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A Razão

Elice, Fabrício, Graziela, Nilton e


Priscila
Livro
Título: Um convite à Filosofia

Unidade 2: A Razão

Autora: Marilena Chauí

Ano de publicação: 2000

Editora: Ática (SP)


Objetivo
Explanar sobre a Unidade 2, intitulada “A Razão” do livro
“Um convite à filosofia” de Marilena Chauí.
Capítulo 1: A Razão (Graziela)
Vários sentidos da palavra razão
Coração Pirata 10 Minutos
Roupa Nova Ana Carolina
Composição: Nando - Aldir Blanc
Por que você não atende
as minhas ligações?
Levo a vida como eu quero Sei que você tem lá suas
Estou sempre com a razão razões
Eu jamais me desespero Olho milhões de vezes sua
Sou dono do meu coração
foto
Me pergunto em que ponto
perdemos o foco
Nessa frase, as palavras razões e razão não têm o
mesmo significado, indicando coisas diversas. Razões
são os motivos do coração, enquanto razão é algo
diferente de coração; este é o nome que damos para as
emoções e paixões, enquanto “razão” é o nome que
damos à consciência intelectual e moral.

A frase de Pascal pode ser traduzida da seguinte maneira: Nossa vida emocional
possui causas e motivos (as “razões do coração”), que são as paixões ou os
sentimentos, e é diferente de nossa atividade consciente, seja como atividade
intelectual, seja como atividade moral.
Capítulo 2: A atividade racional
A Filosofia distingue duas grandes modalidades da atividade
racional: a intuição (ou razão intuitiva) e o raciocínio (ou
razão discursiva).

Em latim, intuitos significa: ver. A intuição é uma visão


direta e imediata do objeto do conhecimento, um contato
direto e imediato com ele, sem necessidade de provas ou
demonstrações para saber o que conhece.
A razão intuitiva pode ser de dois tipos:

A intuição sensível ou empírica

1- A intuição sensível ou empírica é psicológica, isto é,


refere-se aos estados do sujeito do conhecimento
enquanto um ser corporal e psíquico individual - sensações,
lembranças, imagens, sentimentos, desejos e percepções
são exclusivamente pessoais.
2- A intuição intelectual é o conhecimento direto e
imediato dos princípios da razão (identidade, contradição,
terceiro excluído, razão suficiente), das relações necessárias
entre os seres ou entre as idéias, da verdade de uma idéia
ou de um ser.
A atividade racional discursiva

Como a própria palavra indica, discorre, percorre uma


realidade ou um objeto para chegar a conhecê-lo, isto é,
realiza vários atos de conhecimento até conseguir captá-lo. A
razão discursiva ou o pensamento discursivo chega ao objeto
passando por etapas sucessivas de conhecimento,
realizando esforços sucessivos de aproximação para chegar
ao conceito ou à definição do objeto.
Razão discursiva ou o raciocínio

O raciocínio é o conhecimento que exige provas e


demonstrações e se realiza igualmente por meio de provas e
demonstrações das verdades que estão sendo conhecidas
ou investigadas. Não é um ato intelectual, mas são vários
atos intelectuais internamente ligados ou conectados,
formando um processo de conhecimento.
Quando, porém, um raciocínio se realiza em condições
tais que a individualidade psicológica do sujeito e a
singularidade do objeto são substituídas por critérios de
generalidade e universalidade, temos a dedução, a indução
e a abdução.
Dedução

A dedução é um procedimento pelo qual um fato ou objeto


particulares são conhecidos por inclusão numa teoria geral.
Costuma-se representar a dedução pela seguinte fórmula:

Todos os x são y (definição ou teoria geral);

A é x (caso particular);

Portanto, A é y (dedução).
Exemplos:

Todos os homens (x) são mortais (y);

Sócrates (A) é homem (x);

Portanto, Sócrates (A) é mortal (y).


2.Todos os metais (x) são bons condutores de eletricidade
(y);

O mercúrio (A) é um metal (x);

Portanto, o mercúrio (A) é bom condutor de eletricidade (y).


A indução

Realiza um caminho exatamente contrário ao da dedução.


Com a indução, partimos de casos particulares iguais ou
semelhantes e procuramos a lei geral, a definição geral ou a
teoria geral que explica e subordina todos esses casos
particulares.
A dedução e a indução são conhecidas com o nome de
inferência, isto é, concluir alguma coisa a partir de outra já
conhecida.
A abdução

O filósofo inglês Peirce considera que, além da dedução e


da indução, a razão discursiva ou raciocínio também se
realiza numa terceira modalidade de inferência, embora esta
não seja propriamente demonstrativa. Essa terceira
modalidade é chamada por ele de abdução.
É a busca de uma conclusão pela interpretação racional de
sinais, de indícios, de signos.
Realismo e idealismo
Capítulo 3: A razão: inata ou adquirida (Fabrício)
Inatismo ou Empirismo?

De onde vieram os princípios racionais? De onde veio a capacidade para a


intuição e para o raciocínio? Nascemos com eles ou nos seriam dados pela
educação e pelo costume? Seriam algo próprio dos seres humanos,
constituindo a natureza deles, ou seriam adquiridos pela experiência?
Durante séculos, a filosofia ofereceu duas respostas a essas perguntas. A
primeira ficou conhecida como Inatismo e a segunda como Empirismo.
O Inatismo afirma que ao nascermos trazemos em nossa inteligência não só
os princípios racionais, mas também algumas idéias verdadeiras, que, por
isso, são ideias inatas.

O empirismo, ao contrário, afirma que a razão, com seus princípios, seus


procedimentos e suas idéias, é adquirida por nós pela experiência.
O INATISMO
Dois grandes filósofos são defensores da idéia de Inatismo, o grego Platão e o
filósofo francês Descartes.

As obras mais conhecidas de Platão defendendo o inatismo são o Mênon e a


República.

No Mênon, Sócrates, através de um diálogo com um escravo analfabeto,


fazendo-lhe perguntas certas na hora adequada, consegue que o jovem
escravo demonstre sozinho um difícil teorema de geometria sem jamais ouvir
falar da mesma.
Na República, Platão desenvolve uma teoria que já fora esboçada em Mênon:
a teoria da reminiscência. Nascemos com a razão e as ideias verdadeiras, a
filosofia nada mais faz do que nos relembrar essas idéias. Para explicar a
teoria da reminiscência, o filósofo narra o Mito de Er.

“Conhecer é recordar a verdade


que já existe em nós; é
despertar a razão para que ela
se exerça por si mesma.”
No inatismo cartesiano, Descartes discute a teoria das ideias inatas em várias
de suas obras, as exposições mais conhecidas são encontradas no Discurso
do método e nas Meditações metafísicas.

Idéias adventícias: são aquelas que se originam de nossas sensações,


percepções e lembranças.

Idéias fictícias: são as que criamos em nossa fantasia e imaginação por meio
de idéias que estão em nossa memória

Idéias Inatas: aquelas que não poderiam vir de nossa experiência sensorial e
nem de nossa fantasia.
O EMPIRISMO
Empiristas Ingleses: Francis Bacon, Thomas Hobbes, John Locke, George
Berkeley e David Hume.

O que dizem os empiristas? Nossos conhecimentos começam com a


experiência dos sentidos. As sensações se reúnem e formam uma percepção,
ou seja, percebemos uma única coisa ou um único objeto que nos chegou por
meio de várias e diferentes sensações.

As percepções por sua vez se combinam ou se associam. A associação pode


se dar por três motivos: semelhança, proximidade ou contiguidade espacial e
por sucessão temporal.
As ideias, trazidas pela experiência, isto é, pela sensação, pela percepção e
pelo hábito, são levadas à memória onde a razão as apanha para formar os
pensamentos. A experiência escreve e grava em nosso espírito as idéias, e a
razão vai associá-las combiná-las ou separá-las, formando todos os nossos
pensamentos, por isso David Hume dirá que a razão é o hábito de associar
idéias, seja por semelhança ou diferença. O exemplo mais importante
oferecido por Hume para mostrar como formamos hábitos racionais é o da
origem do princípio da causalidade.
Com Hume. já não se pode admitir o conceito de universalidade e
necessidade pretendidas pela razão. O universal é apenas um nome ou uma
palavra geral que usamos para nos referir à repetição de semelhanças
percebidas e associadas. O necessário é apenas um nome ou uma palavra
geral que usamos para nos referir à repetição das percepções sucessivas no
tempo. O universal, o necessário e a causalidade são meros hábitos psíquicos.
Capítulo 4: Os problemas do inatismo e do
empirismo
Inatismo e empirismo:questões e respostas

A razão enfrenta problemas sérios quanto à sua intenção de ser


conhecimento universal e necessário da realidade, com consequência de
conflitos e impasses entre o inatismo e o empirismo, surgiu na filosofia a
tendência ao ceticismo, com isso passou a duvidar de que o conhecimento
racional, como conhecimento certo, verdadeiro e inquestionável, seria
possível.
A solução de Leibniz no século XVII
Leibniz estabeleceu uma distinção entre verdades de razão e verdades de
fato.

As verdades de razão enunciam que uma coisa é o que ela é, necessária e


universalmente, não podendo de modo algum ser diferente do que é e de
como é, o exemplo mais evidente são as ideias matemáticas.
Capítulo 5: A razão na filosofia contemporânea
(Elice)
Considerações Finais
Referência
CHAUÍ, M.S. Convite à filosofia. 3ª ed. São Paulo: Ática;
2000.

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