O documento discute a importância das praças nas cidades antigas e como elas eram usadas para atividades públicas ao ar livre. Também contrasta como as praças eram projetadas e usadas nas cidades antigas versus cidades modernas, notando que nas cidades modernas as praças muitas vezes são apenas espaços vazios entre prédios sem um propósito claro.
Original Description:
Fichamento a Construção Das Cidades Segundo Seus Princípios Artísticos.
Original Title
SITTE, Camilo. a Construção Das Cidades Segundo Seus Princípios Artísticos.
O documento discute a importância das praças nas cidades antigas e como elas eram usadas para atividades públicas ao ar livre. Também contrasta como as praças eram projetadas e usadas nas cidades antigas versus cidades modernas, notando que nas cidades modernas as praças muitas vezes são apenas espaços vazios entre prédios sem um propósito claro.
O documento discute a importância das praças nas cidades antigas e como elas eram usadas para atividades públicas ao ar livre. Também contrasta como as praças eram projetadas e usadas nas cidades antigas versus cidades modernas, notando que nas cidades modernas as praças muitas vezes são apenas espaços vazios entre prédios sem um propósito claro.
artísticos. São Paulo: Editora Ática S. A., 1992. [...] elas servem, na maioria das vezes, a nenhum outro propósito além de garantir maior circulação de ar e luz, provocar uma interrupção na monotonia do oceano de moradias e, de qualquer maneira, garantir uma visão mais ampla sobre um edifício monumental, realçando seu efeito arquitetônico [...] Nas cidades antigas as praças eram uma necessidade vital de primeira grandeza, na medida que ali tinha lugar uma grande parte da vida pública, que hoje ocupa espaços fechados, em vez das praças abertas. A ágora das antigas cidades gregas era o espaço das assembleias sob céu aberto. O mercado, a segunda praça principal de uma cidade antiga, ainda hoje se mantém ao ar livre, porém com uma tendência crescente transferir-se para pavilhões fechados. Lembrando que também os sacrifícios eram realizados ao relento diante dos templos, que todos os jogos e mesmo a representação de tragédias e outras obras dramáticas se realizavam em teatros descobertos [...] p. 15-17 [...] o Fórum está para a cidade inteira assim como para a casa de família está o átrio [...] p. 22 Persistiu a diferenciação entre ágora ou Fórum por um lado, e praça do mercado por outro. O mesmo aconteceu ao empenho de reunir, nestes que são os pontos principais da cidade, as construções mais eminentes, guarnecendo com chafarizes, monumentos, estátuas, memoriais e outras obras de arte os locais mais soberbos de uma comunidade. p. 25 [...] aqui, concentravam-se o movimento, tinha lugar as festas públicas, organizavam-se as exibições, empreendiam-se as cerimônias oficiais, anunciavam-se as leis, e se realizava todo tipo de eventos semelhantes. p. 25 [...] as praças também eram manifestação da diferença entre autoridade secular e autoridade eclesiástica, distinção que a antiguidade não fazia da mesma maneira. p. 25 [...] os antigos dispunham seus monumentos e estátuas ao longo dos muros de suas praças [...] p. 33 [...] nós consideramos apropriado somente o centro da praça, e, portanto, seja qual for seu tamanho, ele nunca poderá receber mais que uma obra; além disso, quando uma praça é irregular, seu centro geométrico não pode ser definido, não há lugar para um único monumento, e assim ele permanecerá eternamente vazia. p. 34 No Fórum Romano, a preservação do centro livre é de uma evidência quase tangível. p. 35 [...] quanto mais nos aproximamos de nosso tempo, mais frequente se torna a disposição de monumentos no centro da praça [...] p. 35 Assim compreendemos por que a composição é variada em cada cidade, em cada praça, pois, justamente, também são várias as desembocaduras das ruas, as linhas do trânsito, as antigas ilhotas entre elas, enfim, todo o seu desenvolvimento histórico [...] p. 37 Neste sistema natural, observa-se a coincidência das exigências do trânsito e do efeito artístico, fato compreensível, pois aquilo que por um lado garante a liberdade das linhas de trânsito, por outro garante também a liberdade da linha de visão. p. 38 Hoje, em contrapartida, é designado por praça qualquer espaço vazio entre quatro ruas. Talvez esta circunstância seja suficiente em termos de higiene ou de outras considerações técnicas, mas, sob o ponto de vista artístico, um terreno vazio não é uma praça. p. 47 Em tempos antigos, todas as disposições e formas arquitetônicas citadas agrupavam-se espontaneamente como um sistema completo para o fechamento de praças, em oposição ao qual é hoje observamos o empenho em se manterem as praças abertas. p. 53 [...] podemos analisar duas categorias de praças: as de largura e as de profundidade [...] Definimos se uma praça é de um tipo ou de outro quando o observador se encontra defronte ao principal edifício de todo o conjunto. p. 55 Nas cidades modernas, estas praças gigantescas, de vastas dimensões, existem quase unicamente como lugar para exercícios, sem causar, de fato, o efeito de uma praça urbana, pois já não há uma relação proporcional entre as dimensões da praça e os edifícios ao seu redor. p. 58 A relação entre os edifícios e as praças não pode ser definida com a mesma exatidão com que, por exemplo, os manuais determinam a relação entre colunas e travejamentos. p. 60 A origem das irregularidades típicas dessas praças antigas encontra-se em seu gradual desenvolvimento histórico [...] p. 63 Essas praças triangulares costumam ter uma aparência ruim, porque aqui se torna impossível uma ilusão do olhar, pois as linhas de fuga dos edifícios adjacentes se entrechocam de forma constante e grosseira. p. 68 Nos capítulos precedentes, a maioria dos exemplos utilizados como modelo era italiana [...] p. 75 Hoje, quase ninguém mais se ocupa da construção urbana enquanto obra de arte, mas apenas enquanto um problema técnico. p. 94 Na construção urbana moderna, a relação entre espaços vazios e espaços construídos inverte-se por completo. Outrora, o espaço vazio (ruas e praças) formava um todo coeso e de efeito calculado; hoje, as áreas construídas como entidades fachadas e de maneira regular, e o que resta entre elas são as ruas e as praças. p. 97 [...] o ponto de vista moderno nega todas as reivindicações da arte. p. 101 Falta ainda mencionas um importante motivo da construção urbana moderna: as alamedas e os jardins. Sem sombra de dúvida, esses elementos contêm um importante fator higiênico. p. 107 A disposição moderna segue o caminho contrário, dividindo tudo em blocos isolados: blocos de casas, blocos de praças, blocos de jardins, tudo circunscrito ao traçado das ruas. p. 110
CAVALCANTE, Regina Barbosa Lopes. A Preservação Do Cemitério Nossa Senhora Da Piedade Como Patrimônio para Maceióal. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Alagoas, Maceió