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Toda vez que comparamos a situação econômica de diferentes países nos vêm à cabeça o crescimento
e o desenvolvimento econômico. São temas de grande relevância principalmente no que tange ao
planejamento macroeconômico. É assunto instigante debatido entre as diversas correntes do
pensamento econômico. Mas o que é desenvolvimento econômico? Qual sua real importância e o que
é necessário para sua realização?
Já desenvolvimento econômico vai mais além. Este conceito está atrelado às mudanças qualitativas
nas condições de vida da sociedade, na qualidade e eficiência das instituições e também das estruturas
produtivas do País. Visa ainda, como principal elemento, a melhoria no nível de bem-estar. Pensar em
desenvolvimento econômico é pensar em modernidade, em mão de obra qualificada e valorizada, em
inovações tecnológicas produzidas por empresas domésticas, em eficiência da estrutura produtiva e
também governamental.
O desenvolvimento econômico depende do crescimento econômico. Este último deve gerar condições
para o aumento do nível real de renda per capita. Só assim é possível a população mais carente
conseguir melhorar o padrão de vida, gerando melhoria no nível de bem-estar da sociedade. Assim, o
crescimento da economia é o fio condutor para redução da pobreza.
Os países emergentes estão tendo dificuldades para se adaptar aos preços baixos das commodities.
Estes países dependem das exportações de tais produtos. A desaceleração da economia chinesa, além
da lenta recuperação das economias avançadas, dificulta os países em desenvolvimento de crescerem
e vislumbrarem melhorias na redução do nível de pobreza.
Somado a tudo isso, o Brasil passa por momento de recessão. O PIB per capita deve registrar queda.
Acumulamos, assim, o terceiro ano consecutivo de baixa. Desta forma, a expectativa da renda per
capita para este ano também é de redução. Ou seja, estamos diante do empobrecimento da
população.
Reverter este quadro exige sacrifícios e transparência. O que se espera são mudanças de cunho
estrutural. Mas não vislumbrando o curto prazo, ou seja, as próximas eleições.
O crescimento deve vir acompanhado da melhoria do nível de renda real da população e não da
concentração desta renda.
Ao longo de muitos anos, a sociedade brasileira acompanhou a concentração de renda em uma
camada muito pequena da população, tornando, assim, o mercado interno pequeno. Talvez este seja
o principal motivo por não sermos desenvolvidos. Não é o tamanho da população de um país que faz
com que seu mercado seja grande, mas sim a renda da população.
A esperança que nos resta é a de o Brasil criar um projeto em que a base do desenvolvimento
econômico seja construída. Para isso, o crescimento econômico é urgente.