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Notas Psicologia Social I – P1

Caderno Sumarizando (Marcelo Santana Ferreira)


Quadro sobre Foucault #1:
a) Social > Um conceito
b) Gênese do social a partir da noção de infância > social como categoria
c) O teatro do cotidiano e o engendramento de monstros
d) Uma nova grade de inteligibilidade
e) Discurso, confissão e registro
f) Epistemologias da Psicologia Social

Quadro sobre Foucault #2 e Farr Cap 2 (Emergência) #1:


. O monstro é um parente “distante” do anormal
. Sociedade de soberania > sociedade disciplinar
> dispersão de poder, se tornando diluído, difuso
. O poder é imanente às relações sociais
. Distância entre o que se fala e sobre o que se fala
. Indivíduos: vidas administráveis, gerado pela administração social, algo coletivo
. Sujeito: singularidade, debruçar sobre x si mesmo, autonomia, algo singular
. Emergência da psicologia como ciência natural e social
. Encerrando a discussão

. Introdução a epistemologia da psicologia social


. A situação da universidade medieval e a universidade moderna
. A longa história e o curto passado da psicologia social sob a perspectiva positivista
. Formas de pesquisa > a filosofia e a psicologia
. Um método analítico e a experiência imediata
. Os objetos da psicologia e a interação recíproca entre muitos para se entender processos generativos
. A psicologia social como ciência experimental nos estados unidos
. A separação entre psicologia fisiológica e psicologia social
. O método positivista e Wundt
. Uma primeira imagem da psicologia social.

Quadro sobre Farr Cap 2 (Emergência) #2:


. Gênese do social > processo de individualização disciplinar > ciências do homem
. A emergência da psicologia social no projeto de Wundt
> Psicologia fisiológica/psicológica dos povos
> Limites do método e os processos mentais superiores;
A Psicologia como ciência experimental
. As massas e as multidões no século XIX.
Gustave Le Bon e a relação entre normalidade e anormalidade;
Freud e as duas concepções de aparelho psíquico;
Mead e os intermediários;
A psicologia social e o estudo da personalidade autoritária
. Caminhos para a compreensão da perspectiva de George Mead
Quadro sobre Farr Cap 4 (Mead) #1:
a) Relação entre indivíduo e sociedade
b) Mente, self e sociedade
c) Interacionismo simbólico/Behaviorismo social
d) Relação entre continuidade e descontinuidade
e) A relação entre as mãos e o desenvolvimento do SNC
f) Psicologia social psicológica e sociológica
g) Mente e consciência
h) George Mead e estudos sobre o eu

Quadro sobre tudo:


I) Panorama Conceitual (p1)
. Genealogia do Social > Indivíduo e formação do campo das ciências humanas
> Epistemologia da psicologia social
> Projeto da Psicologia dos Povos e Interacionismo Simbólico.

II) As instituições totais (P2)


. Mead, Goffman e a Escola de Chicago
. Instituições totais
. O eu e a vida social
. Continuidade (Continuum) e descontinuidade
. Profanação do Eu Civil
. Estojo de Identidade e o estatuto do “Eu”

Sínteses Ensaios
Aspecto Social da Psicologia
Por Farr, depreende-se que o aspecto social da psicologia, de certo modo, foi órfão desde seu início,
não tendo a psicologia instrumental como disciplina-mãe. Isso apesar das tentativas posteriores de
produzir uma historicidade linear da psicologia social como ramo e como subdisciplina da psicologia, em
detrimento das contribuições da sociologia em sua emergência. Farr relata que, como leitura de verão,
gostaria de entender melhor a necessidade wundtiana de separar a Volkerpsychologie de sua Psicologia
Fisiológica, sem saber que isso mudaria sua noção da psicologia social para sempre. Para Robert, Wundt,
nos dez volumes de sua Psicologia dos Povos (1900-20), corajosamente foi o primeiro a tentar de modo
significativo produzir uma interação orientada para a comunidade de psicologia social, descentralizando o
foco na consciência individual (marca da psicologia experimental) e assumindo uma investigação por
métodos comparativos e históricos. Resoluto, Wundt divide a psicologia experimental em ciência natural
(Naturwissenschaft) e a psicologia social em ciência humana (Geisteswissenschaft) [será essa a divisão que ajuda a
produzir a marginalização da psicologia social na Alemanha, como diz Danziger?] . A geração seguinte à Wundt, em sua rejeição de
viés positivista, só as técnicas experimentais e laboratoriais, de teor singular e individualizante,
caracterizariam uma investigação científica adequada, de modo que a Volkerpsychologie seria totalmente
ignorável em favor da pesquisa individual orientada da psicologia fisiológica.
Tabela de níveis de teorização

Nível do Fenômeno
Teórico Individual Intermédio Coletivo
Wundt psicologia fisiológica Volkerpsychologie
Durkheim representações individuais representações coletivas
Le Bon o indivíduo a multidão
Freud estudos clínicos (e cínicos) Ego, Id e Superego crítica psicanalítica da cultura e da sociedade
de Saussure Parole Langue
Mead instintos self sociedade
comportamento dos Comportamento institucional; opinião pública
F. H. Allport indivíduos

Foucault Sumarizando o texto A Vida dos Homens Infames


[205] Foucault encontra as cartas régias com ordem de prisão (lettres de cachet) na exumação dos
arquivos internos do Hospital Geral e da Bastilha. Tomando os textos em sua aridez, elabora então uma
antologia de existências, vidas de algumas linhas ou de algumas páginas. Vidas breves, encontradas por
acaso em livros e documentos. Pretende saber por que, de repente, tinha sido tão importante em uma
sociedade como a nossa que um monge escandaloso ou um agiota extravagante e inconsequente fossem
sufocados como se sufoca um grito, um fogo ou um animal. Usando nessa pretensão a exposição de
existências-relâmpagos, como poemas-vidas em coletânea sob algumas regras simples, entre as quais, de
que se produza um choque dessas palavras e que nasça dessas vidas um efeito misto de beleza e temor.
Diferindo, portanto, de um caráter informativo ou de “notícia”, apesar da rapidez do relato e da realidade
que os acontecimentos encerram; em favor de uma vibração sentida ao encontrar essas vidas ínfimas que
se tornaram cinzas nas poucas frases que as abateram. Conservando o caráter da existência real, com lugar
e data, há o propósito de banir tudo o que pudesse ser imaginação ou literatura. Não é uma compilação de
retratos, mas armadilhas, gritos, armas, gestos, atitudes, intrigas [tretas] cujas palavras foram os
instrumentos. Vidas reais. Esses discursos realmente atravessaram vidas; essas experiências foram
efetivamente riscadas e perdidas nessas palavras.
[209] Um dos traços fundamentais de nossa sociedade é que nela o destino tome a força da relação
com o poder, da luta com ou contra ele. O ponto mais intenso das vidas, aquele em que se concentra sua
energia, é bem ali onde elas se chocam com o poder, se debatem contra ele, tentam utilizar suas forças ou
escapar de suas armadilhas. As falas breves e estridentes vão e vêm entre o poder e as existências mais
essenciais são para estas o único momento que jamais lhes foi concedido. Mas há um breve clarão que as
traz até nós, uma lenda dos homens obscuros a partir dos discursos que, na desgraça ou na raiva, eles
trocam com o poder. “Lenda” porque há produção de um certo equívoco do fictício e do real, mas que
mesmo sendo puramente imaginário, na insistência dos relatos, toma a espessura histórica de alguém que
teria existido. “Lenda negra” porque se difere da “lenda dourada” dos famosos, de modo que se devem ao
azar que as fez sobreviver, ao acaso dos documentos encontrados. É divertido, se quisermos, ver aí uma
revanche: a chance que permite que essas pessoas absolutamente sem glória surjam do meio de tantos
mortos, gesticulem ainda, continuem manifestando sua raiva, sua aflição ou sua invencível obstinação em
divagar, compensa talvez o azar que lançara sobre elas, apesar de sua modéstia e anonimato, o raio do
poder. São vidas como se não tivessem existido, vidas que só sobrevivem do choque com um poder que
não quis senão aniquilá-las, ou pelo menos apagá-las. Infames com a máxima exatidão, não existem senão
através das poucas palavras terríveis que eram destinadas a torná-los indignos para sempre da memória
dos homens. Diferem dos homens da lenda gloriosa, e mesmo dos realizadores de assombro e escândalo,
que, ao contrário do que se poderia supor, não são infames, mas sim, por razões inversas de notoriedade,
participantes de uma modalidade da universal fama.
[212] Os discursos de poder na Idade Clássica engendra monstros. Por que esse teatro tão enfático
do cotidiano? A tomada do poder sobre o cotidiano é organizada pelo cristianismo em torno da confissão:
obrigação de fazer passar regularmente sobre o fio da linguagem o mundo minúsculo do dia-a-dia em um
ritual em que o falante fala e é ao mesmo tempo de quem se fala. O Ocidente cristão inventou essa
surpreendente coação imposta a cada um, de tudo dizer para tudo apagar, de formular até as mínimas
faltas em um murmúrio ininterrupto, obstinado, exaustivo. No entanto, isso muda em dado momento e o
agenciamento administrativo e não mais religiosa é artificie de um mecanismo de registro, não mais de
perdão. Para esse enquadramento seguinte, se utilizam sistematicamente procedimentos antigos, mas até
então localizados: denúncia, queixa, inquirição, relatório, espionagem e interrogatório. O registro por
escrito do que é dito se acumula, constitui dossiês e arquivos. A voz única, instantânea e sem rastro da
confissão penitencial que apagava o mal apagando-se a si mesma é substituída por vozes múltiplas que se
deposita em uma enorme massa documental, a memória incessantemente crescente de todos os males do
mundo. É um tipo de relação completamente diferente que se estabelece entre o poder, o discurso e o
cotidiano, uma maneira totalmente diferente de regê-lo e de formulá-lo. Seus primeiros instrumentos,
arcaicos mas já complexos, são conhecidos: petições, cartas régias com ordens de prisão ou as ordens do
rei, internamentos diversos, relatórios e decisões de polícia. É importante observar que as “ordens do rei”
não baixavam de improviso, eram solicitadas contra alguém por seus familiares, vizinhos, ou membros da
comunidade. Elas eram humilde e insistentemente solicitadas e a lettre de cachet com ordens de prisão
não era senão a resposta a essa demanda vinda de baixo. Mas não era concedida com pleno direito a quem
pedia; uma inquirição devia precede-la, destinada a julgar o fundamento da demanda. Esse foi um episódio
bastante breve (não mais que um século de duração) e apenas na França, mas de total relevância para a
história dos mecanismos do poder. Cada um pode usar para si, para seus próprios fins e contra os outros a
enormidade do poder absoluto: fica à disposição mecanismos de soberania, uma possibilidade dada, a
quem fosse hábil para captá-la, desviando os efeitos em seu benefício. A soberania vem então inserir-se no
nível mais elementar do corpo social. Cada um, se sabe jogar o jogo, pode tornar-se para o outro um
monarca terrível e sem lei. Para o uso desse poder, é preciso “seduzi-lo”, de modo que ele se torna a um só
tempo objeto de cobiça e de sedução – desejável na mesma medida em que é totalmente temível. O rei,
contudo, perde cada vez mais sua potência tradicional em benefício de um poder administrativo; e o poder,
por ter se metido todos os dias em tantos ódios e intrigas, torna-se detestável: “ao cortar a cabeça do rei, a
Revolução Francesa decapitou todos os pais de família”.
[216] As variações individuais de conduta passam a ser oferecidas pelo discurso para a tomada de
poder. Um murmúrio que não cessará começa a se elevar e o insignificante, com suas vergonhas e
segredos, cessa de pertencer ao silêncio. Coisas que compõem o comum, o detalhe sem importância, a
obscuridade, os dias sem glória, a vida comum, os dias sem glória, podem e devem ser ditas, ou melhor,
escritas. Elas se tornaram descritíveis, passíveis de transcrição, na própria medida em que foram
atravessadas pelos mecanismos de um poder político. Há o nascimento então de uma imensa possibilidade
de discurso! [Culminará na internet e na era da comunicação?] Uma grade de inteligibilidade é aplicada
sobre os gestos, sobre as maneiras de ser e de fazer, com a onipresença ao mesmo tempo real e virtual do
monarca, uma ubiquidade física. Em sua forma primeira, esse discurso cotidiano era inteiramente voltado
para o rei. O banal não podia ser dito, observado, senão em uma relação de poder assombrada pela figura
do rei – por seu poder real e pelo fantasma de sua potência [diferença entre poder potência?]. Daí a forma
singular desse discurso: exigia uma linguagem decorativa, imprecativa ou suplicante; o discurso político da
banalidade não podia ser senão solene. Nesses textos produz-se também um outro efeito de disparate
[suprimido: página 218, único parágrafo evidente, região medial]. Dia virá em que esse disparate estará
apagado. O poder que se exercerá no nível da vida cotidiana não mais será o de um monarca próximo ou
distante, todo-poderoso e caprichoso, fonte de toda justiça e objeto de sedução. O poder será constituído
de uma rede fina, diferenciada, contínua, na qual se alternam instituições diversas [internet?], em uma
linguagem que se pretenderá ser a da observação e da neutralidade. O banal se analisará segundo a grelha
eficaz mas cinza da administração, do jornalismo e da ciência.
[219] Momento importante foi o que uma sociedade emprestou palavras, torneios e frases, rituais
de linguagem à massa anônima de pessoas para que pudessem falar de si. Como o poder seria leve e fácil
de desmantelar então, de alcançar, mas ele não é tangível, não é simplesmente orelha e olho, ele faz agir e
falar; ele incita, suscita e produz à espreita, difuso, vendo sem ser visto, vigiando, surpreendendo,
interditando e punindo. Essa maquinaria foi sem dúvida importante para a constituição de novos saberes.
O cotidiano só podia ter acesso ao discurso atravessado e transfigurado pelo fabuloso, de modo que era
preciso que a vida fosse extraída para fora dela mesma, marcada com um toque de impossível. Apenas o
fato de falar dela fazia rir. Quando se instaura um dispositivo para foçar a dizer o ínfimo, o que não se dizia,
o que não merece nenhuma glória, o infame, a ficção, doravante, substitui o fabuloso e o romance se
desembaraça do romanesco – e só se desenvolve liberando-se dele cada vez mais completamente. A
literatura faz parte desse grande sistema de coação através do qual o Ocidente obrigou o cotidiano a se pôr
em discurso. Cabe à literatura dizer o mais indizível, mas não se deve esquecer que essa posição singular
não é senão o efeito de um certo dispositivo de poder que atravessa no Ocidente a economia dos discursos
e as estratégias do verdadeiro. Está na desordem, no barulho e na dor o trabalho do poder sobre as vidas, e
o discurso que dele nasce.

Resumo apócrifo:

Parágrafo 1: Foucault pegou umas “queixas e sentenças” sobre a plebe na França pré-revolução e
resolveu publicar e comentar isso. São notinhas bem rápidas que mostram algo de ruim que uma pessoa
fazia. Tinha coisas absurdas, tipo um cara que era mal visto por andar sozinho ou por não gostar da família.
Ele queria dar um caráter de realidade nessa exposição, deixando claro que essas vidas existiram, apesar de
terem sido esmagadas por um poder político absoluto, só restando esse breve relato delas.
Parágrafo 2: Viagem no barato que é o fato dessas vidas suprimidas há séculos serem repescadas
por uns fragmentos maldizentes sobre elas. Dá até pra chamar de Lenda. E é bacana pensar nisso como
uma revanche. Esnobaram os caras por serem comuns e agora eles serão rediscutidos e repensados. No
fim, eles sobreviveram mais um cado.
Parágrafos 3 e 4: Na real esse episódio das cartas é o prenúncio de uma era em que toda a tradição
oral, cristã e de confissão, vai ser substituída pela escrita e pelo registro. E isso dissolve as figuras de poder,
aumentando a possibilidade de controle e gerenciamento de todos, na medida em que nem se sabe mais
“onde o poder está”. Não tem mais rei, os comuns passam a ser ouvidos cada vez mais e com isso também
podem manipular o poder em seu favor (tipo denunciando alguém). Todo mundo é rei. É a era do discurso.
Parágrafo 5: Agora todo mundo tem domínio e todo mundo é dominado. Dominador/dominado se
alternam a todo momento e a confusão da estrutura de poder dificulta autonomia, de modo que somos
controlados enquanto acreditamos estar no controle. As banalidades indizíveis de antigamente são cada
vez mais expressadas, nos ínfimos detalhes, sobre a vida dos sem glória, dos sem fama, dos infames,
aumentando sobre eles o gerenciamento, sem que eles percebam. Antigamente as pessoas escreviam suas
baboseiras no diário e não queriam que ninguém lesse, agora escrevem no facebook e ficam tristes se não
recebem likes. Talvez a literatura ainda possa apontar um caminho frente a tudo isso, mas ela também é
fruto dessa estrutura controladora e não é tão confiável assim.

Rosane Neves Sumarizando o texto Notas para uma genealogia da Psicologia Social
Fragmento dado em aula:
Essa análise sobre as condições de emergência de certo discurso de psicologia em relação ao social
é situada dentro de uma perspectiva que identifica, nessa produção de verdade, a configuração de relações
de poder e saber de um tempo, com intuito e forma forjados de modo não espontâneo.
Entre os séculos XVIII e XIX emerge a exigência de que o social seja objetivado, uma vez que o
fenômeno das multidões não só ameaçavam a ordem, mas também evidenciavam a contradição inerente à
dinâmica do projeto liberal. As multidões precisaram então se tornar alvo de investigação e controle
sistemático.
Gustave Le Bon apresenta ideias inovadoras na obra Psicologia das Massas (1895), onde as
multidões representam a explosão de um lado irracional, que seria condutor necessário de uma crise
generalizada na sociedade. Pensar as massas como um fenômeno social, como a fusão dos indivíduos em
um espírito e sentimento comuns, é sua maior contribuição. Nesse debate, ele introduz, por intermédio da
psicologia, de um elemento irracional na política, tirando do foco a razão empregada nas análises do direito
ou da economia política. Sob esse viés se torna possível explicar a ação do líder sobre as massas,
associando os meios da sugestão à política (ecoando Maquiavel) e fornecendo subsídios para que as classes
dominantes tivessem plausível justificativa para exercer a condução das multidões. A questão social se
tornou um dos componentes essenciais da tecnologia política efetivada pelo poder moderno. A
configuração do social cria condições para a invenção de uma psicologia social.

Texto Completo:

Robert Farr Sumarizando o Livro Raízes da Psicologia Social Moderna (Farr)


Prefácio

Explicando a perspectiva 9
Situação atual da literatura 11
Algumas considerações sobre história e filosofia da ciência 13
Algumas expectativas para o futuro 14

Agradecimentos

Capítulo 1: Psicologia Social Moderna: Um fenômeno caracteristicamente americano

A flor e suas raízes 19


Colaboração interdisciplinar durante a guerra 19
A geração de estudantes e pós graduação em psicologia após a guerra 20
A dimensão europeia 24
Psicologia social cognitiva e ciência cognitiva 26
Exportando a psicologia social dos estados unidos para todo o mundo 28
O positivismo na história e na historiografia da psicologia social 31
Pós-escrito 36

Capítulo 2: A emergência da psicologia como ciência natural e social na Alemanha

Wissenschaft: o nascimento da universidade de pesquisa moderna 37


Formas rivais de wissenschaft: Naturwissenschaft e Geisteswissenschaft 40
A classe dos mandarins 44
Psicologia fisiológica/psicologia social 45
Por que separar as duas? 45
Concepções diferentes das origens da mente e da ciência 47
As limitações de uma ciência de laboratório baseada na introspecção 49
Distorções na compreensão de Wundt no mundo de fala inglesa 52
A psicologia experimental como realização anglo-alemã 52
A influência de Wundt no desenvolvimento das ciências sociais 53
O positivismo na historiografia da psicologia e da psicologia social 55
Epílogo: a herança de Wundt 58

Capítulo 3: A psicologia das massas e da cultura

Contrastes entre o individual e o coletivo 63


Consciência e cultura: a antítese de Wundt 63
Representações individuais e coletivas: a antítese de Durkheim 66
O racional e o irracional: Gustave Le Bon e a psicologia das multidões 68
Os estudos de caso e a crítica psicanalítica da cultura 71
A mente, o self e a sociedade: a síntese de Mead 74
Variações menores 75
Masse und publikum: o papel do jornalista na sociedade moderna 75
Parole et langue: o social e o coletivo na linguagem 76
Uma contribuição britânica ao debate 77
O reducionismo nas ciências sociais 77
A americanização da psicologia social: o papel de Allport 77

Capítulo 4: George Herbert Mead: Filósofo e Psicólogo Social

O significado de Mead em relação a historia da psicologia social 79


G. H. Mead: O homem e sua obra 84
Sua educação 84
A carreira de Mead 87
Mead como filósofo 91
Dualismos cartesianos 93
Linguagem 99
A filosofia do ato 102
Mead como psicólogo social 103
Mente, self e sociedade: o curso e sua interpretação 104
Behaviorismo social/Interacionismo simbólico 110

Questões de Primeira Ordem


* Levar folhas (pautadas!) de papel almaço.
* Respostas com três parágrafos, introdução, desenvolvimento e conclusão; cada um com 5 linhas.

1- Caracterize o behaviorismo social de George Mead, apresentando de maneira mais detalhada os


seguintes conceitos: self, ontogênese e filogênese dos processos mentais superiores e sentido.

2- O que é uma concepção descendente de individualidade, de acordo com o texto A Vida dos Homens
Infames de Foucault?

3- Caracterize e diferencie a psicologia fisiológica da psicologia dos povos de Wilhelm Wundt e esclareça
a sua importância para a formação da psicologia social moderna.

4- O que são formas psicológicas e formas sociológicas de psicologia social, de acordo com Robert Farr?

I- Como George Mead considera a relação entre self, mente e sociedade?

II- Apresente três categorias formuladas por Irving Goffman, relacionando-as ao funcionamento do que o
pesquisador chamou de instituições totais.

III- Escolha um dos excertos abaixo do texto Escola de Frankfurt: Unindo materialismo e psicanálise na
construção de uma psicologia social marginal de Jorge Coelho Soares e elucide o que está sendo
problematizado, buscando relacionar o fragmento ao seu entendimento do texto lido:
Questões de Segunda Ordem
Foucault
01- Discorra sobre o poder em Foucault.

02- Faça a contraposição entre os conceitos de emergência e origem diferenciando historicidade


teleológica e genealógica.

03- Discorra sobre quadros de inteligibilidade em Foucault.

Psicologia Social Begins/Wundt


01- Qual é a contribuição de Wundt para a psicologia social?
Wundt constata que é possível uma psicologia social considerando que os processos mentais
superiores como resultado da interação de muitos, e não um fenômeno individual.
Wundt localizou a recalcitrância do objeto de análise, o objeto resiste ao tratamento original. Isso
implica em um desvio metodológico, expresso na Völkerpsychologie. Sua postura então é antirreducionista
porque abre a possiblidade de dois campos disciplinares. Mas não deixa de ser cartesiano na divisão entre
campo disciplinar e entre corpo/mente.
Portanto, na definição de seu objeto e sob um viés ontológico ele é cartesiano e reducionista,
enquanto do ponto de vista metodológico é não reducionista.

02- Por que a psicologia foi tão influenciada pelo positivismo?


O positivismo é um importante desdobramento da modernidade, o conhecimento moderno se dá em
termos de continuidade, de modo cumulativo. No pensamento moderno ou se pesquisava fenômenos
individuais (reducionismo), ou fenômenos coletivos.

03- Por que as ciências naturais ganharam na psicologia?


Não ganharam, elas “ganharam no século XX”, talvez hoje estejam começando a perder. Mas, bem, naquela
época foi culpa do Descartes (ver questão do Mead, número 11).

04- Qual é a diferença entre processos superiores e inferiores?


Religião não é um processo mental superior (pensamento, memória...), mas sim uma manifestação externa
da mente (religião, mitos...), um processo que se origina da interação recíproca muitos.

05- Qual é a diferença entre estruturalismo e funcionalismo?

06- Numa perspectiva positivista, por que que a gente pode dizer que a psicologia é antiga e moderna ao
mesmo tempo?
Em termos de ideia, já havia uma possibilidade de consideração de um estudo psicológico há muito tempo.
Mas em termos de campo disciplinar ela só passa a existir na percepção de um projeto moderno, com a
invenção do sujeito pensante. Ela preexiste como ideia, mas só é percebida como disciplina na
modernidade.

07- Como se identifica o projeto do Wundt numa perspectiva positivista da psicologia?


O projeto de psicologia fisiológica se aproxima do ideário positivista porque Wundt se torna o primeiro
cientista psicólogo a estabelecer um laboratório. A circunscrição da psicologia ao laboratório e a definição
do objeto como passível de estudo experimental.
Mead
01- Explique o veto de Durkheim ao estudo da sociedade pela psicologia.
Durkheim diz que fenômenos coletivos podem ser estudados sem que haja necessidade da psicologia como
ciência primeira. Mead deu um encaminhamento à esse problema na inclusão intermédia do self entre
individuo e sociedade

02- Forneça uma sinopse do projeto epistemológico de Mead e use os conceitos de filogênese e
ontogênese no processo.
Não há pressuposto de mente/consciência à priori. Mead é um antirreducionista preocupado com a
processualidade das relações, de modo que engendra uma cadeia de desdobramentos na seguinte
sequência: sociedade, mente e self. Seu pensamento é marcado pela síntese a partir do conflito, na matriz
hegeliana. Seu próprio projeto epistemológico, de matriz darwinista, pode ser pensado como um
behaviorismo social que se aproximou da biologia/evolução como ciência natural, divergindo do
behaviorismo watsoniano, por exemplo, que se aproxima da física. Há, portanto, uma preocupação com o
comportamento, mas sem reduzi-lo ao emissor da ação. Outro modo de interpreta-lo é como interacionista
simbólico, sob um viés de relações formais e representações no contexto social. É controverso localizar o
projeto de Mead, mas se constata que ele supera as correntes monistas e dualistas da época em favor de
um projeto híbrido. Ele quer explicar tanto a origem natural quanto a origem social da mente e do self. No
estudo de seu projeto, apreende-se um conjunto de categorias sobre a psicologia social moderna do inicio
do século XX e uma forma em si mesma de critica aos limites cartesianos. A investigação do Mead tem um
retumbante paralelo com a transição conflituosa entre os séculos XIX e XX.

03- A constituição do “Eu penso” é algo instintivo ou inferencial? Justifique.


Eu penso = Self
O eu penso não é intuitivo, é inferencial (1 o37’23”), está imerso nas relações, é a relacionalidade que
inaugura a possibilidade do eu se tornar outro (emergência do self). Esse foi o erro cartesiano, a intuição do
cogito supõe uma autorreflexividade a priori que não se constata sem a relação sociedade/mente à priori.
O “eu mesmo” é, portanto, um fenômeno a posteriori e só se dá por inferência, por relação.

04- Qual é a ordem dos conceitos mente, self e sociedade?


Progressão das aulas de Mead: Mente, Self e Sociedade.
Progressão do projeto epistemológico de Mead: Sociedade, depois mente e, desse encontro sob certas
condições, o self.
Parece claro que não pode haver self sem mente para o embate com a sociedade. Pode haver sociedade
sem mente (insetos). Pode haver sociedade com mente e sem self (antigos). Não pode haver mente, ou
self, sem sociedade.

05- Discorra sobre o pack de conceitos de Mead: self, mente e sociedade; articulando com linguagem,
comércio e evolução biológica para explicar a gênese dual de mente e self.
Self = autorreflexão = autorreflexividade = autoconsciência = eu penso
Mente = reflexividade = consciência = pensar

Self: garante explicação sobre origem natural da mente e a gênese social da consciência de si
(autorreflexividade).

Mente: Atributo que garante a capacidade de representar e reiterar os quadros perceptivos por intermédio
de imagens internas que ganham permanência por ir além da mera representação do que é externo,
também se antecipando a isso, de modo a permitir um colocar-se como objeto e a projeção das ações no
tempo. É garantir duração do ponto de vista narrativo. É a capacidade de se localizar no tempo ao lembrar,
imaginar. Atributo que garante a representação do objeto e garante certa possibilidade de relação com o
objeto independente de sua presença física.
Há uma gênese da mente/self, historicamente investigada por duas vias:

Em termos filogenéticos, a evolução da espécie com o surgimento do polegar opositor, entre outras
características, implica que possamos representar os objetos não apenas a partir da percepção visual, mas
a partir do tato. Os objetos ganham tridimensionalidade. Há uma relação entre as mãos e o
desenvolvimento do SNC.

Do ponto de vista ontogenético, a gênese da mente se dá ao poder ocupar lugar do outro e assumir
a perspectiva alheia.

Essa dicotomia implica que os pontos de vista são sempre restritos na consideração de uma ciência
do homem anterior à Mead, ou você tinha o ponto de vista do observador ou do ator/atriz. Ele tenta fazer
uma convergência entre esses diferentes pontos de vista. Observando que há sempre algo inalcançável
para ambos. Esse meio caminho é a possiblidade de considerar a emergência do self. Ele emerge na
processualidade das relações sociais. Só nas relações sociais nos tornamos objetos para nós mesmos (o
self). O outro é essência na constituição da consciência de si (a possiblidade de considerar nós mesmos
como outro).
Existe um horizonte de sentido para a emergência da ação: o SNC de quem age, a reação daquele
que está no horizonte da ação e a reação daquele que agiu – tanto em relação à reação daquele que está
fora, quanto em relação a si e a complexidade da espécie humana; nós reagimos a nossas próprias reações.
Esse fenômeno encadeado e simultâneo oferece um traço, uma duração, o que ganha o nome de self, a
complexidade da mente. O outro deixa de ser apenas um “outro empírico” com quem me relaciono, mas
também um “outro generalizado”, que eu conceitualizo (como na brincadeira infantil), com quem eu passo
a poder me relacionar de modo virtual, formal. Fica evidente a base essencialmente social da consciência
de si.
Não poderia haver emergência do self a partir unicamente do que se carrega de biológico, mas o
biológico é pré-condição para se tornar self. Existe uma potencialidade de constituir self. Mead é hegeliano:
há o pensar e o pensar sobre o próprio pensamento. A linguagem, em suas diferentes formas, estimula a
emergência da mente, quando requer a capacidade de assumir a posição do outro, como em uma barganha
mercadológica. Especificamente a fala/audição, e a capacidade de ouvir a si mesmo, estimula
autorreflexividade e a emergência do self. Mead sugere que a relação social de comércio teria maior papel
desenvolvedor de mente e self que o advento da religião. Tanto a mente quanto o self possuem uma dupla
história única, do ponto de vista natural e social Nos tornamos indivíduos (com self e mente) na
processualidade das relações sociais. A virtualidade biológica, através do que é especificamente humano,
se formaliza num determinado tipo de sociedade como a moderna, onde se comercializa (requer que se
aprenda como um vendedor pode reagir na negociação, aprende-se a barganhar, em suma, a alcançar a
perspectiva do outro generalizado). Em link com Foucault, no momento em que a vida particular se torna
administrável, passível de transcrição e registro, há um estimula da consciência no sentido de que emerja
um self. Na transição da sociedade de soberania para a sociedade disciplinar o self encontra solo fértil.
Pode-se considerar que os animais prenunciam o que chamamos mente. E pode-se considerar
também que a ética como atributo social, ontologicamente, também estimularia a emergência do self,
ponderando sobre uma sociedade em que no horizonte ético há “um outro” permanentemente inscrito.

Autoconsciência e Autorreflexividade (Self): pensar sobre o eu que pensa. Valorização da experiência


individual estimula a autorreflexividade. Não confundir mente com autorreflexividade. Relação com o outro
é anterior a autorreflexividade, só existe a posteriori..

Consciência: o órgão mais frágil e mais falível; útil para contar, calcular.

06- O que é garantir a nós, humanos, o estatuto de si mesmo?


É quando nós damos permanência do ponto de vista da duração mental a nós mesmos.

07- Discorra sobre quadros perceptivos e a possiblidade de sociedades sem mente, em termos de
representação e permanência de um ponto de vista cognitivo.

08- Qual é a diferença entre psicologia social psicológica e sociológica?


Psicológica: aquela que recorre a atributos do individuo para explicar fenômenos de natureza social. (ex.:
investigar comportamento de grupo recorrendo a traços individuais, como “mente do grupo”). Matriz
cartesiana, individualizante, simplificadora, reducionista.

Sociológica: Não se restringe a atributos ou matrizes individuais (explica, por ex., fatos sociais a partir de
fatos sociais). Matriz hegeliana, relacional, processual, dialética, conflitiva, "complexificante”.

09- Mead se enquadra na perspectiva da psicologia social psicológica ou sociológica?


Ele supera as separações. É controverso localizar o projeto de Mead. Ele supera uma perspectiva
estritamente de um dos lados. Ele quer explicar tanto a origem natural quanto a origem social da mente e
do self.

10- Disserte sobre Behaviorismo Social e Interacionismo Simbólico.


Behaviorismo Social: Um enquadramento pela proximidade e a popularidade do sistema behaviorista. Mas
sim, ele está preocupa com o comportamento, só que sem reduzi-lo aquele que emite a ação.

Interacionismo Simbólico (Blumer): Interação mediada por símbolos, por representações: na etimologia de
“reapresentação”, pode se tratar de objetos que não precisam estar no mundo necessariamente, mas que
podem imageticamente ser reapresentados ao espírito. Os objetos ganham complexidade na espécie
humana. O conceito significa abstração. Antes da presença, há já há possibilidade de interação. Somos
capazes, enquanto espécie e sociedade, não só de garantir que o objeto esteja presente por sua
representação, mas que, além disso, nós mesmo nos tornemos objetos (isso é o self).

A relação entre individuo e sociedade é mediada pela relação com o outro, que pode ser um “eu mesmo”
(consciência de si mesmo = self). Estruturalmente ele é uma virtualidade. O outro não precisa ser
necessariamente uma pessoa (pode ser criança, animal, objeto...). O artista para fazer uma escultura
precisa se colocar na perspectiva do objeto. O ator no palco pode modular suas ações de acordo com a
reação do público.

11- Como Mead supera a sombra cartesiana?


Descartes é a fonte a origem da individualização do social. Seu método de conduzir “corretamente” a razão
e de procurar a verdade nas ciências é a causa principal da psicologia, na era moderna, não se ter
desenvolvido como uma ciência social. [ver questão seguinte]

Em vez do dualismo self/outro cartesiano, Mead passa a considerar o self em relação ao outro, adotando
um paradigma hegeliano da dialética (insere a variável tempo na investigação do objeto), incompatível com
os pressupostos de Descartes. Desse modo, Mead alcança um pragmatismo intersubjetivo e resolve um
problema que os psicólogos da época nem se deram conta da existência. Em vez da dicotomia ou/ou,
alcança-se a situação de ambos/e.

12- Por que Watson acreditava ter vencido o espectro cartesiano? Por que ele estava errado?
Watson acreditou que eliminando a consciência como objeto estaria abandonando toda a metafísica na
ciência psicológica e, com isso, a marcar cartesiana. Contudo, essa era apenas outra face do dualismo
cartesiano, que se divide em racionalismo (metafísico) e empirismo. A herança cartesiana em psicologia é
uma filosofia mental do self (acessível pela introspecção) e uma ciência comportamental do outro, a
natureza do dualismo self/outro na filosofia cartesiana. Watson não mudou de paradigma, mas apenas de
viés. E a mente permaneceu inexplorada.

13- Comente a famigerada frase: “A psicologia social tem um longo passado, mas uma curta história.”

Articulando
01- Analise a diferença ontológica e metodológica em Wundt e compare com Mead.

02- Fale sobre o Princípio da Inquietude (Cuidado de Si) relacionando Mead, Foucault e Nietzsche.

03- O que é o duplo empírico transcendental?


Homem aparece como objeto e sujeito simultaneamente.

04- Como Mead critica Wundt e Watson?.


Watson enfatizou a continuidade filogenética entre os seres vivos, enquanto Mead enfatizou a
descontinuidade entre humanos e outras espécies, ainda que pretenda uma interrelação, em certa medida.
E critica Watson por abandonar a mente em seu behaviorismo
Para Wundt, a linguagem era um produto da mente e para Mead a mente era um produto da
linguagem. Ele também critica Wundt por pressupor a mente em sua psicologia fisiológica.

05- Seja sucinto sobre uns conceitos:


a) Mente: é anterior à autorreflexividade. É a possibilidade de representar tudo que não é o “eu mesmo”.
Capacidade de restaurar quadros perceptivos, de “re apresentação” de quadros imagéticos. Habilidade de
infundir duração nos quadros perceptivos, de projeção no tempo e duração no sentido narrativo. É a
condição para estabelecer um “estatuto de si mesmo”. A mente só surge depois da sociedade, pois o objeto
físico só surge na experiência humana dentro do contexto de sua socialidade.

b) Self: O “eu mesmo” como objeto. Somente a partir de “si mesmo” se ganha uma noção do “outro
generalizado”.

c) Autorreflexividade Humana: Quando falamos, falamos a nós mesmos e aos outros, mas dificilmente
vemos nossa própria imagem. A natureza auto reflexiva da inteligência humana, portanto está mais
intimamente ligada à fala do que à visão.

06- Se Mead acredita que a emergência do self se dá pela evolução filogenética em conjunto com o
advento da linguagem em sociedade, por que só na modernidade verifica-se o fenômeno da
autorreflexividade e não na antiguidade grega, por exemplo?
Linguagem é antiga, mas a forma como é usada só incide na emergência de um dado contexto social
(modernidade, surgimento da sociedade complexa: disciplinar, pós-disciplinar). A potencialidade estava lá,
mas só na modernidade houve o gatilho de desenvolvimento.

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