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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 3
1.1 Mistura e agitação ....................................................................................................................... 3
1.2 Impulsores.................................................................................................................................... 3
1.2.1 Classificação dos impulsores ................................................................................................. 4
1.3 Efeito vórtex ................................................................................................................................. 5
1.4 Potência ........................................................................................................................................ 5
1.4 Intensidade de agitação............................................................................................................... 7
2. OBJETIVO ........................................................................................................................................ 8
3. METODOLOGIA ............................................................................................................................. 8
3.1 Materiais ...................................................................................................................................... 8
3.2 Métodos ........................................................................................................................................ 9
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................................. 10
1. INTRODUÇÃO
1.1 Mistura e agitação
No dia a dia das atividades industriais, destacam-se duas operações unitárias: a mistura
e agitação. Embora similares, é necessário destacar as diferenças entre ambas. O processo de
mistura consiste no movimento aleatório de duas ou mais fases inicialmente separadas. Seus
principais objetivos são: dissolver líquidos miscíveis e dissolver sólidos [1] [2].
Diferentemente da mistura, a agitação pode envolver apenas uma substância. Ela
consiste no movimento induzido, geralmente circulatório, de materiais em um reservatório por
meio de impulsores giratórios. Tem como objetivos acelerar as taxas de transferências de calor
e massa, facilitar a realização das reações químicas e obter a suspensão de partículas em meio
líquido [1] [2] [3].
Na indústria de transformação, os dois processos são empregados em diversos
equipamentos destinados à promoção de transformações físico-químicas. Alguns exemplos são:
trocadores de calor e massa; tanques de floculação, de dissolução de ácidos e de extração [3].
1.2 Impulsores
Os impulsores, ou impelidores, são acessórios empregados no processo de agitação,
responsáveis por transmitir energia mecânica ao material visando sua movimentação.
Dependendo do impulsor empregado, podem ocorrer diferentes tipos de fluxos, entre
eles, destacam-se: radial, axial ou misto.
O fluxo radial gera um escoamento perpendicular ao eixo de rotação do impulsor,
conforme a figura 1 abaixo:
1
Disponível em: https://www.lojasynth.com/acessorio-p-equipamento/helices/helice-dissolutora-dissolvente-
o8x35cm.
O fluxo axial é caracterizado pelo escoamento paralelo ao eixo de rotação do impulsor,
de acordo com a figura 2:
2
Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfWU8AH/2012-1-aula-07-01-agitacao-mistura-teoria
Figura 3: Impelidor de seis pás retas com disco (turbina de Rushton), à esquerda, e impelidor
de quatro pás inclinadas, à direita. [3]
B. Hélices: chamadas hélices navais (figura 4), provocam fluxo principalmente axial;
age transformando o movimento de rotação do motor em movimento linear do fluido. É
utilizada para emulsões que apresentam baixa viscosidade, solubilizações e reações químicas.
Apresenta menor tempo de mistura, quando comparado com outros tipos de impulsores e tem
como desvantagens seu alto custo e dificuldade na determinação de sua melhor localização no
tanque.
1.4 Potência
Considere o movimento do fluido (figura 5) devido à ação de um impulsor que, após
um determinado tempo, retorna ao ponto de partida (1,2).
Figura 5: Movimento do fluido dentro de um tanque agitado (pdf)
Tendo em vista a realização de trabalho de eixo e a energia dissipada por atrito por vazão
̂𝑢 e 𝐸̂𝑓 , respectivamente, pode-se escrever a equação de energia mecânica, dada por
mássica, 𝑊
Bernoulli:
𝑃1 𝑣1 2 𝑃 𝑣 2
+ ̂𝑢 = 2 + 2 + 𝑧2 + 𝐸̂𝑓
+ 𝑧1 + 𝑊 (1)
𝛾 2∙𝑔 𝛾 2∙𝑔
̂𝑢 = 𝐸̂𝑓
𝑊 (2)
𝑊̇𝑢 𝑊̇𝑢
̂𝑢 =
𝑊 = (3)
𝑚̇ (𝜌 ∙ 𝑣 ∙ 𝐴)
𝐿 ∑ 𝐿𝑒𝑞 𝑣 2
̂
𝐸𝑓 = 𝑓 ∙ ( + )∙ (4)
𝐷 𝐷 2
𝐿 ∑ 𝐿𝑒𝑞 𝑣 2
̇
𝑊𝑢 = 𝑓 ∙ ( + )∙ ∙ (𝜌 ∙ 𝑣 ∙ 𝐴) (5)
𝐷 𝐷 2
Considerando que não haja singularidades no caminho do fluido, ∑ 𝐿𝑒𝑞 = 0, e que a
distância percorrida pelo fluido 𝐿 seja aproximadamente o diâmetro do impelidor 𝐷, a expressão
(5) torna-se:
𝑣3
𝑊̇𝑢 ≈ 𝑓 ∙ ∙ (𝜌 ∙ 𝐴) (6)
2
𝑣 ∝𝑁∙𝐷 (7)
𝐴 ∝ 𝐷2 (8)
𝑓
𝑊̇𝑢 ∝ ∙ 𝑁 3 ∙ 𝐷5 ∙ 𝜌 (9)
2
Para retirar o sinal de proporcional, multiplica-se o termo à direita por uma constante
arbitrária Z:
𝑓
𝑊̇𝑢 = 𝑍 ∙ ∙ 𝑁 3 ∙ 𝐷5 ∙ 𝜌 = 𝑁𝑃𝑜 ∙ 𝑁 3 ∙ 𝐷5 ∙ 𝜌 (10)
2
𝜌∙𝐷∙𝑣 𝜌 ∙ 𝐷2 ∙ 𝑁
𝑅𝑒 = = (11)
𝜇 𝜇
𝑊𝑢̇ 4 ∙ 𝑊𝑢̇
𝑁𝐴 = = (12)
𝑉 𝜋 ∙ 𝐷2 ∙ 𝐻
2. OBJETIVO
Determinar o perfil de agitação para a água em um tanque padrão com o uso de
diferentes impelidores em rotações distintas.
3. METODOLOGIA
3.1 Materiais
Tanque
1 impelidor contendo 6 pás retas e disco central (Turbina de Rushton)
1 impelidor contendo 4 pás inclinadas
Água
Formador de bolhas
Motor
Régua
Termômetro
3.2 Métodos
Primeiramente, foram medidas as seguintes dimensões:
Diâmetro do tanque
Altura do líquido no interior do tanque
Altura do impelidor com relação ao fundo do tanque
Temperatura líquido
Comprimento da chicana
Em seguida, para cada um dos dois tipos de impelidores, foram aplicadas três frequências
de rotação diferentes e observados os perfis de agitação para cada caso.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os dados experimentais coletados para cada impelidor, número N de rotações por minuto
e perfil de agitação do líquido no tanque, nas diferentes rotações nas quais foram realizadas as
medições estão apresentados na tabela 2.
Para o cálculo dos números de Reynolds Re para cada medição, foi necessário consultar
os valores de densidade 𝜌 e de viscosidade dinâmica 𝜇 da água a 28,7 °C. De acordo com o
Perry’s Chemical Engineer’s Handbook 2-91 e 2-322, esses valores são 996,032 kg/m³ e
0,00087 Pa.s, respectivamente.
Utilizando a equação (11), calculou-se os números de Reynolds para cada medição. Em
seguida, estimou-se os números de potência Npo, tendo como base o gráfico do número de
potência em função do número de Reynolds (o da direita), fornecido em aula pela docente. Para
o impelidor de pás retas, utilizou-se a curva 1. Já para o impelidor de pás inclinadas, não houve
uma curva que o representasse totalmente; portanto, escolheu-se a curva 6 (impelidor com 6
pás inclinadas sem disco) por ser aquele que mais se assemelhasse com o impelidor utilizado.
Por fim, calculou-se a potência útil e a intensidade de agitação do fluido, a partir das
equações (10) e (12), respectivamente. Os resultados obtidos encontram-se na tabela 3.
Tabela 3 – Resultados
Intensidade
Impelidor Potência de Potência por
Medição Re de agitação
de pás agitação (W) volume (W/m³)
1 27375,844 0,202 23,242 Débil
Inclinadas 2 62692,773 2,431 279,139 Média
3 69797,954 3,355 385,208 Média
4 26957,892 0,826 94,827 Suave
Retas 5 62703,222 10,393 1193,280 Intensa
6 70633,857 14,856 1705,735 muito forte