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Colecdo Campe Imagstico Camposaristeospostuem uma dia que extrapolate sins. (Ocampo laagitic, asin pena parece comer inpuionade pla prsena eteoogas digas, Ma paral de malin evolu enol, podemos ‘ecole territrios bm demarcads campo de expres anisica stacleto proende estar a essa hstrea ea az damage edo som ne cinema, tn vides foto, na ner, a leit. Robert Stam tradugéo Fernando Mascarello INTRODUCAO A TEORIA DO CINEMA PAPTRUS EDITORA resistentes, ale disso, dependem de uma certa preparagto cultural poltca que capaceo expectadors ler riteamente. Nese sentido, poderam Serquestionadas es slegasbes as efricas de erico como Jon Fike para fs quais os espectadores televsivosrealizam leturas maliiosamente “eabverivas om bate implesmente em Sua propria memoria populr Fiske corretamenterejeita 0 modelo hipodérmico de midia, que considera os telespecadores, por exemplo, como pacientes drogados € passvos que recebem sun dose dirs (noturn),reduzidos a "teleaditos"¢“drogadits cultura” Ese autor também ens corrto 20 sugert que ab minoria, por fexemplo,“enaergam através" do taciamo da midia dominante. Mas se ‘comunidades sem poder podem de fato decodificar a programacio ‘Sominante de uma perspective rexistents, 9 podem fe To porque sua vida ‘etva e sua memriahistrica Tes fmnoceram um esquema alternativo de ‘ompreensio, No caso da Guerra do Golfo, por exemplo, = malora dos ‘Spettodoresnort-americanos eareia de un eaquema akernativo que of tiuuliase ¢interpretar os acontecimentos, particularmente tm visio fandada em uma compreensio do legado do colonialismo e de suas compleidades especficas n0 Oriente Medio. Munidos epenas da simples inca do discurse orientalis, dram crédito a qualquer visto que 0 governo ‘optou por Ikes apresentar 32 A TEORIA COGNITIVISTA ANALITICA Boa parte dos anos 80 « 90 foi devotada & revisso, se no 20 desmantlamento, de premises da screo Peary dos anos 70. Durante esse perl, tedricos como Not Carroll e David Bordwell stacaram coe um Jibilo iconoclast e grande dose de ireverenca a quate totaldade de seus Principos fundamenas. (Os alos dessas provocgbes reagan com mt iver olimpica, rarimente dignando-xe a reponder) Representando teadicao “pés-analitica’ enquanto isso, Richard Allen e Murray Smith critica a ambigoesflossfcas da sen theory ‘que sped na fw consnei que fi tanipost a cinema forms como aimaisesexratpavanente amps, coneemees objets de pence (eons do sya), 0 ess eee 05 consist unos dreads, fndaoan-e tater um apes (enroute coulda ima tgs — ternene weve de perce emg drags mela se ‘conte repens Frat pega ue odes fat rept do cers emeno sebee a moder econ ‘el (Alene Sith 1957 9.22), (0s pensadorespos-analitice acusaram a seen theory de uma série de ‘strategy rgumentativas ddbiast a invocagto deference de figuras _suloritriasso uso enganoso deexemploseanalogissa ecusnem sabmeter ox Imeroeugso 4 torte de enema 201 arguments testes emplricos 0 uso estatéyco de obscuridade dlberada (Gti, p6).Os" continents; por sa ver, consieravam aflostia anata e seus Jerivados cinematorsticos sido, trivns, apeliticos bitoladaments ‘nico, una evasto profsoneleta da esponsbiidade sociale intlectual cogaitviat", que incu, em wn sentido amplo, figuras tho diversas como Gregory Corre, Torben Grodal, Edward Branigan, Teor Ponech, Morray Smith, No#l Cavell e David Bordwell, ccomegou « tomar corpo na década de 1950 ~ se deixarmos de lado protocogntvitss” como Munserberg eo fmolinguistas.O cogatvsmo ‘busca por rexposasalernativas mis prvias pare questoes sobre a eeep30 cinematogrifica levantadas de modo diferente pels torias semistion psianalien Ocognitivsmo tm sido uma das inhas de trabalho ~ bors, {Se forma algorn, nea ~ na obra de David Bordwell. Aparece no epitlo “The viewers activity” de Narration ithe fin film, na polemica contra. plane er Making meaning, no ensio de 1989 ease Tor cognitivism” & fn Pet Theory, no ial Bordwell ¢ Carol caracterizam o cogaitivisme nto ‘como ui teria, mas como uma perspctva que “procutaeompreender pensimento,# emogao es ajo humanss mediante oapelo aos proceso de Fepresentagio mental, aoe proceso naturalstios ea (algum sentido) de ‘agincia racial” (Bordwell Carol 199, p.x¥i)-O8 cognsvstasenativam ‘os sistemas fisologicos © copnitvos “embatcados" cin todos 0s seres Inumanos, quilo a que Bordwell denomina “universais contingentes, anteriores as particularidades de historia, cultura e identidade: « pressuporigso de um ambient trdimensionl pressuposicso de que a lz ‘natural vem de ims, c assim por dante, Estes vers coatingentstornans poses as convengdes artistic que pereern natura, porque colncidem com as nocmas da perepedo humana Em Narration in the fiction film (1985), Bordwell oferece uma slternativa cognitiv A semistica pars explicar como os espectadores “anpreendesn oes, Para Ror naregso € um proces no ual {mes fornecem indicagoes 20s espectadores, que wiizam esquemas interpretativos para construr histrias ordenadas ¢inteligiels em suas rmentes. Do pot de vista da recep, os espectadores plnejam labora € por vezes suspendem e mexliicam suas hipoteses sobre as imagens € 083005 Spreientados nt tla. Do ponto de vita do ls a narrativa opera em doit rive (1) 9 gue ox formalise russ chamavar de suche isto 6a forma conerets, ainda que fragmentada fore de sequéncia, como os acontecimemtos so contados; (2) fibula ou sep historia Kea gia © 262 Pino Editor cronologicamenteordenade) quco me sugeree que espectadorrecostz com bare ma indicabesoferecidas plo filme. primeira instineiay yacht (rama) orients a atvidade narativa do espectador ao forncer diets pos de informagicspectinentes com spelt causalidade es relagtesespago- temporas. A segunda € ur» constrvto puramente formal carecterzado pela tinidade coerénel (0s cogntviststém se mostrado exticos do que pereebem como © hermetsmo, 3 aroganciae tutologi do discurso da teria do cinema, capecialmente na sn vertente pocanalties. (Para os cognitivsts, para Solocar de forma mis dtes, por veres um charuto é de fat, apenas im ‘haruto) Esse tedricos, portant, evitam 3 teoiapsicanalitic do cinema, ‘bcando-se em torias mais convineente sobre a percep, oreiocinio eo processsmento da informagio para compreeader como of filmes s80 echidoseseuidos em terms de narrativa de cause-efet, teag es epago- teimporas et, O programa de perqisecognitvieta ja fot capaz de produsir studs sobre o cinema hollywondiano cisco (Bordwell, Thompson, Currie, Smith), a vanguarda (Carroll, Peterson), © documentiio (Carol Plantinga) e o me de hortor (Carell Freeland, Eun simpésio sobre ‘ognitivismo em Copenhague (mao de 199), foram apresentads trabalhos fobre um amplo eapecteo de questGes: cinema nio fexional e emoyao (Carl Plantings): psicologia social do filme de horror (Dolf Zillman); uma shordagem cognitivista& interpretagio no cinema (Fohannes Riis); 2 pacologia da percepeio cinematogetica (Trevor Ponech); a histéria do ‘nema ea zeoluS0 cogitivista (Casper Tybjerg): estilos de iarinagso er biel (Kristin Thompuon);e O gabinete do Dr Cagarie commie (Wayne Munson). Como asinals Nod Caroll (1996, pp. 321-322), 0 cognitivismo € de ilfell definicto, porque ado consiste rm uma teoria unificad Em primeira log. no & ura nica leors, as ume constelacto de teorias em Pequena coal. Bm segundo lugar, etasviras toras em pequen escla formula as quester conceituaimente de manciva diferente. F por Ry 35 tcorias, tomadas em conjunt, nao consituem uma molduraterca aca. Gregory Currie (em Miler e Stam 1999) também aponts que hi pouces Aoutrinas expecificas compartilhadas por todos ot cognitivistes. O ‘ogaiivimo costuma ser ectico, reticent so pensamentosistematico, de todo que os ogniivisas tenders a "reenrtare misturar” eu copnitvsono ‘oan outs teri, Richard Allen combina cogritvimyo com pscandise © Alosofia pés-analica: David Bordwell fande ognitivsmo eformalismo da Escola de Praga. Os cogaitivits tambm discordam une dos outros por Imerodugho# tori de cima 253 cxcmplo, Carol yer Cree em rlago a eampatiaesmulaao; Alen versus Carvel sobre tiles, ¢ asim por diante, A matoria dos cognitivistas, ‘mtetants, concordara que (1 os process envelvidas na especatoriidade ‘Snematogrfica sto mais bem compreendidos como tentatiasracionalmente fntivades pura dar sentido visual ou narrative os materias textual; e (2) fue exes process de atrbuiggo de sentido nto se diferenciam dos que ‘sualzamesno dia da © cognitvismo recapicula — em um repsto nfo Unguistico ~ a tentativa cs primera fn da veriologi do cinema de compreender como os [ilnes eto compreendidor” Ox cogntivstasevtam 0 modelo linguist se edicam, em ver dio, 208 elementos formais do cinema que "coincide ‘om as eis da perespg humana, Ne verdade, ses amore tendem a eetar 4 nogio de lingvagem cinemstogrficn. Assn, Nod! Carroll firma que “0 ‘ineta no una lingvagen, enquanto tecoabece que a Hinguager tem “um papel importante em virias das extroturassimbolicasutlizadas no cinesn (1996, p. 187). Para Virginia Brook (1984, semologls do cinema & algo que nio se pode tsar ou verificar e, portato, aio € cient. Brooks escreve o trabalho de Christian Met em flmolingusica como "destituido {de qualquer conteido experimental os mesmo de qualquer sugestao sobre ‘comose deve deidirquanto an acertos ou errsde wis aBirmagOes” (i, 11) Gregory Carre (1995) route «nugestio de que a ingultien pode nos sjodar a explicar como utliamos interpretamos ou spreciamo 0 cinema. O inems, em sev entendimento, nso pessui ab caracterisiassalientes da Tinguagem natra faltam-The 4 produtividade (a capaidade de enunciae © compreender uma infinidade de frases) e a convencionalidade, ow sea, hnentum conjunte de convensbes opera pact confer sentido 9 imagens ‘inenatogifices de forma sequersemelhante 30 modo como as convenes ‘onferem sentido tera linguagem. A sntaxe do Gnema,além dso, nao pode ser comparada&dalinguagem."Embors tos pos de combinagoes de panos tenham eduiri o statu de padrbesreorzentes¢ familiares (por fxemplo, a stontagem em ponto de wists), de forma alguma constituem ox ‘mesmo aproximam-se do staus de repras de determinasto do sentido” {(Garre en Miler e Stam 1999), Algusnasdesas xtc parecer bastante mesqinas-O proprio Mets jf as tink inplckamente realizado ao afar que © ens nio constuin ‘uma langue (sistema lingusico), bem como reconecido que as “egras de ‘eterminagso do sentido” como oa Grande Sintgmstica ram histricament= ‘reunsritas (apenas unos codiicago da montagem em um certo momento) 206 Papines Etre Metz sempre enfatizou tanto as discrepancis quanto as analogas entre ‘cinema e linguagem, jamais pretendendo fazer equivaler analogia © ‘enti, Por iso ela um tanto gratulto inventariar todos os aspectos ros uso snes nio é um sistema Unguistico, quando o préprio Metj40 tinha feito, A reeisso cognitivsta A flmolingustica deriva em parte da scnsbilidade,tipien da Glosofia da linguagem e da filosofia anatica, a orsivcisabsos da metsors, no eas, a metafora do cinema como ingusgem (ou, posteriormente, como sonho). Para ev cogaiiists,« metifora mao & _nctaarlamente um instramento cognitive expiativ, mas sim, urs Up de ero categoria! (embora fosse possvelrealiar um estado cognitive da propia ‘metifora). Os cognitvistis costumam ruspeltar dos métodos lidicos, etafrios analgcos erepletos de jogos de plavras de alguns exemplars (sree tory, sagem a so como Satel Johnson reagis os jogos de polavas de Shakespene, como a uma "Clpatraftal” a ser evtada, (NO tanto, autores coma Nosl Carol so ees proprio adeptor do wan de snalopiasespirituosas, uma espécie de metafora, como estratégia de raumentacao,) Contd, as metforas nao slo cetas ov erradas ou $80 sugestvasesminadors ou nia o sto, Una coe é dizer que uma metéfors ‘como “linguagem cinematogrsfics” i os deu tudo 0 que odin dare qve, or iso, devemos sepuiradiante ou muda de atitude ours bem diferente Alizee que else parse smplesente "ersda” ‘Os conitvitas no nega totalmente a wildade ds pscandie, mas cousideram que ests se limita a0$ aspectes emocionais ¢irracionais do ‘Snema. Segundo Carrol, 0 cogpitivism busca “espostesalterativas para ‘wites das perguntas acolhidas ou elboradas plas eoriaspscanalitiess do ‘Snems, cepeiaimente no que tage A recepgao cinematogrifica, em termos ‘de processes cognitive racionai eno mals de processos iraconsis¢ inconssiente”(ordwelle Carol 1996, p- 62). Bordwell, de modo si reconhece que as tcorits psicanaliticas rio mais bem equipadas que 0 ognitvina para enfentar quests sobre sexuaidadee fantasia (Bordwell, 198, p. 336). Porém, como ele frm no hi "qualquer rao para imputar ao inconsciente quasqueratvidades que posse ser explladas em uros termes" (bit p30). Uslizando uma sbordagem cognitivafsnalitica, Allen (1995) tentou sccuperse «teori psicanalitica mediante uma resvaliagio eitica que a Aepuratia de “ambiguidades c equivocos” Distinguindo entre urs mero “engano tensorial” © um “engano epistemico’, Allen sustentou que a sicanlise pode aoe aut a comprecnder as formas com espectador Imerodugto 4 teri do chee 205 contribu ativamente pata a “Taste pojetiva" Sabemos que 0 qe estamos ‘endo é apenas un filme, mas ainda assim o experimentamos como um. “undo de pleno dirt Allen prope wena divisao wipartte para aquetio da cronga no cinema, Ulizando como um exemple o fimedehorror A note dos motos vives, de George Romeo, dstingve entre urna leitararealita de primero nivel ui segundo vel de sho “reprodutiva” eum tercir nivel {de ihsto projetiva” (Aen, 1993) (0 cognitvimo, cn surna, rst explitameate alguns dos prneipios| fndamentas da sree theory. Reet, antes de mais nada abase axiomatic Ga filmolinguistea: que 0 ciaema € uma entidade semelhante a uma inguagem que pode ser spreendid por meio de uma abordagem linguistco- semiolgics. Em segundo Tsgar,rejeita a abstragz fondacional da teoria psleanaltica do cinema ~ inconcinte em faor das operas conscentes -pré-conscientes, Em terciro, dversamente da tradigao semi6tica © thusseriana, tende maisa aprovar do que a supeitar do "senso coum” ~0 Conjunto de opines comtns sieasticamente designada como doxz por Roland Barthes ~ sondo que, em algamas versOeoferece um endosto populist daquilo que Curie deromina “piologie popula” ou “sbedoria {eorica popula, Ene quarto lugar, o cognitivame desdena das aizmagbes tebricas"grandiosas" 0 auto esti moro! Nasco expectador' O dispositive liude!~ em favor do velho pragmatism da “resolgto de problemas: Ea ‘quinto, costuma rejeltar as reivindicagoex politicas em prol de wma ‘eflesividade modeenstabnectiana. Em sexo, rela, mesmo que apenas implicitamente, 8 nogso pds-moderna do fim das metanarrativas, capecalmente a fejelgio da metanarativa do progeesso clentific. Para o opnitivismo, a tooris do cinema deveria pereguit a condigio de cenca, tdesenvolvendo a investigaio empria e 0 debate racial im sino Iga, fpesar dar afliagbes politicas bastante diversas de seus adeptos, 0 ognitivismo prefere 0 que coasiders uma perspectiva de neutralidade fobjetiva e apolitics, em lugar do que percebe como uma politizagio “agendads” de teria, Nese sentido, dstancia-se do radcalsmo politico © cultural. Camo pane de fondo, nconti-se 0 Meal de unc disput pacfica trea hiptesce vais em oma especie de ve mercado das ies, no qual as “elore eos” triunfarto groqasa um concurso de mits. -Embora 0 cognitivisnoafme se“ tima novia’ também pode se: visto coma um retoene noslgico a um mundo anterior 2 difrencalsmo Saussuriano, anterior & dendincia da “razso instrumental” pela Escola de Frankfurt, anterior ao ego desestabilizad de Lacan, anterior as eiticas rmarsistas ¢ feudianas do “senso comum", anterior ao nexo entre poder € ‘onecinentoe&relasho mataamenteconsitativa entre rio elowcura de Foucault, © cogaitivieme demonstra uma fe comovedore ns 13730 (apos “Auschwita) ea citncia (apds Hiroshima). Mantém sua fn etnes, mito fembora a “citncia" nio to recentemente, houvesse "provado" a Infeioridade de negios,judeuse indigenes norte-americanos. O problema, cridenternente, € com que fins acacia tem sido utlizade, e quem decide = ene repeito, (0 concito de “abedoriatedrics popular” de Ourti, enquanto iss, iqnora a questdo das contraligbes heterogléssics, tanto no inttior do popular quanto entre “populares”. Na era contemporsnea, hi algurs ‘onsenso “popular” genuito que una #eos e pabres, neqros e brancos, _masulio ¢feminino? A maior arte do folloe nero nos Estados Unidos ‘parece sentir que os brancos tem sido coletivamentseacistas em ¥eigs0 0 hegros mits branes relutam em concordar com io. Seri ques soto de ‘abeoria popular compartlhada nos auxin nese tipo de sitagSo® Mesno ‘gue um cine branco morador de wm bao reidencil, que munca tena Sido vito de vilénca por part da police ur habitante das egies mais pobres da cidade, que jo fo, possam compartthar um reconhecimente ‘Somum de que oa esto vendo na ta € um poi brane a repost aletiva as associagaes histércas e a “entonagio” socioideologics que cunfercaAquela figura poderao ser dierentes. Para os alemaes antissemitas ‘4 década de 1930, 0 ines antisemitas como The ow sussrefltam 0560 Senso com"; mas mesmo nao pensavam os judeus seus simpatizantes A teora cognitivita oferece pouco espapa pars a poitias leas para os investimentas as ideologies, os narcisszos ¢ os desejossociamente oustrutdos do espectador, todos parecendo demasiado irracionsis © desordenados para gue possam ser objeto de especlajdo teria, Por que puns espectadoresadoramn e outs edelam or mean filmes? Hi potco ‘expaco na teoria copntivista para a reacto homofobica potencial do ‘epectador de Payers da noite area aniabe/mugalmana potencial ‘spect de Nova York sada ou, sinda, a reagdo inadgina potencial do cexpectador de Aira fl, Nutra cogatvsta, um inerpeteentendedor rem rap gener ou awe defronta-se com esque abstitos Mas porque ‘vamos 20 cinema? Para fazer inferénease testar hipdteses? Embora isso recomhecidament fra parte do proceso, também vamos ao cinema por outta rzoes para confisrarmos (ou questionarmos) noses preconcios, ira nos idenificarmos com sx Personagens, pars sentirmos emogoes € Imerodusde teria do cinoma 267 “efeitos subjetivos”intensos, para imaginsrmes uma ovtra vida para ‘experimentarms peazrescnesesico, para sentiemos glamour, ertismo, ‘corlame paso. ‘A cite que eliza aqui nfo implica um relativism cultarah, como lguns podariam imaginar, mat estudohistérico das eacoes multifacetadas ate foresee culturis.O faco nas coineidéneascogtvas entre todas as ‘altura e eifis sbalso do Kimiar da dfereng sociale cultural, por is, esencoraja a anise de tenses histricae culrainentearticuladss. O que falta} noyao de espectacor da teoracognitvina€ urs sentido de contradigao feolbgica e social, uma nogio de heteroglossa, ax “wulplicidades de ngungene”esraticadas¢ onfitantes que ocorrea dentro das formagses sortase entre clas, Mesmo os individuos solados sto canfituoso, vidios ‘rte seus impulos altro eos, entre suas tendécias progress ‘eaciondrias.Aformagio social en se conjunto €ainda mais sada. por ‘que ocogntvimo insite cm afirmar ue nossa respostas vo cinema sio,em ‘Sur mator past, cacionalmente motivadast A rsposta espectatrial aio poderia enteiagaro raion eo iraconalt Noss eesposta a comeriis de TV ou a propagendas potas de bain nivel éracional? As rspostas pré- heristas 8 O triunfo da vontade cram racionals? Ou as respostas dos ‘Spectadoesbrancos a Nascimento de uma najaot A especatriadade pode See redutida uma questio de fazer inferéncias com bate nas indicsgSes ‘ferecidas por tm texto? Porque spreciamos determinados filmes, como Janeane, mito tempo depo's de termos dominado suas indcagbes inferenciist 0 que dizer dos desjscontraditries despertados pelo cinema, sejam cles de crotsmo, eles, agresso, comunidade, lee ondem ou ebeito? {A shordagem cogntvsa minimiza, por asim dizer at ambigbes da teora concentranido-e, em ver dso, em problemas de pesquisa getencidves Em ceago& teri do dispostv ede posiionamentosubjetiv caratrizad pee grands afirmagbes sobre o pape alienatvio do cine en: ger, Neal Carell prope um projto mai oa e modesto: nao ws operagbes de td 0 discuso, mae a organieaga rtérica de alguns discursos” (Carroll 1998, p 391). Nese projet os cognitiitas realizar wen trabalho substancial € prdtivo ne goed respeitoaqoets como oengaamente espcttoria nso ‘om o dispostiv em eral, fo com = nazraliva em geraly mas com as ‘Pereonagens do ne, ut ssunto ha bastante tempo nant fora dos mites {do pensamento cinematogrdico pelo anti-humanismo tric, Ume ste de testicos, como, por exempl, Murzay Smith (1995), Ed Tan (1996) ¢ 0s 260 Papi estore calboradores em Panionate views: Thinking abou fbn and emotions (1998) txploraram ae possbdades do cogaitivismo ma inwstgaeao das respostas ‘tocionais ao cinema Em Moving acre A ew theory fi genres fongs land cognition, Torben Kragh Grodsl edie & pra slog da rcepg20 netatogetics, agueesapecto da experinca cnematogeitia que nos eva Sfitmar que um Eline “ap di calatrios na epi ou fer nosso "eoragdo para’ Nas palaveas de Grodal ‘A caperincs cnn & cota por ms malice de {tvdader nso lon nid cpt ata age €0 0%, sae men ape hit, gue eer em nossa meni ‘km dan noma ema corse pele avaos em enpatincom {tutes destin com able do pugs cn Barco ses (997, p) coal reeita aftrmasto de Bordwell de que a compreensto do ines €tericamente separve ds Fespodta emociona, ustentando ue 0s Seotimentor «emotes so apectos to objetivo da constso interna da fala quanto copies" (iid p. 40). Grodal também questions vida de ‘quea teoracopntivisa do cinema seria adequada io -somente aos processos ‘acionais a0 passo que os métodos pscanaltcossiam mais apropriados pera explcer as respostas no saclonais como as emogbes. As emogies, ele fsnaiaacertndamente, “no so Forgas ieraciona mas, sim, “mmotivadores ds cognigto © das possves ages resultantes™ Grodal dscrimina uma ‘iraq ascendente de respons, cada qual com umm potencal de prodgio de emogdes (1) a prcepso visual de lnhas e figuras; (2) a assocagoes de fmeméria que tm logar nos arquvos ceebrais (3) @ constragao de uma ices « (A) 8 Identficagio com a= personagens, oasionando diversas eagBen posives (a) reposts ttca (Yltadas a um objetivo) volontiias: (fb) sespostasparstlcas(semivoluntiriag): (e)respostas ivoluntarias auténomas (ro, choo). ‘A viradscogntivist ume a métndos sete 01 motvada por sux fadign com »especlago torca“delirante’, com afrmagocsaudacioas sem ‘apoio em fatose conta impacsve politzagao da scree theory. Como parte dessa busca pelo centifico,«teorit cognitivin priviegia ue vocsbulrio Aiferencindo, com destaque para termos como “esquemas’ "dados visuals, “coondenadas neuopeicolica, “processmento de imagens” "prspecivas Introduce & teria do sina 269 volts" “fnologia da respi ea reclasiicag cogitvo-hedonica do ‘nimalo”(Grodel 1997, p 102). Porém, em sun revolta contra a ammbigto Intelecaa,o ognitivsoo por vee corte o risa oposto de reducionsmo, de suger que 4 experincia cinematogriica Taada mas €* que uma resposts fsioligics eum procensiment cognitive. ‘Murray Smith (1995) substitui 0 conceito psicanalitico de \dentiagao (senvolvido por Met, Muley, Heath e muitos outos) plo conceto de engajamento. Si prope wna iil dsineao entre tts ales ‘de engsjmento, Com base em uma dango de Richard Wollein em The ‘veal of ie (2988) entee imaginaco “central” aceateal” « exetando 9 “que considera uma fils dintomi entre cogmtio eo motivo, post rts ives de engajamento imaginative, que juntos constituem uma “esteuura de ‘Smipais: (1) reconhecimento (9 constrio erpetatoral das pesonagent ‘como agentes com individlidade e contindidadels (2) alinhamento (0 proceso no qual os espectadors so colocados ena rego congruente de ‘cono ts agbes a0 conecimento aor entimentor dena personage) (3) Sideldado (a adesto cognitive eaeva aos valores ea ponta de vita moral de uma persenagem). De acoréo com Smith, os tebrcos Frequentemente

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