diploma e ainda multa.

Lei nº 9.504/97
Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui
captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar,
oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de
obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer
natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o
registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob
pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir, e cassação do registro
ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei
Complementar no 64, de 18 de maio de 1990. (Incluído pela Lei nº 9.840, de
28.9.1999)

Item B– errado. A doação de cestas básicas configura doação ilícita de bens


que independe de pedido explícito de votos. Conforme a Lei, é bastante a
evidência do dolo de conseguir o voto e a finalidade de consegui-lo.

Lei nº 9.504/97
Art. 41-A.
§ 1o Para a caracterização da conduta ilícita, é desnecessário o
pedido explícito de votos, bastando a evidência do dolo,
consistente no especial fim de agir. (Incluído pela Lei nº 12.034, de
2009)

Item C – errado. Esta simples promessa genérica de melhorias na educação


jamais poderia configurar captação ilícita de votos porque não constitui bem ou
vantagem pessoal.
Item D – errado. Não há como diferenciar a doação de bens da atividade de
convencimento do eleitor de votar, se forem realizadas conjuntamente.
Item E – errado. A captação de sufrágio é passível de REPRESENTAÇÃO até
a data da DIPLOMAÇÃO!

Lei nº 9.504/97
Art. 41-A.
§ 3o A representação contra as condutas vedadas no
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caput poderá ser ajuizada até a data da diplomação. (Incluído pela


Lei nº 12.034, de 2009)

RESPOSTA: E

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EXERCÍCIOS COM GABARITO

QUESTÃO 289: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010.


A respeito do sistema eletrônico de votação e totalização dos votos, considere:
I. A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os painéis referentes
às eleições proporcionais e, sem seguida, os referentes às eleições
majoritárias.
II. A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante assinatura digital,
permitam o registro digital de cada voto, a identificação da urna em que foi
registrado e o nome do eleitor.
III. No sistema eletrônico de votação considerar-se-á voto de legenda quando
o eleitor assinalar o número do partido no momento de votar para
determinado cargo e somente para este será computado.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) III.
QUESTÃO 290: TRE - MG - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE]
- 15/03/2009.
Acerca do sistema eletrônico de votação e totalização dos votos, assinale a
opção correta.
a) No painel da urna eletrônica deverão constar o nome e a fotografia do
candidato, assim como o nome do partido, podendo esses nomes ser
substituídos pelo número do registro de cada um.
b) Compete ao TSE colocar à disposição dos eleitores urnas eletrônicas
destinadas a treinamento.
c) Cabe ao Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), atuando
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em comum acordo com a justiça eleitoral, definir a chave de segurança e a


identificação da urna eletrônica, bem como disciplinar a hipótese de falha na
urna que prejudique o regular processo de votação.
d) Além dos membros das mesas eleitorais e dos fiscais dos partidos, os
candidatos poderão votar em qualquer seção, mesmo que se adote a urna
eletrônica, observando-se, nesse caso, a necessidade de colher a assinatura
em folha própria.
e) Na votação para as eleições proporcionais, serão considerados nulos os
votos em que não seja possível a identificação do candidato, mesmo que o
número identificador do partido seja digitado de forma correta.
QUESTÃO 291: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas
[CESPE] - 22/11/2009.
Julgue o próximo item de acordo com procedimentos eleitorais estabelecidos
na Lei n.º 9.504/1997.
Durante a votação na urna eletrônica, quando o eleitor digita o número do
partido, aparecem na tela o nome, a fotografia do candidato e o nome do
partido ou da legenda partidária.
QUESTÃO 292: TRE - AM - Téc. Administrativa [FCC] - 31/01/2010.
A urna eletrônica
a) disporá de recursos que, mediante assinatura digital, permitam a
identificação da urna em que cada voto foi registrado e do eleitor que o
registrou.
b) disporá de recursos que, mediante assinatura digital, permitam o registro
digital de cada voto.
c) terá uma chave de segurança, cuja definição cabe aos partidos políticos ou
coligações.
d) contabilizará cada voto, não sendo possível fiscalização por parte de
partidos políticos, coligações ou candidatos.
e) exibirá sempre ao eleitor primeiramente os painéis referentes às eleições
majoritárias.
QUESTÃO 293: TRE - PI - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -
02/08/2009.
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Numa eleição proporcional, o eleitor digitou corretamente o número da


legenda, mas assinalou número de candidato inexistente. Nesse caso, o voto
será
a) considerado nulo.
b) computado para a legenda.
c) considerado em branco.
d) computado para o candidato com numeração mais próxima.
e) computado para o candidato menos votado da legenda.
QUESTÃO 294: TJ RR - Juiz Substituto [FCC] - 28/03/2008.
A respeito do sistema eletrônico de votação e totalização dos votos é
INCORRETO afirmar:
a) Na votação para as eleições proporcionais, serão computados para a
legenda partidária os votos em que não seja possível a identificação do
candidato, desde que o número identificador do partido tenha sido digitado
corretamente.
b) A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante assinatura digital,
permitam o registro digital de cada voto e a identificação da urna em que foi
registrado, bem como do eleitor que o registrou.
c) A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os painéis referentes
às eleições proporcionais e, em seguida, os referentes às eleições majoritárias.
d) A urna eletrônica, ao final da eleição, procederá à assinatura digital do
arquivo de votos, com aplicação do registro de horário e do arquivo do boletim
de urna, de maneira a impedir a substituição de votos e a alteração dos
registros dos termos de início e término da votação.
e) A votação eletrônica será feita no número do candidato ou da legenda
partidária, devendo o nome e a fotografia do candidato e o nome do partido ou
legenda partidária aparecer no painel da urna eletrônica, com expressão
designadora do cargo disputado no masculino ou feminino, conforme o caso.
QUESTÃO 295: TRE-MS - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -
25/03/2007.
A respeito do sistema eletrônico de votação e da totalização dos votos, é
correto afirmar que
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a) nas Seções em que for adotada a urna eletrônica, poderão votar eleitores
cujos nomes não estiverem nas respectivas folhas de votação, se forem
autoridades ou candidatos.
b) a urna eletrônica disporá de recursos que, mediante assinatura digital,
permitam a identificação da urna em que foi registrado e do eleitor que o
registrou.
c) a urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os painéis referentes
às eleições majoritárias e, em seguida, os referentes às eleições proporcionais
ambas para mandatos federais.
d) considerar-se-á voto de legenda quando o eleitor assinalar o número do
partido no momento de votar para determinado cargo e somente para este
será computado.
e) a urna eletrônica é extremamente segura e inviolável, motivo porque não
podem ser fiscalizadas pelos partidos políticos, coligações ou candidatos.
QUESTÃO 296: TRE-AP - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -
15/01/2006.
No sistema eletrônico de votação,
a) a urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os painéis referentes
às eleições majoritárias e, em seguida, os referentes às eleições proporcionais.
b) caberá aos fiscais de partidos definir a chave de segurança e a identificação
da urna eletrônica.
c) a urna eletrônica disporá de assinatura digital que permita o registro de
cada voto e a
identificação do eleitor que o digitou, posteriormente arquivado no Cartório
Eleitoral.
d) o Tribunal Superior Eleitoral colocará à disposição dos eleitores urnas
eletrônicas destinadas a treinamento.
e) serão considerados nulos na votação para as eleições proporcionais os votos
em que não seja possível identificar o candidato, ainda que o número
identificador do partido seja digitado de forma correta.
QUESTÃO 297: TRE-MG - Técnico Judiciário - Programação de Sistemas
[FCC] - 18/07/2005.
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A respeito do sistema eletrônico de votação e da totalização dos votos, é


INCORRETO afirmar que
a) a urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os painéis referentes
às eleições majoritárias e, em seguida, os referentes às eleições proporcionais
b) a urna eletrônica disporá de recursos que, mediante assinatura digital,
permitam o registro digital de cada voto e a identificação da urna em que foi
registrado, resguardado o anonimato do eleitor.
c) serão computados para a legenda partidária, na votação para as eleições
proporcionais, os votos em que não seja possível a identificação do candidato,
desde que o número identificador do partido seja digitado de forma correta.
d) será considerado voto de legenda quando o eleitor assinalar o número do
partido no momento de votar para determinado cargo e somente para este
será computado.
e) a urna eletrônica contabilizará cada voto, assegurando-lhe o sigilo e a
inviolabilidade, garantida aos partidos políticos, coligações e candidatos ampla
fiscalização.
QUESTÃO 298: TRE - PR - Técnico Judiciário - [CESPE] - 22/11/2009.
Considerando as regras estabelecidas na Lei n.º 9.504/1997 acerca dos
procedimentos eleitorais, julgue os itens a seguir.
[38] A urna eletrônica dispõe de mecanismo que permite a impressão do voto
e sua conferência visual, seguidas do depósito automático. O eleitor pode
cancelar o voto, se não concordar com os dados nele registrados, desde que o
faça antes da impressão.
QUESTÃO 299: TRE - PR - Analista Judiciário [CESPE] - 22/11/2009.
Julgue o próximo item de acordo com procedimentos eleitorais estabelecidos
na Lei n.º 9.504/1997.
[37] Não se prevê que a urna eletrônica disponha de mecanismo que permita a
impressão do voto; o eleitor deverá fazer a conferência visual do seu voto.
QUESTÃO 300: TRE - PR - Técnico Judiciário - Operação de
Computadores [CESPE] - 22/11/2009.
Considerando as regras estabelecidas na Lei n.º 9.504/1997 acerca dos
procedimentos eleitorais, julgue os itens a seguir.
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Ao votar para determinado cargo, caso o eleitor digite apenas o número do


partido, o voto é considerado nulo, em face da impossibilidade da identificação
do candidato.
QUESTÃO 301: TRE - MA - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE]
- 21/06/2009.
O sistema eleitoral brasileiro contempla o voto em urna eletrônica, na forma
disciplinada na Lei Eleitoral. A esse respeito, assinale a opção correta.
a) Na urna eletrônica, em uma eleição municipal, vota-se inicialmente para o
cargo de prefeito.
b) O voto em trânsito é permitido apenas aos candidatos e militares em
serviço.
c) O voto em trânsito é permitido aos eleitores portadores de necessidades
especiais.
d) No regime legal da urna eletrônica, não se admite o voto em trânsito.
e) A urna eletrônica impede o voto em legenda partidária.
QUESTÃO 302: MPE - AM - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] -
02/12/2009.
A votação eletrônica, importante inovação do sistema eleitoral brasileiro, tem
merecido amplo reconhecimento. A esse respeito, assinale a opção que
corresponde ao que define a Lei n.º 9.504/1997.
a) Compete ao candidato escolher em que seção votará.
b) O voto em trânsito não pode ser realizado em urna eletrônica.
c) Nas eleições para vereador, será nulo o voto que registre apenas o número
do partido.
d) Nas eleições para governador e deputado estadual, o eleitor votará primeiro
no candidato ao cargo majoritário.
e) Juízes eleitorais e fiscais de partido podem votar na seção onde exercem
suas funções.
QUESTÃO 309: MPE – SE - Promotor de Justiça Substituto
[CESPE] - 11/04/2010.
A legislação eleitoral brasileira regula o transporte e a alimentação dos
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eleitores residentes nas áreas rurais, visando coibir o abuso do poder


econômico ou administrativo no dia da eleição.
A esse respeito, assinale a opção correta quanto à disciplina legal da matéria.
a) Veículos e embarcações militares devem ser usados com prioridade no
transporte gratuito dos eleitores das áreas rurais.
b) A cessão de veículo de particulares à justiça eleitoral é relevante serviço
público, sem necessidade de ressarcimento.
c) Os partidos políticos devem fornecer refeições aos eleitores, como entes
privados em colaboração com a justiça eleitoral.
d) As deficiências do transporte coletivo constituem justificativa bastante para
o não comparecimento do eleitor à seção eleitoral.
e) O transporte dos eleitores deve ser feito no âmbito do território do
município.
QUESTÃO 310: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -
24/01/2010.
Quanto ao fornecimento de transporte gratuito nas eleições, assinale a opção
correta.
a) Nos termos da Lei n.o 6.091/1974, que disciplina o fornecimento gratuito de
transporte em dias de eleição, nenhum veículo ou embarcação pode fazer
transporte de eleitores desde o dia anterior até o posterior à eleição, salvo: a
serviço da justiça eleitoral; coletivos de linhas regulares e não fretados; de uso
individual do proprietário, para o exercício do próprio voto e dos membros da
sua
família; o serviço normal, sem finalidade eleitoral, de veículos de aluguel.
b) É vedada a utilização de veículos e embarcações pertencentes à União, aos
estados e aos municípios e às suas respectivas autarquias e sociedades de
economia mista para o transporte de eleitores em zonas rurais, em dias de
eleição.
c) A justiça eleitoral pode requisitar veículos e embarcações a particulares para
a organização do pleito, cuja utilização deve ser necessariamente gratuita,
ressalvada a obrigação de abastecimento e alimentação dos tripulantes.
d) A indisponibilidade de transporte exime o eleitor da obrigação de votar.
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e) Verificada a inexistência ou deficiência de embarcações e veículos, podem


os partidários ou os candidatos disponibilizar o transporte gratuito de seus
eleitores.
QUESTÃO 311: TRE - MA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -
21/06/2009.
No dia da eleição, o transporte e a alimentação de eleitores até o local da
votação é tema de disputas políticas e legais. A esse respeito, assinale a opção
correta.
a) A indisponibilidade de transporte exime o eleitor da área rural da obrigação
de votar.
b) O veículo de uso individual do candidato pode ser usado para transportar a
família e outros eleitores sem acesso a condução.
c) O fornecimento gratuito de refeição por qualquer candidato, mesário ou juiz
eleitoral invalida a eleição.
d) A justiça eleitoral pode requisitar, sem indenização, embarcações e veículos
a particulares.
e) A recusa do particular a fornecer veículo requisitado pela justiça eleitoral
constitui crime eleitoral.
QUESTÃO 270: TRE-AP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -
15/01/2007 (ADAPTADA).
Dos atos, resoluções, ou decisões dos Membros do Tribunal e dos Juízes ou
Juntas eleitorais, caberá recurso para o Tribunal. Os recursos
a) A distribuição do primeiro recurso a determinado Juiz Relator não influencia
na competência de julgamento dos demais recursos interpostos pelo mesmo
Município ou Estado.
b) serão distribuídos a um relator pela ordem rigorosa de antiguidade dos
respectivos membros, sob pena de nulidade de qualquer ato ou decisão do
relator ou do Tribunal.
c) não terão prazos preclusivos para interposição, exceto quando nestes se
discutir matéria constitucional.
d) deverão ser interpostos em 48 horas da publicação do ato, resolução ou
decisão, sempre que a lei não fixar prazo especial.
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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e) eleitorais, como regra, terão efeitos suspensivos.


QUESTÃO 271: TRE-RN - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] -
03/07/2005.
Quanto aos recursos eleitorais, é correto afirmar que
a) os prazos para interposição de recursos são preclusivos, mesmo quando
nestes se discutir matéria constitucional.
b) deverão ser interpostos no prazo de 5 (cinco) dias da publicação do ato,
resolução ou despacho, sempre que a lei não fixar prazo especial.
c) cabe recurso contra a expedição de diploma no caso de errônea
interpretação da lei quanto à aplicação do sistema de representação
proporcional.
d) têm efeito suspensivo e só serão executadas após o julgamento pela
superior instância.
e) não cabe recurso, para os Tribunais Regionais e para o Tribunal Superior
Eleitoral, dos atos, resoluções ou despachos dos respectivos Presidentes.
QUESTÃO 272: DPU - Defensor Público Federal [CESPE] - 06/03/2010.
A respeito dos recursos eleitorais, julgue os itens seguintes.
a) [147] Não tem efeito suspensivo recurso interposto por indivíduo que teve
seu registro de candidatura indeferido em razão reconhecimento de
inelegibilidade.
QUESTÃO 273: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] -
19/04/2009.
Com relação aos recursos apresentados em processos eleitorais contra
decisões da justiça eleitoral, assinale a opção correta.
a) Os recursos são, em regra, preclusivos.
b) O conhecimento do recurso pelo tribunal tem efeito suspensivo.
c) Em caso de inelegibilidade, não deve ser conhecido recurso contra
expedição de diploma.
d) Recurso somente é submetido ao plenário do tribunal após manifestação
escrita do MP, sob pena de nulidade da decisão.
e) Recurso contra decisão que denega habeas corpus é de competência
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exclusiva do STF.
QUESTÃO 274: MPE - SE - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] -
11/04/2010.
Para conter o uso da máquina pública nas eleições, a legislação eleitoral institui
as chamadas condutas vedadas aos agentes públicos, servidores ou não.
Condutas vedadas são aquelas que tendem a afetar a igualdade de
oportunidades entre os candidatos nos pleitos eleitorais.
Conforme a Lei n.º 9.504/1997, constitui conduta vedada
a) o parlamentar divulgar o mandato usando recursos da Casa Legislativa,
seguindo a disciplina do respectivo regimento interno.
b) o governador ceder servidor público licenciado para trabalhar em comitê
eleitoral de candidato ou partido.
c) o ministro determinar a exoneração de servidor ocupante de função
comissionada.
d) o prefeito fazer pronunciamento, nos três meses anteriores à eleição, em
cadeia de rádio e televisão para esclarecimento dos eleitores quanto ao pleito.
e) o servidor ceder imóvel público para a realização de convenção partidária
destinada a escolher os candidatos e a coligação.
QUESTÃO 275: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -
24/01/2010.
Acerca das condutas vedadas aos agentes públicos em campanha, assinale a
opção correta.
a) No ano em que se realizar eleição, a distribuição gratuita de bens, valores
ou benefícios somente pode ser realizada em nome da administração pública,
sendo vedada a autopromoção do administrador público.
b) Nos três meses que antecederem as eleições, os shows artísticos pagos com
recursos públicos ficam restritos aos casos de inauguração de obras públicas.
c) A lei não proíbe que o candidato compareça, nos últimos meses que
precedem o pleito, a inaugurações de obras públicas, sendo defeso ao
candidato utilizar a solenidade para pedir voto ou falar da candidatura.
d) A lei veda fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido
político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter
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social custeados ou subvencionados pelo poder público.


e) É vedado ao candidato à reeleição demitir sem justa causa, suprimir ou
readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício
funcional e, ainda, de ofício, remover, transferir ou exonerar servidor público,
na circunscrição do pleito, a partir de 1.º de janeiro do ano da eleição.
QUESTÃO 276: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -
24/01/2010.
Quanto às regras atinentes à captação de sufrágio, assinale a opção correta.
a) A promessa de cargo ou emprego para depois do pleito, embora ilícita, não
configura captação ilícita de sufrágio, por constituir bem imaterial.
b) A doação de cestas básicas pelo candidato, durante o período eleitoral, não
constitui captação ilícita de sufrágio, salvo se restar comprovado que o pedido
de voto acompanhava a doação.
c) A promessa do candidato, em diálogo com professores, de melhorias para a
educação, constitui captação ilícita de sufrágio.
d) A oferta de bens ao eleitor, pelo candidato, não será considerada captação
ilícita de sufrágio, se, juntamente com a oferta, o candidato convencer o eleitor
a votar.
e) A representação contra as condutas que constituem a captação ilícita de
sufrágio pode ser ajuizada até a data da diplomação.

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GABARITOS OFICIAIS
246 247 248 249 250 251 252 253 254 255
E E E C E C C E D B
256 257 258 259 260 261 262 263 264 265
D D E B A C D A D C
266 267 268 269 270 271 272 273 274 275
C A A B B C E A D D
276
E

Boa sorte na prova!


Bons estudos!
Ricardo Gomes
Por sua aprovação!

81
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RESUMO DA AULA

Premissa Base: é garantido o transporte gratuito para eleitores da


Zona RURAL! Não é qualquer eleitor, mas apenas os que residem na Zona
Rural (não Zona Urbana).
Todos os veículos e embarcações da União, Estados, DF e
Municípios, bem como das Autarquias e sociedades de economia mista ficarão
à disposição da Justiça Eleitoral para o transporte dos eleitores da Zona Rural
nos dias do pleito. Na realidade, são utilizados todos os veículos da
Administração Pública Direta e Indireta (incluindo as empresas públicas).
Exceções:
1. veículos de uso MILITAR! Não poderão ser utilizados os
veículos militares no transporte de eleitores.
2. veículos em número justificadamente indispensável ao
funcionamento de serviço público insusceptível de
interrupção.
O percurso deverá ser necessariamente dentro da circunscrição
eleitoral (dentro do mesmo Município!).
O eleitor somente terá direito ao transporte se a distância mínima
de sua residência até as Mesas Receptoras forem superiores a 2 Quilômetros
(2Km). Ou seja, caso o eleitor resida a menos de 2Km da Mesa Receptora,
não terá direito ao transporte.
As únicas possibilidades de transporte estão descritas na Lei, nos
seguintes termos:

a serviço da Justiça Eleitoral;


coletivos de linhas regulares e não fretados;
de uso individual do proprietário, para o exercício do próprio
voto e dos membros da sua família;
o serviço normal, sem finalidade eleitoral, de veículos de
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aluguel não atingidos pela requisição legal.

No Direito Eleitoral, em regra, os recursos NÃO TÊM EFEITO


SUSPENSIVO. Isto é, mesmo com a interposição dos recursos a decisão
judicial deve ser executada. Assim, os recursos eleitorais terão meramente
efeito devolutivo, o de apenas devolver ao Tribunal o exame da matéria.
O prazo dos recursos eleitorais contra ato, resolução ou despacho
é de 3 DIAS, salvo estipulação específica de outro prazo em lei.
Dica: NÃO EXISTE PRECLUSÃO DE MATÉRIA ELEITORAL
CONSTITUCIONAL.
Pequena diferenciação quanto à prevenção entre as Cortes
Eleitorais:

TSE – Ministro Relator prevento receberá os demais recursos que vierem do


mesmo Estado.
TRE – Desembargador Relator prevento receberá os demais recursos que
vierem do mesmo Município.

Dos atos, resoluções ou despachos tanto das Juntas Eleitorais


quanto dos Juízes Eleitorais cabe recurso para o TRE respectivo no prazo de 3
DIAS.
Sintetizo as vedações específicas da propaganda na internet:

1. a propaganda na internet deve ser NÃO remunerada, não


pode ser paga.
2. é vedada a propaganda eleitoral na internet em sítios de
pessoas jurídicas (com ou sem fins lucrativos) e em sítios
oficiais ou hospedados por órgãos ou entidades da
Administração Pública Direta ou Indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios – resumo: sítios
das Pessoas Jurídicas de Direito Privado e de Direito
Público.
3. são vedadas às pessoas relacionadas no art. 24 da Lei nº
9.504/97 a utilização, doação ou cessão de cadastro
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eletrônico de seus clientes, em favor de candidatos,


partidos ou coligações;

4. nesta linha, é proibida a venda de cadastro de endereços


eletrônicos.

Regra: vedação de utilização de bens públicos no processo


eleitoral;
Exceção: possibilidade de utilização para a realização de
Convenção Partidária.

São 2 as proibições referentes às inaugurações nos 3 MESES antes


das eleições:

1. nos 3 MESES que antecederem às eleições, na realização de


inaugurações é vedada a contratação de shows artísticos
PAGOS com RECURSOS PÚBLICOS;
2. é proibido a QUALQUER CANDIDATO comparecer, nos 3
MESES que precedem o pleito, a inaugurações de obras
públicas.

A Lei Eleitoral alterada preleciona que estará caracterizada a


responsabilidade do candidato se, intimado da irregularidade da
propaganda:

a) não providenciar a retirada ou a regularização no


prazo de 48 HORAS;
b) se as circunstâncias do caso demonstrarem que seria
impossível o candidato (beneficiário) não ter tido
conhecimento da propaganda feita para ele.

Detém legitimidade ativa para propor representações contra


condutas vedadas:

1. Qualquer candidato
2. Partidos Políticos
3. Coligações

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4. Ministério Público Eleitoral

Nos 150 DIAS anteriores à eleição não será recebido nenhum


requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência.
Para as próximas eleições é exigida a apresentação do título de
eleitor + documento de identificação com fotografia para que o eleitor
possa votar! Ainda, não poderá o eleitor portar aparelho de celular, máquina
fotográfica e filmadoras quando dentro da cabine de votação.
Hipótese de revisão do eleitorado determinada ex ofício pelo TSE:
1. o TOTAL DE TRANSFERÊNCIAS de eleitores ocorridas no ano
em curso seja 10% (dez por cento) superior ao do ano
anterior;
2. o eleitorado for superior ao DOBRO da população entre 10
(dez) e 15 (quinze) anos, somada à de idade superior a
70 (setenta) anos do território daquele Município –
população entre 10-15 ANOS + os maiores de 70 ANOS.
3. o eleitorado for superior a 75% (sessenta e cinco por
cento) da população projetada para aquele ano pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Qualquer partido político, coligação ou candidato poderão realizar
reclamações ou representações relativas ao descumprimento da Lei Eleitoral,
de competência para julgamento dos seguintes Juízos:
1. aos JUÍZES ELEITORAIS, nas eleições municipais;
2. aos TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS, nas eleições
federais, estaduais e distritais;
3. ao TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, na eleição
presidencial.

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REFERÊNCIAS
BARROS, Francisco Dirceu: Direito Eleitoral: teoria, jurisprudência. 8.ed. –
Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em
5 de outubro de 1988. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
CÂNDIDO, Joel José. Direito Eleitoral. Bauru: Edipro, 2002.
Código eleitoral anotado e legislação complementar. 8. ed. rev. e atual.
– Brasília : TSE, 2008.
CONEGLIAN, Olivar. Radiografia da Lei das Eleições 2010. 6.ed. Curitiba:
Juruá, 2010.
DAL POZZO, Antônio Araldo Ferraz. Lei nº 9.504/97: estrutura, análise e
jurisprudência. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
FAGA, Tânia Regina Trombini. Julgamentos e Súmulas do STF e STJ. São
Paulo: Método, 2009.
FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio: Introdução ao estudo de direito:
técnica, decisão, dominação. 3.Ed. São Paulo: Atlas, 2001.
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 5.ed. DelREy: 2010.
MELO, Henrique: Direito Eleitoral para Concursos. 2.ed. São Paulo:
Método, 2010.
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 25.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2001.
PORTO, Roberto. Lei nº 9.504/97. São Paulo: Saraiva, 2009.
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 9.ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2009.
RIBEIRO, Fávila. Direito Eleitoral. 5.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
SILVA, Fernando Carlos Santos da. Anotações de direito eleitoral. Brasília:
Vestcon, 2008.

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