Professional Documents
Culture Documents
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de março de 2014 pliniotomaz@uol.com.br
Capítulo 5
Microdrenagem
“A natureza nunca quebra as suas leis”
Leonardo da Vinci
Introdução
Uma das grandes dificuldades de se escrever sobre microdrenagem no Brasil é que até o
momento não temos normas da ABNT. As cidades, Estados, órgãos públicos, empreendedores
adotam critérios muito diferentes um dos outros, sendo difícil e até impossível de se fazer uma
padronização.
Outra dificuldade é o período de retorno a ser adotado e recomendamos Tr=25anos e em
lugares como hospitais adotar Tr=50anos.
Outro problema é que não há padronização das bocas de lobo e das alturas das guias sendo
que cada problema tem que ser resolvido separadamente.
As aberturas de bocas de lobo não podem superar o máximo de 0,15m, pois, causam
fatalidades e processos judiciais.
Outra indefinição é se devemos considerar o tubo de galerias de águas pluviais: y/D=1,0
(seção plena, PMSP), y/D=0,85 (EPUSP); y/D=0,80 (várias prefeituras, autor); y/D=0,75 (esgotos
sanitários ABNT) ou y/D=0,67 (2/3 águas pluviais prediais ABNT).
Com o problema de deposição de sedimentos não-coesivos e coesivos podemos adotar o
criterio da tensão trativa minima de 2 N/m2 ou velocidade minima de 0,75m/s. para qualquer
relação y/D de uma tubulação de concreto.
Plinio Tomaz
Engenheiro civil
5-2
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
SUMÁRIO
Capítulo 5-Microdrenagem
Ordem Assunto
5.1 Introdução
5.2 Gradiente de energia e hidráulico
5.3 Período de retorno e altura da água na sarjeta
5.4 Galerias de águas pluviais no Brasil
5.5 Formula de Manning para secção circular plena
5.6 Dimensionamento de galeria circular parcialmente cheia
5.7 Boca de lobo sem depressão e altura da lâmina da água é menor que a abertura da guia
5.8 Boca de lobo com depressão
5.9 Quando a altura da água sobre o local for maior que 1,4h para boca de lobo com depressão e sem depressão
5.10 Quando a boca de lobo é uma grelha (grade)
5.11 Capacidade de escoamento superficial de uma grelha (grade)
5.12 Boca de lobo combinada com grelha
5.13 Redução de escoamento em bocas de lobo
5.14 Sarjetões
5.15 Secção parabólica
5.16 Bocas de lobo
5.17 Poços de visita
5.18 Caixas de ligação e tubos de ligação
5.19 Condutos com entrada submersa e saída submersa
5.20 Velocidade nas galerias
5.21 Tubulações
5.22 Tempo de concentração e vazões de projeto
5.23 Sarjetas
5.24 FHWA, 1996
5.25 DNIT, 2006
5.26 Declividade lateral das ruas
5.27 CIRIA, 2007
5.28 Tipos de bocas de lobo
5.29 Limitações técnicas em projetos de microdrenagem
5.30 Tempo de entrada
5.31 Vazão específica em uma sarjeta
5.32 Perdas de cargas localizadas
5.33 Riscos de enchentes
5.34 Classificação das ruas da PMSP
5.35 Tempo de concentração de Yen e Chow, 1983
5.36 Entrada de ar
5.37 Superelevação nas curvas
5.38 Ancoragens e velocidades
5.39 Rebaixamento de guias
5.40 Aquaplanagem
5.41 Dimensionamento de tubulação usando Metcalf&Eddy
5.42 Tensão trativa
5.43 Energia específica
5.44 Inclinação crítica
5.45 Número de Froude
5.46 Fórmula de Manning
5.47 Relações geométricas da seção circular
5.48 Velocidade crítica
5.49 Velocidade máxima
5.50 Bibliografia e livros consultados
103páginas
5-3
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Capítulo 5- Microdrenagem
5.1 Introdução
Primeiramente informamos que é dificil definir o que é microdrenagem. Alguns definem
salientando uma área de 120ha e outros definem como o escoamento superficial nas ruas, as bocas de
lobos e as galerias de águas pluviais. Para confundir mais o assuntos alguns definem tubos pequenos
como aqueles que conduzem no máximo 0,57m3/s e tubos grandes quando conduzem mais que
0,57m3/s. Não existe uma definição e conceito aceito por todos os especialistas.
Conforme Nicklow, 2001 quando a chuva cai sobre uma superfície pavimentada forma uma
camada de água que vai aumentando cada vez mais causando problemas no tráfego de veículos,
causando problemas de aquaplanagem e visibilidade.
Primeiramente devemos esclarecer que não existe norma da ABNT sobre galerias de águas
pluviais urbanas.
Em 1986 foi lançado pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e Companhia
de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), o livro Drenagem Urbana- manual de projeto,
elaborado pela equipe técnica do DAEE. Este livro tornou-se o padrão brasileiro de drenagem sendo
usado até hoje.
No Brasil as galerias de águas pluviais são calculadas como condutos livres com os tubos
trabalhando a: seção plena, 2/3D, 0,80D ou 0,83D.
Existem regiões como o County Clark nos Estados Unidos, que usam a água pluvial como
rede pressurizada até o máximo de 1,5m acima da geratriz superior da tubulação. Para a pressurização
é necessário que as juntas sejam estanques ao vazamento ou que pelos menos suporte até 1,5m de
pressão. Assim são usadas juntas elásticas ou juntas especiais. Nestas redes é comum se calcular os
dois gradientes, o hidráulico e de energia de modo que o gradiente de energia não saia do perfil da
vala de escavação.
Para o Brasil podemos considerar como pressurização máxima em tubos de águas pluviais de
1,20m de coluna de água.
Nas redes pressurizadas temos ampliações de rede curvas sem o uso de PVC, mas usando-se a
regra de que os poços de visita estejam no máximo a 120m de distância um do outro. Mesmo quando
se calculam redes pressurizadas existem trechos próximos do lançamento das águas pluviais como
lagos e rios em que o conduto é livre.
Na Figura (5.1) notar uma rede de águas pluviais moderna pressurizada de Clark County com
curvas e ampliações sem poços de visita trabalhando até 1,50m de pressão acima da geratriz superior
do tubo.
Dica: Recomendamos pressurização de tubos no máximo de 1,20.
O manual de projetos de hidráulica do Texas admite a utilização de galerias de águas pluviais
pressurizadas e em condutos livres, porém recomenda o uso de condutos livres salientando que o
diâmetro mínimo aconselhável de uma galeria deve ser de 600mm.
Dica: quando o conduto for forçado a água poderá chegar no máximo a 0,30m do
tampão para não haver extravasamento.
5-4
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Figura 5.2- Perfil de águas pluviais notando-se as linhas de energia (EGL) e a linha
piezométrica (HGL).
Fonte: Clark County
Na Figura (5.3) podemos verificar as linhas de energia e a linha piezométrica num conduto
pressurizado que correspondem em inglês a Energy grade line (EGL) e Hydraulic grade line (HGL).
5-5
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Figura 5.3- Linha de energia (EGL) e Linha Piezométrica (HGL) para condutos forçados
Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Dren05.html
5-6
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
A linha de energia não poderá ser superior ao poço de visita de uma galeria e nem passar do
nível do terreno.
Conduto forçado
Mays, 2001 salienta e mostra na Figura (5.5) que as redes pressurizadas possuem a linha de
carga (EGL) de maneira que estão acima do grade conforme parte superior da figura e que trabalham
como condutos forçados. As galerias de águas pluviais devem trabalhar como conduto livre conforme
a parte de baixo da figura. A pressão máxima recomenda é de 1,20m.
Conforme Douglas County, 2006 em rede pressurizada o nível da água no ponto mais
desfavorável deve ficar no máximo a 0,30m da nível do tampão de visita.
Figura 5.5- Linha piezométrica e linha de carga em uma tubulação de águas pluviais
Fonte: Mays, 2001
5-7
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Região litorânea
Em região litorânea onde a variação da maré é muito grande as tubulações de águas pluviais
deverão ser calculadas como conduto livre e conduto forçado. O mesmo conceito deve ser usado
quando em lançamento em rios com grande variação de nível de água.
Como conduto forçado é usado a fórmula de Hazen-Willians limitando a velocidade ao
máximo de 1,50m/s.
10,643 . Q 1,85
J = -----------------------
C1,85 . D4,87
Sendo:
J= perda de carga em metro por metro (m/m);
Q= vazão em m3/s;
C= coeficiente de rugosidade da tubulação de Hazen-Willians;
D= diâmetro em metros.
A perda de carga no lugar mais desfavorável normalmente é adotado como 0,30m, isto é,
deverá haver uma folga no último poço de visita de no mínimo 0,30m para que quando chova e a
maré estiver alta haja escoamento.
5-8
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Período de retorno
Em microdrenagem é comum adotar-se períodos de retorno 25anos e em macrodrenagem de
100anos. A Prefeitura de Porto Alegre adota Tr=10anos.
Devemos salientar que mesmo em microdrenagem quando adotamos período de retorno de
25anos, poderá haver trechos ou ruas em uma cidade em que teremos que adotar Tr=50anos.
Na Inglaterra devido às mudanças climáticas os projetos de microdrenagem conforme CIRIA,
2007 são feitos para período de retorno de 30anos e em rios e canais Tr=200anos.
Dica: para o Brasil devemos adotar o período de retorno de 25anos para microdrenagem.
5-9
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Tabela 5.1-Preços médios de material e mão de obra de tubos de concreto para águas
pluviais
Diâmetro Preço de Material e Mão de obra
(m) US$/metro
0,30 18
0,40 33
0,50 35
0,60 44
0,80 71
1,00 111
1,20 166
1,50 226
Nota: 1US$= 1,75 (17/2/2008)
Acima do diâmetro de 1,50m usam-se aduelas de concreto padronizadas pela norma da ABNT
NBR 15396. A largura e altura das aduelas variam de 1,00m até 4,0m sendo a junta de encaixe tipo
macho-fêmea.
Q= vazão (m3/s);
A= área molhada da seção (m2)
R= raio hidráulico (m);
S= declividade (m/m).
Para seção circular plena R=D/4 temos:
V= (1/n) x 0,397x (D 2/3) (S ½) (Equação 5.1)
Q= (1/n) x 0,312 x (D 8/3) (S ½) (Equação 5.2)
D = (Q . n )/ ( 0,312 . S1/2)3/8 (Equação 5.3)
Sendo:
V= velocidade (m/s);
R= raio hidráulico (m);
S= declividade (m/m);
n= coeficiente de rugosidade de Manning;
D= diâmetro do tubo (m);
Q= vazão (m3/s).
Exemplo 5.1-
Dado a declividade S=0,007 m/m n=0,025 D=1,5m. Achar a velocidade média.
Usando a Equação (5.1) temos:
V= (1/n) x 0,397x (D 2/3) (S ½) = (1/0,025) x 0,397x (1,5 2/3) (0,007 ½) =1,74 m/s
5-10
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Tabela 5.2 - Vazões a seção plena de tubos de concreto para águas pluviais conforme a
declividade da tubulação.
Tubos de concreto
com n=0,013 Vazões
(m3/s)
Diâmetro Declividades da tubulação
0,50% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%
(cm) (m) 0,005 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1
30 0,3 0,07 0,10 0,14 0,17 0,19 0,22 0,24 0,26 0,27 0,29 0,31
40 0,4 0,15 0,21 0,29 0,36 0,42 0,47 0,51 0,55 0,59 0,63 0,66
50 0,5 0,27 0,38 0,53 0,65 0,76 0,85 0,93 1,00 1,07 1,13 1,20
60 0,6 0,43 0,61 0,87 1,06 1,23 1,37 1,51 1,63 1,74 1,84 1,94
80 0,8 0,94 1,32 1,87 2,29 2,65 2,96 3,24 3,50 3,74 3,97 4,19
100 1,0 1,70 2,40 3,39 4,16 4,80 5,37 5,88 6,35 6,79 7,20 7,59
120 1,2 2,76 3,90 5,52 6,76 7,81 8,73 9,56 10,33 11,04 11,71 12,34
150 1,5 5,00 7,08 10,01 12,26 14,15 15,82 17,33 18,72 20,01 21,23 22,38
4.Q 4 . (5.5)
V=--------------- = -------------------- = 3,11 m/s < 5 m/s
. D2 3,14 . (1.52)
Portanto, a velocidade é 3,11 m/s que é menor que o máximo admitido de 5 m/s e é maior que
o mínimo de 0,60 m/s.
5-11
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
(m3/s) 0,005 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1
1,5 0,95 0,84 0,74 0,68 0,65 0,62 0,60 0,58 0,57 0,56 0,54
2,0 1,06 0,93 0,82 0,76 0,72 0,69 0,67 0,65 0,63 0,62 0,61
2,5 1,16 1,02 0,89 0,83 0,78 0,75 0,73 0,71 0,69 0,67 0,66
3,0 1,24 1,09 0,95 0,88 0,84 0,80 0,78 0,75 0,74 0,72 0,71
3,5 1,31 1,15 1,01 0,94 0,89 0,85 0,82 0,80 0,78 0,76 0,75
4,0 1,38 1,21 1,06 0,99 0,93 0,90 0,87 0,84 0,82 0,80 0,79
4,5 1,44 1,27 1,11 1,03 0,98 0,94 0,90 0,88 0,86 0,84 0,82
5,0 1,50 1,32 1,16 1,07 1,02 0,97 0,94 0,91 0,89 0,87 0,86
5,5 1,55 1,36 1,20 1,11 1,05 1,01 0,98 0,95 0,92 0,90 0,89
6,0 1,61 1,41 1,24 1,15 1,09 1,04 1,01 0,98 0,95 0,93 0,92
6,5 1,65 1,45 1,28 1,18 1,12 1,07 1,04 1,01 0,98 0,96 0,94
7,0 1,70 1,49 1,31 1,22 1,15 1,10 1,07 1,04 1,01 0,99 0,97
7,5 1,75 1,53 1,35 1,25 1,18 1,13 1,10 1,06 1,04 1,02 1,00
8,0 1,79 1,57 1,38 1,28 1,21 1,16 1,12 1,09 1,06 1,04 1,02
8,5 1,83 1,61 1,41 1,31 1,24 1,19 1,15 1,12 1,09 1,06 1,04
9,0 1,87 1,64 1,44 1,34 1,27 1,21 1,17 1,14 1,11 1,09 1,07
9,5 1,91 1,68 1,47 1,36 1,29 1,24 1,20 1,16 1,13 1,11 1,09
10,0 1,94 1,71 1,50 1,39 1,32 1,26 1,22 1,19 1,16 1,13 1,11
5-12
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
10,5 1,98 1,74 1,53 1,42 1,34 1,29 1,24 1,21 1,18 1,15 1,13
11,0 2,02 1,77 1,55 1,44 1,36 1,31 1,26 1,23 1,20 1,17 1,15
11,5 2,05 1,80 1,58 1,46 1,39 1,33 1,29 1,25 1,22 1,19 1,17
12,0 2,08 1,83 1,61 1,49 1,41 1,35 1,31 1,27 1,24 1,21 1,19
12,5 2,11 1,86 1,63 1,51 1,43 1,37 1,33 1,29 1,26 1,23 1,21
13,0 2,15 1,88 1,65 1,53 1,45 1,39 1,35 1,31 1,28 1,25 1,22
13,5 2,18 1,91 1,68 1,56 1,47 1,41 1,37 1,33 1,29 1,27 1,24
14,0 2,21 1,94 1,70 1,58 1,49 1,43 1,38 1,35 1,31 1,28 1,26
14,5 2,24 1,96 1,72 1,60 1,51 1,45 1,40 1,36 1,33 1,30 1,27
15,0 2,26 1,99 1,75 1,62 1,53 1,47 1,42 1,38 1,35 1,32 1,29
15,5 2,29 2,01 1,77 1,64 1,55 1,49 1,44 1,40 1,36 1,33 1,31
16,0 2,32 2,04 1,79 1,66 1,57 1,51 1,46 1,41 1,38 1,35 1,32
16,5 2,35 2,06 1,81 1,68 1,59 1,52 1,47 1,43 1,40 1,36 1,34
17,0 2,37 2,08 1,83 1,70 1,61 1,54 1,49 1,45 1,41 1,38 1,35
17,5 2,40 2,11 1,85 1,71 1,62 1,56 1,51 1,46 1,43 1,40 1,37
18,0 2,42 2,13 1,87 1,73 1,64 1,57 1,52 1,48 1,44 1,41 1,38
Nota: 1) deverá ser verificado a velocidade que deverá menor ou igual a 5m/s.
2) Deverá ser escolhido o diâmetro comercial existente.
5-13
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5.7 Boca de lobo sem depressão e altura da lâmina da água é menor que a abertura da guia.
Quando a água se acumula sobre a boca de lobo, gera uma lâmina de água com altura menor
do que a abertura da guia conforme Figura (5.6).
Figura 5.6- Boca de lobo com altura da lâmina menor que a abertura da guia
Fonte: DNIT, 2006
Esse tipo de boca de lobo pode ser considerado um vertedor e a capacidade de engolimento
conforme FHWA, 1996 será:
Sendo:
Q= vazão de engolimento (m3/s);
L=comprimento da soleira (m);
y=altura de água próxima a abertura da guia (m) sendo y≤ h.
O valor de y dever ser:
y≤h
Exemplo 5.5
Dimensionar uma boca de lobo para uma vazão de 94 L/s na sarjeta e uma lâmina de água de
0,13 m.
Da Equação (5.7) temos:
Q = 1,60 . L . y1,5
tiramos o valor de L e teremos:
L=( Q/1,60 ) / y1,5
L=(0,094/1,60)/(0,13)1,5
L=1,25 m
Portanto, haverá necessidade de um comprimento de 1,25 m de soleira. Pode-se adotar duas
bocas de lobo com abertura L=0,80m cada e guia com h=0,15m.
Dica: para ruas com declividade até 5% recomenda-se a utilização de bocas de lobo simples,
isto é, sem depressão, dependendo da vazão a ser captada (DAEE, 1980)
Exemplo 5.6
Qual a vazão de engolimento de uma boca de lobo com comprimento de 0,80m e altura do nível de
água y=0,13m
Q = 1,60 . L . y1,5
5-14
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Na Tabela (5.12) estão a quantidade de bocas de lobos de acordo com a vazão. Assim para 2
bocas de lobo pode ser engolido 120 L/s.
Tabela 5.12- Vazão em função do comprimento da boca de lobo com altura da lâmina de água
y=0,13m
Quantidade de boca de lobo Vazão na boca de lobo
(L/s)
1 50
2 100
3 150
4 200
Exemplo 5.7
Dimensionar a vazão de uma boca de lobo modelo Alphaville com L=1,50m de comprimento e altura
de 0,045m e nível de água y=0,045m
Q = 1,60 . L . y1,5
Q = 1,60 x 1,50x 0,0451,5 = 0,023= 23 L/s
Dica: a abertura máxima de uma boca de lobo deve ser de 0,15m conforme Haestad Method,
2002.
Exemplo 5.8
Dimensionar a vazão de uma boca de lobo com depressão de 0,05m com L=0,80m de comprimento e
altura de nível de água de 0,13m, sarjeta com W=0,60m e altura livre de h=0,15m.
Qi= 1,25 (L + 1,8 W) y 1,5
O valor de y deve ser menor que:
y≤h+a
y ≤ 0,15 + 0,05=0,20
Como y>0,15 não é aconselhável fazer o rebaixo.
Exemplo 5.9
5-15
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Dimensionar a vazão de uma boca de lobo tipo Alphavile com depressão de 0,05m com vão livre
L=1,50m e altura de nível de água de 0,045m, sarjeta com W=0,45m e altura h=0,045m. A altura da
sarjeta é 0,075m.
Qi= 1,25 (L + 1,8 W) y 1,5
O valor de y deve ser menor que:
y≤h+a
y ≤ 0,045 + 0,05=0,095m
Adoto y=0,0795m
Exemplo 5.10
Dimensionar a vazão de uma boca de lobo tipo Alphavile com depressão de 0,105m com vão livre
L=1,50m e altura de nível de água de 0,045m, sarjeta com W=0,45m e altura h=0,045m. A altura da
sarjeta é 0,075m.
Qi= 1,25 (L + 1,8 W) y 1,5
O valor de y deve ser menor que:
y≤h+a
y ≤ 0,045 + 0,105=0,15m
Adoto y=0,15m
Qi= 1,25 (1,50 + 1,8 x 0,45) 0,151,5=0,167 m3/s= 167 L/s
5.9 Quando a altura da água sobre o local for maior do que 1,4.h para boca de lobo com
depressão ou sem depressão.
A boca de lobo irá funcionar como um orifício quando a altura da água for maior que 1,4 a
altura livre h da boca de lobo conforme Nicklow, 2001 conforme Figura (5.1a) .
Qi= 0,67 x Ag [ 2g (di – h/2)] 0,5
Sendo:
Qi= vazão de engolimento da sarjeta com ou sem depressão (m3/s)
Ag= área efetiva da abertura da boca de lobo (m2)
g= aceleração da gravidade =9,81m/s2
h= altura da abertura na boca de lobo (m) incluso depressão.
di= altura do nível de água incluso a depressão (m) conforme Figura (5.7)
5-16
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Quando a depressão for como a Figura (5.1bc) teremos conforme FHWA, 1996 a equação do
orifício
Qi= 0,67 . h.L + (2.g. do)0,5 (Equação 5.8)
Sendo:
Qi= vazão de engolimento da boca de lobo (m3/s);
L=comprimento da abertura da boca de lobo (m);
h= abertura da garganta conforme Figura (5.1b.c)
g= aceleração da gravidade= 9,81m/s2
do= carga efetiva no centro do orifício (m)
Exemplo 5.11
Vamos supor uma altura de 0,25m e abertura livre da guia de 0,15m como é usual no Brasil. Calcular
a vazão máxima para L=0,80m.
Qi= 0,67 x Ag [ 2g (di – h/2)] 0,5
Figura (5.1a)
di= 0,25m
y> 0,15 x 1,4=0,21m
Ag= 0,15 x 0,80=0,12m2
Qi= 0,67 x 0,12 [ 2x9,81 (0,25 – 0,15/2)] 0,5 = 0,15m3/s
Com fator de redução f=0,80.
Qi =0,8 x 0,15= 0,12m3/s
5-17
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Sendo:
Q= vazão em m3/s;
A= área da grade excluídas as áreas ocupadas pelas barras em m2;
y= altura de água na sarjeta sobre a grelha.
O DNIT, 2006 aconselha que na faixa entre 12cm e 42cm a escolha de y deve ser adotada pelo
projetista dependendo da sua experiência.
O comprimento mínimo L (m) da grelha paralela a direção do fluxo da água para permitir que
a água caia pela abertura é determinado pela equação da ASCE, 1992 conforme Chin, 2000.
L =0,91 V ( t + y) 0,5
Sendo:
L= comprimento mínimo da grelha paralelo ao fluxo (m)
V= velocidade média da água na sarjeta (m/s)
t= espessura da grelha de ferro (m)
y= altura da água sobre a grelha (m)
5-18
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
O FHWA, 1996 mostra que uma grade de 60cm x 60cm intercepta 0,085m 3/s com declividade
da rua de 2% e declividade transversal de 3%.
Exemplo 5.12
Calcular a vazão numa grelha articulada de ferro dúctil Classe C 250 com ruptura maior que 150 kN
com base de apoio em três lados (Saint Gobain) com 0,90m x 0,40m com espessura de 0,08m, área
livre 1340cm2 e espaçamento de 0,04m entre as barras para altura de água 0,13m.
Q = 1,66 . P . y1,5
Q = 1,66 . P . 0,131,5 =0,0778 P
Como a grade tem comprimento de 0,90m e largura 0,40m o perimetro dela P não deverá
considerar o trecho adjacente a boca de lobo. Entao teremos:
P= 0,90 + 2 x 0,40= 1,70m
Q =0,0778 P
Q = 0,0778 x 1,70= 0,132m3/s= 132 L/s
Usando fator de correção f=0,50 teremos:
Q= 132 x 0,50= 65 L/s
Portanto, a grelha com altura de água de 0,13m poderá captar 65 L/s.
Dica: uma grelha de ferro pode captar normalmente 132 L/s de águas pluviais.
5-19
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-20
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Vamos seguir o modelo de Stein et al, 1999 que é o mesmo modelo o FHWA, 1996.
Eo= Qw/Q= 1 – ( 1- W/T) 2,67
Sendo:
Eo= razão da vazão frontal da sarjeta
W= largura da grade ou largura da sarjeta (m)
Qw= vazão na largura (m3/s)
T=largura de água na sarjeta da seção triangular (m)
Q= vazão total na sarjeta (m3/s)
Sendo escolhido o tipo de grade que queremos, obtém-se a velocidade crítica entrando com
0,90m e velocidade 2,4m/s s obtermos Rf=0,81.
5-21
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
As Figuras (5.12) e (5.10) são grades combinadas com bueiros conforme FHWA, 1996.
5-22
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
‘
Figura 5.13- Boca de lobo e grade combinadas
Fonte: FHWA, 1996
5.12 Boca de lobo combinada com grelha
Pode ser combinada uma boca de lobo com uma grelha conforme FHWA, 1996. Seguindo a
direção do fluxo da água a grade vem depois da boca de lobo.
O trabalho conjunto da grade e da boca de lobo é o funcionamento de um orifício;
Qi= 0,67 Ag (2g y) 0,5 + 0,67 h L (2g do)0,5
Sendo:
Qi= vazão de engolimento da boca de lobo e da grade (m3/s)
Ag= área livre da grade (m2)
g= 9,81m/s2
y= altura do nível de água na sarjeta (m)
h= altura da abertura da boca de lobo (m)
L= comprimento da boca de lobo (m)
do= profundidade efetiva do centro da abertura do orifício da boca de lobo (m)
Pode haver entupimento da grade que normalmente chega a 50% e podendo entupir
completamente.
5-23
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Exemplo 5.16
Uma boca de lobo para y=0,13m e largura de 0,80m pode captar teoricamente 64 L/s.
Aplicar a redução da capacidade relativo a Tabela (5.14) para boca de lobo simples.
Na Tabela (5.14) achamos fator de redução de f=0,80.
Q= 64 L/x x 0,80= 50 L/s
Sendo:
C= fator de clogging final
Co= fator de clogging de uma única boca de lobo ou única grelha.
e= coeficiente de decréscimo, sendo 0,5 para grade e 0,25 para boca de lobo
Exemplo 5.17
Calcular o fator de redução final para três bocas de lobo N=3, sendo que o fator de redução de
uma boca de lobo Co=0,10 conforme Denver, 2002.
5-24
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
C= Co/ [ N x (1-e)]
C= 0,10/ [ 3x (1-0,25)]=0,04
Portanto, o fator de clogging final é 0,04, ou seja, 4%. Devemos multiplicar a vazão total de
engolimento das três bocas de lobo por 0,96.
5.14 Sarjetões
Nos cruzamentos, serão instalados sarjetões necessários, para orientar o sentido de
escoamento superficial das águas. Tal procedimento permite o desvio do excesso de vazão em
determinada rua para outra com capacidade de escoamento superficial ociosa, de forma a minimizar a
quantidade de galerias.
O sarjetão pode ser calculado da mesma maneira que duas sarjetas conforme Figura (5.15).
5-25
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-26
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Uma boca de lobo tem geralmente a largura da guia que é de 1,00m. A outra dimensão
perpendicular a rua é de 0,60m e a profundidade é sempre maior que 0,60m sendo na maioria dos
casos 0,80m ou 1,00m.
As bocas de lobo são construídas em alvenaria de tijolos ou de bloco de concreto estrutural.
No Brasil não temos normas e nem definições municipais claras a respeito do lançamento de
águas pluviais provinda de um edifício. Alguns regulamentos de cidades americanas limitam que o
lançamento das águas pluviais de um terreno ou edifício em uma via pública não deve ser superior
ao limite da boca de lobo existente. Assim se uma boca de lobo tem o limite de 50litros/segundo,
nenhum terreno ou edifício poderá lançar diretamente nas vias pública a vazão maior que a fixada.
5-27
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
O poço de visita para manutenção e inspeção usado em galerias de águas pluviais geralmente
são de alvenaria de tijolos ou alvenaria de bloco estrutural. Sendo de modo geral de seção quadrada
de 1,5m x 1,5m e assentado sobre base de concreto com armação de ferro. Faz-se também colunas
nos quatro cantos e cintas de amarração. O tampão é de ferro fundido dúctil com diâmetro de 0,60m
ou 0,80m conforme a exigência municipal.
Antigamente usava-se vergalhões de ferro para elaboração de escadas, mas com o tempo as
mesmas iam se enferrujando e quebravam-se com o peso do trabalhador. Algumas cidades usam
degraus feitos de materiais de aluminio e outras não usam nenhum alternativa, pois os operários são
descidos manualmente com cinto amarrado pelo cinto.
Em ruas com muita declividade é usual na prática fazer o espaçamento das bocas de lobo e
dos poços de visita de 20m. Nas ruas com menos declividade o espaçamento é maior passando para
40m.
Dica: o espaçamento entre poços de visita deverá ser de 50m conforme recomendação de Paulo
Sampaio Wilken página 464 do livro Engenharia de Drenagem Superficial.
5-28
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Caixas de ligação
São caixas que recebem os tubos de ligação onde estão as bocas de lobo. São caixas mortas
onde o poço de visita não é visitável conforme Figura (5.20). Possuem uma tampa de concreto que
pode ser retirada após o rompimento da pavimentação e escavação.
O objetivo de se fazer as caixas de ligação é a economia no poço de visita, mas a tendência da
mesma é de não ser mais executada e sim um poço de visita.
5-29
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-30
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Tubo de ligação
O tubo de ligação pode ser calculado da maneira mostrada acima ou através de torre de
tomada de agua com descarregador de fundo e o resultado é praticamente o mesmo.
No exemplo acima a seção de controle será na entrada e a velocidade V=1,69m/s para
vazão Q=0,120m3/s e F=1,21.
Muros de testa
Serão construídos no final das galerias, quando estas atingirem os canais a serem projetados.
Aliás, as cotas das galerias que atingirão o muro de testa, deverão ser verificadas quando os canais
forem projetados.
Seção plena
A águas pluviais serão calculadas para a seção plena embora a vazão máxima seja a 93% do
diâmetro da secção.
Em canais conforme recomendação da FHWA, 1996 deve se deixar no mínimo 0,15m de
borda livre.
A EPUSP usa 85% da seção plena para dimensionamento de galerias de águas pluviais,
conforme Microdrenagem, Drenagem Urbana de 10/outubro/ 2000 e Prefeitura Municipal de São
Paulo usa a seção plena.
Algumas cidades do Estado de São Paulo adotam y/D=0,67, igual a instalações prediais de
águas pluviais.
Adotamos para dimensionamento y=0,80D.
Portanto, em havendo vários critérios é necessário que se faça uma norma da ABNT para
padronizar os dimensionamentos.
5-31
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Velocidade na sarjeta: de modo geral a velocidade máxima nas sarjetas é de 3,5m/s podendo chegar
até 4,0m/s. Paulo Sampaio Wilken recomendava o máximo de 3,00m/s. Observar que a velocidade na
galeria de concreto é maior que a velocidade na sarjeta.
Recobrimento mínimo
Deverá ser previsto um recobrimento mínimo de 1,00m para as tubulações. Recobrimentos
inferiores eventualmente poderão ocorrer quando houver interferências com trechos da rede de
5-32
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
esgotos, porque na hipótese de se passar abaixo dessas linhas, as galerias à jusante do ponto seriam
excessivamente aprofundadas.
Profundidade máxima
Procura-se evitar ao máximo profundidade superior a 4,50m para as galerias. Eventualmente,
em cruzamentos com trechos da rede de esgotos ou em trechos curtos nos terrenos de elevadas
declividades, serão projetadas galerias com profundidade superiores a esta.
5.20 Tubulações
Os tubos das galerias serão circulares de concreto deverão obedecer a NBR 8890/ 2003 da
ABNT para Tubos de concreto de seção circular para águas pluviais e esgotos sanitários- requisitos e
métodos de ensaio. O comprimento pode ser de 1,00m ou 1,50m.
Os tubos Classe PS-1 são de concreto simples e os tubos Classe PA-2 são de concreto
armado.
As larguras das valas depende da profundidade da mesma conforme Tabela (5.14).
5-33
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5.21 Sarjetas
A sarjeta padrão de concreto tem 1,00m de comprimento, vão livre de 0,80m, altura de 0,30m,
largura de 0,15m e altura livre de 0,15m conforme Figura (5.19).
Em ruas com menor declividade usa-se somente a entrada de água com a sarjeta, mas em ruas
com maiores declividades é comum se usar também as grelhas ou grades.
Por segurança em ruas com mais declividades são feitas no mínimo bocas de lobo duplas para
garantir o engolimento das águas pluviais.
h1=0,15m
h2=0,13m
Dica: nas sarjetas a velocidade máxima deve ser menor que 3 m/s e a velocidade mínima devem
ser maior que 0,5 m/s (EPUSP, Drenagem Urbana).
Depressão:
Vamos seguir as recomendações do Texas, 2004 em que a boca de lobo pode ter depressão,
isto é, um rebaixo que varia de 25mm a 125mm.
De modo geral deve ser evitada a depressão, pois uma depressão muito grande pode não ser
segura ao trafico de veículos perda da boca de lobo.
5-34
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Exemplo 5.20
Dado a vazão Q=0,05m3/s, n=0,016 Sx=0,020m/m SL=0,010m/m. Achar T.
T=[( Q.n) / (0,376. Sx 1,67 . SL0,5)] 0,375
T=[( 0,05.0,016) / (0,376. 0,02 1,67 . 0,010,5)] 0,375 = 2,73m
5-35
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Qi= E x Q
Sendo:
Qi= vazão que entra na boca de lobo (m3/s)
Q= vazão da sarjeta (m3/s)
E= eficiência da entrada de vazão na boca de lobo. Varia de 0 a 1.
Exemplo 5.21
Se a vazão na sarjeta for de 50 L/s e a eficiência E=0,61 a vazão que entrará na boca de lobo Qi será:
Qi= E x Q
Qi= 0,61x 50= 31 L/s
A vazão que não foi interceptada Qb será:
Qb= Q – Qi= 50 – 31= 19 L/s
5-36
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Se= Sx + S´w Eo
a=depressão na boca de lobo (mm). Pode ser 25mm; 50mm ou 75mm.
S´w= a /(1000W)
W= largura da sarjeta (m)
5-37
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-38
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Exemplo 5.23- conforme FHWA, 1996 com depressão na boca de lobo de 25mm
Dada a vazão Q=0,050m3/s, declividade longitudinal de 0,01m/m, declividade transversal de 2% e
coeficiente n=0,016 calcular a eficiência E, depressão a=25mm.
A Tabela (5.20) mostra o comprimento LT para depressão de 25mm com sarjeta de 600mm,
coeficiente de Manning n=0,016 e estimativa da eficiência Eo=0,50. Notar que não fizemos o cálculo
de Eo e sim somente uma aproximação. O cálculo exato pode ser obtido baseado no Exemplo (5.15).
Tabela 5.17- Valores dos comprimentos LT para depressão de 25mm, sarjeta de 600mm,
rugosidade n=0,016 e eficiência Eo=0,50
Valores de LT em função da declividade da rua e da vazão sendo n=0,016,
depressão de 25mm, sarjeta de 600mm, estimativa da eficiência Eo=0,50.
Vazao (m3/s) 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0,035 0,04 0,045 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1
0,02 2,6 3,2 3,7 4,0 4,3 4,5 4,7 4,9 5,1 5,2 5,5 5,8 6,0 6,2 6,5
0,03 3,1 3,8 4,3 4,7 5,0 5,3 5,6 5,8 6,0 6,2 6,6 6,9 7,2 7,4 7,6
0,04 3,5 4,3 4,9 5,3 5,7 6,0 6,3 6,6 6,8 7,0 7,4 7,8 8,1 8,4 8,6
0,05 3,9 4,8 5,4 5,8 6,3 6,6 6,9 7,2 7,5 7,7 8,1 8,5 8,9 9,2 9,5
0,06 4,2 5,1 5,8 6,3 6,8 7,1 7,5 7,8 8,1 8,3 8,8 9,2 9,6 9,9 10,2
0,07 4,4 5,5 6,2 6,7 7,2 7,6 8,0 8,3 8,6 8,9 9,4 9,8 10,2 10,6 10,9
0,08 4,7 5,8 6,5 7,1 7,6 8,0 8,4 8,8 9,1 9,4 9,9 10,4 10,8 11,2 11,5
0,09 4,9 6,1 6,9 7,5 8,0 8,5 8,9 9,2 9,5 9,9 10,4 10,9 11,3 11,8 12,1
0,10 5,2 6,4 7,2 7,8 8,4 8,8 9,3 9,6 10,0 10,3 10,9 11,4 11,9 12,3 12,7
0,11 5,4 6,6 7,5 8,1 8,7 9,2 9,6 10,0 10,4 10,7 11,3 11,9 12,3 12,8 13,2
5-39
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
0,12 5,6 6,9 7,7 8,4 9,0 9,5 10,0 10,4 10,8 11,1 11,7 12,3 12,8 13,3 13,7
0,13 5,8 7,1 8,0 8,7 9,3 9,9 10,3 10,8 11,1 11,5 12,1 12,7 13,2 13,7 14,2
0,14 5,9 7,3 8,3 9,0 9,6 10,2 10,7 11,1 11,5 11,9 12,5 13,1 13,7 14,2 14,6
0,15 6,1 7,5 8,5 9,3 9,9 10,5 11,0 11,4 11,8 12,2 12,9 13,5 14,1 14,6 15,0
0,16 6,3 7,7 8,7 9,5 10,2 10,8 11,3 11,7 12,2 12,5 13,3 13,9 14,4 15,0 15,4
0,17 6,5 7,9 9,0 9,8 10,5 11,0 11,6 12,0 12,5 12,9 13,6 14,2 14,8 15,4 15,8
0,18 6,6 8,1 9,2 10,0 10,7 11,3 11,8 12,3 12,8 13,2 13,9 14,6 15,2 15,7 16,2
0,19 6,8 8,3 9,4 10,2 11,0 11,6 12,1 12,6 13,1 13,5 14,2 14,9 15,5 16,1 16,6
0,20 6,9 8,5 9,6 10,5 11,2 11,8 12,4 12,9 13,4 13,8 14,6 15,2 15,9 16,4 17,0
A Tabela (5.21) mostra o comprimento LT para depressão de 50mm com sarjeta de 600mm,
coeficiente de Manning n=0,016 e estimativa da eficiência Eo=0,50. Notar que não fizemos o cálculo
de Eo e sim somente uma aproximação. O cálculo exato pode ser obtido baseado no Exemplo (5.15).
Tabela 5.18- Valores dos comprimentos LT para depressão de 50mm, sarjeta de 600mm,
rugosidade n=0,016 e eficiência Eo=0,50
Valores de LT em função da declividade da rua e da vazão sendo n=0,016, depressão de 50mm, sarjeta de 600mm, estimativa da
eficiência Eo=0,50.
Vazão 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0,035 0,04 0,045 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1
(m3/s)
0,02 2,1 2,5 2,9 3,1 3,3 3,5 3,7 3,8 4,0 4,1 4,3 4,5 4,7 4,9 5,0
0,03 2,4 3,0 3,4 3,7 3,9 4,2 4,4 4,5 4,7 4,9 5,1 5,4 5,6 5,8 6,0
0,04 2,7 3,4 3,8 4,2 4,4 4,7 4,9 5,1 5,3 5,5 5,8 6,1 6,3 6,5 6,7
0,05 3,0 3,7 4,2 4,6 4,9 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0 6,3 6,6 6,9 7,2 7,4
0,06 3,3 4,0 4,5 4,9 5,3 5,6 5,8 6,1 6,3 6,5 6,9 7,2 7,5 7,7 8,0
0,07 3,5 4,3 4,8 5,3 5,6 5,9 6,2 6,5 6,7 6,9 7,3 7,7 8,0 8,3 8,5
0,08 3,7 4,5 5,1 5,6 5,9 6,3 6,6 6,8 7,1 7,3 7,7 8,1 8,4 8,7 9,0
0,09 3,9 4,7 5,4 5,8 6,3 6,6 6,9 7,2 7,5 7,7 8,1 8,5 8,9 9,2 9,5
0,10 4,0 5,0 5,6 6,1 6,5 6,9 7,2 7,5 7,8 8,0 8,5 8,9 9,3 9,6 9,9
0,11 4,2 5,2 5,8 6,4 6,8 7,2 7,5 7,8 8,1 8,4 8,8 9,3 9,6 10,0 10,3
0,12 4,4 5,4 6,1 6,6 7,1 7,4 7,8 8,1 8,4 8,7 9,2 9,6 10,0 10,4 10,7
0,13 4,5 5,5 6,3 6,8 7,3 7,7 8,1 8,4 8,7 9,0 9,5 9,9 10,3 10,7 11,1
0,14 4,6 5,7 6,5 7,0 7,5 7,9 8,3 8,7 9,0 9,3 9,8 10,2 10,7 11,1 11,4
0,15 4,8 5,9 6,6 7,2 7,7 8,2 8,6 8,9 9,2 9,5 10,1 10,5 11,0 11,4 11,7
0,16 4,9 6,0 6,8 7,4 8,0 8,4 8,8 9,2 9,5 9,8 10,3 10,8 11,3 11,7 12,1
0,17 5,0 6,2 7,0 7,6 8,2 8,6 9,0 9,4 9,7 10,1 10,6 11,1 11,6 12,0 12,4
0,18 5,2 6,4 7,2 7,8 8,4 8,8 9,3 9,6 10,0 10,3 10,9 11,4 11,9 12,3 12,7
0,19 5,3 6,5 7,3 8,0 8,6 9,0 9,5 9,8 10,2 10,5 11,1 11,6 12,1 12,6 13,0
0,20 5,4 6,6 7,5 8,2 8,7 9,2 9,7 10,1 10,4 10,8 11,4 11,9 12,4 12,8 13,2
A Figura (5.1) mostra uma boca de lobo com depressão de 50mm e largura da sarjeta de 0,6m.
Entrando com a largura do nível de água T e com a declividade transversal Sx achamos o valor Q/
S0,5.
5-40
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Figura 5.22- Boca de lobo com depressão de 50mm e sarjeta de concreto com 0,60m de largura
feita para n=0,016
Fonte: FHWA, 1996
FHWA- cálculo da vazão com depressão da sarjeta
A largura da sarjeta varia de 0,30m a 1,00m sendo o mais comum largura de 0,60m. A
depressão varia de 2,5cm a 7,5cm sendo a mais comum a de 5cm.
Vamos explicar juntamente com um exemplo do FHWA, 1996.
5-41
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-42
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Tabela 5.19- Vazão na sarjeta sendo a altura da água y=0,10m, declividade transversal 2% e
coeficiente de Manning n=0,013, Z=50.
S Q
(m/m) (m3/s)
0,005 0,22
0,010 0,31
0,015 0,38
0,020 0,44
0,025 0,49
0,030 0,54
0,035 0,58
0,040 0,62
0,045 0,66
0,050 0,69
0,055 0,73
0,060 0,76
0,065 0,79
0,070 0,82
0,075 0,85
0,080 0,88
0,085 0,91
0,090 0,93
0,095 0,96
0,100 0,98
0,105 1,01
0,110 1,03
5-43
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
0,115 1,05
0,120 1,08
0,125 1,10
0,130 1,12
0,135 1,14
0,140 1,16
0,145 1,18
0,150 1,20
Altura y na sarjeta
Usando ainda Izzard temos a altura da lâmina de água na sarjeta y e Tabela (5.23).
y= 1,445 x [1/ Z (3/8)] x [Q/ (S 0,5 /n] 3/8
Tabela 5.20- Altura y em função da declividade transversal de 2%, vazão e declividade
longitudinal em m/m.
Q (m3/s) altura yo em função da declividade da rua em m/m e da vazão
0,005 0,010 0,020 0,030 0,040 0,050 0,060 0,070 0,080 0,090 0,005
0,05 0,06 0,05 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,03 0,03 0,03
0,1 0,07 0,07 0,06 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,04 0,04 0,04
0,2 0,10 0,08 0,07 0,07 0,07 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,10
0,3 0,11 0,10 0,09 0,08 0,08 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,11
0,4 0,13 0,11 0,10 0,09 0,08 0,08 0,08 0,08 0,07 0,07 0,13
0,5 0,14 0,12 0,10 0,10 0,09 0,09 0,09 0,08 0,08 0,08 0,14
0,6 0,15 0,13 0,11 0,10 0,10 0,09 0,09 0,09 0,09 0,08 0,15
0,7 0,15 0,14 0,12 0,11 0,10 0,10 0,10 0,09 0,09 0,09 0,15
0,8 0,16 0,14 0,13 0,12 0,11 0,11 0,10 0,10 0,10 0,09 0,16
0,9 0,17 0,15 0,13 0,12 0,11 0,11 0,11 0,10 0,10 0,10 0,17
1,0 0,18 0,16 0,14 0,13 0,12 0,11 0,11 0,11 0,10 0,10 0,18
1,1 0,18 0,16 0,14 0,13 0,12 0,12 0,11 0,11 0,11 0,11 0,18
1,2 0,19 0,17 0,15 0,14 0,13 0,12 0,12 0,12 0,11 0,11 0,19
1,3 0,19 0,17 0,15 0,14 0,13 0,13 0,12 0,12 0,12 0,11 0,19
1,4 0,20 0,18 0,15 0,14 0,14 0,13 0,13 0,12 0,12 0,12 0,20
1,5 0,21 0,18 0,16 0,15 0,14 0,13 0,13 0,13 0,12 0,12 0,21
1,6 0,21 0,18 0,16 0,15 0,14 0,14 0,13 0,13 0,13 0,12 0,21
1,7 0,22 0,19 0,17 0,15 0,15 0,14 0,14 0,13 0,13 0,13 0,22
1,8 0,22 0,19 0,17 0,16 0,15 0,14 0,14 0,13 0,13 0,13 0,22
1,9 0,22 0,20 0,17 0,16 0,15 0,15 0,14 0,14 0,13 0,13 0,22
2,0 0,23 0,20 0,18 0,16 0,16 0,15 0,14 0,14 0,14 0,13 0,23
2,1 0,23 0,20 0,18 0,17 0,16 0,15 0,15 0,14 0,14 0,14 0,23
2,2 0,24 0,21 0,18 0,17 0,16 0,15 0,15 0,14 0,14 0,14 0,24
2,3 0,24 0,21 0,19 0,17 0,16 0,16 0,15 0,15 0,14 0,14 0,24
2,4 0,25 0,22 0,19 0,18 0,17 0,16 0,15 0,15 0,15 0,14 0,25
2,5 0,25 0,22 0,19 0,18 0,17 0,16 0,16 0,15 0,15 0,14 0,25
2,6 0,25 0,22 0,19 0,18 0,17 0,16 0,16 0,15 0,15 0,15 0,25
2,7 0,26 0,23 0,20 0,18 0,17 0,17 0,16 0,16 0,15 0,15 0,26
2,8 0,26 0,23 0,20 0,19 0,18 0,17 0,16 0,16 0,15 0,15 0,26
2,9 0,26 0,23 0,20 0,19 0,18 0,17 0,17 0,16 0,16 0,15 0,26
3,0 0,27 0,23 0,21 0,19 0,18 0,17 0,17 0,16 0,16 0,16 0,27
3,1 0,27 0,24 0,21 0,19 0,18 0,18 0,17 0,16 0,16 0,16 0,27
5-44
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-45
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
0,005 0,010 0,020 0,030 0,040 0,050 0,060 0,070 0,080 0,090 0,100
0,05 2,87 2,52 2,21 2,05 1,94 1,86 1,80 1,75 1,70 1,67 1,63
0,1 3,72 3,27 2,87 2,66 2,52 2,41 2,33 2,27 2,21 2,16 2,12
0,2 4,82 4,23 3,72 3,45 3,27 3,13 3,03 2,94 2,87 2,80 2,75
0,3 5,61 4,93 4,33 4,01 3,80 3,65 3,52 3,42 3,34 3,27 3,20
0,4 6,25 5,49 4,82 4,47 4,23 4,06 3,92 3,81 3,72 3,64 3,57
0,5 6,80 5,97 5,24 4,86 4,60 4,42 4,27 4,15 4,04 3,95 3,88
0,6 7,28 6,39 5,61 5,20 4,93 4,73 4,57 4,44 4,33 4,23 4,15
0,7 7,71 6,77 5,95 5,51 5,22 5,01 4,84 4,70 4,59 4,49 4,40
0,8 8,11 7,12 6,25 5,80 5,49 5,27 5,09 4,94 4,82 4,72 4,62
0,9 8,48 7,44 6,54 6,06 5,74 5,50 5,32 5,17 5,04 4,93 4,83
1,0 8,82 7,74 6,80 6,30 5,97 5,73 5,53 5,38 5,24 5,13 5,03
1,1 9,14 8,02 7,05 6,53 6,19 5,93 5,73 5,57 5,43 5,31 5,21
1,2 9,44 8,29 7,28 6,75 6,39 6,13 5,92 5,76 5,61 5,49 5,38
1,3 9,73 8,54 7,50 6,95 6,59 6,32 6,11 5,93 5,78 5,66 5,55
1,4 10,00 8,78 7,71 7,15 6,77 6,50 6,28 6,10 5,95 5,82 5,70
1,5 10,27 9,01 7,92 7,34 6,95 6,67 6,44 6,26 6,10 5,97 5,85
1,6 10,52 9,23 8,11 7,52 7,12 6,83 6,60 6,41 6,25 6,12 6,00
1,7 10,76 9,45 8,30 7,69 7,28 6,99 6,75 6,56 6,40 6,26 6,13
1,8 10,99 9,65 8,48 7,86 7,44 7,14 6,90 6,70 6,54 6,39 6,27
1,9 11,22 9,85 8,65 8,02 7,60 7,28 7,04 6,84 6,67 6,52 6,40
2 11,43 10,04 8,82 8,17 7,74 7,43 7,18 6,97 6,80 6,65 6,52
2,1 11,65 10,23 8,98 8,32 7,89 7,56 7,31 7,10 6,92 6,77 6,64
2,2 11,85 10,41 9,14 8,47 8,02 7,70 7,44 7,23 7,05 6,89 6,76
2,3 12,05 10,58 9,29 8,61 8,16 7,82 7,56 7,35 7,16 7,01 6,87
2,4 12,24 10,75 9,44 8,75 8,29 7,95 7,68 7,46 7,28 7,12 6,98
2,5 12,43 10,92 9,59 8,88 8,42 8,07 7,80 7,58 7,39 7,23 7,09
2,6 12,62 11,08 9,73 9,02 8,54 8,19 7,92 7,69 7,50 7,34 7,19
2,7 12,80 11,24 9,87 9,15 8,66 8,31 8,03 7,80 7,61 7,44 7,30
2,8 12,97 11,39 10,00 9,27 8,78 8,42 8,14 7,91 7,71 7,54 7,40
2,9 13,14 11,54 10,14 9,39 8,90 8,54 8,25 8,01 7,82 7,64 7,50
3 13,31 11,69 10,27 9,51 9,01 8,64 8,35 8,12 7,92 7,74 7,59
3,1 13,48 11,83 10,39 9,63 9,13 8,75 8,46 8,22 8,01 7,84 7,69
5-46
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Figura 5.24
Fonte: Mays, 2001
Ainda conforme DNIT, 2006 podemos obter o espaçamento máximo entre as bocas de lobo
para que não haja transbordamento da sarjeta, igualando a capacidade da vazão da sarjeta Q com a
descarga produzida pela fórmula racional Q=CIA/360.
Sendo A= L x Dc
L = largura da rua (m) e Dc comprimento crítico da sarjeta em metro;
C= coeficiente de runoff
I= intensidade da chuva mm/h
Q=CIA/360= C.I. L.Dc/360
Com o valor de Q obtido e igualando as equações obtemos o valor de D:
Q= 0,376 x (Z / n) x y 8/3 x S0,5
Exemplo 5.25
Dados n=0,018 S=0,025m/m
Z=12=tg (θ)
Y=0,10m
Q= 0,376 x (Z / n) x y 8/3 x S0,5
Q= 0,376 x (12 / 0,018) x 0,10 8/3 x 0,0250,5
Q=0,085 m3/s
T= Z x y = 12 x 0,10= 1,2m
Declividade transversal =0,10/ 1,20=0,0833m/m
5-47
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Exemplo 5.27
Calcular a vazão de uma sarjeta de concreto de 0,30m adotada pelo CDHU conforme Figura (5.25)
com guia 0,15m de altura. Admite-se que a altura máxima da água chegue a 0,13m e a declividade do
corte transversal da rua é de 2% (dois por cento).
w0=y0tg
h1=0,15m
2%
w0=y0tg h2=0,13
m
5-48
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Tabela 5.24- Vazão e velocidade da água nas sarjetas em toda a largura da rua para
altura do nível de água na sarjeta de 0,13m, declividade transversal de 2% e n=0,017
Largura Nível Declividade h1 Área seção Hipotenusa Rh A B
da rua água transversal transversal
(m) (m) (m/m) (m) (m2) Rugosidade (m) (m) Veloc Vazão
4,0 0,13 0,02 0,09 0,2200 0,017 2,00 0,099 12,60 2,77
5,0 0,13 0,02 0,08 0,2625 0,017 2,50 0,097 12,41 3,26
6,0 0,13 0,02 0,07 0,3000 0,017 3,00 0,094 12,14 3,64
7,0 0,13 0,02 0,06 0,3325 0,017 3,50 0,090 11,82 3,93
8,0 0,13 0,02 0,05 0,3600 0,017 4,00 0,086 11,47 4,13
9,0 0,13 0,02 0,04 0,3825 0,017 4,50 0,082 11,09 4,24
10,0 0,13 0,02 0,03 0,4000 0,017 5,00 0,078 10,69 4,28
11,0 0,13 0,02 0,02 0,4125 0,017 5,50 0,073 10,27 4,24
12,0 0,13 0,02 0,01 0,4200 0,017 6,00 0,068 9,84 4,13
13,0 0,13 0,02 0,00 0,4225 0,017 6,50 0,064 9,38 3,96
V= A x S0,5
Q= B x S 0,5
Tendo-se a largura da rua obtemos na Tabela (5.22) os valores A e B. Com estes valores
multiplicando pela declividade da rua obtemos respectivamente a velocidade média (m/s) e a vazão
(m3/s).
Exemplo 5.28
Dada uma rua com 12m e declividade de 3%. Calcular a velocidade e a vazão.
Conforme Tabela (5.27) entrando com a largura da rua 12m achamos os valores de A=9,84 e B=4,13.
V= A x S0,5= 9,84 x 0,030,5= 1,70m/s
Q= B x S 0,5 = 4,13 x 0,03 0,5 = 0,72m3/s
O tempo de trânsito (t) na sarjeta para ruas de 6m de largura obtem-se na Tabela (5.22) a
velocidade V= 9,84 x S0,5 pode ser estimado por:
t= L/ 60(12,14 x S0,5)
Sendo:
t= tempo de trânsito (min) pela sarjeta no comprimento L.
L= comprimento da sarjeta (m)
S= declividade da rua (m/m)
Dica: para estimar o tempo de trânsito em uma sarjeta tendo a largura da rua obtemos o
coeficiente de velocidade e por exemplo, para rua de 6m t= L/ 60(12,14 x S0,5).
5-49
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Figura 5.26- Corte da área de uma seção de sarjeta com altura H, largura W, área da seção AF e declividade transversal Sc.
Fonte: Ciria, 2007
H= K1 x Q0,375
K1= 1,54 (n x Sc)0,375 x(Sc+1)0,25 x SL-0,188
Sendo:
AF= área da secção transversal da rua (m2)
H=altura do nível da água na sarjeta (m)
Sc= declividade transversal da rua (m/m)
R= raio hidráulico (m)= Área molhada/perímetro molhado
Q= vazão da secção considerada (m3/s)
n= coeficiente de rugosidade de Manning=0,015
SL= declividade longitudinal da rua (m/m)
K1= coeficiente que pode ser visto na Tabela (5.28)
Exemplo 5.29
Dada a declividade transversal da rua Sc=0,02m/m (2%), n=0,015, vazão de 0,10m3/s, declividade
longitudinal 0,015m/m usando a Tabela (5.28) achamos K1=0,163.
H= K1 x Q 0,375= 0,163 x 0,1 0,375= 0,07m
Podemos achar AF
AF= AF= H2/ (2x Sc) =0,072 / (2 x 0,02)= 0,123m2
5-50
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-51
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-52
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-53
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Figura 5.28- Bocas de lobos clássicas
Fonte: PMSP/FCTH, 1999
5-54
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
As bocas de lobo com grades não podem ser aplicadas onde a declividade das ruas seja menor
que 0,5% sendo o mínimo absoluto de 0,3% conforme Stein, et al, 1999. As bocas de lobo com
grades possuem a desvantagem do entupimento e nos problemas que pode causar para quem anda de
bicicletas na rua.
A boca de loco simples é mais efetiva com declividades menores que 3% conforme Stein, et
al, 1999.
5-55
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-56
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-57
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-58
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Exemplo 5.31
Utilização do método racional para cálculo das galerias de águas pluviais AB, BC, CD conforme
Figura (5.34). O exemplo está baseado nos ensinamentos de Ven Te Chow,1988 adaptado para o
Brasil. Para os interessados Akan, 1993 apresenta um modelo semelhante ao Ven Te Chow.
Calcular as tubulações de concreto para captação de águas de chuvas do trecho do coletor EB que
drena a sub-bacia III com um período de retorno de 25 anos. A sub-bacia tem uma área de 1,6 ha, o
coeficiente de escoamento C=0,60 e o tempo de escoamento superficial inicial é ts=10 minutos.
I
II
A
IV V
III
VI VII
1
Figura 5.34- Esquema de galerias de águas pluviais
5-59
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Consideremos a fórmula da intensidade de chuva devido a Paulo Sampaio Wilken, com Tr=
25anos e t=tc=10min. Vamos supor também que n=0,015 e que a declividade da tubulação EB é
0,0064 m/m.
1747,9 . Tr0,181
I =------------------------
( t + 15)0,89
Sendo:
I= intensidade média da chuva em mm/h;
Tr = período de retorno em anos;
t=duração da chuva em minutos.
1747,9 x 250,181
I =--------------------------------
( t + 15)0,89
3130
I =------------------------= 178,4 mm/h
( 10 + 15)0,89
Usando a fórmula de Manning com o diâmetro isolado para y/D=0,80 e usando relações geométricas
de Metcalf&Eddy, 1987 temos:
D = (Q . n )/ ( K´ . S1/2)3/8
Sendo:
Q=0,4032 m3/s;
n=0,015;
S=0,0064.
K´= 0,305
D = (0,48 x 0,015 )/ ( 0,305 x 0,00641/2)3/8
D=0,63 m
Adotamos então o diâmetro comercial D=0,80m.
Calculo do ângulo interno teta que está em 5.45 ??
= seno + 2 2,6 (n Q/S 1/2) 0,6 D-1,6 0,4
Sendo:
= ângulo central em radianos (rad)
y= altura da lâmina de água (m)
D= diâmetro da tubulação (m)
n= rugosidade de Manning (adimensional)
Q= vazão (m3/s)
S= declividade (m/m)
5-60
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Para calcular o ângulo teta vamos usar o método de aproximações sucessivas que é melhor
que o de Newton-Raphson devido a iniciação.
Como o valor do ângulo interno teta varia de 1,5 rad a 4,43rad que corresponde a y/D entre
0,15 a 0,80.
Então a iniciação será teta=1,50rad
B= seno + 2 2,6x 0,34 0,4
B= seno 1,5 + 2 2,6x 0,34 x 1,50 0,4
B=3,39 rad
Fazemos novamente os cálculos usando teta=3,39rad
B= seno 3,39 + 2 2,6x 0,34 x 3,39 0,4
B= 3,07
Fazemos novamente os cálculos usando teta=3,07rad
B= seno 3,07 + 2 2,6x 0,34 x 3,07 0,4
B= 3,26
Adotamos =B=3,26rad como definitivo
Calculo da área molhada
A= D2 (- seno )/8
A= 0,82 (3,26- seno 3,26)/8= 0,270m2
Equação da continuidade Q= A. V
V=Q/A=0,48/0,27= 1,76m/s < 5,00m/s OK
Comprimento da superfície b
b= D x seno (/2)
b= 0,80 x seno (3,26/2) =0,799m
Número de Froude
Diâmetro hidráulico Dh= A/ b= 0,27/0,799=0,34
F= V/ (g x Dh) 0,5
0,5
F= 1,76/ (9,81x 0,34)
F= 0,97 < 1 escoamento subcrítico
Nota: em uma tubulação o número de Froude não é muito importante, pois o tubo é fechado
e isto age como um limitador de fronteira. No caso de canais o número de Froude é importante, pois
poderá haver extravasamento da água no canal.
5-61
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Tramo AB:
Este tramo drena duas sub-bacias a I e a II. Temos a área, o coeficiente de escoamento
superficial C das duas sub-bacias e tempo de escoamento superficial ts.
Da equação Q=CIA, como I= constante temos que Q=I . (CA)
5-62
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Consideremos a fórmula da intensidade de chuva devido a Paulo Sampaio Wilken, com Tr=
25 anos e t=tc=10 minutos. Vamos supor também que n=0,015 e que a declividade da tubulação EB é
0,0064 m/m.
1747,9 x 250,181
I =--------------------------------= 178,4mm/h
( 10 + 15)0,89
Sendo:
I= intensidade média da chuva em mm/h;
Tr = período de retorno em anos;
t=duração da chuva em minutos.
Observar que a intensidade de chuva no trecho AB foi maior que a do trecho EB, pois foi
menor o tempo de concentração, e o mesmo entra na fórmula do Paulo Sampaio Wilken como
denominador, aumentando o valor de I conseqüentemente.
Usando a fórmula racional:
Q=CIA/360= 178,4 x CA/360= 178,4 x 1,4 /360= 0,69m3/s
Usando a fórmula de Manning com o diâmetro isolado para y/D=0,80 e usando relações
geométricas de Metcalf&Eddy, 1987 temos:
D = (Q . n )/ ( K´ . S1/2)3/8
Sendo:
Q=0,69 m3/s;
n=0,015;
S=0,0081.
K´= 0,305
D = (0,69 x 0,015 )/ ( 0,305 x 0,00811/2)3/8
D=0,70 m
Adotamos então o diâmetro comercial D=0,80m.
Procede-se da mesma maneira anterior sendo agora para o trecho AB.
Como o comprimento da galeria AB é de 165 metros, o tempo de percurso dentro da galeria
será : L/60V = 165 / 60x2,15 = 1,28 min.
5-63
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Diâmetro. Diâmetro Coef A Area
Calculado comercial nQ/S^,5)^0,6 θ inicial θ θ inicial θ θ inicial θ molhada
y/D=0,80 x /d^-1,6 calculado calculado calculado
Tramo BC
Esta tubulação drena as sub-bacias de I a V, com as sub-bacias I e II através da tubulação AB
e a sub-bacia III através do tramo EB. Há, portanto três possibilidades de a água chegar ao ponto B, o
tempo de concentração será o maior destes tempos de concentração.
Primeira opção: a vazão vinda do tubo AB tem tempo de concentração de 10min acrescido de
1,28min por dentro da galeria AB, ou seja, o tempo total será de 10+1,28 = 11,28 minutos.
Segunda opção: a vazão que vem do tubo EB tem tempo de 10 minutos mais o tempo pela
galeria de 1,28 minutos, ou seja, 11,28 minutos.
Terceira opção: o tempo das sub-bacias IV e V é de 10.
Portanto, o tempo de concentração é o maior destes, ou seja, 11,28minutos, que deve ser
colocado na planilha de cálculos.
Calculemos agora CA, considerando que CA=1,4 para as sub-bacias I e II. Portanto, para
as demais sub-bacias III, IV e V temos:
CA=1,4 + 0,6 . 1,6 + 0,6 . 1,6 + 0,5 . 2,0 =4,32 que colocamos na planilha
5-64
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Consideremos a fórmula da intensidade de chuva devido a Paulo Sampaio Wilken, com Tr=
25 anos e t=tc=11,28 minutos. Vamos supor também que n=0,015 e que a declividade da tubulação
BC 0,0064 m/m.
1747,9 x 250,181
I =--------------------------------
( t + 15)0,89
3130
I =------------------------= 170,6 mm/h
( 11,28 + 15)0,89
Tramo CD:
O tramo CD captará toda as sub-bacias. Vamos examinar o maior tempo que teremos até o
ponto C.
Tempo de entrada = 10min
tAB=1,28min
tBC=0,778min
tc1= 10+1,28+0,77=12,05min
Tempo de entrada =10min
tEB= 1,28min
tBC=0,77min
tc2= 10+1,28+0,77=12,05min
Entres os valores tc1=12,05min e tc2=12,05min tomamos o maior valor, mas como são iguais
tc=12,05min
Calculemos agora CA, considerando que CA=4,32 para as sub-bacias I a V. Portanto, para
as demais sub-bacias VI e VII temos:
CA=4,32 + 0,5 . 1,8 + 0,5 . 1,8 =6,12 que colocamos na planilha
Consideremos a fórmula da intensidade de chuva devido a Paulo Sampaio Wilken, com Tr=
25 anos e t=tc=12,05 minutos. Vamos supor também que n=0,015 e que a declividade da tubulação
CD é 0,0064 m/m.
1747,9 x 250,181
I =--------------------------------
( t + 15)0,89
3130
I =------------------------= 166,3 mm/h
( 12,05 + 15)0,89
5-65
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-66
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-67
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-68
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Zona de baixo
risco
5-69
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Exemplo 5.32
Calcular a flecha de uma rua com 10m de largura com 2,00m de passeio
Consideramos passeio de 2,0m teremos: 10m – 2 x 2,00m= 6,00m
Adotando Sx= 2%
f= (L x 100 x 4 x Sx)/ 600
f= (6,00 x 100 x 4 x 2)/ 600=8,0cm
Exemplo 5.34
Usando O IP-03 da PMSP temos a flecha e o IP-02 classifica a largura da caixa (B) (leito carroçável)
que varia de 4m a 13m.
Com os dados da PMSP e limitando a altura na sarjeta de 0,13m fizemos as Tabelas (5.34) onde
obtemos as vazões e velocidades para declividades de ruas variando de 0,5% a 15% que é o máximo
admitido nas ruas. Segundo a PMSP acima de 15% é aconselhado se construir escadas.
5.33 Entrada de ar
Segundo Santa Clara County, 2007 quando a velocidade da água for maior que 4,2m/s
teremos a entrada de ar aumentando a profundidade do escoamento. O aumento da altura de
escoamento é diretamente proporcional ao aumento do volume de água causada pela entrada de ar.
Ao= 10 x [ 0,2 V2/ (g.R) -1] 0,5
Sendo:
Ao= aumento da área de escoamento devido a entrada do ar (%)
V= velocidade média (m/s)
g= aceleração da gravidade=9,81m/s2
R=raio hidráulico sem a entrada de ar (m)
Exemplo 5.1
Dado um canal retangular com declividade S=0,005m/m, largura de 2,00m velocidade de 4,2m/s,
n=0,012 vazão =2,83m3/s y=0,35m e raio hidráulico igual a 0,26m. Achar a nova altura com a
entrada de ar.
Ao= 10 x [ 0,2 V2/ (g.R) -1] 0,5
Ao= 10 x [ 0,2x 4,22/ (9,81x0,26) -1] 0,5 =15%
Portanto, devido ao ar haverá acréscimo de 15% na seção e a altura y passará
de 0,35m para 0,40m.
5-70
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5.36 Aquaplanagem
Quando cai a chuva em uma rua ou estrada, fica acumulada uma certa profundidade de água
sobre a superfície devido ao runoff das águas pluviais. Um veiculo encontrando a água na estrada
pode sofrer o fenômeno da aquaplanagem, pois os pneus podem deslizar sobre a água causando
acidentes.
A aquaplanagem conforme Texas, 2004 é função da intensidade da chuva, da profundidade da
água, da pressão nos pneus, da rugosidade da pista e da velocidade do veiculo.
A declividade mínima transversal de uma estrada recomendada para que não haja o potencial
de criar aquaplanagem é de 2%. Como guia, a quantidade de 5mm de água tem o potencial de causar
aquaplanagem.
Existem várias equações empírica baseadas em estudos do FWHA que fornecem a velocidade
do veiculo para que ocorra a aquaplanagem.
V=0,9143 x SD 0,04 x P 0,3 x (TD + 0,794) 0,06 x A
Sendo:
V= velocidade do veiculo em km/h que causa a aquaplanagem. Limite máximo de 90 km/h)
SD= 100 x (Wd – Ww) / Wd Quando SD=10% é um indicador de aquaplanagem
Wd= velocidade de rotação da roda do veículo numa superfície seca
Ww= velocidade de rotação da roda do veículo numa superfície de pavimento inundada.
.
P= pressão nos pneus (psi). Geralmente 24 psi
TD= profundidade das tiras nos pneus (mm). Use 5mm para projetos.
A= tomar o maior dos dois valores abaixo:
A= 12,639/WD 0,060 + 3,50
A= (( 22,351 /WD 0,06) -4,97) x TXD 0,14
WD= profundidade da água (mm)
Conclusões:
5-71
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Exemplo 5.1
Calcular a velocidade de aquaplanagem de um veiculo com pressão de P=30psi, profundidade das
tiras do pneu de TD=5mm,SD=10%, profundidade da textura do pavimento TXD= 0,5mm
Cálculo de WD
WD= 0,01485 x [ (TXD 0,11 x L 0,43 x I 0,59 )/ S 0,42 ] – TXD
L=6,00m I=100mm/h S=0,002m/m
WD= 0,01485 x [ (0,5 0,11 x 6 0,43 x 100 0,59 )/ 0,002 0,42 ] – 0,5= 5,62mm= profundidade da água
Cálculo de A
A= 12,639/WD 0,060 + 3,50= 12,639/5,62 0,060 + 3,50= 14,9
A= (( 22,351 /WD 0,06) -4,97) x TXD 0,14
A= (( 22,351 /5,62 0,06) -4,97) x 0,5 0,14=13,77
Aquaplanagem
Guo, 2006 que é professor em Denver usa para não haver aquaplanagem o produto velocidade
V multiplicado pela altura altura da água D junto a guia e sarjeta.
V.D ≤ L
Sendo:
V= velocidade das águas pluviais na guia e sarjeta (m/s)
D= Altura de água (m) junto a guia e sarjeta.
L= valor a ser adotado m3/s/m
5-72
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Para o dimensionamento adotou-se como d/D máximo de 0,80 e velocidade entre 1m/s a 5m/s. A
declividade mínima adotado foi de 0,002m/m.
5-73
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-74
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-75
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Exemplo 5.35
Dada a vazão de 0,300m3/s, n=0,015 (concreto), S=0,005m/m. Calcular o diâmetro da tubulação para
d/D=0,80.
Conforme da Tabela (5.31) de Metcalf & Eddy para d/D=0,80 achamos K´=0,305;
Q= (K´ /n) D 8/3 . S ½
D= [(Q.n) / (K´. S ½ ) ] 3/8
D= [( 0,30 x 0,015) / (0,305x 0,005 ½ ) ] 0,375
D=0,56m. Adoto D=0,60m OK
Para calcular a velocidade devemos entrar na Figura (5.39) com d/D=0,80 na ordenada e
achamos a área molhada na abcissa 0,86.
Equação da continuidade Q= A x V
V= Q/A=0,30/0,2432=1,23 m/s > 0,75m/s OK e menor que 5m/s OK
5-76
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-77
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-78
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Lencastre, 1983 apresenta a Figura (26.4) para canais circulares onde podemos facilmente
calcular a altura critica yc.
5-79
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Exemplo 5.36
Calcular a altura crítica para uma tubulação circular com diâmetro de D=0,15m e vazão de
Q=0,007m3/s.
(1/D5/2) x Q / g 0,5=(1/0,152,5) x 0,007 / 9,81 0,5= 0,26
Entrando na Figura (26.4) com 0,26 na abscissa achamos y/D=0,51
yc=0,51 x 0,15=0,077m
Portanto, a altura crítica será de yc=0,077m.
Exemplo 5.37
Calcular a altura crítica para uma tubulação circular com diâmetro de D=0,15m e vazão de
Q=0,010m3/s.
(1/D5/2) x Q / g 0,5=(1/0,152,5) x 0,010 / 9,81 0,5= 0,37
Entrando na Figura (26.4) com 0,37 na abscissa achamos y/D=0,62
yc=0,62 x 0,15=0,093m
Portanto, a altura crítica será de yc=0,093m.
5.40 Inclinação crítica
Seguindo os ensinamentos de Lencastre 1983, a inclinação crítica é aquela para a qual o
escoamento se dá em regime uniforme crítico, ou em outras palavras, aquela em que o escoamento se
escoa com o mínimo de energia.
Usando a equação de Manning temos:
V= (1/n) R2/3 x Ic 0,5
Sendo:
V= velocidade média (m/s)
R= raio hidráulico (m)
Ic= declividade crítica (m/m)
Isolando o valor da declividade teremos:
V= (1/n) Rc2/3 x Ic 0,5
I c0,5 = V n/ Rc2/3
Elevando ambos os lados ao quadrado temos:
Ic = V2 n2/ Rc4/3
I c = Q2 n2/ A2Rc4/3
Ic = gA3 n2/ bA2Rc4/3
Ic = gA n2/ bRc4/3
Ou podemos escrever:
Ic = g(A/b) n2/ Rc4/3
O valor A/b é igual a altura media do regime critico, ou seja, A/b=yc
Ic = g .yc . n2/ Rc4/3
5-80
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Exemplo 5.38
Calcular a declividade critica de um tubo de seção circular com n=0,0103 (rugosidade de Manning e
vazão Q=0,010m3/s
Facilmente achamos yc=0,093m já calculado no exemplo anterior.
= 2 cos-1 ( 1 – 2 (y/D))
= 2 cos-1 ( 1 – 2 x0,093/0,15)
= 2 cos-1 ( 0,24)
= 2 x 1,81 rad= 3,62rad
R= (D/4) (1-(seno )/ )
R= (0,15/4) (1-(seno 3,62)/ 3,62)=0,042m
Ic = g .yc . n2/ Rc4/3
Ic = 9,81 x0,093 x 0,0102/ 0,0424/3 =0,00618m/m
Portanto, a declividade crítica é Ic=0,00618m/m
Velocidade critica
A= D2 ( – seno )/8
A= 0,152 ( 3,62 – sen3,62)8=0,01147m2
V=Q/A= 0,010/0,01147=0,87m/s
5.41 Número de Froude
O número de Froude é a relação entre a força da inércia e a força da gravidade no escoamento.
É um número adimensional e muito importante e é através dele que vimos quando o regime é crítico,
rápido ou lento. Se o número de Froude for igual a igual a 1 temos o escoamento crítico e caso seja
maior que 1 temos o escoamento rápido e se for menor que 1 temos o escoamento lento.
F= v / (g x y )0,5
Sendo:
F= número de Froude (adimensional)
g= aceleração da gravidade= 9,81m/s2
y= altura da lâmina de água (m)
Deve ser evitado número de Froude entre 0,80 e 1,2 pois teremos muita instabilidade de nível.
Isto é importante em canais, mas não muito importante em galerias de águas pluviais.
A fórmula de Manning pode ser usada tanto em conduto livre como em conduto forçado. Na
prática quando temos condutos forçados não usamos Manning e sim a formula de Hazen-Willians.
5-81
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-82
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
L V2
hf= f . ----- . ----- (4)
D 2.g
Sendo:
hf= perda de carga localizada (m)
L= comprimento em metros;
D= diâmetros em metros;
V= velocidade em metro/segundo;
g= aceleração da gravidade 9,8 m/s2;
f= coeficiente de atrito(adimensional)
Escoamento laminar
O escoamento é laminar quando o número de Reynolds for menor que 2100 conforme Jeppson, 1973.
Re < 2100
Então achamos o valor de f através da equação:
f = 64/ Re
Entre número de Reynolds de 2100 a 4000 temos um regime de transição. Na prática usamos
a fórmula de Colebrook-White para numero de Reynolds maior que 4000 como também para número
de Reynolds acima de 2100.
A fórmula de Colebrook-White pode ser apresentar de duas maneiras:
1/f0,5= 2 log10 K/(D. 3,7) + 2,52 / Re x f0,5]= 1,14 – 2 log 10(K/D + 9,35/Re f0,5)
Sendo:
f= coeficiente de atrito (número adimensional);
K= rugosidade uniforme equivalente em metros;
D= diâmetro em metros;
Re= número de Reynolds (adimensional) e
ln= logaritmo neperiano.
O importante da fórmula de Swammee e Jain é que é direta sem necessidade de iteração. O
erro de precisão da fórmula é de 1% (um por cento)
5-83
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-84
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Alumínio 0,000004
Fibrocimento 0,0001
Manilha cerâmica 0,0003
Latão, cobre 0,000007
Plásticos 0,00006
Rocha (galeria) não revestida 0,35
Diagrama de Moody
Todos se lembram do diagrama de Moody na Figura (5.43) que é usado para achar o valor do
coeficiente de atrito f da fórmula de Darcy-Weisbach entrando com a relação K/D e o número de
Reynolds.
Uma das aplicações do diagrama de Moody é estimar o valor de f quando não se tem o
número de Reynolds. Então entra-se no gráfico com o valor a direita com o valor K/D, por exemplo,
K/D= 0,002 e achamos no lado esquerdo o valor de f=0,024.
5-85
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-86
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
L V2
hf= f . ----- . -----
4.R 2.g
Sendo:
hf= perda de carga localizada (m)
L= comprimento em metros;
R= numero de Reynolds
V= velocidade em metro/segundo;
g= aceleração da gravidade 9,8 m/s2;
f= coeficiente de atrito(adimensional)
Conforme Subramanya, 2009 em canais livres podemos usar algumas formulas empiricias
simplicadas como a de Jain que possui a facilidade de ser explicita, isto é, podemos isolar o valor de
f.
Conforme Subramanya, 2009 o grande problema que existe na prática na aplicação das
equações acima é encontrar dados de campo confiaveis em canais, pois em tubulação os mesmos são
mais faceis de serem encontrados e de termos confiança nos dados. Entretanto, apresentamos alguns
valores do coeficiente de rugosidade equivalente K (mm).
5-87
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
f = (n2/ R ½) . 8.g
Sendo:
f= coeficiente de atrito
n= coeficiente de rugosidade de Manning
R= raio hidraulico (m)
g=9,81m/s2= aceleração da gravidade
5-88
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
O ângulo central (em radianos) do setor circular, pode ser obtido pela seguinte expressão
conforme Chaudhry,1993 p.95:
= 2 arc cos ( 1 – 2y /D)
ou
= 2 cos-1 ( 1 – 2 (y/D))
Sendo:
= ângulo central em radianos (rad)
y= altura da lâmina de água (m)
D= diâmetro da tubulação (m)
5-89
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
b= D sen (/2)
Como se pode ver na equação acima está na formula implícita, sendo impossível de se separar
o ângulo central . Usam-se para isto alguns métodos de cálculo:
Método de tentativa e erros,
Método da bissecção,
Método de Newton-Raphson e
Método das Aproximações Sucessivas.
Exemplo 5.39
Seja um tubo de PVC com n=0,010, declividade I=0,007m/m e vazão de 0,0013m3/s.
Calcular a altura y, corda, raio hidráulico e número de Froude
= seno + 2 2,6 (n Q/I 1/2) 0,6 D-1,6 0,4
= seno + 2 2,6 (0,010x0,013/0,007 1/2) 0,6 0,15-1,6 0,4
= seno +2,6 . 0,4
Arbitramos um valor qualquer do ângulo central em radianos: 3,8rad
X= seno +2,6 0,4
X= seno (3,8) +2,6x 3,8 0,4
X= - 0,61 +4,43= 3,82
Adotamos = 3,82
Adoto 3,82rad
R= (D/4) (1-(seno )/ )
R= (0,15/4) (1-(seno 3,82rad)/ 3,82)=0,044m
b= D sen (/2)
b= 0,15 sen (3,82rad/2)=0,14m
5-90
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Área molhada
A= D2 ( – seno )/8
A= 0,152 ( 3,82 – seno 3,82)/8 =0,011m2
Equação da continuidade: Q= A x V
V= Q/A= 0,013m3/s / 0,011m2= 1,18m/s
Número de Froude
F= v / (g x y )0,5
F= 1,18 / (9,81 x 0,10 )0,5
F=1,19 > 1 Portanto, regime de escoamento rápido ou supercrítico
Segundo Rolim Mendonça et al, 1987 a velocidade crítica Vc e a declividade crítica Ic são:
yc/D= (1/2) x (1 – cos c/2)
1 – cos oc - (4/3) (Qc2/g) 1/3 x D -5/3 x (sen (oc/2) -2/3 cos (oc/2)
A NBR 9649/86 de rede coletora de esgoto sanitário diz que quando a velocidade final vf
for superior a velocidade critica vc, a maior lâmina admissível deve ser menor ou igual a 50% do
diâmetro do coletor, assegurando-se a ventilação do trecho sendo a velocidade critica definida por:
Vc= 6 x (g x R) ½
Sendo:
Vc= velocidade crítica (m/s)
g= 9,81m/s2 (aceleração da gravidade)
R= raio hidráulico (m)
5-91
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Azevedo Neto, 1998 justifica a equação da velocidade crítica da norma usando as pesquisas de
Volkart, 1980 em que o número de Boussinesq é igual a 6 quando se inicia a mistura de ar e água.
B= vc (g R) -0,5
Sendo:
B= número de Boussinesq
g= aceleração da gravidade m/s2
R= raio hidráulico (m)
Quando se inicia a mistura do ar com a água o numero de Boussinesq é igual a 6 e portanto
B=6
B= vc (g R) -0,5
6= vc (g R) -0,5
Tirando-se o valor da velocidade critica Vc temos:
Vc= 6 x (g x Rc) ½
Azevedo Neto, 1998 recomenda a verificação da velocidade crítica vc em relação a
velocidade final do plano vf e m todos os trechos da canalização.
Nota: cuidado, o raio hidráulico é do ângulo central crítico Rc= (D/4) (1-(seno c)/ c)
Conforme Crespo, 1997 o raio hidráulico R para o cálculo da velocidade crítica pode ser
consultada a Figura (5.44).
R= Khidr x h/D
Com os valores h/D achamos na Figura (26.5) o coeficiente Khidr.
Exemplo 5.40
Calcular a velocidade critica conforme a NBR 9649/86 sendo h/D= 0,50
Entrando na Figura (5.44) com h/D=0,50 achamos Khidr=0,50
R= Khidr x h/D
R= 0,50 x 0,50=0,25
Vc= 6 x (g x R) ½
Vc= 6 x (9,81 x 0,25) ½ = 9,49m/s
5-92
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Figura 5.44- Coeficientes para o calculo do raio hidráulico para a velocidade critica da NBR 9649/86.
Fonte: Crespo, 1997
Exemplo 5.41
Calcular o ângulo central crítico e a velocidade crítica para vazão de 0,010m3/s, diâmetro D=0,15m
tubo de PVC n=0,010.
c= sen c + 8 ( Q2/g) 1/3 [sen(c/2)] 1/3 x D -5/3
c= sen c + 8 ( 0,0102/9,81) 0,33 [sen(c/2)] 0,33 x 0,15 -1,67
c= sen c +4,29 [sen(c/2)] 0,33
5-93
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
y/D= 0,63
R= (D/4) ( 1 – sen θ/ θ )
R= (0,15/4) [ 1 – (sen 3,67)/ 3,67 ] =0,043m
Declividade crítica
Ic= =[n2 x g/ (sen(c/2))] x [c4/ (2,0 D (c – sen c))] (1/3)
Ic= =[0,0102 x 9,81/ (sen(3,67/2] x [3,674/ (2,0x0,15(3,67-sen 3,67] (1/3)
Ic= =[0,00101 x 5,17] 1/3
Ic=0,0052m/m
5-94
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Dica: adotar que a altura máxima em uma tubulação circular que seja de 0,80D.
Tabela 5.40- Diâmetros da seção y/D=0,80 em função da vazão (m3/s) e da declividade (m/m)
conforme Metcalf&Eddy sendo n=0,015 para tubos de concreto
Declividade (m/m)
Q (m3/s)
0,003 0,005 0,01 0,015 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,1
0,10 0,41 0,37 0,32 0,30 0,28 0,26 0,25 0,24 0,23 0,22 0,21
0,20 0,53 0,48 0,42 0,39 0,37 0,34 0,32 0,31 0,30 0,29 0,27
0,30 0,61 0,56 0,49 0,45 0,43 0,40 0,38 0,36 0,35 0,34 0,32
0,40 0,68 0,62 0,54 0,50 0,48 0,44 0,42 0,40 0,39 0,38 0,35
0,50 0,74 0,67 0,59 0,55 0,52 0,48 0,46 0,44 0,42 0,41 0,38
0,60 0,79 0,72 0,63 0,59 0,56 0,51 0,49 0,47 0,45 0,44 0,41
0,70 0,84 0,76 0,67 0,62 0,59 0,55 0,52 0,50 0,48 0,47 0,44
0,80 0,88 0,80 0,70 0,65 0,62 0,57 0,54 0,52 0,50 0,49 0,46
0,90 0,92 0,84 0,74 0,68 0,65 0,60 0,57 0,54 0,53 0,51 0,48
1,00 0,96 0,87 0,77 0,71 0,67 0,62 0,59 0,57 0,55 0,53 0,50
1,10 1,00 0,90 0,79 0,74 0,70 0,65 0,61 0,59 0,57 0,55 0,52
1,20 1,03 0,93 0,82 0,76 0,72 0,67 0,63 0,61 0,59 0,57 0,53
1,30 1,06 0,96 0,85 0,78 0,74 0,69 0,65 0,63 0,60 0,59 0,55
1,40 1,09 0,99 0,87 0,81 0,76 0,71 0,67 0,64 0,62 0,60 0,56
1,50 1,12 1,02 0,89 0,83 0,78 0,73 0,69 0,66 0,64 0,62 0,58
1,60 1,15 1,04 0,91 0,85 0,80 0,74 0,70 0,68 0,65 0,63 0,59
1,70 1,17 1,06 0,94 0,87 0,82 0,76 0,72 0,69 0,67 0,65 0,61
1,80 1,20 1,09 0,96 0,89 0,84 0,78 0,74 0,71 0,68 0,66 0,62
1,90 1,22 1,11 0,97 0,90 0,86 0,79 0,75 0,72 0,70 0,68 0,63
2,00 1,25 1,13 0,99 0,92 0,87 0,81 0,77 0,73 0,71 0,69 0,65
2,10 1,27 1,15 1,01 0,94 0,89 0,82 0,78 0,75 0,72 0,70 0,66
5-95
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Exemplo 5.42
Para declividade de 0,005m/m (0,5%) e vazão de 1m3/s achar o diâmetro da seção a y/D=0,80.
Consultando a Tabela (5.41) achamos D=0,87m e adotamos o diâmetro mais próximo D=0,90m
ou D=1,00m.
Declividade (m/m)
D 0,003 0,005 0,01 0,015 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,1
0,30 0,65 0,84 1,19 1,45 1,68 2,05 2,37 2,65 2,90 3,14 3,75
0,40 0,79 1,02 1,44 1,76 2,03 2,49 2,87 3,21 3,52 3,80 4,54
0,50 0,91 1,18 1,67 2,04 2,36 2,89 3,33 3,73 4,08 4,41 5,27
0,60 1,03 1,33 1,88 2,30 2,66 3,26 3,76 4,21 4,61 4,98 5,95
0,70 1,14 1,47 2,09 2,55 2,95 3,61 4,17 4,66 5,11 5,52 6,60
0,80 1,25 1,61 2,28 2,79 3,22 3,95 4,56 5,10 5,58 6,03 7,21
0,90 1,35 1,74 2,47 3,02 3,49 4,27 4,93 5,51 6,04 6,52 7,80
1,00 1,45 1,87 2,65 3,24 3,74 4,58 5,29 5,92 6,48 7,00 8,37
1,10 1,54 1,99 2,82 3,45 3,99 4,88 5,64 6,30 6,91 7,46 8,91
1,20 1,64 2,11 2,99 3,66 4,22 5,17 5,97 6,68 7,32 7,90 9,45
1,30 1,73 2,23 3,15 3,86 4,46 5,46 6,30 7,05 7,72 8,34 9,96
1,40 1,81 2,34 3,31 4,05 4,68 5,73 6,62 7,40 8,11 8,76 10,47
1,50 1,90 2,45 3,47 4,25 4,90 6,00 6,93 7,75 8,49 9,17 10,96
1,60 1,98 2,56 3,62 4,43 5,12 6,27 7,24 8,09 8,86 9,57 11,44
1,70 2,06 2,66 3,77 4,62 5,33 6,53 7,54 8,43 9,23 9,97 11,92
1,80 2,14 2,77 3,91 4,79 5,54 6,78 7,83 8,75 9,59 10,36 12,38
1,90 2,22 2,87 4,06 4,97 5,74 7,03 8,12 9,07 9,94 10,74 12,83
2,00 2,30 2,97 4,20 5,14 5,94 7,27 8,40 9,39 10,29 11,11 13,28
5-96
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Exemplo 5.43
Achar a velocidade para declividade de 0,005m/m (0,5%) e diâmetro D=1,00 para seção a y/D=0,80.
Consultando a Tabela (5.42) achamos D=1,00m e achamos V=1,87m/s
Tabela 5.42- Vazão Q (m3/s) para y/D=0,80 em função do diâmetro (m) e da declividade (m/m)
conforme Metcalf&Eddy. Q= (K´/n) D8/3 . S 0,5 , sendo n=0,015 para tubos de concreto e
K´=0,305.
Declividade (m/m)
D 0,003 0,005 0,01 0,015 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,10
0,30 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18 0,20 0,22 0,26
0,40 0,10 0,12 0,18 0,22 0,25 0,31 0,35 0,39 0,43 0,47 0,56
0,50 0,18 0,23 0,32 0,39 0,45 0,55 0,64 0,72 0,78 0,85 1,01
0,60 0,29 0,37 0,52 0,64 0,74 0,90 1,04 1,16 1,28 1,38 1,65
0,70 0,43 0,56 0,79 0,96 1,11 1,36 1,57 1,76 1,92 2,08 2,48
0,80 0,61 0,79 1,12 1,37 1,59 1,94 2,24 2,51 2,75 2,97 3,55
0,90 0,84 1,09 1,54 1,88 2,17 2,66 3,07 3,43 3,76 4,06 4,85
1,00 1,11 1,44 2,03 2,49 2,88 3,52 4,07 4,55 4,98 5,38 6,43
1,10 1,44 1,85 2,62 3,21 3,71 4,54 5,24 5,86 6,42 6,94 8,29
1,20 1,81 2,34 3,31 4,05 4,68 5,73 6,61 7,39 8,10 8,75 10,46
1,30 2,24 2,89 4,09 5,01 5,79 7,09 8,19 9,15 10,03 10,83 12,94
1,40 2,73 3,53 4,99 6,11 7,05 8,64 9,98 11,15 12,22 13,20 15,77
1,50 3,28 4,24 5,99 7,34 8,48 10,38 11,99 13,41 14,68 15,86 18,96
1,60 3,90 5,04 7,12 8,72 10,07 12,33 14,24 15,92 17,44 18,84 22,52
1,70 4,58 5,92 8,37 10,25 11,84 14,50 16,74 18,72 20,50 22,15 26,47
1,80 5,34 6,89 9,75 11,94 13,79 16,88 19,50 21,80 23,88 25,79 30,83
1,90 6,17 7,96 11,26 13,79 15,92 19,50 22,52 25,18 27,58 29,79 35,61
2,00 7,07 9,13 12,91 15,81 18,26 22,36 25,82 28,87 31,63 34,16 40,83
Exemplo 5.44
Achar a vazão Q (m3/s) para declividade de 0,005m/m (0,5%) e diâmetro D=1,10 para seção a
y/D=0,80.
Consultando a Tabela (5.36) achamos Q=1,44m3/s
5-97
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
2. Tempo de concentração
Existem várias equações para o tempo de concentração. Não esquecer do tempo de entrada de
10min ou 5min para região mais concentração.
3. Período de retorno
O período de retorno que deve ser admitido é Tr=25anos, mas dependendo da cidade ou do
local pode-se adotar outros períodos de retorno.
4. Método Racional
O método Racional é usado para áreas até 3km2 e usado em todo o mundo para o
dimensionamento de galerias de águas pluviais devido a facilidade de cálculos.
5. Colocação de PV
Com a planta do loteamento colocam-se PV nas esquinas, nas mudanças de níveis de maneira
que a distância máxima entre eles seja de 50m.
Da mesma maneira se colocam bocas de lobo de no máximo em 60m de espaçamento uma da
outra.
8. Dimensionamento do tubo
As tubulações deverão ser calculadas com máximo y/D=0,80 com velocidades mínima de
0,75m/s e máxima de 5 m/s. Caso se use o critério da tensão trativa o valor mínimo será de 2
N/m2.
5-98
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
14. O projeto deverá ser refeito se o custo for muito alto ou se a solução técnica não for
satisfatória.
5-99
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
Figura 5.47- Elementos hidraulicas de seção circular, observando que o ângulo é um graus e não em radianos.
Fonte: Fair, Geyer and Okun´s- Water supply and wastewater removal. Editora John Wiley & Sons, 3a
edição , 2011.
5-100
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-101
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-102
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 5-Microdrenagem
Engenheiro Plínio Tomaz 15 de julho de 2015 pliniotomaz@uol.com.br
5-103