Professional Documents
Culture Documents
organizações
Resumo
Through some comparative studies, it was attested that the results obtained on the implementation
of the Environmental Education as a tool for Environmental Management were very positive, for
this process shows that there will be more efficient results when there is a conscious integration
among all the parties which make up the organizational scenario.This was attested after the
analysis of several methodologies used inside the companies on the implementation of the
environmental education. Using the meaning of Environmental Education, the objectives and goals
of continuous improvement were defined, considering the environmental aspects and impacts
related. On this stage we also considered the legal requirements, the technological, financial and
operational options of environmental control, besides the interested parties.
1 Introdução
Leão e Silva (1999) definem educação ambiental (EA) como sendo educação
acrescida à dimensão ambiental, contextualizada e adequada à realidade interdisciplinar,
vinculada aos temas ambientais locais e globais.
A educação ambiental deve, de acordo com Dias (2000), permitir o entendimento
da natureza complexa do meio ambiente e compreender a interdependência entre os
elementos que compõem o ambiente, com objetivo de utilizar racionalmente os recursos
disponíveis. Para Philippi Jr. e Pelicioni (2005), a EA vai formar e preparar cidadãos para a
reflexão crítica e para uma ação social de correção ou de transformação do sistema, de
forma a tornar viável o desenvolvimento integral dos seres humanos.
Ainda, segundo Philippi Jr. e Pelicioni (2005), no processo educacional ocorre a
interligação dos conceitos de meio ambiente, desenvolvimento e análise das causas de
grandes problemas ambientais. É nesse processo que indivíduo e sociedade estabelecem
valores sociais, e adquirem conhecimentos, atitudes e competências voltadas para o meio
ambiente ecologicamente equilibrado (LEÃO e FALCÃO, 2002).
Dias (2000), enfatiza que a educação ambiental deve instituir os alicerces para a
compreensão holística da realidade, focada na concepção abrangente, técnica e cultural,
aliada ao direito à informação e ao acesso às tecnologias. A AE precisa conseguir
viabilizar o desenvolvimento sustentável na ótica local, regional e nacional, além de
permitir a superação dos obstáculos à utilização sustentada do meio.
A educação ambiental assume o desafio de envolver os diferentes setores da
sociedade, afirmam Leão e Falcão (2002), e lhes proporcionar uma compreensão crítica e
global do ambiente, tornando-os comprometidos a desenvolver atitudes pela preservação
da qualidade sócio-ambiental.
De acordo com Leonardi (apud Silva, Nogueira e Imbroise, 2005), as classificações
das atividades de EA estão relacionadas ao local onde são praticadas. Na educação
informal são agrupadas as atividades que não possuem compromisso com a continuidade,
não sendo necessário definir claramente sua forma de ação e metodologia. A Política
Nacional de Educação Ambiental estabelece que a educação formal seja desenvolvida no
campo das instituições de ensino. A educação não-formal compreende as ações em outras
esferas da sociedade, como as empresas privadas, visando a sensibilização e a proteção das
questões ambientais.
Gunther e Araújo (1998) destacam que a incorporação da questão ambiental no
setor empresarial brasileiro vem se ampliando de forma progressiva, embora os projetos de
educação ambiental em empresas ainda estejam em número reduzido.
4
A gestão ambiental, de acordo com Viterbo Jr. (1998), não deve ser considerada
isoladamente, mas incluída no ambiente de gestão dos negócios, por conviver no mesmo
círculo de gestão de qualidade aplicado por muitas instituições que estão à frente da
certificação ISO 9000.
De acordo com Moreira (2006), a Conferência das Nações Unidas de Meio
Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) fomentou a proposta de criar um grupo específico
na ISO para elaboração das normas elencadas ao meio ambiente,resultando na elaboração
da série de normas ISO 14000. Isso se deu em decorrência dos países envolvidos com o
tema terem despertado para a escassez dos recursos naturais, e o consequente
comprometimento do desenvolvimento.
Dentro desta série de normas, destaca-se o Sistema de Gestão Ambiental (SGA)
que pode ser entendido como a parte de um sistema de gestão global que inclui estrutura
organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos,
processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter
a política ambiental. (MOREIRA, 2004)
A Isovirtual (2005) esclarece que a busca por melhoria na gestão das organizações
e interesse pelas questões de saúde e segurança de forma sistêmica é decorrente da adoção
do Sistema de Gestão Integrado (SGI) por várias instituições. O objetivo é a harmonização
dos elementos da qualidade, do meio ambiente e de saúde e segurança em conformidade às
normas e especificação ISO 9001:2000, ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:1999.
A gestão ambiental se torna um importante instrumento gerencial para a
capacitação e a criação de condições de competitividade para as organizações,
independentemente do segmento econômico de atuação. Empresas siderúrgicas,
montadoras automobilísticas e indústrias de papel e celulose, produtos químicos, dentre
outras, investem em gestão ambiental e marketing ecológico. (TACHIZAWA, 2005)
De acordo com Valle (2000) e Leão e Falcão (2002), as organizações vêm
assumindo o compromisso de introduzir a dimensão ambiental no desenvolvimento dos
seus modelos de gestão. Essa gestão demanda a implantação de sistemas organizacionais e
de produção que valorizam os bens naturais, as fontes de matérias-primas, o uso da
energia, o capital humano e as comunidades do entorno.
Tachizawa (2005) observa que uma gestão ambiental e socialmente responsável
implica em mudança no estilo de gestão. Essa mudança é ocasionada pela substituição do
pensamento mecanicista pelo pensamento sistêmico, que consiste em ver o processo como
um todo, vendo através da complexidade, enxergando as estruturas que geram mudanças.
5
Política Ambiental
o papel principal no processo, independente de sua função dentro da empresa, pois cada
pessoa é de suma importância no desenvolvimento da empresa.
Leão e Falcão (2002) e Moreira (2006) ressaltam que a educação ambiental deve
contemplar todos os níveis hierárquicos e dar sustentabilidade e qualidade às metas
pretendidas e definidas por toda a empresa desde a sua alta direção. Ela também permite,
segundo Valle (2000), uma contínua avaliação dos resultados.
As ações de educação ambiental, conforme Lima e Serrão (1999), devem atuar de
forma interligada ao Sistema de Gestão Ambiental, integrando as áreas de meio ambiente,
recursos humanos, comunicação e de produção. Silva (2006) apresenta as principais fases
do programa de EA (figura 3).
Para Moreira (2006), qualquer sistema organizacional só estará efetivamente
implantado a partir do momento que os funcionários estiverem conscientizados e treinados
a realizar suas tarefas de forma ambientalmente responsável. A conscientização é a pedra
fundamental que possibilita a implantação do sistema, bem como sua sobrevivência ao
longo do tempo. A autora destaca que “treinamento” relaciona-se ao desenvolvimento de
habilidade, algo indispensável, mas insuficiente para garantir sua sustentabilidade. O
trabalho de implantação de política educacional deve começar pelos colaboradores. Neles,
deve-se trabalhar também questões como a auto-estima, valorização profissional e a
8
Diagnóstico ambiental
- Percepção das pessoas
Capacitar os empregados
sobre o SGA
De acordo com Leão e Falcão (2002), podem ser utilizadas como estratégias de EA:
oficinas de trabalho, seminários, ciclos de debates e palestras, teatro e dramatização,
vídeos, estudos de casos, simulações, campanhas de mobilização, gincanas, cursos, visitas
dirigidas, dinâmicase técnicas de trabalho em grupos.
Philippi Jr e Pelicioni (2005) vão além, sugerindo os que foram supracitados e
acrescentando a literatura e os exercícios gestuais que permitem a aprendizagem e a
elaboração de um juízo crítico. Ressaltam, ainda, que atividades como improvisação e
dramatização de textos jornalísticos, artigos de revistas, temas sugeridos, poesias, objetos,
imagens, sons e situações do cotidiano podem permear o trabalho com questões
relacionadas com o meio ambiente.
Para Valle (2000) é essencial que os funcionários reconheçam na educação
ambiental um novo fator de progresso, não a confundindo com a ferramenta utilizada,
como o treinamento profissional, muito embora os dois se complementem.
9
Cada organização deve, de acordo com Viterbo Jr. (1998), desenvolver módulos de
treinamentos para serem aplicados às diferentes funções, podendo, também, desenvolver
multiplicadores para aplicarem o treinamento em cascata, equalizando a mensagem a ser
passada, reduzindo o período para se completar a conscientização.
Moreira (2006) corrobora com o autor, sugerindo a formação de quatro públicos
alvos, conforme conteúdo a ser ministrado e objetivos, para a fase de implementação do
SGA:
• Diretores, gerentes e staff: noções básicas e a importância estratégica do SGA que
podem ser apresentadas através de palestras. O objetivo para esta escala
hierárquica é obter o comprometimento com a implantação do sistema e
adesão à proposta de melhoria ambiental continuada.
• Todos os empregados e terceiros: noções básicas de meio ambiente e SGA, política da
empresa, objetivos e metas, aspectos ambientais, etc., a fim de promover a
conscientização quanto à responsabilidade individual e coletiva com o meio
ambiente, e assumir compromisso com a política ambiental, objetivos e
metas da empresa.
• Empregados e terceiros com funções que podem influenciar o desempenho ambiental e
outras questões relacionadas:, treinamento abordando o aperfeiçoamento na
função, com foco ambiental. Aperfeiçoamento da gestão ambiental,
objetivando a contribuição de áreas específicas: P&D, Projetos, Engenharia
de Processo, Operações, Aquisições e Contratações, Comunicação, Meio
Ambiente, etc.
• Empregados e terceiros cujas ações afetem o meio ambiente: apresentação sobre o
cumprimento de requisitos por meio de instruções de trabalho, assegurando
que os requisitos legais e outros sejam cumpridos na rotina operacional, de
maneira responsável e consciente.
• “Faz e acontece”: Curso básico de Noções de Ecologia; Curso básico de Arte Dramática;
Curso básico de Produção de Vídeos.
• Diversão e aprendizagem ecológica: Módulo Básico de Educação Ambiental em CD-
ROM com as seguintes características: O modulo é destinado a todos
aqueles que desejam adquirir conhecimentos básicos sobre meio ambiente e
pode ser acessado sem que seja necessário entender de computação.
Recursos de sons, imagens e textos são usados de forma a envolver o
usuário, além de criar uma motivação adicional que é a sua participação
numa espécie de jogo, que permite que ele próprio se auto-avalie.
• Programa: “Pode entrar! A casa é sua”: Excursões na empresa; Sessões de palestras;
Sessões de dinâmicas de grupo; Sessão de filmes educativos; Esta etapa
poderá ser operacionalizada pelo grupo "Faz e acontece" mencionado
anteriormente.
Considerações Finais
Referências Bibliográficas
AZEVEDO, Andréa Aguiar, NOGUEIRA, José Madeira, IMBROISE, Denise. Limites e Potencialidades de
Instrumento de Gestão Sócio-ambiental: avaliando um programa de educação ambiental em empresa
do setor siderúrgico. 2009, Disponível em: <www.unb.br> acesso em setembro de 2009.
BRASIL. Lei nº 9795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política
Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Brasília, 1999. Disponível
em:<www.mec.gov.br> acesso em: setembro de 2009.
17
DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental; Princípios e Práticas. 6ª Ed.rev e ampl. São Paulo: Ed.
Gaia, 2000.
GUNTHER, Wanda Maria Risso; ARAUJO, Joyce Maria de. Educação Ambiental: Abordagem
institucional para a Gestão Ambiental. 1998. Disponível em: <www.bvsde.paho.org> acesso em agosto de
2009.
ISOVIRTUAL Consultoria, Auditoria, Treinamentos e Softwares Ltda. Sistema de gestão integrado.
Disponível em <www.isovirtual.com.br> acesso em setembro de 2009.
LEÃO, Ana Lúcia Carneiro; SILVA, Lúcia Maria Alves. Fazendo Educação Ambiental, 4ª Ed.rev.atual.
Recife: CPRH, 1999.
LEÃO, Ana Lúcia Carneiro ; FALCÃO, Carlos Alberto Campos. Fazendo educação e vivendo a gestão
ambiental. Recife: CPRH, 2002. Disponível em: <www.coopttec.coop.br > acesso em agosto de 2009
LIMA, José Lindomar Alves. A Educação Ambiental e a Gestão dos Recursos Humanos na Gestão
Ambiental. 1999. Disponível em: <http://ambientes.ambientebrasil.com.br> acesso em agosto de 2009.
LIMA, José Doma Alves, SERRÃO, Mônica Armond. A Educação Ambiental como instrumento do
Sistema de Gestão Ambiental, 1999. Disponível em: <www.niead.ufrj.br> acesso em agosto de 2009.
MACÊDO, Maria Auxiliadora de Abreu. Proposta metodológica de programa de educação ambiental
com enfoque na ISO-14001. 1997. Disponível em: <www.bvsde.paho.org> acesso em outubro de 2009.
MOREIRA, A. P. Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e a ISO 14001: um estudo de caso – Florianópolis,
2004. Disponível em <www.tede.ufsc.br> acesso em setembro de 2009.
MOREIRA, M. S. Estratégia e implantação do sistema de gestão ambiental, Modelo ISO 14000 – Nova
Lima: INDG Tecnologia e Serviços Ltda, 2006.
PHILIPPI JR, Arlindo; PELICIONI, Maria Cecília Focesi, editores. Educação ambiental e
sustentabilidade. Barueri, Manole, 2005.
SILVA, Gilsane de Arruda; NOGUEIRA, José Madeira; IMBROISE, Denise. A eficácia da educação
ambiental em programas de gestão sócio-ambiental de empresas privadas: o caso da cimento Itaú. 2005.
Disponível em: <www.unb.br> acesso em setembro de 2009.
SILVA, Viviane Maciel. Um programa de educação ambiental com funcionários: um estudo de caso em
uma companhia siderúrgica no Espírito Santo. 2006. Disponível: <www.aedb.br> acesso em outubro de
2009.
TACHIZAWA, Takeschy. Gestão ambiental e responsabilidade social: estratégias de negócios focadas na
realidade brasileira. 3 ed. revista e ampliada - São Paulo: Atlas, 2005.
VALLE, Cyro Eyer do. Como se preparar para as Normas ISO 14000: Qualidade ambiental – O desafio
de ser competitivo protegendo o meio ambiente. 3ª Ed. Atual. São Paulo: Pioneira, 2000.
VITERBO JR, Ê. Sistema integrado de gestão ambiental: como implementar um sistema de gestão que
atenda à norma ISO 14001, a partir de um sistema baseado na norma ISO 9000 – São Paulo: Aquariana,
1998.